Enciclopédia de Jó 15:33-33

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 15: 33

Versão Versículo
ARA Sacudirá as suas uvas verdes, como a vide, e deixará cair a sua flor, como a oliveira;
ARC Sacudirá as suas uvas verdes, como as da vide, e deixará cair a sua flor como a da oliveira.
TB Sacudirá as suas uvas verdes como a vide
HSB יַחְמֹ֣ס כַּגֶּ֣פֶן בִּסְר֑וֹ וְיַשְׁלֵ֥ךְ כַּ֝זַּ֗יִת נִצָּתֽוֹ׃
BKJ Ele sacudirá as suas uvas verdes como a vinha, e lançará fora sua flor como a oliva.
LTT Sacudirá as suas uvas verdes, como as da vara- da- videira, e deixará cair a sua flor como a oliveira,
BJ2 Como uma videira deixará cair seus frutos ainda verdes, e como a oliveira perderá sua floração.
VULG Lædetur quasi vinea in primo flore botrus ejus, et quasi oliva projiciens florem suum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 15:33

Deuteronômio 28:39 Plantarás vinhas e cultivarás; porém não beberás vinho, nem colherás as uvas, porque o bicho as colherá.
Isaías 33:9 A terra geme e pranteia, o Líbano se envergonha e se murcha, Sarom se tornou como um deserto, Basã e Carmelo foram sacudidos.
Apocalipse 6:13 E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
B. O SEGUNDO CICLO DE DISCURSOS 15:1-21.34

No primeiro ciclo dos discursos os amigos interpretaram de forma equivocada a cau-sa do sofrimento de Jó, e eles entenderam de forma errada a atitude de Jó em relação ao seu sofrimento. Eles o exortaram severamente a ter uma atitude de humildade e arre-pendimento porque acreditavam honestamente que ele não estava aquém da ajuda de Deus. O conselho deles se baseava na experiência que para eles havia se mostrado ver-dadeira repetidas vezes.

Mas a insistência fervorosa de Jó em defesa da sua inocência os convenceu de que ele estava acrescentando intolerância, se não blasfêmia, ao seu suspeito pecado oculto. Eles agora estão convencidos de que estão lidando com um homem teimoso e orgulhoso que não mediria esforços para justificar-se a si mesmo. A partir desse ponto, é necessário o uso de uma linguagem franca e convincente. Precisa ficar claro para Jó que ele é o tipo de pessoa ímpia que eles haviam descrito em termos gerais. Talvez dessa forma eles serão capazes de despertar a sua consciência para que ele possa enxergar-se diante da verdadeira luz. Essa segunda rodada do diálogo é dura e, às vezes, cruel, à medida que os amigos procuram derrubar as defesas de Jó.

Se Jó não convenceu seus críticos, pelo menos reforçou sua própria convicção em relação à sua inocência. Ele está certo de que o ataque de Deus sobre ele tem sido injustificado. Por isso, ele responde em termos igualmente ásperos em relação à crítica dos seus amigos. Talvez ele tivesse a esperança de que o seu protesto de inocência con-venceria seus amigos da sua integridade. Quando isso falha e seus conselheiros estão ainda mais certos da pecaminosidade dele, Jó desce a um nível mais profundo de deses-pero. Muito do que ele fala nesse segundo ciclo reflete o seu sentimento de que tanto Deus quanto o homem o abandonaram. No seu último discurso ele volta sua atenção para o argumento que os amigos usaram contra ele e reage à posição que eles defendem.

1. O Segundo Discurso de Elifaz (15:1-35)

Elifaz, como antes, toma a iniciativa na discussão. Ao fazê-lo, ele estabelece o padrão do discurso para os outros membros do grupo. Ele usa o último discurso de Jó (caps. 13-14) para mostrar de que maneira Jó caluniou seus amigos e foi completamente irreverente em relação a Deus. Isso o convence de que Jó é ainda mais ímpio do que ele havia suspei-tado anteriormente. Portanto, Elifaz descreve o destino dos ímpios, na esperança de que ele possa chocar a Jó e este se torne sensível em relação à avaliação de sua condição.
Um homem sábio (2), como Jó afirma ser, não deveria responder com idéias vãs. Em vez de falar do coração — o lugar da inteligência e entendimento — Jó encheu seu ven-tre de vento oriental — um vento violento, quente e destruidor. Jó tem usado pala-; vras que de nada servem e que de nada aproveitam (3). Como resultado, o temor (4) de Deus e a oração a Deus, que são a essência da religião, são destruídos. Dessa maneira, por meio das suas palavras Jó tem feito mais para condenar a si mesmo do que qualquer um dos argumentos dos seus amigos. Elifaz comenta: A tua boca te condena; e os teus lábios testificam contra ti (6). Ele acredita que os argumentos que Jó usou em 12.6 eram meramente pretextos astutos para encobrir sua culpa.

Jó também afirmava possuir uma sabedoria igual ou superior à dos seus amigos. Elifaz sarcasticamente pergunta acerca da base de sua afirmação: És tu, porventura, o primeiro homem que foi nascido? (7). Jó havia admitido que a sabedoria vinha com a idade (12.12). Ironicamente Elifaz pergunta se Já se considerava um ser especial, alguém que ouviu o secreto conselho de Deus (8) no princípio dos tempos. Ele também pergun-ta: A ti somente limitaste a sabedoria? A sabedoria aqui referida é a sabedoria divina. Será que Jó, como membro do conselho celestial, tinha acesso ao conhecimento dos misté-rios de Deus? Elifaz responde à pergunta que ele mesmo levantou, concluindo que Jó, na verdade, não é mais sábio do que eles: Que sabes tu, que nós não saibamos? Na verda-de, existe alguém no meio deles (seria o próprio Elifaz?) que tem idade para ser o pai de Jó (10). Se existe uma relação entre idade e sabedoria, então existe alguém muito mais sábio do que Jó. Elifaz também afirmou em seu primeiro discurso ter recebido sabedoria por meio de revelação divina (4:12-17). No versículo 11 ele pergunta: "Porventura, as consola-ções de Deus são triviais demais para você, ou as palavras que te tratam de forma delica-da?" (Berkeley). Com que base Jó escolheu descartar tal conselho?

