Enciclopédia de I Reis 22:47-47

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 22: 47

Versão Versículo
ARA Também exterminou da terra os restantes dos prostitutos cultuais que ficaram nos dias de Asa, seu pai.
ARC Também desterrou da terra o resto dos rapazes escandalosos, que ficaram nos dias de seu pai Asa.
TB Não havia rei em Edom, porém um vice-rei.
HSB וּמֶ֥לֶךְ אֵ֛ין בֶּאֱד֖וֹם נִצָּ֥ב מֶֽלֶךְ׃
BKJ Não havia, então, rei em Edom; porém um vice-rei.
LTT Então não havia rei em Edom, porém um indicado servia de rei.
BJ2 Eliminou da terra o resto dos prostitutos sagrados que ainda sobrava do tempo de seu pai Asa.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 22:47

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

EDOM

Atualmente: JORDÂNIA
Edom – Significa vermelho. Esta região tem este nome devido a coloração de sua formação rochosa. Teve como sua capital durante o império grego, a cidade de Petra. Nesta região viveu um povo chamado nabateu, que controlava as rotas ao sul da Arábia. Nação formada pelos descendendes de Esaú, irmão de Jacó. Localizada a sudeste do Mar Morto.
Mapa Bíblico de EDOM



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
7. Acabe e Ben-Hadade na Guerra pela Conquista de Ramote-Gileade (I Reis 22:1-40)

Podemos imaginar que houve uma trégua entre Israel e a Síria, que durou três anos (1) desde a data da batalha de Meca (20:26-29) até a batalha por Ramote-Gileade, aqui descrita. Isso inclui o período do pacto que foi estabelecido entre os dois (20.34), e essa aliança envolvia Acabe e um grande exército israelita na batalha de Karkar. A sua tentativa de retomar Ramote-Gileade ocorreu, obviamente, no último ano de seu reina-do. A descrição dessa batalha foi incluída por duas razões: (1) ela indica a posição profé-tica contra alianças com países estrangeiros e (2) a morte de Acabe mostra o cumprimen-to do juízo previsto, e que lhe sobreveio de forma direta e pessoal.

a. Josafá aceita marchar contra Ramote-Gileade (22:2-4). Não foram fornecidos de-talhes sobre a aliança entre Acabe e Josafá, de Judá. Ao leitor resta imaginar que tenha sido alcançado algum tipo de acordo entre os dois em vista das ameaças da Síria e da Assíria. Parece bastante provável que esse acordo tenha sido selado através de um casa-mento real, das bodas da filha de Acabe, Atalia, com Jeorão, filho de Josafá (cf. 2 Rs 8.18). A maneira como esse casamento é descrito indica que algum tipo de entendimento já havia sido estabelecido.

A cidade de Ramote-Gileade, às vezes chamada de Ramote em Gileade (3; Dt 4:43; Js 20:8 passim), ou Ramá (II Reis 8:29), havia sido construída e escolhida para ser um dos centros distritais de Salomão (4.13). Ela pode ser identificada com Tell er-Rumeith no norte da Transjordânia. Trata-se de uma colina com três outeiros, localizada várias mi-lhas a sudeste de Ramtha, não muito longe da interseção norte-sul da estrada de Da-masco, através de Jarash, e da estrada que vai de leste a oeste de Mafraq a Irbid. Essa estratégica localização fazia dela uma importante cidade sob o ponto de vista do controle do comércio nas épocas de paz, e do movimento das tropas em épocas de guerra. Prova-velmente, Ramote-Gileade foi conquistada por Rezom (Heziom) em algum momento do reinado de Onri ou mesmo de Roboão. A Bíblia não faz qualquer referência a esse fato, exceto que ela aparece como uma cidade que Ben-Hadade havia prometido devolver a Israel (20.34). Porém, o fato de não ter cumprido sua promessa levou Acabe a decidir retomar a cidade à força.

b. O pedido de Josafá (22:5-28). Esse incidente traz um grande esclarecimento sobre o desenvolvimento da atividade profética durante a época de Acabe. Ele indica a ascen-são dos falsos profetas em Israel, um grupo geralmente reconhecido por sua posição em volta do rei, e junto aos sacerdotes. Posteriormente, esses populares conselheiros passa-ram a sofrer freqüentes críticas dos verdadeiros profetas de Deus (Is 9:15; Jr 5:13-31; 23.11,15,16,25,26; Os 4:5; Mq 3:5-7). Acabe conseguiu reunir 400 homens com facilidade, porque já havia organizado este grupo em substituição aos profetas de Baal.

Ao que tudo indica, os novos profetas de Acabe se conduziram de acordo com a ver-dadeira tradição profética. A única diferença — isto é, uma grande diferença — era que haviam sido convocados pelo rei e não por Deus. Sua lealdade e serviço estavam dirigi-dos a um homem e não ao Senhor. Seu desempenho perante Acabe, predizendo somente o que o rei queira ouvir (6,
11) é uma clara indicação disso. Josafá, acostumado com um círculo de genuínas vozes proféticas, percebeu o tom de falsidade que existia nas pala-vras dos profetas de Acabe, e então perguntou: "Não há aqui ainda algum profeta do Senhor?" (7). A versão Berkeley traz a seguinte tradução: "Não existe por aqui nenhum outro profeta do Senhor?" A praça ou eira (10) onde os profetas compareciam perante Acabe e Josafá era um espaço aberto perto da porta da cidade. Esse lugar era usado como local de debulha na época da colheita.

(1) Micaías desafia os profetas de Acabe (13-23). Micaías, que só é conhecido nesta situação, "brincou" com o mensageiro que o conduzia, ao desejar, aparentemente ver a reação de Acabe (13-15). A mensagem do Senhor que ele transmitia era exatamente o oposto da palavra dos outros profetas. Ela dizia que Israel ficaria sem rei — como ove-lhas que não têm pastor (17). Essa era uma profecia que Acabe não queria ouvir; no entanto, ele suspeitava que seria proferida pelo verdadeiro profeta de Deus. A frase: então disse ele (19) indica que Micaías continuou com outra devastadora mensagem. O Senhor pôs o espírito da mentira na boca de todos estes teus profetas (23). Todo

  1. programa de profecias de Acabe, que poderia ter levado a ele um pouco de tranqüilidade, ficou exposto como falso e totalmente incerto. Não se pode confiar na tentativa do ho-mem de imaginar substitutos para a verdadeira adoração a Deus.

(2) Micaías é perseguido e preso (24-27). Zedequias, tomado de ira, ao ouvir as pala-vras de Micaías sobre ele e os outros profetas, adiantou-se e feriu-o no queixo. O profeta então proclamou a autenticidade de suas previsões (24) e sua réplica foi: Eis que o verás naquele mesmo dia (25). Os acontecimentos que se seguiram comprovaram quem era o verdadeiro profeta. O teste crucial de um profeta é a confirmação histórica de suas previsões (cf. Dt 18:18-22). Acabe ordenou, tomai a Micaías e tornai a trazê-lo a Amom (26). Aparentemente, isso representava a presença de condições mais severas do que as da sua prisão anterior (27; cf. 8,18). O rei planejava cuidar dele depois de seu retorno da batalha. Entretanto, o profeta anunciou: Se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim (28).

