Enciclopédia de Jó 38:22-22
Índice
Perícope
jó 38: 22
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Acaso, entraste nos depósitos da neve e viste os tesouros da saraiva, |
ARC | Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva, |
TB | Acaso, entraste nos tesouros da neve |
HSB | הֲ֭בָאתָ אֶל־ אֹצְר֣וֹת שָׁ֑לֶג וְאֹצְר֖וֹת בָּרָ֣ד תִּרְאֶֽה׃ |
BKJ | Entraste tu nos tesouros da neve? Ou viste os tesouros do granizo, |
LTT | |
BJ2 | Entraste nos depósitos da neve? Visitaste os reservatórios do granizo, |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 38:22
Referências Cruzadas
Jó 6:16 | que estão encobertos com a geada, e neles se esconde a neve. |
Jó 37:6 | Porque à neve diz: Cai na terra; como também ao aguaceiro e à sua forte chuva. |
Salmos 33:7 | Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos em tesouros. |
Salmos 135:7 | Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMAÀ semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex
15) e "vento sul" (Lc
ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
A CONVERSA DE DEUS COM JÓ
Jó
O maior desejo de Jó, expressado muitas vezes, era que Deus lhe concedesse uma audiência para que toda a questão da sua integridade e sofrimento pudesse ser resolvi-da. Nesta parte do livro, o desejo de Jó é finalmente satisfeito, mas não na forma como ele estava esperando.
A pergunta principal levantada no livro é: "Porventura Jó teme [serve] a Deus em vão?" (1-9). Esta é, em última análise, uma pergunta acerca do tipo de relacionamento que existe entre o homem e Deus.
Satanás (o satanás; veja comentários em 1,6) e os amigos de Jó concordam essenci-almente na resposta dessa pergunta. Satanás não acredita que Jó "manterá sua integri-dade" sem uma recompensa. Os amigos acreditam que a prosperidade material desfru-tada por um homem é a recompensa pela integridade e que, portanto, a falta de recom-pensa é a evidência imediata de pecado. O autor e poeta retratou a Jó como vencedor sobre esses inimigos. Ficou provado que Satanás estava errado porque Jó não "amaldi-çoa a Deus" com a perda da saúde e da riqueza. Jó derrota os amigos e suas argumenta-ções. Ele argumenta persuasivamente a partir das realidades da vida de que riqueza e bênçãos nem sempre são resultantes de retidão.
No entanto, Jó não sobreviveu à sua provação sem ficar com marcas dela. Seu rela-cionamento com Deus não ficou esclarecido. A própria atitude de Jó é o seu problema. Ao defender sua integridade, ele contestou a integridade de Deus e o fez parecer injusto. Deus parece não mostrar uma consistência perceptível em sua jurisdição moral do mun-do. Esta é uma questão que deve ser resolvida a partir de agora.
Jó deseja ter uma oportunidade de estar diante de Deus para poder justificar-se. Parece que ele acha que pode apelar para a natureza moral de Deus a fim de neutralizar a inimizade que Deus aparentemente exerce contra ele. É acerca dessa questão que Deus fala com Jó. Ele não entra numa disputa judicial com Jó, mas mostra a ele o verdadeiro relacionamento que sempre deve existir entre Deus e o homem, entre o infinito e o finito.
A. A PRIMEIRA RESPOSTA A Jó
O SENHOR (1) é Yahweh (Javé), o Deus dos hebreus. De um redemoinho é literal-mente "de uma tempestade". Não está claro se o autor teve a intenção de ser literal ou figurado na linguagem que usa. No entanto, é a linguagem bíblica da teofania (veja S1 18:8-12; Ez
O Senhor desafia Jó ao perguntar: Quem é este que escurece o conselho? (2). A pergunta infere que ocorreu algum tipo de confusão. Conselho sugere o plano ou razão das coisas. Jó havia obscurecido os propósitos de Deus no mundo por meio dos seus argumentos e queixas, especialmente em sua afirmação de que Deus agia injustamente nas questões humanas.
Cinge os teus lombos (3) é uma expressão preparatória para agir. Jó tinha, repetidas vezes, desafiado Deus a encontrá-lo. Agora Deus está pronto a concordar com seu pedido. Jó deve estar inteiramente preparado na argumentação com Deus para o que virá. E não era o que Jó esperava. Ele desejava questionar a Deus a respeito de sua atitude e ações. Em vez disso, Deus diz: Perguntar-te-ei, e, tu, responde-me. Quando Deus faz suas perguntas, Jó não está pronto para a entrevista como ele havia imaginado anteriormente (40:3-5).
Deus desarmou Jó com referência aos sistemas ordenados da natureza que estão além do poder controlador de qualquer homem. Ele não consegue compreendê-los inteiramente.
