Enciclopédia de Gênesis 16:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 16: 9

Versão Versículo
ARA Então, lhe disse o Anjo do Senhor: Volta para a tua senhora e humilha-te sob suas mãos.
ARC Então lhe disse o anjo do Senhor: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos.
TB Disse-lhe o Anjo de Jeová: Volta para a tua senhora e humilha-te debaixo das suas mãos.
HSB וַיֹּ֤אמֶר לָהּ֙ מַלְאַ֣ךְ יְהוָ֔ה שׁ֖וּבִי אֶל־ גְּבִרְתֵּ֑ךְ וְהִתְעַנִּ֖י תַּ֥חַת יָדֶֽיהָ׃
BKJ E o anjo do SENHOR lhe disse: Volta a tua senhora, e sujeita-te debaixo das suas mãos.
LTT Então lhe disse o Anjo do SENHOR: "Volta à tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos."
BJ2 O Anjo de Iahweh lhe disse: "Volta para a tua senhora e sê-lhe submissa."
VULG Dixitque ei angelus Domini : Revertere ad dominam tuam, et humiliare sub manu illius.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 16:9

Eclesiastes 10:4 Levantando-se contra ti o espírito do governador, não deixes o teu lugar, porque o acordo é um remédio que aquieta grandes pecados.
Efésios 5:21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.
Efésios 6:5 Vós, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo,
Tito 2:9 Exorta os servos a que se sujeitem a seu senhor e em tudo agradem, não contradizendo,
I Pedro 2:18 Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor ao senhor, não somente ao bom e humano, mas também ao mau;
I Pedro 5:5 Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
2. A Esposa Substituta (16:1-16)

O tempo passou e Sarai (1) continuava sem filhos. Deus não prometeu que o filho viria dela (15,4) e o problema de uma promessa não cumprida permanecia. Na opinião de Sarai, a resposta era o costume da pátria de onde vieram. Este costume dizia que a esposa sem filhos tem de oferecer ao marido uma criada para servir no lugar dela. A descendência seria considerada sua.' Sarai tinha uma serva egípcia chamada Agar, que ela ofereceu a Abrão (2). Abrão aceitou a oferta e pouco tempo depois Agar teve um filho.

Emoções profundas e intensas no coração de cada participante estavam emaranha-das com o problema de interpretar uma promessa divina por meio de providências le-gais. Agar (4) ficou arrogante com sua senhora, e Sarai ficou amarga e abusiva (5). Indo ao marido, ela o acusou de privá-la dos direitos básicos de esposa e exigiu que tomasse uma atitude. A Bíblia Ampliada traduz o versículo 5a assim: "Que [minha responsabili-dade pelo] meu erro e privação de direitos estejam sobre ti!" Era contrário ao costume da pátria de onde vieram as esposas servas mostrarem desrespeito à esposa principal. Abrão


  • 6) recusou punir Agar, mas permitiu que Sarai agisse como quisesse.
  • O mesmo costume que permitia uma esposa substituta não permitia a expulsão desta esposa depois que ela ficasse grávida, qualquer que fosse sua atitude. Mas Sarai era diligente. Ela afligiu-a, forçando a moça a fugir.

    Agar estava a caminho de sua pátria, o Egito, quando o Anjo do SENHOR (7) lhe apareceu numa fonte ao chegar ao deserto de Sur (ver Mapa 2). Em resposta à pergun-ta, Agar (8) confessou que estava fugindo de Sarai. Em vez de mostrar compaixão, o Anjo do SENHOR ordenou que a moça voltasse à sua senhora (9). Em troca desta submissão ao abuso, Agar recebeu a promessa de numerosa semente (10). A criança que nasceria se chamaria Ismael (11), como lembrança que Deus ouviu a oração de desespero que ela fez. O filho teria caráter incomum. Ele não se ajustaria bem com a família quieta de Abrão. Ele amaria a vida selvagem e livre do deserto. Poucos seriam os homens que gostariam do seu jeito.

    A resposta de Agar foi gratidão e adoração. Deus reparou em sua situação aflitiva e ela ficou grata. Em vez de se ressentir com a ordem, ela fielmente refez o caminho de volta à tenda de Sarai. Em honra de sua grande experiência espiritual, ela deu nome ao poço de Laai-Roi (14, "A fonte daquele que vive e me vê"). Ela não resolveu problema algum fugin-do. Agora ela enfrentava a dificuldade perante Sarai com coragem e nova esperança.

    No devido tempo, o filho nasceu e Abrão (15), evidentemente inteirado da experiên-cia de Agar junto ao poço, chamou a criança Ismael (cf. 11). Ele teve um filho, mas não foi quem Deus prometeu.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    *

    16.1-15 Na sua impaciência, Sara tentou cumprir a promessa divina por sua própria iniciativa, usando sua serva Hagar como meio. O resultado imediato é a rivalidade no lar, e sua conseqüência a longo prazo é a bênção misturada a uma numerosa descendência que herda o espírito desafiador de Hagar (v. 12). Essa geração natural não trouxe paz; apenas o maior Descendente de Abraão (Gl 3:16), o Filho do Deus da paz, pode fazê-lo.

    * 16.1 serva. O termo hebraico denota uma serva pessoal da esposa, não uma escrava qualquer (conforme 21.10, nota). O relacionamento dela com Sara é semelhante ao de Eliezer com Abraão (15.2).

