O Evangelho dos Humildes

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CAPÍTULO 10

OS DOZE E SUA MISSÃO

(Mt 10:1-42; Mc 3:13-19, Mc 3:6-7-13; Lc 6:12-16, Lc 6:9-1-6)

1 Então convocando os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus poder sobre os espíritos imundos, para os expelirem e para curarem todas as doenças e todas as enfermidades.

2 Ora os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, que se chama Pedro e André, seu irmão.

3 Tiago, filho de Zebedeu e João, seu irmão, Filipe e Bartolomeu, Tomé e Mateus, o publicano, Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu.

4 Simão Cananeu e Judas 1scariotes, que foi o que o entregou.

Durante algum tempo, os discípulos se dedicam ao aprendizado junto ao Mestre. Espíritos de alto progresso espiritual, fácil lhes foi assimilar as lições que Jesus lhes ministrava diariamente, não só pelas palavras, como também pelo exemplo. Fortificados pela fé que Jesus lhes acendera nos corações, estavam preparados para continuar a obra evangélica, que Jesus lhes confiaria.

São sábias e comovedoras as regras, segundo as quais os discípulos pautariam sua conduta no mundo. Há vinte séculos que os discípulos de boa vontade estudam este código de renúncia; os que. não se afastaram dele, triunfaram. Palmilhando os ásperos caminhos da terra, quando a taça de amarguras parecia transbordar, lembravam-se das ternas exortações e dos conselhos do Mestre e adquiriam novo alento para perseverarem até o fim.

Estas instruções são para todos os médiuns, especialmente devem meditá-las, e a assimilá-las muito bem, antes de iniciarem seu medianato. De acordo com os últimos ensinamentos do Espiritismo, estudemos o código do discípulo fiel.

5 A estes doze enviou Jesus, dando-lhes estas instruções, dizendo: Não ireis caminho de gentios, nem entreis nas cidades dos samaritanos.

6 Mas ide antes às ovelhas que pereceram da casa de Israel.

Jesus ordena a seus discípulos que se dirijam antes aos que já estavam em condições de entender os novos ensinamentos. Os israelitas eram, naturalmente, os indicados para primeiro receberem o Evangelho, dado o longo preparo espiritual a que a lei de Moisés os tinha submetido. Dirigindo-se a eles, os discípulos encontrariam um terreno propício à semeadura. Ao passo que se procurassem em primeiro lugar os outros povos, as dificuldades para a difusão do Evangelho seriam maiores, pois, ainda não estavam à altura de suas lições.

Com o tempo, todos os povos se preparariam convenientemente e, então, surgiriam novos trabalhadores, que lhes levariam as claridades do Evangelho.

Na difusão do Espiritismo, o discípulo inteligente deve seguir a mesma diretriz: primeiro os que estão em estado de o compreenderem; os outros virão depois.

7 E pondo-vos a caminho, pregai que está próximo o reino dos céus.

O reino dos céus está dentro de nossos corações. É inútil ir procurá-lo mais longe. Caracteriza-se pela bondade, pelo amor fraterno entre todos, pelo acolhimento, amparo e proteção aos que sofrem. O coração, livre de ódios e remorsos, de cobiça, de ambições descabidas, da concupiscência; e capaz de amar a todos os homens, sem distinção de cor, de classe social, de raças, de credos políticos ou religiosos, um coração assim traz dentro de si o reino dos céus. Portanto, o reino dos céus está ao nosso alcance. A consciência tranquila e o coração puro causam uma felicidade tal aos que os possuem que, já na terra, gozam as alegrias espirituais que os aguardam nos planos da espiritualidade. Não deixemos para amanhã o início de adquirirmos essa graça.

Comecemos desde agora a trabalhar por merecê-la, combatendo nossas imperfeições, abandonando nossos vícios, abrandando nosso caráter e esforçando-nos por nos amarmos uns aos outros. E depois de termos realizado o reino dos céus dentro de nós, fácil será concretizá-lo na face de nosso planeta.

Jesus alude ao começo dos trabalhos de regeneração da humanidade pela observância das leis divinas, quando manda a seus discípulos que preguem estar próximo o reino dos céus.

8 Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os demônios; dai de graça o que de graça recebestes.

Conquanto Jesus e seus discípulos e, modernamente o Espiritismo, tenham operado curas materiais, é mais no sentido moral que devemos entender esta ordem de Jesus. Porque o Evangelho é a lição divina que ensina a humanidade a se curar de suas imperfeições morais.

Curai os enfermos, isto é, ensinai os homens a evitarem o mal, para que não sofram suas dolorosas consequências.

Ressuscitai os mortos, isto é, ensinai que a morte não existe e que do outro lado do túmulo o espírito continua com sua vida eterna.

Limpai os leprosos, isto é, ensinai os pecadores a se regenerarem e esclarecei os ignorantes sobre as coisas divinas.

Expeli os demónios, isto é, encaminhai os espíritos obsessores concitandoos ao perdão e à prática do bem.

E nunca aceiteis a paga do bem que espalhastes, uma vez que o Pai, que está nos céus, não põe preço em sua misericórdia.

9 Não possuais ouro nem prata, nem tragais dinheiro nas vossas Cintas;

10 Nem alforge para o caminho, nem duas tunicas, nem calçado, nem bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento.

Acima de tudo, o discípulo fiel deve confiar na Providência Divina. O Senhor da seara não deixará os seus obreiros sem o necessário para sua manutenção. Se os patrões humanos não deixam seus operários sem a paga do trabalho que executam, quanto mais o Patrão Divino não cuidará de seus servos?

Além disso, o discípulo do Evangelho ensina os povos a se libertarem da matéria. Daria um péssimo exemplo, o discípulo que se afadigasse pela posse transitória dos bens terrenos; porque demonstraria confiar mais na matéria do que na Providência Divina. A evangelização das criaturas deve ser a principal preocupação do discípulo sincero.