  1. A batalha em Ramote-Gileade (22:29-36). Perturbado pela profecia de Micaías, Acabe decidiu despir as roupas que o caracterizavam como rei antes de ir para a batalha e pediu a Josafá que não tirasse as vestes reais. Esta atitude desviou a atenção de Acabe durante algum tempo (30,32).

A ordem de Ben-Hadade aos seus comandantes demonstra o respeito que sentia pela liderança militar de Acabe: Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande, mas só contra o rei de Israel (31). Ele era, naturalmente, o personagem crucial do campo de batalha, e sua captura ou morte seria considerada pelo seu exército como sinal de derrota. Isso também explica porque Acabe permaneceu corajosamente no campo da luta, ao demonstrar que nada sentia, embora tivesse sido mortalmente ferido por uma seta perdida. Entre as fivelas e as couraças (34) pode ser entendido como "entre as escamas da armadura e do peitoral" (Berk). A batalha terminou com Ramote-Gileade ainda em poder dos sírios, enquanto o exército israelita se desintegrava ao saber da morte de Acabe; a notícia se espalhou, e foi, cada um para sua cidade, e cada um para sua terra (36).

  1. Morte e sepultamento de Acabe (22:37-40). A inesperada morte de Acabe veio comprovar a profecia de Elias (21,19) e de outros profetas (20.42; 22.20). E, lavando-se o carro no tanque de Samaria, os cães lamberam o seu sangue (38) ; o versículo ainda acrescenta: Ora, as prostitutas se lavavam ali. Keil sugere que essa constru-ção gramatical deve ser aceita sob a seguinte forma: "as prostitutas estavam se ba-nhando no tanque no momento em que o carro de guerra estava sendo lavado do san-gue de Acabe.'

Peças de marfim entalhado, encontradas em Samaria, mostram que esse material era usado para decorar o interior do palácio de Acabe, como está indicado na expressão: casa de marfim (39). A grande piscina de 10x5 metros, escavada em Samaria, poderia ser o tanque do versículo 38i. Uma outra pessoa muito importante sob o ponto de vista da capacidade humana — um governante sagaz, política e militarmente competente -morreu e foi sepultado. Entretanto, assim como seu pai, Onri, Acabe se entregou a uma vida pecaminosa e idólatra que, certamente, ofuscou tudo aquilo que conseguiu realizar. O seu exemplo de impiedade teve continuidade na vida de seu filho e filha, que governa-ram os dois reinos.

G. O REINADO DE JOSAFÁ (R.S.) * (870-848 a.C.), 22:41-50 (cf. 2 Cron 17:1-20,37)

Tem início aqui a parte principal do sincronismo feito pelo historiador entre os reis de Judá e Israel. Ele prossegue através de II Reis 17:23 e termina com o relato da decadência de Samaria. Essa seção dá prosseguimento à atenção dedicada ao ministé-rio dos profetas do reino do Norte. O reinado de Josafá, que foi aqui tratado de forma muito breve, recebe um espaço muito maior em II Crônicas. Acontecimentos posterio-res no reino do Norte foram reservados para a descrição do reinado de Jeorão (R.N.) ** em II Reis 3ss.

  1. Um Bom Rei (22:41-46)

Josafá é caracterizado como aquele que fez o que era reto aos olhos do Senhor (42-43) porque nunca se envolveu com a religião idólatra. O historiador não tece comen-tários sobre o casamento de seu filho Jeorão com Atalia, a filha de Acabe'. Assim como seu pai, Asa, ele permitia a realização de cultos nos lugares altos e também conservou certos aspectos da reforma religiosa feita por seu antecessor: em particular, ele comple-tou a remoção dos sodomitas (46, os qadesh, a prostituição masculina) dos cultos cananeus, cujas práticas remontam à época de Roboão (cf. 14:21-24).

  1. Notas Finais (22:47-50)

Josafá tentou modernizar a refinaria de cobre e desenvolver o comércio com Ofir, como Salomão havia feito (cf.comentários sobre I Reis 9:26-28). O texto em II Crônicas 20:35-37 relata como Josafá caiu em desgraça ao se aliar ao iníquo Acazias (R.N.). Talvez sua recusa em permitir que os homens de Acazias se juntassem aos marinheiros dos navios de Judá (49), possa ser entendida depois do desastre descrito no versículo 48. Ele foi sepultado na Cidade de Davi (50) e sucedido por seu filho Jorão (R.S.).

H. O REINADO DE ACAZIAS (R.N.) (853-852 a.C.), I Reis 22:51-II Reis 1:18. Durante dois anos, o reinado de Acazias coincidiu com o de Josafá (R.S).

  1. Foi Caracterizado pela Iniqüidade (22.52,53)

Podemos observar dois aspectos em relação ao reinado de Acazias: primeiro, ele con-tinuou com o depravado culto aos bezerros que Jeroboão realizava em Betel e Dã, e, em segundo lugar, ele mesmo era um adorador de Baal. A influência de Jezabel, aparente-mente, começava a se fazer presente. As forças do mal não desistem facilmente; mesmo depois de exterminadas, elas muitas vezes se reagrupam e tentam voltar rapidamente.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
*

22:1

Três anos. Israel gozou de paz por três anos após a guerra de dois anos entre a Síria e Israel, descrita em 20:1-34. Durante esse período de paz, Hadadezer (Ben-Hadade II), da Síria, Acabe de Israel, e dez outros reis formaram uma coligação para afastar a invasão assíria, liderada por Salmaneser III. Os registros históricos dos assírios relatam que na principal batalha dessa campanha, que aconteceu em Qarqar, na Síria, às margens do rio Orontes (853 a.C.), Acabe contribuiu com duzentos carros de guerra e com dez mil soldados. A reivindicação assíria de que os assírios obtiveram uma grande vitória parece ser um exagero, porque os assírios se retiraram e não tentaram invadir novamente a região durante cerca de quatro anos.

* 22:2

Josafá, rei de Judá. Quanto ao seu reinado, ver os vs. 41-50 e 2Rs 3:7-27.

* 22:3

Ramote-Gileade. Localizada a cerca de 32 km a leste do rio Jordão, perto de um tributário ao rio Iarmuque, Ramote-Gileade tornou-se possessão de Israel durante a conquista (Dt 4:43; Js 20:8; conforme 1Rs 4:13) e Acabe achou que era tempo de recuperá-la dos sírios (v. 4).