    * 16.2 filhos por meio dela. Dentro deste costume, atestado no Código de Hamurabi e em textos de Nuzi e Ninrude, a autoridade sobre os filhos resultantes desta união era da esposa legítima, e não da esposa-escrava (Introdução: Autor).

    * 16.3 dez anos. Ver 12.4.

    *

    16.4 desprezada. Esta palavra hebraica é traduzida como “amaldiçoar” em 12.3 (12.3, nota; conforme Pv 30:23). Porque tratou a Sara com desdenho, Hagar foi alienada da família da bênção.

    * 16:5

    Seja sobre ti a minha afronta. Sara joga a responsabilidade da situação sobre Abraão. Só ele tem a autoridade judicial para mudar esta situação, e até então ele não havia agido para proteger seu casamento.

    Julgue o SENHOR. Ela apela para uma corte maior (31.53; Êx 5:21; 1Sm 24:12, 15).

    * 16.6 segundo melhor te parecer. De acordo com o Código de Hamurabi a esposa desprezada não poderia vender a sua serva, mas poderia marcá-la com a marca de escrava e contá-la como tal.

    humilhou-a… fugiu. O obstinado Ismael é o filho intratável de uma mãe que preferiu a liberdade no deserto a submeter-se ao jugo de sua ama (v. 9).

    * 16.7 Anjo do SENHOR. A identidade deste anjo do Senhor é discutível. Alguns dizem que, embora o “anjo do SENHOR” possa algumas vezes ser distinto de Deus (p.ex., 21.17; 2Sm 24:16; 2Rs 19:35), em outras passagens o anjo do Senhor parece ser uma teofania, uma manifestação visual do próprio Deus (p.ex., 18:1-33; 22:11-18; 32:24-30; Êx 3:2-6). Outros, entretanto, observam que “anjo” significa “mensageiro”. Eles sustentam que assim como os mensageiros seculares são inteiramente equiparados com aqueles que os enviam (Jz 11:13; 2Sm 3:12, 13; 1Rs 20:2-4), da mesma forma, o anjo de Deus é identificado com ele (ver também Gn 21:17; 31:11; Êx 14:9; 23:20; 32:34).

    Sur. O nome significa “parede”, uma referência às fortificações fronteiriças dos egípcios. Hagar aparentemente fugiu na direção de sua casa no Egito (conforme v. 1).

    * 16.8 donde. Ver notas em 3.9 e 11.5.

    *

    16.10 Multiplicarei… tua descendência. Abraão é o pai de muitos descendentes, tanto eleitos (13.16, nota) quanto não eleitos. Não são apenas os filhos naturais que herdam a promessa (Rm 9:8). Até mesmo a descendência física de Abraão pode perseguir os filhos da promessa (21.9; Gl 4:29, 30).

    * 16.12 contra todos. A conduta feroz e agressiva dos ismaelitas resultará em um legado de conflito.

    * 16.13 Tu és Deus que vê. Este nome divino não aparece em nenhum outro lugar. Ele expressa o significado profundo para Hagar da revelação graciosa de Deus a ela. Mesmo quando ela estava perdida no deserto, Deus a viu e se revelou a ela.

    * 16:14

    está... Berede. Hoje, a localização é incerta.

    *

    16.15 um filho. A genealogia aparece em 25:12-18.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    16.1-3 Sarai deu a seu sirva Agar ao Abrão como esposa substituta, uma prática comum nesse tempo. Uma mulher casada que não pudesse ter filhos era envergonhada por seus semelhantes e freqüentemente lhe pedia que desse uma sirva a seu marido para poder produzir herdeiros. Os meninos nascidos da sirva eram considerados filhos da esposa. Abrão estava atuando de acordo com o costume desses dias. Mas esta ação era uma falta de fé na promessa de Deus.

    16:3 Sarai tomou o assunto em suas próprias mãos ao lhe dar ao Agar ao Abrão. Como Abrão, custava-lhe acreditar na promessa de Deus. Desta falta de fé sobreveio uma série de problemas. Isto acontece invariavelmente quando queremos ocupar o lugar de Deus em um assunto, e tratamos de fazer que uma de suas promessas se faça realidade por meio de esforços que não vão de acordo com as instruções específicas de Deus. Neste caso, o tempo foi a maior prova da disposição do Abrão e Sarai para permitir que Deus suprisse suas necessidades. Também, em ocasiões tudo o que temos que fazer é simplesmente esperar. Quando pedimos a Deus algo, e é claro que temos que esperar, aumenta a tentação de fazer algo por nossa conta e interferir nos planos de Deus.

    16:5 em que pese a que Sarai foi a que planejou que Agar tivesse um filho do Abrão, logo culpou ao Abrão pelas conseqüências. Muitas vezes é mais fácil culpar a alguém de nossas frustrações que reconhecer nosso engano e pedir perdão. (Adão e Eva fizeram o mesmo em 3.12, 13.)

    16:6 Sarai descarregou sua ira contra Agar. O trato foi tão cruel que provocou que Agar fugisse. A ira especialmente quando surge de nossos próprios enguiços, pode ser perigosa.

