Enciclopédia de Gênesis 15:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 15: 7

Versão Versículo
ARA Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra.
ARC Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para a herdares.
TB Disse-lhe mais: Eu sou Jeová, que te fiz sair de Ur dos caldeus, a fim de te dar esta terra em herança.
HSB וַיֹּ֖אמֶר אֵלָ֑יו אֲנִ֣י יְהוָ֗ה אֲשֶׁ֤ר הוֹצֵאתִ֙יךָ֙ מֵא֣וּר כַּשְׂדִּ֔ים לָ֧תֶת לְךָ֛ אֶת־ הָאָ֥רֶץ הַזֹּ֖את לְרִשְׁתָּֽהּ׃
BKJ E ele disse-lhe: Eu sou o SENHOR que te trouxe de Ur dos Caldeus, para te dar esta terra para herdá-la.
LTT Disse-lhe mais: "Eu sou o SENHOR, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te esta terra, para herdá-la."
BJ2 Ele lhe disse: "Eu sou Iahweh que te fez sair de Ur dos caldeus, para te dar esta terra como herança."
VULG Dixitque ad eum : Ego Dominus qui eduxi te de Ur Chaldæorum ut darem tibi terram istam, et possideres eam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 15:7

Gênesis 11:28 E morreu Harã, estando seu pai Tera ainda vivo, na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus.
Gênesis 12:1 Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
Gênesis 12:7 E apareceu o Senhor a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera.
Gênesis 13:15 porque toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre.
Neemias 9:7 Tu és Senhor, o Deus, que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão.
Salmos 105:11 dizendo: A ti darei a terra de Canaã por limite da vossa herança.
Salmos 105:42 Porque se lembrou da sua santa palavra e de Abraão, seu servo.
Salmos 105:44 E deu-lhes as terras das nações, e herdaram o trabalho dos povos,
Atos 7:2 E ele disse: Varões irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã,
Romanos 4:13 Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

JARDIM DO ÉDEN

Deus criou, para o primeiro casal, um lugar para morar, um lugar em que havia árvores, rios e animais, um lugar que veio a ser conhecido como "Éden" (Gn 2:4b-15). A dramaticidade desse relato arrebatador tem fascinado leitores de todas as idades, tem levado filósofos e teólogos a reflexões sérias e profundas e tem sido a inspiração para a pena de muitos poetas e para o pincel de muitos pintores. Mas, quando tentamos reconstruir o contexto geográfico desse texto bíblico e localizar o Éden, descobrimos que, em vários níveis, muito permanece envolto na obscuridade.

O verbo do qual deriva a palavra "Éden" sempre aparece com sentido ambíguo no Antigo Testamento. Outros substantivos homônimos de Éden chegam a ocorrer no Antigo Testamento, estando relacionados com: (1) o nome de alguém (2Cr 29:12-31.15); (2) coisas deleitosas/preciosas (2Sm 1:24; SI 36.8; Jr 51:34); (3) uma região ou território na Mesopotâmia (2Rs 19:12; Is 37:12; Ez 27:23; Am 1:5). Apesar disso, continua sendo difícil confirmar a exata nuança de determinado substantivo, a menos que seja possível encontrar um cognato fora da Bíblia, em textos do antigo Oriente Próximo, em contextos bem nítidos e esclarecedores.

No caso de "Éden", um cognato (edinu) aparece em acádico/ sumério, designando uma planície ou estepe presumivelmente situada em algum lugar da Mesopotâmia. Em ugarítico e, mais recentemente, em aramaico, uma palavra semelhante ('dn) parece denotar um lugar fértil e bem irrigado. Felizmente a citação em acádico aparece em um texto léxico ao lado de seu equivalente sumério e a atestação em aramaico se encontra num texto bilíngue aramaico e acádico, em que a palavra correspondente no lado em acádico também denota um sentido de abundância ou profusão. Com isso, a interpretação mais comum desses dados é que eles sugerem que o Éden deveria estar situado numa área relativamente fértil da estepe da Mesopotâmia ou perto dela.

A interpretação costumeira é que o relato bíblico está escrito da perspectiva de Canaã. Desse modo, a localização do Éden para o lado do oriente (Gn 2:8) também aponta na direção da Mesopotâmia. Além disso, o Éden é descrito como um "jardim" (Gn 2:15), onde era possível encontrar um rio (2,10) e ribeiros/fontes para regar o solo (2.6). Tendo em mente o escasso suprimento de água em Canaã, é talvez previsível que o escritor bíblico tivesse tomado um termo acádico emprestado para descrever uma situação inexistente em seu próprio ambiente: a abundância de água. A observação inicial, que situa o Éden numa área fértil em algum lugar da planície mesopotâmica, é reforçada por outros dois fatores: (1) sabe-se que dois dos rios mencionados na narrativa - o Tigre e o Eufrates - atravessavam a Mesopotâmia; (2) o nome bíblico associado a cada um desses dois rios corresponde exatamente ao nome encontrado em textos mesopotâmicos.

Tentativas fantasiosas de situar o Éden na Etiópia, Austrália, Índia, Paquistão, Egito, Alemanha, Suécia, Mongólia, Américas, África, ilhas Seicheles, Extremo Oriente, oceano Índico, linha do equador, Polo Norte ou qualquer outro lugar não merecem atenção. Nem são mais plausíveis aqueles esforços de interpretação segundo a qual a narrativa apresenta quatro rios que, na Antiguidade, acreditava-se que circundavam o globo. Tal hipótese pressupõe que a passagem tem natureza lendária e/ou que o escritor bíblico não conhecia seu mundo. Nossa observação inicial também não concorda com uma interpretação alegórica existente na igreja antiga (e.g., Orígenes) de que o Éden era um paraíso da alma. Essa interpretação associa os quatro rios às virtudes da prudência, coragem, justiça e domínio próprio, criando um paraíso de perfeição divina - mas um paraíso que está além das esferas geográfica e histórica.

Contudo, mesmo depois de aceitar um contexto mesopotâmico para o jardim, a identificação dos dois primeiros rios - Pisom e Giom - continua sendo problemática. Com exceção de umas poucas referências incidentais em escritos judaicos posteriores, esses dois rios não são atestados em nenhum outro texto antigo. Seus nomes não têm nenhuma semelhança com quaisquer nomes pelos quais os rios daquela região são conhecidos hoje em dia, e as próprias palavras sugerem que poderiam ser descrição do movimento do rio e não o seu nome (pisom significa "descer em cascata/jorrar'", e giom significa "borbulhar/permear").

Apesar disso, já desde o primeiro século d.C. tem sido costumeiro identificar o Pisom com o rio Ganges e o Giom com o Nilo, embora correspondências alternativas para o Pisom incluam os rios 1ndo e Danúbio e uma alternativa para o Giom seria a fonte de Giom, em Jerusalém. Jerônimo deve receber o crédito de ter introduzido na tradição cristã a identificação dos quatro rios como o Tigre, o Eufrates, o Ganges e o Nilo. Também são inúteis as tentativas de identificar o Pisom e o Giom com base em suas supostas relações com os descendentes de Havilá e Cuxe (Gn 2:11-13). No caso de Havila, o Antigo Testamento menciona pelo menos dois clãs com esse nome (Gn 10:7-29), não sendo possível demonstrar que qualquer um deles estivesse localizado na Mesopotâmia. De modo análogo, na Bíblia, Cuxe normalmente designa uma área do Sudão, embora em pelo menos um texto (Gn 10:8) o termo possa estar se referindo aos cassitas, uma dinastia de um povo que ocupou uma área da Babilônia durante boa parte do segundo milênio a.C.

A menção a ouro e bdélio em Havilá (Gn 2:12) também não ajuda numa busca geográfica. Na Antiguidade, o ouro era encontrado em lugares longínquos como Índia e Egito, mas também era bem comum em boa parte da Mesopotâmia e não estava limitado a qualquer região específica. Quanto ao bdélio, até mesmo a tradução da palavra continua sendo duvidosa: pode se referir a uma pedra preciosa, como rubi ou cristal de rocha, ou a uma substância medicinal aromática, como algum tipo de goma resinosa.