Primeiro, Ele pergunta a Jó: Onde estavas tu (4) no início da criação? Isto ressalta a limitada inteligência de Jó e a natureza transitória de sua existência. Faze-me saber se refere ao versículo 3 e também às perguntas que vêm a seguir. As perguntas mostram que Jó não tem conhecimento, de primeira mão, de como a terra foi formada. Ele sabe quem a fez, mas ele não estava presente para ver como ela foi feita. A criação da terra é semelhante à construção de um prédio bem projetado, estendida com um cordel (5; linha de medir) e nivelada cuidadosamente com fundamentos fortes e uma pedra de esquina (6). As estrelas da alva (estrelas personificadas) e os filhos de Deus (7; anjos) são descritos como expressando imensa alegria pela grandeza da terra enquanto observavam Deus construí-la. Eles estavam lá, mas Jó não estava.
Deus também indaga a Jó acerca da sua ligação com a criação dos oceanos. A pergunta básica ainda continua: "Onde estavas?" A figura é de um ser gigante nascido da madre (8) do universo, colocando nuvens como sua vestidura (9). À medida que o mar se avolumava, Deus colocou limites para ele, para que ficasse restrito a um determinado território (8-11).
Dias e noites fazem parte da criação de Deus. Cada manhã se mostra a alva (12). Ela envia luz para as extremidades da terra (13). Por meio da sua luz o mal perpetu-ado sob a cobertura da escuridão pode ser vencido (13,15). O versículo 14 descreve o efeito do sol da manhã sobre a aparência do mundo. "A terra toma forma como o barro sob o sinete; e tudo nela se vê como uma veste" (NVI).
Os mistérios da terra e do mar são explorados. Entraste tu? (16) é o mesmo tipo de pergunta como aquela feita no versículo 4. Será que Jó conhece as origens do mar? Aqui, profundo refere-se ao mundo que ficava debaixo do oceano. No versículo 17, portas da morte e portas da sombra da morte referem-se ao Sheol. Acaso Jó passou pelas portas do Sheol para descobrir os segredos escondidos nas suas profundezas? Ele conhece as larguras da terra (18) ou o que fica além da terra plana?
Da mesma maneira Deus mostra a Jó que ele não tem conhecimento da luz e das trevas (19). O número dos teus dias (21) é uma alusão ao diálogo com os amigos quanto à conexão entre idade e sabedoria.
As causas dos fenômenos naturais como a neve e a saraiva (22) estão além do conhecimento de Jó. No entanto, Deus os mantém em seu depósito para usá-los conforme lhe apraz —até mesmo na peleja (23; veja Jó
Genebra
38:1—41:34 Em seu aparecimento Deus não menciona a Jó a questão dos seus sofrimentos e muito menos deu as razões para eles. O que o Senhor diz é muito mais importante do que os sofrimentos de Jó, que o Senhor sabia que em breve removeria. E nem Jó recebeu uma declaração de acusação, conforme queria (31.35), mesmo porque não havia nenhuma. E assim Jó aprende que devia deixar o seu caso, incluindo o seu desejo de vindicação, nas mãos de um Deus bom e soberano, que não é seu inimigo (1Pe
* 38:1—40.2 Expondo a fraqueza e a insensatez do patriarca o Senhor convocou a Jó para retirar as suas acusações contra o Todo-poderoso.
* 38:1
o SENHOR. O divino nome da Aliança, Yahweh, é agora usado de novo, tal como se viu no prólogo, mostrando que o autor do livro foi um israelita. Jó e os conselheiros usavam outros epítetos divinos, como "Deus" ou "o Todo-poderoso". Jó
* 38.4—39.30 Nesse exame de Jó, o Senhor revela-se como soberano sobre o mundo natural. Ele é o Criador (38.4-14) da terra (vs. 4-7), do mar (vs. 8-11), do dia e da noite (vs. 12-15). Ele é o Senhor da natureza inanimada (38.16-38) e da natureza dotada de vida (38.39—39.30).
*
38:5
se é que o sabes? A ironia que aqui transparece, bem como nos vs. 18 e 21, não é sarcasmo, mas um lembrete de que Deus é o Criador.
* 38:7 Quanto à personificação das forças naturais como anjos de Deus, ver Sl
* 38:15 A luz dos ímpios é trevas (Is
* 38:17
as portas da morte. As "portas" representam o domínio (Mt
* 38:26
chover... no ermo. Em um mundo onde a água da chuva era preciosa, Deus impressionou Jó com a sua liberdade soberana para fazer o que deixa perplexos aqueles que não apreciam as distinções entre o Deus soberano e eles mesmos.