    16:8 Agar estava fugindo de sua ama e de seu problema. O anjo do Senhor lhe aconselhou: (1) que retornasse e enfrentasse ao Sarai, a causa de seu problema, e (2) que se sujeitasse a ela. Isto incluía a necessidade de retificar sua atitude para o Sarai, embora estivesse justificada. O fugir de nossos problemas muito estranha vez resolve. É sábio retornar a nossos problemas, enfrentá-los, aceitar a promessa de ajuda de Deus, corrigir nossas atitudes e atuar como devemos.

    16:13 observamos a três pessoas cometer enganos graves: (1) Sarai, que tomou o assunto em suas próprias mãos e deu uma sirva ao Abrão; (2) Abrão, que levou a cabo o plano mas que, quando as coisas começaram a partir mau, negou-se a participar da resolução do problema; e (3) Agar, que fugiu do problema. Apesar desta caótica situação, Deus demonstrou que sempre pode fazer que as coisas ajudem a bem (Rm 8:28). Sarai e Abrão mesmo assim receberam o filho que tão desesperadamente desejavam, e Deus resolveu o problema do Agar apesar da negativa do Abrão a meter-se na solução do problema. Nenhum problema é muito complicado para Deus se a gente estiver disposto a lhe permitir que o ajude.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    b. A Segunda Presunção-Ismael (16: 1-16)

    1 Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos nua, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar. 2 E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor tem me impedido de gerar; entrar, peço-te, à minha serva: pode ser que eu tenha filhos por ela. E ouviu Abrão a voz de Sarai. 3 E Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar a egípcia, sua serva, depois de Abrão ter habitado dez anos na terra de Canaã, e deu-lhe a Abrão seu marido para ser sua esposa. 4 E ele conheceu a Agar, e ela concebeu; e quando ela viu que ela havia concebido, foi sua senhora desprezada aos seus olhos. 5 E disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti: Eu dei a minha serva em teu regaço; . e quando ela viu que ela havia concebido, eu fui desprezada aos seus olhos: juiz Jeová entre mim e ti 6 E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; fazer com ela o que é bom aos teus olhos. E Sarai maltratou-a, e ela fugiu de sua face.

    7 E o anjo do SENHOR a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur. 8 E disse: Agar, serva de Sarai, de onde tu sério? e para onde vais? E ela disse: eu estou fugindo da face de Sarai, minha senhora. 9 E o anjo do Senhor lhe disse: te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas Mc 10:1 E o anjo do Senhor lhe disse: eu quero muito multiplicarei a tua descendência, que não será contada, por numerosa. 11 E o anjo do Senhor disse-lhe: Eis que estás com a criança, e tu terás um filho; e tu porás o nome de Ismael, porque o Senhor ouviu a tua aflição. 12 E ele será como um jumento selvagem entre os homens; a sua mão será contra todos, ea mão de todos contra ele; . e habite defronte todos os seus irmãos 13 E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és um Deus que vê; pois disse: Não tenho eu mesmo aqui cuidava dele que me vê? 14 Pelo que o bem foi chamado Beer-Laai-Roi; eis que é entre Cades e Bered.

    15 E Agar deu um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome de seu filho, que Agar, Ismael. 16 E era Abrão oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael.

    Assim como o ponto alto da chamada e resposta de Abrão tinha sido seguido pelo ponto mais baixo de sua fuga presuntivo para o Egito e conduta desonrosa, enquanto lá, apenas para que o ponto alto da visão de que a aliança foi seguido por um outro ponto baixo da presunção. Era costume entre os povos da Mesopotâmia para a esposa estéril para abastecer o marido com uma escrava como concubina. Se a escrava concebeu, deu à luz a criança nos joelhos de sua senhora ea criança foi encarado como pertencentes ao amante e como o herdeiro do pai (conforme 30: 3-13 ). Assim, depois de habitavam em Canaã dez anos e Sarai ainda não tinham tido filhos, ela sugeriu a Abrão que ele levá-la escrava egípcia, Agar, como uma esposa secundária para que Sarai poderia ter filhos com ela. Abrão concordou. Mas quando Hagar concebeu, desprezou sua patroa. Sarai a Abrão reclamou, foi dito que Hagar era dela alienar o que quisesse, e lidou com ela de forma tão severa que ela fugiu para o deserto. Lá, o anjo do Senhor a encontrou em um oásis, prometeu-lhe um filho a ser conhecido como Ismael ("Deus ouve"), previu a sua vida difícil no deserto, e instruiu-a a voltar e submeter-se a Sarai. Ela ficou tão impressionado com a experiência que ela chamou Jeová El roi , "Deus de ver", o que levou à nomeação do poço de Beer-Laai-Roi , "O bem do Vivente que me vê." Ela voltou para Sarai e deu Ismael quando Abrão tinha 86 anos de idade.

