Enciclopédia de II Reis 1:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2rs 1: 1

Versão Versículo
ARA Depois da morte de Acabe, revoltou-se Moabe contra Israel.
ARC E DEPOIS da morte de Acabe, Moabe se revoltou contra Israel.
TB Depois da morte de Acabe, rebelou-se Moabe contra Israel.
HSB וַיִּפְשַׁ֤ע מוֹאָב֙ בְּיִשְׂרָאֵ֔ל אַחֲרֵ֖י מ֥וֹת אַחְאָֽב׃
BKJ Então, Moabe se rebelou contra Israel depois da morte de Acabe.
LTT E depois da morte de Acabe, Moabe se rebelou contra Israel.
BJ2 Depois da morte de Acab, Moab revoltou-se contra Israel.
VULG Fratribus qui sunt per Ægyptum Judæis, salutem dicunt fratres qui sunt in Jerosolymis Judæi, et qui in regione Judææ, et pacem bonam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Reis 1:1

Números 24:7 De seus baldes manarão águas, e a sua semente estará em muitas águas; e o seu rei se exalçará mais do que Agague, e o seu reino será levantado.
II Samuel 8:2 Também feriu os moabitas, e os mediu com cordel, fazendo-os deitar por terra, e os mediu com dois cordéis para os matar, e com um cordel inteiro para os deixar em vida; ficaram, assim, os moabitas por servos de Davi, trazendo presentes.
II Reis 3:4 Então, Mesa, rei dos moabitas, era contratador de gado e pagava ao rei de Israel cem mil cordeiros, e cem mil carneiros com a sua lã.
II Reis 8:20 Nos seus dias, se revoltaram os edomitas contra o mando de Judá e puseram sobre si um rei.
II Reis 8:22 Todavia, os edomitas ficaram revoltados contra o mando de Judá até ao dia de hoje; então, também se revoltou Libna no mesmo tempo.
I Crônicas 18:2 Também feriu os moabitas, e os moabitas ficaram servos de Davi, trazendo presentes.
Salmos 60:8 Moabe é a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia jubilarei.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A conquista da Transjordânia

século XV ou XIII a.C.
MOISÉS ENVIA ESPIAS
Guiado por uma nuvem provida pelo Senhor, Moisés conduziu seu povo a Cades-Barnéia (atuais fontes de Qudetrat) na região nordeste da península do Sinai. Dali, enviou doze homens para espiar a terra de Canaã, a qual o Senhor havia dado as israelitas.? Os espias atravessaram a terra toda, chegando até Reobe ao norte e, depois, voltaram do vale de Escol com romás e figos e um cacho de uvas pendurado numa vara carregada por dois homens.? Os espias ficaram impressionados com a fertilidade de Canaà, uma "terra que mana leite e mel", mas seu relatório não foi inteiramente favorável. As cidades de Canaá eram fortificadas e a terra devorava quem vivia nela. Os habitantes eram de estatura gigantesca e, em comparação com eles, os espias pareciam gafanhotos. Quando os israelitas ouviram esse relatório, gritaram em voz alta, choraram e murmuraram contra Moisés e Arão: "Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?" (Nm 14:2-3). Dois espias, Josué e Calebe, estavam certos de que o Senhor ajudaria os israelitas a conquistar Canaã, mas a opinião dos outros dez espias prevaleceu, levando o Senhor a expressar seu desprazer a Moisés e Arão. Todos os murmuradores com vinte anos de idade ou mais morreriam no deserto. Os israelitas passariam quarenta nos vagando pelo deserto até que toda aquela geração tivesse morrido. Uma tentativa do povo de entrar em Canaà sem a permissão de Moisés redundou em fracasso e os amalequitas e cananeus perseguiram o exército israelita at Horma

A VOLTA A CADES-BARNÉIA
Trinta e oito anos depois os israelitas voltaram a Cades-Barnéia, onde Miriã, a irmã de Moisés, faleceu. Quando a nova geração começou a murmurar devido à falta de água, como seus pais haviam feito, o Senhor disse a Moisés para falar à rocha de modo a produzir água. Exasperado, Moisés feriu a rocha e a água jorrou, mas o Senhor o informou que, por não haver confiado que Deus demonstraria seu poder publicamente, Moisés não entraria na terra prometida."

EDOM NÃO DÁ PASSAGEM A ISRAEL
Ao invés de prosseguir em direção ao norte e lutar contra os povos locais para entrar em Canaã, os israelitas planejaram passar pelas terras a leste do mar Morto e do rio Jordão e entrar em Canaã pelo leste. Para seguir esse caminho teriam de entrar no território dos edomitas, os descendentes de Esaú, o irmão gêmeo de Jacó. Moisés enviou mensageiro pedindo passagem, mas o rei de Edom recusou, obrigando os israelitas a contornarem o território edomita. No monte Hor, Arão, irmão de Moisés, faleceu aos 123 anos de idade.

A DERROTA DE SEOM
Os israelitas atravessaram o vale de Zerede e se dirigiram ao vale do rio Arnom, na frontera com Moabe. Naquela época, grande parte do território moabita era governado por um rei amorreu chamado Seom. Além de recusar passagem aos israelitas, Seom os atacou em Jasa. Os livros de Números e Deuteronòmio no Antigo Testamento tratam dessa campanha e registram os acontecimentos de um ponto de vista claramente israelita, afirmando que Israel ocupou Hesbom, a capital de Scom, e destruiu completamente todas as cidades e habitantes do seu reino.

A DERROTA DE OGUE
Quando Moisés e o povo prosseguiram em direção ao norte, para a terra de Basã, a região a nordeste do mar da Galiléia, Ogue, rei de Basà, que reinava em Astarote, saiu à guerra em Edrei (Der'a) na Síria. Ogue foi derrotado e sessenta das suas cidades fortificadas com grandes muralhas, portas e ferrolhos passaram para as mãos dos israelitas. Mais uma vez 1srael destruiu completamente as cidades e todos os seus habitantes. O livro de Deuteronômio faz uma observação curiosa acerca da cama de Ogue, a qual, na época em que o livro foi escrito, ainda podia ser vista em Rabá dos amonitas, atual Amá. O móvel com 4 m de comprimento é descrito como um "leito de ferro". Uma tradução preferível é "decorado com ferro"; porém, tendo em vista vários sarcofagos de basalto terem sido encontrados em Basâ, outra interpretação sugerida "sarcófago de basalto". As vitórias dos israelitas sobre Seom e Ogue lhes deram um território amplo a leste do Jordão, uma base segura para preparar a campanha militar contra os povos do outro lado do rio Jordão. As tribos de Rúben e Gade e a meia tribo de Manassés receberam a garantia de que poderiam ocupar as terras a leste do Jordão desde que participassem da conquista de Canaá junto com as outras tribos de Israel.

BALAÃO
Em seguida, os israelitas acamparam nas campinas de Moabe (também chamadas de Sitim) defronte a cidade de Jerico, mas separadas dela pelo rio Jordão. Balaque, rei de Moabe, contratou um adivinhador chamado Balaão para proferir maldições contra os israelitas. Os mensageiros do rei foram buscar Balaão em Petor, na terra de Amav, ou seja, no vale de Sajur, entre Alepo e Carquemis, junto ao Eufrates, uma região correspondente, hoje, ao norte da Síria. Na verdade, todos os oráculos de Balaão registrados no livro de Números são bênçãos, e não maldições. Assim, quando se viu incapaz de amaldiçoar os israelitas, Balaão os seduziu ao culto a Baal e à imoralidade sexual com mulheres moabitas. Posteriormente, ele pagaria por isso com a vida." Este adivinhador, conhecido principalmente pelo episódio em que sua jumenta lhe falou, também aparece numa inscrição aramaica escrita em nanquim sobre gesso de Tell Deir Alla (chamada na Bíblia de Sucote) na atual Jordânia, datada de c. 800 a.C.O texto em questão mostra como a fama de Balaão era ampla.

DEUTERONÔMIO
Talvez devido à imoralidade e idolatria dos israelitas nas campinas de Moabe, Moisés considerou necessário repetir a lei à nova geração prestes a entrar na terra prometida. As palavras proferidas pelo líder de Israel nessa ocasião constituem o livro conhecido como Deuteronômio (um termo grego que significa "segunda lei" ou "lei repetida"). A segunda definição ("lei repetida") deve ser preferida, pois o livro é uma reiteração da lei já transmitida, e não uma segunda parte da mesma. A forma básica de Deuteronômio é semelhante à de Êxodo- Levítico. No final do livro, Moisés ensina um cântico ao povo para ajudá-los a lembrar das palavras do Senhor e obedecê-las e abençoa cada uma das doze tribos de Israel.

A MORTE DE MOISÉS
Deus ordenou que Moisés subisse o monte Nebo, defronte de Jerico, e visse a terra prometida. Devido à desobediência do líder de Israel em Cades-Barnéia, Deus não lhe permitiu entrar em Canaã. Do alto do monte Nebo (provavelmente o atual Jebel en-Neba, com 835 m de altura), Moisés pôde ver grande parte da terra prometida estendendo-se mais de 1.000 m abaixo dele, desde o pico branco e brilhante do monte Hermom, ao norte do mar da Galiléia, até Zoar, na extremidade sul do mar Morto. Também deve ter visto as cidades de Jerico, Jerusalém e Belém. No alto deste monte, aos cento e vinte anos de idade, Moisés faleceu inteiramente lúcido. De acordo com o autor do posfácio de Deuteronômio, o Senhor sepultou Moisés em Moabe, no vale defronte de Bete-Peor. "E ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura (…..] Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face, no tocante a todos os sinais e maravilhas que, por mando do Senhor, fez na terra do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais e a toda a sua terra; e no tocante a todas as obras de sua poderosa mão e aos grandes e terríveis feitos que operou Moisés à vista de todo o Israel" (Dt 34:66-10-12).

A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia
A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Os REIS DE ISRAEL

930-741 a.C.
A DINASTIA DE ONRI
Como vimos anteriormente, Israel, o reino do norte, foi caracterizado por um governo instável no qual o trono foi tomado por vários usurpadores. Um deles, chamado Onri, estabeleceu uma dinastia que proporcionou estabilidade relativa a Israel. Apesar da Bíblia dedicar apenas seis versículos ao reinado de Onri (880-873 a.C.),' outras fontes deixam claro que ele foi um rei importante. A conquista de Moabe por Onri encontra-se registrada na famosa Pedra Moabita, hoje no museu do Louvre, em Pais (ver abaixo). Foi Onri quem estabeleceu Samaria como capital de Israel, o que explica o fato dos assírios chamarem Israel de "casa de Onri" muito tempo depois da extinção dessa dinastia.
Onri foi sucedido por seu filho Acabe (873-853 aC.). O primeiro livro de Reis afirma a seu respeito: "Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele" (1Rs 16:30) e ressalta que Jezabel, a esposa fenícia de Acabe, promoveu a idolatria em Israel. Escavações realizadas em Samaria revelaram vários fragmentos de marfim entalhado, provavelmente da " casa de marfim"2 de Acabe, que mostram influências fenícias e egípcias. Num episódio bastante conhecido, Acabe e Jezabel foram repreendidos pelo profeta Elias por mandar matar Nabote, o jezreelita, a fim de obter sua vinha: cães lamberiam o sangue de Acabe no lugar onde haviam lambido o sangue de Nabote e devorariam Jezabel dentro dos muros de Jezreel.' Quando Acabe morreu em combate e foi levado de carro até Samaria, de fato, os cães lamberam o sangue no seu carro.

A DINASTIA DE JEÚ
O profeta Elias atendeu à ordem do Senhor e ungiu a Jeú, o comandante do exército, como rei de Israel. Num golpe sangrento, Jeú exterminou a dinastia de Onri e matou não apenas Jorão, rei de Israel, mas também Acazias, rei de Judá. Também executou os sacerdotes de Baal, os filhos de Acabe que haviam sobrevivido e a viúva de Acabe, Jezabel, da qual restou apenas o crânio, os pés e as mãos, pois o resto de seu corpo foi devorado pelos cães.°
Logo no início de seu reinado, Jeú (841-813 a.C.), ou seu embaixador, pagou tributo ao rei assírio Salmaneser III (859-824 a.C.), conforme retratado no famoso Obelisco Negro de Salmaneser, da cidade assíria de Nimrud. Uma inscrição identifica Jeú como "Jeú, filho de Onri". Cortesãos numa longa fila trazem tributos: ouro, prata e frutas. Pode-se observar, portanto, que Israel foi obrigado a reconhecer o poder crescente da Assíria. Jeroboão II (781-753 a.C.), bisneto de Jeú, aproveitou um período em que a Assíria se encontrava enfraquecida conquistou grande parte da Síria para Israel, conforme havia sido predito pelo profeta Jonas. O reino de Jeroboão II foi caracterizado por prosperidade crescent, acompanhada de idolatria. O profeta Amós apresenta uma descrição vívida:
"(Vós] que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comes os cordeiros do rebanho e os bezerros do cevadouro; que cantais à toa no som da lira e inventais, como Davi, instrumentos músicos para vós mesmos; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo.
Amós 6:4-6
Entalhes suntuosos de marfim e grandes construções encontradas em Samaria, a capital israelita, são provas arqueológicas dessa prosperidade. Além disso, 102 óstracos escritos em hebraico foram encontrados em Samaria e provavelmente podem ser datados do reinado de Jeroboão II. As inscrições registram recibos de vinho e azeite, provavelmente referentes ao pagamento de impostos de propriedades nos arredores de Samaria.

Um selo magnífico de jaspe com a inscrição "Pertencente a Shema, servo de Jeroboão" (referindo-se provavelmente a Jeroboão I) foi encontrado em Megido. Como o profeta Amós predisse, essa prosperidade não seria duradoura: "Mas não vos afligis com a ruína de José. Portanto, agora, ireis em cativeiro entre os primeiros que forem levados cativos, e cessarão as pândegas dos espreguiçadores.
Amós 6.6h-7
O Senhor tinha dito a Jeú que sua dinastia duraria apenas quatro gerações. Zacarias, filho de Jeroboão Il, foi assassinado por Salum. Este tomou o trono, mas o ocupou por apenas um mês antes de sucumbir a outro usurpador chamado Menaém (752-741 a.C.). Para infelicidade de Israel, os assírios voltaram a ganhar força no reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.) e, trinta anos depois da morte de Teroboão II, os israelitas foram exilados na Assíria.

ESTÁBULOS EM MEGIDO?
Escavações em Megido revelaram um grande conjunto de construções, identificados, por vezes, como estábulos com capacidade para até 450 cavalos. De cada lado de uma passagem central com 3 m de largura havia duas fileiras de colunas de pedra que sustentavam o telhado e, supostamente, serviam como postes as quais os cavalos podiam ser amarrados. As instalações também contavam com cochos, armazéns de cereais e tanques de água feitos de tijolos de barro. Logo depois de sua descoberta, o local foi associado a Salomão, em parte devido à referência às suas "cidades para carros" em I Reis 10:26. Essa atribuição não é mais defensável, pois pode-se observar que a extremidade sudeste do conjunto foi construída sobre um edifício do tempo de Salomão. Hoje em dia, esse complexo é considerado obra de Acabe, conhecido por ter usado dois mil carros na batalha contra os assírios em Qarqar, no rio Orontes na Síria em 853 a.C.O consenso entre os estudiosos é de que, na verdade, as instalações não são estábulos, mas sim, armazéns como aqueles ao redor das construções. Edifícios semelhantes encontrados em Hazor também passaram a ser considerados armazéns.

A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Em 1868, F. A. Klein, um missionário alemão que morava em Jerusalém, viu uma placa encontrada na cidade de Dhiban (a Dibom bíblica) na atual Jordânia, com c. de 1,1 m de altura e 34 linhas de inscrições. Durante as negociações para comprar a pedra, C. S. Clermont-Ganneau, representante do museu do Louvre, conseguiu fazer um molde das inscrições, uma decisão prudente, pois, algum tempo depois, os proprietários da pedra colocaram-na no fogo e derramaram água fria para que se partisse em fragmentos. Alguns destes fragmentos nunca mai foram encontrados, porém o molde permitiu recuperar o texto parcialmente. Gravada em c. 830 a.C. por Mesa, rei de Moabe, a inscrição na língua moabita (que possui semelhanças com o hebraico) registra: "Onri era rei de Israel e oprimiu Moabe por muitos dias" (linhas 4-5). Mesa continua: "E Onri tomou posse da terra de Medeba e viveu nela durante seus dias e metade dos dias de seu filho quarenta anos" (linhas 7-8). Por fim, Mesa conseguiu se livrar desse domínio israelita.° Ele registra que tomou alguns dos utensílios do Senhor: "Tire de lá os utensílios do Senhor" (linhas 17-18). Esta é a primeira menção extra-bíblica das quatro consoantes hebraicas (YHWH) que constituem o nome do Senhor.

