Cartas do Coração

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Capítulo XX

Santa fraternidade


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Qualquer seja a fé que adotes

Nos templos da Humanidade,

Rende culto fervoroso

À santa fraternidade


A pregação sem exemplos

É um lindo jardim na treva…

Todo verbo sem ação

É folha que o vento leva.


Sem que repartas com os outros

Os dons que o Senhor te deu,

Viverás sempre algemado

Às sombras do próprio “eu’.


De que nos serve a oração

De puros e nobres traços?

Que respira a inércia escura

De quem nunca move os braços?


Religião é caminho

De sublime comunhão

Que o Céu abre, cada dia,

À marcha do coração.


A Santa Fraternidade

É o sol de crentes e incréus.

Quem se faz o irmão de todos

É sempre uma luz do céus.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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