    É possível que Abrão e Sarai adquiriu esta serva egípcia, juntamente com os outros presentes pelo faraó quando ele tomou Sarai para seu harém (Gn 12:16 ). Se assim for, a uma presunção preparou o caminho para o outro. Em todo o caso, o método de auto-concebidos de Sarai de cumprir seus desejos naturais para crianças e promessa de um grande número de descendentes de Deus levou apenas a problemas. Ela colheu a safra primeiro na atitude de Hagar e mais tarde em zombaria de Ismael de Isaque (21: 9 ). O fruto amargo continuou por muito tempo depois da morte de Sarai quando os ismaelitas guerreou contra o povo escolhido. A lição é clara que nunca é sábio para tentar acelerar os processos de providência divina. O tempo de Deus é perfeito. Para nós, para mexer com ele só vai levar a tragédia.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
  • O teste da aliança (Gn 16)
  • Deus fizera a aliança e a cumpriría. Tudo que Abraão e Sara precisavam fazer era esperar pela fé (He 6:12). Infelizmente, o espírito deseja isso, mas a carne é fraca! No capítulo an-terior, Abraão escutou a Deus e exer-citou a fé, mas aqui ele escutou sua esposa e revelou sua incredulidade. Ele deixou de caminhar no Espírito e começou a fazê-lo na carne. Vi-mos que "fé é viver sem esquemas", mas, nesse momento, os dois tenta-ram ajudar Deus a cumprir seus pla-nos. Isso explica por que Deus teve de esperar até que estivessem velhos para dar-lhes o filho. Eles tinham de morrer para si mesmos a fim de que ele pudesse trabalhar (Gl 5:16-48).

    No versículo 2, Sara culpa Deus por sua esterilidade e sugere que ele não é bom para eles (veja 3:1-6). Ela vira-se para o mundo em busca de ajuda — para Agar, a egíp-cia —, mas todo o esquema fracas-sa. Agora, surgem as obras da carne (Gl 5:16-48).

    Deus não reconhece o casa-mento. Ele chama Agar de "serva de Sara" (v. 8). Essa é a primeira men-ção ao Anjo do Senhor no Antigo Testamento, e ele não é ninguém mais além de Cristo. Deus cuida de Agar, a instrui para que se submeta a Sara e promete que seu filho, Is-mael, será um grande homem, mas "como um jumento selvagem". "Is-mael" significa "Deus ouvirá" (veja v. 11).

    Quando Isaque, filho de Sara, entra na família, não há mais es-paço para Ismael, e ele é expulso (21:9ss). No fim, Ismael teve doze filhos (Ge 25:13-15), e, durante sécu-los, seus descendentes são inimi-gos dos judeus. Gl 4:21-48 ensina que Sara representa a Nova Aliança, e Agar, a Antiga Alian-ça. Agar era escrava, e a Antiga Aliança escravizava as pessoas (At 15:10); Sara era uma mulher livre, e Cristo nos libertou (Gl 5:1 ss). Is-mael nascera da carne e não podia ser controlado. Da mesma forma, a Lei apela à carne, mas não pode mudá-la nem controlá-la. Isaque era filho do Espírito, o filho da pro-messa (Gl 4:23), que desfrutava de liberdade.

    Não perca a lição prática des-sa passagem: sempre há problema quando passamos à frente de Deus. A carne adora ajudar a Deus, mas demonstramos a verdadeira fé na paciência (Is 28:16). Não podemos misturar fé e carne, lei e graça, pro-messa e auto-realização.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    16.2 A substância da fé possuída por Abraão e por Sara era deficiente, não em relação à promessa, mas em relação ao método pelo qual ela se cumpriria (Calvino). O comportamento de Sara estava errado, mas tinha precedentes no Código de Amurabe e nos tabletes de argila descobertos em Nuzi. Em ambas estas fontes vemos que os contratos de casamento estabeleciam a obrigação de prover-se uma serva para o marido, caso a mulher não chegasse a dar-lhe filhos. O resultado foi o aparecimento da discórdia no lar (4-6) e, através de séculos, na política do Médio Oriente, mediante a descendência de Ismael.
    16.7 O caminho de Sur se refere à uma muralha ou a fortificações existentes ao longo da fronteira oriental do Egito contra forças estrangeiras vindas de, ou através da Palestina.

    16.11 Ismael (Deus ouve). Todos os árabes que aceitam a doutrina maometana alegam descender de Ismael.

    • N. Hom. 16.13 O amor de Deus, ao deparar Agar em momento tão doloroso (7) e o apelo para que ela voltasse e se submetesse a Sara (9),.prepara o caminho para a promessa de bênção (10). Tais experiências conduziram-na:
    1) À compreensão da presença divina, "Tu és Deus que vê”, (13);
    2) A ereção de um memorial relativo à promessa de Deus, pois ela deu à nascente de água o nome de "fonte daquele que vive e me vê", isto é, a fonte daquele que preserva a vida (conforme Jo 4:14); e
    3) A obediência para com a Vontade Divina. Agar voltou a Sara.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    e) O nascimento de Ismael (16:1-15)

    Apesar da promessa Dt 15:4, a esterilidade de Sarai continuou, e, dez anos depois de sua chegada a Canaã, Abrão ainda não tinha filhos (lss). Ele já havia explorado uma possibilidade para providenciar um herdeiro (v. comentário em 15.2,3); agora Sarai tomou a iniciativa, adotando ainda mais uma prática comum da época. Sobreviveram cópias de documentos em que a esposa se obrigava a providenciar um herdeiro, entregando, se necessário, uma escrava a seu marido. Gomo Speiser destacou, uma situação legal (“tão complexa quanto autêntica”) é aqui apresentada ao leitor, e está claro que nenhuma das três partes envolvidas é completamente inocente no desenvolvimento dos eventos. “Além de todas as minúcias legais”, diz Speiser, “há as emoções emaranhadas das personagens nesse drama”. Aliás, a história é um testemunho eloqüente da frieza da lei e das regras sociais e também do prejuízo psicológico que uniões polígamas tão facilmente causam.