* 38:31
atar as cadeias do Sete-estrelo... Órion. Somente Deus exerce domínio sobre as forças cósmicas que constrangem as constelações chamadas Sete-Estrelo, e aquelas que compõem a cadeia do caçador Órion.
* 38:36
sabedoria... entendimento. A palavra hebraica traduzida aqui por "meteoro", ocorre somente aqui, e seu sentido tem estado em dúvida desde os tempos antigos. Se uma tradução tradicional for aceita, o versículo pergunta quem deu sabedoria ao "íbis" e ao "galo", aves que eram tidas como algo que anunciava a vinda da chuva e as inundações do rio Nilo.
*
38:39 Aqui as perguntas mudam da criação inanimada para a criação animada: um exemplo de criaturas de Deus, grandes e pequenas.
Matthew Henry
Wesley
Em resposta à insistência de Jó que ele é inocente e, portanto, não consigo entender por que ele deveria sofrer pelos pecados, como seus acusadores alegaram, da qual ele não sabe de nada, Deus propõe a Jó uma série de perguntas muito difíceis. No final desses interrogatórios procurando acusadores de Jó não tenho nenhuma resposta, apesar de terem sido tão cocksure de sua posição anteriormente. Assim, Deus repreende-los e instrui-los a pedir desculpas a Jó, e buscar suas orações de intercessão. Com estas instruções que cumpram (42: 7-9 ).
Deus dirige-se ao Jó por meio de uma série de questões relativas aos mistérios da natureza. Jó não pode responder a estas perguntas, assim como seus acusadores não pode. Assim, Deus diz, implicitamente, ao Jó, se você não entender os mistérios da natureza como eles são vistos em seus fenômenos, então como você pode compreender os mistérios mais elevados de relacionamento de Deus com os homens (conforme Jo
1 Então o Senhor respondeu a Jó do meio da tempestade, e disse:
2 Quem é este que escurece o conselho
Com palavras sem conhecimento?
3 Cinge agora os teus lombos como homem;
Pois eu te perguntarei, e tu me.
É interessante que, assim como Jó já havia se queixou de que Deus o havia quebrado com "uma tempestade", ou turbilhão (Jó
Neste demanda é o mistério eo milagre da fé. Deus, o Criador todo-poderoso do céu e da terra, entra na relação eu-tu com o homem. Elifaz tem "exaltado" Deus a tais alturas que Ele não pode perceber seres insignificantes como os homens. Deus fala a partir do turbilhão de Jó: Eu fiz de você um homem. Levante-se Ct
4 Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?
Declare, se tens entendimento.
5 Quem determinou as medidas, se tu sabes?
Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
6 Ao que foram fundadas as suas bases?
Ou quem lhe assentou a pedra angular da mesma,
7 Quando as estrelas da manhã cantaram juntas,
E todos os filhos de Deus rejubilavam?
8 Ou quem encerrou o mar com portas,
Quando o partiu para frente, como se ele tinha emitido fora do útero;
E escuridão por-band panos para ele,
10 E, marcado para o meu limite,
E portas e ferrolhos,
11 E disse: Até aqui virás, e não mais adiante;
E aqui são as tuas ondas orgulhosas ser suspensa?
12 Porventura, comandou a manhã desde os teus dias começou ,
E fez com que a aurora de saber o seu lugar;
13 que poderia ter de segurar as extremidades da terra,
E os maus ser sacudidos dela?
14 se transforma como o barro sob o selo;
E todas as coisas permaneçam como uma peça de roupa:
15 E dos ímpios é retirada a sua luz,
Eo braço está quebrado.
Deus começa Seus interrogatórios com uma pergunta sobre origens últimas, ou a criação da terra (v. Jó
DESAFIO C. DEUS a respeito do mundo físico (38: 16-38)
16 Acaso tu entraste até os mananciais do mar?
Ou tu andou nos recessos do abismo?
17 já às portas da morte foi revelado a ti?
Ou viste as portas da sombra da morte?
18 Porventura, compreendeu a terra na sua amplitude?
Declare, se sabes tudo.
19 Onde está o caminho para a morada da luz?
E, quanto às trevas, onde está o seu lugar,
20 em que deves levá-la ao limite do mesmo,
E que deverás discernir os caminhos para a sua casa?
21 Sem dúvida , tu sabes, porque já então eras nascido,
E o número dos teus dias é ótimo!
22 Acaso tu entraste os tesouros da neve,
Ou viste os tesouros da saraiva,
23 O que eu tenho reservado para o tempo de angústia,
Contra o dia da peleja e da guerra?
24 Por que é que é a luz se separaram,
Ou espalha o vento oriental sobre a terra?
