Enciclopédia de Gênesis 9:22-22
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Gematria
- Mapas Históricos
- Evidências da conquista de Canaã
- A geografia de Canaã
- As condições climáticas de Canaã
- A Agricultura de Canaã
- PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA
- HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
- Apêndices
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Dicionário
- Strongs
Perícope
gn 9: 22
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber, fora, a seus dois irmãos. |
ARC | E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez de seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos fora. |
TB | Cam, pai de Canaã, viu a nudez de seu pai e contou a seus dois irmãos que estavam fora. |
HSB | וַיַּ֗רְא חָ֚ם אֲבִ֣י כְנַ֔עַן אֵ֖ת עֶרְוַ֣ת אָבִ֑יו וַיַּגֵּ֥ד לִשְׁנֵֽי־ אֶחָ֖יו בַּחֽוּץ׃ |
BKJ | E Cam, o pai de Canaã, viu a nudez de seu pai, e contou a seus dois irmãos que estavam fora. |
LTT | E Cão, o pai de Canaã, viu a nudez do seu pai, e declarou isto a ambos seus irmãos no lado de fora. |
BJ2 | Cam, pai de Canaã, |
VULG | Quod cum vidisset Cham, pater Chanaan, verenda scilicet patris sui esse nudata, nuntiavit duobus fratribus suis foras. |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 9:22
Referências Cruzadas
Gênesis 9:25 | E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. |
Gênesis 10:6 | E os filhos de Cam são: Cuxe, e Mizraim, e Pute, e Canaã. |
Gênesis 10:15 | E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, |
II Samuel 1:19 | Ah! Ornamento de Israel! Nos teus altos, fui ferido; como caíram os valentes! |
I Crônicas 1:8 | Os filhos de Cam: Cuxe, e Mizraim, e Pute e Canaã. |
I Crônicas 1:13 | E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, |
Salmos 35:20 | Pois não falam de paz; antes, projetam enganar os quietos da terra. |
Salmos 40:15 | Confundidos sejam em troca da sua afronta os que me dizem: Ah! Ah! |
Salmos 70:3 | Voltem as costas cobertos de vergonha os que dizem: Ah! Ah! |
Provérbios 25:9 | Pleiteia a tua causa com o teu próximo mesmo e não descubras o segredo de outro; |
Provérbios 30:17 | Os olhos que zombam do pai ou desprezam a obediência da mãe, corvos do ribeiro os arrancarão, e os pintãos da águia os comerão. |
Obadias 1:12 | Mas tu não devias olhar para o dia de teu irmão, no dia do seu desterro; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia; |
Mateus 18:15 | |
I Coríntios 13:6 | não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; |
Gálatas 6:1 | Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. |
Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.
Gematria
Dois (2)
A natureza dualística existente no cosmo. O positivo e negativo, o bem e o mal, céus e terra, anoite e o dia, ..., Etc. É a pluralidade das criaturas existentes no mundo, isto é, as coisas tangíveis; a matéria.
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
Evidências da conquista de Canaã
Ao consideramos o êxodo, vimos que este pode se datado de 1446 a.C.ou de c. 1270 a.C. Isto resulta em duas datas diferentes para a conquista israelita sob o comando de Josué que, levando em conta o período de aproximadamente quarenta anos de jornada pelo deserto, se deu por volta de 1407 a.C.ou c. 1230 a.C. No tocante à arqueologia da Palestina, a primeira data corresponde à Idade Recente do Bronze I (c. 1450-1400 a.C.) e a segunda ao período conhecido como Idade Recente do Bronze II (c. 1300-1200 a.C.). Por certo, os israelitas já se encontravam na terra em 1209 .C., quando o faraó Merenptah encontrou um povo chamado Israel em Canaá,
JERICÓ: UM LOCAL IMPORTANTE
Quando o arqueólogo inglès John Garstang realizou escavações em Jericó (Tell es-Sultan) entre 1930 e 1936, encontrando evidências de que uma cidade inteira havia sido destruída pelo fogo' e parte de suas muralhas havia ruído durante um terremoto, parecia haver indicações conclusivas em favor da data mais antiga, ou seja, c. 1400 a.C.No entanto, ao retomar as escavações em Jerico entre 1952 e 1958, a arqueóloga inglesa Kathleen Kenyon mostrou que a datação feita por Garstang das muralhas da Cidade IV de Jerico (a cidade da Média Idade do Bronze) de c. 1400 a.C. devia ser corrigida para c. 1550 .C. Em termos históricos, essa destruição deve ser associada à guerra de retaliação dos egípcios contra os hicsos que haviam sido expulsos do local, e não ao exército de Josué. As tentativas de baixar essa data de 1550 a.C. para c. 1400 a.C. não foram amplamente aceitas. Não há como negar que são escassas as evidências arqueológicas da conquista de Jericó pelos israelitas, quer em c. 1400 a.C (Idade Recente do Bronze I), quer em c. 1230 (Idade Recente do Bronze II). De acordo com alguns estudiosos, caso tenha restado algo da cidade depois do ataque de Josué, OS vestígios foram apagados pela erosão subseqüente. Sem dúvida, grande parte da Jericó da Média Idade do Bronze destruída pelo fogo em c. 1550 .C. foi removida pela erosão. Quanto às muralhas, sabemos que a casa de Raabe fazia parte das mesmas. Assim, é possível que as fortificações formassem um círculo contínuo de edifícios ao redor da cidade, e não uma muralha típica. Uma analogia fornecida pelo rei egípcio Tutmósis 3 (1479-1425 a.C.) pode vir ao caso. Tutmósis realizou dezoito campanhas militares na Síria-Palestina e, no entanto, poucas cidades atacadas por ele apresentam níveis de destruição correspondentes. O rei do Egito descreve Megido como uma cidade fortificada a qual ele sitiou durante sete meses. No entanto, nenhum vestígio de uma muralha pôde ser encontrado no nível da Idade Recente do Bronze IA dessa cidade.
A IDENTIFICAÇÃO CORRETA DOS LOCAIS
Josué 12:9-24 apresenta uma lista de 3I reis derrotados. Isto não significa, necessariamente, que o exército de Josué triunfou sobre todos esses reis em suas próprias cidades. O rei de Gezer foi derrotado em Laquis, para onde subiu a fim de ajudar o monarca dessa cidade." Também não devemos pressupor que todas as 31 cidades foram destruídas, apesar do extermínio dos habitantes das cidades tomadas ser uma prática comum. De todos os locais mencionados, o exército de Josué pôs fogo apenas em Jericó, Ai e Hazor.f A localização de cerca de dez destas cidades não pode ser definida com precisão. Talvez o caso mais expressivo seja o de Ai. A identificação tradicional com et-Tell se baseia no fato dos nomes "Ai" e et-Tell significarem "ruína". Dos locais identificáveis restates, quatro (Geder, Adulão, Tapua e Hefer) não foram escavados.
AS CIDADES DE CANAÃ CONSIDERADAS COMO UM TODO
A fim de resolver o problema, é preciso considerar evidências de todas as cidades de Canaã, e não apenas de Jericó. É possível relacionar os locais que ram habitados e foram destruídos em uma ou ambas as datas sugeridas. No entanto, convém observar que nenhum local foi inteiramente escavado. Em vários casos, foram realizadas escavações em apenas cerca de 5% do nível relevante, como no caso de Gibeão. Nos casos em que existem sinais claros de destruição, não há provas conclusivas de que foi provocada pelos israelitas. Em relação à data de c. 1400 (Idade Recente do Bronze I), há evidências de assentamentos em oito dos locais identificados com certeza, a saber, Jerusalém, Gezer, Afeca, Hazor, Sinrom, Taanaque, Megido e Jocneão. No entanto, pode-se comprovar a destruição de apenas dois desses locais: Hazor (Tell el- Qadeh) e Megido (Tell el-Mutesellim). Para a data de c. 1230 a.C. (Idade Recente do Bronze II, há evidências de assentamentos em quatorze dos - locais identificados com certeza, a saber, Jerusalém, Jarmute, Laquis, Eglom. Gezer, Debir, Libna, Betel, Afeca, Hazor, Sinrom, Acsafe, Megido e Jocneão. Pode-se comprovar a destruição em seis cidades: Laquis, Gezer, Betel, Afeca, Hazor e Jocneão. Assim, apesar da data de c. 1230 a.C. (Idade Recente do Bronze II) apresentar mais evidências, a correspondência não é abrangente.
A TRANSJORDÂNIA
Anida não foi encontrada na Transjordânia nenhuma cidade fortificada datada desses dois períodos. No caso de Hesbom, a identificação tradicional com Tell Hesban pode ser equivocada Duas cidades vizinhas, Tell el-Jalul e Tell el-Umeiri podem ser candidatas mais adequadas, pois apresentam vestígios de ocupação na 1dade Recente do Bronze.
EM RETROSPECTO
Uma vez que os israelitas reocuparam as cidades depois de sua conquista rápida, esses locais não foram destruídos. Apesar de ser recém-chegado em Canaã, o povo de Israel não trouxe consigo, necessariamente, uma bagagem cultural distinta e, portanto, as cidades ocupadas pelos israelitas podem não apresentar descontinuidade em relação aos habitantes anteriores. Um panorama arqueológico da conquista de Josué como um todo evolve a interpretação de evidências de um grande número de sítios arqueológicos apenas parcialmente escavados e, por vezes, não identificados de forma conclusiva. Assim, é compressível que as conclusões sejam extremamente variadas e talvez não haja como chegar a um consenso.
A geografia de Canaã
NOMES DA REGIÃOA terra prometida a veste do lordão era chamada de Canaã, o nome do filho de Cam, filho de Noé! Antes da conquista israelita, os habitantes dessa terra eram chamados de cananeus. O primeiro registro desse nome aparece numa inscrição de Idrimi, rei de Alalakh (Atçana), no sudeste da Turquia, datada da metade do século XV a.C. "Terra de Israel'", uma expressão usada no Antigo Testamento e pela qual o profeta Ezequiel demonstra grande preferencia, se tornou uma designação politizada demais para ser aceita universalmente no dia de hoje como referência geral à terra em si. A exemplo de Canaã, o termo '"Palestina", que ironicamente é derivado dos inimigos tradicionais de Israel, os filisteus, e era o nome da província romana, é usado com frequência para designar o território entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo. Neste Atlas, usamos o nome Palestina com esta última conotação que não deve, portanto, ser interpretada com um sentido político moderno. Termos como "Israel" e "Judá" são usados para denotar os Estados que surgiram na região. A expressão "terra santa" ocorre apenas duas vezes no Antigo Testamento.
As PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Duas cadeias de montanhas se estendem em paralelo à costa do Mediterrâneo, separadas pelo vale do Jordão. Assim, a terra pode ser dividida, de oeste a leste, em cinco partes:
1. A planície costeira.
2. Os montes da região oeste.
3. O vale do Jordão.
4. Os montes da região leste, na Transjordânia.
5. O deserto da região leste.
Na verdade, essa divisão esquemática é um pouco mais complexa. No sul de Gaza, junto ao mar Mediterrâneo e Berseba, estendendo-se até o mar Morto, há uma região de estepe incultivável chamada Neguebe. Da planície costeira se eleva a cadeia rochosa do Carmelo, uma ramificação dos montes da região oeste. Do lado leste do Carmelo, a planície costeira continua em direção ao interior. Essa região é chamada, por vezes, de vale de Esdraclom ou planície de Megido. Além da linha divisora de águas, o vale de Jezreel se une ao vale do Jordão, separando os montes do oeste em duas partes. Outra região discernível é o Sefelá, um conjunto de colinas entre a planície costeira e os montes de Judá.
1. A planície costeira da Palestina que em vários períodos não ficou sob o controle de Israel, carece de portos naturais, tornado compreensível a inexperiência de Israel em empreendimentos marítimos.
2. Os montes da região oeste se elevam até 1.200 m no norte da Galiléia e 1.115 m perto de Betel. Os montes Tabor (587 m), Gilboa (496 m), Ebal (939 m), Gerizim (881 m) e das Oliveiras (816 m) fazem parte dessa cadera.
3. O vale do Jordão é a depressão mais profunda da superfície da terra, constituindo parte do vale do Rift (também chamado de "Grande Fossa Africana") que se estende para o sul junto ao mar Vermelho e chega até o leste da África. O vale do Jordão possui três lagos.
a) O lago Hulé (atualmente drenado) fica 70 m acima do nível do mar.
b) O lago da Galiléia, também chamado de mar de Quincrete (harpa), lago de Genesaré e mar de Tiberíades, fica 210 m abaixo do nível do mar. Tem 20 km_ de comprimento e 13 km de largura máxima. cobrindo uma área total de 170 km?. Sua profundidade máxima é de 48 m. Ao sul do lago da Galileia, o rio Jordão serpenteia pelo vale em meio a uma vegetação densa, constituída principalmente de tamargueiras e espinheiros, na qual, em outros tempos, era possível encontrar leões.
c) O mar Morto também chamado de mar Salgado, mar do Oriente e mar da Arabá, fica 403 abaixo du nivel do mar Éupontomais baixo da terra e chega a 433 m de profundidade. Tem 75 km de comprimento e 16 km de largura máxima.. A concentração de sal do mar Morto é de 25%, enquanto a do oceano Atlântico é de 6%. Ao sul do mar Morto estende-se o vale de Arabá que atinge uma altura de 230 m acima do nível do mar antes de voltar a descer para o golfo de Ácaba. O monte mais alto da cadeia da região leste é o Hermom (2.814 m), cujo pico coberto de neve pode ser visto a mais de 100 km de distância. Deus permitiu que Moisés avistasse a terra prometida do monte Nebo (835 m).
Não há nenhum limite natural claro entre os montes da região leste da Transjordânia e o deserto a oeste, de onde vinham as tribos saqueadoras como os amalequitas e midianitas.
RECURSOS NATURAIS
O planalto central e a Galiléia são constituídos, em sua maior parte, de calcário, fornecendo aos israelitas um tipo de pedra adequado para a construção. O cobre era extraído de minas em Timna, na Arabá, e depois fundido para produzir bronze no vale do Jordão, entre Sucote e Zaretá. As margens do mar Morto forneciam um suprimento inesgotável de sal. A "Cidade do Sal" mencionada em Josué 15.62 talvez corresponda a Qumran, local no extremo norte do mar Morto que, posteriormente, abrigou a seita dos essênios.
TERREMOTOS E ATIVIDADE GEOTÉRMICA
De tempos em tempos, ocorrem movimentos na crosta terrestre da região da Palestina. Os terremotos podem ter ajudado o exército de Josué a atravessar o Jordão e tomar Jerico. O grande terremoto do tempo do rei Uzias de Judá ainda era lembrado quase dois séculos e meio depois de sua ocorrência.* No momento em que Jesus morreu, a terra tremeu e as rochas se fenderam,5 A mesquita de Al-Aqsa, construída sobre o monte do Templo em Jerusalém, foi danificada por vários terremotos ao longo da história. O último abalo sísmico mais sério ocorreu em 1927. Além disso, vulcões do sudeste do golfo de Ácaba ainda se encontravam ativos nos séculos 8 e XIII. Evidências de atividade geotérmica podem ser observadas nas fontes termais próximas a En- Gedi, do lado oeste e em Zara (Callirhoe) do lado Jeste do mar Morto. Aná, o edomita, parece ter descoberto algumas fontes termais no deserto a leste do lordão.
UMA TERRA BOA
A terra de Canaã é apresentada, com freqüência, como uma terra boa e desejável: 'porque o Senhor, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas: terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás o cobre" (Dt
Descrição do processo de mineração na antiguidade
"Na verdade, a prata tem suas minas, e o ouro, que se refina, o seu lugar. O ferro tira-se da terra, e da pedra se funde o cobre. Os homens põem termo à escuridão e até aos últimos confins procuram as pedras ocultas nas trevas e na densa escuridade. Abrem entrada para minas longe da habitação dos homens, esquecidos dos transeuntes; e, assim, longe deles, dependurados, oscilam de um lado para outro." Jo
As condições climáticas de Canaã
CHUVANo tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.
O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.
SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt
A Agricultura de Canaã
A VEGETAÇÃO NATURALA. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt
O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).
CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os
A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex
Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18
PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA
Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn
CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt
PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.
ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn
HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
HIDROLOGIANão é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm
- pastores (1Sm
17: Rs 22.17; SI 23.1; IS40-1 13: .11: Ir 31.10: Ez20-40 34: : Am2 3: : Zc12 10: : Jo2 10: : Hb11 13: Pe 5.4):20-1 - ovelhas/cordeiros/bodes (Ex
12: ; Is3-5 7: Sm 8.17; 16.19; 2Sm24-1 7: ; Ne8 3: ; SI 44. 11: Is1 13: : Ir 506: 7c 137. M+ 12.11; 25.32,33; Jo14 1: ; 21.15,16; At29-36 8: ; Ap32 5: .22):12-21 - lobos (Is
11: .25; Mt6-65 7: ): e15 - rebanhos (Jz
5: Sm 17.34; Jó 24.2; Ct16-1 4: ; Is1 40: ; Jr11 6: .23; Ez3-51 34: ; Sf2.14; 1Pe12 5: ).2
Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:
- poços (Gn
21: :18-22; Jr19-26 6: :6-26);• cisternas (2Cr7-4 26: ; Is10 36: );16 - nascentes (Jr
9: ; Zc1 13: ):1 - fontes (Gn
16: ; Jz7 7: ; Pv1 5: ); água como instrumento de comunicação de uma verdade espiritual (Is15-16 12: ; Ap3-4 22: ); e17 - água como símbolo de bênção (Nm
24: ; Is6-7 41: ; 44.3,5), alegria (Is 35), deleite (SI 1:1-3) e até mesmo perfeição escatológica (Is17-20 43: ; Jr19-21 31: ; Ez10-14 47: ; Zc1-12 8: .8; Ap12-14 22: ). Em contrapartida, a ausência de água logo resultava numa terra árida e ressequida (SI 63.1; 143.6). As imagens geradas eram especialmente eloquentes: rios que ficaram secos (Ez1-2 30: ; Na 1.4);12 - água envenenada (Jr
23: );15 - nuvens sem água (Pv
25: ; Jd 12);14 - fontes que se tornaram pó (SI 107.33);
- fontes ressecadas (Os
13: );15 - nascentes secas (Jr
51: );36 - nascentes poluídas (Pv
25: );26 - cisternas vazias (Gn
37: ; cp. 1Sm24 13: ; Jr6 41: );9 - cisternas rompidas (Ir 2.13).
Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Apêndices
Conquista da Terra Prometida
Informações no mapa
GRANDE MAR, MAR OCIDENTAL
Lebo-Hamate
Gebal
SIDÔNIOS
Sídon
Cadeia do Líbano
HITITAS
Baal-Gade
Mte. Hermom
Damasco
HEVEUS
ARAMEUS
Mispá
Dã, Laís, Lesém
Tiro
Misrefote-Maim
Águas de Merom
MAACÁ
Basã
Argobe
Hazor
GESUR
Aco
Acsafe
GIRGASEUS
Mte. Carmelo
Madom
Mar de Quinerete
Astarote
Lassarom
Sinrom
Jocneão
Dor
Megido
Quedes
Taanaque
Rio Jordão
Arabá
Edrei
Caminho de Basã
AMORREUS (OGUE)
Héfer
HEVEUS
Tirza
Mte. Ebal
Mte. Gerizim
Siquém
Vale do Jaboque
AMOM
Adão
Afeque
PERIZEUS
Tapua
Gileade
Jázer
Rabá
Betel
Ai
Gilgal
Gibeão
Jericó
Sitim
Aijalom
Hesbom
Medeba
Maquedá
Jarmute
Jerusalém
JEBUSEUS
Mar Salgado,
Mar do Arabá
AMORREUS (SIOM)
Quedemote
Aroer
Vale do Arnom
MOABE
Estrada Real
Gaza
FILÍSTIA
Eglom
Libna
Laquis
Hebrom
Debir
Anabe
AMORREUS
Berseba
Gósen
Arade
Vale de Zerede
AMALEQUITAS
QUENEUS
Subida de Acrabim
Neguebe
Mte. Halaque
Torrente do Egito
Hazar-Adar, Adar
Cades, Cades-Barneia
EDOM, SEIR
Arabá
Deserto da Arábia
Informações no mapa
Campanhas militares
Canaã
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
CANAÃ
Atualmente: ISRAELDesde os tempos remotos a Palestina foi chamada de terra de Canaã e seus habitantes de cananeus. Quando Abrão chegou em Canaã por volta do ano 2000 a.C., era mais um semita que vinha somar-se à população camita da terra de Canaã. A região era ocupada por diversas tribos conhecidas sob o nome geral de cananeus (Gênesis
Local prometido por Deus a Abraão, também conhecido como Terra Santa.
