Pássaros Humanos

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Capítulo II

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Jungido à teia da carne,

Não te esqueças do porvir,

Que amanhã serás chamado

Ao toque de ressurgir.


Procura, quando puderes,

A bênção da educação.

Pensamento sem cultura

É força sem direção.


Consagra-te à temperança

Se queres vida segura.

Quem mais se farta no corpo,

Na Terra, é quem menos dura.


Saúde é dever correto

Por divino cativeiro.

Cabeça desocupada

Desajusta o corpo inteiro.


Diante da adulação,

Silencia, ajuda e passa.

A lisonja é como o fogo

Que consome a quem abraça.


Em matéria de calúnia,

Sarcasmo e perseguição,

Acende no esquecimento

A luz da renovação.


Embora servindo a todos,

Recorda quem te auxilia.

A gratidão verdadeira

Paga juros todo dia.


A fortuna de quem vive

Simplesmente para o gozo,

É como linda alvorada

De um dia calamitoso.


Por solução aos problemas

E às dores de toda idade,

Não olvides que o remédio

Será sempre caridade.


Cristão de belas palavras,

Sem trabalho redentor,

É qual orquídea encravada

Na plantação do Senhor.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

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