25 Quem abriu canais para o aguaceiro,
Ou um caminho para o relâmpago dos trovões;
26 para fazer cair chuva numa terra, onde não há ninguém;
No deserto, em que não há homem;
27 Para satisfazer a desolação, e solo ,
E para fazer com que a erva para saltar adiante?
28 A chuva porventura tem pai?
Ou quem gerou as gotas do orvalho?
29 Do ventre de quem saiu o gelo?
E a geada do céu, quem gerou isso?
30 As águas escondem-se e tornar-se como a pedra,
E a face do abismo é congelado.
31 Podes amarrar o cluster das Plêiades,
Ou perder as faixas de Orion?
32 Podes levar adiante o Mazzaroth a seu tempo?
Ou podes guiar a ursa com seu trem?
33 Sabes tu as ordenanças dos céus?
Podes estabelecer o domínio do mesmo na terra?
34 Podes tu levanta a tua voz até as nuvens,
Que a abundância das águas te cubra?
35 Podes enviar diante relâmpagos, para que vão,
E te digo: Aqui estamos nós?
36 Quem pôs a sabedoria no íntimo?
Ou quem deu entendimento para a mente?
37 Quem pode contar as nuvens pela sabedoria?
Ou quem pode derramar as garrafas do céu,
38 Quando corre o pó numa massa,
E os torrões clivar rápido juntos?
Em uma série de questões rápidas Deus desafia o conhecimento, como também a ignorância, de Jó e seus concorrentes a respeito do mundo físico em que vivem. Na verdade, Ellison observa:
É típico da atitude da Bíblia que as questões de Deus praticamente limitar-se a este mundo, em que o homem foi colocado como vice-regente de Deus (Gn
O que é especialmente importante observar neste momento é, em face de toda a sabedoria exibido por Jó e seus acusadores em todo o seu longo debate, nenhum deles tinha ainda avançado muito no desenvolvimento de sua inteligência para compreender o reino animal e trazê-lo sob seu controle, de acordo com a Comissão eo propósito original de Deus. Também não tem o homem como ainda, depois desses muitos milhares de anos de desenvolvimento científico, cumpriu esta comissão para subjugar o reino animal e trazê-lo sob seu controle, para não mencionar o resto da criação natural. Se a sabedoria do homem que ainda não compreender estes mistérios naturais, como ele pode conhecer os mistérios mais elevados da providência divina, Deus parece estar dizendo a Jó e seus competidores.
1. Os Mistérios do Lions e os Ravens (38: 39-41)
39 Podes caçar presa para a leoa,
Ou satisfazer a fome dos filhos dos leões,
40 quando se agacham em suas tocas,
E permanecer na secreto para armar ciladas?
41 Quem prepara ao corvo o seu alimento,
Quando seus filhotes gritam a Deus,
E passear por falta de comida?
Versos
Entre as feras da terra a leoa e seus filhotes (. Vv 39-40) são, talvez, o mais voraz de apetite, e sua demanda por alimentos é prodigiosa (Sl
Wiersbe
Agora, chegamos ao ponto culmi-nante do livro, e o próprio Deus entra em cena! Em 9:35; 13
- Deus humilha Jó (38:1—42:6)
Deus faz uma série de perguntas simples a Jó a respeito do universo e seu funcionamento. "Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber. Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?". Esse pa-rece ser o grande moto desses capí-tulos. "Você me desafiou; agora, eu o desafio!"
Deus inicia com a criação (38:4-11). Claro que não há "funda-mentos" para o globo. Deus usa lin-guagem figurativa, não termos cien-tíficos. Na verdade, Jó
O Senhor diz: "Acaso, quem usa de censuras contenderá com o Todo-Poderoso? Quem assim ar- gúi a Deus que responda". Jó pode dar apenas uma resposta (40:3-5): "Sou indigno; que te respondería eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, ali-ás, duas vezes, porém não prosse-guirei". Esse é mais um passo em direção à bênção, porém Jó ainda não se arrepende da forma como fa-lou sobre Deus. Portanto, o Senhor continua com o questionamento e, dessa vez, foca em dois animais grandes — o hipopótamo (40:15- 24; "beemote", ARC) e o crocodilo (cap. 41; "leviatã", ARC). Na época de Jó, esses dois animais eram mui-to admirados e temidos, embora ne-nhum deles seja nativo da Palestina. A palavra hebraica para "beemote" significa apenas "animal grande", mas muitos estudiosos pensam que se refere ao hipopótamo. Com certeza, Jó não podia enfrentar tal animal, menos ainda criar um! Da mesma forma, com o crocodilo: Jó não ousaria pegá-lo com um anzol, amarrá-lo ou tomá-lo como masco-te (41:1-8). Jeová pergunta: "Quem é, pois, aquele que pode erguer-se diante de mim? Pois o que está de-baixo de todos os céus é meu". No versículo 18, a palavra "espirros" refere-se ao bufar do crocodilo. Al-guns estudiosos sugerem que os ver-sículos
Russell Shedd
38.3 Cinge... os lombos. Prepara-te para a luta ou debate.
38.4 Deus começa com Sua revelação por meio das maravilhas do mundo inanimado. 38:4-11 A terra e o mar. Jó teria acompanhado a criação do mundo, teria sido iniciado em todos os seus mistérios?