* 22:4

Serei como tu és. Essa linguagem diplomática significa a concordância de Josafá em unir-se na campanha contra os sírios. Josafá parece ter sido um associado menor nessa coligação, e não um igual com Acabe, pois Acabe lhe determinou o que fazer (v. 30). Visto que anteriormente Judá fora aliado dos sírios contra Israel (15.16-21), esse novo arranjo assinalou uma mudança na política estrangeira tanto de Israel quanto de Judá. Em algum ponto no reinado de Acabe, ele formalizou suas relações com Judá, dando sua filha, Atalia, em casamento a Jeorão, filho do rei de Judá (2Rs 8:18,26). Atalia era uma devotada adoradora de Baal, e esse casamento diplomático introduziu a adoração a Baal patrocinada pelo estado, em Judá, corrompendo-se assim a adoração a Yahweh (2Rs 11).

* 22:5

Consulta primeiro a palavra do SENHOR. Era comum consultar-se a Deus ou seus profetas, antes de iniciar alguma campanha militar importante (1Sm 23:1-4; 2Sm 2:1; 2Rs 3:11; 2Cr 20:3-17).

* 22:6

profetas... quatrocentos homens. Os profetas cujas palavras ficaram registradas nas Escrituras são apenas uma fração do número total de pessoas que se chamavam de profetas naqueles tempos (18.19; 2Rs 3:13; Jr 28). Profetas também eram comuns em outras sociedades do antigo Oriente Próximo.

Eles disseram: Sobe. A maioria dos profetas israelitas anelava por agradar seus patronos, geralmente reis, proferindo lisonjas e mensagens agradáveis (Jr 28:1-4; Am 7:10-13).

* 22:7

Não há aqui ainda algum profeta do SENHOR. Josafá mostrou-se cético diante desses profetas.

* 22:8

Micaías, filho de Inlá. O nome "Micaías" significa "Quem é como Yahweh?" Ele só aparece neste capítulo.

nunca profetiza de mim o que é bom. De acordo com Jeremias, era preciso desconfiar dos profetas que profetizavam com grande otimismo sobre o futuro da nação (Jr 29:8,9).

* 22:10

assentados, cada um no seu trono. Acabe e Josafá estavam sentados no lugar onde as decisões judiciais e municipais eram tomadas (Dt 21:19; 25:7; Rt 4:1-12; Am 5:10-15).

* 22:11

Zedequias. Esse homem era um dos profetas procurados por Acabe.

chifres de ferro. Os chifres representam o poder (Dt 33:17; Zc 1:18-21). Quanto aos atos simbólicos dos profetas, ver 11.30, nota.

* 22:14

Tão certo como vive o SENHOR. Um juramento convencional (1.17, nota).

o que o SENHOR me disser, isso falarei. Mesmo que ele desejasse dizer algo diferente, Micaías só podia falar a palavra do Senhor.

* 22:15

Sobe e triunfarás. Micaías estava sendo sarcástico, e Acabe sabia disso.

* 22:17

Vi todo o Israel disperso. Micaías retrata os exércitos de Israel derrotados e sem líderes como estando em um estado de anarquia.

que não têm pastor. O termo "pastor" pode referir-se a um rei (Zc 13:7). Micaías não identificou que pastor seria este.

* 22:22

Sairei e serei espírito mentiroso. Um dos seres celestiais cumpriu os desejos de Deus usando os quatrocentos profetas como o meio de reforçar uma falsa sensação de segurança no coração de Acabe (1Sm 16:14-16; 1:6-8,12; Jr 14:14-16; 23:16,26; Ez 14:9 e Gl 1:6-9).

* 22:25

de câmara em câmara. Quando a batalha tivesse terminado, Zedequias seria envergonhado e buscaria refúgio.

* 22:28

Se voltares em paz. A despeito da vontade de Acabe, a profecia permaneceria de pé.

* 22:30

Eu me disfarçarei. O disfarce de Acabe indica que ele temeu as palavras de Micaías.

as tuas vestes. Cinicamente, Acabe convidou Josafá a ficar vestido em suas vestes reais, esperando que se algum rei tivesse que ser morto em batalha (v. 17), esse rei deveria ser Josafá.

* 22:31

Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande. Neutralizar o líder de um exército contrário era algo decisivo, porque, uma vez morto esse líder, o exército dele entraria em colapso.

* 22:38

os cães lamberam o sangue do rei. Esse ato dos cães foi um cumprimento parcial da profecia de Elias em 21.19 (conforme 2Rs 9:25,26).

as prostitutas banharam-se nestas águas. Provavelmente a referência é à prostituição cultual, efetuada no templo de Baal; mas ver referência lateral.

* 22:39

casa de marfim que construiu. As escavações arqueológicas em Samaria descobriram casas construídas com marfim decorativo que datam desse período. Tal extravagância foi ironizada por Amós (Am 3:15).

cidades que edificou. As escavações arqueológicas revelam que Samaria e Megido foram refortificadas durante esse período.

livro da História dos Reis de Israel? Ver nota em 11.41.

* 22:40

Acazias. Quanto ao reinado de Acazias, ver os vs. 51-53 e
II Reis 1.

* 22:41

no quarto ano. Se Josafá foi co-regente com seu pai Asa, por três anos, conforme alguns eruditos acreditam, o quarto ano seria 869 a.C., e se referia ao começo de seu reinado independente.

*

22:42

vinte e cinco anos reinou. Isto é, entre 872 e 848 a.C.

* 22:43

fez o que era reto perante o SENHOR. Josafá foi um dos reis do reino do sul, Judá, que o autor sagrado dos livros dos Reis retrata sob uma luz positiva.

Todavia, os altos não se tiraram. Ver nota em 3.2.

* 22:44

Josafá viveu em paz com o rei de Israel. Embora os primeiros anos do reino dividido fossem assinalados por guerras intermitentes, o tratado entre Josafá e Acabe foi o começo de um período de relações pacíficas entre Judá e Israel (conforme 2Rs 8:18,26).

* 22:45

como guerreou. Ver 2Rs 3:7-27; 2Cr 17:11; 20.

livro da História dos Reis de Judá? Ver nota em 11.41.

* 22:46

prostitutos-cultuais. Ver nota em 14.24.

* 22:47

reinava um governador. "Não havia rei em Edom", pois, com toda a probabilidade, Edom era um vassalo de Judá. O rei de Judá, era quem decidia quem governaria Edom (2Rs 8:20-22).

* 22:48

navios de Társis. Josafá, tal como fizera Salomão antes dele, quis estabelecer uma marinha sua, com base em Eziom Geber (1Rs 9:26-28; 10:22; 2Cr 20:35-37).

Ofir. Ver nota em 9.28.

* 22:49

Acazias, filho de Acabe. Ver 1Rs 22:51; 2Rs 1:18.

Vão os meus servos embarcados com os teus. Ver 2Cr 20:35-37.

* 22:51

reinou dois anos. Ou seja, entre 853 e 852 a.C.