Em seguida, Elifaz deixa de lado a afirmação de Jó ter sabedoria superior e o repre-ende pela sua atitude irreverente em relação a Deus: Por que piscas os teus olhos? (12). Melhor seria: "eles brilham como um sinal de temperamento". Na expressão: Para virares contra Deus o teu espírito (13), "espírito" pode ser traduzido por "fôlego", significando ira ou furor (Jz 8:3; Pv 16:32). Nem mesmo o homem comum, que nasce da mulher (14), é capaz de ser puro aos olhos de Deus; quanto menos Jó, que bebe a iniqüidade como a água (16). Elifaz declara: "Eis que Deus não confia nem nos seus santos; nem os céus são puros aos seus olhos" (15, ARA). Portanto, de que maneira pode Jó estar puro?

Após classificar Jó como um homem iníquo, Elifaz prossegue em descrever o destino dos ímpios. Os versículos 17:19 formam uma declaração introdutória difícil que Moffat traduz da seguinte maneira:

Escute-me, deixe-me dizer o seguinte:

deixe-me relatar o que aprendi ‑

uma verdade que homens sábios transmitiram,

que receberam dos seus pais,

a quem foi dada a terra e a mais ninguém,

que não recebeu a influência de estrangeiros.

Todos os dias o ímpio sofre tormentos (20). A última parte do versículo 20 é obscu-ra. AARA a associa à primeira parte do versículo: "Todos os dias o perverso é atormenta-do, no curto número de anos que se reservam para o opressor". O sonido dos horrores (de terror) constantemente está nos seus ouvidos (21) ; sobrevém o assolador (o ladrão). Ele vive em constante medo e perigo (22). A angústia e a tribulação [...] pre-valecem contra aquele que persiste na iniqüidade, como se fossem um exército prepa-rado para a peleja (24). Esses homens têm desprezado a Deus e têm se entregado com-pletamente a prazeres sensuais em sua resistência teimosa a Ele. Moffat esclarece esse texto da seguinte forma:

Porque ele desafiou a Deus,

ele se equiparou com o Todo-Poderoso,

agindo de forma arrogante contra ele,

por detrás de escudos sólidos ‑

tão inchado de prosperidade,

tão inchado em sua riqueza.

Ele reconstruiu cidades para si mesmo,

lugares em que nenhum homem há de morar (25-28).

Mas nenhuma dessas rebeliões será bem-sucedida, porque o ímpio não terá permis-são para florescer sobre a terra (29). Trevas e destruição vão tragá-lo (30-31). A morte do ímpio se consumará antes do seu dia (32), como a queda de uvas verdes (33) ou como a oliveira cujos frutos não amadurecem por causa do ataque de algum tipo de ferrugem. É impossível os hipócritas (34) prosperarem na economia de Deus. "Eles concebem maldade e produzem iniqüidade; seus corações geram engano" (35, Berkeley).

Assim, a prosperidade do ímpio é apenas aparente. Promessas de sucesso não se cumprem. Sua vida é cortada antes de se tornar completamente bem-sucedida.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jó Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
*

15.1-35 Elifaz começa agora o segundo ciclo das declarações (15.1—21.34), afastando-se da abordagem cheia de tato que ele usara nos caps. 4 e 5.

* 15:3

com palavras que de nada servem. Foi mais do que a pressão de seus iguais que impelira Elifaz. O que o impelira foi o rugido adicional que ele ouvira saindo dos lábios de Jó.

* 15:7-8 Esta lista de perguntas retóricas está eivada de sarcasmo. No v. 8, Elifaz retribui a Jó o mesmo sarcasmo que Jó usara com ele em 12.2.

* 15:9 Elifaz continua a responder a Jó, usando as próprias palavras deste. Conforme 12.3; 13.2.

* 15:10 A ironia de Jó, em 12.12, foi bem percebida por Elifaz. Ele assegurou a Jó que todos os anciãos estavam a favor dos conselheiros, e não de Jó.

*

15:14-15

Elifaz relembra o oráculo que havia recebido em 4.17. Conforme os vs. 15 e 16 com 4.18,19.

* 15.30-35

Uma melancólica descrição poética do que os conselheiros queriam dizer com o verbo "perecer".


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
15.1ss Uma vez concluída a primeira ronda de discussão, cada um dos amigos do Jó, na mesma ordem, insistiu em seus argumentos. De novo Jó replicou a cada um deles (capítulos 15:31). Esta vez, Elifaz foi mais rude, mais veemente e mais ameaçador, mas não disse nada novo. (Veja-se seu primeiro discurso em capítulos 4:5.) Começou dizendo que as palavras do Jó eram vazias e inúteis. Logo reafirmou sua opinião de que Jó devia ser um grande pecador. De acordo com o Elifaz, a experiência e a sabedoria de seus antepassados tinham mais valor que os pensamentos individuais do Jó. Elifaz acreditou que suas palavras eram tão certas como as de Deus. Não é difícil descobrir sua arrogância.

15:15, 16 "Nem mesmo os céus são limpos diante de seus olhos". Elifaz estava repetindo seu argumento de que nada criada, sejam anjos (os Santos) ou homem, é base suficiente de confiança e esperança. Solo em Deus podemos estar seguros. (Veja-a nota a 4.18, 19.)


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jó Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
B. O segundo ciclo de discursos (15:21)

O tom do diálogo já aguçou a tal ponto que Elifaz, que havia começado seu primeiro discurso em um tom moderado e com o devido respeito à cortesia oriental e sentimento de solidariedade para Jó, na sua angústia, agora abandona tudo tal decoro e de forma aberta e ataca fortemente Jó com um punhal de impulso após o outro. Um diz: "Desta vez, o alto-falante dispensa com fórmulas suaves de introdução (contraste 4: 1-4 ). Remonstrances de Jó não convir a um homem sábio . "

1. Elifaz Encargos Jó de Iniqüidade (15: 1-6)

1 Então respondeu Elifaz, o temanita, e disse:

2 Se um homem sábio tornar resposta com conhecimento vão,

E enche-se com o vento?

3 Ele deveria argumentar com conversa inútil,

Ou com os discursos com os quais ele não pode fazer o bem?

4 Sim, tu fazes acabar com o medo,

E hinderest devoção diante de Deus.