38.7 Estrelas e anjos juntamente se regozijavam na criação, Sl
2) À encarnação de Cristo, Lc
38:12-15 À madrugada. O Senhor faz Jó perceber a efemeridade da sua vida, em contraste com a antigüidade do mundo e com a eternidade de Deus. Menciona-se o efeito da aurora sobre os ímpios e sobre a terra.
38.17 Região tenebrosa. Outra tradução para çalmãweth (24.17n).
38.20 Pergunta-se se Jó sabe manejar, guiar e dispor da luz.
38.21 Eras nascido. Esta linguagem significa que, se Jó era nascido antes que houvesse mundo, saberia tudo isto, senão, não saberia, 15.7.
38:22-30 Os fenômenos naturais. A Providência de Deus é mais complexa de que Jó imaginara. As perguntas retóricas, ao lançar mão de expressões simplificadoras, como "depósitos da neve", "caminho para os relâmpagos", "chuva tem pai?", têm a intenção de demonstrar a Jó que não se manuseia as forças da natureza como o homem maneja os objetos físicos da sua vida diária.
38.23 Dia do peleja. Referência às intervenções divinas na história do mundo, por meio de manifestações naturais,Js
38.26 Onde não há ninguém. O cuidado de Deus estende-se além da raça humana; Jó já percebera algo sobre isso, 12:7-9; 26:5-14.
38.31 -38 O universo. e unta-se se Jó sabe ordenar as estrelas.
38.36 Camadas. Heb tuhôth, traduzido por "íntimo" em Sl
38.37 Odres dos céus. Simbolizam a chuva, conforme a nota dos vv. 22-30.
38.39- 39.30 Deus continua Sua revelação, tratando das maravilhas do mundo animado, do reino animal; estas também são misteriosas.
33.39- 41 A ignorância de Jó no assunto da bondade de Deus, Jó não pode imaginar que Deus está sendo cruel para com ele, se até para os animais selvagens Deus revela a mais terna misericórdia.
• N. Hom. 38:4-41 A glória de Deus na criação:
1) A criação do mundo é obra-de Deus, 46: a) é obra divina; b) é obra completa e perfeita;
2) A criação do mundo é assunto do cântico dos anjos
NVI F. F. Bruce
6) Os discursos de Javé (38.1—42.6)
Os discursos de Javé a Jó são extraordinários tanto por aquilo que omitem quanto por aquilo que contêm. Em primeiro lugar, é de admirar, mas certamente da mais alta importância, que Deus não faça referência alguma a qualquer pecado ou falhas por parte de Jó como os que os amigos insistiam em atribuir a Jó e que o próprio Jó exigia que lhe fossem mostrados. Está claro, então, que Deus não tem nada contra Jó; nem mesmo as suas “palavras impetuosas” (6,3) são motivo de repreensão. Acima de tudo, a importância dos discursos divinos — para Jó e para a mensagem do livro — não está tanto no que eles contêm, mas no simples fato de que estão aí. A sua presença mostra que a pessoa que clama a Deus com determinação — mesmo que seja por raiva e frustração — no final das contas vai conseguir conversar com Deus, e essa vai ser uma conversa que conduz ao alívio da tensão.
Esses discursos divinos, porém, são marcantes também por aquilo que contêm. Longe de tratarem dos assuntos da inocência e da culpa propostos por Jó, e longe de justificarem os caminhos de Deus com o homem, eles se ocupam inteiramente com a natureza, com o mundo da criação. Seja quando Deus retrata, como no primeiro discurso, a ordem cósmica e faz desfilar diante de Jó, por assim dizer, uma coleção de animais da sua criação, seja quando descreve, como no segundo discurso, com belos detalhes a aparência e os hábitos do hipopótamo e do crocodilo, ele fala somente do mundo da natureza, e não conta nada a Jó que este já não sabia. O seu propósito não é dar lições de cosmologia ou história natural a Jó, e certamente não é intimidar Jó com exibições deslumbrantes do seu poder e sua inteligência (das quais Jó nunca duvidou por um instante sequer), mas é convidar Jó para que reconsidere o mistério, a complexidade e a impenetrabilidade do mundo que Deus criou. Ele espera que Jó perceba — e Jó não é lento em captar isso ■— que a ordem natural é análoga à ordem moral do Universo. Muito disso permanece além da compreensão humana; algumas coisas parecem terríveis, fúteis ou temíveis, mas tudo é obra de um Deus sábio que fez o mundo do jeito que serve aos seus propósitos.
