Através do Tempo
Versão para cópiaSanta caridade
Estende as próprias mãos Entregando o tesouro que ajuntaste Ou rogando a migalha Dos tesouros alheios… Repara, todavia, As mãos abnegadas Que constroem a vida… Mãos que sangram no campo, Na condução do arado; Mãos erguidas na escola, Em louvor da cultura; Mãos feridas na indústria Exaltando o conforto; Mãos que afagam doentes, Renovando a alegria… Mãos que servem a mesa, Enriquecendo o pão; Mãos nervosas e firmes Nos volantes bulhentos Ajustando as artérias Do progresso incessante. Mãos que erguem a enxada, Mãos que empunham a pena… Mãos que fiam, Que agasalham, Que abençoam, Que consolam… Assim, pois, Na graça da fortuna Ou na dor da carência Escuta a melodia Das mãos entrelaçadas Na oficina do mundo. E traze com valor As tuas mãos também, Cedendo de ti mesmo, Em suor e esperança, Ao serviço de todos, E entenderás, por fim, Que o trabalho do bem É a Santa Caridade Que verte sobre nós Do Eterno Amor de Deus. |
(Psicografada em 31/10/1958 no Centro Espírita Vicente de Paulo, na cidade de Uberaba, M. G.)
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