* 22:52

seu pai... sua mãe. Ou seja, Acabe e Jezabel (1Rs 16:29-34).

nos caminhos de Jeroboão. Ver nota em 12.30.

* 22:53

Ele serviu a Baal, e o adorou. A adoração a Baal, introduzida e apoiada por Acabe e Jezabel, foi perpetuada por seu filho (16.31, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
22:6 Estes quatrocentos profetas puderam ter sido os quatrocentos sacerdotes da Asera que Elías deixou com vida no monte Carmelo, apesar de que quatrocentos e cinqüenta profetas do Baal foram mortos (veja-se 18:19-40).

22:7 Josafat sabia que havia uma diferença entre estes profetas pagãos e o "profeta do Jeová", de modo que perguntou se havia algum disponível. Era evidente que Josafat queria fazer o correto, apesar de Acab. Entretanto, ambos os reis menosprezaram a mensagem de Deus e escutaram sozinho aos profetas pagãos.

22:15, 16 por que disse Micaías ao Acab que atacasse quando previamente tinha feito um voto de falar só o que Deus lhe dissesse? Possivelmente estava falando sarcásticamente, burlando-se das mensagens dos profetas pagãos ao mostrar que estavam lhe dizendo ao rei só o que ele queria escutar. De algum jeito, o tom de voz do Micaías deixou saber a todos que se estava burlando dos profetas pagãos. Quando o rei o confrontou, predisse que o rei morreria e que se perderia a batalha. Mesmo que Acab se arrependeu temporalmente (21.27), seguiu mantendo seu sistema de falsos profetas, os quais instrumentariam o caminho para sua própria ruína.

22.19-22 A visão que teve Micaías pôde ter sido uma imagem de um incidente verdadeiro nos céus, ou uma parábola do que estava ocorrendo na terra, ilustrando que a influência sedutora dos falsos profetas seria parte do julgamento de Deus sobre o Acab (22.23). Já seja que Deus enviasse um anjo disfarçado ou não, utilizou o sistema dos falsos profetas para tender uma armadilha ao Acab em seu pecado. O espírito mentiroso (22,22) simbolizava a forma de vida desses profetas, quem disse ao rei só o que ele quis escutar.

22.20-22 Acaso permite Deus que os anjos seduzam às pessoas para fazer o mal? Para entender o mal, primeiro devemos entender a Deus. (1) Deus mesmo é bom (Sl 11:7). (2) Deus criou um mundo bom que caiu devido ao pecado do homem (Rm 5:12). (3) Algum dia Deus voltará a criar o mundo e este será bom outra vez (Ap 21:1). (4) Deus é mais forte que o mal (Mt 13:41-43; Ap 19:11-21). (5) Deus permite o mal, e portanto tem controle sobre ele. Embora Deus não criou o mal, oferece ajuda a aqueles que desejam superá-lo. (Mt 11:28-30). (6) Deus utiliza tudo, tão bom como mau, para seus bons propósitos (Gn 5:20; Rm 8:28).

A Bíblia nos mostra um Deus que odeia todo mal e que algum dia acabará com ele completamente e para sempre (Ap 20:10-15). Deus não induz a nenhum para voltar-se mau. Aqueles que se comprometem com o mal, entretanto, podem ser usados Por Deus para que pequem até mais para poder apressar o julgamento que se merecem (Ex 11:10). Não precisamos entender cada detalhe de como obra Deus para poder ter uma confiança perfeita em seu poder absoluto sobre o mal e sua total bondade para nós.

22:34 Acab não pôde escapar do julgamento de Deus. O rei de síria enviou a trinta e dois de seus melhores capitães de carros com o único propósito de matar ao Acab. Pensando em que podia escapar, Acab tratou de disfarçar-se, mas uma flecha perdida lhe pegou enquanto os carros perseguiam o rei equivocado, Josafat. Foi muito parvo por parte do Acab pensar que poderia escapar com um disfarce. Às vezes a gente trata de escapar da realidade disfarçando-se: trocam de trabalho, mudam-se a uma nova cidade, até trocam de cônjuge. Entretanto, Deus vê e avalia os motivos de cada pessoa. Qualquer tento de disfarçar-se é fútil.

22:35 Tal e como o havia predito o profeta (20.42), Acab foi morto. Veja o perfil do Acab no capítulo 19 para maior informação sobre seu triste historia.

22.41-50 Para maiores detalhes a respeito do Josafat, veja o outro registro de seu reinado em II Crônicas 17:20.

22:43 Do mesmo modo que seus antepassados Salomão e Asa, Josafat seguiu a Deus, mas não eliminou os lugares altos: os santuários pagãos das colinas (2Cr 20:33). Era contra a lei de Deus adorar ídolos nos santuários (Nu 33:52), e ao princípio Josafat tentou tirá-los (2Cr 17:6). Eram tão populares, entretanto, que foi muito difícil fazê-lo. Apesar das muitas contribuições à saúde espiritual, moral e material de seu país, Josafat não teve êxito na erradicação dos santuários das colinas.

22.52, 53 O primeiro livro de Reis começa com uma nação unida sob o Davi, o rei mais devoto na história do Israel. O livro termina com um reino dividido e com a morte do Acab, o rei mais perverso de todos. O que aconteceu? O povo esqueceu reconhecer a Deus como sua líder máximo, designou líderes humanos que ignoraram a Deus, e logo se conformou ao estilo de vida desses líderes perversos. Uma má ação ocasional gradualmente se voltou em um estilo de vida. Sua maldade flagrante só poderia enfrentar-se com o grande julgamento de Deus, que permitiu que as nações inimizades se levantassem e derrotassem ao Israel e Judá em batalha como castigo por seus pecados. Fracassar em reconhecer a Deus como o máximo líder de nossa vida é o primeiro passo para a ruína.

OS 1NVASORES DO TEMPLO

Sisac, rei do Egito - 2 Rsseis 14:25-26 - Saqueou o templo, levou-se certos tesouros

Asa, rei do Judá - 2 Rsseis 15:18-19 - Levou-se tesouros do templo e dinheiro para comprar a aliança com o rei Ben-adad de Síria

Atalía, reina do Judá - 2Rs 11:13-15; II Crônicas 24:7 - Assolou o templo; logo correu ao templo só para descobrir que seu malvado reinado tinha chegado ao final

Joás, rei do Judá - 2Rs 12:18 - Tomou ouro e objetos sagrados do templo para deter o ataque do rei Hazael de Síria

Joás, rei do Israel - 2Rs 14:14 - Entrou em templo e tomou ouro e prata para desforrar-se do Amasías

Acaz, rei do Judá - 2Rs 16:8-18- Tomou prata, ouro e vários móveis do templo para mandar um tributo suficiente e apaziguar ao Ben-adad, rei de Assíria

Ezequías, rei do Judá - 2Rs 18:13-16- Tomou toda a prata do templo e arrancou o ouro de suas portas para persuadir ao Senaquerib, rei de Síria, a deter seu ataque

