Poetas Redivivos
Versão para cópiaCapítulo XXV

O poço e a roseira
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O poço retratava a roseira tristonha E pensava consigo: “Ah! terríveis chavelhas! Espinheiro infernal, quanta maldade espelhas!… Lâminas e punhais, infortúnios e vergonha…” A roseira, porém, como quem serve e sonha, Expandiu-se e lançou lindas joias vermelhas, Astro verde a luzir em formosas centelhas, E o poço, a condenar, fez-se charco e peçonha!… A cisterna infeliz, no desvão da chapada, Apodreceu, por fim, preguiçosa e estagnada, Mas a planta floriu ao Sol do Grande Todo. Alma, edifica e segue, abençoa e auxilia… Mal que procura o bem faz-se bem, dia a dia, Mal que fica no mal faz-se tóxico e lodo. |
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