O mapa mostra uma área setentrional (urartiana) e uma meridional (suméria), nas quais é possível que o jardim estivesse localizado. Pode-se apresentar um argumento bem convincente em favor de cada um desses pontos de vista. O ponto de vista urartiano busca apoio em Gênesis 2:10, que afirma que um rio saía para regar o jardim e então se dividia em quatro braços. Os proponentes desse ponto de vista sustentam que esse texto exige situar o Éden num lugar de onde rios irradiam. Uma parte das nascentes do Tigre, de um lado, e uma das principais fontes do alto Eufrates (Murad Su), de outro, surgem no planalto urartiano, a oeste do lago Van, próximo da moderna cidade de Batman, na Turquia, estando separadas uma da outra por pouco mais de 800 metros.

Aproximadamente na mesma região ficam as nascentes dos rios Araxes e Choruk. Com frequência, defensores de uma hipótese setentrional identificam esses rios com o Pisom e o Giom.

Proponentes do ponto de vista sumério buscam apoio em Gênesis 2:12b (NVI), que associa o rio Pisom ao lugar da "pedra de ônix. Na Bíblia, a palavra "Onix" é regularmente explicitada mediante a anteposição da palavra "pedra" (Ex 25:7-28.9; 35.9,27; 39.6; 1Cr 29:2, NVI), o que, no caso dos demais minerais, é raro no Antigo Testamento. No mundo mesopotâmico, o único mineral que vinha acompanhado da palavra "pedra" é conhecido hoie em dia como lápis-lazúli, uma pedra azul-escura de valor elevado que, em toda a Mesopotâmia e em outras regiões, era geralmente usada em ornamentos régios ou oficiais (observe-se a inclusão do ônix como parte da ornamentação das vestes do sumo sacerdote [Êx 28.20; 39.13]).

Caso a palavra traduzida por "ônix" de fato se referisse ao lápis-lazúli, o ponto de vista sumério ganharia grande reforço, visto que, na Antiguidade, só existia uma fonte conhecida desse mineral - o Afeganistão. O lápis-lazúli era levado para a Mesopotâmia por vias de transporte que começavam no sul, mas aparentemente não pelas que partiam do norte. Textos acádicos mencionam o "rio de lápis-lazúli, que é identificado com o rio Kerkha ou o rio Karun, ou um trecho do baixo Tigre, logo acima de sua confluência com o Eufrates. No entanto, a expressão nunca é empregada para um rio do centro ou do norte da Mesopotâmia. Por esse motivo, alguns estudiosos propõem uma localizacão suméria para o rio Pisom e, nesse cenário, o candidato mais provável ao Giom é ou o rio Karun, ou o rio Kerkha, ou o uádi al-Batin (que, conforme se sabe, foi um rio verdadeiro que atravessava o deserto da Arábia e desaguava no curso de água Shatt el-Arab, logo ao norte do golfo Pérsico). No século 16. João Calvino introduziu, na teologia cristã, uma modificação do ponto de vista sumério, embora em grande parte sua exegese tenha sido emprestada de Agostinho Steuco, estudioso do Antigo Testamento que, à época, também era o bibliotecário do papa.7 Steuco afirmava que "quatro fontes/bracos" (Gn 2:10b) era uma referência tanto ao lugar onde os rios surgiam quanto ao lugar onde desembocavam no mar. Com essa ideia, Calvino sustentou que eles eram, de fato, quatro bracos distintos de um único rio dentro de Éden, com os dois cursos d'água de cima descendo de suas fontes até dentro do jardim e os dois de baixo fluindo do jardim e descendo até o golfo Pérsico. Calvino descreveu o que equivale a um alto Eufrates e um baixo Eufrates, e um alto Tigre e um baixo Tigre, havendo, no meio do mapa, um ponto de confluência onde suas águas se misturavam durante uma curta distância. De acordo com o reformador nesse ponto havia uma ilha onde o Eden estava localizado. Apesar da análise geográfica imprecisa de Calvino e até mesmo de sua exegese forçada, por mais de 200 anos sua localização do Éden teve destaque na história de comentários e de Bíblias protestantes.

Uma advertência extra é necessária. Ao descrever acontecimentos mais antigos da Bíblia, alguns atlas bíblicos20 e outras fontes cartográficas? fazem referência a uma "antiga costa litorânea" que se estendia por cerca de 200 quilômetros para o norte do golfo Pérsico e chegava até Ur, desse modo inundando (e na prática eliminando) a denominada localização suméria do Éden. Com base em investigações científicas publicadas por volta de 1900, mas com ideias talvez já existentes no primeiro século d.C., essa teoria se baseia na hipótese geológica de que o delta avançou pouco a pouco (e sempre nesse sentido) da região de Ur (e Samarra junto ao Tigre) até a atual costa litorânea. o que aconteceu, ao longo do tempo, exclusivamente como resultado da sedimentação depositada pelos rios Tigre e Eufrates. Com essa pressuposição, a teoria fez ainda outras pressuposições uniformitaristas quanto à datação e à distância e afirmou que esta "antiga costa litorânea" devia ser datada de aproximadamente 5000-4000 a.C. Pesquisas mais recentes, tanto geológicas quanto paleoclimatológicas, demonstraram, de forma definitiva, que essas suposições anteriores eram bem prematuras e não são mais defensáveis. Hoje sabemos que, por volta de 5000 a 4000 a.C., os níveis do mar eram mais baixos do que os níveis atuais, em geral em cerca de três metros. Atualmente submersas a pouca distância do litoral, ruínas de habitações daquele período são conhecidas no lado norte do golfo Pérsico, o que indica que, naquela época, a antiga costa litorânea do golfo Pérsico se estendia mais para o sul, e não mais para o norte. Na realidade, a sedimentação provocada pelos rios Tigre e Eufrates, embora seja bem ampla e acentuada a partir das vizinhanças de Samarra (Tigre) e Ramadi (Eufrates) até quase o ponto onde os rios se unem para formar o canal Shatt el-Arab, é praticamente inexistente dali para o sul, nos 160 quilômetros seguintes até chegar à atual costa litorânea do golfo Pérsico. Em função disso, não se pode desconsiderar o ponto de vista sul/sumério sobre o Éden apenas com base nesse tipo de análise geográfica ultrapassada.

O Jardim do Éden
O Jardim do Éden

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Gênesis e as viagens dos patriarcas

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MESOPOTÂMIA

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Babel (Babilônia)

SINEAR (BABILÔNIA)

CALDEIA

Ereque

Ur

Siquém

Sucote

Maanaim

Penuel, Peniel

Vale do Jaboque

Rio Jordão

Betel, Luz

Ai

Mte. Moriá

Salém (Jerusalém)

Belém, Efrate

Timná

Aczibe

Manre

Hebrom, Quiriate-Arba

Caverna de Macpela

Mar Salgado

Planície de Savé-Quiriataim

Berseba

Vale de Sidim

Neguebe

Zoar, Bela

?Sodoma

?Gomorra

?Admá

?Zeboim


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

UR

Atualmente: IRAQUE
Cidade de origem de Abraão, localizada na baixa Mesopotâmia. Alguns autores calcularam uma população de 360.000 habitantes enquanto outros acham que poderia ter cerca de 200.000 habitantes. Estas hipóteses explicam-se pela extrema fertilidade proporcionada pelos Rios Tigre e Eufrates. Encontrado um documento de aproximadamente 1700 a.C., que os especialistas chamaram de almanaque do lavrador. Descreve os trabalhos agrícolas, que começavam logo depois das chuvas de outubro-novembro. Os textos da III Dinastia de Ur mencionam escultores, ourives, cortadores de pedra, carpinteiros, forjadores de metais, curtidores, alfaiates, calafates. Havia grandes oficinas pertencentes aos templos e palácios. Por volta de 2900 a.C., trabalhavam cerca de 6:400 artesãos têxtis. O comércio entre as cidades da Baixa Mesopotâmia era feito através da navegação pelos rios e canais.
Mapa Bíblico de UR


UR DOS CALDEUS

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:30.95, Longitude:46.1)
Abraão, descendente de Sem e pai da nação hebraica, nasceu nessa grande cidade (Gênesis 11:27-28).
Mapa Bíblico de UR DOS CALDEUS



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
C. O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, 15:1-17.27

Diferente das religiões pagãs dos vizinhos de Abrão, cuja crença era politeísta e centrada na natureza, a crença de Abrão era monoteísta e centrada no concerto. Nem a Babilônia, a Síria ou o Egito conhecia uma religião que fosse pessoal, com uma relação dinâmica operando entre Deus e o homem. Mas Deus estabeleceu tal relação com Abrão e seus descendentes fazendo um concerto com ele.