Manasés, rei do Judá - 2Rs 21:4-8- Colocou altares pagãos no templo

Nabucodonosor, rei de Babilônia - 2Rs 24:13; 2Cr 36:10; 2Rs 25:1-17; 2Cr 36:18-19

Nabucodonosor atacou repentinamente ao templo durante sua segunda e terceira invasão ao Judá. Em sua terceira invasão, destruiu o templo e se levou todos seus tesouros


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53

5. A morte de Acabe (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
  • A derrota e a morte de Acabe (22)
  • Acabe não derrotou a Síria quan-do teve a oportunidade de fazê-lo, portanto o inimigo voltou a atacá-lo e, por fim, matou-o. De forma se-melhante, o rei Saul não destruiu os amalequitas, e um jovem amalequi- ta matou-o. A aliança de Acabe e do rei Josafá para essa batalha não é uma surpresa, já que a filha de Aca-be era casada com o filho daquele (2Cr 21:1-14). Observe que o rei Jo-safá queria conhecer a vontade do Senhor para essa batalha, portanto eles consultaram o profeta que mi-nistrava para Acabe. É claro que os profetas pagãos, em sua cegueira, adequaram-se aos desejos dos dois reis e prometeram vitória. Contudo, a promessa deles soou vazia. Josafá queria ouvir um profeta do Senhor. Micaías era o único disponível (e

    estava preso). Assim, eles enviaram alguém a ele e pediram sua mensa-gem. E Micaías, com santo sarcas-mo, repetiu as promessas dos profe-tas pagãos, mas o rei sabia que ele estava fingindo. Não é estranho que o perdido queira ouvir o Senhor, mas, apesar disso, não queira ou-vir a verdade nem obedecer a ela? Micaías falou a verdade: os profetas pagãos foram usados para mentir, pois o rei Acabe morreria na bata-lha e Israel seria dispersado. O que o profeta fiel recebeu por seu minis-tério? Pão e água na prisão. Contu-do, ele foi fiel ao Senhor, e é isso que conta.

    Acabe tentou evitar a morte dis-farçando-se, pois os soldados tenta-riam matar o rei primeiro. (Em Ef 6, Paulo segue essa idéia quando nos aconselha a não lutar contra a carne e o sangue, mas contra Satanás, por meio da oração e da Palavra. De-pois que você derrota o rei, o resto é fácil.) Josafá foi para a batalha com suas vestimentas reais, e o Senhor protegeu-o, mas Acabe foi morto usando seu disfarce. O versículo 34 indica que os soldados lançaram as flechas sem nem mesmo mirar, con-tudo o Senhor guiou-as até o alvo adequado. Nenhum artifício ou dis-farce protege o pecador quando o Senhor envia seu julgamento. Israel perdeu a batalha e o rei.

    Sepultaram o rei em Samaria, lavaram o carro ensanguentado no açude, e os cães lamberam o san-gue, conforme Deus prometera (20:42 e 21:19). Acazias, o filho perverso de Acabe, reinou em seu lugar, e a nação continuou em seu curso pecaminoso.

    O rei Acabe era um grande soldado que teria conduzido Israel à vitória se seguisse o Senhor em verdade, mas sua união à adoração de Baal e a má influência de sua esposa ímpia trouxeram-lhe derro-ta. Acabe vivenciou a bondade do Senhor em vitórias militares, contu-do ele recusou-se a submeter-se à Lei. Ele humilhou-se exteriormente quando o julgamento foi anunciado e, até mesmo nessa ocasião, conse-guiu um "adiamento da execução", mas seu arrependimento superficial não durou muito tempo. Os três anos e seis meses de seca e a gran-de demonstração da glória de Deus no monte Carmelo não abrandaram seu duro coração. Ele "se vendeu para fazer o que era mau" e não se arrependeu. Ele ouviu um dos maio-res profetas da história do Antigo Testamento, Elias, e mesmo assim não se arrependeu. Seus 22 anos de reinado afastaram ainda mais o povo de Deus.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
    22.1 Período em que houve uma aliança entrega Síria e os israelitas, pela qual foi possível a Israel, derrotar as assírios, em Carcar no ano 853 a.C.
    22.2 Para avistar-se. Uma visita oficial; o filho de Josafá já se casara com a filha de Acabe (2Rs 8:18 e 26).

    22.3 Afastado o perigo de uma invasão imediata pelos assírios (1n). Acabe rompe sua aliança com Ben-Hadade (20.34), para levar a cabo uma disputa sobre a importante cidade, fortificada, de Ramote de Gileade, uma das cidades de refúgio além do rio Jordão (Dt 4:43).

    22.4 Parece que a cidade sempre fora um assunto de contenda entre as duas nações, mas agora Acabe obteve o apoio de uma terceira, Judá.
    22.6 Profetas. Não está escrito "profetas do Senhor”; a palavra também se aplicava a sacerdotes e curandeiros pagãos. Estes tinham a função de dar um apoio religioso a Acabe, dizendo aquilo que ele desejava ouvir.

    22.7 Algum profeta do Senhor. Josafá era um homem justo, e não se deixava enganar tão facilmente. Pode haver muitas pessoas no mundo que se dedicam à religião, à filosofia, à invocação de coisas sobrenaturais, mas um verdadeiro servo de Deus, guiado por Sua Palavra, vale mais que a total religiosidade do mundo, quando esta não é vinculada à Pessoa de Jesus Cristo (Cl 2:8-51).

    • N. Hom. 22.9 Micaías. Mais um verdadeiro servo de Deus, que estava em seu posto num momento histórico. Sua mensagem era fiel à vontade divina e não ao entusiasmo carnal, que proclama ir tudo muito bem, mesmo quando mais se acentua a desobediência às leis de Deus. Esta passagem é uma indicação da profundeza da separação que havia entre os falsos e os verdadeiros profetas. Os falsos profetas tentavam agradar aos seus ouvintes com promessas de sorte e felicidade (Jr 28:8-24). Os falsos profetas eram reconhecidos pelas profecias que não se cumpriam (Dt 18:21). Mesmo que um profeta opere milagres e prediga corretamente o futuro, deve ser rejeitado como falso, se pregar heresias contra a lei de Deus (Dt 13:1). O verdadeiro profeta era íntegro na plena comunhão com o Senhor Deus e integrava-se completamente nos Seus planos (Jl 3:7).

    22.11 Chifres de ferro. Rechaçar seus inimigos com o poder dos chifres do boi selvagem era o quinhão de José, pai de Efraim e Manassés, e patriarca dessas tribos do norte (Dt 33:13-5), com a diferença que, naquele caso, imperava o desejo de Satanás, pondo à prova a integridade de um verdadeiro homem de Deus, e aqui é o próprio Deus que escolhe o Seu mensageiro para cumprir Sua sentença contra Acabe.