5 Para a tua iniqüidade ensina a tua boca,

E tu escolhes a língua dos astutos.

6 A tua própria boca te condena, e não eu;

Sim, os teus lábios testificam contra ti.

Desdenhosamente Elifaz tenta vergonha Jó de sua posição, perguntando se seu discurso não foi abaixo de sua dignidade (v. 15:2 ), e se, na realidade, o seu discurso tem sido nada mais do que um sopro de vento quente do deserto a leste? (V. 2b ). Moffatt deixa versículos 2:3 , assim: "Será que algum homem de bom senso argumentam tão descontroladamente, ou tornar-se um falastrão? Será que ele fale sobre, a ausência de lucro, com palavras que não servem de nada? "

A única coisa que os concorrentes de Jó ter mais temido agora está começando a acontecer. Seus argumentos persistentes e irrespondíveis contra a sua teologia determinista tradicional, além de sua aberto, desafio direto à sua divindade, que tem ficado sem resposta, estão começando a enfraquecer seus diques e a verdade já está rompendo. Ele colocou os seus adversários na defensiva, e eles agora estão se tornando temerosos de que nova doutrina do teísmo pessoal de Jó vai levar o dia. Elifaz reclama com Jó: "Você minar a religião [sua religião tradicional], com a sua ameaça de Deus [isto é, o seu conceito determinista de Deus]" (v. 15:4 ). Um disse: "A insegurança da opinião tradicional enfrenta a coragem de não-conformismo." Foi sob a acusação como a que Sócrates foi julgado e condenado à execução pelo tribunal ateniense. Eles também se queixaram de que Sócrates estava a minar a fé na religião estabelecida de Atenas. É sempre perigoso para atacar a religião tradicional estabelecida. Martin Luther descobriu isso em sua Alemanha no início do século XVI, e Soren Kierkegaard, pela mesma razão, experimentou a ira da igreja estabelecida na Dinamarca, no século XIX. Para antigo Jó, como um reformador religioso cedo, o mundo já desde uma dívida pesada. Jesus Cristo, o jovem reformador religioso galileu do legalismo farisaico, pago pelo seu Jó com a Sua morte na cruz.

Em uma tentativa desesperada de recuperar a ofensiva no debate, Elifaz acusa disposição pecaminosa de Jó tem aguçado o seu juízo e lhe deu inspiração a razão para que astutamente: "É o seu pecado inspirar você para falar, para escolher o seu chão com tanta perspicácia" (v . 5 , Moffatt). (tua iniqüidade ensina [ 'alaph ]: melhor ", a tua boca declara a tua iniqüidade"; conforme . Jc 3:1)

7 És tu o primeiro homem que nasceu?

Ou foste trazido antes dos outeiros?

8 ouviste o secreto conselho de Deus?

E tu limitar sabedoria a ti mesmo?

9 Que sabes tu, que nós não sabemos?

O que entendes, que não está em nós?

10 Conosco estão a grayheaded e os muito idosos homens,

Mais idosos do que teu pai.

11 são as consolações de Deus pequeno demais para você,

Até mesmo a palavra que é suave para contigo?

Emoção tem precedência sobre a razão como Elifaz dá uma bronca em Jó em uma rápida sucessão de ataques pessoais viciosos, tanto quanto uma presos, feridos lutas animais desesperadamente contra o caçador para a sua própria vida. Ainda em relação a sabedoria como a herança de idade, ele pergunta sarcasticamente se sabedoria superior de Jó decorre do fato de que ele foi o primeiro homem que nasceu, ou se ele é mais velho do que os montes do país em que vive (v. 15:7 ). Será que a sua sabedoria derivam do fato de que ele é um membro do conselho interno de Deus? Será que ele usurpou de Deus sabedoria (v. 15:8 )? O aluno é mais sábio do que o seu professor? O Jó sabem mais do que os seus conselheiros (v. 15:9)

12 Por que pede o teu coração te leve por?

E por que o teu flash de olhos,

13 Aquele contra Deus Tu reduzes o teu espírito,

E deixas sair tais palavras da tua boca?

14 O que é o homem, para que seja puro?

E aquele que é nascido de uma mulher, para que fique justo?

15 Eis que Deus não confia nos seus santos;

Sim, os céus não são puros aos seus olhos:

16 quanto menos o que é abominável e corrupto,

Um homem que bebe a iniqüidade como a água?

Elifaz acusa Jó de deixar suas emoções dominar sua razão de orgulho, a reação irada tem precedência sobre julgamento sane (v. 15:12 ). Este, Elifaz afirma, é evidenciado por ataques rebeldes de Jó sobre Deus (v. 15:13 ). Sua crítica de Jó teria sido justificada se tivesse sido o verdadeiro Deus, em vez de o falso Deus da tradição contra o qual se rebelaram Jó.

Elifaz, o tradicionalista, laboriosamente repete-se (conforme 4: 17-19 ), como ele, mais uma vez volta a insinuação original de Satanás contra Jó, que seus motivos para servir a Deus eram egoístas. A idéia de culpa herdada através do nascimento humano é novamente apelada por Elifaz como prova positiva de que Jó não pode ser um homem justo ('enosh , o homem como "insignificante ou inferior", v. 15:14 ). E mais uma vez o homem é comparado com os anjos, que se supõe serem seus superiores, mas que, como tradição, são eles próprios imperfeita e pouco confiável, e cujo próprio habitat (os céus) é impuro (v. 15:15 ). Se essa proposição ser verdade, como a tradição diz, então, Elifaz pergunta: "quanto mais, uma criatura repugnante contaminado, um homem que engole maldade como a água!" (Moffatt). É o Jó melhor do que os anjos? Elifaz implica. Há duas falácias graves no raciocínio Elifaz '. Em primeiro lugar, a evidência de que os anjos são impuro e indigno de confiança é falta. Em segundo lugar, a suposição de que os anjos são de uma categoria superior ao homem, aos olhos de Deus, carece de fundamento (conforme He 2:7)

17 Eu te mostrarei, ouve-me;

E o que eu vi eu declararei

18 (o que os sábios têm anunciado

A partir de seus pais, e não esconderam;

19 Aos quais foi administrado isoladamente a terra,

E nenhum estranho passou por entre eles):

20 O homem perverso travaileth com dor todos os seus dias,

Até o número de anos que estão reservados para o opressor.

