Palavras Sublimes

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Capítulo XIX

Desencanto


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Também, Senhor, um dia, de alma ansiosa,
Num sonho todo amor, carícia e graça,
Quis encontrar a imagem cor-de-rosa
Da ventura que canta, sonha e passa.

E perquiri a estrada erma e escabrosa,
Perenemente sob a rude ameaça
Da amargura sem termos, angustiosa,
Entre os frios do Pranto e da Desgraça,

Até que um dia a dor, violentamente,
Fez nascer no meu cérebro demente
Os anelos de morte, cinza e nada.

E no inferno simbólico do Dante,
Vim reencontrar a lágrima triunfante,
Palpitando em minh’alma estraçalhada.




Reformador — 1º de julho de 1936.



Hermes Fontes
Francisco Cândido Xavier

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