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
Tendo esclarecido o papel inigualável do homem sobre a terra, Deus passa a dar mais destaque à sua relação especial com o homem estabelecendo um concerto (9) com Noé e seus descendentes. A ênfase deste concerto estava na misericórdia e não na puni-ção — misericórdia estendida a todas as criaturas. O fato de um arco... na nuvem (13) ser o sinal peculiar deste concerto não significa que antes não houvesse arco-íris. Sua estreita associação com a chuva parece ter sido seu valor primário como sinal do concerto de Deus de que um dilúvio universal não aconteceria novamente. A questão é tão impor-tante que é reiterada seis vezes nos versículos
As nuanças teológicas das experiências de Noé relacionadas ao dilúvio estão implíci-tas, mas são claras. A origem da dificuldade acha-se na rebelião do homem contra Deus, sua imaginação e propensão ao mal. Deus não tolera o pecado além de certa medida. Há um ponto terminal que resulta em julgamento para o homem, mas não sem dor para Deus (6.6). Deus deu o primeiro passo na preparação do julgamento provendo a subsis-tência dos que vivem obedientemente na sua presença. Os outros foram julgados porque excluíram Deus de suas vidas. As experiências de Noé descrevem Deus como Senhor completo de todas as forças naturais, algumas das quais Ele usa como ferramentas para julgamento ou salvação. A preocupação de Deus no meio do julgamento é salientada na declaração de que Ele se lembrou daqueles que estavam na arca. Por mais perigosa que lhes fosse a situação, eles nunca estavam ausentes dos pensamentos de Deus. Quando o perigo passou, o Senhor comprovou sua preocupação entrando em relação de concerto pessoal com o homem e criatura, fazendo livremente promessas de misericórdias futu-ras. A relação de Deus com o homem não estava na natureza de um complexo de forças naturais chamado deuses e deusas caracterizados por capricho e pirraça. Ele é o Deus-Criador que exige retidão e pune a corrupção. Seus procedimentos com o homem são profundamente pessoais.
2. Desintegração Espiritual (9:18-11,26)
A despeito das lições do dilúvio, os homens não foram totalmente verdadeiros a Deus.
a) Leviandade na família de Noé (9:18-29). Noé era lavrador da terra, como fora Caim. Cuidar de plantas se tornou sua grande paixão e entre elas estava a videira. Esta é a primeira vez que a produção de vinho é aludida na Bíblia, e é significativo que esteja ligada com uma situação de desgraça.
Noé pode ter sido inocente, não conhecendo o efeito que a fermentação causa no suco de uva nem o efeito que o vinho fermentado exerce no cérebro humano. Isto não impediu que a vergonha entrasse no círculo familiar. Perdendo os sentidos, Noé tirou a roupa e se deitou nu. A nudez era detestada pelos primitivos povos semíticos, sobretudo pelos hebreus que a associavam com a libertinagem sexual (cf. Lv
Um dos filhos de Noé, Cam (22), entrou na tenda. Vendo o pai, ele não o ajudou, mas irreverentemente desdenhou a seus irmãos a condição de Noé. Os outros dois filhos imediatamente cobriram a nudez do seu pai (23), entrando na tenda discre-tamente, de costas.
Recuperando os sentidos, Noé ficou sabendo do que aconteceu e falou com seus fi-lhos. Ele deixou Cam sem bênção e concentrou sua reprimenda em Canaã, cujos descen-dentes historicamente se tornaram um povo marcado por moralidades sórdidas e princi-pal fonte de corrupção para os israelitas. A adoração cananéia de Baal desceu às mais baixas profundezas da degradação moral. Embora os cananeus obtivessem certo poder, como os fenícios, pelo tráfico marítimo no Mediterrâneo, eles nunca conseguiram se tor-nar grande nação. Quase sempre foram dominados por outros povos.
A bênção colocada em Sem (26) tem forte tônica religiosa, e esta linhagem dos des-cendentes de Noé teve papel importante na transmissão da mensagem de redenção para o mundo. A mais proeminente destas nações foi Israel, a quem foi dada a revelação de Deus preservada na Bíblia. Particularmente no tempo de Davi e Salomão, Israel regeu sobre os cananeus, usando-os na construção do primeiro templo em Jerusalém.
A benção dada a Jafé (27) envolvia um jogo de palavras, pois o nome significa "que aumenta". A linhagem de Jafé se multiplicou e desempenhou um papel superior como portadores de poder político por meio dos persas, gregos e romanos. Evangelizado por Paulo e outros, de todos os povos este foi o mais receptivo ao cristianismo e, assim, veio a habitar nas tendas de Sem (27). Fatos poucos significativos ocorreram nos últimos dias de Noé. Como aqueles que o antecederam, ele morreu (29).
Champlin
Últimos Dias de Noé; Agricultor e Cultivador da Uva (Gn
Noé... passou a plantar uma vinha, Noé tornou-se agricultor, mas princípalmente viticultor. Algumas traduções dizem aqui lavrador do solo". Foi por causa desse trabalho que acabou ocorrendo sua grande queda, ou seja, ele abusou de seu mister, embora tal ocupação, per si mesma, fosse legítima. O texto parece indicar que Noé foi o primeiro homem a cultivar a vinha. Jesus usou essa profissão a fim de ilustrar a comunidade divina, em contraste com os que estão fora dessa comunidade. Ver o décimo quinto capítulo de João. Naquela metáfora, o próprio Jesus aparece como a vinha, ao passo que o Pai é o viticultor (a mesma profissão de Noé). Noé, ao escolher esse trabalho, cumpnu a profecia de Lameque que supunha que, em seu filho, Noé, eles haveríam de estabelecer-se, revertendo assim o nomadismo prevalente na época. Lameque é retratado como o originador desse tipo de vida. Mas outros pensam que o nome “Noé” significa “aquele que traz a paz”, porquanto através dele veio o juízo divino que conferiu paz mediante a eliminação do mal. Ver as notas sobre Gn
Antigos escritores judeus creditaram a Noé a invenção de novos instrumentos agrícolas (Zohar, apud Hottinger, Smegma Oriental, par. 253), mas quanto a isso não há informações precisas. Esses autores também deram detalhes igualmente incertos, como a idéia de que suas videiras não ficavam longe do monte Ararate, pois ali mesmo ele começara a cultivar o solo. Estrabão informa-nos de que na Armênia não se cultivava a vinha. No entanto, no século XIX e hoje em dia há grandes áreas cobertas de videiras na Armênia. Contudo, é impossível localizarmos que área poderia estar em foco, e nem a questão reveste-se de importância.
Embriagou-se. Noé era um homem justo e perfeito, e que andava com Deus (ver as notas sobre Gn
“O mesmo indivíduo que se mostra magnificente quanto às suas atividades públicas, pode cair em ignomínia, em sua vida particular, Sansão era invencível contra os filisteus, mas não tinha defesas contra Dalila. Antônio tinha um império nas mãos, mas perdeu-o devido aos ardis de Cleópatra’ (Cuthbert A. Simpson, in toe.).
O homem que era poderoso na obra do Senhor, sempre obediente, justo e perfeito, agora jazia sobre seu leito, embriagado e desnudo. Ele havia podido controlar todas as suas situações, mas havia uma falha em seu domínio próprio. Ademais, o sucesso não serve de garantia contra as falhas e as quedas pessoais.
O alcoolismo é uma das maiores maldições do mundo, afetando cerca de vinte por cento da humanidade. Seus efeitos são muito piores que os de outras drogas, pois o álcool não passa de uma droga. Certa produção teatral, intitulada Pastos 5erdejantes, ilustra de modo singular as tentações próprias do alcoolismo, e, embora não acompanhe de perto a história de Noé, mesmo assim é instrutiva. Ali, Noé aparece a pedir ao Senhor que lhe permita tirar da arca alguma bebida alcoólica, de fato, dois barriletes. Mas por que dois? Porque queria pô-los cada um ao lado do bote, para conferir-lhe um melhor equilíbrio. Mas teve permissão de tirar apenas um barrilete, que pôs no meio do bote. E ali estava o barrilete, tentando Noé e seus filhos, por estar ao alcance fácil deles. Bebidas alcoólicas são guardadas no refrigerador, sujeitando os membros de uma família a uma constante tentação. Outrossim, isso ensina às crianças que é correto dispor de alguma bebida alcoólica e ficar provando de vez em quando um trago. Isso, por si só, indica alcoólatras em treinamento. As pessoas costumam dizer que são fortes e exercerão moderação, mas uma coisa que as pessoas não são é fortes. Ver no Dicionário o artigo intitulado Alcoolismo.
E se pôs nu, Há muila vergonha refletida nessas palavras. O homem justo jazia ali, bêbado e despido. Todo pecado nos desnuda e nos expõe ao ridículo. Ellicott revela que o original hebraico é enfático aqui: “descobriu-se a si mesmo”, e isso por uma “quebra voluntária da modéstia”. Adam Clarke, entretanto, procurou desculpar a Noé, afirmando que nunca antes tinha sido produzido o vinho, e que, assim sendo, Noé foi tomado de surpresa. Uma bela desculpa, mas não muito provável. Naturalmente, é verdade que, algumas vezes, o pecado nos toma fora de guarda, ou por sermos ignorantes, ou porque há algum ponto vulnerável, quando nos mostramos mentalmente lerdos.
Cão... fê-lo saber... a seus dois irmãos. O texto não subentende a idéia de homossexualidade. Antes, Cão achou graça na situação, e apressou-se para compartilhar da piada. Na antiga sociedade hebraica, ver a nudez de pai ou mãe era considerado uma calamidade social muito séria, e um filho ou filha ver tal nudez propositadamente era um lapso sério da moralidade filial. Portanto, Cão errou gravemenle, de acordo com os padrões de sua época. E não somente errou pessoalmente, mas também correu até seus irmãos, fazendo do incidente um motivo de riso. Sua estupidez interior, pois, não tardou a manifestar-se sob a forma de um ato estúpido. Como é óbvio, o problema começou com o lapso de Noé; mas o dever filial ditava que um filho deveria tentar reparar a falha, e não promovê-la. Mas os outros dois filhos de Noé procuraram corrigir a situação (vs. Gn
O vinho era usado para animar o coração (Jz
Cão. pai de Canaã. A maldição caiu sobre Canaã (vs. Gn
Tomaram uma capa. Sem e Jafé evitaram cuidadosamenle cair no mesmo erro de Cão, tomando uma capa e entrando de costas na tenda de Noé, de rosto virado, para que não vissem a nudez de seu pai Conseguiram seu intento e cobriram a nudez de seu pai. Dessa forma, cumpriram seu dever filial, observando as normas da decência, conforme eles e sua sociedade compreendiam a questão, O contraste da atitude deles com a atitude de Cão foi violenta e, assim como os descendentes de Canaã sofreriam castigo, os descendentes de Sem e de Jafé seriam abençoados. O pecado fizera descer o nível de decência a um ponto perigoso. Mas aqueles dois filhos de Noé preservaram a santidade da família, até onde lhes foi possível remediá-la.