a) O primeiro discurso de Javé (38.1—
40.2)
Este discurso consiste, em grande parte, em uma série de perguntas dirigidas por Deus a Jó. Elas não têm a intenção de humilhar Jó ao expor sua ignorância e incapacidade de responder a Deus, tampouco têm o propósito de ser uma exibição tal da sabedoria e da onipotência de Deus que exija de Jó que desista da sua tentativa de compreender o que está acontecendo com ele. Em vez disso, essas perguntas desafiam Jó a reconsiderar o que ele já sabe acerca do mundo que Deus criou e a pensar novamente a respeito dos seus mistérios. Depois da introdução em 38.1ss, Deus chama a atenção de Jó para dez características da natureza (38:4-38) como exemplos dos seus mistérios, e para nove espécies do mundo animal (38.39-—39,30) para ilustrar os mistérios da vida criada. A última nota que Deus toca (40,2) nos lembra que o diálogo entre Deus e Jó está estruturado em forma de um processo judicial (conforme também
38,3) , visto que é isso que Jó demandou (e.g., 31.35); mas o propósito do diálogo não é estabelecer a culpa ou a inocência, mas investigar a verdade, expor as realidades da criação.
(1) Introdução (38.1ss)
Finalmente Jó recebe a resposta que tão ardentemente esperava: entre as suas últimas palavras, estava a súplica: “Que o Todo-poderoso me responda” (31.35). Todos os apelos de Jó por um confronto com Deus foram expressos em linguagem judicial: ele pensou no ambiente relativamente calmo e pacífico de um tribunal, mas esse não foi o ambiente que Javé escolheu. Deus fala do meio da tempestade, pois o objetivo dele não é discutir com Jó, mas deixar claro para ele quanto as questões acerca do governo do Universo estão além da compreensão de Jó. A tempestade tradicionalmente acompanha a revelação de Deus (cf., e.g., Na 1:3; Zc
(2) Os fenômenos da terra e do céu (38:4-38)
(a) A criação da terra (38:4-7). Aqui a criação do mundo é retratada como a construção de um edifício, com alicerces e pedra de esquina, e construído segundo o projeto com a ajuda de uma linha de medir. A fundação e a construção da terra foram acompanhadas da música das estrelas matutinas, que provavelmente são a mesma coisa que os “filhos de Deus”, os anjos. (O lançamento dos alicerces e a colocação da pedra de esquina eram momentos para celebração com música e alegria; Ed
(b) A criação do mar (38:8-11). O mar é retratado como tendo nascido do ventre materno de uma mãe anônima (v. 8) e que foi envolto por Deus em um “cobertor de nuvem” e de “neblina” (v. 9, NEB). Mas é também uma força ameaçadora que precisa ser mantida nos seus limites, fechada atrás de portas e barreiras (v. 10). A frase lembra a história babilónica da Criação, em que o deus Marduk, depois de conquistar o caótico monstro marinho Tiamate, mantém-no em cheque ao lhe colocar barras e guardas, ordenando-lhes que não permitam que a água escape (ANET, p. 67); mas não há eco em Jó de um conflito entre Javé e as águas. Aqui Deus protege (v. 9) e controla (v. 10,11) o misterioso mar.
(c) A alvorada (38:12-15). Até mesmo a vinda da alvorada está além da compreensão de Jó, não importa quantas vezes ele já a tenha observado. A NEB provavelmente está correta em remover desses versículos as referências aos ímpios (v. 13,15), que parecem inadequadas nesse contexto, e em encontrar referências a diversos corpos celestes, como as “estrelas do mapa dos navegadores” que “saem uma a uma” (v. 15) enquanto surge a alvorada. Muito pitoresca é a linha que retrata o início do dia realçando “o horizonte em relevo como o barro sob o sinete, até que todas as coisas se destaquem como as dobras de um manto” (v. 14, NEB).