1. O Concerto de Deus com Abrão (15:1-21)

Na sociedade do alto vale da Mesopotâmia fazer concertos era prática comum entre homens e entre nações.' Deus usou esta forma de relação pessoal como meio de transmi-tir sua revelação a Abrão (1) e seus descendentes. A comunicação ocorreu por meio de uma visão na qual o Fazedor do Concerto acalmou o medo de Abrão e se identificou como seu escudo e grandíssimo galardão. O termo escudo denota proteção; e galardão, com seus adjetivos, transmite a idéia de graciosidade abundante. As duas palavras re-presentam um Deus que se preocupava muito com as ansiedades que Abrão tinha.

Segue-se um diálogo no qual Abrão revela sua profunda angústia. Deus prometeu que Abrão teria um filho (12:1-7; 13 14:17). Mas não veio nenhuma criança para abençoar sua casa. Por quê? A lei dos hurrianos, prevalecente em torno de Harã, de onde veio Abrão, tomava providências para que um casal sem filhos adotasse um servo para cuidar deles na velhice e enterrá-los. Em troca, o herdeiro adotado receberia a riqueza da famí-lia. Evidentemente, Abrão adotara o damasceno Eliezer (2), mas ele não estava satis-feito. Esta provisão não correspondia com a promessa que Deus lhe fizera. Um nascido na minha casa (3) é tradução correta.

Em resposta a Abrão, o SENHOR (4) lhe garantiu que Eliezer não seria o herdeiro, mas que Deus ainda daria a Abrão um herdeiro de quem ele seria o pai. Para reforçar a promessa, Deus ordenou a Abrão: Olha, agora, para os céus e conta as estrelas (5). A vasta gama de estrelas que salpicavam o céu seria comparável ao número de descen-dentes que consideraria Abrão como pai.

A reação de Abrão foi completa rendição à vontade de Deus e a aceitação da promes-sa como resposta adequada às suas dúvidas. Pela primeira vez na Bíblia ocorre o verbo crer (6). Basicamente, significa estar firmemente determinado ou fundamentado. Neste contexto, significa que Abrão se fundamentou na integridade de Deus. Diante disso, Deus aceitou este ato de fé como ato de justiça que desconsiderou a dúvida anterior.

Este versículo foi muito importante para Paulo, que o usou para demonstrar em Romanos 4 que crer em Deus é a base para obter salvação e que a justiça é um dom de Deus. Praticamente o mesmo argumento é usado em Gálatas 3 (ver comentários sobre estes vv. no CBB, vols. VIII e IX).

Em 15.1, é indicada "A Fé de Abraão".

1) O registro da fidelidade: Depois destas coisas (cf. caps. 12-14) ;

2) A recompensa da fidelidade, 1-6 (G. B. Williamson).

O próximo diálogo se concentra na relação da terra (7) com a semente de Abrão. Depois de breve referência ao chamado que anteriormente fizera a Abrão, Deus repetiu a promessa de que a Palestina seria uma casa para os filhos do patriarca. Abrão pediu alguma prova tangível, visto que ele não possuía nada da terra pela qual peregrinava. Foi neste contexto que o concerto foi realmente estabelecido.

Seguindo procedimentos antigos no estabelecimento de concertos, Deus orientouAbrão a preparar três animais — uma bezerra, uma cabra e uni carneiro (9), os três de três anos — e dois pássaros — uma rola e um pombinho. Depois de sacrificá-los, Abrão dividiu as carcaças dos animais e as colocou no chão, vigiando-os para protegê-los de aves (10) que se alimentam de carniça. Pondo-se o sol (12), Deus apareceu a Abrão na forma de grande espanto e grande escuridão ("um terror e medo de estremecer", BA).

A mensagem do Revelador estava cheia de detalhes acrescentados às promessas anteriores. Sobre a semente (13), Deus disse que a posse da terra não seria imediata, mas que os descendentes de Abrão teriam de habitar primeiro em outra terra. Lá, seri-am escravizados por quatrocentos anos, em cujo período eles conheceriam a aflição. Mas Deus julgaria aquela gente (14) e libertaria o povo de Abrão.

  • próprio Abrão não possuiria toda a terra, mas teria um senso de paz (15) na velhice e morte. Voltando ao assunto da terra, Deus indicou que os amorreus (16), que então a habitavam, tinham de ganhar tempo para demonstrar sua falta de responsabili-dade e abundância de iniqüidade. A terra não lhes seria arrancada até que o ato estives-se fundamentado em firme base moral.
  • No momento em que o sol se pôs (17), Deus se manifestou de maneira diferente. Ele simbolizou sua participação e autenticação do concerto passando entre os animais sacri-ficados como um forno de fumaça e uma tocha de fogo. Nas Escrituras, é freqüente o fogo simbolizar a presença de Deus.

  • capítulo tem uma observação sucinta, destacando que a promessa de concerto incluía as fronteiras da Terra Prometida. Elas se estenderiam desde o rio do Egito (18), o Uádi el2Arish, a meio caminho entre a Filístia e o Egito, até ao grande rio Eufrates. Em seguida, há uma lista dos dez grupos que habitavam em Canaã nos tem-pos de Abrão.
  • De Gn 15:5-18, Alexander Maclaren pregou sobre "O Concerto de Deus com Abrão".

    1) A promessa de Deus, 5,7;

    2) A fé triunfante de um homem, 6;

    3) A verdade do evangelho: Foi-lhe imputado isto por justiça, 6;

    4) O concerto reafirmado, 7,13-18.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    15.1-19 Depois da expressão de fé de Abraão na recompensa de Deus (14.22, 23), Deus confirmou sua promessa de descendência (vs. 1-6) e terra (12.7 e nota) fazendo uma aliança (Ne 9:8). As duas cenas noturnas (vs. 5,
    17) são paralelas: O Senhor promete uma recompensa (vs. 1, 7); Abraão questiona o soberano Senhor a respeito da herança (vs. 2-3, 8); e o Senhor responde com um ato visual (vs. 4-5, 9-21). A fé que Abraão possuia lhe foi imputada por justiça (v.6).

    * 15.1 veio a palavra do SENHOR. Esta frase tipicamente introduz uma revelação a um profeta (12.7, nota; 20.7; Jr 18:1; Ez 6:1; Os 1:1).

    visão. As visões eram um antigo modo de revelação (Nm 12:6), e comumente ocorriam à noite (v. 5; 1Sm 3:1-3; 33:14-16).

    galardão. Ver nota em 14.23.

    * 15.2, 3 O povo de Deus não seria gerado de forma natural. Assim como Adão e Noé foram os fundadores da raça caída, Abraão foi o pai da nova raça, simbolicamente tirada da morte (17.5).

    * 15.2 sem filhos. Esta expressão no hebraico pode significar “viver sem filhos” ou “morrer sem filhos”. Abraão estava perplexo, talvez em parte porque não ter filhos era visto como um sinal de castigo divino (Lv 20:20, 21; 1Sm 1:11; Jr 22:30).

    *

    15.3 um… será o meu herdeiro. Esta prática, de um casal sem filhos adotar um escravo como herdeiro, é confirmada no textos de Nuzi (cerca de 1.500 a.C.), uma coleção de mais de 4.000 tábuas de argila encontrados perto de Kirkuk, Iraque.

