Sabedoria do Evangelho - Volume 6

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CAPÍTULO 9

ESCÂNDALOS

MT 18:6-10


6. "Quem fizer cair um destes pequenos que creem em mim, mais lhe conviria que suspendesse uma mó (de burro) em torno do pescoço dele e se submergisse na profundeza do mar.

7. Ai do mundo, por causa dos escândalos, porque é fatal que os escândalos venham; mas ai do homem por quem vem o escândalo.

8. Se tua mão ou teu pé te fazem cair, corta-os e lançaos de ti: melhor é para ti entrares na vida manco ou coxo que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo do eon.

9. E se teu olho te faz cair, extrai-o e lança-o de ti; melhor te é entrares na vida com um só olho, do que, tendo dois, seres lançado na geena de fogo.

10. Vede não desprezeis um destes pequeninos, pois vos digo que os Espíritos deles, nos céus, incessantemente vêem a face de meu Pai nos céus".

MC 9:42-48


42. "E quem quer que faça cair um destes pequenos que creem em mim, seria melhor se pendurasse uma mó (de burro) em torno do pescoço dele e se lançasse no mar. 43. E se tua mão te faz cair, corta-a; melhor te é entrares manco na vida que, tendo duas mãos, saires para a geena, para o fogo inextinguível.

45. E se teu pé te faz cair, cortao; melhor te é entrares coxo na vida que, tendo dois pés, seres lançado na geena.

47. E se teu olho te faz cair, arranca-o; melhor te é entrares com um só olho no reino dos céus que, tendo dois olhos, seres lançado na geena,

48. onde o verme deles não morre e o fogo não se extigue".

LC 17:1-2


1. Disse Jesus a seus discípulos: "É inevitável que venham escândalos, mas ai daquele por quem venham:

2. ser-lhe-ia mais útil se amarrasse a seu pescoço uma pedra de moinho, e se lançasse no mar, que fazer cair um destes pequenos".



Antes de passarmos à análise do texto, examinemos alguns vocábulos. Os moinhos (rêhhajm) eram de dois tipos: o leve (portátil) chamados "moinhos de homem (rêhhaim shel"adâm) e os pesados, denominados" moinhos de burro" (rêhhaim shel hamôr), porque essa alimária era utilizada para fazer girar a pedra móvel (a que chamamos mó) ou "cavaleiro" (rekhebh), que pisava o grão rodando sobre a outra pedra de baixo (petah tahtith), também dita "que dormia" (shakkâbh).

Os gregos também distinguiam o moinho a mão (cheiromylé, cfr. EX 11:5; Juizes 9:53 e MT 24:47) e moinhos de burro (epimylion). A mó deste segundo era dita líthos mylikós.

Os romanos os conheciam, bastando lembrar Ovídio: pumíceas versat asella molles (Fastos 6:318), isto é: "a burrica gira as mós de pedra-pomes".

A figura "pendurar uma mó ao pescoço" aparece em Qidduchin 29-b, quando o Rabbi Jochanan diz: " casar-se e depois estudar a Lei, é condenar-se a estudá-la com uma mó no pescoço".

Quanto a lançar ao mar alguém com um peso, diz Suetônio (Augustus,
67) que foi suplício usado: oneratos gravi póndere cervícibus praecipitavit in flumen, ou seja: "precipitou (-os) no rio, carregados com grande peso nos pescoços".

Entre os israelitas, porém, o afogamento era suplício inaceitável, porque privava a vítima de sepultura.


ESCÂNDALO

Muitas vezes aparece em o Novo Testamento a palavra "escândalo" (grego skándalon), que literalmente significa "pedra de tropeço" ou "armadilha para fazer alguém cair". Assim também o verbo skandalízein que é "provocar a queda" (escandalizar).

Pelas frases "escandalizar os pequenos" e pelas ações, certificamo-nos de que se trata de palavras ou ações que "desviam do rumo certo" (em grego hamartánô, em latim peccare, este composto precisamente de pés, "pé", e cádere, "cair", dando a ideia de "tropeço" que provoca a queda).


