Capítulo XII

Oração do pomicultor


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Senhor!…

Quando o desânimo me entorpeça o espírito, largando-me à feição de terra seca, dá que a chuva de tuas bênçãos me restaure a coragem.

Quando a tua proteção me renove as energias, reaquece-me no calor de tua bondade, a fim de que me faça útil.

Quando eu consiga mostrar algum proveito, concede-me o privilégio de trabalhar à maneira das árvores benfeitoras.

Quando, porém, a felicidade de servir me valorize as horas e a tarefa me absorva tempo e repouso, não me deixe desertar do dever com receio do sacrifício.

Ensina-me a permanecer de pé, qual a planta nobre que suporta assaltos da estrada e vicissitudes do tempo, pragas e golpes, agindo em silêncio e auxiliando constantemente sem nunca reclamar para si mesma os próprios frutos.


Senhor!…

Apara-me a fim de que eu aprenda obediência e serventia com os vegetais amigos aos quais devo atenção e cuidado e coloca a bênção de tua inspiração sobre os meus desejos, de modo a que obtenha da vida a incessante alegria de atender-te aos desígnios.

Assim seja.




(Médium: Francisco C. Xavier)



Meimei
Francisco Cândido Xavier


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