Bezerra, Chico e Você

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Capítulo XIII

Reencontro


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Em verdade, encontramo-nos na oração, como quem se vê num ponto determinado de ação em que as vossas ansiedades nos interpelam os bons desejos.

Como nos seria grata a possibilidade de satisfazer-vos a todos, em vossas requisições afetivas!


Mães que buscais os filhos que a morte vos arrebatou ao carinho, pais que esperais por respostas à própria dor as mensagens dos entes queridos que vos antecederam na 5ida Maior, esposas que a saudade marca, a fogo de lágrimas, tentando mitigar o próprio sofrimento com as palavras de companheiros trazidos à Espiritualidade quando mais necessitavam viver e amigos que suplicais o verbo de afeições aparentemente desaparecidas na voragem das grandes transformações!

Todos estais conosco, todos aguardais…

Entretanto, o ensinamento do Senhor é de vida eterna a concretizar-se em bênçãos de paz e felicidade, através do serviço ao próximo.


Relevai-nos se não podemos transgredir as leis vibratórias e os princípios cármicos que nos governam a todos, a fim de satisfazer-vos.

Asseguramo-vos, porém, que os nossos afetos nunca se extinguem.

Com o tempo e com a bênção do amor uns pelos outros dentro do tempo, todos nos reencontraremos para celebrar a união sem adeus.


Aguardemos trabalhando na construção do bem, na certeza de que no bem para os outros, surpreenderemos o nosso próprio bem.


As lições de sempre destacam o valor da verdade e da caridade, evidenciando a grandeza do “servir”, acima da luz relativa ao “conhecer”.

Todos, indistintamente, possuímos determinada parcela da verdade e nessa parcela do conhecimento superior ser-nos-á possível o insulamento nos pontos de vista que tantas vezes nos têm separado, nas leiras do tempo. Mas, a caridade é aquela força divina que nos desloca de nossas próprias torres individuais para a reunião sublime de uns para com os outros.

Detenhamo-nos em semelhante realidade para converter as horas de que dispomos em degraus para a Vida Maior, à busca dos entes que mais amamos.


Atravessamos na Terra momentos difíceis, no que tange aos valores espirituais, de vez que as agitações do ambiente humano nos concitam atestes de fraternidade e compreensão, em todos os momentos da vida.

Não nos iludamos.

Ontem separastes-vos das pessoas queridas hoje domiciliadas no Mais Além, amanhã sereis vós os companheiros que nos compartilharão as faixas de vida nova.


Elevemo-nos pela execução do programa do Cristo a que estamos chamados:

“Amai-vos uns aos outros como, eu vos amei.” (Jo 15:12)


Auxiliemos para sermos auxiliados.

Compreendamos para sermos compreendidos.

Atendamos aos recursos do coração para socorrer-nos uns aos outros.


Pacifiquemo-nos, por dentro, para tranquilizar a vida que se nos estende ao redor dos passos.


Se indagardes, ainda hoje, quanto à solução dos problemas que vos afligem a atualidade terrestre, a resposta-síntese ainda é aquela de há quase dois mil anos — “caridade de uns para com os outros”. (Jo 13:34)

Caridade que se vos expresse em respeito e entendimento fraternal no relacionamento de cada dia. Caridade que se torne gentileza diante da agressividade; paciência para com o desequilíbrio; fé viva perante as chamadas desilusões do caminho; otimismo à frente das provas; bênção para com todos aqueles que amaldiçoam; auxílio para com os mais jovens na experiência física, em forma de bondade e compreensão das lutas que porventura carreguem; reconforto em favor de quantos se vejam transitoriamente detidos na madureza avançada do corpo em marcha perante a renovação…


Caridade

dos que sabem, ajudando fraternalmente aos que ignoram;

dos que usufruem saúde corpórea diante de quantos se vejam corroídos pelos agentes da enfermidade;

dos mais fortes, sustentando os fracos e indecisos;

dos que entesouraram esperança em socorro dos que jazem exaustos nos problemas inquietantes da vida;

dos que podem distribuir, pelo menos, migalhas de auxílio, no amparo aos que se viram encarcerados em abatimento e penúria;

dos que são apoiados pela realização dos próprios ideais na sustentação dos que choram na angústia;

de todos os que podem auxiliar, desse ou daquele modo, para construir o Mundo Melhor.


Tão somente na caridade — luz divina — a fluir de nós na direção dos outros, conseguiremos melhorar o que somos e o que temos, para sermos o que nos cabe ser e alcançar os valores que desejamos.


Recordemos: O Cristo ressurgiu para que ressurjamos, ensinou para que aprendamos, amou-nos, tanto quanto nos ama sempre, para que saibamos realmente amar-nos mutuamente e veio até nós para que nos elevemos até Ele, conduzindo pelo amor os que nos compartilham a existência, na edificação da Terra mais feliz.



De mensagem recebida em 7.04.1973.



Bezerra
Francisco Cândido Xavier

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