    22.25 É claro que Zedequias era um falso profeta, sem qualquer contato com Deus. Pior ainda, encarregado oficialmente para ser um despenseiro das coisas religiosas, sem ter religião.
    22.30 Acabe tentou fugir do julgamento divino, mas os seus disfarces jamais cancelariam a sentença pronunciada pelos dois profetas de Deus (21:21-24; 22.17).
    22.31 Contra o rei de Israel. O rei da Síria desejava vingança contra Acabe, por ter quebrado a aliança de maneira tão covarde e traiçoeira (1-4).

    22.32 Josafá gritou. Era, pela astúcia de Acabe, o único vestindo trajes reais. O grito deve ter sido uma oração pelo socorro divino (2Cr 18:31). O rei da Síria não quis tornar a participação casual de Josafá numa causa de uma longa guerra contra Judá.

    22.34 Ao acaso. Mais uma vez, um homem anônimo, foi instrumento das mãos de Deus sem estar consciente de Qual a Mão que manejou o seu arco. Quanto mais anônimo é o instrumento, tanto mais glória tem Aquele que dispõe de todas as coisas, segundo a Sua soberana vontade (Jo 3:27-43).

    22.36 Para a sua terra! É a derrota total, seguida pela fuga em desordem segundo a profecia de Micaías (17).

    22.38 O Senhor tinha dito. Pela boca do profeta Elias (21.19).

    22.39 À casa de marfim. Era um palácio em Samaria, com as paredes adornadas com placas de marfim, tendo móveis de marfim compensado, segundo descobertas feitas por arqueólogos, na área que antigamente era Samaria. Durante um século foi esta a moda seguida pelos ricos, pois que os pobres não tinham sequer alimentação adequada (Jl 3:13-30).

    22.41 Josafá. O plano histórico exige que se anuncie o princípio do reinado de Josafá, embora já se tenha dito algo a respeito, junto à história de Acabe, cujo reinado foi anterior ao dele. Era reto e temente a Deus (43).

    22.48 Um governador. Edom ainda sob o domínio de Judá; visto ter Davi conquistado aquele país, sua tribo ficou com esta província. Só no tempo do filho de Josafá foi que houve rebelião contra Judá (2Rs 8:20).

    22.49 Navios. de Társis. Veja 2Cr 20:35-14 e a nota Dt 10:22.

    22.50 Josafá não quis. Já bastavam as alianças com os reis infiéis à sua religião.

    22.51 Jeorão. Este rei tinha por esposa, a filha de Acabe com Jezabel; conseqüentemente, a idolatria dominante contaminara o reino de Israel, começando a imiscuir-se também no reino de Judá (2Rs 8:18).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
    A morte de Acabe (22:1-40)
    Depois de três anos de cordialidade (v. 1), a hostilidade com a Síria recomeça (v. acima comentário Dt 20:1). A ocasião é uma visita de Josafá, rei de Judá (v. 2) que é introduzida na história antes da observação cronológica do v. 41. As relações entre Norte e Sul têm sido muito debatidas, mas a sugestão de que Josafá era praticamente um vassalo de Acabe é equivocada. O casamento de Jeorão com Atalia (2Rs 8:16-12) selou o acordo entre semelhantes — e também significou problemas para Judá quando a piedade sólida de Josafá desapareceu. A estabilidade dinástica do Sul contrastava com a do Norte, e, em vista da pressão síria, a unidade era politicamente essencial de todo modo. Talvez convicções políticas semelhantes fizeram Josafá fazer parcerias muito estranhas do ponto de vista religioso (v. 2Rs 3:14). Quaisquer que tenham sido as causas, Josafá não é alguém bem-vindo na corte de Acabe, e a sua frase: Sou como tu (v. 4) é timidamente modificada pelo pedido: Peço-te que busques primeiro o conselho do Senhor (v. 5).

    Assim, o rei de Israel reuniu quatrocentos profetas (v. 6), um grupo variado de homens com a mesma perspectiva nacionalista que tinha o indivíduo citado anteriormente (cap. 20). Não eram necessariamente homens oportunistas, mas impregnados de um zelo pela guerra santa — o que era bom para Israel tinha de ser a vontade de Javé — e aparentemente inconscientes de questões morais mais profundas, v. 6. Ramote-Gileade era parte do território de Javé, de modo que eles aconselharam em uníssono: Sim, pois o Senhor a entregará nas mãos do rei. Talvez foi a forma, ou até a quantidade de profetas, que trouxe desconforto a Josafá, e assim ele pede que tragam Micaías, filho de Inlá para o cenário, com o comentário de Acabe: mas eu o odeio [...] porque [...] profetiza [...] coisas ruins (v. 8). No entanto, Micaías parece estar em liberdade, e um dos oficiais é enviado para achá-lo, enquanto continua a cena pateticamente esplêndida na porta de Samaria (v. 10-12). O mensageiro, de forma característica, dá breves instruções a Micaías e lhe aconselha de forma diplomática a também [...] ser favorável (v. 13). O tom da sua expressão: Ataca, e serás vitorioso (v. 15) deve ter sido sarcástico, e o rei o pressiona a dizer a verdade em nome do Senhor (v. 16). Micaías prossegue com a comovente visão do desastre e a intenção divina de enganar Acabe para que ataque Ramote-Gileade e morra lá (v. 20). O mistério da providência de Deus não pode ser diminuído, e os autores hebreus acima de tudo o deixam inflexível e atemo-rizador (v.comentário de 18.37). O NT não é menos contundente (e.g., 2Ts 2:11,2Ts 2:12): “... a justa lei, o castigo dos céus: aquele que odeia a verdade será enganado pela mentira” (Cowper). Qualquer tentativa de excluir Deus do processo resulta em dualismo — as duas opiniões (18,21) com que Acabe brincou a vida toda.

    v. 24. Zedequias fez então a réplica óbvia: Por qual caminho foi o espírito da parte do (ou Espírito do) Senhor, quando saiu de mim para falar a você?, suscitando assim a questão do discernimento entre profecias contrárias. A sua própria contribuição (v. 11) dá sinais de pre-meditação, possivelmente uma visão da sua própria mente (Jr 23:16). Micaías faz o teste prescrito por Moisés (Dt 18:22). Os eventos vão provar quem está certo: Você descobrirá (v. 25). A ordem do rei: Ponham este homem na prisão (v. 27) pode ter sido dada em parte para preservar a dignidade e mostrar determinação em ir à guerra e em parte para expressar ódio contido contra Micaías, que mais uma vez afirma que os eventos vão provar se ele está certo ou não: Se você de fato voltar em segurança, o Senhor não falou por meu intermédio (v. 28). O acréscimo: Ouçam o que estou dizendo, todos vocês (não está na LXX e é omitido pela BJ e pela NEB) pode ter vindo de um copista que identificou de forma equivocada Micaías com o profeta canônico Mi-quéias (v. Mq 1:2).