(d) O mundo subterrâneo (38.16ss). Abaixo da terra, há todo um domínio de criaturas desconhecidas ao homem (apesar do seu conhecimento da mineração; 28:1-11): as nascentes do mar, as “fontes das grandes profundezas” (Gn
(e) Luz e trevas (38.19ss). Luz e trevas são consideradas entes separados que têm a sua habitação determinada desde o tempo da Criação e à qual retornam na época devida. Jó não sabe como “escoltar” cada uma no seu “caminho para casa” (v. 20, BJ); ao contrário da sabedoria, o artífice-mor de Deus (Pv
(f) Neve (38.22,23). O que também está além do conhecimento de Jó são os reservatórios de neve e os depósitos de saraiva (v. 22), reservados para períodos de tribulação (v. 23) (conforme Êx
(g) Tempestades (38:24-27). Não é provável que os ventos orientais causem tempestades e chuvas. Há dificuldades na tradução do v. 17b. O melhor parece ser seguir a JB, que traduz: “quando espalha faíscas sobre a terra”. O canal para as torrentes de chuva dos depósitos celestes (v. 25) é semelhante às “comportas do céu” que foram abertas no tempo do Dilúvio (Gn
(h) Chuva (38.28ss). Na mitologia cana-néia, Baal, o deus da tempestade, poderia ser considerado o pai da chuva, e uma de suas filhas era chamada Talia, o orvalho (v. 28). Mas aqui se julga óbvio que nenhuma resposta satisfatória pode ser dada acerca da origem da chuva, do orvalho ou do gelo: isso está além da compreensão humana.
(i) Aí constelações (38.3 lss). A referência a diversas constelações entre as estrofes que tratam da chuva (v. 28ss) e das nuvens (v. 3
438) talvez sugira que os corpos celestes são considerados aqui como detentores de alguma influência sobre o clima, embora nada no texto afirme isso especificamente. As “doces influências” das Plêiades na 5A (v. 31) são somente as “cadeias” invisíveis (nota de rodapé) que ligam esse conjunto de sete estrelas; a frase o domínio de Deus sobre a terra (v. 33b, NVI) é enganosa (a linha pode ser mais bem traduzida por “Você na terra pode determinar as leis que as governam?”). O Orion (v. 31) parece retratado, como na mitologia clássica, como um caçador com cinturão {corda) e espada. A identificação das outras constelações é incerta, embora a CNBB traduza “signos do Zodíaco” no lugar de constelações (v. 32). Nessa série de perguntas retóricas, Javé tem conduzido os pensamentos de Jó para o fato de que, qualquer que seja a influência das estrelas, Jó não tem influência alguma sobre elas, nem mesmo das leis (v. 33; “leis da natureza”, NEB) que determinam o movimento delas.
(j) Aj nuvens (38:34-38). Jó também não tem influência alguma sobre a vinda da chuva ou a ocorrência de relâmpagos. O v. 36 é muito obscuro: será que as “nuvens” e a “névoa” (como parece querer dizer o heb.) têm sabedoria em Sl (até mesmo em termos poéticos)? A NEB encontra aqui uma referência à sabedoria de Deus envolta em “trevas” e “segredo”, enquanto a NAB acha que o versículo originariamente seguia o v. 40 e era uma referência à sabedoria do “galo”, que, na tradição judaica, possuía a inteligência para discernir entre a noite e o dia (semelhante na BJ). A tradução da NVI apresenta uma frase que parece fora de lugar. A descrição pitoresca da chuva causada por Deus que despeja cântaros de água dos céus (v. 37) não tem a intenção de ser entendida literalmente, assim como não deve ser interpretado literalmente o “canal” para a chuva que apareceu anteriormente (v. 25).
(3) A criação animal (38.39—39.30)
O restante do primeiro discurso de Deus conduz Jó à criação animal — não aos animais conhecidos e usados pelo homem, como as ovelhas, o jumento e o camelo, mas àqueles que não servem para coisa alguma na economia humana e são, ao contrário, misteriosos, inúteis ou hostis ao homem. Esses também fazem parte da criação de Deus, embora o homem talvez não veja valor algum neles ou até os considere de fato malevolentes. A mesma coisa acontece com o sofrimento: às vezes ele pode ter realmente um propósito reconhecível, mas às vezes pode ser tão enigmático e prejudicial ao homem como os animais selvagens podem ser. Não obstante, faz parte da ordem de Deus no mundo, e ele sabe o que está fazendo ao permitir que isso ocorra.
(a) O leão e os corvos (38.38ss). O animal feroz e a ave de rapina são associados em um versículo. O sentido não é que Jó não pode satisfazer a fome dos leões (v. 39), ou nem mesmo que é Deus quem dá alimento aos corvos (v. 41), mas que há todo um domínio da criação de Deus que existe de forma independente do homem.
