Correio Fraterno

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Capítulo XLII

Ao servir


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Na sementeira do bem,

Nas linhas da compaixão,

Não te limites a dar

Remédio, agasalho e pão.


Ergue a mensagem fraterna

Da bondade e da esperança

E espalha primeiramente

As bênçãos da confiança.


Ajuda com discrição,

Não te comportes a esmo.

A chaga dos semelhantes

Podia estar em ti mesmo.


Recolhe a criança em sombra,

Relegada ao desalinho,

Qual se tivesses nos braços

O corpo de teu filhinho.


Escuta os velhos da estrada

Que, por tristes, sofrem mais,

Como se ouvisses pulsando

O coração de teus pais.


Junto a qualquer sofredor,

Em vez de lamentação,

Estende amor e alegria,

Que ele é sempre nosso irmão.


Todos somos uns dos outros,

Toda a Terra é nosso lar.

Sê como o raio de sol

Que ajuda sem perguntar.


Não ampares reprovando…

Toda malícia é cruel.

Socorro com reprimenda

É pão recheado a fel.


Semeia luz no teu campo…

Não durmas em teu arado…

Seguimos, perante Deus,

Todos juntos, lado a lado.


Se atendes à caridade,

Não te esqueças, cada dia,

Que é preciso servir sempre

Como Jesus serviria.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

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