11 E em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, informai-vos de quem há nela digno; e ficai aí até que vos retireis.

12 E ao entrardes na casa saudai -a, dizendo: Paz seja nesta casa.

13 E se aquela casa na realidade o merecer, virá sobre ela a vossa paz; e se o não merecer, tornará para vós a vossa paz.

Os discípulos tinham de ir de aldeia em aldeia e de cidade em cidade pregando o Evangelho. Naqueles tempos não havia a imprensa, nem o rádio nem os modernos meios de propaganda; somente dispunham da palavra oral para tornarem conhecido o Evangelho. Pobres como eram, não podiam pagar pousadas; forçoso lhes era, por conseguinte, procurarem almas caritatívas que os hospedassem gratuitamente. Não só era uma oportunidade para essas almas exercerem a caridade para com os viajores sem recursos, como também era um testemunho que os discípulos davam de sua fé em Deus.

Em nossos dias, o Espiritismo é o novo apóstolo que Jesus envia a todas as cidades e a todos os lares para ensinar os preceitos evangélicos. O Espiritismo saúda com a sagrada saudação a casa onde penetra. E a casa passa a gozar a paz, o ambiente doméstico fica livre de espíritos inferiores que o perturbavam, os quais são encaminhados para as escolas de aprendizado e de regeneração no mundo espiritual. Os membros da família extinguem as querelas e doce fraternidade preside às relações familiares. Todavia, para isso é necessário que a casa mereça realmente a paz, o que será conseguido pela observância dos preceitos de Jesus.

Cumpre notar que quando um médium vai ministrar um passe a um doente, prestando assim a caridade espiritual, o doente pode ou não merecer a graça de ser beneficiado. Porque há doentes que só se lembram de implorar o auxílio divino e prometem regenerar-se quando premidos pelo sofrimento. Logo que se livram dos males que os atormentavam, esquecem-se das promessas feitas a Deus e não mais se interessam pelas coisas espirituais. Nesse caso a graça será toda do médium, que será recompensado espiritualmente pelo serviço prestado.

14 Sucedendo não vos querer alguém em casa, nem ouvir o que dizeis, ao sair para fora da casa, ou da cidade, sacudi o pó dos vossos pés.

Os preceitos de Jesus visam eliminar do seio da grande família humana, todos os motivos que separam os seus mem bros. O Evangelho, portanto, não poderá ser imposto pela força, mas pelo Amor. Jesus não ordena que seus discípulos forcem a consciência daqueles que os querem ouvir; mas que se afastem deles, sem discutirem.

Mandando que seus discípulos sacudissem o pó dos sapatos ao deixarem os que os repelissem, é como se lhes dissesse: Mostrai aos vossos irmãos que vos enxotarem ou vos contradizerem, que nenhuma das ideias deles conseguiu abalar a vossa fé; e que deles não guardais o menor ressentimento.

Na difusão do Espiritismo, inúmeras vezes terão os discípulos sinceros de sacudirem o pó das sandálias; porque nem todos os encarnados estão em condições de compreendê-los.

15 Em verdade vos afirmo isto: Menor rigor experimentará no dia do juízo a terra de Sodoma e de Gomorra, do que aquela cidade.

Aqui Jesus nos demonstra que tôda aquisição de conhecimentos acarreta aumento de responsabilidade. E cada um experimentará o rigor da Justiça Divina de acordo com o grau de conhecimentos que tiver adquirido. Assim sendo, ninguém carregará um fardo mais pesado do que suas forças o permitirem. Todos aqueles que são chamados a participar das alegrias do Evangelho, construindo seus destinos àluz dos ensinamentos de Jesus, é porque já estão em situação de poderem atender ao convite que lhes é feito.

Todavia, há os que não atendem ao chamado, furtando-se ao trabalho divino.

Se analisarmos muito bem a situação desses irmãos, notaremos que assim agem por não quererem contrariar o comodismo em que vivem, protelando, dessa maneira, o seu progresso espiritual e acumulando sofrimentos para o futuro.

Outra importante advertência que podemos tirar desse versículo, é no que se refere aos que pregam o Evangelho e não o exemplificam. Quem ensina o Evangelho e não vive de conformidade com o que ensina, na verdade experimentará o rigor que Sodoma e Gomorra não experimentaram.


(Mt 16:5-6; Mc 4:22, Mc 8:14-21; Lc 8:17, Lc 12:1-12)

16 Vede que eu vos mando como ovelhas no meio de lobos. Sede logo prudentes como as serpentes e simplices como as pombas.

Deus ama os humildes e abate os orgulhosos. Por isso é que Jesus nos recomenda que sejamos simples como as pombas. Na simplicidade das pombas, Jesus simboliza a humil dade de que devemos nos revestir no desempenho do labor de nosso aperfeiçoamento espiritúal; porque aos humildes nunca faltará o auxílio do Altíssimo. E nossa humildade será provada diante dos reveses da vida, quando sofremos as provas e as expiações reservadas para o progresso e purificação de nosso espírito. Entretanto, Jesus quer também que tenhamos a prudência das serpentes. Com isso ele nos adverte que exerçamos contínua e enérgica vigilância sobre nós próprios, a fim de que as tentações do mundo, quais lobos vorazes, não inutilizem nossa encarnação.

No que se refere ao trabalho espiritual, essa advertência de Jesus é profunda. É fora de dúvida que o trabalhador do Evangelho viverá continuamente assediado pelas forças das trevas, as quais tentarão frequentemente desviá-lo da tarefa. Os médiuns, sobretudo, e os pregadores da palavra divina, terão de lutar não só contra os encarnados, mas também contra os espíritos desencarnados que, ou por ignorância ou movidos por sentimentos inferiores, tudo farão para anular-lhes os esforços. E como os trabalhadores do Evangelho somente poderão revidar com as armas do bem, do amor, do pacifismo, da tolerância e da piedade, jamais recorrendo à violência, deverão ser quais ovelhas, cheias de prudência, convivendo no meio de lobos.