O exemplo de Paulo é totalmente esclarecedor. Vejamos:


1) aos romanos: "Sei e estou persuadido no Senhor, de que nenhuma coisa é, em si, impura (a não ser para aquele que a tem como tal) ... Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer alguma coisa em que teu irmão se escandalize" (RM 14:14, RM 14:21).


2) aos coríntios: "Quanto ao comer as carnes sacrificadas aos ídolos, sabemos que um ídolo nada é no mundo... A comida, porém, não nos recomendará a Deus : não somos piores se não comermos nem melhores se comermos. Mas vede que essa liberdade vossa não venha de alguma forma a ser pedra de tropeço para os fracos... Por isso, se a comida serve de pedra de tropeço a meu irmão, jamais comerei carne, para que eu não sirva de pedra de tropeço para meu irmão" (1CO 8:4-1CO 8:8-13).

Compreendemos, então, que essa "pedra de tropeço" ou esse "escândalo" não é somente o ver e admirarse: é o afrouxar a vigilância e imitar o ato, embora a consciência do escandalizado o condene por isso. O que torna má e prejudicial uma ação, não é a ação em si, mas o que nossa consciência o julga.

Se sabemos que beber cerveja não constitui "pecado", mas o vizinho ao lado julga que o seja, diante dele procuraremos evitar esse ato, pois ele poderia ser levado a imitar-nos e a ficar com a consciência pesada, criando a vibração do remorso, que atrairia infalivelmente o carma negativo. O sofrimento que, por esse fato, lhe adviesse, seria causado por nós; e, como co-responsáveis, também sofreríamos. E quiçá mais do que pudéssemos supor, pois responderíamos por todas as consequências decorrentes de um ato que talvez, para nós, não tivesse representado nada ou quase nada.

Estamos dando exemplos de coisas pequenas, de somenos importância, mas sabemos todos que há coisas muito mais graves, cujo remorso pode provocar carmas negativos que necessitem duas ou mais encarnações para serem queimados. Quanto mal, quanto atraso podemos causar a companheiros de jornada terrena, se não tivermos a delicadeza de "sentir" o que podemos ou não fazer e dizer perante eles!

Esse é o escândalo, o tropeço, que é fatal ocorrer. Mas, ai daquele que for o causador: receberá pel "choque de retorno" toda a carga que tiver jogado sobre os ombros dos irmãos ou irmãs.

O "escândalo" ou "pedra de tropeço", consiste, também, em desviar irmãos "menores" (em evolução, em inteligência, em conhecimentos) do caminho certo, influindo para que se afastem de grupos onde se acham bem; ou para que abandonem a religião que lhes fala à alma. Daí o erro do proselitismo: cada um deve modificar seu modo de pensar de dentro para fora, quando chegar a necessidade íntima, e não por influências e pregações externas.

Vejamos agora a tradução corrente, que diz: "é necessário que o escândalo venha". Não pode essa tradu ção, na verdade, ser taxada de errada, mas corresponde muito mais ao grego anágkê o português" fatal" ou "inevitável". Cremos não ser preciso demonstrar a diferença entre "é necessário" e "é inevit ável".

Jerônimo já descobrira a traição ao original, quando escreveu que "se fosse necessário o escândalo, não haveria culpa da parte de quem o ocasionasse; mas, ao contrário, cada um por sua culpa faz cair" (unusquisque suo vitio scándalis patet, Patrol. Lat. vol. 26, col. 129). A expressão de Lucas anéndekton estin confirma nossa asserção: "é inevitável".

Em Sua vida terrena, Jesus evitava escandalizar, como, por exemplo, no caso da didracma (cfr. MT 17:24-27; vol. 3). E Paulo refere-se ao escândalo em RM 14:21-1CO 8:13 e 2CO 11:29).