21 Um som de terrores está nos seus ouvidos;

Na prosperidade o destruidor virá sobre ele.

22 Ele não crê que tornará das trevas,

E que o espera a espada.

23 Anda vagueando por pão, dizendo : Onde está ele?

Ele sabe que o dia das trevas lhe está na sua mão.

24 a angústia ea tribulação lhe medo;

Prevalecem contra ele, como um rei preparado para a batalha.

25 Porque estendeu a sua mão contra Deus,

E behaveth-se orgulhosamente contra o Todo-Poderoso;

26 Ele corre em cima dele com um rígido pescoço,

Com as saliências do seu escudo;

27 porquanto cobriu o seu rosto com a sua gordura,

E se reuniram gordura sobre os seus lombos;

28 e habitou em cidades assoladas,

Em casas em que ninguém habitada,

Quais foram pronto para se tornar montes;

29 Ele não se enriquecerá, nem subsistirá a sua fazenda,

Nem as suas possessões ser estendido sobre a terra.

30 Ele não se aparte da escuridão;

A chama se secarão seus ramos,

E pelo sopro de Deus boca, ele deve ir embora.

31 Não confie na vaidade, enganando a si mesmo;

Por vaidade será a sua recompensa.

32 Deve ser realizado antes de seu tempo,

E seu ramo não deve ser verde,

33 Sacudirá as suas uvas verdes, como a videira,

E deixará cair a sua flor como a oliveira.

34 Para a empresa do ímpios é estéril,

E fogo consumirá as tendas do suborno.

35 Eles concebem o mal, e dão à luz a iniqüidade,

E o seu coração prepara enganos.

Completamente sem saber que ele é um raciocínio no caminho bem-vestida de círculos banais repetitivas, Elifaz se esforça desesperadamente ganhar de Jó atenção (v. 15:17) e, em seguida, mais uma vez recorre à sabedoria tradicional primitivo, que foi decretada a partir do passado remoto antes de estrangeiros modificaram-lo com suas doutrinas estranhas (vv. 15:18-19 ), para reforçar a sua advertência contra a obstinação de Jó. Em seguida, a partir desta plataforma antiga do tradicionalismo ele lança seus ataques advertência contra Jó.

Nos dezesseis versos que se seguem não Elifaz não dizer uma única coisa que não tenha sido dito antes por um ou outro dos acusadores de Jó. Para a maior parte, ele reitera o que já foi dito muitas vezes em discursos anteriores. Em breve, ele salienta a inevitabilidade do pecado, para que todas as calamidades humanas são os resultados do pecado e, portanto, Jó é um pecador que está sendo punido por suas calamidades. Estranhamente, Elifaz isenta-se do condenado, e, assim, de forma implícita, a classe dos pecadores. Este é, naturalmente, uma contradição de sua proposição de que todos os homens são pecadores. Para ser consistente este silogismo teria de incluir Elifaz e seus companheiros, e, portanto, vir a sofrer por eles a culpa e castigo que ele está atribuindo a Jó. Blackwood corretamente observa que, em todo esse discurso de Elifaz "não há uma palavra sobre o arrependimento do homem e do amor de Deus, apenas uma reiteração sombrio da ira divina contra o homem pecador." Terrien observa que Elifaz, por implicação, acusou Jó da prática de opressão social e econômica (vv. 15:28-29 ). Finalmente, "morte prematura (vv. 15:31-33) e falta de posteridade (v. 15:34) são a penalidade do ímpio . O dogma da retribuição, adiada, mas certo, é mantida até o fim. "

Assim Elifaz fecha seu segundo discurso com um dark funeral endecha-o canto fúnebre de morte de um pecador divinamente condenado, como ele julga Jó ser. Mas o determinismo é a filosofia religiosa de Elifaz, e isso é tudo o que o determinismo tem para oferecer a alma sofredora.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
15:1-16 O primeiro ciclo do debate deixou os quatro interlocutores bastante contrariados: os três amigos, pela obstinação de Jó, e este último, pela absoluta falta de compreensão de sua dificuldade da parte daqueles. Aqui começa o segundo ciclo do debate, com uma palestra de Elifaz. Este se sente profundamente ferido ao verificar que já espezinhou as pérolas de sabedoria que os seus amigos lhe lançaram. Aparentemente foram vãos todos os seus esforços no sentido de obrigar Jó a humilhar-se perante o Deus de toda a sabedoria e de todo o poder, e agora protesta contra as atitudes de Jó. Nos caps. 15-21, os amigos de Jó ficam cada vez mais exasperados, apegando-se às suas doutrinas, e sendo sempre mais prontos a lançar acusações contra Jó, enquanto este vai avançando em sua busca angustiante da paz de espírito, virando as costas a homens cegos e à crueldade do destino, para achar o Deus de justiça e misericórdia, que será seu Vindicador na sua luta pela verdade.
15.4 Os amigos de Jó receiam que, se Jó nega a doutrina de todo pecado provoca imediato sofrimento, e que todo sofrimento pressupõe um pecado cometido isto será um atentado contra a moralidade, além do que, isto motivará o pensamento de que se pode pecar impunemente.
15.8 Só o fato de Jó não ter concordado com os seus "consoladores", foi o suficiente para estes se desinteressarem da consolação e adotarem um tom ofensivo e sarcástico; mas Jó nunca dissera ser mestre em sabedoria.
15.11 Suaves palavras. Suave, heb lã'at, pode significar "falado em sussurro", ou "revelado em oráculo". Parece que Elifaz se considera portador de inspirada consolação (conforme 4:12-21), mas Jó reconhece seus consoladores como "médicos que nada valem" (13.4), ou "consoladores molestos" (16.2).

15.14 Elifaz volta para sua visão e seu argumento Dt 4:12-5.

15.16 Corrupto. Heb ne'elah, impuro; também descreve leite azedado, estragado.

15.17- 28 O ímpio não pode escapar ao castigo que tem de sofrer como uma admoestação da parte de Deus; o que tortura mais, porém, é a própria consciência, sempre a acusá-lo, afligi-lo e abatê-lo.
15.21 O sonido de horrores. As aflições da consciência previnem o ímpio dos castigos que o aguardam a cada passo.