17 Mas guardai-vos dos homens; porque eles vos farão comparecer nos seus juízos e vos farão açoitar nas suas sinagogas;

18 E vós sereis levados por meu respeito à presença dos governadores e dos reis, para lhes servirdes a eles e aos gentios de testemunho.

Pregando uma doutrina de paz e de igualdade; de amor, de fraternidade e de perdão, entre homens que cultuavam a guerra, o ódio, a vingança e os rígidos preconceitos sociais, os discípulos levantariam contra si a perseguição de todos os espíritos que se compraziam na ignorância ou que usufruiam proveitos dela. A História nos conta que as predições de Jesus se realizaram.

Ainda hoje as perseguições não cessaram. Onde quer que se erga uma voz concitando os homens a prática do Evangelho em toda sua pureza e simplicidade, é certo aí acorrerem muitos para abafá-la. Ë o que tem acontecido com o Espiritismo. Essa Doutrina, que é o Consolador prometido pelo Mestre, suscitou desde o seu aparecimento, todas as perseguições morais possíveis. Desde as religiões orga nizadas até a ciência, todos se bateram contra ela, culminando no martírio dos médiuns, submetidos a desalmadas experiências de laboratório. Todavia, se cai um discípulo, levanta-se outro; e os trabalhadores da grande causa prosseguem dando o testemunho.


19 E quando vos levarem, não cuideis como ou o que haveis de falar; porque naquela hora vos será inspirado o que haveis de dizer:

20 Porque não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é o que fala em vós.

Os pregadores do Evangelho eram médiuns e, por isso, no momento de responderem a seus algozes, eram assistidos por espíritos de elevada hierarquia espiritual, que lhes sugeriam as palavras a serem proferidas. Eis porque vemos que os sacrificados nos circos romanos, ante a turba ébria de sangue e de violência, nada respondiam que não glorificasse o Cristianismo nascente; e elevavam ao Alto suas preces e seus cânticos de perdão e de amor. E acabado o espetáculo, os espíritos mártires partiam para o mundo espiritual nos braços de seus amigos. E o povo voltava para suas casas pensativo e indagando de si para si: — Que nova religião será essa cujos adeptos são sinceros até diante da morte?

E todos queriam conhecê-la.

21 E um irmão entregará à morte a outro irmão e o pai ao filho; e os filhos se levantarão contra os pais e lhes darão a morte.

Nas perseguições e nas lutas religiosas a que o mundo tem assistido, o fanatismo religioso quase sempre armou os braços dos membros de uma mesma família, uns contra os outros. Pelo lado moral, houve profundo choque entre os adeptos do Cristianismo nascente e os dos outros credos, gerando-se assim a guerra de religiões dentro de um mesmo lar.

Em nossos dias reacende-se a luta contra as ideias progressistas do Espiritismo, que trabalha por reconduzir o Cristianismo à sua forma e pureza primitivas e explicar o Evangelho racionalmente. Embora sem o caráter sanguinolento do passado, a batalha que se trava não deixa de ser intensa a fim de que a luz brilhe novamente. É natural, pois, que no entrechocar das ideias novas do progresso com as ideias velhas do passado e do comodismo, muitas vezes pais, filhos e irmãos se coloquem em campos opostos.

Jesus aqui nos adverte acerca das lutas que um espírita travará dentro de seu próprio lar para encaminhar a si e aos seus pelo caminho da Verdade.

Deverá, em primeiro lugar, vencer a perseguição que lhe desencadearão os espíritos desencarnados ignorantes, os quais incitarão contra de seus próprios familiares. Assistimos, então, à critica impiedosa que tem de suportar e à oposição tenaz que lhe é movida no sentido de afastá-lo do caminho da espiritualidade. Em seguida deverá corrigir seus defeitos, livrar-se dos vícios para que possa adquirir a força moral suficiente para guiar sua família e combater as imperfeições, que cada um de seus familiares apresentar. Manter a força moral para que seja respeitado e se fazer respeitar pela família, é outra luta moral em que se empenhará um espírita que quer seguir à risca os ensinamentos do Evangelho.

Um lar não se domina pela violência. Dominar um lar pela violência é tiranizar a família. Um lar se domina pelo Amor. Mas para que o Amor possa dominar é preciso que seja gerado pelo respeito; e o respeito só será conseguido quando o chefe da família for um alto padrão de moralidade. Então terá a autoridade incontestável para impor à sua família a norma de conduta que o Espiritismo lhe ditar. Fazendo respeitar-se pelo Amor, os pais precisam saber usar da severidade para não deixarem que seus filhos se extraviem.

Grande é a responsabilidade dos pais neste assunto. Cada filho extraviado é uma dívida que os pais contraem para com Deus, por não terem sabido desempenhar a missão de bons orientadores das almas que o Senhor lhes confiou. Essa dívida lhes acarretará enormes trabalhos no futuro, além de sofrimentos no mundo espiritual. Quando os filhos ameaçam desviar-se e não querem obedecer pelo Amor, os pais devem empregar em tempo oportuno o corretivo enérgico, embora com mágua no coração para evitarem males maiores. Ë por isso que Jesus aqui nos fala que sua doutrina causaria divisões na família, trazendo para o seio dela muitas lutas. Ele sabia que os membros mais evoluídos, querendo impulsionar a evolução dos retardatários, entrariam em choque com eles e teriam de trabalhar arduamente para obterem êxito.

