Esperança e Vida
Versão para cópiaParentes complexos
Parece questão simples mas não é: os parentes complexos.
Discutimos, deblateramos no assunto. Entretanto, exceção feita aos portadores de moléstias congênitas, somente erradicáveis nos tratamentos da reencarnação, se encontramos um parente difícil, a verdade é que também seremos para ele um parente difícil, pelo menos, durante o período de tempo, em que se nos perdure o desacordo.
Conservemos serenidade e paciência, à frente dos familiares que se nos mostrem irritadiços ou intolerantes. Quem de nós na Terra, não terá tido determinados momentos de perplexidade ou inquietação?
O olhar amargurado de um pai ou um semblante materno toldado de tristeza, talvez nos escondam graves preocupações para que não nos faltem reconforto e alegria.
O irmão desorientado, a irmã queixosa, o esposo que se patenteie acabrunhado ou a esposa que se revele fatigada e abatida, terão motivos para isso, tanto quanto, mantínhamos as nossas razões para enfado ou aborrecimento, quando no estágio terrestre.
Saibamos respeitar sempre os entes queridos, notadamente quando atravessam tempestades na vida íntima, cujas minudências não nos será lícito investigar. Esperemos que saibam vencer por si mesmos as tribulações que os visitam, evitando os interrogatórios indesejáveis e as perguntas fora de tempo, que estimaríamos dispensar igualmente se estivéssemos no lugar deles.
Compreendamos que, no mundo físico, bastas vezes, somos impelidos a seguir adiante, através de veredas empedradas, em benefício de nossas próprias experiências. E, sobretudo, estejamos convencidos de que não teremos parentes-enigmas e nem seremos familiares-problemas para ninguém se cultivarmos a paz e se tivermos amor.
(Psicografia de Francisco C. Xavier)
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