Guerra entre Israel e os moabitas

 

sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Guerra entre Israel e os moabitas
Guerra entre Israel e os moabitas
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Gênesis e as viagens dos patriarcas

Informações no mapa

Carquemis

Alepo

Ebla

Hamate

Tadmor (Palmira)

Hobá

Sídon

Damasco

GRANDE MAR

Tiro

Asterote-Carnaim

Megido

Dotã

Siquém

Sucote

Penuel

Betel

Gileade

Belém

CANAÃ

Gaza

Hebrom

MOABE

Torrente do Egito

Gerar

Berseba

Poço de Reobote

Bozra

Sur

Poço de Beer-Laai-Roi

Gósen

Ramessés

Om

Mênfis

EGITO

Rio Nilo

Cades, En-Mispate

Deserto de Parã

EDOM, SEIR

Temã

Avite

El-Parã (Elate)

Harã

PADÃ-ARÃ

Rio Eufrates

Mari

ASSÍRIA

Nínive

Calá

Assur

Rio Hídequel (Tigre)

MESOPOTÂMIA

ELÃO

Babel (Babilônia)

SINEAR (BABILÔNIA)

CALDEIA

Ereque

Ur

Siquém

Sucote

Maanaim

Penuel, Peniel

Vale do Jaboque

Rio Jordão

Betel, Luz

Ai

Mte. Moriá

Salém (Jerusalém)

Belém, Efrate

Timná

Aczibe

Manre

Hebrom, Quiriate-Arba

Caverna de Macpela

Mar Salgado

Planície de Savé-Quiriataim

Berseba

Vale de Sidim

Neguebe

Zoar, Bela

?Sodoma

?Gomorra

?Admá

?Zeboim


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL


MOABE

Atualmente: JORDÂNIA
Planalto a 960 metros de altitude entre os rios Arnon e Zerede.

Moabe ou Moab (hebraico מוֹאָב ou Moʾav; grego Μωάβ; assírio Mu'aba, Ma'ba, Ma'ab; egípcio Mu'ab) é o nome histórico de uma faixa de terra montanhosa no que é atualmente a Jordânia, ao longo da margem oriental do Mar Morto. Na Idade Antiga, pertencia ao Reino dos Moabitas, um povo que estava frequentemente em conflito com os seus vizinhos israelitas a oeste. Os moabitas são um povo histórico, cuja existência é atestada por diversas descobertas arqueológicas, em especial a Estela de Mesa, que descreve a vitória moabita sobre um filho (não identificado) do rei Onri de Israel . Sua capital foi Dibom, localizada próxima a moderna cidade Jordaniana de Dhiban.

A etimologia da palavra é incerta. A interpretação mais antiga é encontrada na Septuaginta que explica o nome, em alusão óbvia à descrição da ascendência de Moabe, como ἐκ τοῦ πατρός μου. Outras etimologias que têm sido propostas a consideram como uma decomposição de "semente de um Pai", ou como uma forma particípia de "desejar", conotando assim "a desejável (terra)". Rashi explica que a palavra Mo'ab significa "do Pai", já que "ab" em Hebreu, Árabe e nas demais línguas semíticas significa Pai (Deus). Ele escreveu que como um resultado da imodéstia do nome de Moab, Deus não ordenou aos Judeus que se abstivessem de produzir aflição sobre os Moabitas de modo o qual Ele fez em respeito aos Amonitas. Fritz Hommel considera "Moab" como uma abreviação de "Immo-ab" = "sua mãe é seu pai".

Abelsatim é uma famosa planície onde os hebreus se detiveram para chorar a morte de Moisés.

Mapa Bíblico de MOABE



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Introdução ao Livro de II Reis
Os Livros de

REIS

Introdução

Os dois livros intitulados 1 eII Reis em nossas bíblias eram originalmente um único texto, e eram os últimos na lista dos "primeiros profetas" do cânon hebraico. A divisão em duas partes ocorreu na Septuaginta, á primeira tradução do Antigo Testamento — uma tradução grega. As duas partes foram ali chamadas de Terceiro e Quarto Reino. O meio-termo entre este e o título hebraico é a Vulgata, III e IV "de Reis". Esta divisão nas bíblias hebraicas impressas é primeiramente encontrada na Primeira Bíblia Rabínica de 1517, de Daniel Bombergl.

A. Conteúdo e Estilo

O conteúdo de 1 e II Reis é uma outra narrativa e uma interpretação teológica dos acontecimentos significativos na história de Israel, do encerramento do reinado de Davi até a queda de Jerusalém, com uma nota final sobre a libertação de Joaquim, da prisão. Assim, esta narrativa é principalmente uma síntese e interpretação: (1) do restante do reinado de Davi não tratado em II Samuel; (2) do reinado de Salomão (I Reis 1:1-11.
41) ; (3) da divisão (I Reis
12) ; (4) dos reinados dos monarcas dos dois reinos divididos (I Reis 12:1-2 Rs 17.) ; e (5) dos reinados dos demais reis de Judá (II Reis 18:25). Várias vezes o relato do reinado de um rei em particular contém incidentes do encontro dele com um profeta ou profetas; por exemplo, os encontros de Acabe com Micaías e Elias.

Várias referências a todos os reis deixam claro que o historiador fez uso das fontes disponíveis. Três são especificamente mencionadas: (1) "O Livro da História de Salomão" (I Reis 11:41) ; (2) "O Livro das Crônicas dos Reis de Israel" é mencionado pela primeira vez no final do relato do reinado de Jeroboão (I Reis 14:19), mas é citado diversas vezes depois disso; (3) "O Livro das Crônicas dos Reis de Judá" é referido pela primeira vez no final do relato do reinado de Roboão, mas também é regularmente mencionado no final dos relatos dos reinados de outros reis judeus'.

Os relatos dos reinados dos reis posteriores a Salomão são geralmente incluídos em uma estrutura literária do historiador. Esta estrutura é usada pela primeira vez no relatório do reinado de Roboão. Em sua forma mais simples, ela consiste de três partes:

  • A fórmula introdutória: "Roboão, filho de Salomão, reinava em Judá..." (1 Rs 14,21) — a idade em que o rei iniciou o seu reinado, a duração de seu reinado, e também o nome da rainha mãe.
  • Segue então o relato dos acontecimentos significativos do reinado, ao menos os eventos que o historiador quis incluir para o seu propósito (para Roboão, veja I Reis 14:22-28).
  • A última parte é a fórmula final: "Quanto ao mais dos atos de Roboão e a tudo quanto fez..." (I Reis 14:29-31), inclusive a referência ao lugar de sepultamento e o nome do seu sucessor.
  • A mesma estrutura em geral é usada para os reis do Reino do Norte, exceto que a fórmula introdutória não inclui a idade do rei na época de sua ascensão ao trono, nem o nome de sua mãe (cf. 1 Rs 15:25-32; 15:33-16.7; et al.).

    B. Autoria e Data

    Os livros de 1 e II Reis, como a maioria dos livros do Antigo Testamento, são anônimos. Qualquer proposta com relação à data da redação e da autoria deve permanecer como matéria de conjectura. A tradição diz que Jeremias escreveu o Livro de Jeremias, o Livro de Reis e Lamentações. Há vários pontos que tornam esta tradição atrativa. A ênfase em parte de Reis e a interpretação da história da monarquia são as mesmas que as de Jeremias. Também II Reis 24:18-25.30 é quase idêntico a Jeremias 52:1-34. No entanto, a autoria de Jeremias como a de Reis é raramente defendida por estudiosos bíblicos'.

    As propostas com relação à autoria e à data para a maior parte dos estudiosos estão dentro do contexto de análise literária moderna do Pentateuco, ou vitalmente associadas a ela. Norman Snaith, por exemplo, propôs que 1 e II Reis passaram por duas edições; a primeira por volta de 609 a.C., e a segunda em torno de 550 a.C., e que notações menores as completaram um século mais tarde ou ainda posteriormente'.
    G. Ernest Wright, por outro lado, influenciado pelos estudos de Martin Noth e de Gerhard von Rad, tomou a posição de que os livros de Deuteronômio até Reis (exceto Rute) representam uma das três maiores obras literárias do Antigo Testamento. Esta obra é chamada de "História Deuteronômica". Sua opinião é que esta grande seção histó-rica — em sua utilização de fontes e em seu "ponto de vista deuteronômico" comum e básico — não é a obra de várias pessoas ou de uma escola de historiadores, mas, antes, a obra de um só escritor. Este historiador escreveu brevemente depois do último incidente registrado, isto é, após 561 a.C.'
    Existem alguns pontos desta segunda abordagem que a tornam mais favorável do que a descrita antes, particularmente a ênfase sobre a obra de um único autor. Este ponto de vista se move na direção da tradição. Estas opiniões são tentativas sérias e eruditas de se desembaraçar os detalhes escondidos no que diz respeito à autoria e à data; porém, são insatisfatórias em muitos aspectos. A única sugestão que pode ser feita com uma certeza razoável, é que um historiador desconhecido para nós hoje utilizou várias fontes a fim de interpretar os acontecimentos da monarquia do ponto de vista da aliança de Deus com o povo hebreu. Ele escreveu durante o período do exílio, pouco depois de 561 a.C.'

    C. Ponto de Vista e Propósito Teológico

    Os livros de 1 e II Reis não são uma narrativa no sentido habitual, mas, antes, a história escrita a partir de um ponto de vista "teológico" específico, com um propósito específico em mente. O historiador compreendia que a aliança de sua nação remontava ao tempo de Moisés, ou até antes, ao período de Abraão. Ele percebeu que isto significa-va, por um lado, um privilégio como um povo chamado para ser um "reino sacerdotal" e um "povo santo" (Êx 19:6; cf. Am 3:2) ; e, por outro, uma responsabilidade como uma nação que deveria ser um "povo santo" ou uma "nação santa" (Êx 19:6).

    A responsabilidade da aliança era aparentemente a principal preocupação do histo-riador ao avaliar a monarquia. Ele viu isso como o chamado de Deus para uma vida de obediência em termos de santidade tanto negativa como positiva'. É a obediência dentro do contexto do chamado para a santidade que é enfatizada em Deuteronômio8, e este se tornou o critério que o historiador aplicou aos mandatos dos reis. Assim, este propósito, sob certo ponto de vista, era avaliar o reinado de cada um em termos do princípio da obediência, ou em termos do chamado à santidade.

    O propósito do historiador a partir de outro ponto de vista era mostrar que a pro-messa a Davi (2 Sm 7:12-16) estava sendo ou seria cumprida. Ele se referiu diversas vezes à "lâmpada" deixada a Davi em Jerusalém (I Reis 11:36-15.4). Além disso, ele viu na duração mais longa de Judá uma indicação significativa da promessa a Davi de manter a lâmpada acesa. No entanto, foi gerada uma tensão pelo fato de Judá cair por causa da desobediência, um fato que o historiador não menosprezou. Como foi sugerido por alguns comentadores, ele incluiu a menção da libertação de Joaquim da prisão como um sinal de que Deus não havia se esquecido de sua promessa a Davi. Ele nutria a esperança do cumprimento desta promessa, embora Deus, em sua providência, tenha determinado que ele não veria como esta seria cumprida.

    D. Quanto à Cronologia

    Os Livros dos Reis, com seu relato fluente e sincronizado dos mandatos dos governantes do reino dividido apresentam alguns problemas cronológicos muito comple-xos. Existem várias discrepâncias aparentes que há muito tempo têm sido reconhecidas, mas que há muito tempo elas têm estado sem uma solução. Estudiosos interessados têm sido desafiados por estes problemas e têm sugerido várias cronologias como soluções. Um dos estudos mais significativos da atualidade, no qual têm sido dadas várias solu-ções plausíveis para estes problemas, é a obra "The Chronology of the Kings of Israel and Judah", Journal of Near Eastern Studies (JNES), 1945, pp. 137-86, de Edwin R. Thiele. É a cronologia dele, ligeiramente modificada, que aparece no final deste volume e que será utilizada ao longo de todo o comentário sobre 1 e II Reis'.


    Beacon - Comentários de II Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
    1. A Rebelião de Moabe (II Reis 1:1) – (Veja comentários sobre II Reis 3:4ss.)
    2. Acazias Procura a Ajuda de Baal-Zebube (1:2-4)

    A queda de Acazias, da qual ele custou a se recuperar, levou-o a perguntar a Baal-Zebube, deus de Ecrom (2), a respeito de sua enfermidade. Ecrom (a moderna cidade de Akir) está situada cerca de 16 quilômetros a leste de Jafa. A palavra Baal-Zebube significa literalmente "Baal das moscas", o deus que supostamente havia afastado as doenças que atraíam os insetos. Zebul Baal ("Senhor Baal") aparece nos textos ugaríticos como o nome de Baal, e é possível que esse nome seja uma alteração intencional e depreciadora de Baal Zebu'''. Não está explicado porque Acazias desejava dirigir essa pergunta ao deus de Ecrom (3), embora a falta de fé em Deus por parte do rei esteja claramente implícita nas palavras de Elias.

    1. Elias Desafia a Adoração de Acazias a Baal (1:5-16)

    Aparentemente, Elias encontrou as pessoas que Acazias enviou para interrogar Baal-Zebube nas proximidades de Samaria, do lado de fora da cidade. Sua pergunta, da parte do Senhor, foi dirigida diretamente contra Acazias: "Não há Deus em Israel?" (6). Elias ficou profundamente perturbado pela escolha de Acazias de procurar a Baal, e não a Deus. Como é que podia ignorar que aquela divindade era um deus sem sentido e impo-tente? Aqui está demonstrada a cegueira e a tolice de todos aqueles que procuram uma alternativa diferente para servir a Deus.

    A roupa de Elias, aqui mencionada pela primeira vez, era igual à dos profetas — era feita de pele de carneiro, ou de cabra, ou ainda um traje áspero de pele de camelo enrola-do em volta do corpo (cf. Zc 13:4; Mt 3:4). A aspereza e a rusticidade dessas vestes talvez fosse intencional, a fim de sugerir a severidade do juízo divino contra a nação indisciplinada e efeminada.

    Os mensageiros enviados pelo rei (2,3,5) podem ser entendidos como profetas de Baal, o tipo mais provável de indivíduos que inquiririam Baal-Zebube sobre a recupera-ção de Acazias. O fogo que consumiu as duas tropas de soldados (9-12) foi uma outra manifestação da sagrada ira de Deus contra Baal. Havia uma única mensagem para o rei a respeito da recuperação de sua saúde, a palavra de Deus através de Elias: Certa-mente morrerás (16).

    1. 0 Epílogo do Reinado de Acazias (1.17,18)

    Outro homem havia morrido. Ele se dedicara a Baal e não a Deus. Acazias foi suce-dido por seu irmão Jorão, outro filho de Acabe. A dificuldade em harmonizar as declara-ções de I Reis 22:41-51 com 1.17 foi resolvida através da sugestão de uma co-regência para Jeorão, de Judá (veja a Introdução).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Introdução ao Capítulo 1 do Livro de II Reis
    Introdução ao Livro O Segundo Livro dos Reis (= 2Rs) continua a história começada no primeiro (ver a Introdução a I Reis), termina a narração da vida do profeta Elias e introduz alguns episódios da vida de Eliseu, o seu discípulo e sucessor. Apresenta a história dos dois reinos, até a queda de Samaria, capital do Reino do Norte, no ano de 721 a.C., e finalmente conta a última etapa da história do Reino do Sul e a destruição de Jerusalém (ver a Introdução ao Antigo Testamento).Esboço: 1. O profeta Elias e o rei Acazias (2Rs 1:1-18) 2. O profeta Eliseu sucede a Elias (2Rs 2:1-25) 3. Atividades de Eliseu (2Rs 3:1-15) 4. Os reis de Judá e de Israel (2Rs 8:16-4) 5. Queda de Samaria (2Rs 17:5-41) 6. O Reino de Judá (2Rs 18:1-20) a. De Ezequias a Josias (2Rs 18:1-26) b. Reinado de Josias (2Rs 22:1-30) c. Últimos reis de Judá (2Rs 23:31-20) 7. Queda de Jerusalém (2Rs 25:1-30)

    Champlin - Comentários de II Reis Capítulo 1 versículo 1
    Morte de Acabe:
    Conforme 1Rs 22:34-37.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Introdução ao Livro de II Reis
    O Segundo Livro dos

    REIS

    Autor Os dois livros de Reis eram inicialmente um só livro, que foi dividido para a conveniência de escribas ou tipógrafos. Embora Jeremias fosse tradicionalmente considerado o autor de Reis, a maioria dos estudiosos hoje crê que o livro tenha sido obra de um autor, ou de um grupo de autores, desconhecido, que concluiu sua composição durante o Exílio Judeu (ver "Introdução a I Reis: Autor").

