Cartilha da Natureza
Versão para cópiaO malhadouro
Na época dadivosa Da colheita cor-de-ouro, É tempo de conduzir Cereais ao malhadouro Espigas maravilhosas Vêm às mãos do tarefeiro, Aglomerando-se em busca Da secagem no terreiro. Antigamente eram flores Mostrando verdura e viço; Agora, a compensação Que se reserva ao serviço. Mas por ser o resultado, A garantia, o futuro, O grão rico e generoso Precisa ser nobre e puro. O lavrador cuidadoso Organiza providências, É necessário excluir As últimas excrescências. Inicia-se a limpeza, Servidores a malhar, No espaço o longo assobio De varas cortando o ar. São precisos golpes rudes, Bordoadas no bom grão, Por conferir-lhe a grandeza De servir, além do chão. Depois disso, alcança a glória De amparar o lavrador, A alegria de prover Em nome do Criador. Se ao longo de tua vida Sentes choques do mangual, É que estás em madureza No campo espiritual. Não fujas ao malhadouro, Guarda paz e vigilância: Que a luta nos roube agora Os restos da ignorância. |
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