    A apreensão de Acabe transparece por ele ir disfarçado para o combate (v. 31; não há insinuação de que ele esperasse que Josafá sofresse no lugar dele, como sugere a versão grega: “mas tu usa as minhas vestes”). O texto não apresenta a razão de o rei da Síria ordenar: Não lutem contra ninguém [...] senão contra o rei de Israel (v. 31). Ele provavelmente considerava a campanha um ato de traição. O disparo do arco ao acaso (v. 34) causou a ferida fatal. O rei ordena: Tire-me do combate e com bravura continua orientando as operações em pé no seu carro (v. 35). ao cair da tarde, ele morreu, e a batalha acabou, v. 36. Cada homem para a sua cidade; cada um para a sua terrah a versão de Lutero (1
    984) segue a LXX e emenda o v. 37a sem pontuação ao v. 36b: “pois o rei está morto”. Levaram-no para Samaria [...] e os cães lamberam o seu sangue (v. 38), considerado um cumprimento parcial da palavra do Senhor em 21.19. A referência às prostitutas é ambígua, e algumas versões seguem uma emenda textual: “e limparam as armas” (nota de rodapé da NVI). Acabe descansou com os seus antepassados: uma frase incomum para a morte na batalha. E assim acabou a história.

    O registro é um exemplo da narrativa precisa acerca da complexidade humana; a bravura na batalha, a fraqueza, desculpadas em parte pelo reconhecimento do gênio mau de Jezabel, a consciência perturbada, o arrependimento angustiado, a rejeição subjacente da autoridade de Javé, tudo isso é mencionado. Tentar dispersar esses elementos entre supostas fontes contraditórias é perder o retrato convincente do ser humano de “mente dividida” (Jc 1:7,Jc 1:8).

    Josafá (22:41-50)

    Um comentário breve mas favorável mostra Josafá concluindo a obra do seu pai Asa (v. 46). Os altares idólatras permaneceram, uma armadilha que o autor lamenta, mas eles foram aceitos inclusive pelos javistas mais leais até a reforma de Josias. A paz com o rei de Israel (v. 44) foi registrada acima no v. 2. Edom (v. 47) reaparece na história de Judá com a reabertura do comércio interrompido pelas atividades de Hadade (11:14-22) e a invasão de Sisaque. Os navios [...] naufragaram (v. 48) e Josafá recusou a ajuda de Acamas, talvez por considerar o naufrágio um mau presságio, ou por relutar em dar passagem livre aos israelitas através de seu território (conforme 2Cr 20:35-37, em que o naufrágio é um castigo contra o acordo anteriormente feito com Acazias).

    Acazias (22:51-53)

    Acazias, filho e sucessor de Acabe, teve um reinado breve de dois anos, encurtado por um acidente fatal (2Rs 1:2); o texto conclui com uma simples constatação: Prestou culto a Baal e o adorou [...] como o seu pai tinha feito (v. 53).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 41 até o 50
    XIII. JOSAFÁ DE JUDÁ 1Rs 22:41-11. 2Cr 17:0; 2Cr 20:1-14 fornecem-nos muita matéria suplementar. Todavia os altos não se tiraram (44); ver 15.14 nota. Rapazes escandalosos (47); ver 14.24 nota. Não havia rei em Edom (48). Edom estava sob o poder de Judá. Porém Josafá não quis (50); a destruição dos navios por um súbito vendaval mostrou ao rei o erro que cometera. A ação de Acazias é esclarecida em 2Cr 20:35-14. É possível que ao ver Josafá abatido, Acazias se oferecesse para assumir uma responsabilidade mais pesada, oferecimento que teria sido declinado por razões políticas e religiosas.

    Dicionário

    Asa

    substantivo feminino Órgão do voo das aves, dos morcegos e dos insetos.
    [Zoologia] Membros anteriores das aves.
    [Aeronáutica] Cada um dos planos de sustentação do avião.
    Apêndice em forma de argola, ou semicircular, de certos utensílios, que serve para os segurar; alça: a asa da xícara.
    Botânica As duas pétalas laterais da flor das papilionáceas; apêndice sedoso de certas sementes que permite ao vento disseminá-las.
    Figurado Tudo o que é rápido; ligeiro, veloz: nas asas do pensamento.
    Qualquer objeto ou peça que se assemelha a uma asa.
    Ala lateral de um prédio.
    Nave lateral de uma edificação religiosa.
    Botânica Prolongamento de sementes e frutos.
    Conjunto dos braços ou ombros.
    expressão Asas do nariz. Partes laterais das narinas.
    Asas de um edifício. Suas partes laterais.
    Figurado Arrastar a asa. Fazer a corte, galantear.
    Bater asa ou as asas. Distanciar rapidamente de; fugir.
    Ter asas. Ser muito veloz.
    Etimologia (origem da palavra asa). Do latim ansa.ae.

    Médico. 1. Filho de Abias e rei deJudá, que se distinguiu pela sua dedicação ao verdadeiro culto do SENHoR e pela sua ativíssima hostilidade à idolatria (1 Rs 15.9 a 24 – 2 Cr 15.1 a 19). Sua avó Maaca prestava culto a certo ídolo num bosque, mas Asa queimou esse símbolo religioso, e mandou lançar as suas cinzas no ribeiro de Cedrom, despojando depois Maaca da sua dignidade de rainha-mãe. Asa fortificou cidades na fronteira e levantou um grande exército, com o qual derrotou inteiramente o invasor Zerá. Voltando a Jerusalém, convocou uma grande assembléia, na qual foi renovado, com impressiva solenidade, o concerto de buscar a nação o Senhor Deus de israel (2 Cr 15). Aliando-se com Ben-Hadade, rei de Damasco, Asa obrigou Baasa, rei de israel, a abandonar o seu projeto de fortificar Ramá, e firmou as fortalezas de Geba e Mispa em Benjamim com a intenção de evitar a emigração de Judá, ou a imigração para este reino. Asa morreu, muito estimado e honrado pelo seu povo, no ano quarenta e um do seu reinado. 2. *veja 1 Cr 9.16.

    1. Bisneto de Salomão, sucedeu seu pai Abias no trono de Judá e reinou em Jerusalém de 911 a 870 a.C. “Fez Asa o que era reto aos olhos do Senhor, como Davi, seu pai” (1Rs 15:8-11; 1Cr 3:10). O escritor de I Reis enfatiza especialmente seu trabalho de remoção dos ídolos da terra e a expulsão dos prostitutos cultuais: “Embora ele não tenha tirado os altos, o coração de Asa foi reto para com o Senhor todos os seus dias” (1Rs 15:14).

    Durante seu reinado, o rei Baasa, de Israel, declarou guerra contra Judá, sitiou toda a região e não permitiu que alguém entrasse naquele território. Asa juntou os tesouros remanescentes no Templo e enviou como presente ao rei da Síria, para que o ajudasse contra Israel. O monarca sírio concordou e atacou Baasa, destruindo muitas cidades.