    Características e Temas Segundo Reis começa durante o reinado de Acazias em Israel e Josafá em Judá. É a continuação da história até o exílio do rei Joaquim na Babilônia, inclusive. Um dos pontos altos do livro é o reinado de Ezequias, o primeiro grande reformador do culto no templo (18.4). Após a queda de Samaria, o reino de Israel do norte, Ezequias começou o processo da reunificação do povo do reino dividido. O clímax do livro é o reinado de Josias, o segundo reformador do templo (22.3-23.24). Tanto Ezequias quanto Josias são apresentados com destaque por causa de seu incomparável zelo pelo Senhor (18.5; 23.25). Ver "Introdução a I Reis: Características e Temas".

    Data e Ocasião Nos capítulos finais do livro, Jerusalém é tomada pelos babilônios. O relato da queda enfatiza a rápida seqüência de eventos culminando com o saque dos utensílios e tesouros do templo. O final do livro é abrupto e tem levado os estudiosos a crer que os últimos dois capítulos foram escritos durante o exílio na Babilônia. Ver "Introdução a I Reis: Data e Ocasião."

    Esboço de 2 Reis

    (Continuação do Esboço de 1 Reis)

    III. Profetas e Reis (1Rs 17:12Rs 8:15)

    A. Os Profetas e Acabe (1Rs 17:1—22.40)

    B. Josafá de Judá (1Rs 22:41-50)

    C. Acazias de Israel Desafia Elias (1Rs 22:512Rs 1:18)

    D. Elias Sucedido por Eliseu (2.1-18)

    E. O Ministério de Eliseu (2.19—8.15)

    1. Elilseu e os Profetas (2.19-25)

    2. Eliseu e a Guerra contra Moabe (capítulo 3)

    3. Ministério de Eliseu aos Necessitados (capítulo 4)

    4. Eliseu e Naamã da Síria (capítulo 5)

    5. Eliseu e os Profetas (6.1-7)

    6. Eliseu e o Cerco Sírio de Samaria (6.8—7.20)

    7. Eliseu e a Mulher Sunamita (8.1-6)

    8. Eliseu e Hazael da Síria (8.7-15)

    IV. O Reino Dividido em Seu Período Final (8.16—17.41)

    A. Jeorão de Judá (8.16-24)

    B. Acazias de Judá (8.25-29)

    C. Jeú de Israel (capítulos 9:10)

    1. Jeú Ungido Rei (9.1-13)

    2. O Golpe Sangrento de Jeú (9.14-37)

    3. Jeú Massacra a Família de Acabe (10.1-17)

    4. Campanha de Jeú Contra o Culto a Baal (10.18-36)

    D. O Golpe Contra Atalia de Judá (capítulo 11)

    E. Joás de Judá (capítulo 12)

    F. Jeoacaz de Israel (13 1:9)

    G. Jeoás de Israel (13 10:25)

    H. Amazias de Judá (14.1-22)

    I. Jeroboão II de Israel (14.23-29)

    J. Azarias (ou Uzias) de Judá (15.1-7)

    K. Zacarias de Israel (15.8-12)

    L. Salum de Israel (15.13-16)

    M. Menaém de Israel (15.17-22)

    N. Pecaías de Israel (15.23-26)

    O. Peca de Israel (15.27-31)

    P. Jotão de Judá (15.32-38)

    Q. Acaz de Judá (capítulo 16)

    R. Oséias de Israel (17.1-6)

    S. Reflexão sobre o Exílio de Israel (17.7-23)

    T. Assentamento de Deportados Assírios (17.24-41)

    V. Judá Sozinha (18.1—25.30)

    A. Ezequias (capítulos 18—20)

    1. Resumo (18.1-8)

    2. Invasão Assíria (18.9-37)

    3. Livramento Divino (capítulo 19)

    4. Doença de Ezequias (20.1-11)

    5. Os Embaixadores Babilônios (20.12-21)

    B. Manassés (21.1-18)

    C. Amom (21.19-26)

    D. Josias (22.1—23.30)

    1. Restauração do Templo e Descoberta do Livro da Lei (capítulo

    22)

    2. Reformas em Jerusalém, Judá e Samaria (23.1-20)

    3. Renovação da Aliança e Celebração da Páscoa (23.21-28)

    4. Morte na Batalha contra Neco do Egito (23.29, 30)

    E. Jeoacaz (23.31-34)

    F. Jeoaquim (23.35—24.7)

    G. Joaquim (24.8-16)

    H. Zedequias (24.17-20)

    I. O Exílio Babilônico de Judá (25.1-21)

    J. O Assassinato de Gedalias (25.22-26)

    K. Joaquim no Exílio (25.27-30)








    Mapa da página 539 em arquivo

    Campanha Assíria Contra Israel e Judá (734-732 a.C.). Tiglate-Pileser III promoveu três campanhas distintas. Em 734 a.C. ele avançou ao longo da costa até a fronteira do Egito. Em 733 e 732 ele fez duas incursões em Israel.

    Mapa da página 542 em arquivo


    Campanhas Assírias Contra Israel (725 a.C.).
    Em 725 a.C., Salmaneser V invadiu Israel e marchou contra Samaria. Após um cerco de três anos, Samaria finalmente caiu em 722 a.C.. Sargão II, sucessor de Salmaneser, reivindicou o crédito pela vitória assíria.

    Mapa da página 545 em arquivo


    Campanha Assíria Contra Judá (701 a.C.)
    . Em 701 a.C., Senaqueribe avançou em direção ao sul através das planícies costeiras, derrotou um exército egípcio e abortou uma conjuração contra a Assíria. Usando Laquis como base, ele então avançou contra Jerusalém mas não conquistou a cidade.

    Mapa da página 557 em arquivo


    Campanhas de Nabucodonosor Contra Judá (605-586 a.C.)
    Nabucodonosor tornou-se rei da Babilônia em 605 a.C. e conduziu diversas campanhas na Palestina. Ele esmagou a rebelião de Jeoaquim em torno de 602 a.C., deportou Joaquim em 597 a.C. e destruiu Jerusalém em 586 a.C.


    Genebra - Comentários de II Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
    *

    1:3

    Elias, o tesbita. Ver nota em 1Rs 17:1.

    rei de Samaria. Ver nota em 1Rs 16:24.

    * 1:8

    homem vestido de pêlos... cinto de ouro. Em sua aparência, em seu ascetismo e em sua coragem profética, João Batista assemelha-se a Elias (Mt 3:4). Ambos os profetas tiveram um ministério de julgamento e arrependimento (Mt 3:1-12; Lc 3:2-17).

    * 1:9

    Homem de Deus, o rei diz: Desce. Para Acazias, a profecia de Elias constituía uma interferência nos negócios do estado, pelo que o profeta deveria ser considerado responsável diante do rei por seus atos. A reação de Acazias revela uma compreensão caracteristicamente cananéia dos poderes ilimitados de um monarca (1Sm 8:11-17; 1Rs 21:2, nota conforme Dt 17:14-20).

    * 1:17

    Jorão. Jorão, à semelhança de Acazias, era filho de Acabe (3.1; 1Rs 22:51). Esse Jorão do reino do norte, Israel, não deve ser confundido com Jeorão, filho e sucessor de Josafá (ver 8.16,23), que reinou no reino do sul (Judá), mais ou menos na mesma época.

    * 1:18

    livro da História dos Reis de Israel. Ver nota em 1Rs 11:41.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Introdução ao Livro de II Reis
    II Reis

    Cronologia

    divide-se o reino 930 a.C

    Jehú coroado rei do Israel 841

    Acab morre em batalha 853

    O ministério do Elías se transfere ao Eliseu 848

    Joás coroado rei do Judá 835

    Termina o ministério do Eliseu 797

    Jeroboam 2 coroado rei do Israel 793

    Começa o ministério do Amós 760

    Começa o ministério do Oseas 753

    Miqueas começa a profetizar 742

    Isaías começa a profetizar 740

    Cai o Israel (reino do norte) 722

    Ezequías chega a ser rei do Judá 715

    Josías coroado rei do Judá 640

    Jeremías começa a profetizar 627

    encontra-se o livro da Lei no templo 622

    Primeiro cativeiro do Judá; Daniel levado cativo 605

    Segundo cativeiro do Judá; Ezequiel levado cativo 597

    Cai Judá (reino do sul) 586

    DADOS ESSENCIAIS

    PeROPÓSITO:

    Demonstrar o destino que espera a todos aqueles que se negam a fazer de Deus sua verdadeiro líder

    AUTOR:

    Desconhecido. Possivelmente Jeremías ou um grupo de profetas

    MARCO HISTÓRICO:

    A que alguma vez foi unida nação do Israel se divide em dois reino, Israel e Judá, durante mais de um século

    VERSÍCULOS CHAVE:

    < Jeová admoestou então ao Israel e ao Judá por meio de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: lhes volte de seus maus caminhos, e guardem meus mandamentos e meus regulamentos, conforme a todas as leis que eu prescrevi a seus pais, e que lhes enviei por meio de meus servos os profetas. Mas eles não obedeceram, antes endureceram sua nuca, como a nuca de seus pais, os quais não acreditaram no Jeová seu Deus > (17.13, 14).

    PESSOAS CHAVE:

    Elías, Eliseu, a mulher sunamita, Naamán, Jezabel, Jehú, Joás, Ezequías, Senaquerib, Isaías, Manasés, Josías, Joacim, Sedequías, Nabucodonosor

    CARACTERÍSTICAS PARTICULARES:

    Os dezessete livros proféticos ao final do Antigo Testamento nos dão grande discernimento sobre o período de 2 Rseis.

    O RIO velozmente cai ao mar em quebradas, resplandecendo conforme se choca contra as grandes pedras ao longo de suas ribeiras. A corrente arrebata, empurra e arrasta folhas e troncos, levando-os consigo em seu percurso. Para cá e lá se vêem esportistas em caiaques ou canoas, levados pela corrente. A gravidade arrasta a água e esta arrasta o resto... para baixo. De repente, um míssil prateado rompe a superfície e se lança rio acima, e logo outro. Sem pensar na turbulenta oposição, os brilhantes salmões nadam contra a corrente. Devem ir rio acima, e nada os deterá para alcançar seu destino.

    A corrente do rio da sociedade está fluindo rápida e furiosamente, arrastando para baixo tudo a seu passo. Seria fácil deixar-se levar pela corrente. Mas Deus nos pede que nademos contra ela. Não será fácil, e possivelmente estejamos sozinhos, mas será o correto.

    No segundo livro de Reis continuamos lendo a respeito de governadores malvados, idolatria difundida e povo complacente, que certamente arrastam para baixo. Apesar da pressão a deixar-se levar pela corrente, apartar do Senhor e servir só a gente mesmo, uma minoria de gente escolhida se movia na direção oposta, para Deus. Os profetas do Bet-o e outros lugares, assim como dois reis bons falaram a Palavra de Deus e tomaram partido por ele. À medida que você lê 2 Rseis observe a estes indivíduos valentes. Adquira a fortaleza do Elías e Eliseu e o compromisso do Ezequías e Josías, e determine ser um que nada contra a corrente!

    O segundo livro de Reis continua a história do Israel, a metade de caminho entre a morte do Davi e a morte da nação. Israel tinha sido dividido (2 Rsseis 12), e ambos os reino tinham começado a deslizar-se para a idolatria e a corrupção para terminar na queda e o cativeiro. O segundo livro de Reis relata as sórdidas histórias dos doze reis do reino do norte (chamado o Israel) e os dezesseis reis do reino do sul (chamado Judá). Durante cento e trinta anos 1srael resistiu a sucessão de governantes malvados até que foram conquistados pelo Salmanasar de Assíria e levados em cativeiro em 722 a.C. (17.6). De todos os reis, tanto no norte como no sul, só a dois -Ezequías e Josías- lhes chamou < bons >. devido a sua obediência a Deus e ao avivamiento espiritual que houve durante seus reinados, Judá ficou em pé durante cento e trinta e seis anos adicionais até cair ante o Nabucodonosor e os babilonios em 586 a.C.

    Ao longo deste período escuro, a Bíblia menciona trinta profetas que proclamaram a mensagem de Deus ao povo e a suas líderes. Os mais notáveis destes valentes homens de Deus são Elías e Eliseu. Conforme o Elías se aproximava do final de seu ministério terrestre, Eliseu pediu uma dobro porção do espírito de seu amado mentor (2.9). Muito pouco tempo depois, Elías é levado aos céus em um torvelinho (2.11), e Eliseu chega a ser o porta-voz de Deus para o reino do norte. A vida do Eliseu está cheia de sinais, proclamações, advertências e milagres. Quatro dos mais memoráveis som os seguintes, o azeite que fluía (4.1-7), a cura do filho da sunamita (4.8-37), a cura da lepra do Naamán (5.1-27), e a tocha que flutuou (6.1-7).

    Até em meio das terríveis situações, Deus terá sua minoria fiel, sua remanescente (19.31). ele deseja homens e mulheres valentes que proclamem sua verdade.

    Bosquejo

    A. O REINO DIVIDIDO (1.1-17,41)

    1. Ministério do Eliseu

    2. Reis do Israel e Judá

    3. Israel é exilado a Assíria

    Apesar de que o Israel tinha o testemunho e o poder do Eliseu, a nação se afastou de Deus e foi levada a exílio em Assíria. Assíria povoou o reino do norte com gente de outras terras. Este cativeiro foi permanente e sem retorno. Tal é o fim de todos aqueles que tiram a Deus de sua vida.

    B. O REINO SOBREVIVENTE (18.1-25,30)

    1. Reis do Judá

    2. Judá é exilado a Babilônia

    O reino do norte foi destruído, e os profetas estavam predizendo o mesmo destino para o Judá. Que mais poderia fazer que a nação se arrependesse? Ezequías e Josías puderam deter a onda de maldade. Ambos repararam o templo e reuniram ao povo para a Páscoa. Josías erradicou a idolatria da terra, mas logo que se foram estes reis bons, o povo retornou uma vez mais a viver a seu modo em vez de viver ao estilo de Deus. Cada indivíduo deve acreditar e viver para Deus em sua família, igreja e nação.

    Megatemas

    TEMA

    EXPLICAÇÃO

    IMPORTÂNCIA

    Eliseu

    O propósito do ministério do Eliseu era restaurar o respeito Por Deus e por sua mensagem, e se levantou firmemente contra os reis malvados do Israel. Por fé, com valor e oração, revelou não só o julgamento de Deus sobre o pecado, mas também também sua misericórdia, amor e ternura para seu povo fiel.

    Os maravilhosos milagres do Eliseu mostraram que Deus não só controla grandes exércitos, mas também além sucessos da vida diária. Quando escutamos e obedecemos a Deus, mostra-nos seu poder para transformar qualquer situação. O cuidado de Deus é para todos os que estão dispostos a segui-lo. ele pode fazer grandes milagres em nossas vidas.

    Idolatria

    Cada um dos reis malvados do Israel e do Judá respiraram a idolatria. Estes falsos Deuses representavam guerra, crueldade, poder e sexo. Apesar de que tinham a lei de Deus, sacerdotes e profetas para guiá-los, os reis malvados procuraram outros sacerdotes e profetas a quem pudesse controlar e manipular para seu próprio benefício.

    Um ídolo é qualquer idéia, habilidade, posse ou pessoa que consideramos maior que Deus. Condenamos ao Israel e ao Judá por seu necedad de adorar ídolos, mas também nós adoramos a outros Deuses: poder, dinheiro, atrativo físico. Aqueles que acreditam em Deus devem resistir a tentação destes ídolos atrativos.

