Seara de fé
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Recados de vida e amor
Quem surge é de nosso trato? Pelo sim ou pelo não, Saibamos, de imediato, Que esse alguém é nosso irmão. A vida, em todos, é a vida, Que Deus nos criou na estrada, Para ser sempre vivida E não para ser sonhada. Das verdades que o Céu cobre Eis uma nota a fulgir: No tempo, ninguém é pobre Quando procura servir. Sentença incontrovertida Que não me sai da memória: Quem não perdoa na vida Não tem a paz da vitória. Da estrela ao traço de pó, Igual em todas as gentes; O amor é um perfume só Em mil frascos diferentes. Dentro de novo sentido, Nos astros, sob atração, O amor é mais conhecido Por lei de gravitação. Aviso dos mais constantes, Por onde quer que se vá: O socorro aos semelhantes É sempre Deus que se dá. Coitado!… Pregava o bem, Sempre de cama e agasalho… Dizia sofrer sem cura De alergia por trabalho. A Bíblia diz, a preceito, Segundo princípios sãos; Que Deus nos criou a todos E a todos nos fez irmãos. E Deus nos tirou da treva, — Informa o Livro Sagrado, — Mas o caso Adão e Eva Não parece bem contado. Na lembrança que me invoca Da serpente sem juízo, Reconheço que a fofoca Começou no Paraíso. Com tanto progresso e fita, A Terra, hoje, me empaca… Parece moça bonita Com sangue de jararaca. Amor livre? Esse clamor Faz parte do que aprendi, Porque, em matéria de amor, Cada qual sabe de si. A luz da religião Que nos cabe recompor É a que nasceu de Jesus, Na crença chamada Amor. |
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