    * 15.5 posteridade. Ver 12.7; 13.6 e notas.

    * 15:6 Este verso nos dá o mais antigo núcleo da doutrina da justificação pela fé e não pelas obras (Gl 3:6-14). Abraão creu na promessa do nascimento de um herdeiro dentre os mortos (Rm 4:17-21; Hb 11:11,12), e Deus imputou isto como justiça a Abraão, satisfazendo o mandato da sua aliança. A justificação de Abraão pela fé é um modelo para a nossa fé na ressurreição de Jesus Cristo, o sacrifício de Deus pelo pecado e o ato de Deus em nos imputar justiça pela fé (Rm 4:22-25).

    creu. Abraão é o pai de todos aqueles que crêem (Rm 4:11), e todos os que crêem são filhos de Abraão (Gl 3:7).

    justiça. Ver 6.9 e nota; Hb 11:6-12

    * 15.7 Eu sou o SENHOR que te tirei. Uma forma de auto-identificação de Deus depois do êxodo (Êx 20:2).

    terra. Ver nota em 13.15.

    *

    15.8 como saberei. O pedido de um sinal é motivado pela fé (v. 6; conforme Is 7:10-14).

    * 15.9 novilha… pombinho. Todas as espécies que eram apropriadas para o sacrifício.

    * 15.11 Aves de rapina. Um simbolismo das nações impuras tentando destruir os descendentes de Abraão.

    enxotava. Abraão simbolicamente defende a sua herança prometida contra os agressores estrangeiros.

    * 15.12-14 Israel deverá herdar Canaã através do ato sobrenatural de Deus, redimindo-os da escravidão.

    *

    15.13 por quatrocentos anos. Um número arredondado para o período passado no Egito.

    * 15.15 ditosa velhice. Ver 25.8.

    * 15.16 amorreus. Ver nota em 14.13.

    * 15.17 fogareiro fumegante e uma tocha de fogo. Símbolos da presença de Deus com Israel no seu caminho para a terra prometida (Êx 13:21; 19:18; 20:18).

    passou entre aqueles pedaços. Assim como indicado em outros textos do antigo Oriente Próximo e Jr 34:18, passando entre os pedaços de animais (significando a punição daqueles que quebram a aliança), Deus invoca maldição sobre si mesmo se falhasse em manter a sua aliança. Porque ele não pode jurar em nome de uma autoridade maior, Deus jura por si mesmo que manteria os termos da aliança. Ver 22.16, 17; Hb 6:13, nota.

    *

    15.18 aliança. A aliança de Deus com Abraão tem muitas semelhanças com os tratados do antigo Oriente Próximo entre reis e servos leais com respeito à outorga de terra aos seus descendentes em perpetuidade.

    desde o rio… Eufrates. A definição de fronteiras era uma parte importante nas antigas outorgas de terras reais.

    rio do Egito. É questionável se este rio do Egito é o Wadi el Arish ao nordeste do Sinai (Nm 34:5) ou um braço oriental do delta do Nilo. Ver 1Rs 4:21.

    *

    15.19-21. Além das fronteiras geográficas a terra é identificada por seus ocupantes. Ver 10:15-18.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    15:1 Do que podia temer Abrão? Possivelmente temia a vingança dos reis que acabava de derrotar (14.15). Deus deu ao Abrão duas boas razões para ter valor: (1) prometeu defendê-lo ("Eu sou seu escudo") e (2) prometeu lhe dar uma recompensa muito grande. Quando temer o que vem mais adiante, recorde que Deus não o deixará nos momentos difíceis e que lhe prometeu bênções extraordinariamente grandes.

    15:2, 3 Eliezer foi o servo mais confiável que teve Abrão. Foi como um mordomo ("que governava em tudo", veja-se Gênese 24). De acordo com o costume, se Abrão morria sem deixar filho, seu servente mais antigo o herdaria. Mesmo que Abrão amava a seu servo, queria ter um filho para ter descendência.

    15:5 Não prometeu ao Abrão riqueza ou fama. Já a tinha. Mas bem Deus lhe prometeu uma descendência tão numerosa e incontável como as estrelas do céu ou como a areia do mar (22.17). Vá-se a um lugar desolado e trate de contar as estrelas. Recolha um punhado de areia e trate de contar seus grãos. É impossível! Quando Abrão tinha perdido já a esperança de ter um herdeiro, Deus lhe prometeu descendentes tão numerosos que seriam impossíveis de contar. As bênções de Deus vão além de nossa imaginação!

    15:6 Mesmo que Abrão tinha demonstrado sua fé através de suas ações, foi a fé e não as ações o que fez ao Abrão justo ante Deus (Rm 4:1-5). Nós também podemos ter uma relação correta com Deus ao confiar no plenamente. Nossas ações exteriores -assistir à igreja, orar e realizar boas obras- não nos farão por si mesmos justos ante Deus. A relação com Deus se fundamenta na fé, na confiança em que Deus é quem diz ser e faz o que promete fazer. As boas obras são uma conseqüência natural do anterior.

    15:8 Abrão procurou confirmação e segurança de estar fazendo a vontade de Deus. Nós também desejamos segurança quando pedimos sua direção. Mas podemos estar seguros de que o que fazemos é correto se fizermos o que a Bíblia diz. Abrão não tinha a Bíblia, nós sim.

    15.13, 14 O livro do Exodo nos relata a história da escravidão e a liberação milagrosa dos descendentes do Abraão.

    15:16 Os amorreos eram um dos povos que viviam no Canaán, a terra que Deus prometeu ao Abrão. Deus sabia que cresceria a maldade da gente e que algum dia teria que ser castigada. Parte desse castigo incluiria lhes tirar a terra e dar-lhe aos descendentes do Abrão. Deus, em sua misericórdia, estava dando aos amorreos tempo suficiente para que se arrependessem, mas já sabia que não o fariam. No momento preciso, estariam preparados para o castigo. Tudo o que Deus faz vai de acordo com seu caráter. O é misericordioso, sabe tudo, e atua com justiça e seu momento oportuno é perfeito.

    MELQUISEDEC

    Gosta dos mistérios? A história está repleta de mistérios! Pelo general sempre têm que ver com pessoas. Um dos personagens mais misteriosos da Bíblia é o Rei de Paz, Melquisedec. Apareceu um dia na vida do Abraão (nesse então Abrão) e nunca mais se voltou ou seja dele. Entretanto, o que aconteceu esse dia ia ser recordado ao longo da história e à larga ia ser tema em uma das cartas do Novo Testamento (Hebreus).

    Este encontro entre o Abrão e Melquisedec foi do mais singular. Ainda quando ambos eram estrangeiros e não se conheciam, possuíam uma característica muito importante: ambos adoravam e serviam ao único Deus que criou os céus e a terra. Este foi um grande momento de triunfo para o Abrão. Acabava de derrotar um exército e recuperava a liberdade de um grupo numeroso de escravos. Se por acaso tinha alguma dúvida quanto a quem pertencia a vitória, Melquisedec o esclareceu bem: "Bendito seja o Deus Muito alto que entregou a seus inimigos em sua mão" (Gn 14:20). Abrão reconheceu que aquele homem adorava ao mesmo Deus.

    Melquisedec pertencia a um pequeno grupo de gente honorável com o passar do Antigo Testamento que teve contato com os judeus (israelitas), sem ser ele mesmo um judeu. Isto indica que o requisito para ser um seguidor de Deus não é genético mas sim se apóia em obedecer com fidelidade seus ensinos e reconhecer sua grandeza.

    Permite você que Deus lhe fale por meio de outras pessoas? Quando avalia a outros, faz-o considerando o impacto de Deus em suas vidas? deu-se conta das similitudes entre você e outros que adoram a Deus, mesmo que a forma de adorar deles difira bastante da sua?