    Reis malvados e reis bons

    Só vinte por cento de todos os reis do Israel e do Judá seguiram a Deus. Os reis malvados careciam de previsão. Pensaram que podiam controlar o destino de suas nações ao importar outras religiões, ao formar alianças com nações pagãs e ao enriquecer-se a si mesmos. Os reis bons empregaram a maior parte de seu tempo desfazendo todo o mal que seus antecessores tinham realizado.

    Apesar de que os reis malvados guiaram ao povo ao pecado, sacerdotes, príncipes, cabeças de família e líderes militares todos tiveram que cooperar com os malvados planos e práticas propostos a fim de que pudessem levar-se a cabo. Não podemos desligar nossa responsabilidade de obedecer a Deus ao culpar a nossas líderes. Somos responsáveis por conhecer a palavra de Deus, e obedecê-la.

    Paciência de Deus

    Deus disse a seu povo que se o obedeciam viveriam exitosamente. Se desobedeciam, seriam julgados e destruídos. Deus foi paciente com o povo durante centenas de anos. Enviou muitos profetas, incluindo o Eliseu, para guiá-los. Advertiu a chegada da destruição. Mas até a paciência de Deus tem limites.

    Deus é paciente conosco. ele nos dá muitas oportunidades de escutar sua mensagem, nos voltar do pecado e acreditar nele. Sua paciência não significa que seja indiferente à forma em que vivemos, nem tampouco significa que tenhamos a liberdade de ignorar suas advertências. Sua paciência deve nos aproximar dele agora.

    Julgamento

    Depois do reinado do rei Salomão, Israel durou duzentos e nove anos antes de que os assírios o destruíram. Judá durou trezentos e quarenta e cinco anos antes de que os babilonios tomassem Jerusalém. Logo depois de repetidas advertências a seu povo, Deus usou nações malvadas como instrumentos para sua justiça.

    As conseqüências de rechaçar os mandamentos de Deus e seu propósito para nossas vidas são severas. ele não passará por cima a incredulidade ou rebelião. Devemos acreditar nele e aceitar a morte sacrificial de cristo em nosso benefício, ou nós também seremos julgados.

    LUGARES CHAVE EM 2 RsEIS

    A história tanto do Israel como do Judá se viu muito afetada devido ao ministério do profeta Eliseu. Este serve ao Israel durante cinqüenta anos, lutando contra a idolatria de seus reis e chamando o povo para que retornasse a Deus.

    1 Jericó O ministério do Elías tinha chegado a seu fim. Tocou com seu manto o rio Jordão, e o cruzou junto com o Eliseu sobre terra seca. Elías foi levado Por Deus em um torvelinho, e Eliseu retornou sozinho com o manto. Os profetas do Jericó se deram conta de que Eliseu era o substituto do Elías (1.1-2.25).

    2 Deserto do Edom O rei do Moab se rebelou contra Israel, aí as nações do Israel, Judá e Edom decidiram atacar do deserto do Edom, mas lhes acabou a água. Os reis consultaram ao Eliseu, quem lhes disse que Deus lhes mandaria água e vitória (3.1-27).

    3 Sunem Eliseu estava interessado nos indivíduos e em suas necessidades. Ajudou a uma mulher a pagar uma dívida ao lhe dar uma provisão de azeite para vender. A outra família no Sunem, ressuscitou a um menino. (4.1-37)

    4 Gilgal Eliseu se preocupou com os jovens profetas do Gilgal, retirou o veneno da comida, alimentou a todos com pouca comida, e até fez flutuar uma tocha que se pudesse recuperar. Foi devido ao Eliseu que Naamán, um comandante do exército sírio, foi sanado de lepra (4.38-6.7).

    5 Dotam Apesar de que curou a um comandante sírio de lepra, Eliseu foi leal ao Israel. Conheceu os planos de batalha do exército sírio e manteve informado ao rei do Israel. O rei sírio perseguiu o Eliseu em Dotam e rodeou a cidade, esperando matá-lo. Mas Eliseu orou para que os sírios fossem cegados, logo os guiou a Samaria, a cidade capital do Israel (6.8-23).

    6 Samaria Os sírios não aprenderam esta lição. Mais tarde sitiaram Samaria. Ironicamente, o rei do Israel pensou que era engano do Eliseu, mas este disse que haveria comida em abundância ao seguinte dia. Para fazer realidade as palavras do Eliseu. Deus provocou o pânico no acampamento sírio e o inimigo fugiu, deixando suas provisões ao povo da Samaria que estava morrendo de fome (6.24-7.20).

    7 Damasco Apesar da lealdade do Eliseu para o Israel, ele obedeceu a Deus e viajou a Damasco, a capital de Síria. O rei Ben-adad estava doente e enviou ao Hazael a perguntar ao Eliseu se se recuperaria. Eliseu sabia que o rei morreria, e o disse ao Hazael. Mas Hazael então assassinou ao Ben-adad e se proclamou a si mesmo rei. Mais tarde, Israel e Judá uniram forças para brigar contra esta nova ameaça síria (8.1-29).

    8 Ramot do Galaad Enquanto que o Israel e Judá brigavam com Síria, Eliseu enviou a um jovem profeta ao Ramot do Galaad para ungir ao Jehú como próximo rei do Israel. Jehú destruiu as dinastias malvadas do Israel e Judá, matou aos reis Joram e Ocozías, e à malvada reina Jezabel. Logo, destruiu a família do rei Acab e aos adoradores do Baal no Israel (9.1-11.1).

    9 Jerusalém Atalía, faminta de poder, chegou a ser reina do Judá quando seu filho Ocozías foi assassinado. Fez matar a todos seus netos exceto ao Joás a quem sua tia ocultou. Joás foi coroado rei à idade de sete anos e derrocou a Atalía. Enquanto isso na Samaria, os sírios continuaram acossando ao Israel. O novo rei do Israel se encontrou com o Eliseu e este lhe disse que teria a vitória sobre Síria três vezes (11.2-13.19).

    depois da morte do Eliseu surgiram uma série de reis malvados no Israel. Sua idolatria e o rechaço a Deus ocasionaram sua queda. O Império Assírio capturou Samaria e tomaram em cativeiro a maior parte dos israelitas (13 20:17-41). Judá teve um pequeno descanso devido a alguns reis que destruíram ídolos e adoraram a Deus. Mas muitos se afastaram dele. Assim Jerusalém caiu ante a seguinte potencializa mundial, Babilônia (18.1-25.30).


    Matthew Henry - Comentários de II Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
    1:1 Já que 1 e 2 Rseis foram originalmente um só livro, 2 Rseis continua onde 2 Rsseis termina. A que em um tempo foi a grande nação do Israel agora está dividida em dois, já que se esqueceram de Deus. O livro começa com o Elías, um profeta de Deus, quando é levado aos céus. Termina quando o povo do Israel e Judá são levados em cativeiro. Em 2 Rsseis, foi construído o formoso templo de Deus. Em 2 Rseis, é profanado e destruído.

    Na atualidade nosso mundo é muito similar ao mundo descrito em 2 Rseis. Os governos nacionais e locais não procuram deus, e os países se vêem atormentados pela guerra. Muita gente segue aos falsos profetas da ciência, do materialismo e da guerra. É muito estranha a verdadeira adoração a Deus na terra.

    Em nosso caótico e corrupto mundo, podemos nos voltar para os exemplos do Davi, Elías e Eliseu, dedicados a dar grande honra a Deus e a sua lei moral e a promover o avivamiento e a mudança em seus dias. Mais importante ainda, podemos ver o Jesucristo, o modelo perfeito. Para que as nações possam levar a cabo a vontade de Deus, necessitam indivíduos que façam sua obra. Se seu coração está comprometido a Deus, O pode obrar por meio de você para levar a cabo a obra a que o chamou.

    1:2 Baal-zebub não era o mesmo deus que Baal, o deus cananeo adorado pelo Acab e Jezabel (1Rs 16:31-33). Baal-zebub era outro deus popular cujo templo estava na cidade do Ecrón. Já que se acreditava que este deus tinha o poder da profecia, o rei Ocozías enviou mensageiros ao Ecrón para saber a respeito de seu futuro. associava-se a este deus poder sobrenatural e mistério. A ação do Ocozías mostrou uma falta de respeito a Deus.

    1:8 Para mais informação a respeito do Elías, veja-se seu perfil em 2 Rsseis 18.

    1.13-15 Fixe-se como ante o Elías foi o terceiro capitão. Apesar de que os primeiros dois capitães chamaram o Elías "varão de Deus", não foram genuínos: Deus não figurava em seus corações. O terceiro capitão também o chamou "varão de Deus", mas humildemente implorou misericórdia. Sua atitude, que mostrou respeito Por Deus e seu poder, salvou a vida de seus homens. Uma vida efetiva começa com uma atitude correta para Deus. Antes que venham palavras religiosas a sua boca, assegure-se de que provêm de seu coração. Deixemos que o respeito, a humildade e o serviço caracterize nossa atitude para Deus e para outros.

    1:18 As crônicas dos reis do Israel e as crônicas dos reis do Judá (8,23) eram livros históricos. O autor inspirado de 2 Rseis selecionou feitos destes livros para voltar a narrar a história do Israel e Judá da perspectiva de Deus. Deus dirigiu os pensamentos e o processo de seleção do escritor para assegurar-se de que sua verdadeira Palavra fora escrita.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Introdução ao Livro de II Reis

    O Segundo Livro dos Reis

    por Charles R. Wilson

    Esboço


    Wesley - Comentários de II Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 18

    I. O reino do norte durante o meio do nono século aC (2Rs 1:1)

    1 E Moabe rebelou contra Israel após a morte de Acabe. 2 Ora, Acazias caiu pela grade do seu quarto alto, que tinha em Samaria, e adoeceu; e enviou mensageiros, e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebube , o deus da Ekron, se vou recuperar desta doença. 3 Mas o anjo do Senhor disse a Elias, o tisbita: Levanta-te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria, e dize-lhes: Será que é porque existe há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? 4 Agora, pois, assim diz o Senhor: Tu não desce da cama na qual estais subido, mas certamente morrerás. E Elias partiu.

    5 E os mensageiros voltaram para ele, e ele disse-lhes: Por que é que vos são devolvidos? 6 E eles disseram-lhe: Há Um homem subiu ao nosso encontro, e nos disse: Ide, voltai para o rei que vos mandou, e dizei-lhe: Assim diz o Senhor: É porque não há Deus em Israel, para que mandes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? portanto tu não desce da cama na qual estais subido, mas certamente morrerás. 7 E disse-lhes: Que tipo de homem era aquele que veio ao vosso encontro e vos falou estas palavras? 8 E eles responderam ele, Ele era um homem peludo, e cingida com um cinto de couro em torno de seus lombos. E ele disse: É Elias, o tisbita.

    9 Então o rei lhe enviou um capitão de cinqüenta com os seus cinqüenta. E ele foi até ele, e eis que, ele estava sentado no topo da colina. E falou-lhe, ó homem de Deus, o rei diz: Desce. 10 E Elias respondeu, e disse ao capitão de cinqüenta: Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e teus cinqüenta. Então desceu fogo do céu, e consumiu a ele e aos seus cinqüenta. 11 E tornou a enviar-lhe outro chefe de cinqüenta com os seus cinqüenta. E ele respondeu, e disse-lhe: ó homem de Deus, assim diz o rei diz: Desce depressa. 12 E Elias respondeu, e disse-lhes: Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. E o fogo de Deus desceu do céu, e consumiu a ele e aos seus cinqüenta. 13 E mandou o capitão de um terceiro cinqüenta com os seus cinqüenta. E o terceiro chefe de cinqüenta, subindo, veio e pôs-se de joelhos diante de Elias e suplicou-lhe, e disse-lhe: ó homem de Deus, peço-te, deixa a minha vida, ea vida destes cinqüenta teus servos, seja preciosa aos teus olhos. 14 Eis que desceu fogo do céu, e consumiu aqueles dois primeiros chefes de cinqüenta, com os seus cinqüenta; mas agora seja a minha vida preciosa aos teus olhos. 15 E o anjo do Senhor disse a Elias: Desce com ele: não tenhais medo dele. Então ele se levantou, e desceu com ele ao Ap 16:1 E disse-lhe: Assim diz o Senhor: Porquanto enviaste mensageiros a consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom, é porque não há Deus em Israel, para consultar a sua palavra? portanto tu não desce da cama na qual estais subido, mas certamente morrerás.

    17 Então ele morreu, conforme a palavra do Senhor que Elias falara. E Jorão começou a reinar em seu lugar no segundo ano de Jorão, filho de Josafá, rei de Judá; porque ele não tinha filho. 18 Ora, o restante dos atos de Acazias, tudo quanto fez, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel?

    Breve reinado de dois anos de Acazias estava cheia de infortúnio. Havia dois eventos importantes a que é feita referência nesta passagem. O primeiro destes, a revolta moabita, só é mencionada (v.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Introdução ao Livro de II Reis
    1. Os livros de Reis

    Como o nome indica, esses livros lidam com os reis da nação. Ini-ciam-se com o glorioso reinado de Salomão e terminam com a trágica escravização de Judá pela Babilô-nia. Podemos esboçar esses livros conforme mostramos a seguir:

    1. O reino unido (1 Rs 1 —11)
    2. A riqueza e a sabedoria de Salomão (1—4)
    3. O templo de Salomão (5—9)
    4. Os pecados de Salomão (10—11)
    5. O reino dividido (1 Rs 12—22)
    6. Reboão e Jeroboão (12—14)
    7. Uma série de reis bons e maus (15—16)
    8. Elias e o rei Acabe (17—22)
    9. O reino cativo (2 Rs 1—25)
    10. O cativeiro de Israel (1 —17)
    11. O cativeiro de Judá (18—25)

    Wiersbe - Comentários de II Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
    II Reis 1:4

    Com frequência, contrastam-se os ministérios de Elias e Eliseu. Elias foi um profeta ardente que surgiu de repente e de forma dramática, e Eliseu foi um pastor-profeta que mi-nistrou de forma pessoal às pessoas. Elias pertencia às montanhas escar-padas, e Eliseu, aos vales pacíficos. Elias era um servo solitário; Eliseu gostava de conviver com as pesso-as. Falando de modo claro, Elias foi um profeta de julgamento que ten-tava fazer com que a nação voltasse para Deus; Eliseu foi um ministro da graça que chamou o remanescente antes de a nação ser destruída.
    Eliseu substitui Elias (1—2)

  • O julgamento de fogo (cap. 1)
  • Os três últimos versículos de I Reis 22 informam que o rei Acazias era um homem perverso cujo coração não se alterou nem com os recentes jul-gamentos do Senhor. Vemos agora que nem a revolta de Moabe nem os machucados causados por sua queda fizeram com que Acazias se arrependesse. Na verdade, ele até consultou os deuses falsos para sa-ber se sobrevivería ou não. O Se-nhor instruiu Elias para que enviasse mensageiros com a verdadeira men-sagem do Senhor: o rei morrería. A seguir, Elias desaparece; para um

    paralelo com o Novo Testamento, veja Jo 12:35-43. O rei, em vez de submeter-se ao Deus de Elias, tentou matar o profeta, mas o fogo vindo do céu destruiu seus homens. Esse julgamento foi do Senhor. Não foi um feito de Elias. O objetivo do profeta era glorificar ao Senhor; veja, em Lc 9:51-42, o uso errô-neo que os discípulos fazem desse evento. A terceira corporação de soldados humilhou-se (por medo, não por fé), e Deus aceitou-os. Des-temidamente, Elias transmitiu ao rei sua mensagem de condenação — e o rei morreu.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Introdução ao Livro de II Reis
    O Segundo Livro dos Reis

    Análise

    O alvo desses livros em parte alguma é claramente afirmado. Mas até mesmo uma leitura casual deixa claro que o escritor tinha em vista demonstrar o fato que, embora Israel estivesse em relação de aliança com Deus, a maioria dos seus reis rejeitaram e ultrajaram as obrigações do pacto.
    Tanto os reis de Judá como os de Israel são passados em revista e, até onde é viável, são tratados contemporaneamente. O valor de cada rei é determinado mediante uma comparação com dois dos reis anteriores: o rei Davi, que se teve apegado firmemente à aliança, e o rei Jeroboão, de Israel, que abandonou o pacto. Assim sendo, a comparação mostra se desempenado rei "andou nos caminhos de Davi, seu pai” ou se "andou nos caminhos de Jeroboão, filho de Nebate".

    É evidente que o escritor de Reis descobriu que, nessa base, bem poucos dos reis de Israel ou Judá observaram à aliança com Deus. Exceções notáveis foram Asa (1Rs 15:0). Exclusivamente disso dependia a esperança de prosperidade e paz. Desviar-se desse caminho era arriscar-se ao juízo divino.