    O livro de Crônicas traz maiores detalhes sobre o reinado de Asa (2Cr 14:15), onde a fidelidade deste rei para com Deus é enfatizada. Ele clamou ao Senhor, para que o ajudasse na batalha, reconhecendo que podia confiar em Deus para obter ajuda e que o Senhor era o Todopoderoso (2Cr 14:11). Deus ajudou-o a derrotar Zerá, o etíope, a despeito do exército inimigo, procedente do norte, ser muito mais numeroso. Quando encontrou-se com Asa, o profeta Azarias assim transmitiu sua mensagem: “O Senhor está convosco, quando vós estais com ele. Se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, ele vos deixará” (2Cr 15:2). Azarias prosseguiu, prometendo recompensas e bênçãos de Deus, se o rei permanecesse fiel. Essa mensagem foi de grande valia para Asa, que continuou seu trabalho de fé na destruição de mais ídolos, não só em Judá como também nas partes de Efraim que estavam sob seu controle, na região de Efraim (2Cr 15:8).

    Tal era a luz de Deus na nação durante o reinado de Asa que pessoas do reino do Norte foram atraídas para o Sul e vieram a Judá, ao verem a bênção de Deus sobre a nação. Asa liderou todo o povo num ato de renovação do pacto, no qual “entraram em aliança de buscarem o Senhor, Deus de seus pais, de todo o seu coração, e de toda a sua alma” (2Cr 15:12).

    Assim, houve grande progresso no reino. A nação era abençoada e a paz foi estabelecida. A prova de que o Senhor honra os que confiam nele não poderia ser mais clara. Por um breve tempo os povos que viviam ao redor tiveram uma pequena amostra da “luz” que uma Judá fiel a Deus demonstrava para as nações vizinhas.

    O sucesso de Asa, entretanto, subiu-lhe à cabeça. O cronista então nos mostra o quanto foi errado ele estabelecer um pacto com o rei da Síria. Deveria ter aprendido, depois da experiência com os etíopes, que Deus podia protegê-lo de Baasa sem tais alianças (2Cr 16). Apesar de Asa ter vencido o rei de Israel, o profeta Hanani foi enviado pelo Senhor para lhe dizer que, devido à sua falta de fé, ele e seu povo estariam em constante guerra. O próprio rei adoeceu; mas, apesar da enfermidade, não se voltou para Deus (2Cr 16:12).

    Vemos claramente nessa passagem que a doença que Asa experimentou e as guerras que enfrentou foram designadas por Deus, para levá-lo ao arrependimento e de volta à fidelidade que demonstrou tão bem e por tanto tempo em seu reinado. Até onde sabemos, entretanto, Asa não se arrependeu, e sua história fica como um alerta de que o compromisso com Deus deve ser total e completo, de todo coração e alma e em todas as circunstâncias.

    Em I Reis 16 os governos de vários reis de Israel são datados em relação ao de Asa, de Judá. Quando ele finalmente morreu, com idade bem avançada, seu filho Jeosafá tornou-se rei (1Rs 15:24-1Rs 22:41; etc.). Asa é mencionado na genealogia de Jesus, em Mateus 1:7-8.

    2. Mencionado em I Crônicas 9:16, era pai de Berequias, um dos levitas citados entre os que retornaram para Jerusalém, depois do cativeiro babilônico.

    P.D.G.


    Asa [Médico] - Terceiro rei de Judá, que reinou 41 anos (911-870 a.C.), depois de Abias, seu pai. Asa promoveu uma reforma religiosa (1Rs 15:9-24); (2Ch 14—16).

    Desterrar

    fazer sair da terra, do país; banir

    desterrar
    v. tr. dir. 1 Expulsar da pátria; banir, exilar. pron. 2 Expatriar-se; emigrar. tr. dir. 3 Afastar, afugentar.

    Dias

    substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
    Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.

    Pai

    Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

    Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

    Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

    Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

    [...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


    Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    Rapazes

    masc. pl. de rapaz

    ra·paz
    nome masculino

    1. Criança do sexo masculino; menino.

    2. Homem entre a infância e a adolescência; garoto; moço.

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    3. Rapace.

    Plural: rapazes.
    Confrontar: rabaz.

    Resto

    Resto
    1) SOBREVIVENTE (Jr 42:2).


    2) Pequeno número de fiéis (Rm 11:5, RC).


    Terra

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

    terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

    [...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

    O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

    Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

    [...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

    [...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

    O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    [...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

    Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

    O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

    [...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

    [...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

    [...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
    Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    [...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

    Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

    O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

    A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

    [...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

    A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

    A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

    Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o nosso campo de ação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

    O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

    A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

    A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

    A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

    [...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

    O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

    [...] é a vinha de Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    [...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

    Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

    [...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

    A Terra é também a grande universidade. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

    Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

    A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

    [...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Reis 22: 47 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então não havia rei em Edom, porém um indicado servia de rei.
    I Reis 22: 47 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    853 a.C.
    H123
    ʼĔdôm
    אֱדֹם
    Edom
    (Edom)
    Substantivo
    H369
    ʼayin
    אַיִן
    nada, não n
    ([there was] not)
    Partícula
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H5324
    nâtsab
    נָצַב
    ficar de pé, tomar o seu lugar, permanecer de pé, ser colocado (sobre), estabilizar
    (standing)
    Verbo


    אֱדֹם


    (H123)
    ʼĔdôm (ed-ome')

    0123 אדם ’Edom ed-ome’ ou (forma completa) אדום ’Edowm ed-ome’

    procedente de 122; DITAT - 26e, grego 2401 Ιδουμαια; n pr m

    Edom = “vermelho”

    1. Edom
    2. Edomita, idumeu - descendentes de Esaú
    3. terra de Edom, Iduméia - terra ao sul e sudeste da Palestina

    אַיִן


    (H369)
    ʼayin (ah'-yin)

    0369 אין ’ayin

    aparentemente procedente de uma raiz primitiva significando ser nada ou não existir; DITAT - 81; subst n neg adv c/prep

    1. nada, não n
      1. nada neg
      2. não
      3. não ter (referindo-se a posse) adv
      4. sem c/prep
      5. por falta de

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    נָצַב


    (H5324)
    nâtsab (naw-tsab')

    05324 נצב natsab

    uma raiz primitiva; DITAT - 1398; v

    1. ficar de pé, tomar o seu lugar, permanecer de pé, ser colocado (sobre), estabilizar
      1. (Nifal)
        1. posicionar-se, colocar-se
        2. ficar de pé, estar posicionado
        3. ficar de pé, tomar uma posição ereta
        4. estar posicionado, ser designado
        5. representante, intendente, superintendente, designado (substantivo)
        6. permanecer firme
      2. (Hifil)
        1. posicionar, estabelecer
        2. pôr, erguer
        3. fazer permanecer ereto
        4. fixar, estabelecer
      3. (Hofal) ser fixado, ser determinado, ser posicionado