    No entanto, esse não é o ponto central da história; e é incerto que G1 4.23 nos dê fundamentos suficientes para fazermos juízos morais acerca das ações de Abrão. (Os dois filhos nasceram, falando de maneira literal, “da carne”; mas Ismael foi gerado apenas “como todas as crianças são geradas”, como diz a NTLH, ao passo que Isaque “foi gerado por causa da promessa de Deus”.) Depois de tudo, Abrão não foi repreendido por fazer de Eliézer o seu herdeiro (temporário); e em lugar algum Abrão é censurado por gerar Ismael, que nos propósitos de Deus deveria ser abençoado e se tornar pai de uma grande nação (conforme 17.20). O ponto está, antes, no prolongamento do teste da fé do patriarca Abrão e na absoluta soberania da escolha de Deus, que poderia ter recaído sobre Ismael — mas não foi o caso.

    O desprezo de Hagar por sua senhora (v. 4) conduziu ao tratamento igualmente errado e severo que Sarai deu à escrava, enquanto Abrão se esquivou de tomar uma decisão (v.

    6). Seguiu-se a fuga de Hagar em direção à sua pátria (v. 6,7), mas ela foi interceptada pelo Anjo do Senhor, que falou como representante pessoal de Deus (conforme v. 13). O incidente lhe forneceu o nome para o seu futuro filho; o nome Ismael significa “Deus ouve” (v. 11). Não podemos deixar de perceber o suspense e o efeito dramático da narrativa, que no capítulo todo praticamente não faz alusão alguma à possibilidade de que Ismael não se torne herdeiro de Abrão. Aliás, a promessa no v. 10 aponta no sentido exatamente oposto. No entanto, a descrição de Ismael no v. 12 parece inapropriada para o “filho da promessa”. A metáfora do jumento selvagem pode em parte sugerir nobreza e coragem, mas a impressão geral é de um espírito obstinado e independente, que vive em hostilidade contra todos os seus irmãos (ou parentes).

    O incidente também forneceu o nome de um poço, que celebrou o fato de que Deus “viu” tão bem quanto “ouviu” (v. 13,14). O texto hebraico desses dois versículos não está totalmente isento de dificuldades, mas há concordância geral em que o sentido da declaração de Hagar é o que a NVI registra. O nome do poço é corretamente identificado na nota de rodapé da NVI: “poço daquele que vive e me vê”. Assim, a passagem associa as idéias gêmeas de Deus ver e ser visto (conforme 22.14).

    O cuidado de Deus por Hagar a conduziu de volta à casa de Abrão, e o patriarca reconheceu devidamente o seu filho e lhe deu um nome (v. 15). E assim não se tocou na questão por 13 anos (v. 16, conforme 17.1).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

    II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

    Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 9 até o 12

    9-12. As palavras confortadoras do "anjo" a Hagar foram que ela deveria voltar para enfrentar a difícil situação da qual fugira, assumir o seu pesado fardo e aguardar o cumprimento do plano divino e aguardar o dia quando seu filho, Ismael, se tornasse o chefe de uma tribo importante. Ismael (Deus ouve) seria um "jumento selvagem", forte e atrevido, com disposição feroz. Viveria selvagem e livre, no deserto, sem amigos ou seguidores. seus descendentes foram destinados a formarem uma enorme horda de beduínos, selvagens, livres, traiçoeiros, temerários, errantes pelas vastidões do deserto.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    Gn 16:1

    3. O NASCIMENTO DE ISMAEL (Gn 16:1-16). Uma serva egípcia, cujo nome era Hagar (1). Seu nome significa "fugitiva" e talvez saliente o fato de haver fugido de sua ex-senhora, no Egito. No episódio que segue, é importante observar-se que a iniciativa foi assumida não por Abrão, mas por Sarai. Segundo as estritas leis da monogamia (Gn 2:24), a conduta de Abrão e Sarai não era permissível, mas um antecedente para essa espécie de arranjo foi descoberto nas leis em vigor no tempo de Abrão. Terei filhos dela (2). Lit. "serei edificada por ela". Foi sua senhora desprezada aos seus olhos (4). Isso deve significar que, de algum modo, Hagar tirou vantagem da posição que Sarai lhe tinha permitido tomar, e desconsiderou o fato que continuava sendo serva de Sarai. Mas, sem razão alguma, Sarai colocou a culpa de sua infelicidade doméstica sobre Abrão (5). Tua serva está na tua mão (6). De acordo com o costume (ver, por exemplo, a provisão do código do Hamurabi) Abrão não podia fazer outra coisa senão permitir que Sarai agisse à vontade. Afligiu-a (6). Sem dúvida Sarai a rebaixou para que não fosse mais "mulher" (3) de Abrão, e reduziu-a à sua posição anterior (ver versículo 9). Ela fugiu (6). De conformidade com seu nome.

