Capítulo XXXII

Dever simples


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Trabalho aparentemente simples e que o dever nos aponta como sendo dos mais importantes nas relações humanas: podar os atritos.

Notadamente no grupo de serviço, tanto os que administram quanto os que obedecem precisam daqueles que lhes assessorem as atividades na preservação da harmonia e da segurança.

E essa tarefa positivamente necessária na conservação da paz é acessível a todos. Cada obreiro dentro dela dispensará designações de qualquer natureza para atuar. Todos somos convidados a sustentá-la e exercê-la.


Surpreendes diminuta questão a resolver ou espinhosa providência a executar e, desde que não afetes as responsabilidades dos outros, não peças a alguém para interferir. Toma sobre ti mesmo o encargo de atender ao que deve ser feito, sem cobrar aplausos dos que te compartilhem a experiência.

Se ali ouves conversações descabidas, evidentemente destinadas a fomentar desentendimento ou perturbação, promete à própria consciência que trabalharás sem alarde para refazer a concórdia.

Diante de algum problema, não lhe dês expansão aos aspectos negativos. Perante companheiros, transitoriamente desanimados ou tocados de influência obsessiva, administra-lhes esperança e renovação sem comentários.

Não te digas incapaz de contribuir nas fileiras da caridade. A todo instante, com qualquer pessoa, em toda parte e nas mínimas circunstâncias, podes evitar a mágoa ou sustar o desequilíbrio. E basta reduzir as áreas do mal para que nos coloquemos, de imediato, sob a força do bem.




Batuíra
Francisco Cândido Xavier

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