22 E vós por causa do meu nome sereis o ódio de todos; aquele porém que perseverar até o fim, esse é o que será salvo.

Jesus aqui precavém os discípulos contra o orgulho e os preconceitos sociais que separam as criaturas. Como eles pregariam a extinção do orgulho e lutariam contra os preconceitos sociais, ensinando aos homens que todos são irmãos, filhos do mesmo Pai, atrairiam sobre si a cólera de grande número daqueles que não estavam preparados para compreendê-los. Um dos pontos básicos do ensino de Jesus é fazer com que os homens aprendam que todos são irmãos, não importa a que nação ou raça pertençam e como irmãos se devem tratar. Éjustamente isso que a maioria da humanidade não quer compreender; daí resultaria para os discípulos o ódio de muitos.

Conquanto muito se pregue e já se tenha chegado à conclusão de que a humanidade é uma imensa família, •cujos membros são irmãos, o orgulho, gerando os preconceitos sociais, tem prejudicado constantemente o cumprimento desta lei da fraternidade. Mas não é só em relação às coisas terrenas que o orgulho tem feito estragos: sua maléfica ação se estende também às coisas espirituais. Na aquisição dos bens espirituais, o orgulho é o principal tropeço. Às vezes, pelo simples fato de não querermos ombrear com nossos irmãos mais modestos e mais pequeninos do que nós, desrespeitamos as leis divinas. A fraternidade é uma das grandes leis morais do código divino.

E sempre que o orgulho falar mais alto do que a humildade, sufocaremos o sentimento de fraternidade, que deve presidir ao trato com nosso próximo.

Jesus é a personificação da humildade. E sua doutrina prega a humildade de coração. Na terra ainda predomina o orgulho. E os orgulhosos se revoltam contra os que lhes falam da doutrina de Jesus, porque ela lhes relembra a humildade da qual se afastaram. E por isso o nome do Mestre traria o desprezo para os discípulos. É preciso que não nos esqueçamos de que seremos salvos, isto é, ficaremos livres do ciclo das reencarnações dolorosas, somente se nós nos conservarmos fiéis observadores dos preceitos de Jesus até o fim de nossa vida.

23 Quando porém vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos afirmo que não acabareis de correr as cidades de Israel, sem que venha o Filho do homem.

Assim como cada espírito, individualmente, obedece à lei do progresso, é natural que também o planeta, em seu conjunto, obedeça à mesma lei. À medida que os espíritos aqui encarnados progredirem, progredirão com eles as instituições humanas, as quais melhorarão não só na parte material, como também na moral, e intelectual. Os principais propulsores desse progresso, principalmente na parte espiritual, são os espíritos desencarnados, que por toda parte inspiram aos encarnados o respeito às leis divinas e por meio de médiuns através dos tempos, indicam à humanidade os rumos espirituais a seguir.

Jesus toma Israel como o símbolo do mundo ao qual vinha ser pregado o Evangelho. E recomenda a seus discípulos que não interrompam o labor evangélico por coisa alguma, nem mesmo por causa das perseguições que sofreriam. Conquanto, materialmente falando, não houvesse possibilidade de os discípulos percorrerem todas as cidades do planeta, nem por isso elas ficariam esquecidas. Uma legião de espíritos desencarnados estava incumbida de levar o Evangelho aos mais afastados recantos do globo, suscitando trabalhadores onde fossem necessários. E modernamente, o Espiritismo, manifestando-se desde os lugarejos às grandes capitais, tornou-se o instrumento para a disseminação dos preceitos evangélicos, preparando assim, o advento do Filho do homem, isto é, do reinado espiritual de Jesus, em todos os corações.

24 Não é o discípulo mais que seu Mestre, nem o servo mais que seu senhor;

25 Basta ao discípulo ser como o seu mestre e ao servo, como seu senhor. Se eles chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?

Jesus nos recomenda que o tomemos por modelo em nosso labor evangélico. Calmos, pacíficos, mansos e tolerantes, exemplifiquemos com os atos o que pregarmos com as palavras. Não violentemos a consciência de ninguém. Não nos percamos no emaranhado das discussões inúteis.

Estejamos certos de que se nos foi concedido semearmos algumas sementes, ao Pai Celestial pertence o fazê-las germinar. Quanto aos que nos perseguirem, zombarem e escarnecerem de nossa doutrina, perdoemo-los de todo o coração, lembrados de que se assim trataram o Senhor, não saberiam tratar melhor os seus servidores.

26 Pois não os temais; porque nada há encoberto que se não venha a descobrir; nem oculto que se não venha a saber.

27 O que eu vos digo às escuras, dizei-o às claras; e o que se vos diz ao ouvido, publicai-o dos telhados.

Os discípulos não devem temer aqueles que não lhes aceitam as lições. A lei da desencarnação os levará para o mundo espiritual e lhes provará serem verdadeiros os ensinamentos, que repudiaram, quando encarnados. É o que sucede atualmente com o Espiritismo: ensina a lei da reencarnação, a imortalidade da alma, prega que não existem tormentos eternos, demonstra o progresso ininterrupto do espírito, estabeleceu a comunicação entre os encarnados e os desencarnados; por fim, explica de modo mais racional os preceitos de Jesus. Apesar de encerrar tanta beleza e simplicidade, ainda encontra perseguições, descrentes e detratores. Não os devemos temer. A desencarnação se encarregará de abrir-lhes os olhos para as verdades eternas. Por isso, publiquemos sempre em voz bem alta e por toda a parte, as lições que recebemos por meio do Espiritismo.

28 E não temais aos que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes porém ao que pode lançar no inferno tanto a alma como o corpo.