    >Gn 16:7

    O anjo do Senhor (7). Esta é a primeira ocorrência, nas Escrituras, da aparição desse misterioso mensageiro (anjo). Visto que em diversas porções Ele é evidentemente identificado com Jeová, levanta-se uma série de questões. Seria Ele apenas um dos anjos criados? Mas esse anjo fala na primeira pessoa, alternadamente com Jeová. Seria Ele uma direta teofania? Mas isso não faria justiça à distinção que é feita entre Jeová e esse anjo. Seria Ele uma autodistinção de Jeová? Isso seria considerar a revelação por meio desse anjo como uma real distinção na natureza de Deus, tal qual se encontra na doutrina neo-testamentária do "Logos" ou do "Filho". Enquanto evitarmos ler os ensinos do Novo Testamento nas concepções do Antigo Testamento, estaremos justificados, à luz do Novo Testamento, de ver aqui alguma indicação e reconhecimento de uma riqueza no seio da unidade da Deidade. Mas, contando com a revelação de Deus em Cristo, podemos considerar aquele anjo como a Segunda Pessoa da Santa Trindade. Desejando-se um estudo maior sobre essa notável revelação do Antigo Testamento, ver Gn 32:30; Êx 3:2; Êx 14:19; Êx 23:20; Js 5:13-6; Jz 13:22; Is 63:9; e comparar essas também com a narrativa em Gn 18. Torna-te... humilha-te debaixo (9). Esses são os passos para a restauração da paz e da alegria em todos os tempos. Uma bênção foi concedida a Hagar (10) e uma promessa foi feita referente a seu filho. O nome Ismael significa "Deus ouvirá", e o caráter dele seria a de um "homem bravo" (jumento selvagem-12). O jumento selvagem dos desertos da Arábia era uma nobre criatura (ver 39:5-18), e assim serviu de ótimo símbolo para representar a livre vida nômade dos árabes. Habitará diante da face de todos os seus irmãos (12). Isso significa que ele manteria sua independência, continuando a existir como raça livre na presença mesma dos outros povos abraãmicos. Tu és Deus da vista (13). Essa frase representa o hebraico "Tu és El Roi", que significa "Deus de Visão". Isso quer dizer não tanto um Deus que vê, mas um Deus "que permite ser visto". O comentário de Hagar é uma frase hebraica igualmente difícil de ser traduzida, e possivelmente significa: "Vi a Deus e sobrevivi?" Poço de Laai-Roi (14). Palavra por palavra, esse nome pode ser traduzido como: "poço/do vivo/que vê", que mais livremente significa: "poço da continuação de vida depois de Deus ser visto". O fato de um homem ter a permissão de ver a Deus e continuar vivo era sinal de favor especial. Note-se as palavras de Manoá: "Certamente morreremos, porque temos visto a Deus" (Jz 13:22), e conf. Gn 32:30; Êx 3:6.


    Dicionário

    Anjo

    substantivo masculino Religião Ser puramente espiritual que, segundo algumas religiões, transmite mensagens espirituais às pessoas na Terra, especialmente aquelas enviadas por Deus.
    [Artes] Modo de representação desse ser através da arte.
    Figurado Criança muito tranquila, calma, serena.
    Figurado Pessoa dotada de uma qualidade eminente, que se destaca em relação aos demais por suas boas características.
    Etimologia (origem da palavra anjo). A palavra anjo deriva do grego "ággelos"; pelo latim tardio "angelus, i", com o sentido de "mensageiro de Deus".

    Mensageiro. Anjos, na qualidade de assistentes de Deus, mensageiros da Sua vontade, é doutrina que corre por toda a Bíblia. l. A sua natureza. Pouco se acha dito sobre isto. os anjos geralmente aparecem na figura de homens (Gn 18 – At 1:10), e algumas vezes revestidos de glória (Dn 10:5-6 e Lc 24:4). os serafins de isaías (6.2), e os querubins de Ezequiel (1.6), têm asas: assim também Gabriel (Dn 9:21), e o anjo do Apocalipse (14.6). Em Hb 1:14 são eles espíritos ministradores (cp.com Mc 12:25). 2. As suas funções. Primitivamente eram mensageiros de Deus para em Seu nome dirigir os homens, guiá-los, guardá-los, fortalecê-los, avisá-los, censurá-los e puni-los. *veja as narrações de Gn 18:19-22,28,32 – Jz 2:6-13 – 2 Sm 24.16,17 – 2 Rs 19.35: e cp.com Sl 34:7-35.5,6 e 91.11. Nas mais antigas referências o anjo do Senhor não se acha bem distinto do próprio SENHoR. É Ele quem fala (Gn 22:16Êx 3:2-16Jz 13:18-22). Há, também, a idéia de uma grande multidão de anjos (Gn 28:12 – 32.2), que num pensamento posterior são representados como o exército de Deus, a Sua corte e conselho (Sl 103:20-21 – 89.7 – is 6:2-5, etc. – cp.com Lc 2:13Mt 26:53Lc 12:8-9Hb 12:22Ap 5:11, etc.). Eles são guardas, não só de indivíduos mas de nações (Êx 23:20Dn 10:13-20): cada igreja cristã tem o seu ‘anjo’, representando a presença divina e o poder de Deus na igreja – é ele garantia divina da vitalidade e eficácia da igreja (*veja Ap 2:1-8). Uma expressão de Jesus Cristo parece apoiar a crença de que cada pessoa tem no céu o seu anjo da guarda, e de que o cuidado das crianças está a cargo dos mais elevados seres entre os ministros de Deus (Mt 18:10 – cp.com Lc 1:19). Em conformidade com tudo isto é que os anjos servem a Jesus (Mc 1:13Lc 22:43), manifestam interesse pelo decoro nas reuniões da igreja 1Co 11:10), e pela salvação dos homens (Lc 16:10 – 1 Pe 1,12) – tiveram parte na grandiosa revelação do Sinai (At
    v. 53 – Gl 3:19Hb 2:2), e executarão o Juízo final (Mt 13:41). São de diferente ordem. Dois são especialmente mencionados: Miguel, um dos principais príncipes angélicos (Dn 10:13), ‘o arcanjo’ (Jd 9), e Gabriel (Dn 8:16Lc 1:19). Nos livros apócrifos outros nomes aparecem, especialmente Rafael e Uriel. Há, também, referências a estes seres celestiais em Ef 1:21Cl 1:16 – 2.16 – e na epístola aos Colossenses condena-se de modo especial a idéia de interpô-los entre Deus e o homem, tirando assim a Jesus a honra de único Mediador, que lhe pertence (Cl 1:14-20, 2.18, etc.). Algumas passagens (Jd 6 – 2 Pe 2,4) referem-se misteriosamente a anjos caídos – e em Ap 12:9 Satanás tem o seu exército de anjos.