    A lealdade ao pacto com Deus era uma exigência antiga em Israel. Derivava-se de Abraão, mas encontrou expressão nacional no tempo do Êxodo, quando Israel, recentemente libertado do Egito, esteve no monte Sinai e entrou em um solene pacto com Deus (Êx 19:5; 24:3-8). Dali por diante Israel seria o próprio povo de Deus, separado das nações, obediente aos Seus Mandamentos e leal a Ele. Os israelitas foram proibidos de entrar em alianças com outras nações ou com outros deuses. A aderência à aliança com Deus resultaria numa bênção; o desviar-se da mesma resultaria em maldição e julgamento. Esses princípios são claramente postos em vigor em 2Rs 17:23.

    O escritor traça a história dos reis de Israel desde Salomão até o último dos reis de Judá. De modo franco e honesto, registra a triste história da rejeição ao pacto pela maioria dos governantes. O colapso final de Israel, perante a Assíria (2Rs 17:0), ou o "livro da história dos reis de Israel" (1Rs 14:19, e outros lugares), que provavelmente eram anais oficiais. É possível que ele também tenha usado compilações mais antigas, possivelmente preparadas por algum dos profetas.

    O compilador final deve Ter vivido depois da queda de Judá em 586 a.C., pois registrou o livramento de Joaquim; em cerca de 560 a.C. (2Rs 25:27-12).

    Pelo interesse que o autor demonstrou na. aliança, podemos especular que ele teria sido um profeta, mais ou menos contemporâneo de Jeremias, e que escreveu na primeira metade do século sexto a.C.


    Russell Shedd - Comentários de II Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
    1.1 Moabe. Os moabitas descendiam de Ló (Gn 19:37). O seu território estendia ao sudoeste do mar Morto. Formavam um reino forte, sendo bem desenvolvido na agricultura, em poderes bélicos e nas artes, destacando-se a sua cerâmica. Apesar disso, Moabe foi subjugado pelo rei Davi (2Sm 8:2) e sob essa condição de servilismo, prolongou-se até bem depois da divisão das doze tribos, nos dois reinos, de Israel e de Judá. A revolta é mencionada como um acontecimento no reinado de Acazias. Como, porém, Acazias reinou pouco tempo (os dois anos mencionados em1Rs 22:52 compreendem o período que abrange partes de 853 e 852 a.C.), seu irmão Jorão ouviu as devidas represálias (3:4-27).

    1.2 Grades. Deviam pertencer ao terraço dos aposentos particulares que ficavam no teto da casa, segundo o costume oriental. Baal-Zebube. É o nome que os israelitas davam a Baal-Zebul (que quer dizer "Baal, o Príncipe"). A alcunha israelita significa "Senhor das Moscas”. Na época de Jesus, os judeus aplicavam esse nome ao maioral dos demônios, isto é, Satanás (Mc 3:22; Mt 10:25).

    1.3 Ecrom. Uma das cinco cidades principais filisteus (Js 15:45-6; 1Sm 17:52), é a cidade filistéia mais próxima do território de Israel.

    1.8 Esta descrição é semelhante à que se dá de João Batista (conforme Ml 4:5; Mt 11:14; Mt 17:10-40; Lc 1:17).

    1.12 Desça fogo. Algumas vezes Deus mandara fogo milagroso como revelação do Seu poder (1Rs 18:38; 2Rs 2:11) e como símbolo e instrumento do Seu juízo (Gn 19:24; Lv 10:2; He 12:29).

    1.13 Suplicou-lhe. Em atenção à humildade daquele capitão, Elias recebera a autorização divina de acompanhá-lo (15), mas a mensagem divina em nada podia ser alterada (16).

    1.17 Acazias não tinha filhos. Uma parte da profecia sobre o extermínio da descendência de Acabe (1Rs 21:21-11).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Introdução ao Livro de II Reis
    Ver introdução a I Reis.

    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
    II REIS

    Acazias e Elias (1:1-18)
    A devoção de Acazias a Baal é evidenciada, após a sua grave queda, no fato de ele mandar mensageiros para consultar Baal-Ze-bube, deus de Ecrom (Baal-Zebube: “senhor das moscas”, mas pode ter sido uma paródia de Baal-Zebul: “Baal, o príncipe”, ou “senhor do lugar alto”, um título do Baal ca-naneu). O texto não responde por que ele escolheu um santuário tão distante, v. 3. Elias intercepta os mensageiros, apresenta a sua mensagem de condenação e desaparece. v. 5. Os mensageiros não reconhecem Elias, mas o descrevem como alguém que vestia roupas de pêlos e usava um cinto de couro, e Acazias sabe imediatamente com quem está lidando. O incidente tem um tom altamente escarnecedor e certamente mostra que Elias é mais um homem de juízo do que de graça. Os “50 inocentes”, no entanto, estavam dispostos a se engajar na caçada e na morte do homem de cujo caráter certamente já tinham ouvido falar. Que a declaração do oficial Homem de Deus (v. 9) foi dita em tom de escárnio pode ser visto no jogo de palavras na resposta de Elias: Se sou homem (’is) de Deus, que desça fogo (’es) do céu (v. 10). A terceira missão de cinqüenta soldados é salva pela súplica humilde do oficial, e Elias, fortalecido pela mensagem: não tenha medo (v. 15), vai pessoalmente entregar a sua repreensão ao rei moribundo. O incidente horrível é incluído como parte da tradição de Elias e serve para destacar o impressionante novo tipo de profetas de quem ele era precursor. Gertamente depois disso o profeta se tornou intocável em Israel.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de II Reis Capítulo 1 versículo 1

    INTRODUÇÃO

    Título. Os livros atualmente conhecidos como I e II Reis foram assim intitulados por causa do seu conteúdo. Na Septuaginta (a versão grega do V.T.), o original dos Reis Hebreus é considerado como uma continuação do material contido no livro de Samuel. Está dividido em duas partes e é intitulado Terceiro e Quarto Reinos. Jerônimo, embora retendo esta divisão na sua Vulgata, chamou as duas partes de, simplesmente, O Livro dos Reis.

    Os dois livros formam obviamente um todo, cobrindo a história de Israel, desde a monarquia do período de Salomão até a dissolução da nação sob o reinado de Zedequias. Trata da sorte da nação de Israel sob a aliança com o Senhor, destacando os pecados dos reis que violaram a aliança e deram lugar à deportação de Israel e Judá.

    Data e Autoria. II Reis termina com a soltura de Joaquim de sua prisão de trinta e sete anos - cerca de 562/561 A.C. O livro não poderia ter sido completado antes dessa data, nem muito depois de 536 A.C., o ano do retorno da Babilônia, uma vez que nada fala sobre esse acontecimento. Considerando que este livro é uma unidade e não o produto de diversos autores em datas sucessivas, deve ser datado do período de cerca de 562-536 A.C.

    Uma vez que a soltura de Joaquim só teria significado para os judeus em cativeiro na Babilônia, podemos concluir que I e II Reis foram escritos por algum judeu cativo vivendo na região da Babilônia.

    Fontes. O autor declara explicitamente que obteve o seu material de:
    1) Atos de Salomão (1Rs 11:41), e crônicas dos reis de Israel (por exemplo, 1Rs 14:19). As fontes da história dos reis de Judá nunca estão misturadas com as da história dos reis de Israel. Portanto, sabemos que cada um dos acima citados eram documentos separados e distintos. As citações dessas obras mostram que continham muito mais material do que está contido em Reis.

    Citam-se autores específicos das fontes de primeira mão nos paralelos entre I e II Crônicas: Natã, o profeta, Aias, o silonita e Ido (2Cr 9:29) ; Semaías, o profeta e Ido, o vidente (2Cr 12:15); Ido, o profeta (2Cr 13:22); Isaías, o profeta (2Cr 26:22; 2Cr 32:32); Jeú (1Rs 16:1). Sendo as fontes, portanto, material considerado estritamente profético, não simples anais, temos aqui um registro sem rodeios dos feitos dos reis. Nenhum secretário real teria tido a coragem de publicar tais fatos incriminadores sobre Davi ou Jeroboão I, conforme apresentados aqui.

    Alvo e Propósito. Embora a preocupação principal do autor fosse a monarquia davídica, trata primeiro de um assunto de interesse secundário – o reino de Israel. Então retorna à narrativa da monarquia davídica. Embora o povo conhecesse as fontes proféticas dessa história, elas eram demasiado numerosas, volumosas e embaraçadas para revelarem rapidamente a vontade de Deus ao povo; por isso foi escrito o livro dos Reis.

    Usando trechos extraídos de diversas fontes, o autor desenvolve a história da nação eleita em relação à aliança de Jeová (Ex 19:3-6). Não devia haver outro deus além do Senhor (Ex 20:2-6). A idolatria e a adoração de imagens foram consideradas nesses livros como o pior de todos os pecados, os quais, continuados e repetidos, provocaram a deportação de Israel. A linguagem desses livros pode-se dizer que é "deuteronômica" porque Deuteronômio fala de maneira muito semelhante contra os mesmos pecados condenados em I e II Reis. O autor de Reis apresenta a história de Israel e Judá aos cativos, para lhes ensinar que o único caminho para a liberdade é arrepender-se da idolatria, voltar para Deus, guardar a aliança e confiar nas promessas divinas. Procura despertar neles uma convicção da verdade deste ensino e fortalecê-los nesta convicção.

    Quanto à aliança, os profetas foram mensageiros divinos que lembravam ao povo as suas provisões referente a mesma, e Seus instrumentos para superintenderem o cumprimento dela. Era sua missão procurar, por meio de advertências, ameaças e promessas, que o povo se mantivesse apegado à ela (cons. Jr 7:13; Jr 11:1-8, dando uma conclusão à passagem. Era muito comum que, com a morte de um monarca reinante, houvesse uma revolta. Mesa, o rei de Moabe, conforme descobertas arqueológicas, deixou uma inscrição (conhecida por Pedra Moabita), descrevendo sua revolta triunfante contra Acabe por causa da "opressão" do rei israelita sobre Moabe.


    Moody - Comentários de II Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 11


    1) Fim do Ministério de Elias até Sua Trasladação. 1:1 - 2:11.

    Esta seção, que inclui a narrativa da tentativa do Rei Acazias de prender Elias e a morte do rei, ensina diversas lições importantes. Mostra que é fatal abandonar a Deus, que é necessário honrar o seu profeta e que o poder e proteção só se encontram na obediência à palavra profética dada por Deus.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Introdução ao Livro de II Reis
    I e II REIS

    INTRODUÇÃO

    I. POSIÇÃO NO CÂNON

    O livro dos Reis é claramente a continuação do livro de Samuel pelo que o hebraico e todas as versões, são unânimes em o colocar a seguir a este. Com efeito, se o livro dos Reis representa um desenvolvimento gradual do livro anterior (ver III. O autor que vem a seguir) é até possível que 1 e 2Rs formassem, originalmente, a conclusão do livro de Samuel. Em hebraico o livro é um único (embora as Bíblias hebraicas sigam a tradição cristã) e a divisão em 1 e 2Rs, verifica-se a partir da Septuaginta.

    II. TÍTULO E DATA

    O título de Reis é uma tradução literal do hebraico que também se encontra na 5ulgata. Sobre o nome do livro na Septuaginta, consulte-se a introdução a Samuel. O Terminus a quo para a data é dado por 2Rs 25:27, isto é, 560 a.C.; o fato de se não mencionar a tomada de Babilônia em 538 a.C. nem tampouco a permissão de regresso concedida por Ciro aos exilados no ano seguinte, indica, de maneira quase certa o Terminus ad quem. Mas enquanto for impossível atribuir ao livro um determinado autor, fatores vários, nomeadamente muito do seu conteúdo, levam-nos a situar uma grande parte do livro numa data consideravelmente anterior.

    III. O AUTOR

    Certa, tradição judaica não muito recuada, atribui o livro de Reis a Jeremias (Josephus, em termos muito mais gerais, atribui os livros históricos aos profetas); contudo, ainda que possivelmente associado à sua parte final e revisão, não é natural que Jeremias seja o seu único autor.

    O livro dos Reis baseia-se, em parte, segundo o seu próprio testemunho, em certas autoridades escritas: "o livro dos sucessos de Salomão" (1Rs 11:41), "o livro das crônicas dos reis de Israel" (1Rs 14:19, etc.), "o livro das crônicas dos reis de Judá" (1Rs 14:29, etc.); com efeito, muitas das suas passagens caracterizam-se por uma feição nitidamente descritiva. Mas o livro de Crônicas, utiliza um bom número de fontes proféticas; ver 2Cr 9:29; 2Cr 12:15; 2Cr 13:22; 2Cr 26:22; 2Cr 33:19. Embora se não mencionem em Reis, todas elas seriam, sem dúvida, conhecidas dos autores deste livro.

    Se considerarmos que o livro dos Reis aparece no cânon hebraico como fazendo parte dos profetas mais antigos, a explicação mais simples, parece-nos ser a seguinte: os registros seriam guardados por muitos dos profetas e na ocasião adequada teriam sido associados a excertos dos registros reais.

    O reinado de Ezequias, época, de resto, caracterizada por grande atividade literária (Pv 25:1), surge-nos como o momento mais apropriado; é que só então seria possível que fugitivos de Samaria levassem consigo os registros reais. Não existem provas que justifiquem a atribuição da obra a Isaías, ainda que se não possa excluir tal possibilidade. A obra terá sido atualizada e revista no tempo de Josias, trabalho que poderá ter sido feito por Jeremias. Finalmente, teria voltado a ser atualizada e ligeiramente revista por um desconhecido durante o exílio babilônico. Certas particularidades da Septuaginta sugerem fortemente uma revisão no tempo de Josias-hipótese acima aventada.

    IV. CRONOLOGIA

    O único sistema adotado em Israel para a atribuição de datas, baseava-se nos períodos correspondentes ao reinado de cada rei. O livro dos Reis, por meio de uma lista comparativa entre os reis de Judá e os reis de Israel, parece dar-nos a possibilidade de delinear uma cronologia. Mas já pelo século II A.D. os rabis tomavam consciência de um certo número de discrepâncias aparentes nos números dados. Para tal existem várias explicações, entre as quais avultam as seguintes: contar-se parte de um ano como se fosse um ano inteiro, as complicações introduzidas por co-regências quando o filho reinava, por algum tempo com o pai-prática aparentemente bastante comum -e em alguns casos erros dos copistas. Uma complicação adicional é a que provém de alusões ocasionais aos reinos israelitas em inscrições assírias em condições que permitem situar o episódio num período que pode prolongar-se até um ano. Damos algumas datas aproximadas baseando-nos na obra de um especialista. Estas incertezas associadas aos últimos e perturbados anos de Israel serão responsáveis pelas datas divergentes que se possam encontrar noutras passagens deste comentário. Insistimos em que as datas apresentadas não representam na sua maioria números exatos, mas apenas aproximados. Quando há reinados que se sobrepõem, a explicação está na co-regência, exceto, talvez, no caso de Peca que pode ter sido a força dominadora nos reinados de Menaém e Pecaías.

    V. OBJETIVO

    Como se disse já, o livro dos Reis, é no cânon hebraico, um livro profético; existem, além disso, razões para crer que os seus autores foram profetas. Deus não falava apenas por intermédio dos seus servos profetas mas também através da história; ora, parte da tarefa profética consistia, precisamente, em interpretar as lições dadas pela história. Eis a razão por que certos reis cujo reinado foi de grande importância para os seus contemporâneos, como Onri (1Rs 16:23-11), Azarias ou Uzias (2Rs 15:1-12), Jerobão II (2Rs 14:23-12), se passam praticamente em claro. As lições a aprender são de caráter espiritual e não político. É esta a razão por que se descrevem extensivamente os dois períodos de crise-o reino de Acabe ao Norte e o de Ezequias ao Sul. Não nos deve pois surpreender que os arqueólogos, em obediência a conceitos diferentes, apresentem freqüentemente os reis e, as suas ações a uma luz um tanto diferente. Mas as suas descobertas, se bem que muitas vezes confirmando a exatidão do livro dos Reis, não aprofundam a nossa compreensão espiritual do período.