Inferno é o símbolo do sofrimento em que incorremos todas as vezes em que incidimos em faltas. Não há castigos eternos e não há inferno onde os espíritos culpados sofram as consequências de suas más ações, por toda a eternidade. Conquanto o sofrimento seja efêmero, é causado ao nosso corpo por todo ato, por mais insignificante que seja, que praticarmos em desacordo com as leis divinas. E é frequente um espírito sofrer, durante sucessivas reencarnações em corpos carnais, as más consequências dos péssimos atos do passado.

A reencarnação é um processo regenerador e aperfeiçoador ao mesmo tempo; enquanto de um lado faz com que corrijamos os erros do passado, de outro lado promove nosso aprimoramento espiritual. Como somos espíritos imortais submetidos a um constante progresso, é através das reencarnações, isto é, das vidas sucessivas que vivemos na terra, e algumas delas bastante dolorosas, é através delas que sairemos da materialidade primitiva e alcançaremos a espiritualidade superior. Tal sucede com a joia que antes de ostentar todo seu fulgor, tem de suportar inúmeros processos de burilamento até perder toda a ganga que a enfeiava e lhe ocultava o magnífico brilho.

O que devemos temer não são as perseguições que apenas atingem o nosso corpo. Devemos temer o que atinge a alma.

O corpo é transitório, a alma é imortal. O que atinge a alma e pode lançá-la no inferno, isto é, em muitos séculos de sofrimentos expiatórios repercutindo nas vidas sucessivas, é a hipocrisia, o orgulho, o ódio, os crimes, os vícios, em resumo, o mal sob qualquer forma de que se revista.

29 Porventura não se vendem dois passarinhos por um asse? e nenhum deles não cairá sobre a terra sem a vontade de vosso Pai.

30 E até os mesmos cabelos da vossa cabeça todos eles estão contados.

31 Não temais pois, que mais valeis vós que muitos pássaros.

Aqui Jesus nos mostra a soberana vontade de Deus regendo o Universo, até nas menores coisas. E adverte os trabalhadores do Evangelho de que as horas que despenderem no trabalho espiritual nunca lhes farão falta, no que se refere à parte material de suas existências. Se mesmo um passarinho é objeto dos desvelos de Deus, quanto mais nós não o seremos? Por isso aqueles que dedicarem uma fração de tempo ao serviço divino de cooperarem com o Mestre na difusão do Evangelho; e os que destinarem algumas horas por semana ao estudo dos assuntos espirituais e evangélicos, não deverão temer que estes momentos lhes prejudiquem o andamento de suas ocupações materiais.

Há pessoas que não procuram seguir o Espiritismo, e outras que não querem desenvolver sua mediunidade com receio de perderem na parte material. Aquelas horas que deveriam consagrar ao serviço divino e ao estudo do Evangelho para seu aprimoramento moral e espiritual, passam-nas trabalhando para aumentar seus haveres materiais, receosas de que mais tarde, lhes faltem o necessário. É um erro pensar assim.

Até mesmo os cabelos de nossas cabeças estão contados, é uma figura de que se serve o Mestre para afirmar que na parte material nada há de faltar aos que consagram algumas horas, por poucas que sejam, ao serviço de Deus.

É verdade que devemos ser previdentes; contudo, não devemos exagerar.

Para desempenhar nossa vida na terra, temos necessidade de duas coisas: dos bens espirituais e dos bens materiais: estes para nosso corpo, e aqueles para nossa alma. E o Senhor proverá às necessidades do trabalhador, uma vez que este demonstre boa vontade na execução de seu pequenino labor evangélico. O Senhor não exige que nos sacrifiquemos às coisas divinas; nós, de nossa parte, não nos devemos sacrificar às coisas materiais.

32 Todo aquele pois que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus.

33 E o que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus.

Confessar Jesus diante dos homens é viver de conformidade com seus ensinamentos. É ter a coragem suficiente de abandonar os preconceitos das religiões dogmáticas, o preconceito das raças e das classes sociais; é ver em cada pessoa um irmão que merece o nosso carinho, respeito e consideração.

Enfim, confessar Jesus diante dos homens é submeter-se à lei da fraternidade universal. Os médiuns que sinceramente confessam Jesus diante dos homens, são aqueles que não medem sacrifícios quando se trata de levar sua cooperação mediúnica quer ao leito de um enfermo, quer em auxilio de um obsidiado e a qualquer lugar onde haja dores, aflições e lágrimas. Tais médiuns sabem renunciar aos prazeres do mundo, sempre que estes interfiram no desempenho de seu medianato.


(Lc 12:49-53, Lc 12:14-25-27)

34 Não julgueis que vim trazer paz à terra; não vim trazer-lhe paz, mas espada;

35 Porque vim separar ao homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra.

Uma ideia, por mais nobre que seja, ao aparecer desperta a oposição da maioria. Os hábitos seculares, o comodismo, a indiferença, o interesse, tudo luta contra ela. Semelhante estado de coisas é motivado pelo pequeno adiantamento espiritual, que caracteriza a quase totalidade dos habitantes da terra. Cumpre notar que na terra estão encarnados espíritos em diversos graus de evolução; alguns já alcançaram um grau de adiantamento superior e aceitam facilmente as ideias novas; outros estão em grau inferior de espiritualidade e mostram-se refratários a ensinamentos mais elevados, para cuja compreensão ainda não estão suficientemente preparados. Daí se origina a divergência de opiniões, que divide até os membros de uma mesma família.

Dizendo Jesus que não veio trazer paz, mas espada, quis dar-nos a entender que sua doutrina, enquanto não fosse com preendida pela totalidade dos encarnados, seria causa de atritos entre os que a compreenderiam e os que não a compreenderiam. E nos adverte de que esses atritos começariam dentro dos próprios lares.

O Espiritismo se bate pela unidade religiosa do mundo, porque a lei divina é uma só. Contudo, a unidade religiosa só será possível quando a Terra tiver acabado de sofrer sua transformação para planeta de categoria mais elevada.