    Anjo Mensageiro de Deus (1Rs 19:5-7). Os anjos são espíritos que servem a Deus e ajudam os salvos (Hc 1:14). Foram criados santos, mas alguns se revoltaram contra Deus (Jd 6; 2Pe 2:4). Em algumas passagens bíblicas Deus e o Anjo do SENHOR (de Javé) são a mesma pessoa (Gn 16:7-13; 22:11-18; Ex 3:2-22; Jz 6:11-24). V. TEOFANIA.

    Anjo Palavra derivada do grego “ággelos” (mensageiro), que na Septuaginta traduz o hebreu “malaj”. Com essa missão de mensageiros divinos é que aparecem principalmente nos evangelhos (Mt 11:10; Mc 1:2; Lc 7:24-27; 9,52). Somente em situações excepcionais são mencionados por um nome (Lc 1:19.26). Estão relacionados à missão de Jesus (Mt 4:11; Mc 1:13; Lc 22:43; Jo 1:51) e à sua parusia (Mt 13:39.41.49; 16,27; 24,31; 25,31). Presentes na corte celestial (Lc 12:8ss.; 16,22), alegram-se com a conversão dos pecadores (Lc 15:10) e cuidam das crianças (Mt 18:10). Seu estado de vida permite compreender qual será a condição futura dos que se salvam (Mt 22:30; Mc 12:25; Lc 20:36). Os evangelhos indicam também a existência do Diabo, um anjo decaído ao qual seguiram outros anjos, como um ser pessoal e real que governa os reinos deste mundo (Lc 4:5-7) e o mundo em geral. Jesus deu a seus discípulos a autoridade para derrotá-lo (Lc 10:19-20) e, no fim dos tempos, tanto ele como seus sequazes serão vencidos (Mt 25:41) e confinados no fogo eterno.

    A. Cohen, o. c.; f. J. Murphy, The Religious...; ERE IV, pp. 578, 584, 594-601; C. Vidal Manzanares, Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...


    Debaixo

    advérbio Que se encontra numa posição inferior (menos elevada) a (algo ou alguém): numa mesa, prefiro colocar as cadeiras debaixo.
    Por Extensão Num estado inferior; em condição decadente: a depressão deixou-se um pouco debaixo.
    Debaixo de. Em situações inferiores; sob: coloquei meus livros debaixo da mesa.
    Gramática Não confundir o advérbio "debaixo" com a locução adverbial "de baixo": o escritório fica no andar de baixo.
    Etimologia (origem da palavra debaixo). De + baixo.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Humilhar

    verbo transitivo direto Rebaixar alguém colocando essa pessoa em situações humilhantes, vexatórias; vexar: humilhou os funcionários diante do chefe.
    Tratar desdenhosamente, com soberba: humilhar os menos favorecidos.
    Buscar desqualificar alguém atacando seus valores morais: ninguém tinha razão para a humilhar.
    verbo bitransitivo e pronominal Tornar humilde; demonstrar obediência, respeito, submissão em relação a algo ou alguém; humildar-se: os desgostos da vida humilharam-no; humilhou-se com a falência.
    verbo intransitivo Ter um caráter humilhante; ser capaz de degradar, de rebaixar alguém: a fome atrelada à miséria humilha.
    Etimologia (origem da palavra humilhar). Do latim humiliare.

    A palavra humilhar vem do latim humiliare, que significa rebaixar.

    Humilhar
    1) Rebaixar (Is 2:17; Fp 2:8).


    2) Oprimir (Sl 107:39, RA).


    Mãos

    substantivo feminino plural Membros superiores do corpo humano que vai dos punhos até à extremidade dos dedos: o ser humano tem duas mãos com cinco dedos cada uma.
    [Zoologia] Extremidade dos membros superiores de alguns animais; patas.
    Figurado Em que há posse, domínio, poder, autoridade: o poder sempre está nas mãos de irresponsáveis.
    Etimologia (origem da palavra mãos). Plural de mão, do latim manu, "mão".

