União em Jesus
Versão para cópiaLembrança da caridade
Tanta vez, ei-los à frente, Os nossos irmãos do mundo, Face triste, olhar profundo, Angústia a esconder se em vão… Recordam seres estranhos Em luta desconhecida, Multidão de alma sofrida, Tresmalhada na aflição. Esse nobre companheiro, Acabrunhado e doente, Quer trabalho inutilmente, Precisa de pão no lar… Mas tendo saúde estreita Envergonhado, mendiga, Não encontrou mão amiga Que lhe pudesse apoiar. Aquele sofreu pesares, Que ninguém sabe, nem conta, Penúria, sarcasmo, afronta E a força se lhe desfez… Buscando fuga e veneno Hoje, o pobre em desalinho, Chora, largado e sozinho, Cansado de embriaguez… Aquela irmã que se mostra De porte elegante e eleito, Às vezes, guarda no peito, As marcas de férrea cruz… Sob o colo em pedrarias, Tanta vez em pranto e prece, O coração lhe parece Um pouso frio e sem luz. Aproxima-se mais outra, Tem mágoa, febre, cansaço, Traz um filhinho no braço, Pede o concurso de alguém… Mãe valorosa e esquecida, Anjo que chora e vagueia, Implora à bondade alheia A proteção que não tem… Eis, mais além, a criança Que segue desprotegida, Flor de esperança e de vida Despetalando-se ao léu… Surgem outras… Fazem bandos De promessas desprezadas À noite, ao vento, às estradas Sob as lágrimas do Céu… Enquanto o cérebro fulge Por tudo aquilo que encerra, Engrandecendo na Terra A luz dos seus próprios dons… O coração compreensivo Sem alarde, sem tumultos, Louva o brilho dos mais cultos E aguarda todos os bons. Ah! meus irmãos de caminho, Que aceitais Jesus por Mestre, Fitai a casa terrestre Repleta de sombra e dor; Vinde conosco!… Sirvamos, A caridade no mundo É o Cristo plantando amor. |
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