    Conhece você o suficiente ao Deus da Bíblia para saber se o está adorando seriamente? Permita que Melquisedec, Abraão, Davi e Jesus, junto com muitos outros personagens da Bíblia, mostrem-lhe sobre este grande Deus, Criador do céu e da terra. Deus quer que você saiba quanto o ama. Quer que o conheça pessoalmente.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Primeiro rei sacerdote das Escrituras, líder com o coração em sintonia com Deus

    -- Sabia animar a outros a servir a Deus com toda sinceridade

    -- Seu caráter refletia seu amor Por Deus

    -- Faz-nos recordar ao Jesus; alguns até acreditam que era o mesmo Jesus

    Lições de sua vida:

    -- Viva para Deus e é provável que você esteja onde tem que estar no momento preciso. Examine-se. A quem ou a que é você fiel por cima de tudo? Se respondeu com sinceridade que a Deus, você vive para O.

    Dados gerais:

    -- Onde: Governou Salem, lugar da futura Jerusalém

    -- Ocupação: Rei de Salem e sacerdote do Deus Muito alto

    Versículos chave:

    "Porque este Melquisedec, rei de Salem e sacerdote do Deus Muito alto, que saiu a receber ao Abraão que voltava da derrota dos reis, e lhe benzeu[...] Considerem, pois, quão grande era este, a quem até Abraão o patriarca deu dízimos do bota de cano longo" (Hb_7:1, Hb 7:4).

    A história do Melquisedec se relata em Gn 14:17-20. Também se menciona em Sl 110:4, Hebreus 5:7.

    15:17 por que enviou Deus esta estranha visão ao Abrão? O pacto de Deus com o Abrão era um assunto sério. Representava uma promessa incrível por parte de Deus e uma grande responsabilidade para o Abrão. Para confirmar sua promessa, Deus deu ao Abrão um sinal: um forno fumegante e uma tocha acesa. O fogo e a fumaça sugerem santidade, seu zelo pela justiça e seu julgamento sobre as nações. Deus tomou a iniciativa, deu a confirmação e seguiu ao pé da letra suas promessas. O sinal que deu Abrão era uma segurança visível de que o pacto que Deus tinha feito era real.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    3. Pacto de Abraão (Gn 15:17)

    1 Depois destas coisas, a palavra do Senhor veio a Abrão numa visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande. 2 Então disse Abrão: Senhor Deus, que me darás, visto que sem filhos, e aquele que deve ser possuidor de minha casa é o damasceno Eliézer? 3 Disse mais Abrão: Eis que me tens dado semente. E eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro 4 E eis que, a palavra do Senhor veio a ele, dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que sair das tuas entranhas, esse será o teu herdeiro. 5 E ele o levou para fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se tu ele capaz de contá-los, e disse-lhe: : Assim será a tua descendência. 6 E ele acreditou no Senhor; e ele imputou-lhe isto por justiça. 7 E disse-lhe: Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos Caldeus, para te dar esta terra em herança. 8 E ele disse: Senhor Deus, em que deve I sei que hei de herdá-la? 9 E disse-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, e uma rola e um pombinho. 10 E ele o tomou todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs-cada metade defronte da outra; mas as aves não partiu. 11 E as aves de rapina desciam sobre os cadáveres, e Abrão dirigi-los.

    12 E quando o sol estava se pondo, um profundo sono caiu sobre Abrão; e eis que um horror de grande escuridão caiu sobre ele. 13 E ele disse a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em uma terra que não é deles, e será reduzida à escravidão; e será afligida por quatrocentos anos; 14 e também que a nação a qual ela tem de servir, eu julgarei; e depois sairá com muitos bens. 15 Mas tu irás a teus pais em paz; serás sepultado em boa velhice. 16 E na quarta geração, porém, voltarão para cá.: por causa da iniqüidade dos amorreus não está ainda cheia 17 E aconteceu que, quando o sol se punha, e Estava escuro, eis um fogo fumegante e uma tocha de fogo, que passou por essas peças. 18 Naquele dia o Senhor fez aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates: 19 , o queneu, e o quenezeu, eo Kadmonite, 20 e os heteus, e os perizeus, e os refains, 21 e os amorreus, e os cananeus, e os girgaseus, e os jebuseus.

    Após resgate de Ló de Abrão, o Senhor lhe apareceu e renovou a promessa de uma visão . Esta é a única vez que estas palavras são usados ​​para indicar os meios pelos quais o Senhor se comunicavam com Abrão, e pela primeira vez este meio particular é mencionado na Bíblia.

    Aparentemente, a passagem do tempo estava tendo seu efeito sobre Abrão, pois o Senhor tinha pouco mais que o saudou que ele começou a reclamar da falta de filhos e da necessidade de deixar todos os seus bens para um Eliezer de Damasco , um escravo nascido na sua casa. Pode parecer estranho que um escravo seria herdeiro de seu proprietário. Mas, de acordo com Unger, tabuletas de argila escavado em Nuzu, ao sudeste de Nínive, revelam que era costume naquele dia, por um casal sem filhos a adotar uma pessoa nascida livre ou escravo para cuidar deles na velhice, enterrá-los e realizar todas as necessárias costumes funerários, e herdar sua propriedade. Mas se depois o adotante iria gerar um filho de sua autoria, o filho adotivo deve dar a ele o lugar do chefe herdeiro.

    O Senhor assegurou a Abrão que ele teria descendentes de sua autoria. Ele já havia declarado que seriam em número como a areia do mar; agora Ele levou Abrão para fora e apontou-o para os céus e declarou que seriam em número como as estrelas do céu.Alguns pensaram que o primeiro se refere à sua posteridade física e no segundo de sua posteridade espiritual.

    Em seguida, ocorre uma das frases-chave da Bíblia: E ele acreditou no Senhor; e ele imputou-lhe isto por justiça . Foi apontado que esta é a primeira ocorrência de três das grandes palavras doutrinários da Bíblia: Acredita, contada ou imputado, e justiça .Este verso é citado no Novo Testamento e usado lá como a pedra angular do grande doutrina da justificação pela fé (Rm 4:3 , é novamente a escurecer. O sono chegou a Abrão. E então Deus apareceu, Sua presença simbolizada pelo fogo fumegante e tocha flamejante que se passou entre as peças. Ele prometeu a Abrão a terra desde o rio do Egito (e não o Nilo, mas um barranco ou riacho ao sudoeste de Canaã) para o rio Eufrates (não no sul da Mesopotâmia, mas em suas cabeceiras nas imediações do Hamath). Estes eram os limites aproximados sob Davi e Salomão. Ele enumera dez nações que seriam deslocadas, incluindo seis dos sete tradicional (conforme Dt 7:1 ), mas que Abrão teria uma morte pacífica na sua velhice. Ele também acrescentou que na quarta geração que gostaria de voltar a Canaã, quando a iniqüidade dos amorreus estava cheio. A quarta geração é preferencialmente traduzida como "o quarto período de tempo", uma vez que apenas secundariamente se refere a geração, no sentido moderno. Moisés fez representam a quarta geração de Jacó nas genealogias, mas o número de anos que implicaria que estas genealogias são provavelmente esquemática como foi sugerido com os anteriores (conforme observações sobre o Capítulo 5 ).

    O Senhor tinha realmente honrado Abrão, em primeiro lugar, por falar com ele mais uma vez; segundo, renovando a promessa e imputando a sua fé como justiça; e em terceiro lugar, através da concessão de seu pedido de provas adicionais nesta visão notável e convênio. O próprio Deus tinha ligado em todas as formas possíveis para manter a sua palavra a Abrão.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    1. Os termos da aliança (Gn 15)
    2. O cenário

    Abraão acabara de derrotar os reis (cap.
    14) e vencera a grande tenta-ção do rei de Sodoma. Agora, Deus interfere a fim de encorajá-lo. Como é maravilhoso que Cristo venha até nós quando precisamos dele (14:18)! Deus é nossa proteção (escudo) e provisão (recompensa), jamais preci-samos temer. Abraão não precisava da proteção do rei de Sodoma ou das riquezas que ele oferecia, pois ele ti-nha tudo que precisava em Deus.