15.27 Enxúndia. Heb pmâ, "gordura", da idéia de "encher" - "abundância".

15.28 Construiu cidades que jaziam sob o castigo divina, reedificando o que era destinado à maldição, conforme Js 6:26 1Rs 16:34.

15:29-35 Acumulam-se as nuvens, preparando a tempestade que rebentará para dar fim à prosperidade do ímpio; seu destino, é como o da planta que murcha e seca prematuramente. Indiretamente, tudo isto é aplicado a Jó, a quem seus amigos começam a considerar como um ímpio. • N. Hom. Admoestações da experiência:
1) O tormento dos ímpios, vv. 20-24;
2) A razão do sofrimento do ímpio, vv. 25-28;
3) A instabilidade do ímpio, vv. 29-33;
4) A vaidade e a loucura do ímpio, vv. 34-35.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 15 do versículo 1 até o 35

3) O segundo ciclo de discursos (15.1 —21.34)
a) O segundo discurso de Elifaz (15.1
35)

Elifaz não abandonou a posição que assumiu no seu primeiro discurso (caps. 4 e 5), de que Jó é um homem justo (a interpretação Dt 15:5 é importante aqui), mas agora ele se mostra mais censurador de Jó porque este se nega a aceitar o conselho dos seus amigos (v. 9,10) e a lembrar as bênçãos que Deus lhe concedeu (v. 11).

(1) A falta de sabedoria de Jó e o seu discurso pecaminoso (15:2-16)
Jó não está agindo como um homem sábio com a sua multidão de palavras cheias de vento — não é a primeira vez que essa repreensão é verbalizada (conforme 11.2). Além disso, ao exigir a justificação por parte de Deus e ao falar do poder destrutivo de Deus como ele fez (talvez Elifaz esteja pensando em 12:13-25), Jó está sendo irreverente (você sufoca a piedadev. 4). Aliás, ele está verbalizando idéias que estão concretamente erradas; o v. 5 provavelmente deveria ser traduzido por “a sua boca aumenta os seus erros, e a sua língua escolhe palavras astutas” (conforme Andersen). Elifaz não quer dizer, assim creio eu, que o discurso de Jó somente acrescenta mais sofrimento à sua iniqüidade anterior pela qual ele está sofrendo, pois ele não crê que Jó seja um homem essencialmente mau (conforme 4.6); ele quer dizer que a boca, a “língua” (CNBB) e os lábios (v. 5,6) de Jó estão juntos conduzindo-o ao pecado; a sua própria linguagem o condena (ps seus próprios lábios depõem contra você, v. 6).

O mesmo ponto, que alega que Jó não é sábio mas está permitindo que a sua língua o leve a pecar, é destacado na segunda estrofe (v. 7-16). Jó, apesar de toda reivindicação de posse de conhecimento (e.g., 12.3; 13 1:2), não é o primeiro a nascer, o Adão, de cuja sabedoria insuperável temos tradições registradas em outros lugares do AT (conforme Ez 28:12,13); ele também não costuma ouvir o conselho secreto de Deus (v. 8) como o antigo sábio que estava no monte santo de Deus (Ez 28:14), ou mesmo como os profetas que assim têm acesso ao conhecimento e aos planos secretos de Javé (Jr 23:18,Jr 23:22); ele também não tem a experiência humana que os seus amigos possuem em virtude de sua idade avançada (v. 9,10). E a falta de sabedoria, Elifaz alega com generosidade, que está conduzindo Jó ao pecado, de forma que ele está dirigindo o seu espírito (sua ira) contra Deus (v. 13). Elifaz volta a uma afirmação anterior e declara que nenhum homem é totalmente inocente, pois nem mesmo os anjos (seus santos) são perfeitos (v. 15,16); por isso, Jó precisa estar preparado e contar com uma certa medida de sofrimento (conforme 4.17ss).

v. 16. o homem, que éimpuro e corrupto: isso não é um insulto pessoal dirigido a Jó, mas uma declaração, talvez extrema, de aplicabilidade geral para os homens em contraste com Deus.

(2) A vida miserável e o destino temível dos maus (15:17-35)
Não está muito claro por que Elifaz decide desenvolver esse tema. Alguns comentaristas, que entendem que a essa altura Elifaz estava convicto de que Jó era um malfeitor, consideram essa seção uma prognosticação do destino guardado para os maus. Outros, que pensam que Elifaz se sente profundamente ofendido pelas respostas de Jó, consideram esse poema uma advertência lançada contra as declarações de Jó. Mas é possível também entender o poema de forma muito mais empática: Jó não está, Elifaz tem argumentado até aqui, entre os homens verdadeiramente maus, e assim essa descrição é exatamente o que não se aplica a ele. Jó não sofreu, como Elifaz imagina que ocorre com os ímpios, tormentos a vida toda (v. 20) e não está, como eles, maquinando maldade [...] iniqüidade e engano (v. 35). Ele deveria reconhecer, então, que não está na “comunidade do ímpio” (BJ, v. 34) e tomar cuidado para não se juntar a eles por meio da sua intransigência e da provocação a Deus (v. 25). Essa é, no entanto, somente uma leitura possível do poema, e não há dúvida de que na boca de outro amigo teria um significado totalmente diferente.

Independentemente da função exata dessa passagem, ela é um estudo de caráter detalhado dos maus, no qual a primeira seção (v. 20-26) diz respeito à sua angústia interior de viver em constante medo da morte, e a segunda seção (v. 27-35) trata do seu destino final, a sua morte precoce (v. 31,32). Embora Elifaz caracterize isso como o que os sábios declaram (v. 18), devemos admitir que há uma boa medida de ilusões acerca dos dois temas do poema, e essa experiência em geral não serve para dar apoio ao retrato não convincente que Elifaz traça da situação.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jó Capítulo 15 do versículo 17 até o 35

17-35. Aos quais somente se dera a terra (v. 15:19; cons. v. 10), Elifaz invoca a sanção da mais pura tradição (vs. 15:18, 15:19) para sustentar seu dogma retributivo e contrariar a heresia de Jó que dizia que os incrédulos prosperam com freqüência (cons. 12:6). A prosperidade dos perversos, com os quais Jó (por causa de suas aflições) está sendo evidentemente identificado, é meramente imaginária (vs. 15:20-35). Não crê que tornará das trevas (v. 15:22), a qual pode tardar mas não pode ser impedida (v. 15:35). Aqui Elifaz traça a diretriz dos conselheiros para o segundo ciclo de debates.

