Escultores de Almas

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Capítulo X

Migalhas


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Não olvides nosso dever de cooperação com o Senhor!

Ninguém te pede o impossível, entretanto é justo nasçam em tuas mãos, cada dia, as migalhas de amor com que o mundo se elevará, do vale da sombra aos cimos da elevação.

Lembra-te de viver a nobre prerrogativa de tua fé. Faze algo.

O Mestre não exige te convertas no refúgio de todas as crianças do mundo, mas espera que teus braços se disponham a recolher, por instantes embora, algumas dessas pobres aves humanas, sem ninho que as reconforte.

Não te reclama a cura indiscriminada de todos os enfermos da senda, no entanto, solicita do teu esforço, um caldo para o faminto, ou uma palavra de bom ânimo para o agonizante desamparado.

Não te roga assistência para todos os escravos da prova e do sofrimento que vagueiam na Terra, no entanto, aguarda de ti, um leve olhar de consolo e esperança, em favor do companheiro infortunado que precisa erguer-se e avançar.

Uma esmola de tolerância…

Uma prece…

Uma gota de bálsamo…

Uma referência fraterna…

Uma flor de carinho…

Um sorriso…


Quem será tão pobre no mundo, que nada possa dar, quando o verme é um benfeitor da terra, que produz a excelência do pão?

Detém-te, sim, na antevisão do porvir e sonda-lhe a grandeza, mas não olvides o presente, que nos cabe medir com os próprios passos!

Demora-te na contemplação das estrelas e extasia-te perante a magnitude do Universo, no entanto, não te esqueças de acender a vela humilde, ao redor de ti mesmo, para que as trevas não te senhoreiem o chão.

O oceano é uma coleção imensa de gotas d’água, e o Reino do Senhor será o conjunto das migalhas do amor que lhe possamos oferecer!

Não te faças tardio na compreensão, para que a tua felicidade brilhe mais cedo.

O Excelso Amigo espera por nós no caminho de nossos próprios irmãos. Traze ao Benfeitor Celestial as sementes de tua vontade e, algo fazendo na tarefa renovadora, estejamos convencido de que Jesus fará o resto.




Bezerra de Menezes
Francisco Cândido Xavier

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