    APÊNDICE I-A RELIGIÃO DE ISRAEL NO PERÍODO DA MONARQUIA

    I. A RELIGIÃO DO PRÓXIMO ORIENTE

    No "Crescente Fértil", essa estreita mas fecunda faixa de terra que se estende com a forma de uma ferradura do Golfo Pérsico à Palestina e continua do outro lado do deserto egípcio, os sistemas religiosos correspondentes ao período do Velho Testamento têm muito em comum. Eram, sem dúvida, muito diferentes no pormenor e nos aspectos acentuados, mas todos constituíam essencialmente uma expressão mitológica do constante ciclo anual da natureza. As deidades eram uma personificação das forças da natureza ou, mais exatamente, do aspecto espiritual da natureza que lhe dava vida. Num tal sistema, as deidades deviam ser parte da natureza e, por conseqüência e duma maneira geral, sujeitas a ela; embora muito acima da fragilidade humana, essas deidades são ainda essencialmente naturais e o que exigem do homem harmoniza-se com a concepção que este possui do natural. Assim como os fenômenos da natureza estão relacionados entre si, embora, por vezes, aparentem opor-se, também os deuses se supunham, de certo modo, membros da mesma família que de quando em quando guerreassem entre si.

    Na Babilônia, Assíria, Síria e Canaã, a linha que dividia a segurança do desastre, a prosperidade da fome, era tão tênue e tão imprecisa que a permanente contingência da natureza e da vida, a despeito da regularidade do seu ciclo, explicava-se pela existência de um esforço contínuo, da parte dos poderes demoníacos e destruidores que haviam sido contidos e cujo objetivo era voltar a implantar o caos. A religião era, sobretudo, uma aliança do homem com os deuses por meio da qual lhe era dado ajudá-los a preservar a ordem estabelecida.

    A grande festa do Ano Novo (que em Canaã se celebrava no Outono) era de grande importância. Cria-se que, recitando o mito da criação e da destruição do caos, assim como praticando outros atos de valor simbólico, se mantinha, girando, o grande ciclo do ano ordenado e constante. Em todas as religiões mais primitivas, acredita-se que é possível promover qualquer resultado desejado executando, ritualmente, o movimento ou ação que lhe corresponde; era, portanto, deste gênero, uma grande parte do ritual.

    Em Canaã, o mistério da fertilidade no homem, nos animais e na terra explicava-se mitologicamente por uma coabitação divina; assim, a prostituição sagrada, tanto do macho como da fêmea, era considerada o meio de promover a fertilidade e tornou-se uma parte integrante da religião. A natureza bissexual da divindade era proclamada em todos os santuários cananeus pela presença do mazebá e do ascra (ver 1Rs 14:23 nota) os quais representavam, respectivamente, o aspecto viril e o aspecto feminino da divindade (a mudança de gênero em Jr 2:27 é provavelmente irônica). É de somenos importância saber se a última representava Asera, a deusa mãe dos cananeus (cfr. 1Rs 15:13 nota) e o primeiro algum deus especifico do sexo masculino ou se ambos representavam o reconhecimento geral da universalidade do sexo.

    II. O "REI DIVINO"

    A julgar pelos dados que possuímos da Mesopotâmia, o homem mais importante do estado era o rei. Não era um deus, como no Egito, mas era, de maneira especial, o representante dos deuses e podia guindar-se à divindade; o título que hoje lhe dá-o de "rei divino" -não é, portanto, inadequado. Não era apenas a mais alta autoridade civil do estado mas também o seu chefe religioso. Nos grandes festivais, havia certos ritos que só ele podia executar ou só na sua presença eram executáveis; embora, de uma maneira geral não reclamasse, para si, poderes proféticos, ele era, em última análise, aquele a quem os deuses tornavam conhecida a sua vontade.

    As muitas sobrevivências de um passado mais remoto, como, por exemplo, o apaziguamento de demônios (cfr. 2Cr 11:15 nota), o culto dos mortos etc. eram de importância secundária e não merecem aqui menção especial.

    III. A UNICIDADE DA RELIGIÃO DE ISRAEL

    Jeová, que Se revelou no Sinai, não era um deus da natureza. Situava-se para lá dela e era seu Criador. A constância da natureza não era uma necessidade que lhe fosse imposta, antes dependia da Sua vontade (Gn 8:22). Era supra-natural e por isso não havia imagens ou concepções humanas capazes de o expressar. O tributo que exigia dos homens, embora racional, jamais poderia ter sido deduzido pelo homem natural. Ele de nada precisava, nada os homens Lhe podiam oferecer; a religião e o culto de Israel eram não tanto ofertas do povo a Deus ou meios pelos quais ele colaborava na Sua obra, como dádivas de Deus ao seu povo.

    O poder sobrenatural de Jeová revelou-se no êxodo. Aí Se revelou como Senhor da história e da natureza. A experiência humana não é, pois, para a Bíblia, um ciclo infindo e desprovido de significado mas um progresso e um caminho cujo objetivo é fixado, pelo próprio Jeová.

    Esta nova concepção do mundo reafirmou-se na transferência da festa do Ano Novo para a Primavera. A Páscoa não marcava, em primeiro lugar, qualquer aspecto do ano agrícola mas comemorava, sim, a prova suprema de que Jeová era o Senhor da história. Em Canaã, o período natural para a festa do Ano Novo, era o Outono (a festa dos tabernáculos), altura em que estavam terminadas todas as colheitas e em que, com as primeiras chuvas, aparecia a primeira manifestação de vida nova. O fato explica a razão por que se conservou especialmente a Páscoa quando das grandes reformas efetuadas por Ezequias e Josias.

    IV. A "CANANEIZAÇÃO" DO CULTO DE JEOVÁ

    O pai de Abrão participara da religião natural da sua época (Js 24:2) e nada leva a crer que nos círculos patriarcais a memória do passado tivesse desaparecido por completo. O bezerro de ouro (Êx 32:4) encontra melhor explicação no pensamento semita, como o demonstram as tábuas de Ras Shamra, do que no culto egípcio do touro. Depois, os festivais israelitas estavam tão ligados ao ano agrícola como os cananeus. Como o demonstram as tábuas de Ras Shamra e as inscrições sacrificiais de Marselha e Cartago, os métodos sacrificiais apresentavam notáveis semelhanças. Era, portanto, fatalmente fácil ao israelita comum dar a Jeová uma interpretação cananéia tomá-Lo como o maior dos deuses e não como Deus único, fazê-Lo descer ao nível da, natureza e, por conseqüência, considerá-Lo natural e, num plano igualmente natural, interpretar os Seus mandamentos.

    É difícil saber-e muitas são as controvérsias que à volta deste assunto se têm levantado-até que ponto Israel foi influenciado pelo culto cananeu no tempo dos juízes a até que ponto esse culto foi erradicado no período que vai de Samuel a Salomão. A impressão que nos causam Ez 20; Jr 2:1-24; Dn 2:0 nota), consumou a progressiva cananeização da religião de Israel.

    Até que ponto se deu essa cananeização da religião tanto em Israel como em Judá, não é possível dizer. Não há dúvida de que, de uma maneira geral, a sua religião era muito superior à dos povos vizinhos. Não há provas de que se tivesse feito qualquer imagem de Jeová -nunca a arqueologia o comprovou. A freqüente descoberta em todos ou quase todos os centros 1sraelitas de pequenas figuras de deusas-mães e a freqüente alusão a Asera, como símbolo e como deusa, dão-nos praticamente a certeza de que a mente popular atribuía uma esposa a Jeová, embora nada faça supor que se Lhe atribuíssem filhos. Os papiros elefantinos provam indiscutivelmente esta corrupção do culto e dado que os que o prestavam não deixavam de se considerar bons israelitas, é evidente que se tratava de uma corrupção largamente aceita.

    Em épocas de apostasia, como nos tempos de Jorão, Acazias, Acaz e Manassés, a situação agravou-se. Praticava-se a prostituição ritual (Oséias parece sugerir que ela se tornara um aspecto normal da vida religiosa do norte), existiam muitos outros deuses a par de Jeová e introduziram-se abominações como os sacrifícios humanos. Como, quaisquer que fossem os deuses que se adoravam, Jeová permanecia Deus de Israel, mesmo quando, nos reinados de Acaz e Manassés os deuses da Assíria eram considerados relativamente mais poderosos que Ele, conclui-se que tais abominações eram praticadas em Seu nome (ver 2Rs 16:3 nota).

    Os santuários locais ou "altos" (1Rs 3:2-11 nota; 15.14 nota) eram de dois tipos. Uns representavam a continuação ou ressurgimento dos velhos santuários cananeus, nos quais, se perpetuavam as tradições cananéias. Estes desapareceram com a reforma de Asa (2Cr 14:3 nota), mas tudo indica que ressurgissem no reinado de Jorão. Outros eram santuários de Jeová, legítimos ou ilegítimos de acordo com a interpretação que se der à legislação do livro do Deuteronômio. Mas como na maior parte representavam idéias religiosas de caráter popular, tornavam-se um perigo cada vez maior; foi o reconhecimento deste fato que levou Ezequias e Josias a considerarem necessária a sua destruição.

    V. A INTERPRETAÇÃO PROFÉTICA DA RELIGIÃO POPULAR

    A história de Israel foi escrita ou por profetas ou pelos discípulos destes. Os escritores recusaram-se a descrever pormenorizadamente o culto pagão que os rodeava, designando todos os deuses pelo nome de Baal, o mais popular dos deuses cananeus e as deusas pelo nome de Astarote (Ishtar, Astarte) e, ocasionalmente, Asera.

    O que sobretudo interessa fixar é que eles consideravam Jeová reduzido à estatura de um deus da natureza, como deus da natureza e não como o Deus que os trouxera do Egito e fizera o concerto do Sinai. Por isso viram o culto popular de Jeová como sendo simplesmente o culto de Baal. Eis uma das razões por que não surgem como reformadores. Não estava em causa a verdadeira religião, nalguns pontos corrompida, mas uma religião fundamentalmente falsa por mais que a sua linguagem se assemelhasse à verdadeira. Foi a certeza de que reis como Ezequias e Josias não haviam compreendido este fato que determinou que profetas da estatura de Isaías e Jeremias se mantivessem afastados das grandes reformas do seu tempo.

    VI. O REI DE ISRAEL

    Saul não fora ungido "rei divino" mas capitão (1Sm 9:16; 1Sm 10:1 -heb. naghidg), isto é, chefe secular do estado. Ao atribuir-se funções sacerdotais (1Sm 13:9-9) e ao reclamar um conhecimento da vontade de Jeová superior ao de Samuel (1Sm 15:20-9) Saul pretendeu ser "rei divino" e a pretensão custou-lhe o trono. Verificou-se depois e sempre a forte tentação de seguir o seu exemplo. Salomão, ao depor Abiatar substituindo-o por Zadoque estabeleceu a superioridade da realeza sobre o sacerdócio, superioridade que não parece ter sido posta em causa nem desafiada enquanto a monarquia durou.

    Foi indiscutivelmente Salomão quem tomou a iniciativa de construir o templo e de inaugurar as suas cerimônias. Todas as alterações posteriores, tanto reformas como apostasia, são atribuídas ao rei. Não só Uzias mas Acaz (2Rs 16:12-12) nos são claramente apresentados como atuando de acordo com o conceito de "reis divinos" e o mesmo se poderia, sem dúvida, dizer de todos os outros reis que adotaram a religião cananeizada; a alta dignidade que esta lhes conferia seria, até, uma das suas atrações.

    No norte, o que não passava de tendência em Judá tornou-se logo um princípio, se bem que talvez não atingisse as proporções, que atingiu nas terras vizinhas. Jeroboão I, com a sua política religiosa (1Rs 12:25-11 nota) arrogou-se, indiscutivelmente, direitos de "rei divino" e nada faz supor que os seus sucessores se afastassem muito da linha de ação por ele traçada. A sua atitude fazia parte do "pecado que Jeroboão, filho de Nebate, fez pecar a Israel" (1Rs 14:16).

    É muito provável que uma das razões por que Deus não restaurou a monarquia em Israel, após o exílio, fosse querer libertar a religião da indevida interferência do Estado. Note-se, todavia, que a atitude independente dos profetas terá evitado que até o pior dos reis atingisse as culminância do paganismo a que haviam chegado os seus contemporâneos dos países vizinhos.

    H. L. Ellison.

    APÊNDICE II-AS IMPLICAÇÕES DAS ALIANÇAS POLÍTICAS

    No mundo antigo nada havia de puramente secular e consideravam-se os deuses dos diferentes países tão envolvidos nas questões internacionais como os próprios cidadãos desses países. É o que se verifica claramente no discurso do Rabsaqué (2Rs 18:33 e segs.) em que a conquista de cidades equivale a uma conquista dos respectivos deuses. Nos tratados egípcios e heteus ainda existentes, os deuses dos países são invocados como testemunhas. Segue-se, pois, que ao entrar Israel em alianças internacionais, Jeová, na concepção popular, entrava também em negociações com os deuses dos países em questão. No tipo de aliança feita entre Salomão e Hirão de Tiro ou entre Asa e Ben-Hadade de Damasco, Jeová era essencialmente colocado ao mesmo nível dos deuses destes países. A situação acarretava, por seu turno, o tipo de religião descrito no Apêndice I.

    Ao entrar em alianças políticas com a Assíria e o Egito, Israel desempenhava o papel do aliado mais novo, o que implicava, na esfera religiosa, uma posição igualmente inferior para Jeová. No primeiro tipo de aliança, as implicações religiosas poderiam passar despercebidas a todos, exceto aos profetas; mas no último, eram por demasiado óbvias. Considerar Jeová como mera deidade da natureza era simples lógica religiosa para Acaz e Manassés; e não a deidade mais importante, antes uma das muitas existentes na vasta família de deuses e inferior às deidades da Assíria. Seria necessária a visão de Isaías (Is 10:5-23) para reconciliar a vassalagem de Judá com a deidade única de Jeová. Outras possíveis implicações de alianças políticas são as que nos demonstram os resultados do casamento político de Acabe e Jezabel. Esse casamento legalizou o culto do Baal Tírio em terras de Israel. Tais casamentos políticos eram particularmente indesejáveis pela influência exercida pela rainha mãe sobre o filho.

    H. L. Ellison.

    APÊNDICE III-OS GRANDES IMPÉRIOS DURANTE O PERÍODO DA MONARQUIA

    I. ANTECEDENTES DA MONARQUIA UNIDA

    Nos princípios do século doze A. C., com a morte de Ramessés III, desapareceu rapidamente a influência egípcia em Canaã e o Egito entrou num longo período de enfraquecimento interno. Tiglate-Pileser I (1112-1
    074) da Assíria destruiu o poder dos heteus e da Babilônia e passou ao Mediterrâneo, onde se impôs pela força das armas; mas pouco depois da sua morte também o poderio da Assíria declinou. Como resultado, Davi e Salomão não encontram, no Próximo Oriente, nenhum poderoso adversário que se oponha ao fortalecimento de Israel. A única força vizinha de Israel era a das cidades costeiras da Fenícia, cujo principal interesse era mercantil e se situava além-mar.

    II. O PANORAMA POLÍTICO ATÉ À MORTE DE JEÚ

    A XXII dinastia egípcia com Sisaque ou Sheshenk (c
    946) marca o princípio de uma nova era. O ressurgimento do poder egípcio nunca bastou para tornar prováveis quaisquer conquistas duradouras do Egito na Ásia, mas foi suficiente para quebrar a força de Roboão depois do que os reinos israelitas nunca deixaram de ser enfraquecidos pelos ataques ou intrigas egípcios.

    A Assíria despertou da sua letargia com Adade-Nirari II (909-889) e foi, a partir de então, até à sua queda, a maior potência do Oriente Próximo. O avanço relativamente lento da Assíria até ao tempo de Tiglate-Pileser III foi principalmente devido à ausência de um sistema que lhe permitisse a manutenção do território conquistado. De qualquer modo, a partir do reinado de Assurnasirpal II (883-859) a Assíria apoiou-se na sua crueldade. "O seu procedimento habitual após a captura de uma cidade inimiga era queimá-la e em seguida mutilar todos os prisioneiros adultos do sexo masculino cortando-lhes as mãos e as orelhas e vasando-lhes os olhos; depois do que, eram amontoados uns sobre os outros, num gigantesco montão, e abandonados à tortura do sol, das moscas, das feridas e da sufocação; as crianças, de ambos os sexos, eram amarradas a postes e queimadas vivas; e o chefe era levado para a Assíria onde era esfolado vivo para deleite do rei". Embora os seus sucessores não chegassem a atingir tais requintes de crueldade, o ódio que despertavam era tal (cfr. Na 3:0); em 732 Damasco foi tomada e todos os seus habitantes deportados. Seguiu-se a submissão de todas as terras em volta de Israel. Acaz tornara-se, evidentemente, tributário, quando pediu o auxilio da Assíria. Tiglate-Pileser viu terminada a sua obra quando se tornou rei da Babilônia.