b) A Segunda Réplica de Jó a Elifaz. 16:1 -17:16.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
III. SEGUNDO CICLO DE DISCURSOS15:1-18). Elifaz acusa Jó de verbosidade oca e de irreligiosidade. Diminuis os rogos (4) ou "diminuis a devoção". A proclamação da sua integridade e a sua crítica a Deus não passam de um astuto mecanismo de defesa (5). Elifaz acusa Jó de se julgar importante. Ele fala como se fosse alguma criatura privilegiada, que existisse antes do começo de todas as coisas, como se fizesse parte do conselho secreto de Deus, como se possuísse o monopólio da sabedoria. Quão ridiculamente insensato rejeitar o testemunho dos séculos e da experiência! O seu discurso, acusa Elifaz, demonstra, do princípio ao fim, uma trágica ignorância da impureza do homem, esse ser que bebe sofregamente a iniqüidade como se fosse água (16). Se ao menos ele erguesse os olhos para Deus perante Quem os próprios anjos e os próprios céus são impuros (15)! Certo tradutor substitui a expressão porque piscas os teus olhos do versículo 12 por "porque cintilam de ira os teus olhos?".

>15:17

2. O DESTINO DOS ÍMPIOS (15:17-18). Elifaz recorda a declaração de Jó em 12:6. Chama em seu auxílio as palavras dos sábios vindas daquele tempo em que a moralidade e a religião não haviam ainda sido corrompidas por influências estrangeiras. Jó afirmara que os ímpios gozam de segurança. Afirmação monstruosamente errada! A sua segurança é perseguida por uma angústia constante (20); pelo pavor da calamidade que se aproxima, da desgraça cujos primeiros e ameaçadores murmúrios estão já nos seus ouvidos (21). E quando por fim desce sobre eles a temida escuridão, toda a esperança se esvai. Apenas lhes resta a violência, a fome, a tribulação e a angústia (22-24). Na sua efêmera hora de segurança podem até cometer o crime de levantar cidades assoladas que suportaram a maldição de Deus (28). Mas acumulam-se as nuvens, prepara-se a tempestade que por fim rebentará e porá fim à sua prosperidade (29-30). O seu destino é como o da planta que murcha e seca prematuramente (31-35).


Dicionário

Cair

verbo intransitivo Perder o equilíbrio, levar uma queda: ele quis correr e caiu.
Lançar de cima para baixo; precipitar: a chuva caiu.
Colocar num nível inferior: a bolsa de valores caiu.
Estar decadente; apresentar um declínio; decair: o ditador caiu.
Lançar com rapidez; atirar-se: cair aos pés de alguém.
Ser aprisionado: cair numa armadilha, cair em mãos inimigas.
Deixar de existir; sucumbir: caiu no campo de honra.
Ser arrastado, para baixo, pelo próprio peso: a cadeira caiu.
Ficar pendente: os cabelos caem-lhe sobre os ombros.
verbo transitivo indireto [Informal] Estar envolvido em; ter participação; participar: caiu na bandidagem.
Figurado Condenar com veemência; criticar: caiu sobre o réu com acusações.
[Informal] Estar encantado, apaixonado por; apaixonar: cair de amor.
verbo intransitivo Figurado Estar a ponto de terminar; declinar: cai o dia.
Destacar-se do que se estava ligado; soltar-se: as folhas caem.
Ter como acontecimento; chegar: esta festa cai numa quinta-feira.
Mudar de estado, de condição; tornar-se (como verbo de ligação): cair doente.
expressão Cair bem. Assentar bem, vir a propósito: o vestido lhe cai bem.
Cair em desgraça. Perder o apoio, a proteção, a simpatia.
Cair no esquecimento. Ser completamente esquecido.
Cair em ruínas. Desmoronar-se lentamente.
Etimologia (origem da palavra cair). Do latim cadere.

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Flor

substantivo feminino Órgão reprodutor dos vegetais fanerogâmicos.
Planta de flores: a cultura das flores.
Produto pulverulento obtido pela sublimação ou decomposição: flor-de-enxofre.
Objeto ou desenho que representa uma flor.
Figurado Tempo em que um ser tem toda a força, todo o vigor: estar na flor da idade.
A parte mais fina, mais sutil de algumas substâncias: a flor da farinha.
A nata, o escol, a parte mais apreciada de um todo: a flor dos rapazes da vila.
A parte externa do couro.
Tudo que nos sorri ao espírito, que encanta nossa alma.
Pessoa amável, gentil, delicada.
Fina flor, escol.
Flor artificial, imitação da flor natural, de papel, pano ou metal.
Flores de retórica, ornamento poético, elegâncias da frase.
À flor de, à superfície, ao nível de: raízes à flor da terra.
Presa à haste por um pedúnculo, na base do qual se acha uma bráctea, uma flor completa compõe-se de: um perianto, em que se distingue um cálice externo formado de sépalas, e uma corola, formada de pétalas, muitas vezes coloridas e odorantes; um androceu, formado nos órgãos masculinos, ou estames, cuja antera contém os sacos de pólen; um gineceu, ou pistilo, órgão feminino, cujo ovário, encimado por um estilete e um estigma, é provido de óvulos. Após a fecundação, o ovário produz um fruto, enquanto cada óvulo produz uma semente. Em numerosos vegetais, as flores são incompletas, seja pela redução do perianto (gimnospermas, apétalas), seja pela ausência dos estames ou do pistilo (flores unissexuadas).

