Jardim da infância
Versão para cópiaCapítulo XIV
Caridade, doce irmã
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— Por que choras, meu anjinho, Esfarrapado e sozinho, Vagando de déu em déu? — Choro de dor e saudade, Pois sou filho da orfandade… Minha mãe foi para ó Céu. — Que tens? — Sinto frio e fome A angústia que me consome Parece nunca ter fim… A Ventura me escorraça, O Orgulho olha-me e passa Sem compaixão para mim! Minha mãe já não existe E, desde o momento triste Em que o Senhor ma levou, Não tenho a mão de um amigo; Pequeno e pobre mendigo — Eis agora o que hoje sou. Vem comigo! — Oh! quem me dera!… — Vem! Terás a primavera De doce e eterna manhã!… — Teu nome? Sonho ou verdade? — Eu me chamo Caridade. — Quem és tu? — Sou tua irmã. |
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