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Senhora

    substantivo feminino Tratamento cortês, dispensado a uma mulher casada e, em geral, a qualquer mulher de certa condição social, com alguma idade ou idosa.
    Mulher casada em relação ao seu esposo; esposa.
    Aquela que é dona de alguma coisa; proprietária.
    Mulher poderosa, que exerce sua influência e poder.
    Proprietária da casa; patroa.
    Por Extensão Mulher sobre a qual nada se sabe ou não se quer dizer: foi uma senhora quem roubou a loja.
    História Aquela que era casada com um senhor feudal.
    adjetivo Definido pela excelência, grandeza, perfeição: comprou uma senhora mansão!
    Etimologia (origem da palavra senhora). Feminino de senhor.

    senhora s. f. 1. Tratamento que se dá por cortesia às damas. 2. A esposa em relação ao marido. 3. A dona-de-casa. 4. Mulher com autoridade sobre certas pessoas ou coisas. 5. Dona de qualquer coisa, ou que tem domínio sobre essa coisa; proprietária, possuidora. 6. A Virgem Maria.

    Torna

    substantivo feminino O que se dá a mais, ou de volta, para igualar o valor do objeto que é alvo de troca: venda de imóvel com recebimento de torna.
    [Jurídico] Compensação que o herdeiro mais favorecido dá aos co-herdeiros para igualar à partilha da herança.
    Regresso ao lugar de onde saiu; retorna: o bom filho a casa torna.
    Mudança ou passagem de um estado ou condição para outro(a): assim o texto se torna muito irônico; a prova não torna o acusado inocente.
    Etimologia (origem da palavra torna). Forma Regressiva de tornar.

    torna s. f. 1. Aquilo que, além do objeto que se troca por outro, se dá para igualar o valor deste; volta. 2. dir. Compensação que um co-herdeiro, mais favorecido, dá a co-herdeiros, para igualar os quinhões.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 16: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Volta à tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos."">Então lhe disse o Anjo do SENHOR: "Volta à tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos."
    Gênesis 16: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1404
    gᵉbereth
    גְּבֶרֶת
    senhora, rainha
    (her mistress)
    Substantivo
    H3027
    yâd
    יָד
    a mão dele
    (his hand)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4397
    mălʼâk
    מֲלְאָךְ
    o anjo
    (the angel)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H6031
    ʻânâh
    עָנָה
    (Qal) estar ocupado, estar atarefado com
    (and they shall afflict)
    Verbo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo
    H8478
    tachath
    תַּחַת
    a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde,
    ([were] under)
    Substantivo


    גְּבֶרֶת


    (H1404)
    gᵉbereth (gheb-eh'-reth)

    01404 גברת g eberetĥ

    procedente de 1376; DITAT - 310e; n f

    1. senhora, rainha
    2. senhora (de servos)

    יָד


    (H3027)
    yâd (yawd)

    03027 יד yad

    uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

    1. mão
      1. mão (referindo-se ao homem)
      2. força, poder (fig.)
      3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
      4. (vários sentidos especiais e técnicos)
        1. sinal, monumento
        2. parte, fração, porção
        3. tempo, repetição
        4. eixo
        5. escora, apoio (para bacia)
        6. encaixes (no tabernáculo)
        7. um pênis, uma mão (significado incerto)
        8. pulsos

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מֲלְאָךְ


    (H4397)
    mălʼâk (mal-awk')

    04397 מלאך mal’ak

    procedente de uma raiz não utilizada significando despachar como um representante; DITAT - 1068a; n m

    1. mensageiro, representante
      1. mensageiro
      2. anjo
      3. o anjo teofânico

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עָנָה


    (H6031)
    ʻânâh (aw-naw')

    06031 ענה ̀anah

    uma raiz primitiva [possivelmente melhor identificada com 6030 pela idéia de menosprezar ou intimidar]; DITAT - 1651,1652; v.

    1. (Qal) estar ocupado, estar atarefado com
    2. afligir, oprimir, humilhar, ser oprimido, ser curvado
      1. (Qal)
        1. ser abaixado, tornar-se baixo
        2. ser rebaixado, estar abatido
        3. ser afligido
        4. inclinar-se
      2. (Nifal)
        1. humilhar-se, curvar
        2. ser afligido, ser humilhado
      3. (Piel)
        1. humilhar, maltratar, afligir
        2. humilhar, ser humilhado
        3. afligir
        4. humilhar, enfraquecer-se
      4. (Pual)
        1. ser afligido
        2. ser humilhado
      5. (Hifil) afligir
      6. (Hitpael)
        1. humilhar-se
        2. ser afligido

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta

    תַּחַת


    (H8478)
    tachath (takh'-ath)

    08478 תחת tachath

    procedente da mesma raiz que 8430; DITAT - 2504; n. m.

    1. a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde, conquanto n. m.
      1. a parte de baixo adv. acus.
      2. abaixo prep.
      3. sob, debaixo de
        1. ao pé de (expressão idiomática)
        2. suavidade, submissão, mulher, ser oprimido (fig.)
        3. referindo-se à submissão ou conquista
      4. o que está debaixo, o lugar onde alguém está parado
        1. em lugar de alguém, o lugar onde alguém está parado (expressão idiomática com pronome reflexivo)
        2. em lugar de, em vez de (em sentido de transferência)
        3. em lugar de, em troca ou pagamento por (referindo-se a coisas trocadas uma pela outra) conj.
      5. em vez de, em vez disso
      6. em pagamento por isso, por causa disso em compostos
      7. em, sob, para o lugar de (depois de verbos de movimento)
      8. de sob, de debaixo de, de sob a mão de, de seu lugar, sob, debaixo