Então será habitada por espíritos de maior adiantamento espiritual, os quais assimilarão com mais facilidade as ideias progressistas e trabalharão por fazêlas triunfar. Em sua simbologia, a Bíblia prediz que tal transformação será feita pelo fogo e por cataclismas. Não será assim. A transformação que se processará, será apenas de ordem moral e a Terra já está passando por ela.

Pouco a pouco se encarnarão espíritos de maior elevação espiritual, uns aqui e outros acolá, até completarem um todo homogêneo, que impulsionará a Terra para uma hierarquia espiritual superior, no concerto dos mundos que compõem o Universo.

Notemos que todas as religiões do planeta são boas, pois, estão graduadas de conformidade com a compreensão de seus adeptos, constituindo cada uma delas uma face da Verdade, que se revela progressivamente à humanidade.

Sendo as revelações progressivas, há religiões que melhor explicam as leis divinas. E os espíritos que acompanham o progresso, são aqueles que vão aceitando as revelações à medida que elas surgem. Nesse caso está o Espiritismo com revelações mais adiantadas. Moisés revelou uma parte da Verdade, graduada para a compreensão dos povos de seu tempo. Jesus continuou a obra de Moisés, acrescentando-lhe novas revelações e novos ensinamentos, O Espiritismo continua a obra de Moisés e de Jesus, enriquecendo-a de novos valores espirituais, mediante o que vem revelar aos homens. Assim vemos que o Espiritismo nada mais é do que a continuação das religiões que o antecederam, explicando-as sob um ponto de vista mais adiantado, mais racional e mais compreensível, porque não usa símbolos nem tem dogmas. E lança luz sobre o que seus predecesores deixaram subentendido, por não terem podido explicar tudo aos povos das épocas em que viveram. A Moisés e a Jesus cumpria esperarem que a inteligência humana se desenvolvesse, para que pudesse assimilar conhecimentos de ordem superior. E o Espiritismo veio precisamente na época em que a humanidade, estando com sua inteligência amadureci a podia receber ensinamentos novos.

36 E os inimigos do homem serão os seus mesmos domésticos.

37 O que ama o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim; e o que ama o filho ou a filha mais do que a mim, não é digno de mim.

Jesus nos avisa de que os inimigos do homem são os seus próprios domésticos, porque as opiniões contraditórias, que se fõrmam dentro de um lar, poderão desviar do caminho espiritual aqueles que o querem seguir.

É comum alguém querer desenvolver sua mediunidade e encontrar cerrada oposição justamente naqueles que mais deveriam entusiasmá-lo para isso.

Outros querem seguir o Espiritismo, frequentar as sessões, estudar o Evangelho e a mesma má vontade em secundá-los em seus esforços divinos se manifesta no seio de sua família. Às vezes é o marido que serve de obstáculo à mulher e a mulher ao marido; outras vezes são os pais que não se interessam pelo futuro espiritual de seus filhos e nada fazem para guiá-los espiritualmente; e acontece também que pelo falso amor que os pais consagram aos filhos, não usam da energia necessária para conduzi-los pelo reto caminho, deixando que eles se percam nas ilusões do mundo. Os país espíritas precisam prestar atenção nesse particular: não basta que eles se esforcem por seguir a Jesus; é imprescindível que incutam no coração de seus filhos, desde pequeninos, os hábitos de acordo com os ensinamentos de Jesus; só assim estarão cooperando com o Mestre na evangelização do mundo.

Ser digno de Jesus, portanto, é saber superar todos os obstáculos que se nos apresentarem contra nosso desejo de espiritualização. Esses obstáculos se maniféstarão com maior intensidade em nosso ambiente doméstico; é indispensável, então, uma grande dose de boa vontade, muita fé em Deus, muita oração a fim de que esses obstáculos sejam removidos, não pela violência, mas pelo entendimento mútuo e pelo amor que todas as criaturas se devem umas às outras.

38 E o que não toma a sua cruz e não me segue, não édigno de mim.

A cruz a que Jesus se refere, pode apresentar-se a nós sob três aspectos: no cumprimento de nosso dever de cada dia, no sofrimento e na mediunidade.

É mister que cumpramos nossos deveres diários com a melhor boa vontade e segundo os preceitos de Jesus, tratando cristãmente de todos os que se aproximarem de nós e dos que vivem sob nossa dependência. Para isso devemos esforçar-nos para sermos um padrão de moralidade, de trabalho, de fé em Deus e de amor ao próximo. Ë baseando mesmo os nossos mínimos atos no Evangelho de Jesus, que nos tornaremos dignos de Jesus.

O sofrimento pelo qual passaremos também constitui a cruz que devemos carregar durante nossa existência. Não há efeito sem causa. Se sofremos, é porque o merecemos. Se não conseguirmos descobrir a causa de nosso sofrimento na existência atual, ela estará, forçosamente, numa de nossas existências do passado. Nunca nos esqueçamos de que nossa vida presente é a consequência dos atos que tivermos praticado em nossas encarnações anteriores, assim como nosso futuro será o resultado de nossas ações da vida presente. Geralmente, os que sofrem se afastam de Jesus por se lastimarem.

E o sofrimento humano pode ser causado pelo desvio das leis divinas, pela ignorância e pelo endurecimento. Qualquer transgressão das leis divinas causa sofrimentos. Podemos escapar da justiça terrena, mas jamais poderemos escapar da Justiça Divina, que dá a cada um unicamente o que cada um merece, como consequência de seus atos.

A ignorância é outra grande causa de sofrimentos. A ignorância conduz ao vício e ao crime. Por isso o indivíduo já esclarecido à luz do Evangelho deverá combater acerrimamente a ignorância de seus irmãos, ensinando-os a respeitarem os preceitos de Jesus.

