Paz e Libertação

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Capítulo XI

Ensinemos humildade


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Na propaganda espírita, e na extensão do Evangelho, é imperioso atender à tarefa básica que nos cabe cumprir.

Ensinaremos a humildade com frases oportunas e bem feitas; entretanto, se o orgulho ainda mora conosco, toda a nossa conceituação primorosa é simples ruído ao vento.

Pregaremos o impositivo da fé mobilizando apontamentos dos grandes instrutores. Todavia, se não revelamos confiança em Deus e em nós mesmos o próximo necessitado encontrará em nossa intimidade apenas o sermão precioso e vazio.

Encareceremos a obrigação da caridade como exclusivo recurso na sustentação da harmonia entre as criaturas. No entanto, se o egoísmo [ainda] se oculta na cidadela de nosso Espírito, em vão recorreremos ao socorro da virtude, de vez que a sinceridade não nos clareará o caminho.

Demonstraremos com robusta argumentação o valor do trabalho como fator de progresso, contudo, se confiamos nossa vida à rebeldia e à ociosidade, nossos apelos redundarão em pura inutilidade porque a ferrugem de nossa existência contagiará quem nos ouve, gerando perturbação e indisciplina.


Somos, assim, em toda parte e em todas as situações defrontados por uma obra essencial, a cuja execução não conseguiremos fugir sem dano grave. Essa obra reside no aprimoramento de nossa própria alma.

Somos o problema nevrálgico da salvação terrestre. Sem nossa elevação pessoal, o lar que nos abriga é incapaz de soerguer-se. E sem a reabilitação de nosso templo doméstico estará sempre incompleta a recuperação social que pretendemos efetuar com o Cristo.

Acordemos, desse modo, para as exigências da Vida Eterna. Construamos em nós a humildade e o amor, a fé e o serviço. Ao luzeiro do Evangelho a humanidade é a assembleia que nos estuda e examina, esperando-nos o testemunho renovador. Peçamos, pois, ao Cristo, a força precisa para a superação de nossas próprias fraquezas, na convicção de que, aperfeiçoando com sinceridade a nós mesmos, diante do mundo, Jesus, pela redenção da humanidade, fará brilhantemente o resto.




O título entre parênteses é o mesmo de uma mensagem psicografada em 03/06/1957 e publicada em 2007 pela editora VL e é a 389ª lição do livro: “”.



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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