substantivo feminino Órgão reprodutor dos vegetais fanerogâmicos.
Planta de flores: a cultura das flores.
Produto pulverulento obtido pela sublimação ou decomposição: flor-de-enxofre.
Objeto ou desenho que representa uma flor.
Figurado Tempo em que um ser tem toda a força, todo o vigor: estar na flor da idade.
A parte mais fina, mais sutil de algumas substâncias: a flor da farinha.
A nata, o escol, a parte mais apreciada de um todo: a flor dos rapazes da vila.
A parte externa do couro.
Tudo que nos sorri ao espírito, que encanta nossa alma.
Pessoa amável, gentil, delicada.
Fina flor, escol.
Flor artificial, imitação da flor natural, de papel, pano ou metal.
Flores de retórica, ornamento poético, elegâncias da frase.
À flor de, à superfície, ao nível de: raízes à flor da terra.
Presa à haste por um pedúnculo, na base do qual se acha uma bráctea, uma flor completa compõe-se de: um perianto, em que se distingue um cálice externo formado de sépalas, e uma corola, formada de pétalas, muitas vezes coloridas e odorantes; um androceu, formado nos órgãos masculinos, ou estames, cuja antera contém os sacos de pólen; um gineceu, ou pistilo, órgão feminino, cujo ovário, encimado por um estilete e um estigma, é provido de óvulos. Após a fecundação, o ovário produz um fruto, enquanto cada óvulo produz uma semente. Em numerosos vegetais, as flores são incompletas, seja pela redução do perianto (gimnospermas, apétalas), seja pela ausência dos estames ou do pistilo (flores unissexuadas).

As flores abundam na Palestina, embora muito poucas sejam mencionadas na Bíblia. À sua beleza se refere o Cantares de Salomão (2,12) e Mateus (6.28). Também há referências às flores, como emblemas da natureza transitória da vida humana, em 14:2Sl 103:15is 28:1-40.6 e Tg 1:10.

Flor
1) Órgão de reprodução das plantas (Sl 103:15).


2) “Flor da idade” é a juventude, a mocidade (1Co 7:36).


3) “Fina flor” é o grupo mais alto da sociedade (Ez 23:7, RA).


4) “Flor de farinha” é a farinha mais fina (Gn 18:6).


Oliveira

substantivo feminino Botânica Gênero da família das oleáceas, árvores de países quentes, que fornecem a azeitona. (A oliveira era considerada, na Antiguidade, símbolo de sabedoria, de paz, de abundância e de glória.).

A oliveira é, pela primeira vez, mencionada em Gn 8:11, quando a pomba voltou para a arca de Noé com um ramo daquela árvore. Havia na Terra Santa muitas oliveiras, quando os israelitas tomaram posse dela (Dt 6:11) – e acham-se associadas com as vinhas como sendo uma fonte de riqueza (1 Sm 8.14 – 2 Rs 5.26). As azeitonas eram colhidas, batendo a árvore, ou sacudindo-a (Dt 24:20) – e era destinada para os respigadores uma parte (Êx 23:11). o azeite era extraído, esmagando ou pisando o fruto (Êx 27:20 – J12.24 – Mq 6:15). Há referência ao uso da madeira de oliveira em 1 Rs 6.23 – e ainda se emprega na Palestina em obra de gabinete. Uma coisa tão conhecida era naturalmente empregada como símbolo. Um homem justo é comparado à oliveira por causa da sua verdura e da sua abundância (Sl 52:8os 14:6), e os seus filhos são descritos como ramos de oliveira (Sl 128:3). Elifaz diz dos maus: ‘E deixará cair a sua flor, como a oliveira’ (15:33), referindo-se à maneira como algumas vezes as flores caem abundantemente da árvore. o fruto da oliveira, no seu estado silvestre, é pequeno e sem valor – mas torna-se bom e abundante quando na silvestre se enxerta um ramo de boa árvore. Paulo serve-se desta circunstância de um modo admirável para mostrar aos gentios os benefícios que haviam recebido do verdadeiro israel (Rm 11:17) – é contrário à natureza, diz ele, enxertar um ramo silvestre num tronco de boa árvore. (*veja Azeite.)

Oliveira Pequena árvore que produz azeitonas (Sl 52:8;
v. AZEITE).

Sacudir

Dicionário Comum
verbo transitivo Agitar fortemente em diversos sentidos: o vento sacode as árvores.
Abanar ora para um ora para outro lado: sacudia a cabeça negativamente.
Fazer tremer, estremecer: o vento sacudia as paredes da casa.
Expulsar, repelir: sacudir da memória os pensamentos maus.
Livrar-se de; jogar, atirar (para fora ou para longe): sacudiu a poeira; sacode o lixo no quintal.
Sacudir o jugo, libertar-se.
Figurado Sacudir o pó a alguém, espancá-lo.
Sacudir a poeira dos sapatos, afastar-se com desprezo de algum lugar.
verbo pronominal Agitar-se, mexer-se.
substantivo masculino Meneio: um sacudir de ombros.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
sacudir
v. 1. tr. dir. Mover repetidas vezes e rapidamente. 2. tr. dir. Pôr em movimento vibratório ou causar tremor; abalar. 3. tr. dir. Agitar, brandir, mover de modo ameaçador. 4. tr. dir. Agarrar e mover vigorosamente para um e outro lado. 5. tr. dir. Abanar, mover (a cabeça) ora para um lado ora para outro. 6. Pôr fora, agitando com movimentos rápidos. 7. pron. Dar ou imprimir ao próprio corpo movimentos rápidos e convulsivos; fazer o corpo estremecer.
Fonte: Priberam

Uvas

fem. pl. de uva

u·va
(latim uva, -ae)
nome feminino

1. Botânica O fruto da videira.

2. Cada um dos bagos que formam um cacho.

3. Designação genérica dos frutos das videiras.

4. Nome de diferentes plantas cujos frutos são ordinariamente em cachos.


pôr as uvas em pisa a alguém
Dar-lhe grande sova, causar-lhe grande dano.

uva passa
A que foi seca ao sol, em forno ou em evaporador.

uvas de enforcado
As que pendem das árvores. = VINHA DE ENFORCADO

Confrontar: ova.

