Filhos Voltando

Versão para cópia

Prefácio de Emmanuel

Prezado leitor,

As páginas deste livro acendem a luz da consolação e da alegria nas sombras da saudade de quantos reencontram entes queridos, depois de ausência que se supunha definitiva.

É que, neste volume despretensioso, surgem as notícias de filhos queridos, voltando ao lar, após a separação pela morte, entretecendo poemas de ternura e reconhecimento, junto aos pais saudosos que os recolhem nos braços, em espírito, e, em seguida, permitem que o reconforto e a esperança, por eles haurido nestas mensagens de paz e amor, se estendam a corações outros que a morte envolveu no sofrimento.

Filhos voltando!…

Que eles possam falar-te, igualmente, leitor amigo, da bondade infinita do Senhor e da imortalidade da alma, ampliando-te o júbilo de servir e a compreensão da importância de viver, são os nossos votos.



Uberaba, 28 de fevereiro de 1982.



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

Apresentação

Natal de 1981.

Entardecer.

Em tranquila estância do interior paulista, acompanhávamos os derradeiros momentos do dia que findava, contemplando através da ramaria de pequeno bosque de pinheiros, as cambiantes do poente, enquanto Vênus — a estrela Vésper — enviava-nos sua plácida claridade, qual pegureiro de luz a ensinar-nos o caminho dos Céus…

E com as atenções voltadas para este livro, na época em fase final de estruturação, deixamos o pensamento volitar em torno da quietude daquela tarde serena, povoando-nos instintivamente a memória a lembrança de companheiros que já partiram para a Vida Maior, quais os Betos, autores espirituais deste livro, com quem mantivemos, então, longos diálogos, apenas testemunhados pelo vento suave que acariciava a tarde, envolvendo o casario que se aboletava por entre as fraldas das colinas da pequena cidade.

Ao recordar os valorosos rapazes, que conhecemos através de seus pais e das mensagens que você, leitor amigo, acompanhará nas páginas que se seguem, melhor pudemos compreender a grandeza da Vida e da Misericórdia de Jesus, claramente manifestas nas palavras de nossos queridos jovens, José Roberto Pereira da Silva e José Roberto Pereira Cassiano — os Betos — tão fielmente anotadas pela pena mediúnica de Chico Xavier.

“Mamãe, a saudade não é uma provação, é um convite de Deus para trabalharmos com mais dedicação pelos que suportam dificuldades maiores que as nossas…” Ou então: “Deus existe e a alma é imortal! A morte é alteração da forma, alteração apenas e nós todos estamos reunidos em Deus, conquanto a separação aparente…”, são frases esparsas que retiramos ao texto psicografado, para que o leitor compreenda a dimensão espiritual e o carinho do recado dos Betos aos pais.

Por isso mesmo, pais saudosos da perda de filhos diletos, temos plena convicção de que este livro os envolverá na mesma atmosfera de júbilo e bênçãos espirituais que nos cercou e também cremos sinceramente que lhes trará ao Espírito a certeza de que os filhos amados que partiram para o Mundo Espiritual se encontram tão próximos de vocês, como se encontravam quando ainda na Terra.

Enxuguem as abençoadas lágrimas da saudade, pois Jesus fará o resto. Dar-lhes-á a paz por que tanto anseiam e falar-lhes-á ao coração que os filhos queridos não morreram e sim renasceram para a Vida Imperecível.



São Bernardo do Campo, 28 de fevereiro de 1982.



Caio Ramacciotti
Francisco Cândido Xavier

Elucidação

Sexto livro da COLEÇÃO JOVENS NO ALÉM, FILHOS 5OLTANDO é um tanto diferente dos outros volumes que a compõem.

E a diferença consiste justamente na principal característica desta obra: a sequência dos recados dos dois Betos, ora extensos e plenos de revelações, ora mais curtos, à feição de bilhetes, traduz um contato do filho desencarnado com os pais, estabelecido ao longo de oito e seis anos, respectivamente para José Roberto Pereira da Silva e José Roberto Pereira Cassiano.

E, em virtude desse dilatado tempo, através de numerosas mensagens, podemos observar que o relacionamento entre pais e filhos, por via mediúnica, se estabelece, à maneira de frequente correspondência epistolar que se vai tornando, com o passar do tempo, menos cerimoniosa, mais descontraída e alegre.




Caio Ramacciotti
Francisco Cândido Xavier

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