    IV. A ASSÍRIA NO APOGEU DO SEU PODER

    Salmaneser V (726-722) teve de fazer face a uma situação inteiramente nova. O Egito estava sob o poder da XXV dinastia (nubiana ou etíope) e alarmado pela presença dos assírios na fronteira, começou a intrigar junto da Palestina. O fato teve como conseqüência a revolta de Oséias e a queda de Samaria (723-2) (ver seção XXVIII a do comentário). Sargon (721-705) teve de fazer face à revolta da Babilônia no princípio do seu reinado e foi seriamente derrotado por Elã, aliado de Merodaque-Baladã. Daqui resultou uma revolta geral do Ocidente apoiada pelo Egito. Uma forte campanha em 720 restaurou o poder assírio e conduziu a uma esmagadora derrota do exército egípcio no sul da Palestina. Foi necessário subornar Sargon, para que este não invadisse o Egito. Registaram-se outras revoltas na Palestina em 715 (cfr. Is 20:1) e 711. Não se pode determinar até que ponto Ezequias esteve envolvido nestes movimentos e se pôde agir a tempo de evitar as mais sérias conseqüências. Por altura da morte de Sargon o Império Assírio estendia-se do Golfo Pérsico à Cilícia e até à fronteira egípcia; até Chipre pagava tributo.

    O reinado de Senaqueribe (704-681) foi acolhido com uma revolta geral. Os territórios da Média recentemente conquistados perderam-se para sempre mas a Babilônia, a despeito dos esforços de Merodaque-Baladã, em breve foi retomada. Ao voltar-se para o Ocidente, Senaqueribe venceu rapidamente toda a oposição, apesar da resistência egípcia (cfr. seção XXIX c do comentário). Desforrou-se de uma das últimas revoltas da Babilônia e de uma derrota provável por parte de um exército elamita que a apoiava, destruindo a Babilônia em 689. Nos anos que se seguiram (ou talvez em 701; ver seções XXIX f, h do comentário) as suas tropas foram vítimas de uma grande calamidade no sul da Palestina ou na fronteira do Egito (2Rs 19:35). Não muito tempo depois foi assassinado por dois dos seus filhos. Já no seu reinado se divisa o princípio daquela perda de potencial humano que conduziria à queda do Império.

    Esar-Hadom (680-669) foi um dos maiores reis assírios. Uma das suas principais medidas foi a construção da Babilônia e a sua política geral parece ter criado um inusitado clima de paz. Nas fronteiras do norte fazia-se sentir a indesejável presença de novos povos mas não se consideravam ainda inquietantes os seus movimentos. A única fonte de preocupação no Ocidente parece terem sido as revoltas fenícias fomentadas pelo Egito; Manassés de Judá aparece-nos como um rei servilmente leal. Esar-Hadom conquistou o Egito entre 674 e 671 mas mal saiu do país, Tiraca, que se retirara para a Etiópia, voltou e provocou a revolta.

    Coube a Assurbanípal (668-633) a reconquista do Egito, tarefa que lhe foi fácil. A tentativa de reconquista do Egito por parte dos etíopes, tentativa a princípio coroada de êxito, teve como conseqüência a invasão e a assolação de Tebas (Noa-mom, Na 3:8 e segs.) em 663 pelos assírios. Entre 663 e 646 Elã foi selvagemente atacada e destruída, enquanto a Assíria parecia estar no apogeu do seu poder. Mas a violenta luta que se travara no Egito e em Elã representara um esforço demasiado grande para as já frágeis reservas de potencial humano da Assíria. Por 650 a guarnição assíria teria já sido retirada do Egito e Psamético, vice-rei do Egito, era já praticamente, embora não oficialmente, independente. A Assíria esgotara o seu poderio e quando os citas invadiram o país, pouco antes da morte de Assurbanípal, pouca resistência se lhes opôs.

    V. A ASCENSÃO DA BABILÔNIA

    A Assíria perdera já grande parte do Ocidente quando Assurbanípal morreu (cfr. seção XXXII) e imediatamente depois seguiu-se a perda da Babilônia com Nabopolassar (625). Os medos, em franco desenvolvimento sob a chefia de Ciaxares fizeram uma aliança com os citas e a Babilônia. Embora Psamético enviasse um exército egípcio em auxílio da Assíria em 616, poucos resultados obteve; em 612 após um duro cerco, Nínive caía sob o ataque conjunto dos medos e dos babilônios, para não mais se erguer. Por volta de 609 desapareciam os últimos vestígios da Assíria. Os medos e os babilônios dividiram entre si o Império Assírio e formaram, com o novo estado da Lídia, na Ásia Menor, uma tripla aliança lealmente respeitada até que, por seu turno, caíram vencidos por Ciro da Pérsia.

    Neco, filho de Psamético subiu ao trono do Egito em 609 e prontamente marchou nominalmente em defesa da Assíria, nessa altura já irremediavelmente perdida, senão já inexistente, mas na realidade disposto a conquistar todo o território a que pudesse lançar mão. De caminho derrotou Josias em Megido (ver seção XXXII j do comentário) e saqueou a Síria até ao Eufrates. Mas quando Nabucodonosor, filho e general de Nabopolassar, se defrontou com ele em Carquemis (605) a vitória foi rápida e a Babilônia estendeu o seu reino até à fronteira egípcia. O Egito passou então a intrigar com Judá, para cujo destino gostosamente contribuiu, tal como fizera com Israel, mais de um século antes. O principal apoio do Egito vinha-lhe das cidades fenícias; Tiro resistiu a Nabucodonosor treze anos antes de depor as armas (cfr. Ez 29:17-18). É incerto que os triunfos babilônios ultrapassassem as fronteiras egípcias. A Nabucodonosor (604-562) interessavam mais as empresas pacíficas e celebrizou-se pela reconstrução da Babilônia. Os seus sucessores foram fracos e mostraram-se incapazes de fazer fa-ce à nova potência que subitamente se ergueu.

    Ciro, príncipe de Ansã, do sul da Pérsia, atacou Astíages da Média e destronou-o em 550. Em 547-6 coube-lhe o reino de Cresus da Lídia. Os três anos seguintes foram dedicados à tomada das cidades jônicas da Ásia Menor. Finalmente, em 539, a Babilônia foi atacada e a cidade caiu em 538, após uma campanha de seis meses. Quando Cambises, filho de Ciro, conquistou o Egito em 525, os países do "Crescente Fértil" haviam-se fundido num império que se estendia de Cirene e da primeira catarata do Nilo até aos Dardanelos e para oriente até às fronteiras da Índia. A nova fase da história espiritual introduzida pelo regresso judaico do exílio coincidiu com o princípio de uma nova era na história do mundo.

    H. L. Ellison


    Francis Davidson - Comentários de II Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
    XIV. ACAZIAS DE ISRAEL 1Rs 22:51, 1Rs 22:51; 2Rs 1:17; 2Rs 3:1, veremos que 2Rs 1:17 é irreconciliável com as outras passagens, pelo que, atendendo ao nosso presente conhecimento dos fatos, deve omitir-se dos nossos cálculos cronológicos. Sobre 1Rs 1:1 ver 3.5 nota. E serviu a Baal (54). O fato de ter consultado Baalzebube, deus de Ecrom (1Rs 1:2) prova que foi mais longe que Acabe seu pai. Zebube significa "moscas" mas o nome deve ser uma deturpação de Zebul que significa "príncipe". O anjo do Senhor (3); era, como diz certo comentador, "Jeová presente num determinado tempo e num determinado lugar"; contraste-se com o comentário a 1Rs 19:7. A declarada apostasia conduziu a uma revelação mais poderosa do que de costume. Então Elias partiu (4); para ir ao encontro dos mensageiros. Não se torna necessário relatar os acontecimentos seguintes. Os profetas vestiam, propositadamente, à maneira da gente mais pobre, os lombos cingidos de um cinto de couro (8). Era o vestuário adotado tanto pelos falsos (Zc 13:4) como pelos verdadeiros profetas (Mq 1:6). Perante a apostasia a misericórdia não conta e os seus agentes são implacavelmente punidos (vers. 9-12).

    Dicionário

    Acabe

    irmão de pai. 1. Filho de onri, sétimo rei de israel, e o segundo de sua família, que se sentou naquele trono. A história do seu reinado vem no livro 1 dos Reis, caps. 16 a 22. Casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei de Tiro, que era adorador do deus Baal, e tinha sido sacerdote da deusa Astarote, antes de ter deposto seu irmão e tomado as rédeas da governo. o reinado de Acabe distinguiu-se pela ação do profeta Elias, que se opôs fortemente a Jezabel, quando esta introduziu em israel o culto de Baal e Astarote (*veja Elias). A rainha Jezabel não somente levou o seu marido para a idolatria, mas também o fez viver uma vida maléfica. Foi ela quem instigou Acabe a cometer um grande crime contra Nabote, cuja vinha o rei ambicionou para juntar a outros aprazíveis terrenos que faziam parte do seu novo palácio de Jezreel. Nabote recusou vender o terreno, baseando-se na lei de Moisés, segundo a qual a vinha era a ‘herança de seus pais’. Pela sua declaração foi acusado de blasfêmia, sendo ele e seus filhos mortos por apedrejamento (2 Rs 9.26). Elias então disse que a destruição da casa de Acabe seria a conseqüência desta atrocidade. Uma grande parte do reinado de Acabe foi ocupada com três campanhas contra Ben-Hadade ii, rei de Damasco. Das duas primeiras guerras ele saiu completamente vitorioso. No fim da segunda, o rei Ben-Hadade caiu nas mãos de Acabe, mas foi libertado sob a condição de restituir todas as cidades de israel, que tinha em seu poder, e fazer bazares para Acabe em Damasco (1 Rs 20.84). A bênção de Deus foi retirada da terceira campanha. o profeta Micaías (ou Mica) avisou Acabe de que não teria agora a proteção divina, dizendo que os profetas que o tinham aconselhado estavam apressando a sua ruína. Acabe foi à batalha e disfarçou-se para não ser conhecido pelos frecheiros de Ben-Hadade. Apesar disso foi morto por certo homem que arremessou a flecha à ventura. o seu corpo foi levado para Samaria, para ser sepultado, e na ocasião em que um criado estava lavando o carro, lamberam os cães o seu sangue (1 Rs 22.37,38). 2. Filho do falso profeta Colaías, que guiou mal os israelitas em Babilônia. Foi condenado à morte pelo rei Nabucodonosor (Jr 29:21).

    Acabe [Irmão do Pai] -

    1) Sétimo rei de Israel, que reinou 22 anos (874-853 a.C.), depois de Onri, seu pai. Jezabel, sua mulher, levou o povo a adorar ídolos. Deus mandou o profeta Elias falar contra ele (1Rs 16:28—22:) 40).

    2) Profeta falso (Jr 29:21-23).

    (Heb. “irmão do pai”).


    1. O infame rei Acabe, filho de Onri e governante de Israel na mesma época em que o profeta Elias desenvolveu seu ministério. Foi um dos piores reis do Norte (cf 1Rs 16:30-33). Seus crimes não eram apenas políticos. Sua culpa maior foi permitir a propagação da adoração a Baal. Deus o puniu com um terrível período de seca que assolou a terra — um castigo direto por sua participação nas práticas idólatras. Seu casamento com Jezabel acentuou a ligação que a narrativa bíblica faz entre a idolatria e o comportamento imoral. Para mais detalhes, veja Jezabel, Elias e Nabote.

    O relato do reinado de Acabe só é concluído em 1Rs 22:39-53. Sua hábil política internacional é interpretada negativamente pelo escritor bíblico, devido às graves conseqüências da adoração mista. Seu comportamento foi tão mau que a frase “a casa de Acabe” tornou-se um padrão para referir-se particularmente a reis perversos (2Rs 21:2s; veja também Mq 6:16).


    2. Outro Acabe foi acusado pelo profeta Jeremias de falar mentiras para o povo de Israel, na Babilônia (Jr 29:21-23). Como Hananias (Jr 28), ele provavelmente era culpado de prever um final rápido para o exílio e, como os outros falsos profetas, culpado de “curar superficialmente a ferida do povo” (Jr 6:14; Jr 23:11) e de cometer adultério com as mulheres dos companheiros (Jr 29:23). No livro de Jeremias, os falsos profetas foram alvo de juízo, porque ofereciam ao povo uma falsa esperança, quando na verdade havia desesperança. S.V.


    Depois

    advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
    Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
    Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
    Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.

    logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.

    Israel

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Moabe

    Moabe
    1) Neto de Ló, nascido do incesto com sua filha (Gn 19:30-38).

    2) Povo descendente de MOABE 1, e sua terra, localizada a leste do JORDÃO (Nu 26:3).

    -

    (Heb. “do meu pai”). Tornou-se progenitor dos moabitas. Era filho de Ló com sua filha mais velha (Gn 19:37). Depois da destruição de Sodoma, à qual somente três pessoas sobreviveram, as duas moças ficaram preocupadas com a continuidade do nome da família; por isso, embebedaram o próprio pai, tiveram relações sexuais com ele e ambas ficaram grávidas. Parece significativo que elas, que relutaram em sair de Sodoma, continuassem a manifestar sérios problemas na área sexual, pelos quais, ao que tudo indica, Sodoma era famosa. Certamente, apesar de estar fora daquela cidade, não houve um novo começo para Ló. Ele e as filhas foram salvos por Deus unicamente devido ao parentesco que tinham com Abraão, com quem o Senhor fizera sua aliança (Gn 19:29). P.D.G.


    do próprio pai

    Morte

    substantivo feminino Óbito ou falecimento; cessação completa da vida, da existência.
    Extinção; falta de existência ou ausência definitiva de alguma coisa: morte de uma espécie; morte da esperança; morte de uma planta.
    Figurado Sofrimento excessivo; pesar ou angústia: a perda do filho foi a morte para ele.
    Figurado Ruína; destruição completa e definitiva de: a corrupção é, muitas vezes, o motivo da morte da esperança.
    Por Extensão Representação da morte, caracterizada por um esqueleto humano que traz consigo uma foice.
    Entre a vida e a morte. Estar sob a ameaça de morrer.
    Morte aparente. Estado em que há redução das funções vitais do corpo.
    Etimologia (origem da palavra morte). Do latim mors.mortis.

    vem diretamente do Latim mors. Em épocas mais recuadas, quando ela se fazia presente de modo mais visível, o Indo-Europeu criou a raiz mor-, "morrer", da qual descendem as palavras atuais sobre a matéria. Dentre elas, mortandade, "número elevado de mortes, massacre", que veio do Latim mortalitas, "mortalidade". Dessa mesma palavra em Latim veio mortalidade, "condição do que é passível de morrer".

    Fim da vida física. A morte espiritual significa separação em relação a Deus (Ef 2:1-5). A palavra é também empregada nos seguintes sentidos:
    1) o fim de um modo pecaminoso de viver (Rm 6:4-8) e
    2) a derradeira irreversível separação em relação a Deus após o juízo (Ap 20:11-15).