O endurecimento é outra fonte de sofrimento. O indivíduo endurecido é aquele ao qual já foi mostrado o bom caminho, mas por orgulho, por comodismo, por conveniências sociais ou por pouca vontade, persiste no erro.

Semeia, assim, sementes de sofrimentos que, mais cedo ou mais tarde, ou nesta vida ou na outra, germinarão, resultando numa colheita de frutos amargos.

Os que sofrem, por conseguinte, que tomem a cruz de seus padecimentos e a carreguem com calma, paciência, resignação e coragem até o fim, para que possam ser dignos de Jesus.

Dado o estado de incompreensão em que está imersa a maioria dos encarnados, a mediunidade se torna, por vezes, uma cruz bem pesada. E o médium digno de Jesus é o que toma a cruz, de sua mediunidade e a transforma em luz para os que jazem nas trevas, consolo para os aflitos, esperança para os tristes, alívio para os sofredores e guia para os ignorantes.

39 O que acha a sua alma, perdê-la-á; e o que perder a sua alma por mim, achá-la-á.

Nossa verdadeira vida é a vida espiritual que viveremos quando estivermos libertos da matéria. A vida material é fugaz e por mais que façamos, não a poderemos conservar senão por um curto período. É um erro, pois, não cuidarmos de nos preparar para a vida espiritual, que constitui nosso futuro. Se desde nossa infância tudo fazemos para que fiquemos aparelhados para triunfarmos materialmente, procurando auferir as maiores vantagens que a terra nos pode oferecer, porque não nos prepararemos também para a vida espiritual na qual ingressaremos infalívelmente?

Acham sua alma na terra os que julgam que é aqui que estão seus únicos interesses e concentram seus esforços apenas na consecução das coisas materiais. Quando despertarem no mundo espiritual, verificarão que correram atrás de ilusões. E como não conquistaram nem um pouquinho de bens espirituais, estarão com suas almas perdidas na maior pobreza espiritual. Os que perdem suas almas na terra são aqueles que tudo fazem para conquistar os bens espirituais, através da vida terrena. Compreendem que a vida terrena é um meio que Deus lhes dá para o progresso de suas almas. E como sabem que a vida terrena é passageira, envidam seus melhores esforços na aquisição de tudo quanto lhes possa ser útil na pátria espiritual.

Perder a alma por Jesus é observar rigorosamente os seus preceitos, única maneira de se conseguir a riqueza espiritual, que fará com que as almas se achem ricas e felizes quando desencarnarem.

40 O que a vós vos recebe, a mim me recebe; e o que a mim me recebe, recebe aquele que me enviou.

Diariamente estamos recebendo os ensinamentos de Jesus. Se prestarmos um pouco de atenção, notaremos que continuamente somos advertidos sobre a prática do bem. Não só os evangelizadores, porém, mesmo uma criança serve de mensageira para trazer-nos uma mensagem de Jesus, que nos aponte nossos deveres para com Deus e para com nosso próximo. Os bons espíritos estão incessantemente velando para que os ensinamentos do Mestre sejam relembrados por nós e para isso usam de todos os meios ao alcance deles. Nosso anjo da guarda não cessa de nos dirigir salutares inspirações para que não nos afastemos da observância das leis divinas. Nos conselhos de um amigo, nas leituras úteis, nos bons pensamentos que se formam em nosso cérebro, nas preleções evangélicas que ouvimos, são transmitidas lições de alto interesse para nossas almas. Nossa consciência e a sentinela vigilante, que faz com que jamais deixemos de receber a Jesus no íntimo de nossos corações. Basta que ouçamos nossa consciência com sinceridade e humildade e sua voz nos recordará sempre nas vicissitudes e na bonança, a fé que Jesus nos recomendou, a esperança que ele nos trouxe, a caridade que nos ensinou a praticar e a resignação ante a vontade do Pai celestial que exemplificou.

41 O que recebe um profeta na qualidade de profeta receberá a recompensa de profeta; e o que recebe um justo na qualidade de justo receberá a recompensa de justo.

42 E todo o que der de beber a um daqueles pequeninos um copo de água fria só pela razão de ser meu discípulo, na verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.


Profetas, no tempo de Jesus, eram os inspirados que ensinavam o povo a respeitar os mandamentos divinos. E os justos eram as pessoas que viviam conforme a lei de Deus. Era crença geral que o Pai não deixaria sem recompensa aqueles que agasalhassem um profeta ou um justo. Jesus leva mais longe ainda a recompensa divina, afirmando que receberão a paga celeste até os que derem um simples copo d"água a um pobrezinho, pela simples razão de quererem obedecer aos preceitos do Evangelho.



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Marcos 8:14

E eles se esqueceram de levar pão, e no barco não tinham consigo senão um pão.

mc 8:14
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Marcos 8:15

E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes.

mc 8:15
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Marcos 8:16

E arrazoavam entre si, dizendo: É porque não temos pão.

mc 8:16
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Marcos 8:17

E Jesus, conhecendo isto, disse-lhes: Para que arrazoais, que não tendes pão? não considerastes, nem compreendestes ainda? tendes ainda o vosso coração endurecido?

mc 8:17
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Marcos 8:18

Tendo olhos, não vedes? e, tendo ouvidos, não ouvis? e não vos lembrais,

mc 8:18
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Marcos 8:19

Quando parti os cinco pães entre os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes? Disseram-lhe: Doze.

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Marcos 8:20

E, quando parti os sete entre os quatro mil, quantas alcofas cheias de pedaços levantastes? E disseram-lhe: Sete.