Examinemos, agora, o enfático conselho que, comparativamente, é dado: seria melhor o suicídio por afogamento, que a provocação do escândalo.

A razão salta aos olhos: o suicídio traz sofrimento bárbaro, do qual só nós responderemos perante a Lei, sofrendo-lhe pessoalmente as consequências dolorosas. O escândalo, que induz ao mal, na armadilha que preparamos, escondendo um perigo (portanto intencionalmente, cfr. Sab. 14:
11) traz resultados danosos aos outros, multiplicando nossa responsabilidade pelo número de pessoas que desviamos do caminho com o nosso exemplo ou as nossas palavras. E sofreremos a dor de nosso erro e do carma dos erros de todos os que fizemos sair da estrada certa, numa reação em cadeia incalculável e imprevis ível. A ignorância poderá atenuar; mas o peso será total se o fizermos conscientes, quer motivados por espírito de maldade, só para prejudicar, quer levados por orgulho ou pela vaidade ferida.

Examinando, agora, as três comparações da amputação da mão, do pé e da extração do olho (Mateus, que aqui evidentemente resume Marcos, engloba os dois primeiros num só versículo), vemos o que significa a comparação com o suicídio.

Não se trata da amputação física do corpo material-denso, cortando os membros que nos atrapalham a evolução. Assim o entendeu Orígenes, o grande escritor cristão grego; mas entendeu mal, e por isso a igreja, ainda à sua época, o condenou. Sendo ele vítima de fortes apelos sexuais, resolveu, baseado neste texto, e naquele outro que fala dos "que se tornam eunucos por causa do reino dos céus" (MT 19:12) fazer-se castrar fisicamente, amputando aquilo que o levava à queda em sua opinião. Opinião errada, porque não é o físico, mas o espírito que causa essas perturbações.

No entanto, a simples leitura atenta do texto demonstra que essas amputações são realizadas no corpo astral, antes da encarnação. Com efeito, "é melhor entrar NA 6DA" - isto é, na vida FÍSICA da matéria densa – coxo, manco ou cego de um olho, que nascer aqui perfeito e ser lançado na "geena" dos vícios e das lutas, que tanto nos fazem sofrer. Sim, porque ninguém poderia supor que essa "vida" de que fala Jesus, se referia ao "céu". Que adiantaria ficar nesse céu mitológico na condição de coxo, de cego ou de manco, se: 1. º lá não haveria mais perigo de cair; 2. º lá tudo é perfeito; 3. º se lá não se produzem mais escândalos?


PROVA DA REENCARNAÇÃO

Este trecho constitui uma das mais insofismáveis provas de que Jesus, pelos próprios textos evangélicos, aceitava a doutrina da reencarnação. De que a reencarnação era ensinada clara e categoricamente.

Não sabemos por que os adeptos do Espiritismo e das doutrinas reencarnacionistas só costumam evocar as provas de Nicodemos e de Elias-Batista, e deixam de lado esta preciosidade.

Essas palavras evangélicas explicam incontestavelmente a questão dos nascimentos diferentes: a razão das crianças que nascem aleijadas, cegas, surdas, ou com qualquer deficiência, enquanto outras surgem no planeta, perfeitas e saudáveis.

Dá-nos ainda a compreender que, se algumas crianças nascem aleijadas por motivo de carmas negativos, outras assim renascem, por escolha pessoal, antes da encarnação, a fim de evitar quedas sucessivas ou retardamentos prejudiciais na evolução; então voluntariamente interrompem o caminho do erro e enveredam pela senda do auto-aperfeiçoamento, sentindo-se privadas, na vida da carne, daqueles órgãos que constituíram sua desgraça no passado.

Quanto ao fogo inextinguível, já o estudamos no capitulo anterior.

No vers. 10 de Mateus, lemos que "os Espíritos dos pequenos vêem incessantemente a face do Pai nos céus". Isso contradizia a crença israelita da época, que só admitia que tivessem a "visão beatífica" os Anjos Superiores. A expressão "ver a face" equivale a "estar na presença" e permanecer unido ao Pai.

