Tempo de Luz

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Capítulo XVIII

Diante do porvir


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Companheiro da Terra, arrebentando amarras,

Desde os ciclos larvais no seio das moneras,

Às duras provações em que sonhas e esperas,

Homem, prossegue além do solo em que te agarras…


Liberta-te, por fim, das paredes bizarras,

Dos presídios mentais em que te dilaceras,

E, atônito, atravessa as sombras de outras eras,

Dissolvendo os grilhões das lutas em que esbarras…


A matéria a vencer — força que te constringe —

Recorda a indagação e a face de outra esfinge

Propondo-te à razão enigmas profundos.


Ama e deixa aos museus as máquinas da guerra,

E alçado às vastidões sem vínculos na Terra,

Acharás o esplendor e a vida de outros mundos!…




Cruz e Souza
Francisco Cândido Xavier

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