Capa. Provavelmente a capa externa e solta, que era grande o bastante para envolver o corpo inteiro de uma pessoa.
Noe... soube o que lhe fizera o filho mais moço. Só podemos supor que alguém mais tarde tenha contado a Noé o acontecido. Aqui a imaginação dos homens corre solta. Alguns pensam que ele notou que havia sido violentado! Ou notou que havia sido castrado! Ou soube que Cão havia violentado sua própria mãe, ao saber que seu pai jazia na lenda embriagado! As palavras mais moço, nessa declaração, significam literalmente “o pequeno", mas trata-se de um termo usado para indicar alguém mais jovem que outrem, segundo se vê em Gn
Maldito seja Canaã. O texto sagrado não esclarece por que Noé amaldiçoou Canaã, e não o próprio Cão. Já expus várias conjecturas a esse respeito. Mas podemos ter certeza de que, quando um filho é amaldiçoado, seu pai também é devidamente amaldiçoado. Talvez tudo quanto esteja envolvido aqui era que a maldição de Cão deveria expressar-se na linhagem de Canaã, e não através de qualquer outra linhagem da qual ele também foi o progenitor,
Na antiga cultura dos hebreus, as maldições e as bênçãos lançadas por pai ou mãe eram levadas muito a sério, e todos esperavam que elas se cumprissem. Era importante um homem receber a bênção de seu próprio pai, sobretudo quando este estivesse em seu leito de morte. E era vital evitar a maldição do próprio pai. Pois o pai, sumo sacerdote de sua família, tinha poderes que permitiam pôr em ação coisas boas ou coisas más, que afetariam não somente seus filhos diretos, mas também os descendentes destes.
Dentro do contexto histórico, essas palavras têm por intuito explicar o sucesso de Israel na subjugação dos cananeus, além de emprestar autoridade divina a essa conquista. Aquela linhagem havia sido amaldiçoada por causa de impiedade filial.
De acordo com as explicações ditadas pelo racismo, há a fantástica explicação que diz que Cão tornou-se um negro, e que os descendentes de Cão são os africanos de tez negra. E isso explicaria sua lenta marcha para a civilização, bem como todo o tráfico negreiro!
O Preconceito Racial. Como é evidente, essa forma de preconceito faz parte inerente do texto. Uma longa história de ódio foi assim posta em movimento, que atuava em ambos os sentidos: Israel contra Canaã, e Canaã contra Israel, Os homens sempre podem encontrar algum texto de prova que justifique o seu ódio. O ódio teológico é a mais virulenta das malquerenças. É triste ver que a Bíblia parece valer-se disso. As pessoas odeiam diferenças. Para a mente preconcebida, diferente é sinônimo de errado. Todos nós, em algum sentido, somos afligidos por essa forma de doença. A mente humana vive receosa do que é estranho, e aqueles que têm pensamentos e crenças diferentes tornam-se estrangeiros em meio à sua própria gente. Os preconceitos, de natureza racial ou outra, sempre tornam-se piores quando também envolvem a questão religiosa. A partir daí, as pessoas começam a fazer campanhas de ódio, como se assim estivessem servindo a Deus. Não obstante, os prisioneiros da mente são, na verdade, prisioneiros, e são dignos de lástima, como qualquer outro prisioneiro. Algumas das mais importantes personagens religiosas do mundo têm odiado, perseguido e até mesmo assassinado seus opositores, e isso tem acontecido até mesmo em círculos protestantes, e não apenas em círculos católicos. Ver no Dicionário o artigo intitulado Intolerância.
Seja servo dos servos. Os mais abjetos escravos, explorados e espezinhados. Alguns estudiosos têm sugerido aqui uma explicação metafórica. Quando examinamos as páginas da história, parece que tal maldição não atuou, a não ser no caso da conquista de Canaã. Talvez o texto sagrado queira dizer que aquela gente tornou-se escrava dos idoios, ou seja, escravos espirituais, decadentes e corruptos. “A religião dos cananeus silenciava todos os melhores sentimentos da natureza humana, degradando a mente dos homens mediante uma superstição ao mesmo tempo cruel e devassa" (Cruezer, in loc.).
A Linhagem de Sem Foi Abençoada por Causa de Deus. Abraão, e também o Messias, nasceríam dentro dessa linhagem, fazendo contraste com os im-pios cananeus. Israel conquistaria Canaã. Surgiría em cena uma nova nação que seria o veículo da mensagem espiritual. A Bíblia traça uma linha divisória precisa entre a espiritualidade e a iniquidade, a primeira própria de Sem, e a outra própria de Canaã.
O que parecera ser um incidente trivial para Cão, até mesmo um motivo de piadas, tivera as consequências mais sérias. Jamais deveriamos brincar com o pecado. A disposição de Cão, diante daquilo que, provavelmente, lhe parecera ser um ato inconsequente, produziu para ele os frutos mais amargos. Israel matou trinta reis cananeus, capturou suas cidades e fez dos gibeonitas lenhadores e puxadores de água, reduzindo-os à servidão. Que atividades horrendas! tudo parte da maldição. Os críticos sentem-se abismados diante da mentalidade que atribui tudo isso a Deus. Mas os defensores da idéia de maldição vêem a justiça divina no episódio.
Engrandeça Deus a Jafé. Jafé tinha agido retamente no tocante a seu pai, e assim seu pai também lhe foi benigno. Engrandeça, neste caso, subentende conquistas territoriais. Os comentadores indicam a Europa, a Ásia Menor, a Média, a Ibéria, a Albânia, a índia e parte da Armênia como terras que foram concedidas aos descendentes de Jafé. Alguns chegam a incluir aí o continente americano , por causa das migrações de tantos europeus para ali! Além disso, espiritualmente falando, em consonância com alguns estudiosos, temos a propagação fácil do evangelho nessas terras, o que aponta para uma bênção espiritual especial, que acompanha outras vantagens.
Habite ele nas tendas de Sem. Uma referência obscura que tem sido variegadamente interpretada. Em certo sentido, Sem (que indui a linhagem judaica) é que habita nas tendas de Jafé, porquanto o povo de Israel tem sido disperso entre as nações gentílicas, mormente as da Europa. Em um sentido religioso, porém, a bênção de Sem foi estendida a Jafé, por meio do cristianismo, e os judeus são agora abençoados por meio da Igreja. Ou então, Jafé habita (como participante) na tenda de Sem, porquanto alicerça seu processo histórico espiritu-ai (o cnstianismo) sobre o judaismo. Talvez tudo quanto o texto pretenda dizer é que Sem e Jafé teriam intercomunicação racial, compartilhando, por assim dizer, da habitação uns dos outros. “Isso significa que os jafetitas conviveríam com os semitas de acordo com condições amigáveis, e não que os jafetitas desapossariam os semitas de seus territórios” (Allen P. Ross, in loc.), opinião essa que, provavelmente, está com a razão.
Canaã, porém, sofreria diante da opressão causada pelos jafetitas, e não somente pelos semitas, conforme a porção concludente do versículo deixa claro.
A Propagação dos Jafetitas. Adam Clarke fez um interessante comentário sobre a Inglaterra, um daqueles lugares onde os descendentes de Jafé têm sido abençoados e têm prosperado:
“.. .as ilhas britânicas, que dentre todas as nações debaixo do céu têm a mais pura luz da revelação divina, bem como os melhores meios de difundi-la, têm-se empenhado muito mais em propagar suas conquistas e aumentar o seu comércio do que em anunciar o evangelho do Filho de Deus. Mas essa nação, ao traduzir a Bíblia para todos os idiomas vivos, enviando-a, então, a todas as partes do globo habitado, e mediante suas várias sociedades missionárias... está redimindo rapidamente o seu caráter, tomando-se grande em bondade e benevolência sobre a terra inteira!” Podemos tolerar o marcante nacionalismo de Clarke, pois há alguma verdade em seu comentário. Naturalmente, o maior poder missionário da atualidade são os Estados Unidos da América do Norte, nação filha da Inglaterra.
Novecentos e cinquenta anos. Apesar de sua mui longa idade, o período de vida dos seres humanos estava decaindo rapidamente. Sem só viveu até os seiscentos anos; Pelegue, até os duzentos e trinta e nove anos. Noé viveu vinte anos mais do que Adão, e só perdeu para Metusalém por dezenove anos. Ele viveu o bastante para ver o novo mundo totalmente corrompido, revertendo essencialmente a razão para o dilúvio. A violência retornou como se nunca tivesse estado ausente. Alguns estudiosos calculam que ele tenha vivido até trinta e dois anos antes do nascimento de Abraão, e alguns antigos intérpretes judeus supunham que ele tivesse vivido até Abraão chegar aos seus cinquenta e oito anos de idade. Noé continuou a procriar provavelmente tendo gerado muitos filhos, considerando os anos que lhe restaram para isso.
E morreu. Chegou o seu tempo. Ver as notas sobre Gn
Genebra
9.1 Abençoou. A terceira vez que Deus abençoa os seres humanos (1.28; 5,2) e os ordena a ser frutíferos (1.28; 8.17). As bênçãos de Deus para Noé, de ser fecundo e dominar, se constituem o ato culminante de Deus na renovação da criação (8.1, nota).
* 9.2 medo de vós. A referência ao “medo” sublinha as mudanças com relação a situação antes da Queda, quando o homem era vegetariano (v. 3, nota). Agora o domínio humano sobre a criação inclui a exploração do reino animal para alimentação.
* 9.3 Tudo o que se move… tudo. A dieta humana é expandida e agora inclui carne (1.29, nota), embora o consumo de carne de animais já mortos (Lv
* 9.4 sangue, não comereis. Esta lei representa a conexão simbólica entre o sangue e a vida, um conceito também básico ao sistema sacrificial (Lv
*
9.5 requererei… requererei... requererei. O uso tríplice do mesmo verbo no hebraico sublinha o seguinte princípio — a vida humana criada à imagem de Deus é tão valiosa (v. 6) que Deus exige como compensação nada menos do que a vida do assassino. Em última análise, o Senhor é o Vindicador da vida (Sl
de todo animal. Ver Êx
* 9.6 pelo homem. Ver v. 5; 4.16 e notas. A capacitação dos seres humanos por Deus com esta autoridade judicial mostra que estes permanecem diante de Deus como dominadores (1.26), e lança fundamentos para o governo pelo estado (13
imagem. Ainda que distorcida pelo pecado, a imagem de Deus continua no homem (1.26 e nota; 8.21). Isto explica por que o sangue homicida, em contraste com o sangue animal, precisa ser compensado. Ver “A Imagem de Deus”, índice.