    A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em conseqüência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. “A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contados existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento. Não é preciso portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. [...] O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1, it• 4 e 7

    [...] transformação, segundo os desígnios insondáveis de Deus, mas sempre útil ao fim que Ele se propõe. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    A morte, para os homens, mais não é do que uma separação material de alguns instantes.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 28, it• 60

    [...] é a libertação dos cuidados terrenos [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 291

    A morte é apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como o faz a borboleta com a crisálida, conservando, porém, seu corpo fluídico ou perispírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 12

    [...] começo de outra vida mais feliz. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] a morte, conseqüentemente, não pode ser o término, porém simplesmente a junção, isto é, o umbral pelo qual passamos da vida corpórea para a vida espiritual, donde volveremos ao proscênio da Terra, a fim de representarmos os inúmeros atos do drama grandioso e sublime que se chama evolução.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    [...] é um estágio entre duas vidas. [...]
    Referencia: DEJEAN, Georges• A nova luz• Trad• de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] uma lei natural e uma transformação necessária ao progresso e elevação da alma. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A morte mais não é que uma transformação necessária e uma renovação, pois nada perece realmente. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 13

    [...] uma porta aberta para formas impalpáveis, imponderáveis da existência [...].
    Referencia: DENIS, Léon• O Além e a sobrevivência do ser• Trad• de Guillon Ribeiro• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. [...] A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. [...] Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10

    [...] é o estado de exteriorização total e de liberação do “eu” sensível e consciente. [...] é simplesmente o retorno da alma à liberdade, enriquecida com as aquisições que pode fazer durante a vida terrestre; e vimos que os diferentes estados do sono são outros tantos regressos momentâneos à vida do Espaço. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 11

    O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

    A morte é uma modificação – não da personalidade, porém da constituição dos princípios elevados do ser humano. [...]
    Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 2

    [...] A morte é o maior problema que jamais tem ocupado o pensamento dos homens, o problema supremo de todos os tempos e de todos os povos. Ela é fim inevitável para o qual nos dirigimos todos; faz parte da lei das nossas existências sob o mesmo título que o do nascimento. Tanto uma como outro são duas transições fatais na evolução geral, e entretanto a morte, tão natural como o nascimento, parece-nos contra a Natureza.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

    [...] Quer a encaremos de frente ou quer afastemos a sua imagem, a morte é o desenlace supremo da Vida. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

    [...] Fenômeno de transformação, mediante o qual se modificam as estruturas constitutivas dos corpos que sofrem ação de natureza química, física e microbiana determinantes dos processos cadavéricos e abióticos, a morte é o veículo condutor encarregado de transferir a mecânica da vida de uma para outra vibração. No homem representa a libertação dos implementos orgânicos, facultando ao espírito, responsável pela aglutinação das moléculas constitutivas dos órgãos, a livre ação fora da constrição restritiva do seu campo magnético.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 7

    A morte é sempre responsabilidade pelos sofrimentos que ferem as multidões. Isto porque há uma preferência geral pela ilusão. Todos, porém, quantos nascem encontram-se imediatamente condenados à morte, não havendo razões para surpresas quando a mesma ocorre. No entanto, sempre se acusa que a famigerada destruidora de enganos visita este e não aquele lar, arrebata tal pessoa e M não aquela outra, conduz saudáveis e deixa doentes...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto ao sofrimento

    A tradição védica informa que o nascimento orgânico é morte, porque é uma viagem no mundo de sombras e de limites, quanto que a morte é vida, por ensejar a libertação do presídio da matéria para facultar os vôos nos rios do Infinito. Possivelmente, por essa razão, o sábio chinês Confúcio, escreveu: Quando nasceste todos riam e tu choravas. Vive, porém, de tal forma que, quando morras, todos chores, mas tu sorrias. [...] Concordando com essa perspectiva – reencarnação é morte e desencarnação é vida! [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Iluminação para a ação

    A morte se traduz como uma mudança vibratória que ocorre entre dois estados da vida: físico e fluídico. Através dela se prossegue como se é. Nem deslumbramento cerúleo nem estarrecimento infernal de surpresa. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

    A morte, examinada do ponto de vista terrestre, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens. [...] do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena, sempre de breve duração, considerando-se a perenidade da vida em si mesma.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 21

    [...] Morrer é renascer, volver o espírito à sua verdadeira pátria, que é a espiritual. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 5

    [...] A morte, à semelhança da semente que se despedaça para germinar, é vida que se desenlaça, compensadora. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 2, cap• 9

    Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. Genericamente, porém, morte é transformação. Morrer, do ponto de vista espiritual, nem sempre é desencarnar, isto é, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em conseqüência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física. A desencarnação pode ser rápida, logo após a morte, ou se alonga em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morte e desencarnação

    [...] morrer é prosseguir vivendo, apesar da diferença vibratória na qual se expressará a realidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morrendo para viver

    Morrer é desnudar-se diante da vida, é verdadeira bênção que traz o Espírito de volta ao convívio da família de onde partiu...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Processo desencarnatório

    A morte é a desveladora da vida.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Identificação dos Espíritos

    [...] a morte traduz, em última análise, o ponto de partida do estágio terrestre para, assim, a alma, liberta dos liames carnais, ascender a mundos superiores numa mesma linha de continuidade moral, intelectual e cultural, integralmente individualizada nos seus vícios e virtudes, nas suas aspirações e ideais, para melhor poder realizar a assimilação das experiências colhidas durante a sua encarnação na matéria física e planetária. [...]
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Da evolução e da Divindade

    [...] a morte não é o remate dos padecimentos morais ou físicos, e sim uma transição na vida imortal. [...] A morte é o despertar de todas as faculdades do espírito entorpecidas no túmulo da carne e, então, liberto das sombras terrenas.
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 3

    A morte não é, como dizem geralmente, o sono eterno; é, antes, o despertar da alma – que se acha em letargia enquanto constrangida no estojo carnal – despertar que, às vezes, dura tempo bem limitado, porque lhe cumpre retornar à Terra, a desempenhar nova missão; não é o esvaimento de nenhum dos atributos anímicos; é o revigoramento e o ressurgimento de todos eles, pois é quando a inteligência se torna iluminada como por uma projeção elétrica, para se lhe desvendarem todas as heroicidades e todos os delitos perpetrados no decorrer de uma existência. [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

    [...] é um ponto-e-vírgula, não um ponto final. [...]
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - Um gênero e duas épocas

    [...] a morte é uma passagem para outra vida nova. [...]
    Referencia: KRIJANOWSKI, Wera• A vingança do judeu Pelo Espírito Conde J• W• Rochester• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - pt• 2, o homem propõe e Deus dispõe

    [...] prelúdio de uma nova vida, de um novo progresso.
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] a morte – ou seja, libertação do Espírito – é tão simples e natural que a grande maioria, por um espaço de tempo maior ou menor, nem mesmo sabe o que aconteceu e continua presa aos ambientes onde viveu na carne, numa atmosfera de pesadelo que não entende e da qual não consegue sair. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 15

    M [...] a extinção da vida física não é uma tragédia que se possa imputar a Deus, mas um processo pelo qual a própria vida se renova. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    A morte é oportunidade para que pensemos na existência da alma, na sua sobrevivência e comunicabilidade com os vivos da Terra, através dos médiuns, da intuição, ou durante o sono. A morte é, ainda, ensejo para que glorifiquemos a Indefectível Justiça, que preside a vida em todas as suas manifestações. Na linguagem espírita, a morte é, tão-somente, transição de uma para outra forma de vida. Mudança de plano simplesmente. [...] a morte não é ocorrência aniquiladora da vida, mas, isto sim, glorioso cântico de imortalidade, em suas radiosas e sublimes manifestações.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 34

    [...] nada mais é do que a transição de um estado anormal – o de encarnação para o estado normal e verdadeiro – o espiritual!
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Apres•

    [...] a morte não é mais do que o prosseguimento da vida transportada para ambientes diferentes [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Morte que é vida admirável e feliz, ou tormentosa; vida exuberante, à luz do Cristo ou nas sombras do remorso e do mal. Mas vida eterna prometida por Jesus, que é, agora, mais bem compreendida. [...]
    Referencia: RAMOS, Clóvis• 50 anos de Parnaso• Prefácio de Francisco Thiesen; apresentação de Hernani T• Sant’Anna• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 6

    [...] a morte é, na realidade, o processo renovador da vida.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

    Não te amedronte, filha minha, a morte, / Que ela é qual simples troca de vestido: / Damos de mão a um corpo já puído, / Por outro mais esplêndido e mais forte. [...] A morte, filha minha, é a liberdade! / É o vôo augusto para a luz divina, / Sob as bênçãos de paz da Eternidade! / É bem começo de uma nova idade: / Ante-manhã formosa e peregrina / Da nossa vera e grã felicidade.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A morte

    [...] A morte não existe; e aquilo a que damos esse nome não é mais que a perda sofrida pela alma de parte das mônadas, que constituem o mecanismo de seu corpo terreno, dos elementos vívidos que voltam a uma condição semelhante àquela em que se achavam, antes de entrarem no cenário do mundo. [...]
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

    [...] é simplesmente o nosso libertamento de um organismo pelo qual, apesar da grosseria dos sentidos, a nossa alma, invisível e perfectível, se nobilita [...].
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2

    A morte é ponto de interrogação entre nós incessantemente colocado, o primeiro tema a que se ligam questões sem-número, cujo exame faz a preocupação, o desespero dos séculos, a razão de ser de imensa cópia de sistemas filosóficos. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Depois da morte

    [...] é o remate da vida. [...]
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Convive com ele

    [...] é a ressuscitadora das culpas mais disfarçadas pelas aparências do homem ou mais absconsas nas profundezas do espírito.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em paz e paciência

    A morte não é noite sem alvorada nem dia sem amanhã; é a própria vida que segue sempre.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei da morte

    [...] Morrer é passar de um estado a outro, é despir uma forma para revestir outra, subindo sempre de uma escala inferior para outra, imediatamente superior.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Evolução

    [...] a morte só é simples mergulho na vida espiritual, para quem soube ser realmente simples na experiência terrestre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 20

    A morte do corpo constitui abençoada porta de libertação, para o trabalho maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] a morte transforma, profundamente, o nosso modo de apreciar e de ser, acendendo claridades ocultas, onde nossa visão não alcançaria os objetivos a atingir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    É a morte um simples túnel, através do qual a carruagem de nossos problemas se transfere de uma vida para outra. Não há surpresas nem saltos. Cada viajante traz a sua bagagem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é o passado que, quase sempre, reclama esquecimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é somente uma longa viagem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é a grande niveladora do mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Toda morte é ressurreição na verdade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é uma ilusão, entre duas expressões da nossa vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] A morte significa apenas uma nova modalidade de existência, que continua, sem milagres e sem saltos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Indubitavelmente, a morte do corpo é uma caixa de surpresas, que nem sempre são as mais agradáveis à nossa formação. [...] A morte, porém, é processo revelador de caracteres e corações [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Do Além

    [...] é sempre um caminho surpreendente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De retorno

    A morte é o banho revelador da verdade, porque a vida espiritual é a demonstração positiva da alma eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Tudo claro

    [...] a hora da morte é diferente de todas as outras que o destino concede à nossa existência à face deste mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 8

    M A morte não provocada / É bênção que Deus envia, / Lembrando noite estrelada / Quando chega o fim do dia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 38

    A morte é renovação, investindo a alma na posse do bem ou do mal que cultivou em si mesma durante a existência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em saudação

    Então, a morte é isto? uma porta que se fecha ao passado e outra que se abre ao futuro?
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28

    A morte é simplesmente um passo além da experiência física, simplesmente um passo. Nada de deslumbramento espetacular, nada de transformação imediata, nada de milagre e, sim, nós mesmos, com as nossas deficiências e defecções, esperanças e sonhos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

    [...] a morte, por mais triste e desconcertante, é sempre o toque de ressurgir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

    [...] a morte é chave de emancipação para quantos esperam a liberdade construtiva. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 41

    A morte é simples mudança de veste [...] somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Ante os tempos novos

    A morte não é uma fonte miraculosa de virtude e sabedoria. É, porém, uma asa luminosa de liberdade para os que pagaram os mais pesados tributos de dor e de esperança, nas esteiras do tempo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Marte

    [...] a morte representa para nós outros um banho prodigioso de sabedoria [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

    O repouso absoluto no túmulo é a mais enganosa de todas as imagens que o homem inventou para a sua imaginação atormentada.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

    [...] é campo de seqüência, sem ser fonte milagreira, que aqui ou além o homem é fruto de si mesmo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Obreiros da vida eterna• Pelo Espírito André Luiz• 31a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Rasgando véus

    A morte física não é salto do desequilíbrio, é passo da evolução, simplesmente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Os mensageiros

    A morte é simplesmente o lúcido processo / Desassimilador das formas acessíveis / À luz do vosso olhar, empobrecido e incerto.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - O mistério da morte

    [...] A morte física, em qualquer circunstância, deve ser interpretada como elemento transformador, que nos cabe aproveitar, intensificando o conhecimento de nós mesmos e a sublimação de nossas qualidades individuais, a fim de atendermos, com mais segurança, aos desígnios de Deus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 30

    [...] A morte mais terrível é a da queda, mas a Terra nos oferece a medicação justa, proporcionando-nos a santa possibilidade de nos reerguermos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 1

    [...] o instante da morte do corpo físico é dia de juízo no mundo de cada homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 23

    A morte para todos nós, que ainda não atingimos os mais altos padrões de humanidade, é uma pausa bendita na qual é possível abrir-nos à prosperidade nos princípios mais nobres. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] A morte é lição para todos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Almas em desfile• Pelo Espírito Hilário Silva• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22


    Morte
    1) O fim da vida natural, que resultou da QUEDA em pecado (Gn 2:17; Rm 5:12). É a separação entre o espírito ou a alma e o corpo (Ec 12:7). Para os salvos, a morte é a passagem para a vida eterna com Cristo (2Co 5:1; Fp 1:23).


    2) No sentido espiritual, morte é estar separado de Deus (Mt 13:49-50; 25.41; Lc 16:26; Rm 9:3), e a segunda morte é estar separado de Deus para sempre (Ap 20:6-14).


    Morte Ver Alma, Céu, Geena, Hades, Juízo final, Ressurreição.

    Revoltar

    revoltar
    v. 1. tr. dir. Incitar à revolta; agitar, amotinar, sublevar. 2. pron. Insurgir-se, levantar-se contra a autoridade estabelecida ou contra o seu superior; revolucionar-se, sublevar-se. 3. tr. dir. Perturbar moralmente; indignar, repugnar. 4. pron. Agitar-se, tumultuar-se. 5. pron. Encolerizar-se, indignar-se. 6. Intr. Causar indignação.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Reis 1: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E depois da morte de Acabe, Moabe se rebelou contra Israel.
    II Reis 1: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    852 a.C.
    H256
    ʼAchʼâb
    אַחְאָב
    Acabe
    (Ahab)
    Substantivo
    H310
    ʼachar
    אַחַר
    depois de / após
    (after)
    Advérbio
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H4124
    Môwʼâb
    מֹואָב
    um filho de Ló com sua filha mais velha
    (Moab)
    Substantivo
    H4194
    mâveth
    מָוֶת
    morte, moribundo, Morte (personificada), reino dos mortos
    (the death)
    Substantivo
    H6586
    pâshaʻ
    פָּשַׁע
    rebelar, transgredir, revoltar
    (they have transgressed)
    Verbo


    אַחְאָב


    (H256)
    ʼAchʼâb (akh-awb')

    0256 אחאב ’Ach’ab

    uma ocorrência (por contração) אחב ’Echab (Jr 29:22) procedente de 251 e 1; n pr m Acabe = “irmão do pai”

    1. rei de Israel, filho de Onri, marido de Jezabel
    2. falso profeta executado por Nabucodonosor, na época de Jeremias

    אַחַר


    (H310)
    ʼachar (akh-ar')

    0310 אחר ’achar

    procedente de 309; DITAT - 68b, 68c; adv prep conj subst

    1. depois de, atrás (referindo-se a lugar), posterior,

      depois (referindo-se ao tempo)

      1. como um advérbio
        1. atrás (referindo-se a lugar)
        2. depois (referindo-se a tempo)
      2. como uma preposição
        1. atrás, depois (referindo-se a lugar)
        2. depois (referindo-se ao tempo)
        3. além de
      3. como uma conjunção
      4. depois disso
      5. como um substantivo
        1. parte posterior
      6. com outras preposições
        1. detrás
        2. do que segue

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    מֹואָב


    (H4124)
    Môwʼâb (mo-awb)

    04124 מואב Mow’ab

    procedente de uma forma prolongada do prefixo preposicional m- e 1; de (o pai dela [da mãe]); DITAT - 1155 Moabe = “do seu pai” n pr m

    1. um filho de Ló com sua filha mais velha
    2. a nação descendente do filho de Ló n pr loc
    3. a terra habitada pelos descendentes do filho de Ló

    מָוֶת


    (H4194)
    mâveth (maw'-veth)

    04194 מות maveth

    procedente de 4191; DITAT - 1169a; n m

    1. morte, moribundo, Morte (personificada), reino dos mortos
      1. morte
      2. morte por violência (como penalidade)
      3. estado de morte, lugar da morte

    פָּשַׁע


    (H6586)
    pâshaʻ (paw-shah')

    06586 פשע pasha ̀

    uma raiz primitiva [idêntica a 6585 com a idéia de expansão]; DITAT - 1846; v.

    1. rebelar, transgredir, revoltar
      1. (Qal)
        1. rebelar, revoltar
        2. transgredir
      2. (Nifal) estar rebelado contra