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Marcos 8:21

E ele lhes disse: Como não entendeis ainda?

mc 8:21
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Lucas 12:14

Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?

lc 12:14
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Lucas 12:15

E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.

lc 12:15
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Lucas 12:16

E propôs-lhes uma parábola, dizendo: A herdade dum homem rico tinha produzido com abundância;

lc 12:16
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Lucas 12:17

E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.

lc 12:17
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Lucas 12:18

E disse: Farei isto: derribarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;

lc 12:18
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Lucas 12:19

E direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos: descansa, come, bebe e folga.

lc 12:19
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Lucas 12:20

Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será?

lc 12:20
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Lucas 12:21

Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.

lc 12:21
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Lucas 12:22

E disse aos seus discípulos: Portanto vos digo: Não estejais apreensivos pela vossa vida, sobre o que comereis, nem pelo corpo, sobre o que vestireis.

lc 12:22
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Lucas 12:23

Mais é a vida do que o sustento, e o corpo mais do que o vestido.

lc 12:23
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Lucas 12:24

Considerai os corvos, que nem semeiam, nem segam, nem têm despensa nem celeiro, e Deus os alimenta: quanto mais valeis vós do que as aves?

lc 12:24
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Lucas 12:25

E qual de vós, sendo solícito, pode acrescentar um côvado à sua estatura?

lc 12:25
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Lucas 12:49

Vim lançar fogo na terra, e que mais quero, se já está aceso?

lc 12:49
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Lucas 12:50

Importa, porém, que seja batizado com um certo batismo: e como me angustio até que venha a cumprir-se!

lc 12:50
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Lucas 12:51

Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não, vos digo, mas antes dissensão;

lc 12:51
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Lucas 12:52

Porque daqui em diante estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, e dois contra três.

lc 12:52
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Lucas 12:53

O pai estará dividido contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua sogra.

lc 12:53
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Mateus 16:5

E, passando seus discípulos para a outra banda, tinham-se esquecido de fornecer-se de pão.

mt 16:5
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Mateus 16:6

E Jesus disse-lhes: Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus.

mt 16:6
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Lucas 6:12

E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.

lc 6:12
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Lucas 6:13

E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:

lc 6:13
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Lucas 6:14

Simão, ao qual também chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu;

lc 6:14
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Lucas 6:15

E Mateus e Tomé; Tiago, filho d?Alfeu, e Simão, chamado o zelador;

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Lucas 6:16

E Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que foi o traidor.

lc 6:16
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Mateus 10:1

E, CHAMANDO os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.

mt 10:1
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Mateus 10:2

Ora os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;

mt 10:2
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Mateus 10:3

Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;

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Mateus 10:4

Simão Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.

mt 10:4
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Mateus 10:5

Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos;

mt 10:5
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Mateus 10:6

Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa d?Israel;

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Mateus 10:7

E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.

mt 10:7
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Mateus 10:8

Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai.

mt 10:8
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Mateus 10:9

Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos;

mt 10:9
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Mateus 10:10

Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento.

mt 10:10
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Mateus 10:11

E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí até que vos retireis.

mt 10:11
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Mateus 10:12

E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a;

mt 10:12
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Mateus 10:13

E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz.

mt 10:13
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Mateus 10:14

E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.

mt 10:14
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Mateus 10:15

Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.

mt 10:15
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Mateus 10:16

Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.

mt 10:16
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Mateus 10:17

Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;

mt 10:17
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Mateus 10:18

E sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles e aos gentios.

mt 10:18
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Mateus 10:19

Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer.

mt 10:19
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Mateus 10:20

Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.

mt 10:20
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Mateus 10:21

E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão.

mt 10:21
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Mateus 10:22

E odiados de todos sereis por causa do meu nome: mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.

mt 10:22
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Mateus 10:23

Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades d?Israel sem que venha o Filho do homem.

mt 10:23
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Mateus 10:24

Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor.

mt 10:24
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Mateus 10:25

Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?

mt 10:25
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Mateus 10:26

Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.

mt 10:26
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Mateus 10:27

O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados.

mt 10:27
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Mateus 10:28

E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.

mt 10:28
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Mateus 10:29

Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai.

mt 10:29
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Mateus 10:30

E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.

mt 10:30
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Mateus 10:31

Não temais pois: mais valeis vós do que muitos passarinhos.

mt 10:31
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Mateus 10:32

Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.

mt 10:32
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Mateus 10:33

Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.

mt 10:33
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Mateus 10:34

Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;

mt 10:34
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Mateus 10:35

Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra;

mt 10:35
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Mateus 10:36

E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.

mt 10:36
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Mateus 10:37

Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.

mt 10:37
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Mateus 10:38

E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.

mt 10:38
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Mateus 10:39

Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á.

mt 10:39
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Mateus 10:40

Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.

mt 10:40
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Mateus 10:41

Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo em qualidade de justo, receberá galardão de justo.

mt 10:41
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Mateus 10:42

E qualquer que tiver dado só que seja um copo d?água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.

mt 10:42
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Marcos 3:13

E subiu ao monte, e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele.

mc 3:13
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Marcos 3:14

E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar;

mc 3:14
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Marcos 3:15

E para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios:

mc 3:15
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Marcos 3:16

A Simão, a quem pôs o nome de Pedro,

mc 3:16
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Marcos 3:17

E a Tiago, filho de Zebedeu, e a João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos do trovão;

mc 3:17
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Marcos 3:18

E a André, e a Filipe, e a Bartolomeu, e a Mateus, e a Tomé, e a Tiago, filho de Alfeu, e a Tadeu, e a Simão, o cananeu.

mc 3:18
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Marcos 3:19

E a Judas Iscariotes, o que o entregou.

mc 3:19
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Lucas 8:17

Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz.

lc 8:17
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Marcos 3:6

E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam.

mc 3:6
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Marcos 3:7

E retirou-se Jesus com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão da Galileia e da Judeia,

mc 3:7
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