* 9.9 estabeleço a minha aliança. Ver notas em 6:9-22; 8.20—9.17. A promessa de Deus de preservar a terra (8.20-22) é agora confirmada com uma aliança (conforme 12:1-3; cap. 15). Em 6.18 o relacionamento pactual era exclusivamente com Noé (6.18, nota); agora é estendido aos seus descendentes e a toda criação (v.12). Ver “A Aliança da Graça de Deus”, índice.
Em um certo sentido, Deus mediou sua misericórdia através de Noé para a criação, e mais tarde através de Moisés para Israel. Logo, Noé e Moisés são tipos subordinados do verdadeiro mediador que virá, Jesus Cristo (Hb
* 9.12 sinal. As alianças bíblicas são usualmente confirmadas por símbolos visuais; estes incluem a circuncisão na aliança com Abraão (17.11), o sábado com Moisés (Êx
*
9.15 lembrarei. Ver 8.1 e nota.
* 9:16
eterna. Ver nota em 8.22.
* 9.18-29. Esta seção de transição liga a aliança com Noé com a lista de nações no cap. 10 ao dar enfoque aos três filhos de Noé (Introdução: Características e temas).
* 9.21 Bebendo do vinho. As Escrituras vêem o vinho favoravelmente (Nm
embriagou-se. Assim como Adão, o cabeça original da raça humana, pecou no comer (3.6), Noé, o cabeça da raça depois do dilúvio, pecou no beber. Os marcantes paralelos entre Adão e Noé (8.1, nota), e o contraste entre o piedoso Noé antes do dilúvio (6.8,
9) e o pecador bêbado depois do mesmo, dirigem o leitor a Deus, e não ao homem, para a salvação.
se pôs nu. A exposição da nudez é desmoralizante publicamente (2Sm
* 9:22
vendo a nudez do pai. Fitar a nudez alheia, com lascívia ou desdém, é moralmente errado. Ver notas em 2.25; 3.7. O olhar malicioso e desdenhoso de Cam a seu pai, a quem ele deveria ter reverenciado, era particularmente repreensível (Êx
fê-lo saber. Se já é errado divulgar o pecado de outrém (Pv
* 9.24-27 Esta divisão da humanidade é paralela ao cap. 4 (8.1—12.9, nota).
* 9.25 Maldito. Os cananeus sucederam os cainitas como povo amaldiçoado (4.11 e nota).
Canaã. Visto que as maldições e bênçãos sobre os três filhos tinham em mira os seus descendentes, não é estranho que a maldição fosse sobre seu filho e não sobre o próprio Cam (vs. 18,22), especialmente porque Deus já havia abençoado a Cam (9.1). Como Cam, o filho mais novo de Noé, agiu errado para com seu pai, a maldição recai sobre o filho mais novo de Cam (v. 24), que compartilha sua decadência moral (Lv
servo dos servos. Noé profeticamente alude à vindoura servidão da descendência de Cam à descendência de Sem (Israel) e Jafé (os povos do mar, 10:2-5). Visto que esta maldição de servidão cai sobre Canaã, um caucasiano, não há fundamento para o ponto de vista racista de que os povos africanos são amaldiçoados.
* 9.26 Bendito… Deus de Sem. Com esta bênção em forma de doxologia Noé reconhece a Deus como o autor da vida e estende a bênção a Sem (1.22 e nota; 14.19). A linha da promessa messiânica é agora reduzida à linhagem de Sem (conforme 3.15; 4.26 e notas); e será especificada posteriormente através de Abraão (12.1-3), Isaque (21.8-12), Jacó (25.23; 27.28, 29), e Judá (49.10). Com a vinda do Messias e da Nova Aliança, a promessa da aliança é estendida a todos os crentes (At
*
9.27 habite ele nas tendas. Talvez uma referência às conquistas tribais ou às futuras vitórias da Grécia e Roma. Alternativamente, Jafé pode ser um convidado, atraído a Sem e a Deus — promessa que encontra seu cumprimento final no Novo Testamento (10.15, nota; At
*
9.28, 29 A genealogia começada em 5.32 está agora completa de acordo com o padrão do cap. 5.
Matthew Henry
Wesley
Saída de Noé da arca trouxe um novo começo para a história humana. Apelou a uma reafirmação da comissão que Deus tinha originalmente dado a Adão e Eva Nu 1:28 . Mas existem algumas modificações no relacionamento de esta comissão pelo homem a Deus tinha mudado e, como resultado de seu relacionamento com o seu mundo tinha mudado. Anteriormente ele não só foi contratado para povoar a terra, mas para dominá-la e ter domínio sobre todas as criaturas vivas. Agora ele é povoar, mas nenhuma menção é feita de subjugar ou tendo domínio. Ao contrário, ele é reduzido a uma superioridade que é dependente do medo e pavor (ou melhor "terror", pois é uma palavra forte) do homem que Deus colocou nos animais e as aves. Apenas os répteis e os peixes são completamente entregue na sua mão. Assim como a imagem humana de Deus foi marcado pela queda de Adão, só assim a soberania humana foi marcada. Esta soberania só podem ser restaurados em Cristo (ver He 2:5 ).
Deus tinha anexado a sua primeira encomenda uma concessão de todo o mundo planta como alimento para o homem e os animais (1: 29-30 ). Agora Ele acrescentou à Sua recommission a concessão do mundo animal, bem como o mundo das plantas para o homem para o alimento. A única qualificação aqui foi afirmado que o sangue não deve ser comido com a carne, pois representava a própria vida.
Não há registro de mandamentos anteriores do Senhor, exceto o que dizia respeito à árvore do conhecimento. Mas agora Deus reconhece que o homem deve aprender a governar a si mesmo e Ele emite o comando que a vida humana é ser sagrado, uma vez que o homem é feito à imagem de Deus. Quem mata homem é impressionante indiretamente pelo próprio Deus, e se o homem ou animais o seu sangue por sua vez, deve ser derramado pelo homem. Deus vai exigir a vida do homem na mão do irmão de cada homem , implicando, assim, que, para proteger um assassino é compartilhar a punição de um assassino. É difícil para alguém que toma a inspiração dinâmica plenária do Antigo Testamento seriamente em conciliar esta declaração simples, com as tentativas modernas para abolir a pena de morte.
c. The Covenant of the Rainbow Estabelecida (9: 8-17) 8 E falou Deus a Noé, e seus filhos com ele, dizendo: 9 E eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós; 10 e com todo ser vivente, que está convosco, os pássaros, o gado, e todos os animais da terra; de todos os que saíram da arca, até mesmo todos os animais da terra. 11 E eu estabelecerei a minha aliança contigo; nem toda carne deve ser cortada em qualquer mais pelas águas do dilúvio; e não haverá mais dilúvio para destruir a terra. 12 E disse Deus: Este é o sinal da aliança que faço entre mim e vós e todo ser vivente, que está convosco, por gerações perpétuas: 13 eu definir o meu arco nas nuvens, e ele será por sinal de haver um pacto entre mim ea terra. 14 E será que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, que o arco deve ser visto na nuvem, 15 e Eu me lembrarei da minha aliança, que está entre mim e vós e todo ser vivente de toda a carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne. 16 E o arco deve estar na nuvem; e eu vou olhar para ele, para que eu me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes de toda carne que está sobre a terra. 17 E Deus disse a Noé: Este é o sinal da aliança que tenho estabelecido entre mim e toda a carne que está sobre a terra.O primeiro pacto mencionado nas Escrituras se que estabelecida entre Deus e Noé e seus descendentes. Foi prometido antes do dilúvio (Gn
Neste convênio particular, Deus prometeu que nunca mais a terra e toda a carne ser destruída por uma inundação. As únicas exigências que Ele fez ao homem eram os mencionados no parágrafo anterior, a abstenção de comer sangue e respeito para a vida do homem. Ele graciosamente concedido um sinal para lembrar o homem da promessa-His de Deus arco nas nuvens . É preciso apenas um pouco de imaginação simpático para recuperar algo do medo terrível que naturalmente apreenderam os corações dos homens após o dilúvio sempre que o céu ficou nublado e chuva começou a cair. Mas Deus disse que nos próprios Seu arco, o arco-íris nuvens muito ameaçador, o lembraria de sua promessa e garantir a segurança de toda a terra. É impossível determinar a partir desta passagem se o arco-íris já existia antes do dilúvio ou foi só agora introduzidas. O original pode ser tomado no sentido de que Deus agora nomeado o arco-íris como o Seu sinal desta aliança. Mas não há nada para excluir a possibilidade mais dramático que o arco-íris foi visto agora, pela primeira vez, no entanto, parece razoável que, como um fenômeno natural que existia desde a primeira aparição das luzes cósmicas.
d. The Curse of the Vine demonstrada (9: 18-29) 18 E os filhos de Noé, que saíram da arca, foram Sem, e Cam e Jafé; e Cão é o pai de Canaã. 19 Estes três foram os filhos de Noé; e destes foi povoada toda a terra. 20 E começou Noé a ser um lavrador, e plantou uma vinha: 21 e bebeu do vinho, e embriagou-se; e ele foi descoberto dentro de sua tenda. 22 E Cão, pai de Canaã, viu a nudez de seu pai, e disse a seus dois irmãos que estavam fora. 23 E Sem e Jafé tomaram uma capa e puseram-na sobre ambos os seus ombros, e indo virados para trás , cobriram a nudez de seu pai; e os seus rostos estavam virados, e eles não viram a nudez de seu pai. 24 E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho mais novo lhe fizera. 25 E ele disse. Maldito seja Canaã; Um servo dos servos seja aos seus irmãos. 26 E ele disse: Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem; E seja-lhe Canaã por servo. 27 Deus Jafé, E que ele habite nas tendas de Sem; E seja-lhe Canaã por servo. 28 Viveu Noé, depois do dilúvio, trezentos e cinqüenta anos. 29 E todos os dias de Noé 950 anos: e ele morreu.A última cena em que a Bíblia imagens Noé é um trágico. Aparentemente Noé tinha tido alguma outra ocupação antes do dilúvio, mas agora a necessidade de iniciar uma nova vida obrigou-o a obter seu alimento diretamente do solo, e ele começou a ser um lavrador . No processo, ele plantou uma vinha, e, mais tarde, tornou-se embriagado com o vinho que jazem produzido a partir dele. Em seu estado de embriaguez, ele imodestamente se expôs. Ham, seu filho, o vi assim, expostos e relatou o incidente para seus irmãos. Eles, com maior respeito pela dignidade de seu pai, tomou uma peça de roupa, andou para trás para dentro da tenda, e cobriu-se sem olhar para ele. Quando Noé despertou, ele amaldiçoou o filho de Cam, Canaã, e abençoou Sem e Jafé. Por que ele amaldiçoou Canaã, em vez de Ham não é clara. Uma sugestão é que Ham teve uma tendência natural para o imundo, uma tendência que o levou a desfrutar, assim, contemplando seu pai e deleitar-se em dizer aos seus irmãos sobre o que ele viu-a tendência que Noé já havia observado em um sentido ampliado em Ham filho, Canaã, em cujos descendentes a tendência levou à sua extrema depravação, sua escravização à imoralidade, e sua eventual destruição (Gn
Em relação aos outros filhos de Cam, eo próprio Ham, Noé não disse nada, ou de maldição ou bênção. Quanto Canaã, declarou ele, servo dos servos seja aos seus irmãos . Apenas em conexão com Shem ele usou o nome Jeová , de fato, chamando- o Deus de Sem , e fora do serviço de Canaã para Shem ele deixou a bênção de Shem consiste na adoração de Jeová, especialmente significativo desde a linha prometida de descida atravessou Shem a Abraão. Para Jafé chamou a Elohim para ampliar dele e previu que elehabite nas tendas de Sem , e ser servida por Canaã. No século XIX, muito se falou sobre a chamada maldição de Cam, que está sendo usada como justificativa bíblica para a escravidão dos africanos! Isto, obviamente, com vista para o fato de que era Canaã, não Ham, que foi amaldiçoado, e não pelo mais selvagem de interpretações podem os africanos ser dito para ser descendentes de Canaã. Além disso, antropologicamente considerado, negróides não são Hamitic. Há um elemento profético notável neste poema antigo, no entanto, para a glória de Shem era sua tendência espiritual, Jafé através de seus descendentes europeus estabeleceram impérios do mundo a maioria dos "alargada", e Canaã foi escravizado pelo pecado para a sua própria destruição.