Mas aceitavam plenamente a doutrina dos "anjos de guarda". Acreditavam firmemente que cada criança entrava na vida acompanhado por um Espirito bom, encarregado de ajudá-la, e também por um esp írito mau, sempre pronto a derrubá-la.

Também entre os cristãos a crença no anjo de guarda é antiga. Jerônimo escreveu: magna dígnitas animarum, ut unaquaeque habeat ab ortu nativitatis, in custodiam sui, angelum delegatum, isto é grande é a dignidade das almas, para que cada uma tenha desde o nascimento, um anjo delegado para sua guarda" (Patrol. Lat. vol. 26, pág. 130).

Várias considerações há que fazer, em pesquisa mais apurada, além das que já foram aduzidas. Inicialmente, é mister insistir no ensinamento verdadeiro do trecho.

Sabemos que os evangelistas reproduziram, em anotações rápidas e fragmentárias, os ensinos de Jesus e as palavras do Cristo através Dele. para que não fossem esquecidos nem distorcidos pelos futuros membros da Escola Iniciática "Assembleia do Caminho", sobretudo por parte dos encarregados da explicação da doutrina.

Dessa forma, destinavam-se os Evangelhos à memorização Ensinos especializa dos para os irmãos (adelphós): assim eram denominados os que se filiavam à Irmandade da Escola. Só entre eles era usado o título de irmão. E os autores dos escritos inspirados bem o sabiam, classificando os companheiros como irmãos ou santos (sadios, purificados).

Sabiam, também, o que significavam as expressões "pequenos", "pequeninos" ou "crianças, criancinhas": eram aqueles que estavam pretendendo ingresso ou começando a frequentar as reuniões ainda exotéricas, os "infantes" espirituais. Assim como "cachorrinhos" ou "cães" eram os profanos, totalmente afastados do espiritualismo. Quando um "desses pequeninos" era aceito e inscrito nos primeiros cursos da Escola, recebia o nome de "catecúmeno".

Não foram escritos, pois, os Evangelhos, com endereço popular, com destino a profanos daquela época.

Essa intenção básica refletiu-se durante séculos na igreja romana, que reservava a leitura e o estudo evangélico apenas aos "clérigos". Quando a humanidade, muito mais tarde, conquistou a maturidade que a tornou apta a compreender os textos, veio à Terra o grande missionário Lutero, com a tarefa específica de vulgarizar os Evangelhos entre o grande público.

Mas os escritores sabiam que as anotações que registravam nos papiros e pergaminhos poderiam cair (e caíram mesmo) em mãos profanas, sem qualquer condição, nem moral nem intelectual, de penetrarlhes a profundidade do ensino. Daí a necessidade absoluta de transmitir o ensino verdadeiro mas de forma velada ("não deis coisas santas aos cães nem pérolas aos porcos", MT 7:6). Essa forma alegórica e simbólica seria entendida apenas pelos possuidores das "chaves de decifração". Quem conhecia o "segredo do cofre", poderia abri-lo a qualquer momento.

Doutro lado, só os fatos essenciais, cuja interpretação pudesse servir de ensino, é que foram anotados.

Não havia necessidade, nem convinha, que se lançasse na publicidade incontrolada do papel, u "tratado" completo. Aos que haviam cursado a Escola, bastariam pontos essenciais acenados, quer sob forma parabólica ditada por Jesus, quer sob o disfarce de falas e exemplos, quer sob a forma alegórica ou simbólica de ensinos rápidos, em que o essencial era resumido, apenas como esquema mnemônico.

Outra vantagem havia nessa maneira de expor assuntos capitais para a evolução, mas perigosos como armas de dois gumes para os que não houvessem conquistado o direito de acesso ao santuário: ao cair entre mãos profanas, as palavras seriam entendidas segundo seu sentido corrente vulgar, e isso permitiria que, mesmo com o obscurantismo que sucederia na era Pisces, o ensino pudesse ser aproveitado em sua forma material, acessível às mentalidades pouco espiritualizadas da massa ignara.