Moody
B. A Voz de Deus. 38:1 - 41:34.
Os vereditos pronunciados contra Jó pelos homens obscureceram o caminho da sabedoria até que Eliú falou. Esse caminho está agora inteiramente iluminado pela voz do redemoinho. É coisa apropriadíssima que o Senhor se aproximasse de Jó por meio de uma interpelação. Assim também ele se confrontou com Satanás (cons. Jó
38:4 - 39:30. A prova para a qual o Criador desafia Sua criatura é o teste da sabedoria. Muitas das perguntas divinas tratam do poder executivo, mas o conceito de sabedoria do V.T. inclui o talento do artista. Chama-se a atenção para a sabedoria insondável do Criador exibida por toda parte - na terra (38: 4-21, nos céus (Jó
Jó
Francis Davidson
2. A MADRUGADA (Jó
3. JÓ 1GNORA AS COISAS OCULTAS (Jó
4. OS FENÔMENOS NATURAIS (Jó
5. O UNIVERSO (Jó
- 37b) ou "os odres dos céus, quem os derramará?" O vers. 38 descreve a terra queimada pelo sol depois de amassada pela chuva.
Dicionário
Entrar
verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite.Recolher-se à casa.
Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher.
Invadir.
Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura.
Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido.
Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento.
Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.
Neve
substantivo feminino Precipitação de cristais de gelo que se formam quando o vapor de água nas nuvens se congela.Aglomeração desses cristais: monte de neve.
Camada desses cristais que fica sobre o solo.
Por Extensão Frio exagerado: nossa, mas hoje está como neve!
Por Extensão Cor branquíssima: cara de neve!
Por Extensão Cabelos esbranquiçados; clã.
Culinária Doce feito com suco de frutas, açúcar e leite batido; sorvete.
expressão Em neve. Com consistência espumosa e leve, falando da maneira como as claras do ovo devem ser batidas em algumas receitas.
Etimologia (origem da palavra neve). Do latim nix.nivis, "neve".
A neve cai na Palestina, não somente sobre as serras do norte, mas também sobre terras mais ao sul, como Nazaré, e mesmo na cidade de Jerusalém, onde freqüentes vezes aparece. Todavia, não permanece por muito tempo nas regiões baixas e nas pequenas elevações, de modo que, quando o gelo é preeiso para fins refrigerantes, vão buscá-lo às montanhas do Líbano(Pv25.13 – Jr18.14). A queda da neve é mencionada em 2 Sm 23.20 – Sl
Neve Partículas ou flocos de gelo que, especialmente no inverno, caem do céu como a chuva, formando no chão uma camada de gelo fofo de cor muito branca (2Sm
Saraiva
GranizoSaraiva GRANIZO (Sl
Tesouros
(latim thesaurus, -i)
1. Grande quantidade de ouro, prata, coisas preciosas, posta em reserva.
2.
Lugar onde se guardam esses
3. Erário.
4. Ministério das Finanças.
5. Preciosidade.
6. Riqueza.
7. Apuro.
8. Pessoa ou coisa por que se tem profunda afeição ou a que se liga grande apreço.
9. Manancial, fonte de bens, graças, virtudes.
10.
[Linguística]
[
11. Obra de referência importante ou que tem grande abrangência. = TESAURO
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
בָּרָד
(H1259)
procedente de 1258; DITAT - 280a; n m
- granizo
- referindo-se ao julgamento de Deus (fig.)
אֹוצָר
(H214)
procedente de 686; DITAT - 154a; n m
- tesouro, depósito
- tesouro (ouro, prata, etc.)
- depósito, estoques de comida ou bebida
- casa do tesouro, tesouraria
- casa do tesouro
- depósito, loja
- tesouraria
- arsenal de armas (fig. do arsenal de Deus)
- reservatórios (de Deus para chuva, neve, granizo, vento, mar)
אֵל
(H413)
partícula primitiva; DITAT - 91; prep
- para, em direção a, para a (de movimento)
- para dentro de (já atravessando o limite)
- no meio de
- direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
- contra (movimento ou direção de caráter hostil)
- em adição a, a
- concernente, em relação a, em referência a, por causa de
- de acordo com (regra ou padrão)
- em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
- no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)
רָאָה
(H7200)
uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.
- ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
- (Qal)
- ver
- ver, perceber
- ver, ter visão
- examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
- ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
- examinar, fitar
- (Nifal)
- aparecer, apresentar-se
- ser visto
- estar visível
- (Pual) ser visto
- (Hifil)
- fazer ver, mostrar
- fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
- (Hofal)
- ser levado a ver, ser mostrado
- ser mostrado a
- (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte
שֶׁלֶג
(H7950)
procedente de 7949; DITAT - 2391a; n m
- neve
בֹּוא
(H935)
uma raiz primitiva; DITAT - 212; v
- ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
- (Qal)
- entrar, vir para dentro
- vir
- vir com
- vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
- suceder
- alcançar
- ser enumerado
- ir
- (Hifil)
- guiar
- carregar
- trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
- fazer suceder
- (Hofal)
- ser trazido, trazido para dentro
- ser introduzido, ser colocado