Mãe Antologia Mediúnica

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Capítulo LXXVI

Confidência de mãe

Dei-te um berço de rendas e de flores,

Adorei-te por nume excelso e amigo

E inclinei-te, meu filho, a ser comigo

Soberano de sonhos tentadores.


Ordenava no orgulho que maldigo:

— “Não te curves nem sirvas, aonde fores…”

Entreguei-te mentiras por louvores

E enganosa fortuna por abrigo.


Hoje, de alma surpresa, torno a casa!

Tremo ao ver-te no luxo que te arrasa,

Como quem dorme em trágico veneno!


E choro, filho meu, choro vencida,

Por guardar-te entre os grandes toda a vida,

Sem jamais ensinar-te a ser pequeno.




Este soneto foi publicado em 1962 pela FEB e encontra-se na 8ª lição da 3ª parte do livro “”



Andradina de Oliveira
Francisco Cândido Xavier

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