Bezerra, Chico e Você

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Capítulo XLI

Evangelho vivo e ativo


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Reunidos à luz da prece, agradecemos ao Senhor as alegrias recebidas e suplicamos novo amparo, a fim de que se nos refaçam as energias para o dever a cumprir.

Estamos reunidos — repetimos — e cada um de nós se caracteriza por mensageiro de problemas determinados perante o Senhor.

Entretanto, ser-nos-á útil, decerto, comparar-nos a problemas diversos para Ele mesmo, o Eterno Amigo que nos tutelou, perante a Divina Bondade, considerando-nos os destinos à frente da imortalidade. E, nessa condição, ouçamos a voz da nossa própria Doutrina, através da mensagem de amor que ela irradia, com o fim de entendermos o amor como sendo a chave de solução para todos os enigmas que nos desafiam a alma nas trilhas da evolução. E é nesse amor a se expressar, como sendo a caridade em ação que surpreenderemos o Grande Caminho.

Toda vez, filhos, em que se nos apresente a necessidade alheia, eis aí para nós a oportunidade e a lição, a luz e a bênção.

Semelhante necessidade se pluraliza de modos múltiplos.

É a injúria que nos visita a pedir-nos compreensão e bondade;

é a sombra da incompreensão a exigir-nos entendimento e fraternidade;

é a dor a solicitar-nos socorro e lenimento;

é a lágrima a reclamar-nos consolo e esperança;

é a penúria a esperar de nós braços socorredores que lhe atenuem os padecimentos.


Reconheçamo-nos, dessa forma, na condição de companheiros do Cristo que anseia agir por nossas mãos e ver com os nossos olhos, abençoar coma nossa voz e amparar com o nosso discernimento na construção do Reino de Amor e Luz a que fomos trazidos, não só para teorizar e aguardar, mas também para renovar e fazer, elevar e construir.

Tudo que pudermos realizar se condensa na conjugação ativa do verbo servir. E servindo, encontraremos a solução para todas as nossas lutas e a resposta para todas as nossas indagações.

Edifiquemos o bem e o bem se nos levantará na existência em abrigo capaz de nos resguardar contra todas as vicissitudes da vida.

Comecemos de nossos próprios lares e de nossas próprias instituições em cujas tarefas somos solicitados aos mais difíceis testemunhos do Evangelho vivo e ativo, em cujo clima, por fim, conseguiremos o Conhecimento Superior para a conquista da Vida Maior.

Se nos é possível algo dizer-vos, tomamos a liberdade de repetir-vos:

Filhos, amemo-nos, como o Senhor nos amou, (Jo 13:34) e todos os nossos problemas serão resolvidos para que a felicidade nos tome finalmente à sua própria conta, investindo-nos na posse da Vida Eterna.



De mensagem recebida em 28.11.1970.



Bezerra
Francisco Cândido Xavier


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