    1. A súplica

    Abraão não queria um prêmio; ele queria um herdeiro. Agora, ele ti-nha 85 anos, e havia dez anos es-perava pelo filho prometido. Se ele não tivesse filho, toda a sua herança ficaria para Eliézer, seu servo. Em 12:2, Deus não prometera: "De ti farei uma grande nação"? Portanto, por que ele não cumpria sua pro-messa? Deus respondeu à súplica de Abraão levantando os olhos dele de si mesmo e de seu servo para os céus (v. 5). O versículo 6 é um versículo-chave da Bíblia que pode-riamos traduzir da seguinte manei-ra: "E ele disse 'amém' ao Senhor, e o Senhor creditou isso em sua conta de retidão" (vejaGl 3:6; Rm 4:3; Jc 2:23). Como Abraão foi salvo? Não por guardar a lei, pois a lei ainda não fora dada; não pela circunci-são, pois ela não foi instituída até que ele tivesse 99 anos. Ele foi salvo pela fé na Palavra de Deus.

    1. O sacrifício

    A salvação fundamenta-se em sacri-fício, pois a aliança exige o derra-mamento de sangue. Naquela épo-ca, em um acordo, era costume que as partes contratantes andassem en-tre as partes de animais sacrificados; isso selava o acordo. No versículo 9, todos os sacrifícios falam de Cristo e da cruz. Abraão ofereceu sacrifícios e trabalhou para manter Satanás afastado (prefigurado pelas aves no v. 11; Mt 13:4,Mt 13:19). Contudo, nada aconteceu real mente até Abraão ir dormir. Abraão nunca caminhou entre as partes. Deus sozinho (v. 17) caminhou entre as partes; a aliança toda era de graça e dependia ape-nas do Senhor. Abraão, como Adão (2:21), dormia profundamente e não podia fazer nada para ajudar Deus. Quando estamos desamparados, Deus faz grandes coisas para nós.

    1. A garantia

    Abraão queria saber com certeza o que Deus faria (v. 8), e Deus sa-tisfez sua necessidade. A salvação fundamenta-se no sacrifício de Cris-to e na graça de Deus; a garantia vem da Palavra de Deus. Deus deu uma previsão resumida dos even-tos a Abraão: a curta permanência de Israel no Egito, o sofrimento de-les no Egito, a libertação deles na quarta geração (veja Êx 6:16-26) e a possessão da terra prometida. Ob-serve que Deus diz: "Dei esta ter-ra" (v.18), e não: "Darei", como em 12:7. As promessas de Deus são tão boas quanto suas realizações!

    Note que, nesse capítulo, apa-recem pela primeira vez, pelo me-nos, sete palavras ou frases: "A pa-lavra do Senhor" (v. 1); "Não temas" (v. 1); "galardão" (v. 1); "herdeiro"; "herança" (vv. 3,7); "creu"; "impu-tado" e "justiça" (todas no v. 6). Esse capítulo mostra-nos que não pode haver herança sem filiação (Rm 8:16-45), não pode haver retidão sem fé (Rm 4:3ss), não pode haver garantia sem promessas e não pode haver bênçãos sem sofrimento. An-tes que Abraão veja as estrelas de Deus, é preciso que escureça!


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    15.6 Neste significativo versículo aparecem, pela primeira vez, as palavras: "creu", "imputado" e "justiça", que fazem parte do contexto da "fé salvadora". Em todos os tempos, a salvação fora oferecida aos homens sob a base da fé. Os santos do AT olhavam para Cristo e eram salvos mediante Sua morte propiciatória, exatamente como nós olhamos para aquela morte vicária em nosso lugar e recebemos os benefícios dela mediante a fé (conforme Rm 4:18-45).

    15.8 O nome "Senhor Deus" (em heb Adonai Jahweh) significa "dono", indicando a submissão de Abraão como escravo de Deus. O mesmo nome ("Senhor') é empregado pela mulher em relação ao marido, indicando a intimidade do amor e a dependência em submissão ao marido (conforme 1Pe 3:6).

    15.18 Rio do Egito. Provavelmente a extensão da terra prometida a Abraão e a sua semente; compreendia desde a corrente que dividia a Filístia do Egito até o rio Eufrates. Estas foram, efetivamente, as fronteiras de Israel no tempo do rei Salomão.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    d) A terra prometida (15:1-21)
    Após a digressão no cap. 14, a história volta ao tema das promessas de Deus a Abrão; a nova promessa de agir como escudo de Abrão (v. 1) pode muito bem refletir os perigos militares exemplificados no cap. 14. Todas as promessas que Abrão havia recebido, no entanto, dependiam totalmente do fato de ele ter um herdeiro; mas Sarai continuava estéril

    (11.30). Entrementes, a adequada provisão legal tinha de ser feita, e parece que Abrão já dera os passos comuns para essa situação nessa parte do mundo da época. Ele havia “adotado” um escravo para ser o seu herdeiro (v. 3). (Conforme J. A. Thompson, The Bible and Archaeology, cap. 2.) O nome desse escravo era Eliézer, mas, em vista das dificuldades e incertezas do texto hebraico, a sua posição exata (administrador?) na casa de Abrão não é clara, e a referência a Damasco é ambígua. Teoricamente, de qualquer maneira, Eliézer poderia ter providenciado herdeiros para Abrão, mas podemos entender prontamente o clamor do coração de Abrão: O Soberano Senhor, que me darás...? Em outras palavras, “de que me vale a tua recompensa?” (NTLH). A resposta generosa de Deus deu paz à sua mente; o seu herdeiro seria da sua própria carne e sangue (v. 4). Mas observe que não se menciona nada acerca da identidade da mãe.

    O v. 6 é um versículo-chave, chamando atenção para a fé e a confiança de Abrão e para a resposta de Deus a essa fé. Os três termos-chave são creu, creditado e justiça. A linguagem usada lembra a do sacrifício e da aceitação (conforme Lv 7:18; 17:4, como a paráfrase da GNB tenta expressar). Mas a base para a aceitação de Abrão não são os seus sacrifícios e altares, mas a sua fé, que significa no contexto o “consentimento com os planos de Deus na história” (G. von Rad). Para entender as implicações mais abrangentes, v. Rm 4:0.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

    II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

    Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21

    Gênesis 15


    5) Abrão Recebe a Promessa de um Herdeiro. Gn 15:1-21.

    Durante toda a sua vida Abrão manifestou uma forte confiança em Deus. Foi fácil permitir que esta confiança brilhasse nas horas de triunfo. Quando ele se lembrava das maravilhosas promessas de Deus, era um conforto saber que o cumprimento delas seda na sua semente e por meio dela. Mas quando ele envelheceu e o fim de sua vida se aproximou enquanto ele continuava sem filhos, sentiu-se tentado a esmorecer.

    Sua fé nas promessas se abalou. Como Deus poderia agora cumprir Suas promessas? Quando aS cumpriria? Abrão precisava de certeza. Então Deus lhe falou.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 2 até o 7

    2-7. O Senhor assegurou a Abrão que não devia considerar o damasceno Elíézer como seu herdeiro, pois um filho realmente seu nasceria para rico cumprimento de cada predição. Em momentos de perigo ou desespero Abrão devia crer na proteção de Deus, no cumprimento de Suas promessas e no ilimitado número de seus descendentes. Era um desafio a uma fé sublime. E Abrão era capaz de crer porque ele conhecia Aquele que fizera aS promessas. Ele sabia que podia confiar em Jeová. Embora não houvesse nenhuma criança no seu lar, Deus encheria a terra com aqueles que olhariam para Abrão como seu pai. Submissão confiante à vontade de Deus é o elemento básico na verdadeira religião. 6. isso lhe foi imputado para justiça. A qualidade daquele que anda direito diante de Deus é indescritivelmente preciosa aos olhos do Senhor. Abrão foi justificado, isto é, considerado justo, com base na sua fé.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    b) Aliança de Deus com Abraão (Gn 15:1-17.27)

    1. DEUS PROMETE UM FILHO A ABRÃO (Gn 15:1-6). A ocasião da promessa é destacada na frase Depois destas cousas (1). A reação natural de Abraão foi confrontada com um "Não temas". Grandíssimo galardão (1). Abrão recusara o despojo, mas Deus não haveria de permitir que ele saísse perdendo. Ando sem filhos (2). Essa expressão significa "ir-se" ou "morrer" sem filhos. A tristeza de Abrão é que Eliezer, segundo as leis debaixo das quais viviam, tornar-se-ia o herdeiro de sua casa. Nascido na minha casa (3). Lit. "filho de minha casa", e, portanto, representante e herdeiro de Abrão. Foi-lhe imputado isto por justiça (6). Na Septuaginta, "por" é traduzido pela preposição grega "eis" que significa "para". Não significa que, em lugar de justiça, Abrão ofereceu fé. A fé de Abrão não foi considerada como outra forma de justiça ("obras") mas, no plano divino é o meio pelo qual um homem pode atingir "a" (eis) justiça (conf. Rm 4:3).