Assim, mesmo o dilúvio não livrar homens de inclinações pecaminosas. Noé, o justo, caiu em pecado em que deveria ter sido um dia de oportunidade ímpar de servir a Deus. E entre os seus descendentes imediatos apareceu uma fraqueza para os desejos carnais que acabaria por escrever um registro indelével de maldade natural. Deus tinha muito ainda a fazer antes que Ele pudesse atender às necessidades enormes do homem. Enquanto punição através de julgamento às vezes é necessário, seja por Deus ou do homem, como um impedimento para o mal, a misericórdia, que é uma instância superior de recurso de justiça, é necessário para salvar o homem do mal e suas conseqüências (conforme Sl
Wiersbe
- A aliança de Deus com Noé (Gn
9: -17)1
A palavra "aliança" significa "cor-tar", referindo-se ao corte dos sacri-fícios que são parte decisiva quando se faz um acordo (veja Gn 15:9ss). Deus, por intermédio de Noé, fez um acordo com toda a humanidade, e os termos desse acordo ainda per-manecem hoje. O fundamento des-sa aliança era o derramamento de sangue do sacrifício (8:20-22), da mesma forma que o fundamento da nova aliança é o derramamento do sangue de Cristo.
Os termos da aliança são estes: (1) Deus não destruirá a humanida-de com um dilúvio; (2) o homem pode comer a carne animal, mas não o sangue (veja Lv
Devemos ter em mente que a aliança foi feita com a "semente" de Noé, que veio depois dele, e nos inclui hoje. Por essa razão, muitos cristãos apoiam a punição capi-tal (9:5-6). Deus prometeu castigar Caim (4:15), mas o Senhor, nessa aliança com Noé, deu ao homem a responsabilidade de punir o assas-sino.
- A maldição de Noé sobre Canaã (Gn
9: )18-29 - O pecado
Foi um santo maduro de mais de 600 anos, não um jovem pródigo, que caiu nesse pecado e vergonha. O texto hebreu sugere que Noé deliberadamente se despiu de for-ma vergonhosa; com freqüência, a intemperança e a impureza ca-minham juntas. Alguns desculpam Noé ao sugerir que as condições atmosféricas da terra após o dilúvio levariam à fermentação do vi-nho e que ele não sabia realmente o que fazia. Contudo, a Bíblia não desculpa os pecados dos santos. Esse é o terceiro fracasso do ho-mem. Ele desobedeceu no Éden, o que resultou em sua expulsão; ele corrompeu a terra, o que resultou no dilúvio; e agora ele torna-se um beberrão vergonhoso! Para piorar as coisas, Cam não respeita seu pai; em vez disso, ele delicia-se em contar o que Noé fizera.
- A maldição
Noé soube o que Cam fizera e lan-ça sua famosa maldição. (Essa é a terceira maldição em Gênesis. Veja 3:14-19 e 4:11.) O fato de ele amaldiçoar o filho de Cam, Canaã, sugere que este estava envolvido com seu pai no pecado e que Deus puniria os pecados do pai e do fi-lho. Canaã e seus descendentes (as nações enumeradas em 10:15-20) seriam os servos mais humildes para seus irmãos. É fácil perceber isso, pois os judeus e os gentios os fizeram escravos. É claro, os semi- tas eram os judeus. As tribos deles estão enumeradas em 10:21-32 e 11:10-26, traçando a linhagem até Abraão. Os descendentes de Jafé são os gentios (10:1-5). Gêne-sis
At
- A bênção
Noé abençoou os judeus (Sem) e deu-lhes os cananeus como servos. Ele prometeu que os gentios (Jafé) seriam espalhados, mas que (espi-ritualmente falando) habitariam em tendas judias. Paulo explica isso em Romanos 9—11.
- A confederação de Ninrode contra Deus (Gn
11: )1-9 - O ditador (Gn
10: )6-14
Ninrode era neto de Cam por par-te de Cuxe, e seu nome significa "rebelde". Sob o ponto de vista de Deus, ele era um tirano poderoso, o primeiro ditador. A palavra "ca-çador" não se refere à caça de ani-mais, mas à de homens. Ele foi o fundador do Império Babilônico e o organizador do empreendimento que levou à construção da torre de Babel. A história informa-nos que Ninrode e sua esposa inventaram uma nova religião fundamentada em torno da "mãe e do filho". Para mais detalhes, leia o livro The Two Babylons [As duas Babilônias], de Alexander Hislop (Londres: S. W. Partridge, 1956). Na Bíblia, "Ba-bilônia" simboliza rebelião contra Deus e confusão na religião. Ao longo da Bíblia, vemos a Babilônia opondo-se ao povo de Deus e cul-
minando em "Babilônia, a Grande" de Ap
- A rebelião
Deus ordenou que os homens repo-voassem a terra (9:1,7,9), mas eles decidiram descer à planície de Si- nar, onde ficava a Babilônia (10:8- 10). Isso foi uma rebelião deliberada contra a Palavra de Deus. Eles cami-nharam "do Oriente", o que sugere que deram as costas à luz. Eles deci-diram se unir e construir uma cidade e uma torre. Eles tinham por objeti-vo (1) manter unidade na oposição a Deus e (2) tornar-se famosos. Toda essa operação é um vislumbre pré-vio da oposição final do homem (e de Satanás) contra Cristo, centrada na Babilônia de Ap
- O julgamento
Deus conhecia os desígnios dos rebeles e julgou-os. A divindade fez outra conferência (veja 1:26 e 3:
22) e decidiu misturar as línguas dos trabalhadores, tornando, assim, impossível que trabalhassem juntos.
Isso foi tanto um ato de misericórdia quanto um julgamento, pois haveria um julgamento ainda mais terrível a seguir se persistissem em seu plano. O nome "Babel" origina-se de uma palavra hebraica que significa "por-tão de Deus". Ela soa como a pala-vra balai, que significa "confusão". A descrição da ação de Deus nesse episódio explica a origem das lín-guas da humanidade. Com freqüên- cia, tem-se apontado que Pentecos- tes é o reverso de Babel — havia verdadeira união espiritual entre o povo de Deus; eles falavam em ou-tras línguas, mas compreendiam- se; e o trabalho deles glorificava a Deus, não ao homem.
- Deus chama Abraão (Gn
11: )10-32
Em 10:21-32, temos a genealogia de Sem, mas aqui o escritor repete a li-nhagem para mostrar como Abraão se encaixa no plano. Ele pega a li-nhagem até Tera, pai de Abraão (11:26). Aqui vemos outra evidência da eleição divina: Deus, em sua gra-ça, escolhe Abraão! Ele ignora Cam e Jafé e escolhe Sem. Deus, dos cinco filhos de Sem (10:22), escolhe Arfa- xade (11:10). E dos três filhos de Tera (11:26), ele escolhe Abraão. Esse é o início da nação hebraica.
Gênesis
ele levou-o junto; e a peregrinação detém-se em Harã, onde Tera morre. Com frequência, nossa meia obedi-ência tem um preço alto, em tempo e em valor. Abraão perde o tempo que poderia gastar no caminhar com Deus e também perde seu pai. No próximo estágio da jornada, Abraão leva Ló com ele, mas este também teve de ser afastado de Abraão (13
He 11:8-58 é um resumo da fé de Abraão. Alguém disse que Abraão, quando ele não sabia para onde iria (He 11:8), quando não sa-bia como iria (11:
11) e quando não sabia a razão dessa jornada, acredi-tou em Deus (11:17-19).
Devemos enfatizar mais uma vez que Deus não chamou Abraão por seus méritos pessoais. Ele não tinha nenhum. Ele era cidadão de uma cidade idólatra, Ur dos cal- deus. Abraão, se Deus não tivesse se revelado a ele, morrería incrédulo. Do ponto de vista do ser humano, Deus escolher Abraão e Sara — que não tinham filhos — foi uma tolice. Mas, em última instância, isso trou-xe grande glória para Deus e grande bênção para o mundo.
Esse capítulo inicia-se com a ca-minhada de fé de Abraão. (É claro, seu nome original era Abrão, "pai da exaltação", que foi mudado para Abraão, "pai de uma multidão". Por conveniência, usaremos seu nome mais conhecido.) O dilúvio destruiu uma civilização corrom-pida, mas outra sociedade peca-minosa tomou o lugar desta. Deus chamou um homem para começar o cumprimento de sua promessa de Gênesis
Russell Shedd
1) Provisão concernente ao domínio da natureza (2);
2) Provisão dos meios que se sustente a vida sobre a terra (3);
3) Provisão implícita de um sistema de governo humano (6).
9.4 Esta proibição é mencionada na carta redigida para as igrejas novas, por ocasião do Concílio de Jerusalém (At
9.7 Povoai a terra é a repetição do mesmo mandamento dado a Adão. O homem tem de aprender através do repovoamento da terra que, embora, o dilúvio tenha destruído os homens maus, não lhe é dado reconquistar a perfeição da impecabilidade. Descendentes de um homem decaído, ainda que se trate de um justo como Noé o era (9.21), são portadores do pecado original. Isto mostra que Noé não era perfeito, embora tivesse andado com Deus. Deste modo, a Bíblia não somente revela ser digna de toda confiança quando ressalta os merecimentos dos heróis, mas também quando relata a pecabilidade deles, persuadindo-nos, portanto, de que Cristo, o único verdadeiramente justo, permanece como fonte exclusiva de salvação para o homem (He 4:15, He 4:16).