Obra de suma responsabilidade, reveladora da profunda psicologia de seus autores. Como escreveu Renan, em outras palavras, "negar a genialidade de Jesus acarretaria dificuldade muito maior: a de admitir a genialidade dos quatro evangelistas".

Com a natural evolução da humanidade, chegaríamos a compreender o sentido real e profundo dos ensinos evangélicos. Questão de tempo e de ascensão espiritual dos homens. A obra foi confiada aos pergaminhos. A semente foi plantada. Os frutos chegariam no tempo devido.


* * *

A lição que aqui se acha oculta sob a frase chocante, de que era preferível o suicídio ao "escândalo" é dirigida particularmente aos encarregados do ensino nas Escolas. Para o vulgo, ela assusta e faz evitar as ações erradas que possam fazer cair os companheiros fracos.

Mas aos que seguem a carreira do mestrado, ela admoesta que um ensino errado - quer provocado por estudo desidioso que não chega a quebrar a capa da ignorância, quer por improvisação de conceitos (dado que a vaidade não deixa confessar a insciência) - equivale a um suicídio da pior espécie.

Quem, ao exaltar-se na cátedra, arrasta os "pequenos" de compreensão e os de boa-fé a acreditar nele, pessoa humana, que se constitui ídolo vivo, intitulando-se "mestre" em busca de gloríolas, arca com responsabilidade tão imensa, que chega a equivaler a um suicídio moral.

Quem ensina, por falta de conhecimento ou, pior ainda, de sinceridade, a ir em busca de um Deus externo e mau, severo e vingativo, inconstante e, volúvel que, mesmo exigindo dos homens que perdoem "setenta vezes sete", ele mesmo não perdoa e lança seus "filhos" num inferno eterno, é tão culpado perante a Lei como se cometesse um suicídio.

Quem distorce as verdades evangélicas, interpretando-lhes as palavras para apoiar suas ideias (e não no sentido real), por vezes até opostas ao ensino de Jesus, está de fato preparando armadilhas para que os pequenos retardem sua evolução. Seu sofrimento será maior que o do suicídio, na vida fora da matéria.

Todos esses tipos de "escândalos" são inevitáveis que ocorram, em vista do atraso dos homens, imbuídos de vaidade ignorante e de presunção orgulhosa.

Entretanto, melhor seria se se apresentassem diante dos homens com sincera honestidade: coxo ou manco de conhecimento ou meio cego de compreensão, e humildemente confessassem sua ignorância do assunto, sem a vaidade de "saber tudo". Muito melhor que arcar com a responsabilidade de um ensino errôneo ou personalístico. O carma negativo que se colhe quando se age mal - sobretudo quando é conscientemente - é terrível, porque "o verme do remorso não morre e o fogo da consciência não se extingue".

No vers. 47 de Marcos, a expressão "entrar na vida" é substituída por "entrar no reino de Deus". Com efeito, quem não ensina certo não tem possibilidade de realizar, na Terra, a união divina, sintonizando com o Pai.

O vers. 10 de Mateus, que avisa: "não desprezeis um destes pequenos, pois vos digo que os Espíritos deles nos céus, incessantemente vêem a face de meu Pai nos céus", traz a revelação de uma verdade ainda pouco divulgada.

Todos nós sabemos ser constituídos de uma individualidade que se condensa em personagem, para conquistar a evolução. Mas precisamos compreender que essa condensação é literalmente uma condensação, ou seja, o Espírito ilimitado se reduz num corpo relativamente minúsculo, embora permaneça o Espírito com as mesmas características ilimitadas. Então, enquanto está preso na personagem, está também "nos céus", ligado ao Pai ("vendo-Lhe incessantemente a face").