    >Gn 15:7

    2. O SOLENE PACTO RELATIVO A CANAÃ (Gn 15:7-21). Eu sou o Senhor (7). Heb., Yahveh. À base de qualquer pacto feito por Deus, acha-se o Seu caráter, e é a isso que Deus se refere, quando começa essa afirmação com Seu nome Como saberei...? (8). Abrão não está aqui a exigir um sinal a fim de poder acreditar. Não foi a dúvida que solicitou esse sinal, mas a fé. Deus concedeu a Abrão um sinal relacionado à fé, e essa é a verdadeira natureza do sacramento. Os pactos antigos eram algumas vezes confirmados partindo-se ao meio as vítimas do sacrifício e passando as duas partes aliançadas entre as metades. Jeová graciosamente condescendeu em confirmar Sua promessa a Abrão acomodando-se a esse costume. Este parágrafo, por conseguinte, descreve o "partir de uma aliança" entre Jeová e Abrão. Note-se que apenas um símbolo foi visto a passar entre os pedaços, a saber, "a semelhança de um forno de fumo do qual saía chamas de fogo" (17). Isso indicou que apenas Jeová estava tomando parte no cumprimento de todas as condições que estavam ligadas ao pacto. O pacto da graça, conforme se vê, não é um pacto entre dois, mas é uma promessa confirmada por formas de pacto. No que tange ao fogo como símbolo de Jeová, ver Êx 19:18, 24.17; Sl 18:8. Deus faz uma revelação de quatro aspectos: privação, libertação, paz e triunfo (13-16). Quatrocentos anos (13). Trata-se de uma cifra em números redondos, pois o número preciso de anos foi 430 (Êx 12:40-41). Injustiça dos amorreus (16). Foi isso que justificou sua extirpação da terra. O rio Egito (18). Trata-se ou do Wady el Arish (ribeiro do Egito) o limite entre o Egito e o deserto do sul da Palestina, ou o próprio rio Nilo.


    Dicionário

    Caldeus

    Eram, primitivamente, uma tribo que vivia em grandes regiões pantanosas, nas embocaduras do Tigre e do Eufrates, ao sul da Babilônia. Esta tribo estava destinada a exercer importante influência na vida do povo babilônio. No governo de Merodaque-Baladã, eles apoderaram-se de Babilônia (721 a C.) – mas, passados doze anos, foi Merodaque forçado a fugir, perseguido pelos invasores da Assíria – e, embora voltasse à cidade de Babilônia, foi isso apenas por pouco tempo. Senaqueribe assolou o país da Babilônia a ferro e fogo, tornando-se o império um apanágio da coroa da Assíria. Todavia, é provável que Nabucodonosor e sua família fossem de geração caldaica. Certamente os caldeus alcançaram uma situação proeminente na Babilônia, usando-se o seu nome para designar os habitantes de todo o pais. É provável que os caldeus pertencessem à raça semítica. Aqueles do livro de Daniel eram simplesmente ‘astrólogos’. Desde os tempos mais remotos foi a Babilônia, isto é, a Caldéia no sentido mais largo da palavra, o pais da astrologia, e os indivíduos que a praticavam eram altamente considerados. Um astrólogo foi elevado por Senaqueribe ao trono da Babilônia.

    Dar

    doar (dádiva, dote, dom; donativo, doação, dotação); oferecer, apresentar, entregar. – Conquanto na sua estrutura coincidam na mesma raiz (gr. do, que sugere ideia de “dom”) distinguem-se estes dois primeiros verbos do grupo essencialmente, como já eram distintos no latim, na acepção em que são considerados como sinônimos (dare e donare). – Dar é “passar a outrem a propriedade de alguma coisa, mas sem nenhuma formalidade, apenas entregando-lhe ou transmitindo-lhe a coisa que se dá”. – Doar é “dar com certas formalidades, mediante ato solene ou documento escrito, e ordinariamente para um fim determinado”. O que se dá é dádiva, dom, ou dote, ou dotação. Entre estas três palavras há, no entanto, distinção essencial, em certos casos pelo menos. O dom e a dádiva são graças que se fazem por munificência, pelo desejo de agradar, ou com o intuito de comover, ou de tornar feliz. – Dom é vocábulo mais extenso, e é com mais propriedade aplicado quando se quer designar “bens ou qualidades morais”; conquanto se empregue também para indicar dádiva, que se refere mais propriamente a coisas materiais. A inteligência, ou melhor, a fé, as grandes virtudes são dons celestes (não – dádivas). O lavrador tinha a boa colheita como dádiva de Ceres (não – dom). – Dote (do latim dos... tis, de dare), “além de significar dom, isto é, virtude, qualidade de espírito, ou mesmo predicado físico, é termo jurídico, significando “tudo que a mulher leva para a sociedade conjugal”. Entre dote e dotação, além da diferença que consiste em designar, a primeira a própria coisa com que se dota, e a segunda, Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 329 a ação de dotar – há ainda uma distinção essencial, marcada pela propriedade que tem dotação de exprimir a “renda ou os fundos com que se beneficia uma instituição, um estabelecimento, ou mesmo um serviço público”. A dotação de uma igreja, de um hospital, do ensino primário (e não – o dote). – O que se doa é donativo ou doação. O donativo é uma dádiva, um presente feito por filantropia, por piedade, ou por outro qualquer nobre sentimento. A doação (além de ato ou ação de doar) é “um donativo feito solenemente, mediante escritura pública”; é o “contrato – define Aul. – por que alguém transfere a outrem gratuitamente uma parte ou a totalidade de seus bens presentes”. F. fez à Santa Casa a doação do seu palácio tal (não – donativo). “O rei, de visita à gloriosa província, distribuiu valiosos donativos pelas instituições de caridade” (não – doações). – Oferecer diz propriamente “apresentar alguma coisa a alguém com a intenção de dar-lhe”. Significa também “dedicar”; isto é, “apresentar como brinde, como oferta, ou oferenda”. Oferecer o braço a uma senhora; oferecer um livro a um amigo; oferecer a Deus um sacrifício. – Apresentar é “pôr alguma coisa na presença de alguém, oferecendo- -lha, ou mesmo pedindo-lhe apenas atenção para ela”. – Entregar é “passar a alguém a própria coisa que se lhe dá, ou que lhe pertence”. Entre dar e entregar há uma diferença que se marca deste modo: dar é uma ação livre; entregar é uma ação de dever.