9.11 Note-se que Deus prometeu não destruir mais, por outro dilúvio, toda a terra habitada. Deus tem cumprido a promessa. Isto ilustra um tipo de aliança que ele estabelece com a humanidade, sem que as faltas cometidas pelos homens venham a alterar as respectivas condições. Tenha-se em mente o caráter definitivo da promessa de
Deus no v. 9, "Eis que Eu” e no v. 11, "Eu estabeleço” e no v. 12, "Eu faço”, mais ainda, no v. 17, "Tenho estabelecido".
9.12 Temos aqui o primeiro entre muitos sinais ou ,símbolos de alianças registrados na Bíblia. O arco-íris é um sinal visível da eterna promessa de Deus, tal como o pão e o vinho o são da ceia do senhor, e a água o é do batismo.
9.21 Embriagou-se. Eis aqui a primeira referência feita a respeito desse horrendo pecado, nas escrituras. Encontram-se por toda a Bíblia exortações e denúncias contra a embriaguez, incluindo-se até mesmo no catálogo dos mais abomináveis males que Paulo confeccionou (verPv
9.26 Melhor tradução, "Bendito pelo Senhor meu Deus seja Sem". Começando por Abraão e chegando-se até Cristo Jesus, a salvação foi trazida à terra mediante os semitas.
• N. Hom. 9:18-27 O pecado de Noé proporciona aos cristãos a seguinte admoestação:
1) Não estará jamais imune ao pecado e às tentações;
2) Pequeninos deslizes cometidos durante o curso normal da existência poderão acarretar perigos graves;
3) O crente poderá dar ocasião a que outros cometam pecados, mesmo dentre os familiares;
4) Cumpre que o crente esteja consciente da imparcialidade com que Deus pune o pecado.
NVI F. F. Bruce
Acerca do vegetarianismo como forma de vida mais saudável, a Bíblia não tem nada a dizer. Certamente, ela não sugere em lugar algum que seja uma forma espiritualmente preferível, pois esse conceito pertence aos “princípios elementares deste mundo” (Cl
Muitos cristãos apoiam a pena de morte com base no v. 6. Sem dúvida, o conceito de santidade da vida humana diminuiu drasticamente nos últimos anos, mas há dúvidas consideráveis acerca de se o retorno da pena de morte poderia elevar esse valor novamente. O castigo pelo castigo não é o método de Deus. 9.11 uma aliança com vocês\ Speiser apresenta a definição tradicional: “um acordo solene entre duas partes, prevendo sanções no caso de não cumprimento”. Hoje, no entanto, o conceito da “aliança de suserania” tem sido popularizado corretamente (Mendenhall), o qual vê Deus agindo unilateralmente como senhor soberano, exigindo somente a aceitação e o cumprimento da aliança por parte do povo (conforme Ex
b) Noé e seus filhos (9:18-28)
v. 18. Sem, Cam e.1afé\ apesar do argumento de Leupold, o v. 24 mostra que Cam era o mais novo; isso parece ter apoio em 10.21, que faz de Sem o mais velho.
v. 20. Noé, que era agricultor, foi o primeiro a plantar uma vinha-, a BLH traz uma formulação semelhante (“Noé era agricultor; ele foi a primeira pessoa que fez uma plantação de uvas”), embora Leupold (“Como agricultor, Noé começou a plantar uma vinha”) provavelmente esteja mais correto. Conforme BJ, “Noé, o cultivador, começou a plantar a vinha”. E intrinsecamente improvável que o vinho fosse desconhecido antes disso, e o hebraico não o afirma. Embora não seja afirmado explicitamente, aceita-se em geral que a embriaguez de Noé, mesmo que não tenha sido ele que fizera o vinho, era censurável (assim Kidner, Leupold). v. 25. Canaã-, provavelmente o filho mais novo de Cam (10.2). Não há indicação alguma da razão de ele ter sido amaldiçoado, e não o seu pai, nem da razão de a maldição cair sobre ele, e não sobre os seus irmãos. A sugestão de Leupold de que é uma maldição profética sobre o que os ca-naneus fariam mais tarde (mas em Gn
A bênção sobre Sem (v. 26) sugere que Noé sabia que ele, mais do que os seus irmãos, tinha aceito o conhecimento de Javé transmitido por seu pai. Apesar disso, na época de Terá e Abrão, os seus descendentes parecem ter sido idólatras (Js
Francis Davidson
7. A RAÇA HUMANA COMEÇA NOVAMENTE (Gn
8. O PACTO DO ARCO-ÍRIS (Gn
9. A BENÇÃO SOBRE SEM E JAFÉ (Gn
Os versículos
Dicionário
Ambos
ambos nu.M Um e outro, os dois: Ambos os alunos. pron. Os dois de quem se fala; eles dois: Ambos tiraram o 1·º lugar.os dois, um e outro. – Escreve sobre estas formas o provecto Bruns.: – “Ambos e um e outro distinguem-se em referir-se o primeiro ao conjunto dos dois; e um e outro a cada um distintamente. – Ambos também se diferença de dois (ou os dois) em referir-se este ao número, e aquele, como já se disse, ao conjunto. Esta noção se ilustra pelo seguinte trecho de Vieira: “O querer e o poder fazer bem são duas coisas totalmente diferentes, e que nem sempre existem unidas no mesmo sujeito; mas ambas se requerem essencialmente para o exercício da nobre virtude da beneficência”. Temos ainda este exemplo: Aqueles dois moços, ou ambos aqueles moços foram heróis na campanha; e um e outro deixaram no país legítimo renome...”
Cam
(sigla do inglês Computer-Aided Manufacturing,
Aplicação informática de
Cam [Quente] -
1) Filho de Noé. Ele faltou com o respeito ao pai e foi AMALDIÇOADO (Gn
2) Egito (Sl
Canaã
-Baixo, plano. 1. Quarto filho deCão (Gn
Filho de Cão e neto de Noé (Gn
Canaã [Baixo; Plano]
1) Filho de CÃO 1, (Gn
2) Nome antigo da Palestina, terra dos cananeus (Sl
Fora
advérbio Na parte exterior; na face externa.Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside.
Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora.
interjeição Voz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc.
preposição Com exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados.
substantivo masculino Erro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida.
Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro.
Não aceitação de; recusa.
locução prepositiva Fora de. Sem: fora de propósito.
Distante de: fora da cidade.
Do lado externo: fora de casa.
expressão Dar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro.
Dar um fora. Cometer um erro grosseiro.
Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa.
Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.
Fé
Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé. O Espiritismo combate a fé cega, porque ela impõe ao homem que abdique da sua própria razão; considera sem raiz toda fé imposta, donde o inscrever entre suas máximas: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25
[...] A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do Infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5, it• 19
[...] confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 3
Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 6
[...] Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 7
Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 11
No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 12
[...] É uma vivência psíquica complexa, oriunda das camadas profundas do inconsciente, geralmente de feição constitucional, inata, por se tratar mais de um traço de temperamento do que do caráter do indivíduo. No dizer de J. J. Benítez, as pessoas que têm fé fazem parte do pelotão de choque, a vanguarda dos movimentos espiritualistas. Nas fases iniciais ela é de um valor inestimável, mas à medida que a personalidade atinge estados mais diferenciados de consciência, pode ser dispensável, pois a pessoa não apenas crê, mas sabe. [...] Do ponto de vista psicológico, a vivência da fé pode ser considerada mista, pois engloba tanto aspectos cognitivos quanto afetivos. Faz parte mais do temperamento do que do caráter do indivíduo. Por isso é impossível de ser transmitida por meios intelectuais, tal como a persuasão raciocinada. Pode ser induzida pela sugestão, apelo emocional ou experiências excepcionais, bem como pela interação com pessoas individuadas.[...]
Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 1
No sentido comum, corresponde à confiança em si mesmo [...]. Dá-se, igualmente, o nome de fé à crença nos dogmas desta ou daquela religião, caso em que recebe adjetivação específica: fé judaica, fé budista, fé católica, etc. [...] Existe, por fim, uma fé pura, não sectária, que se traduz por uma segurança absoluta no Amor, na Justiça e na Misericórdia de Deus.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 11
A futura fé que já emerge dentre as sombras não será, nem católica, nem protestante; será a crença universal das almas, a que reina em todas as sociedades adiantadas do espaço, e mediante a qual cessará o antagonismo que separa a Ciência atual da Religião. Porque, com ela, a Ciência tornar-se-á religiosa e a Religião se há de tornar científica.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•
A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 44
A fé é uma necessidade espiritual da qual não pode o espírito humano prescindir. [...] Alimento sutil, a fé é o tesouro de inapreciado valor que caracteriza os homens nobres a serviço da coletividade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3
Nesse labor, a fé religiosa exerce sobre ele [o Espírito] uma preponderância que lhe define os rumos existenciais, lâmpada acesa que brilha à frente, apontando os rumos infinitos que lhe cumpre [ao Espírito] percorrer. [...] Respeitável, portanto, toda expressão de fé dignificadora em qualquer campo do comportamento humano. No que tange ao espiritual, o apoio religioso à vida futura, à justiça de Deus, ao amor indiscriminado e atuante, à renovação moral para melhor, é de relevante importância para a felicidade do homem.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 25
O melhor tônico para a alma, nas suas múltiplas e complexas atividades afetivas e mentais, é a fé; não a fé passiva, automática, dogmática, mas a fé ativa, refletida, intelectualizada, radicada no coração, mas florescendo em nossa inteligência, em face de uma consciência esclarecida e independente [...].