Verdes

2ª pess. pl. infinitivo flexionado de ver
masc. e fem. pl. de verde
masc. pl. de verde

ver |ê| |ê| -
(latim video, -ere)
verbo transitivo

1. Exercer o sentido da vista sobre.

2. Olhar para.

3. Presenciar, assistir a.

4. Avistar; enxergar.

5. Encontrar, achar, reconhecer.

6. Observar, notar, advertir.

7. Reparar, tomar cuidado em.

8. Imaginar, fantasiar.

9. Calcular, supor; ponderar, inferir, deduzir.

10. Prever.

11. Visitar.

12. Escolher.

13. Percorrer.

14. Provar.

15. Conhecer.

verbo pronominal

16. Olhar-se.

17. Encontrar-se.

nome masculino

18. Parecer; juízo; opinião (ex.: no ver dele, isto é inadmissível).

19. O acto de ver.


a meu ver
Na minha opinião.

até mais ver
Fórmula de despedida usada quando se pensa ou espera voltar a ver a
(s): pessoa
(s): a quem é dirigida.
= ATÉ À VISTA, ATÉ MAIS

a ver vamos
Expressão usada para indicar que se espera ou se deve esperar pelo desenrolar dos acontecimentos.

ver-se e desejar-se
Estar muito aflito, muito embaraçado (ex.: o tenista viu-se e desejou-se para ganhar ao adversário).


Ver também a dúvida linguística: ter a ver com / ter a haver.

ver·de |ê| |ê|
(latim viridis, -e)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que é de uma cor produzida pela combinação do amarelo com o azul, muito espalhada no reino vegetal.

2. Que ainda tem seiva e ainda não está seco.

3. Que ainda não amadureceu.MADURO

4. Fresco (falando-se da carne).

5. Figurado Vigoroso, apesar da idade.

6. Que não tem experiência. = IMATURO, INEXPERIENTE, NOVOEXPERIMENTADO, RODADO, VERSADO

7. Tenro; mimoso.

8. Diz-se do bacalhau que apenas foi escalado, salgado e lavado, e que ainda não está seco.

9. Que é constituído por ou é relativo aos espaços com vegetação.

10. Que respeita o meio ambiente ou princípios ambientais. = ECOLÓGICO

nome masculino

11. A cor verde.

12. Espaço natural com vegetação. = NATUREZA

13. Erva de pasto para animais.

14. [Regionalismo] [Agricultura] Intervalo de dois regos.

15. [Portugal: Trás-os-Montes] Sangue.

16. [Portugal: Alentejo] Iguaria de sangue de porco.

17. [Brasil] A estação das chuvas.

18. [Brasil] Mate amargo. = CHIMARRÃO

19. [Pesca] Pescador noviço e que vai pela primeira vez à pesca do bacalhau.

20. [Gíria] O frio.

adjectivo de dois géneros e nome de dois géneros
adjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

21. Que ou quem pertence a um movimento ecologista.


andar ao verde
Pastar.

cair no verde
Fugir, esconder-se no mato.

estão verdes!
Diz-se quando alguém desdenha de coisa que cobiça, mas não pode obter. [Alusão à fábula da raposa e das uvas.]

ficar no verde
[Brasil] Enfurecer-se.

não deixar verde nem seco
Destruir tudo. = ASSOLAR

verde e branco
[Desporto] Relativo ao Sporting Clube de Portugal ou o que é seu jogador ou adepto. = SPORTINGUISTA


Vide

conjunção Da maneira de; exemplo de; como: para saber mais sobre leis, vide Constituição.
Gramática Referir ou mencionar um trecho específico do texto; remeter a outra obra, a outro texto: para maiores informações vide anexos.
substantivo feminino Botânica Muda de videira que se utiliza para reprodução; braço ou vara de videira; bacelo.
Botânica Designação comum atribuída às espécies pertencentes ao gênero Vitis, da família das vitáceas, cultivada por produzir uvas; videira.
[Popular] Nome comum do cordão umbilical; envide.
Etimologia (origem da palavra vide). Do latim vitem; vitis.is.

Vide VIDEIRA (Zc 8:12).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jó 15: 33 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Sacudirá as suas uvas verdes, como as da vara- da- videira, e deixará cair a sua flor como a oliveira,
Jó 15: 33 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Antes de 2100 a.C.
H1154
beçer
בֶּסֶר
Damasco
(Damascus)
Substantivo - feminino acusativo singular
H1612
gephen
גֶּפֶן
vide, videira
(a vine)
Substantivo
H2132
zayith
זַיִת
azeitona, oliveira
(olive)
Substantivo
H2554
châmaç
חָמַס
errar, praticar violência com, tratar violentamente, agir erroneamente
(He shall shake off)
Verbo
H5328
nitstsâh
נִצָּה
()
H7993
shâlak
שָׁלַךְ
jogar, lançar, arremessar, atirar
(and she cast)
Verbo


בֶּסֶר


(H1154)
beçer (beh'-ser)

01154 בסר becer

procedente de uma raiz não utilizada significando ser azedo; DITAT - 257; n m col

  1. uvas não maduras ou azedas

גֶּפֶן


(H1612)
gephen (gheh'-fen)

01612 גפן gephen

procedente de uma raiz não utilizada significando curvar; DITAT - 372a; n m

  1. vide, videira
    1. referindo-se a Israel (fig.)
    2. referindo-se a estrelas desvanecendo no julgamento de Javé (metáfora)
    3. referindo-se à prosperidade

זַיִת


(H2132)
zayith (zay'-yith)

02132 זית zayith

provavelmente procedente de uma raiz não utilizada [ligada a 2099]; DITAT - 548 n m

  1. azeitona, oliveira
    1. oliveira
    2. azeitonas n pr loc
  2. montanha diante de Jerusalém pelo lado leste

חָמַס


(H2554)
châmaç (khaw-mas')

02554 חמס chamac

uma raiz primitiva; DITAT- 678; v

  1. errar, praticar violência com, tratar violentamente, agir erroneamente
    1. (Qal) tratar violentamente, agir de forma errada
      1. referindo-se à falha física
      2. referindo-se à ética
      3. referindo-se às falhas física e ética
    2. (Nifal) ser tratado violentamente

נִצָּה


(H5328)
nitstsâh (nits-tsaw')

05328 נצה nitstsah

procedente de 5322; DITAT - 1405c; n f

  1. flor

שָׁלַךְ


(H7993)
shâlak (shaw-lak)

07993 שלך shalak

uma raiz primitiva; DITAT - 2398; v

  1. jogar, lançar, arremessar, atirar
    1. (Hifil)
      1. jogar, lançar, jogar fora, lançar fora, soltar, lançar ao chão
      2. lançar (sortes) (fig.)
    2. (Hofal)
      1. ser jogado, ser lançado
      2. ser jogado fora
      3. ser lançado ao chão
      4. ser jogado (metáf)