Orvalho de Luz

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Capítulo I

Deduções do caminho


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Aviso sem endereço:

Ilusão é sempre assim,

Muito doce no começo,

Muito amargosa no fim.


Provérbio justo e sereno

Que não falha onde se aplica:

Quanto melhor o terreno

Mais propenso à tiririca.


Pensamento lapidar

Que não se pode esquecer:

Quem para de trabalhar

Começa logo a morrer.


Sábio que vive encoberto

Sem dar das luzes que tem:

Tamareira no deserto

Quando não serve a ninguém.


Sabedoria de lei

Nas leis da Sabedoria:

Quem sabe dizer “não sei”,

Não inventa fantasia.


Dos ensinos vida afora,

Nunca vi assim tão grande:

Felicidade não mora

Onde trabalho não ande.


Ao destino que se entorte

Não recuses simpatia;

Provação é igual à morte,

Cada qual tem o seu dia.


A caridade — amor puro,

Crédito vivo em ação.

A prece — saque seguro,

Na hora da petição.




Leôncio Correa
Francisco Cândido Xavier

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