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carta a um materialista
Essa luz, de inextinguível fulgor, é a fé, a certeza na imortalidade da alma, e a presunção, ou a certeza dos meios de que a Humanidade tem de que servir-se, para conseguir, na sua situação futura, mais apetecível e melhor lugar.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 23
A fé é, pois, o caminho da justificação, ou seja, da salvação. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5
[...] é a garantia do que se espera; a prova das realidades invisíveis. Pela fé, sabemos que o universo foi criado pela palavra de Deus, de maneira que o que se vê resultasse daquilo que não se vê.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
A fé é divina claridade da certeza.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 16
A fé é alimento espiritual que, fortalecendo a alma, põe-na em condições de suportar os embates da existência, de modo a superá-los convenientemente. A fé é mãe extremosa da prece.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 35
[...] A fé constitui a vossa égide; abrigai-vos nela e caminhai desassombradamente. Contra esse escudo virão embotar-se todos os dardos que vos lançam a inveja e a calúnia. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
A fé e a esperança não são flores destinadas a enfeitar, com exclusividade, os altares do triunfo, senão também poderosas alavancas para o nosso reerguimento, quando se faz preciso abandonar os vales de sombra, para nova escalada aos píncaros da luz.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Ainda assim
Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que Ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 5
Mas a fé traduz também o poder que supera nossas próprias forças físicas e mentais, exteriores e interiores, poder que nos envolve e transforma de maneira extraordinária, fazendo-nos render a ele. A fé em Deus, no Cristo e nas forças espirituais que deles emanam pode conduzir-nos a uma condição interior, a um estado de espírito capaz de superar a tudo, a todos os obstáculos, sofrimentos e aparentes impossibilidades.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14
A fé no futuro, a que se referem os 1nstrutores Espirituais da Terceira Revelação, deixa de ser apenas esperança vaga para se tornar certeza plena adquirida pelo conhecimento das realidades eternas. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 28
A fé significa um prêmio da experiência.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13
Quem não entende não crê, embora aceite como verdade este ou aquele princípio, esta ou aquela doutrina. A fé é filha da convicção.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Res, non verba
[...] constitui o alicerce de todo trabalho, tanto quanto o plano é o início de qualquer construção. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8
Curiosidade é caminho, / Mas a fé que permanece / É construção luminosa / Que só o trabalho oferece.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 44
[...] A fé está entre o trabalho e a oração. Trabalhar é orar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é emanação divina que o espírito auxilia e absorve.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A fé é a caridade imaterial, porque a caridade que se concretiza é sempre o raio mirífico projetado pela fé.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A fé continuará como patrimônio dos corações que foram tocados pela graça do sofrimento. Tesouro da imortalidade, seria o ideal da felicidade humana, se todos os homens a conquistassem ainda mesmo quando nos desertos mais tristes da terra.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A fé não desabrocha no mundo, é dádiva de Deus aos que a buscam. Simboliza a união da alma com o que é divino, a aliança do coração com a divindade do Senhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39
Fé representa visão.Visão é conhecimento e capacidade deauxiliar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 69
[...] A fé representa a força que sustenta o espírito na vanguarda do combate pela vitória da luz divina e do amor universal. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9
Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 354
A fé sincera é ginástica do Espírito. Quem não a exercitar de algum modo, na Terra, preferindo deliberadamente a negação injustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22
A fé é a força potente / Que desponta na alma crente, / Elevando-a aos altos Céus: / Ela é chama abrasadora, / Reluzente, redentora, / Que nos eleva até Deus. / [...] A fé é um clarão divino, / refulgente, peregrino, / Que irrompe, trazendo a luz [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Supremacia da caridade
É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6
A fé é o guia sublime que, desde agora, nos faz pressentir a glória do grande futuro, com a nossa união vitoriosa para o trabalho de sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em plena renovação
A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 40
[...] a fé representa escudo bastante forte para conservar o coração imune das trevas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 141
Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29
Fé O consentimento dado a uma crença unido a uma confiança nela. Não pode identificar-se, portanto, com a simples aceitação mental de algumas verdades reveladas. É um princípio ativo, no qual se harmonizam o entendimento e a vontade. É essa fé que levou Abraão a ser considerado justo diante de Deus (Gn
Para o ensinamento de Jesus — e posteriormente dos apóstolos —, o termo é de uma importância radical, porque em torno dele gira toda a sua visão da salvação humana: crer é receber a vida eterna e passar da morte para a vida (Jo
A. Cole, o. c.; K. Barth, o. c.; f. f. Bruce, La epístola..., El, II, pp. 474ss.; Hughes, o. c., pp. 204ss.; Wensinck, Creed, pp. 125 e 131ss.
Fé
1) Confiança em Deus e em Cristo e na sua Palavra (Mt
2) Confiança na obra salvadora de Cristo e aceitação dos seus benefícios (Rm
v. CONVERSÃO).
3) A doutrina revelada por Deus (Tt
1. Definição da Palavra. A simples fé implica uma disposição de alma para confiarem outra pessoa. Difere da credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não Lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso. A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como ‘uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras’. E mais adiante diz o mesmo escritor: ‘o segredo de um belo caráter está no poder de um perpétuo contato com Aquele Senhor em Quem se tem plena confiança’ (Bispo Moule). A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração. 2.A fé, no A.T. A atitude para com Deus que no Novo Testamento a fé nos indica, é largamente designada no A.T. pela palavra ‘temor’. o temor está em primeiro lugar que a fé – a reverencia em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no A.T., sendo isso particularmente entendido naquela parte do A.T., que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não se está longe da verdade, quando se sugere que o ‘temor do Senhor’ contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no N.T. As palavras ‘confiar’ e ‘confiança’ ocorrem muitas vezes – e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn
17) – a sua sede é no coração, e não meramente na cabeça – é uma profunda convicção de que são verdadeiras as promessas de Deus em Cristo, por uma inteira confiança Nele – e deste modo a fé é uma fonte natural e certa de obras, porque se trata de uma fé viva, uma fé que atua pelo amor (Gl
substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
[Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
Etimologia (origem da palavra fé). Do latim fides.
substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
[Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
Etimologia (origem da palavra fé). Do latim fides.
substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
[Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
Etimologia (origem da palavra fé). Do latim fides.
Irmãos
-Nudez
substantivo feminino Estado de uma pessoa, de uma coisa nua.Estado de um objeto desprovido de ornatos, enfeites.
Figurado Carência, falta.
Nudez
1) Estado de quem está sem roupa (Dt
2) “Descobrir a nudez” quer dizer “ter relações sexuais” (Lv
v. NTLH).
Pai
Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12
Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46
[...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16
Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.
Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Saber
verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha.verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar.
Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer.
Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios.
Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios.
verbo transitivo direto predicativo Julgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado.
verbo transitivo indireto e intransitivo Sentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo.
substantivo masculino Conjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber.
Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.
verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha.
verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar.
Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer.
Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios.
Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios.
verbo transitivo direto predicativo Julgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado.
verbo transitivo indireto e intransitivo Sentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo.
substantivo masculino Conjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber.
Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.
Saber é o supremo bem, e todos os males provêm da ignorância.
Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 22
O saber é qual árvore de crescimento demorado: todos os anos lhe caem as folhas que serviram para sua nutrição; ela, porém, se mostra, lenta mas firmemente, aumentada na altura e na grossura. [...]
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 13
[...] saber é duvidar, porque é apreender que nada se sabe. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 13a efusão
[...] O saber, no seu verdadeiro e reto uso, é a mais nobre e mais poderosa aquisição dos homens. [...]
Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 14
[...] Quantas criaturas há, no meio espírita, que não têm condições de fazer amplos estudos da Doutrina, talvez até desconheçam os mais credenciados autores de nossa leitura e, no entanto, vivem a Doutrina pelo exemplo... Pode ser que não tenham estrutura intelectual para dissertar sobre uma tese espírita, mas absorvem o pensamento da Doutrina às vezes muito mais do que gente intelectualizada. E entre elas, não poderá haver Espíritos que já trazem muito conhecimento de outras vidas? Parece que sim. Tudo nos conduz afinal o raciocínio a um ponto de remate: também na seara espírita, como em qualquer seara do conhecimento, o saber da erudição e da pesquisa é necessário, tem o seu inegável valor. Mas o saber daqueles que não são cultos perante os valores intelectuais e, no entanto, vivem a Doutrina através da experiência cotidiana, é claro que têm muita autoridade pelo exemplo!
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
אָב
(H1)
uma raiz; DITAT - 4a; n m
- pai de um indivíduo
- referindo-se a Deus como pai de seu povo
- cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã
- antepassado
- avô, antepassados — de uma pessoa
- referindo-se ao povo
- originador ou patrono de uma classe, profissão, ou arte
- referindo-se ao produtor, gerador (fig.)
- referindo-se à benevolência e proteção (fig.)
- termo de respeito e honra
- governante ou chefe (espec.)
חוּץ
(H2351)
(ambas as formas fem. no pl.) procedente de uma raiz não utilizada significando romper; DITAT - 627a; n m
- fora, por fora, rua, do lado de fora
אָח
(H251)
uma palavra primitiva; DITAT - 62a; n m
- irmão
- irmão (mesmos pais)
- meio-irmão (mesmo pai)
- parente, parentesco, mesma tribo
- um em relação a outro (relacionamento recíproco)
- (fig.) referindo-se a semelhança
חָם
(H2526)
o mesmo que 2525;
Cam = “quente” n pr m
- segundo filho de Noé, pai de Canaã e de vários povos que vieram a ser habitantes das terras do sul
- em uso posterior, um nome coletivo para os egípcios n pr loc
- o lugar onde Quedorlaomer feriu os zuzins, provavelmente no território dos amonitas (Gileade) a leste do Jordão
כְּנַעַן
(H3667)
procedente de 3665, grego 5477
- o quarto filho de Cam e o progenitor dos fenícios e das várias nações que povoaram a costa marítma da Palestina n pr loc
- a região oeste do Jordão povoada pelos descendentes de Canaã e subseqüentemente conquistada pelos israelitas sob a liderança de Josué n m
- mercador, comerciante
נָגַד
(H5046)
uma raiz primitiva; DITAT - 1289; v
- ser conspícuo, contar, tornar conhecido
- (Hifil) contar, declarar
- contar, anunciar, relatar
- declarar, tornar conhecido, expôr
- informar
- publicar, declarar, proclamar
- admitir, reconhecer, confessar
- mensageiro (particípio)
- (Hofal) ser informado, ser anunciado, ser relatado
עֶרְוָה
(H6172)
procedente de 6168; DITAT - 1692b; n. f.
- nudez, vergonhas, partes pudendas
- partes pudendas (com sentido implícito de exposição vergonhosa)
- nudez de algo, indecência, conduta imprópria
- exposto, desprotegido (fig.)
רָאָה
(H7200)
uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.
- ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
- (Qal)
- ver
- ver, perceber
- ver, ter visão
- examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
- ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
- examinar, fitar
- (Nifal)
- aparecer, apresentar-se
- ser visto
- estar visível
- (Pual) ser visto
- (Hifil)
- fazer ver, mostrar
- fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
- (Hofal)
- ser levado a ver, ser mostrado
- ser mostrado a
- (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte
שְׁנַיִם
(H8147)
dual de 8145; DITAT - 2421a; n. dual m./f.; adj.
- dois
- dois (o número cardinal)
- dois, ambos, duplo, duas vezes
- segundo (o número ordinal)
- em combinação com outros números
- ambos (um número dual)
אֵת
(H853)
aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida
- sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo