Leis Morais da Vida
Versão para cópiaDIANTE DO PROGRESSO
Embora os respeitáveis índices que atestam as valiosas conquistas do progresso científico, nos múltiplos campos de realizações, não te descures da ação evangélica nos cometimentos evolutivos a que te afervoras.
A astronáutica sonha por atingir as estrelas e decifrar-lhes a grandeza; o Evangelho permanece cuidando do homem na Terra, elucidando-o quanto aos deveres que lhe cumpre realizar.
A cibernética elabora técnicas para lançá-lo com segurança através das distâncias imensuráveis; o Evangelho luta, porém, para equilibrá-lo na sociedade onde cresce espiritualmente.
A ciência em geral tenta resolver os problemas que afligem a criatura impelindo-a para fora; o Evangelho projeta-lhe claridade íntima, ajudando-a a romper as amarras que a fazem infeliz.
Os métodos científicos atam os seres às conjunturas da sua limitação; o Evangelho libera-os dos impedimentos que os retêm na retaguarda da evolução.
O tecnicismo procura amenizar as asperezas e as constrições que decorrem do mundo moderno; o Evangelho elucida quanto à razão dos sofrimentos e elimina os óbices que impedem o homem de avançar.
Ninguém como Jesus conseguiu, jamais, produzir tão elevados padrões de valorização do homem, sem as complexidades de que hoje se utilizam as criaturas, sem que logrem expressivo êxito.
Desfilaram ante Ele os mais diversos biótipos humanos e sociais, recebendo seguras diretrizes.
A todos dispensou a mesma solidariedade fraternal e moral, sem alarde, sem restrição.
Não se utilizando de qualquer tipo de prolixidade, ensinou a metodologia do amor que "cobre a multidão dos pecados", mediante a vivência que se permitiu, amando indistintamente.
Da chamada ralé ergueu protótipos de nobreza e da nobreza temporal levantou a culminância da dignidade real príncipes e doutos, através dos mesmos recursos de ternura e sabedoria.
O progresso, para ser legítimo, não pode prescindir da elevação moral dos homens, que se haure no Evangelho, sempre atual.
As conquistas da inteligência, embora valiosas, sem a santificação dos sentimentos, conduzem ao desvario e à destruição.
Para serem autênticas as aquisições humanas, devem alicerçar-se nos valores éticos, sem os quais o conhecimento se converte em vapor tóxico que culmina por aniquilar quem o detém.
Estudo, pesquisa, sim, mas amor também.
Examinando a problemática da evolução, os Mensageiros encarregados da Codificação Espírita foram taxativos: "Espíritas! amai-vos, este o primeiroensinamento; instruí-vos, este o segundo. " Nem o amor sem equilíbrio, arrebatamento que revela paixão e desconserto interior, nem a instrução intelectual sem o conteúdo de amor, a transformar-se em vapor alucinante de vaidades perniciosas quão destrutivas.
Sem o equilíbrio das duas asas a ave não consegue voar, plainando nas alturas.
Amor e conhecimento são as asas harmoniosas para o progresso do homem e dos povos, progresso que, não obstante as paixões nefastas ainda predominantes na natureza animal do homem, será impossível de ser alcançado.
Inexoravelmente o homem avança e sem apelação crescem as sociedades na direção da felicidade, porque é da Lei que o espírito jamais retrocede, progredindo sempre e com ele a sociedade humana, representada pelas nações, evoluindo sem cessar.