Não podemos dizer que "uma parte" no Espírito se condensa, e "outra parte" permanece ilimitada, porque o Espírito não tem "partes", já que não possui extensão nem dimensão: é UM TODO inespacial, adimensional, ilimitado, vibracionalmente consciente em todos os planos, inclusive no plano divino geração Dele" (AT 17:28).

Por isso, mesmo que nossa consciência atual não o saiba nem o perceba, nós (o Espírito) "estamos em Deus, Nele nos movemos e existimos e somos geração Dele" (AT 17:28).

Por menor e mais involuída que se apresente a nós a criatura, ali está a manifestação visível, com forma, de um Espirito invisível e divino em sua essência. Logo, não há motivo para desprezar alguém por ser ignorante, pobre, pequeno, aleijado ou criminoso. Estas são as "aparências" externas da personagem" filha do mal", criatura do Antissistema, vibração condensada no polo negativo de um Espírito que vive incessantemente consciente no polo positivo.

A sublimidade do ensino chega a estarrecer-nos, sem dúvida. Mas está claro na palavra de Jesus. É nova concepção da Vida, da existência do ser. Trata-se de verdadeira revelação consoladora e estimulante.

Quando os homens souberem disso e se convencerem dessa realidade, o ambiente da Terra se modificará totalmente.

Verdade essa que foi vivida pelos Grandes Seres, e agora é permitida: sua divulgação ampla, pois soou a hora de alertar a todos da REALIDADE sublime de nossa divindade substancial. A revelação gradativa reserva-nos grandes surpresas, e ainda outras coisas há que dizer, que virão a seu tempo determinado.

Aproveitemos este ensejo para meditar a respeito do que é um Filho do Homem: um ser que conquistou, a duras penas, a consciência do que ele verdadeiramente é: um Espírito unido ao Pai pela vibração mística que constitui sua essência mais profunda. A personagem, transitória e carregada de defeitos, é veículo temporário e deficiente, que apenas representa a exteriorização mínima e sem importância de uma realidade que está acima de nossa mais fértil imaginação.



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Mateus 18:6

Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.

mt 18:6
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Mateus 18:7

Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!

mt 18:7
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Mateus 18:8

Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti: melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.

mt 18:8
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Mateus 18:9

E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti. Melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.

mt 18:9
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Mateus 18:10

Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus.

mt 18:10
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Marcos 9:42

E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e que fosse lançado no mar.

mc 9:42
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Marcos 9:43

E, se a tua mão te escandalizar, corta-a: melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga;

mc 9:43
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Marcos 9:44

Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.

mc 9:44
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Marcos 9:45

E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga;

mc 9:45
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Marcos 9:46

Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.

mc 9:46
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Marcos 9:47

E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, ser lançado no fogo do inferno;

mc 9:47
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Marcos 9:48

Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.

mc 9:48
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Lucas 17:1

E DISSE aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!

lc 17:1
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Lucas 17:2

Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos.

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Mateus 24:47

Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.

mt 24:47
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Romanos 14:14

Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus que nenhuma coisa é de si mesmo imunda a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.

rm 14:14
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Romanos 14:21

Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.

rm 14:21
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Mateus 17:24

E, chegando eles a Capernaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as didracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as didracmas?

mt 17:24
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Mateus 17:25

Disse ele: Sim. E, entrando em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis da terra os tributos, ou o censo? Dos seus filhos, ou dos alheios?

mt 17:25
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Mateus 17:26

Disse-lhe Pedro: Dos alheios. Disse-lhe Jesus: Logo, estão livres os filhos;

mt 17:26
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Mateus 17:27

Mas, para que os não escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir, e, abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-o por mim e por ti.

mt 17:27
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Mateus 19:12

Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.

mt 19:12
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Mateus 7:6

Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; para que não as pisem, com os pés, e, voltando-se, vos despedacem.

mt 7:6
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Atos 17:28

Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração.

at 17:28
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