    verbo bitransitivo Oferecer; entregar alguma coisa a alguém sem pedir nada em troca: deu comida ao mendigo.
    Oferecer como presente ou retribuição a: deu ao filho um computador.
    Transferir; trocar uma coisa por outra: deu dinheiro pelo carro.
    Vender; ceder alguma coisa em troca de dinheiro: dê-me aquele relógio.
    Pagar; oferecer uma quantia em dinheiro: deram 45:000 pelo terreno.
    Recompensar; oferecer como recompensa: deu dinheiro ao mágico.
    Gerar; fazer nascer: a pata deu seis filhotes aos donos.
    Atribuir um novo aspecto a algo ou alguém: o dinheiro deu-lhe confiança.
    Estar infestado por: a fruta deu bolor.
    verbo transitivo indireto Uso Informal. Ter relações sexuais com: ela dava para o marido.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Promover; organizar alguma coisa: deu uma festa ao pai.
    Comunicar; fazer uma notificação: deram informação aos turistas.
    Oferecer um sacramento: deram a comunhão aos crismandos.
    Provocar; ser a razão de: aranhas me dão pavor; o álcool lhe dava ânsia.
    verbo transitivo direto Receber uma notícia: deu no jornal que o Brasil vai crescer.
    Desenvolver; fazer certa atividade: deu um salto.
    Emitir sons: deu berros.
    Ser o valor final de uma operação: 10 menos 2 dão 8.
    verbo transitivo direto e predicativo Levar em consideração: deram o bandido como perigoso.
    verbo pronominal Sentir; passar por alguma sensação: deu-se bem na vida.
    Acontecer: o festa deu-se na semana passada.
    Etimologia (origem da palavra dar). Do latim dare.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Herdar

    verbo transitivo Receber por herança: herdar uma grande fortuna.
    Adquirir por parentesco ou hereditariedade: herdou o caráter do pai.
    Deixar em herança, legar: bens que os antepassados lhe herdaram.

    Maís

    substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
    Não confundir com: mais.
    Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.

    Senhor

    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    Terra

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

    terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

    [...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

    O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

    Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

    [...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

    [...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

    O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    [...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

    Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

    O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

    [...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

    [...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

    [...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
    Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    [...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

    Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

    O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

    A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

    [...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

    A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

    A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

    Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o nosso campo de ação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

    O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

    A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

    A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

    A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

    [...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

    O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

    [...] é a vinha de Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    [...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

    Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

    [...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

    A Terra é também a grande universidade. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

    Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

    A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

    [...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


    Tirar

    verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
    Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
    Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
    Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
    Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
    Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
    verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
    Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
    Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
    Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
    Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
    Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
    Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
    Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
    Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
    Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
    Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
    Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
    verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
    Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
    Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
    Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
    Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
    Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
    Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
    verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
    verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
    Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
    verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
    Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
    Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.

    Ur

    -

    luz

    (Heb. “chama de fogo”). Pai de Elifal, um dos “guerreiros valentes” do rei Davi (1Cr 11:35).


    Ur [Luz] - Cidade da CALDÉIA de onde saíram Tera e Abraão (Gn 11:28-31).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 15: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Eu sou o SENHOR, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te esta terra, para herdá-la."">Disse-lhe mais: "Eu sou o SENHOR, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te esta terra, para herdá-la."
    Gênesis 15: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    2081 a.C.
    H2063
    zôʼth
    זֹאת
    Esse
    (This)
    Pronome
    H218
    ʼÛwr
    אוּר
    cidade ao sul da Babilônia, cidade dos caldeus, centro de adoração à lua, casa do pai de
    (in Ur)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3318
    yâtsâʼ
    יָצָא
    ir, vir para fora, sair, avançar
    (And brought forth)
    Verbo
    H3423
    yârash
    יָרַשׁ
    tomar, desapropriar, tomar posse de, herdar, deserdar, ocupar, empobrecer, ser um
    (is heir)
    Verbo
    H3778
    Kasdîy
    כַּשְׂדִּי
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H5414
    nâthan
    נָתַן
    E definir
    (And set)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H589
    ʼănîy
    אֲנִי
    E eu
    (And I)
    Pronome
    H776
    ʼerets
    אֶרֶץ
    a Terra
    (the earth)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    זֹאת


    (H2063)
    zôʼth (zothe')

    02063 זאת zo’th

    irregular de 2088; DITAT - 528; pron demons f / adv

    1. este, esta, isto, aqui, o qual, este...aquele, este um...aquele outro, tal
      1. (sozinho)
        1. este, esta, isto
        2. este...aquele, este um...aquele outro, uma outra, um outro
      2. (aposto ao subst)
        1. este, esta, isto
      3. (como predicado)
        1. este, esta, isto, tal
      4. (enclítico)
        1. então
        2. quem, a quem
        3. como agora, o que agora
        4. o que agora
        5. a partir de agora
        6. eis aqui
        7. bem agora
        8. agora, agora mesmo
      5. (poético)
        1. onde, qual, aqueles que
      6. (com prefixos)
        1. aqui neste (lugar), então
        2. baseado nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
        3. assim e assim
        4. como segue, tais como estes, de acordo com, com efeito, da mesma maneira, assim e assim
        5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
        6. por este motivo
        7. em vez disso, qual, donde, como

    אוּר


    (H218)
    ʼÛwr (oor)

    0218 אור ’Uwr

    o mesmo que 217; n pr loc Ur = “labareda”

    1. cidade ao sul da Babilônia, cidade dos caldeus, centro de adoração à lua, casa do pai de Abraão, Terá, e ponto de partida da migração de Abraão para a Mesopotâmia e Canaã

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יָצָא


    (H3318)
    yâtsâʼ (yaw-tsaw')

    03318 יצא yatsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

    1. ir, vir para fora, sair, avançar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
        2. avançar (para um lugar)
        3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
        4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
        5. sair de
      2. (Hifil)
        1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
        2. trazer
        3. guiar
        4. libertar
      3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

    יָרַשׁ


    (H3423)
    yârash (yaw-rash')

    03423 ירש yarash ou ירשׂ yaresh

    uma raiz primitiva; DITAT - 920; v

    1. tomar, desapropriar, tomar posse de, herdar, deserdar, ocupar, empobrecer, ser um herdeiro
      1. (Qal)
        1. tomar posse de
        2. herdar
        3. empobrecer, ficar pobre, ser pobre
      2. (Nifal) ser desapossado, ser empobrecido, vir a ficar pobre
      3. (Piel) devorar
      4. (Hifil)
        1. levar a possuir ou herdar
        2. levar outros a possuir ou herdar
        3. empobrecer
        4. desapossar
        5. destruir, levar a ruína, deserdar

    כַּשְׂדִּי


    (H3778)
    Kasdîy (kas-dee')

    03778 כשדי Kasdiy (ocasionalmente com enclítico) כשׁדימה Kasdiymah

    procedente de 3777 (somente no pl.), grego 5466 Ξαλδαιος; n pr

    Caldéia ou caldeus = “amassadores de torrões” n pr loc

    1. um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    2. os habitantes da Caldéia, que viviam junto ao baixo Eufrates e Tigre
    3. as pessoas consideradas as mais sábias na área (por extensão)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    נָתַן


    (H5414)
    nâthan (naw-than')

    05414 נתן nathan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

    1. dar, pôr, estabelecer
      1. (Qal)
        1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
        2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
        3. fazer, constituir
      2. (Nifal)
        1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
        2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
      3. (Hofal)
        1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
        2. ser colocado sobre

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    אֲנִי


    (H589)
    ʼănîy (an-ee')

    0589 אני ’aniy

    forma contrata de 595; DITAT - 129; pron pess

    1. eu (primeira pess. sing. - normalmente usado para ênfase)

    אֶרֶץ


    (H776)
    ʼerets (eh'-rets)

    0776 ארץ ’erets

    de uma raiz não utilizada provavelmente significando ser firme; DITAT - 167; n f

    1. terra
      1. terra
        1. toda terra (em oposição a uma parte)
        2. terra (como o contrário de céu)
        3. terra (habitantes)
      2. terra
        1. país, território
        2. distrito, região
        3. território tribal
        4. porção de terra
        5. terra de Canaã, Israel
        6. habitantes da terra
        7. Sheol, terra sem retorno, mundo (subterrâneo)
        8. cidade (-estado)
      3. solo, superfície da terra
        1. chão
        2. solo
      4. (em expressões)
        1. o povo da terra
        2. espaço ou distância do país (em medida de distância)
        3. planície ou superfície plana
        4. terra dos viventes
        5. limite(s) da terra
      5. (quase totalmente fora de uso)
        1. terras, países
          1. freqüentemente em contraste com Canaã

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo