Enciclopédia de Jó 6:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 6: 17

Versão Versículo
ARA torrente que no tempo do calor seca, emudece e desaparece do seu lugar.
ARC No tempo em que se derretem com o calor, se desfazem, e em se aquentando, desaparecem do seu lugar.
TB No tempo em que ficam quentes, desvanecem;
HSB בְּ֭עֵת יְזֹרְב֣וּ נִצְמָ֑תוּ בְּ֝חֻמּ֗וֹ נִדְעֲכ֥וּ מִמְּקוֹמָֽם׃
BKJ no tempo em que ficam quentes, desaparecem; quando está quente, são consumidos de seu lugar.
LTT No tempo em que se derretem com o calor, se desfazem, e em se aquentando, desaparecem do seu lugar.
BJ2 No tempo de verão, porém, desaparece, ao vir o calor extingue-se em seu leito.
VULG Tempore quo fuerint dissipati, peribunt ; et ut incaluerit, solventur de loco suo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 6:17

I Reis 17:1 Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.
Jó 24:19 A secura e o calor desfazem as águas da neve; assim desfará a sepultura aos que pecaram.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
2. A Resposta de Já a Elifaz (6:1-7,21)

A resposta de Jó pode ser dividida em três partes. Na primeira, ele justifica suas queixas no capítulo 3 e se defende da repreensão do seu amigo, insistindo (como da primeira vez) em que a morte continua sendo sua única esperança (6:1-13). Na segunda, ele mostra profunda tristeza e desapontamento pela atitude que seus amigos demons-tram em relação a ele (6:14-30). E, na terceira, ele lamenta amargamente seu grande sofrimento e implora para que Deus o deixe sozinho e o deixe morrer (7:1-21).

Elifaz não acusou Jó diretamente de pecado. Isso ocorrerá mais tarde. Ele apenas manifestou surpresa pelo desespero e impaciência do amigo. Jó usa essa crítica como base para a sua resposta.

a) Já justifica suas queixas (6:1-13). Jó clama: Oh! Se a minha mágoa retamente se pesasse! (2) Ele sente que seus amigos vêem apenas as evidências externas do sofri-mento. Dor física e perda de bens são apenas uma pequena parcela da agonia que ele estava experimentando. Se houvesse um meio de reunir todos os seus sofrimentos, então ficaria claro que a calamidade de Jó era mais pesada [...] do que a areia dos mares (3). No final das contas, quem poderia acusá-lo de falar imprudentemente? Esta seria uma tradução melhor do que: Por isso é que minhas palavras têm sido inconsideradas. (Veja ARA).

Jó não só alcançou um estado de completa desolação, mas ele afirma que as flechas do Todo-poderoso estão em mim (4). Talvez esse seja o verdadeiro motivo do seu intenso sofrimento. Ele crê que sua infelicidade veio de Deus, mas não consegue enten-der por que Deus o está tratando dessa maneira. As flechas de Deus são as pragas, as enfermidades, as dores, etc., por meio das quais Ele ataca o homem (veja 16:13-17; Dt 32:23-27; S1 38:2-8). Para Jó essas flechas estão envenenadas, e os terrores de Deus são tão numerosos que parecem exércitos que se armam contra ele.

Às vezes parece que as flechas do Todo-Poderoso voam e acertam o homem onde ele não apresenta defesa, infligem feridas severas na alma e provocam terror em sua mente. Mas essa aparente verdade está baseada em uma noção de Deus que foi substituída pela compreensão de sua natureza trazida por Jesus. Deus pode fazer com que todas as coisas contribuam para o bem (Rm 8:28), e na cruz de Jesus fica claro que Ele sofre com os homens. Se Jó tivesse tido a capacidade de ver que Deus também sofre, em vez de pensar que Deus era o causador do seu sofrimento, seu problema teria sido bem menor — talvez até completamente resolvido.

Na pergunta: Porventura, zurrará o jumento montês junto à relva? (5), Jó continua defendendo seu direito de reclamar. Suas reclamações são uma prova da sua dor, da mesma forma que "zurrar" e "mugir" são resultados do descontentamento entre os animais. Quando eles estão bem alimentados e confortáveis ficam em silêncio. O de-sespero de Jó é tão natural quanto o sentimento de animais famintos. Por outro lado, os sofrimentos de Jó são comparados à comida repulsiva que está sem sal ou insípida, como a clara do ovo (6). A alma, na psicologia hebraica, é o alicerce do desejo e do apetite. Dessa maneira, as coisas que a nossa alma recusa (7) expressam que queremos mais da vida do que comida sem sabor. Anelamos por uma existência que nos satisfaça. Quando essa oportunidade nos é negada, protestamos legitimamente.

Tendo se defendido, Jó reitera seu desejo de morrer: Quem dera que se cumpris-se o meu desejo, e que Deus me desse o que espero! (8). Se Deus soltasse a sua mão (9), o homem teria a chance de morrer.

A consolação (10), ele acredita, só pode ser encontrada na insensibilidade do túmulo. Refrigera o meu tormento pode significar: "Eu me alegraria em meio à dor implacá-vel" (RSV; veja também ARA). Ele ainda não repulsou, isto é, negou as palavras do Santo. Mas Jó questiona seriamente quanto mais ele será capaz de suportar. Sua força não é a força da pedra, nem é a sua carne semelhante ao cobre (12). Já não existe significado na vida, nem esperança, nem propósito (11). Ele está convencido de que não há ajuda (13) para ele. Todos os seus recursos se desvaneceram (veja RSV e ARA).

b) Jó está desapontado com seus amigos (6:14-30). Nessa parte, Jó se dirige aos seus amigos. Ele acha que eles deveriam ter vindo para ajudá-lo em sua hora de neces-sidade. Então descobre, embora Elifaz tenha sido gentil com ele, que eles, na verdade, são seus críticos. Para um homem que havia sido afligido como ele, um amigo deveria mostrar piedade, ainda que a miséria desse homem o levasse ao extremo de abandonar a Deus (14)."

Longe de serem confortadores e úteis, Jó acusa seus amigos de o tratarem aleivosamente (15). Eles têm se apresentado tão enganosos quanto um ribeiro que desapareceu. No calor do deserto desaparecem do seu lugar (17). As palavras que traduzem caminhos (18) e caminhantes (19) têm a mesma raiz e deveriam ser traduzidas por "caravanas". A figura é de viajantes em caravana seguindo os caminhos que deveriam levar até as águas, mas que terminam em desapontamento. Os amigos de Jó têm sido esse tipo de desapontamento para ele (15-21).

Em seu dilema, Jó não pede por ajuda material (22) nem por libertação de um inimi-go nem das mãos dos tiranos (23). Ele precisa de compaixão e compreensão. Ele quer que seus amigos continuem confiando nele. Isso o ajudará a permanecer forte. Eles não lhe mostraram em que errei (24). Se eles tivessem falado palavras da boa razão (25) —se eles tivessem sido honestos e francos — então eles o teriam ajudado. Mas as pala-vras deles até então não serviram para coisa alguma. Mas que é que censura a vossa argüição? As palavras de Jó eram palavras de um homem desesperado e talvez fossem como vento (26). Mas as ações dos seus confortadores mostram que eles "seriam capa-zes de pôr em sorteio o órfão e de vender um amigo por uma bagatela" (27, NVI). Estas são palavras duras e retaliatórias. Jó ficou profundamente ofendido pela aparente atitu-de insensível que lhe foi demonstrada. Então ele rebate, como os seres humanos são inclinados a fazer, para infligir dor semelhante aos seus amigos.

Muitos têm compreendido que as palavras Voltai, sim, que a minha causa é jus-ta (29) implicam que Elifaz estava pensando em deixar Jó. Isso pode ter sido possível. Em tudo isso, Jó não deseja cometer iniqüidade (30), ou injustiça. Talvez ele esteja dizendo: "Voltem novamente; minha causa é justa". Ele pergunta: Há, porventura, iniqüidade na minha língua? Na última parte desse versículo a figura da língua que sente o paladar representa a língua como um órgão de percepção em vez de fala. Jó está fazendo uma pergunta retórica para afirmar que ele é perfeitamente capaz de discernir a verdade e que está sendo honesto com eles e consigo mesmo. Ele insiste em que a verdade está do lado dele.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Jó Capítulo 6 versículo 17
No Oriente Próximo, muitos riachos só têm água no inverno.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jó Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
*

6:17:21

Jó repreende Elifaz por proferir palavras presunçosas e insensíveis, para não dizermos falsas, acerca dele (6.1-30), e então dirige a sua queixa a Deus.

* 6:3-4

as minhas palavras foram precipitadas. Porque as flechas do Todo-poderoso estão em mim cravadas. Jó desculpa-se pela sua explosão de impaciência, fantasiando que Deus se tornara seu inimigo.

* 6:6-7

sem sal o que é insípido... minha alma recusava tocar. Elifaz não lhe havia oferecido um alimento substancial (v. 5), isto é, palavras de consolo. O que supostamente era bom alimento (palavras) deu náuseas a Jó.

* 6:8

que Deus me concedesse o que anelo. O único consolo que restava era o intenso alívio da dor que a morte lhe traria. Ele afirma fortemente uma fé contínua no Senhor. Note-se, nesta passagem, que Jó acreditava em uma bem-aventurada vida no além.

* 6:25

Como são persuasivas as palavras retas! A diferença entre Jó e seus amigos é sumariada aqui. As declarações desses amigos estavam formalmente corretas, mas não se aplicavam necessariamente a Jó. De fato, os amigos o acusaram falsamente de ter vivido uma vida pecaminosa. Jó insistiu em ter falado palavras honestas acerca da sua vida. Ele não tinha esquecido-se de Deus e nem vivido dissipadamente.

* 6:27

Até sobre o órfão lançaríeis sorte. Mais adiante, Jó falaria sobre seus próprios cuidados amorosos pelos órfãos (31.16-22). O próprio nome de Jó talvez signifique "sem pai".

* 6:29

minha causa triunfará. Lit., "está nela". O "nela" é a insistência dos amigos de que ele estava sofrendo por causa de seus pecados. Ou ele ou eles deviam estar equivocados.

* 6:30

o meu paladar. Nos vs. 6 e 7, Jó já havia falado das palavras deles como um mau alimento. Aqui ele pleiteia que mudem a "ração" que lhe estavam servindo.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
6:6, 7 Jó disse que o conselho do Elifaz era como comer a insípida clara de ovo. Quando as pessoas atravessam por provas duras, um conselho imprudente é desanimado. Possivelmente o escutem por cortesia, mas em seu interior se sentem desgostados. Pense antes de dar um conselho aos que sofrem. Freqüentemente, mais que um conselho, necessitam compaixão.

6:8, 9 Em sua dor, Jó queria render-se, ser liberado desta pena e morrer. Mas Deus não lhe concedeu sua petição. Tinha um plano maior para ele. Nossa tendência, como a do Jó, é querer nos render e escapar quando as coisas se tornam difíceis. Confiar em Deus nos tempos bons é plausível, mas confiar durante os tempos difíceis nos prova até nossos limites e exercita nossa fé. Em suas lutas, já sejam pequenas ou grandes, confie em que Deus tem o leme e que O cuidará de você (Rm 8:28).

6:29, 30 Jó se referiu a sua própria integridade, não porque estivesse livre de pecado, mas sim porque tinha uma relação correta com Deus. Não era culpado de quão pecados o acusavam seus amigos (veja-se no Jó 31 o resumo da classe de vida que levava). Isto também se poderia traduzir "minha retidão segue em pé". Retidão não é quão mesmo sem pecados (Rm 3:23). Ninguém, à exceção do Jesucristo, esteve sem pecados, livre de tudo mau pensamento ou ação. Inclusive Jó precisou fazer algumas mudanças em sua atitude para Deus, como o veremos o final do livro. Não obstante, foi reto (Rm 1:8). Obedeceu cuidadosamente a Deus o melhor que pôde em todos os aspectos de sua vida.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jó Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
Responder 2. de Jó a Elifaz 'Primeiro Discurso (6: 1-7: 21)

Quando vista estritamente do ponto dez vista literário, a resposta de Jó podem ser analisados, como Terrien vê-lo, como "composto por nove estrofes agrupadas em três partes retórica: um monólogo (6: 2-20 ), uma invectiva (6: 21-7 : 7 ), e uma oração (7: 8-21 ). "No entanto, para os efeitos práticos da nossa consideração devemos vê-lo como (1) a reflexão de Jó sobre suas calamidades (6: 1-20 ), (2) a sua desafio à teologia de seus oponentes (6: 21-30 ), (3) o seu desespero da vida à luz da sua teologia (7: 1-6 ), e (4) a sua oração a Deus por força (7: 7 -21 ).

1. Reflexão de Jó sobre Seus Calamidades (6: 1-20)

1 Então Jó respondeu, dizendo:

2 Oxalá a minha aflição, mas eram pesados,

E toda a minha calamidade pusesse numa balança!

3 Por agora, seria mais pesada do que a areia dos mares;

Por isso que as minhas palavras têm sido temerárias.

4 Porque as flechas do Todo-Poderoso se dentro de mim,

O veneno do qual meu espírito bebe up:

Os terrores de Deus se colocarão em ordem contra mim.

5 Zurrará o asno montês quando tiver erva?

Ou mugirá o boi junto ao seu pasto?

6 Pode aquilo que não tem cheiro se comer sem sal?

Ou há gosto na clara do ovo?

7 Minha alma recusa tocar -los ;

Eles são alimentos como repugnante para mim.

8 Quem dera que se cumprisse o meu rogo;

E para que Deus conceda -me a única coisa que espero!

9 Mesmo que fosse do agrado de Deus esmagar-me;

Que ele soltasse a sua mão, e me exterminasse!

10 E não é ainda o meu consolo,

Sim, deixe-me exultar na dor que não poupa,

Que eu não tenho negado as palavras do Santo.

11 Qual é a minha força, para que eu espere?

E qual é o meu fim, que eu deveria ser paciente?

12 É a minha força a força da pedra?

Ou é a minha carne de bronze?

13 Não é que eu não tenho nenhuma ajuda para mim,

E que a sabedoria é impulsionado bastante de mim?

14 Para ele, que está pronto para desmaiar bondade deve ser mostrado a partir de seu amigo;

Mesmo para o que abandona o temor do Todo-Poderoso.

15 Meus irmãos houveram-se aleivosamente, como um ribeiro,

Como o canal de ribeiros que passam;

16 Quais são negros por causa do gelo,

E em que a própria neve encobre:

17 Que horas eles cera morna, eles desaparecem;

Quando estiver quente, eles são consumidos fora do seu lugar.

18 As caravanas que viajam pelo caminho deles se desviam;

Eles sobem ao deserto, e perecem.

19 As caravanas de Tema olham;

As empresas de Sabá por eles esperam.

20 Eles foram condenados à pena, porque eles esperavam;

Eles vieram de lá, e estava confusa.

A resposta de Jó para primeiro discurso Elifaz 'começa com uma justificação do seu direito de reclamar de suas calamidades. Parece evidente que a denúncia do Jó é contra o Deus da teologia de seus contemporâneos, como representado nos discursos de seus amigos de profissão, e não contra o Deus da teologia hebraico-cristã, as implicações do que o próprio Jó não é ainda como cognitivamente consciente, embora ele tenha experimentado a realidade. Na verdade os problemas de Jó intelectuais a respeito de Deus, em relação a suas calamidades (seus problemas são intelectuais, em sua maior parte, pelo menos), pode muito bem ser sobre as concepções equivocadas sobre a atual divindade em seu país, e da qual ele próprio é, de alguma medir o herdeiro. Talvez toda a história de Jó é escrito para retratar sua luta com uma filosofia religiosa falsa, apesar de seu encontro experimental com o verdadeiro Deus do universo que ele adorava "em espírito e em verdade" (Jo 4:23) a partir de um temor reverencial . A experiência religiosa do crente não é pouca freqüência muito superior à sua teologia. Talvez toda a luta de Jó tem como finalidade a quebra dessas noções religiosas falsas e o surgimento de um conceito correto de Deus e Suas relações com o homem. Que este não ser o verdadeiro significado da revelação final de Deus no epílogo da história, quando Ele diz a Elifaz, "A minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois amigos; porque não tendes falado de mim o que era reto, como o meu servo Jó "( 42:7) que a sua "alma se recusa a descansar" (Moffatt). Até mesmo a pena de morte, diz Jó, ele alegremente suportar na certeza de que ele tem mantido a sua integridade e não é culpado diante de Deus. Faz-nos lembrar grito exultante de Paulo em seu grande tratado ressurreição: "A morte foi tragada pela vitória. Ó morte, onde está o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado "( 1Co 15:54 , 6:12 ), em seu sofrimento que não vê nenhuma possibilidade de restauração da saúde, certamente não vem da mão de Deus de seu amigo. Portanto, desde a morte de sua aflição parece inevitável, e sua força atual é gasto, a morte aparece como um alívio bem-vindo. Ele pergunta se a sua força é que das pedras ou se a sua carne é feito de latão para aguentar tanto sofrimento? Pagan Cicero ocupa o mesmo tema em figuras idênticas, onde ele diz:

Porque o homem não é cinzelada fora da rocha , nem lavradas fora do carvalho; ele é um corpo, e ele tem uma alma; aquele é accionada pelo intelecto, o outro pelos sentidos (Quaest. Acad. iv. 31).

Jó reclama (v. 6:13 ), que todos os seus companheiros se retiraram dele a sua confiança e apoio moral e eles oferecem a ele nenhuma sabedoria (tushiyyah , "verdadeira sabedoria"; conforme 5:12 ), em sua perplexidade, e, portanto, em seu doente e condição debilitada seus recursos pessoais são irremediavelmente esgotado. Ele implica que, sem a intervenção de Deus, seu caso é totalmente sem esperança. Como poderia ser de outro modo para a Jó na sua situação de aflição, e como ele pode ser de outra forma para qualquer outra pessoa na situação de Jó, a menos que Deus deve intervir?

O caso de Jó exige a compreensão solidária e apoio moral de seus amigos (v. 6:14-A , bondade , chesed , "misericórdia ou piedade"), mesmo que ele fosse um pecador culpado diante de Deus, o que ele nega firmemente. Não é a parte de devotos religiosos para esmagar qualquer homem sob a pé, quando ele é batido, impotente para baixo. Mas deve-se observar que, por vezes, aqueles que são mais zelosos por uma convicção teológica princípio ou religiosa particular têm demonstrado a menor misericórdia para com os seus companheiros em necessidade. Esta é uma verdade terrível tão vividamente retratado por Cristo na parábola do Bom Samaritano (Lc 10:25 ). Um samaritano heterodoxo e odiado mostrou misericórdia para uma afligida, impotente judeu enquanto um campeão do código judeu legal (o levita) e um do código moral (o padre) heartlessly passou por ele sem vigilância. Assim, os visitantes de Jó estão mais preocupados com a defesa de sua filosofia religiosa tradicional do que para o bem-estar de seu amigo sitiada e angustiado. Essa não foi a atitude de Jó para com sua esposa quando a sua fé não tinha sob a pressão de suas calamidades, e, possivelmente, a razão era perturbado como ela aconselhou Jó a desistir da batalha de fé e de morrer (ver comentários em 2: 9-10 ).

Terrien vê várias interpretações possíveis do versículo 14b , os dois mais provável do que são os seguintes:

Um amigo deve mostrar bondade para com um homem em desespero, Even [a um homem que] está prestes a abandonar o temor do Todo-Poderoso.

ou

"[Quem] retém bondade de um amigo abandona o temor do Todo-Poderoso "(RSV).

Esta última parece muito mais provável, uma vez que melhor se encaixa no contexto imediato, como também o teor geral de toda a conta de Jó. Terrien comenta sobre a segunda leitura:

Se tal é o significado, então Jó é acentuadamente acusando Elifaz para uma grave falta de amizade: falha pastoral é o equivalente a apostasia religiosa. A fé é traído sempre que o amor está ausente de um vizinho em necessidade. Não é o Jó que está em perigo de abandonar a sua religião, mas o teólogo próspero que condena de forma cega e sem piedade a temeridade do sofredor. Tal idéia ... constitui com efeito uma prefiguração do ensinamento de Jesus, como revelado pela parábola do bom samaritano.

A Vulgata (a versão latina do século IV das Escrituras por Jerome) dá uma excelente prestação de esta passagem: "Ele, que tira a misericórdia de seu amigo, tem deixado o temor do Senhor."

Clarke cita o adágio familiar, "Um amigo na necessidade é um amigo de verdade ", e então observa:

De Jó amigos , assim chamado, apoiar uns aos outros em suas tentativas de denegrir o caráter deste homem digno; e sua mão se tornou o mais pesado, porque supostamente a mão de Deus estava sobre ele. Para cada um deles, individualmente, podem ser aplicadas as palavras de outro ....:

"Aquele que, maligno, lágrimas um amigo ausente;

Ou, quando attack'd por outros, não vai defender;

Quem rajadas triviais de riso se esforça para levantar,

E os tribunais, de proferindo petulância, o elogio;

Das coisas que ele nunca viu quem diz seu conto,

E os segredos da amizade sabe que não deve esconder; -

Este homem é vil ; aqui, Roman, fixar a sua marca;

Sua alma como preto mais escuro de sua aparência. "

(Francis)

A interpretação que precede tem seu paralelo na profecia de Ezequiel (Ez. 3: 17-21) e, portanto, estava familiarizado com o pensamento hebraico. A mesma idéia é continua no seguinte seção (vv. 6:15-21 ), em que o significado é semi-velada, mas quanto mais eficazmente transmitida, numa metáfora elaborada do córrego da montanha inchado que é, finalmente, perdeu nas areias do deserto da planície abaixo deixando aqueles expectante de suas águas refrescantes desiludido e faminto. Assim, o tratamento de seus amigos é como a torrente montanha súbita que inunda as ravinas profundas ou wadies da terra após as tempestades de inverno pesados ​​quando há a menor necessidade para eles. Mas, durante o intenso calor do verão eles se secam. As caravanas do deserto errantes que procuram-los a encontrar apenas leitos secos e ressecados e, consequentemente, são deixados faminto nas areias do deserto seco.

Assim, os amigos de Jó, que veio com a promessa de condolências e conforto, agora desapontá-lo com sua tagarelice platitudinous sobre uma filosofia religiosa determinista, efeito-causa que não pode fazer mais do que condenar um inocente sofrimento e deixá-lo lutar pela fé e vida em solidão desamparada. A metáfora atinge a casa de Elifaz, chefe acusador de Jó, e seus associados como Jó menciona as caravanas de Tema-a casa de Elifaz-que veio aos wadies na expectativa da água, mas não encontrou nada, enquanto as caravanas de Sheba esperou em vão por eles para se juntar a eles. Então Jó esperado refresco e força de seus amigos, mas ele recebe apenas decepção e perto de desespero. Como as caravanas foram envergonhados e consternação por causa de suas esperanças frustradas e frustrantes, então Jó é deixado em uma situação como por seus amigos infiéis que lhe oferecer nada, mas os wadies sol-seca seca, quando ele esperava as águas frias do apressando córregos da montanha. Jó então tira sua conclusão (v.6:2) a partir da metáfora que precede e torna o aplicativo para o seu candidato a amigos: . Por agora nada sois Tu és para mim como as torrentes fraudulentos são para as caravanas de Tema e Sheba. Aterrorizado com calamidades de Jó, eles retiram suas simpatias dele, olhando-o como o objeto da ira de Deus, quando ele esperava simpatia e apoio deles.

Há um tom distintamente patético em vívida descrição de Jó dos longo deserto de camelo-caravanas que se movem ansiosamente e espero que entre os ardentes areias do deserto da Arábia em direção aos wadies conhecidos, em antecipação de suas águas para salvar vidas, apenas para ser saudado por osso seco decepcionante camas, suas águas tendo sido engolido pelas areias do deserto sedentos; em seguida, a afastar-se lentamente a morrer de sede nas areias tórridas do deserto sem trilhas. Moffatt pinta esta imagem em tons sombrios.

Caravanas recorrer a eles, em seguida, virar-se, levar para o deserto e, em seguida perecer; caravanas de Tema olhar para eles para a água, os comerciantes de Saudita estão em esperanças, mas as suas esperanças estão decepcionados, eles chegam e são desconcertado (vv. 6:18-20 ).

Além de cores vivas suggestiveness da figura de decepção de Jó com os seus amigos, como acertadamente esta metáfora descreve a decepção das caravanas sedentos de humanidade que ansiosamente Wend seus caminhos para as igrejas e catedrais de nossos dias apenas para encontrar o córrego promissor da água da vida engoliu -se nas platitudes secas de sermões espiritualmente irrelevantes e cerimônias de culto sem sentido pretensioso, a partir da qual os pesquisadores desapontados se desviam a debater-se e perecer nas enormes problemas de existência sem sentido sem a ajuda de Deus.

b. Desafio de Jó para os seus adversários (6: 21-30)

21 Por agora nada sois;

Ye ver um terror, e têm medo.

22 Eu disse: Dá-me?

Ou, Ofereça um presente para mim de sua substância?

23 Ou: Livrai-me das mãos do adversário?

Ou, Resgatar-me das mãos dos opressores?

24 Ensina-me, e eu me calarei;

E fazei-me entender em que errei.

25 Quão poderosas são as palavras de retidão!

Mas a sua reprovação, que é o que ele reprovar?

26 Não julgais poder reprovar palavras,

Vendo que os discursos de um que está desesperado como vento?

27 Sim, vós quereis lançar lotes sobre o órfão,

E fazer mercadoria do seu amigo.

28 Agora, pois, o prazer de olhar para mim;

Porque, certamente, não vou mentir para o seu rosto.

29 Return, peço-vos, não haja injustiça;

Sim, voltar novamente, a minha causa é justa.

30 Há iniqüidade na minha língua?

Não poderia o meu paladar discernir coisas perversas?

Jó lembra a seus oponentes que ele não lhes dera a seu apoio na sua calamidade, nem tinha pediu-lhes apoio material (v. 6:22 ). Motivos comerciais ou egoístas estavam longe dele. Eles tinham ouvido falar de seus problemas e veio voluntariamente para ajudá-lo. Tendo chegado, ele não pediu para livrá-lo do poder do adversário ou de sua opressão (v. 6:23 ), em cujas mãos Deus o havia entregue para julgamento de sua fé (2:6 e v. 6:23 ). Blackwood diz: "Existe aqui, talvez, uma sugestão de que eles temem o estigma da culpa por associação?"

Jó reclama que Elifaz disse nada a esclarecer ou instruí-lo em seu problema, nem tem ele trouxe qualquer evidência para suportar contra a integridade de Jó (v. 6:24 ). Jó insinua fortemente contra a honestidade básica de Elifaz quando ele exalta discurso vertical, mas nega qualquer validade nos argumentos de Elifaz (v. 6:25 ). Ele não fez mais do que retribuir as queixas irracionais de Jó proferidas durante seus espasmos de dor excruciante (v. 6:26 ). Como razoável que um candidato a conselheiro deve assumir as queixas de sua counselee como objeto de disputa.

Jó faz um ataque ainda mais grave sobre a integridade Elifaz 'quando ele cobra que ele iria barganhar seu amigo por jogos de azar ou de comercializar com ele para ganho pessoal (v. 6:27 ). A justiça da carga pode ser questionado se não sabe do Prologue quem eo que estão por trás de todas as provações doloridos de Jó. Quando alguém se torna um instrumento nas mãos de Satanás para ser usado para a realização de seus fins nefastos ele vai invariavelmente compartilhar em maus motivos de Satanás, ainda que involuntariamente.

Mais uma vez Jó reafirma sua inocência e honestidade e implora Elifaz a uma consideração de seu caso com sinceridade e compreensão solidária (v. 6:28 ).

Se, à luz do versículo 29 , os amigos de Jó se levantou para deixá-lo, sendo ofendido, e não dissera que permanecem com medo de que eles deixam feridos em espírito aos seus castigos severos, ou se as palavras de Jó são uma súplica pela conversão dos seus amigos da erro de seus falsos raciocínios soar julgamento no caso dele, não é certo. A partir de sua referência à justiça de sua causa o último significado que parece mais provável. Heavenor apoia esta última interpretação, quando diz:

Retorno (29) tem o sentido de "mudar a sua terra; procurar alguma outra interpretação do meu sofrimento. ' No versículo 30 , Jó pergunta: 'É o meu gosto moral pervertida? Não posso diferenciar entre o bem eo mal?


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
6:1-4 Jó, na sua resposta, diz que Elifaz não olhou os dois lados do problema. Este não vê que o peso da sua aflição é tão grande que qualquer impaciência revelada por Jó seria perdoável. Qualquer palavra a mais da parte de Jó deve ser entendida à luz daquilo que estava se passando, pois suas aflições eram tão profundas, como se Jó estivesse servindo de alvo para as flechas da ira divina.
6.6.7 Jó perdeu o gosto pela vida, a qual compara à comida insípida, e a morte, por outro lado, se lhe apresenta de modo muito desejável.
6.6 Clara do ovo. Talvez "visco de malva" (heb hallãmüth), cuja flor, ao murchar, se transforma em geléia insípida.

6.7 Alma. Heb nephesh, "alma", que às vezes significa "apetite".

6:8-10 A perspectiva da morte é o único conforto, para Jó. Ele tem esperanças de que a morte cheque logo, em contraste com o pensamento apresentado por Elifaz, em 5.26. Um fato notável através do livro de Jó é que a consciência deste não o condena; proclama sua inocência como sua defesa e escudo através do livro todo.
6.10 Saltaria. Morreria com a consciência tranqüila, vence dor das tentações à blasfêmia que seus sofrimentos suscitavam.

6:11-13 As forças de Jó estavam esgotadas, não havendo mais esperanças de restauração; a sua paciência também está no fim e, só espera pela morte. É este o teor daquilo que Jó responde às exortações de Elifaz, que quer ensinar-lhe a cultivar esperança (4.6), 5 paciência (5:22-26).
6:14-21 Jó compara os seus amigos a ribeiros que, avolumados pelas águas da neve e da geada no inverno (v. 16), passam a ficar secos no verão, tornando-se em frustração para as caravanas árabes que se precipitam até aos mesmos, para então conhecer a mais amarga das desilusões, e que perecem depois no deserto, por falta de água. Jó também se sentiu privado daquela simpatia humana que seria sua única inspiração na hora da aflição, aquilo que verdadeiras amigos deviam oferecer.
6.15 Ribeiro. Heb nahal, o wadi dos árabes, uma torrente no inverno, cujo leito se seca no verão.

6.21 O horror causado pela contemplação da miséria de Jó, e o medo de tomar o partido de quem, aparentemente, estava sendo castigado por Deus, paralisaram a simpatia desses amigos de Jó. Jesus Cristo foi tratado dessa mesma maneira Is 53:4, Is 53:5.

6:25-30 As palavras de Elifaz foram certas e verdadeiras e seus argumentos justos, em tese. Nesse debate, porém tanto Jó como seus companheiros ignoravam que aqueles acontecimentos foram provocados por uma trama de Satanás; os amigos teimavam em entender que Jó havia provocado a desgraça com seus próprios pecados, e em levar ao pé da letra palavras que Jó falara na hora da angústia. Por isso, nenhum dos lados se deixaria persuadir pelo outro.
6.30 Paladar. Jó possuía sua consciência, e sabia que não havia pecado.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
b) O segundo discurso de Jó (6.1—
7.21)

Talvez seja incorreto chamar os discursos de Jó de respostas, pois com freqüência não são dirigidos aos amigos, mas são monólogos ou falas dirigidas a Deus, e raramente tratam dos pontos que os amigos citaram. No entanto, Jó não ignora totalmente os amigos (e.g., 6:21-30), e assim é conveniente considerar seus discursos como respostas.
A estrutura deste discurso é marcada pelas pessoas a quem Jó está se dirigindo: em 6.113, que é um solilóquio, ele mais uma vez expressa seu desejo de morrer (como no cap. 3); em 6:14-30, que é em grande parte, se não totalmente, dirigido aos amigos, ele expressa sua frustração com eles e com o conforto que lhe trazem; e em 7:1-21, que parece totalmente dirigido a Deus, ele transforma seu desejo de morrer em uma queixa contra o Deus que permite que ele continue vivo.

(1) Que Deus me elimine! (6:1-13)

A falta total de resposta ao discurso de Elifaz é prova suficiente de como as palavras de Elifaz foram ineficazes. Uma pessoa com tendências suicidas como Jó recebe pouca ajuda do conselho para ter paciência. Elifaz não mediu a profundidade do desespero de Jó; assim, não é de surpreender que, pelo menos no início, Jó o ignore e reafirme seu desejo de estar morto. O texto-chave dessa passagem são os v. 8,9: se Deus me concedesse o meu desejo, se Deus se dispusesse a esmagar-me [...] e eliminar-me! Se ele pudesse morrer agora, antes de o seu sofrimento o ter levado à blasfêmia, ao menos poderia ter o consolo [...] de não ter negado as palavras, i.e., os mandamentos (“decisões”, NTLH) do Santo (v. 9). Elifaz desafiou Jó a ser paciente, mas a paciência exige uma força que Jó não tem (v. llss). Elifaz não percebeu o fardo que está sobre Jó: se a sua desgraça (v. 2) pudesse ser posta na balança, seu peso seria maior que o da areia dos mares (v. 3a); não é de admirar, então, que suas palavras foram “desesperadas” (mais do que impetuosas ou “desvairadas” [BJ]), pois Jó não está se desculpando por nada, não está confessando nada no v. 3b). Assim como no prólogo (1.21;

2.10), ele reconhece que no final das contas o seu sofrimento vem de Deus; aqui no poema, suas dores vêm das flechas do Todo-poderoso (Shadai) enquanto os “ataques” (NTLH, é melhor do que terrores na NVI e BJ) de Deus, seu inimigo, estão em formação de guerra contra ele (v. 4). Seus gritos não são sem razão, assim como o jumento e o boi não se queixam quando têm suas necessidades satisfeitas. Mas as necessidades de Jó não foram satisfeitas — ao menos, não por Elifaz, cujas palavras são insípidas e cujo conselho não pode ser engolido, assim como é difícil engolir a verdura ou qualquer outra substância que é representada aqui pela tradução clara de ovo (“suco da beldroega ou da malva”, BJ; v. 6)

(2) Vocês não são amigos de confiança (6:14-30)

Jó acabou de se queixar de que não tem forças para resistir à dor constante (v. 13), e agora ele vai se queixar de que seus amigos também não lhe trouxeram nenhum recurso. O v. 14 é um versículo de ligação em que Jó indiretamente acusa seus amigos por lhe terem negado a compaixão, a lealdade da amizade que persevera nos altos e baixos da vida. Em algumas versões (e.g., BJ: “Recusar a misericórdia a seu próximo, é rejeitar o temor de Shadai”), a falta de compaixão em Sl é o pecado contra Deus, mas a NVI deve ser preferida aqui, quando diz: embora ele tenha abandonado o temor do Todo-poderoso — uma afirmação extraordinária e impressionante. (Jó, evidentemente, não está se colocando entre aqueles que abandonaram a religião). Jó prossegue e compara os seus amigos que o enganaram a riachos temporários ou uádis que não são confiáveis, que na primavera estão cheios de água, mas, quando mais se precisa deles, no verão, estão totalmente secos e desapontam os viajantes (caravanas, mercadores) que os procuram (v. 15-20). Pois agora vocês de nada me valeram (v. 21a); eles têm medo (v.
- 21b) de que, caso se identificarem de maneira muito próxima com Jó, também sejam colocados debaixo do juízo de Deus. Eles não o tratam como um amigo, mas como alguém que pediu um empréstimo: oferecem muitos conselhos, mas nenhum dinheiro vivo (v. 22,23)!

Jó está preparado para que lhe mostrem em que ele está errado (v. 24); se estiver, “Como são agradáveis as palavras justas!” (v. 25a, BJ). Mas Elifaz está sugerindo, sem fazer acusação específica alguma, que Jó deve ter pecado de alguma forma para estar passando por esse sofrimento, e Jó se ofende com essa insinuação, pois a minha integridade está em jogo (v. 29b); será que não se pode confiar nele para discernir (v. 30) a diferença entre sofrimento merecido e não merecido? Ele se parece com um mentiroso que encobre a verdade (v. 28)?

O v. 27 parece duro e injustificável à luz da forma suave com que Elifaz se dirigiu a Jó. Talvez fosse melhor pôr a frase na interrogativa, como sugere a nota de rodapé da NEB: “Vocês seriam capazes de assaltar um inocente? Vocês se lançariam sobre um amigo?”.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 22


1) Primeiro Ciclo de Debates. 4:1 - 14:22.

a) Primeiro Discurso de Elifaz. 4:1 - 5:27.


Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 24

III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

A. O Veredito dos Homens. 4:1-24.

Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.


Moody - Comentários de Jó Capítulo 6 do versículo 14 até o 30

14-30. Elifaz atacara os lamentos de Jó; agora Jó ataca a "consolação" de Elifaz.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
c) Jó responde a Elifaz (6:1-18). Elifaz encara mal a impaciência com que Jó suporta o seu sofrimento. Jó acusa-o de olhar apenas para um dos pratos da balança. Elifaz censura o peso da sua impaciência: mas se ele olhasse para o prato em que pesa a sua aflição, ele o encontraria incomensuravelmente mais pesado. As minhas palavras têm sido inconsideradas (3). Segundo outra versão, "Foram as minhas palavras precipitadas?" "Não se condene o grito do aflito antes de se tomar em conta a sua aflição" é o seu argumento. Jó sente-se como um homem cujo corpo estivesse crivado de flechas envenenadas disparadas pelo Todo-Poderoso. Não pode evitar que o veneno se lhe espalhe pelo corpo; não pode impedir-se de proferir palavras doridas e delirantes. Será a sua situação devidamente avaliada? Notem-se as palavras do vers. 4: o seu ardente veneno o bebe o meu espírito. O seu grito de agonia tem uma razão de ser. Não é o caso do homem que se lamenta sem razão. Ele perdeu o gosto da vida (6-7) que compara à comida insípida, sem sal. Mas a morte, pelo contrário, apresenta-se-lhe imensamente desejável. A perspectiva da morte é o seu único conforto (8-10). Note-se a seguinte tradução do versículo 10: "então conheceria eu o conforto; sim, exultaria na dor que não poupa; porque não neguei as palavras do Santo". Acentua-se, nestas palavras, a perfeita tranqüilidade com que Jó encara a morte, a sua total ausência de medo. A sua mente corre a encontrá-la, mesmo que para a conhecer tenha de franquear as cruéis e implacáveis portas da dor e da angústia. Nada tem a recear da morte nem do Deus cujos mandamentos jamais desprezou. A vida exigiu demais da sua força e da sua paciência. Ele Jó não pode lutar porque não é um super-homem com força de pedra e carne de bronze. Os seus recursos naturais esgotaram-se (11-13). Note-se esta versão do versículo 13: "Não desapareceu de dentro de mim tudo quanto poderia amparar-me? Não se me esgotaram todos os recursos?"

>6:14

2. JÓ REPREENDE OS AMIGOS (6:14-18). Um homem que se afunda ao peso da aflição deveria poder contar com a simpatia dos seus amigos. A Jó foi negada essa simpatia, essa compaixão. Numa imagem notavelmente apropriada, Jó compara os seus amigos a ribeiros endurecidos pela neve e pela geada do inverno (16), que se derretem quando o tempo aquece até que acabam por secar e desaparecer. Em seguida perpassam rapidamente perante os nossos olhos caravanas árabes, sequiosas, que se precipitam para os ribeiros apenas para conhecer a mais amarga das desilusões. Somem-se no deserto para aí perecerem (18-20). O vers. 18 é, segundo outra versão: "as caravanas que por eles passam, afastam se; sobem ao deserto e perecem".

>6:21

O vers. 21 sugere-nos uma razão para que os amigos de Jó se tenham tornado como cisternas rotas cujas águas desapareceram. O pavor provocado pela contemplação da miséria de Jó gelou-lhes a compaixão e a simpatia. Receiam que tomar o partido de Jó seja oporem-se ao Deus que pode atingi-los com calamidades semelhantes. Até ao fim deste capítulo desenhar-se-á um contraste entre o que Jó esperava dos amigos e aquilo que deles recebeu. Ele não lhes tinha implorado auxílio material (22,32) nem proteção do opressor e do tirano; tinha esperado, sim, simpatia genuína e uma atitude reta. Mas o melhor que deles recebera fora insinuações contra a sua integridade. Os amigos haviam cometido o erro de darem às suas palavras-palavras de um homem caído no desespero-uma interpretação literal, como se elas fossem friamente premeditadas (25-26). Ele está pronto a sustentar a sua integridade, a encarar o mundo de cabeça levantada, consciência pura e olhar firme. Voltai (29) quer dizer "mudai de atitude, procurai outro motivo para o meu sofrimento". No versículo 30 Jó pergunta: "Está, porventura, pervertido o meu senso moral? Não saberei eu distinguir entre o bem e o mal?"


Dicionário

Calor

substantivo masculino Qualidade daquilo que é quente.
Forma de energia que tem como efeito elevar a temperatura, dilatar, fundir, volatilizar ou decompor um corpo.
Temperatura elevada, tempo quente: os grandes calores do verão.
Elevação da temperatura do corpo: o calor natural da febre.
Figurado Ardor de sentimentos, vivacidade de expressão: defender com calor (ou acaloradamente) a causa de um amigo.
Calor animal, calor produzido pelas reações do catabolismo, do qual todos os animais são origem.
Calor específico, quantidade de calor necessária para elevar de 1ºC a temperatura de um corpo.
No calor de, no auge de, sob a força de: no calor do combate.

Derreter

verbo transitivo Fazer passar ao estado líquido; liquefazer, fundir: derreter um metal.
Figurado Comover, enternecer, abrandar.
Amofinar, apoquentar.
verbo pronominal Tornar-se líquido; fundir-se.

fundir, liquefazer, dissolver, diluir, desfazer; derretimento, fundição (fusão), liquefação, dissolução (solução), diluição. – Derreter – define Lac. – é “desatar, soltar, por meio do calórico, as partículas de um corpo sólido. – Fundir é derreter e lançar no molde. A mudança operada nos corpos derretidos chama-se derretimento; a que se opera nos corpos fundidos chama-se fundição.” Notemos, no entanto, que fundir exprime não só “derreter e modelar” como “derreter só, ou apenas derreter sem lançar em forma a coisa derretida”. Neste caso, o ato de fundir será fusão; pois fundição é o ato de fundir no primeiro caso, isto é, de derreter e moldar56. – Liquefazer é simplesmente “tornar líquido”, 56 A fusão das geleiras nos Andes (não – a fundição). A fundição de moedas (não – a fusão). Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 343 sem nenhuma ideia acessória. – Dissolver, na acepção em que o tomamos aqui, é “desunir as moléculas de um sólido, pondo-o sob a ação de um líquido”. – Dissolução é o ato de dissolver; mas quando se trata da própria mistura, ou da própria coisa já dissolvida, dizemos melhor – solução. “Imergiu as bactérias numa solução de açúcar” – (não – numa dissolução). – Diluir é “tornar mais fluido, ou menos espesso; isto é – misturar com líquido para diminuir a densidade”. Tanto se dilui um líquido como um sólido: a substância sólida, desfazendo-a no líquido, dissolvendo-a; a substância líquida, tornando-a menos espessa ou menos densa. Em qualquer caso, o ato de diluir é diluição. – Desfazer é “mudar as condições, o estado de uma substância”. Tanto se desfaz o gelo que se funde, como o metal que se derrete, como o açúcar que se dissolve, etc.

Desaparecer

desaparecer
v. 1. tr. ind. e Intr. Deixar de ser visto; sumir-se. 2. tr. ind. e Intr. Cessar de ser ou de existir. 3. Intr. Faltar subitamente (pessoas ou coisas). 4. Intr. Esquivar-se furtivamente.

Desfazer

Desfazer
1) Desmanchar; acabar com (Is 44:22; 2Co 5:1).


2) Permitir que sentimentos se expressem livremente (16:20).


desfazer
v. 1. tr. dir. e pron. Desmanchar(-se). 2. tr. dir. Despedaçar, quebrar. 3. pron. Despedaçar-se, reduzir-se a fragmentos. 4. tr. dir. e pron. Desunir(-se), dispersar(-se). 5. tr. dir. e pron. Tornar sem efeito; anular(-se), dissolver(-se). 6. pron. Esclarecer-se, resolver-se. 7. pron. Despojar-se ou privar-se de. 8. tr. dir. Anular, revogar. 9. tr. dir. Refutar.

Lugar

substantivo masculino Espaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar.
Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso.
Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar.
Qualquer local; localidade: lugar fresco.
Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado.
Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado.
Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição.
expressão Ter lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui.
Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo.
Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.

substantivo masculino Espaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar.
Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso.
Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar.
Qualquer local; localidade: lugar fresco.
Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado.
Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado.
Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição.
expressão Ter lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui.
Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo.
Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.

Tempo

substantivo masculino Período sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem: quanto tempo ainda vai demorar esta consulta?
Continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro): isso não é do meu tempo.
O que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos; duração: esse livro não se estraga com o tempo.
Certo intervalo definido a partir do que nele acontece; época: o tempo dos mitos gregos.
Parte da vida que se difere das demais: o tempo da velhice.
Figurado Ao ar livre: não deixe o menino no tempo!
Período específico que se situa no contexto da pessoa que fala ou sobre quem esta pessoa fala.
Circunstância oportuna para que alguma coisa seja realizada: preciso de tempo para viajar.
Reunião das condições que se relacionam com o clima: previsão do tempo.
Período favorável para o desenvolvimento de determinadas atividades: tempo de colheita.
[Esporte] Numa partida, cada uma das divisões que compõem o jogo: primeiro tempo.
[Esporte] O período total de duração de uma corrida ou prova: o nadador teve um ótimo tempo.
Gramática Flexão que define o exato momento em que ocorre o fato demonstrado pelo verbo; presente, pretérito e futuro são exemplos de tempos verbais.
Gramática As divisões menores em que a categoria do tempo se divide: tempo futuro; tempos do imperativo.
[Música] Unidade que mede o tempo da música, através da qual as relações de ritmo são estabelecidas; pulsação.
[Música] A velocidade em que essas unidades de medidas são executadas num trecho musical; andamento.
Etimologia (origem da palavra tempo). A palavra tempo deriva do latim tempus, oris, fazendo referência ao tempo dos acentos.

A palavra tempo tem origem no latim. Ela é derivada de tempus e temporis, que significam a divisão da duração em instante, segundo, minuto, hora, dia, mês, ano, etc. Os latinos usavam aevum para designar a maior duração, o tempo. A palavra idade, por exemplo, surgiu de aetatis, uma derivação de aevum.

os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a divisão deste em semanas. os hebreus, nos seus cálculos para regularem o tempo, serviam-se de dois sistemas: solar e lunar. l. o dia. o espaço de 24 horas, de sol a sol. Nos mais remotos tempos era mais natural considerar o nascer do sol como princípio do dia, segundo o costume dos babilônios, ou o pôr do sol, segundo o costume dos hebreus. Este último processo é, talvez, o mais fácil de todos, pela simples razão de que tem sido sempre para os homens coisa mais provável ver o ocaso do que o nascimento do sol. Por isso, na cosmogonia pré-histórica, registrada em Gn 1, lê-se: ‘da tarde e da manhã se fez um dia’. Este método de completar os dias encontra-se em toda a Bíblia, sendo ainda hoje seguido pelos judeus. 2. Divisões do dia. a) A tríplice divisão do dia em manhã, meio-dia, e tarde (*veja Sl 55:17) é evidente por si mesma. b) Em conexão com estas designações estão as vigílias da noite: eram três segundo o cômputo dos hebreus, e quatro segundo o sistema romano. c) outra maneira é a de dividir o dia em horas. A origem da divisão do dia em 12 ou 24 partes parece ter-se perdido na antigüidade, mas chegou até nós por meio da Babilônia. Entre os hebreus, bem como entre os romanos, contavam-se as horas de cada dia desde o nascer do sol até ao seu ocaso. A duração de cada hora não era um espaço certo de tempo, como entre nós, mas a duodécima parte do tempo em que o sol se mostrava acima do horizonte – e essa parte naturalmente variava segundo as estações. d) posterior divisão em minutos e segundos parece não ter sido conhecida dos hebreus (embora se diga ter vindo dos babilônios). 3. o mês. o mês era lunar com pouco mais de 29 dias, havendo, deste modo, em cada ano 12 meses e cerca de 11-1/4 dias. É, talvez, conveniente examinar o quadro que neste artigo apresentamos. (Estão em caracteres mais salientes os meses hebraicos mencionados na Bíblia, os quais constituem assuntos para artigos especiais.) Com o fim de completar aproximadamente o ano solar, eram intercalados, às vezes, alguns dias, ou mesmo duas ou três semanas, segundo o entendimento dos diretores sacerdotais do calendário. Mas é incerto até que ponto ia este sistema nos tempos bíblicos. A adição era feita depois do mês de adar, e chamava-se segundo adar. os doze meses solares parece serem o resultado de uma posterior divisão do ano solar, sendo a sua base os doze meses lunares. 4. o ano. a) Quando é que principia o ano? Entre nós, como também entre os romanos, começa quando o sol atinge aproximadamente o ponto mais baixo. Mas não era assim entre as hebreus. Eles tinham dois sistemas:
i. o sistema sagrado, oriundo da Babilônia, que principiava cerca do equinócio da primavera. Em conformidade com esta instituição eram regulados os tempos das festas sagradas. Também se menciona na Bíblia, com referência a acontecimentos seculares, como ‘Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra’ (2 Sm 11.1).
ii. o sistema civil principiava com o equinócio do outono, quando se concluíam as colheitas. b) Com respeito aos agrupamentos de sete anos, e de sete vezes sete, *veja Ano. c) Quanto aos métodos de computar uma série de anos, *veja Cronologia. Além das diferentes eras, que ali são dadas, podemos mencionar o modo judaico de calcular o tempo desde a criação do mundo baseado na DATA bíblica. Segundo este cômputo, o ano de 1240 era de 5.000, “anno mundi”. Na fixação desta data, num livro ou num monumento, usa-se omitir a casa dos milhares. E assim, quando se lê num moderno livro judaico a DATA de 674, este número adicionado a 1240, representa 1914 d.C.

O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias [...].
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

Não podemos dividir o tempo entre passado e presente, entre novo e velho, com a precisão com que balizamos o loteamento de um terreno. O tempo é uno e abstrato, não pode ser configurado entre fronteiras irredutíveis. Justamente por isso, todos os conceitos em função do tempo são relativos. Cada geração recebe frutos da geração anterior, sempre melhorando, do mesmo modo que a geração futura terá de so correr-se muito do acervo do passado. [...]
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

[...] é a suprema renovação da vida. Estudando a existência humana, temos que o tempo é a redenção da Humanidade, ou melhor – o único patrimônio do homem.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] a noção do tempo é essencialmente relativa e a medida da sua duração nada tem de real, nem de absoluta – separada do globo terrestre [...]. [...] o tempo não é uma realidade absoluta, mas somente uma transitória medida causada pelos movimentos da Terra no sistema solar. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

O tempo [...] somente se torna realidade por causa da mente, que se apresenta como o sujeito, o observador, o Eu que se detém a considerar o objeto, o observado, o fenômeno. Esse tempo indimensional é o real, o verdadeiro, existente em todas as épocas, mesmo antes do princípio e depois do fim. Aquele que determina as ocorrências, que mede, estabelecendo metas e dimensões, é o relativo, o ilusório, que define fases e períodos denominados ontem, hoje e amanhã, através dos quais a vida se expressa nos círculos terrenos e na visão lógica – humana – do Universo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo, mente e ação

[...] O advogado da verdade é sempre o tempo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

O tempo é inexorável enxugador de lágrimas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 6

[...] As dimensões tempo e espaço constituem limites para demarcar estágios e situações para a mente, nas faixas experimentais da evolução. [...]
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Para o Espírito desencarnado o tempo não conta como para nós, e não está separado metodicamente em minutos, horas, dias, anos e séculos ou milênios, e muitos são os que perderam de vista os pontos de referência que permitem avaliar o deslocamento na direção do futuro.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] o tempo é a matéria-prima de que dispomos, para as construções da fé, no artesanato sublime da obra crística, de que somos humílimos serviçais.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Mensagem de fim de ano

O tempo é uma dimensão física que nasce do movimento, mas quando este supera a velocidade da luz, o tempo não consegue acompanhá-lo, anula-se, extingue-se. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Tempo e luz

[...] O tempo é, por definição, a trajetória de uma onda eletromagnética, do seu nascimento até a sua morte. Por isso ele é uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque estável é, em nosso plano, a velocidade das ondas eletromagnéticas. O tempo, porém, somente pode existir em sistemas isolados, ou fechados, e tem a natureza de cada sistema. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] O tempo é o maior selecionador do Cristo.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Só os inúteis não possuem adversários

A Doutrina Espírita nos mostra que tempo e espaço são limites pertinentes à realidade física, o Espírito não precisa se prender a eles. Quando mencionamos o tempo como recurso imprescindível a uma transformação que depende, na verdade, de força de vontade e determinação, estamos adiando o processo e demonstrando que, no fundo, há o desejo de permanecer como estamos. O tempo é necessário para adquirir conhecimentos e informações, não para operar uma transformação psicológica.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] O tempo é a nossa bênção... Com os dias coagulamos a treva ao redor de nós e, com os dias, convertê-la-emos em sublimada luz [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

[...] O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 26

O tempo é o nosso grande benfeitor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O tempo é um conjunto de leis que nãopodemos ludibriar.O tempo é um empréstimo de Deus. Com ele erramos, com ele retificamos.O tempo é o campo sublime, que nãodevemos menosprezar.O tempo, na Terra, é uma bênçãoemprestada.O tempo é o mais valioso calmante dasprovações.O tempo é o químico milagroso daEterna Sabedoria, que nos governa osdestinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Sabemos que o tempo é o nosso maisvalioso recurso perante a vida; mas tem-po, sem atividade criadora, tão-somen-te nos revela o descaso perante asconcessões divinas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O tempo é o rio da vida cujas águas nosdevolvem o que lhe atiramos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Umdia

Embora a dor, guarda o bem / Por teunobre e santo escudo. / O tempo é omago divino / Que cobre e descobretudo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 36

[...] é o grande tesouro do homem e vin-te séculos, como vinte existências di-versas, podem ser vinte dias de provas,de experiências e de lutas redentoras
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na intimidade de Emmanuel

[...] O tempo para quem sofre sem es-perança se transforma numa eternida-de de aflição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

O tempo é a sublimação do santo, abeleza do herói, a grandeza do sábio, a crueldade do malfeitor, a angústia do penitente e a provação do companheiro que preferiu acomodar-se com as trevas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

[...] O sábio condutor de nossos destinos (...).
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

O tempo, contudo, assemelha-se ao professor equilibrado e correto que premia o merecimento, considera o esforço, reconhece a boa vontade e respeita a disciplina, mas não cria privilégio e nem dá cola a ninguém.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Precisamente

[...] O tempo, que é fixador da glória dos valores eternos, é corrosivo de todas as organizações passageiras na Terra e noutros mundos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

[...] é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 63

O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas. [...] [...] é benfeitor carinhoso e credor imparcial simultaneamente. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 50

[...] é o nosso silencioso e inflexível julgador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na esfera íntima

O tempo é um empréstimo de Deus. Elixir miraculoso – acalma todas as dores. Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma. Com o tempo erramos, com ele retificamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carinho e reconhecimento

[...] é um patrimônio sagrado que ninguém malbarata sem graves reparações...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

O tempo é um rio tranqüilo / Que tudo sofre ou consente, / Mas devolve tudo aquilo / Que se lhe atira à corrente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

O tempo não volta atrás, / Dia passado correu; / Tempo é aquilo que se faz / Do tempo que Deus nos deu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32


Tempo V. ANO; CALENDÁRIO; DIA; HORAS.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jó 6: 17 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

No tempo em que se derretem com o calor, se desfazem, e em se aquentando, desaparecem do seu lugar.
Jó 6: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Antes de 2100 a.C.
H1846
dâʻak
דָּעַךְ
apagar, se extinto, secar
(they are consumed)
Verbo
H2215
zârab
זָרַב
()
H2527
chôm
חֹם
()
H4725
mâqôwm
מָקֹום
Lugar, colocar
(place)
Substantivo
H6256
ʻêth
עֵת
tempo
(toward)
Substantivo
H6789
tsâmath
צָמַת
acabar com, eliminar, destruir, exterminar, extirpar
(that I might destroy)
Verbo


דָּעַךְ


(H1846)
dâʻak (daw-ak')

01846 דעך da ak̀

uma raiz primitiva; DITAT - 445; v

  1. apagar, se extinto, secar
    1. (Qal) apagar, ser extinto
    2. (Nifal) ser feito extinto, ser secado
    3. (Pual) ser extinto, ser apagado

זָרַב


(H2215)
zârab (zaw-rab')

02215 זרב zarab

uma raiz primitiva; DITAT - 578; v

  1. (Pual) secar, ser aquecido, ser queimado, estar seco

חֹם


(H2527)
chôm (khome)

02527 חם chom

procedente de 2552; DITAT - 677a; n m

  1. calor, quente

מָקֹום


(H4725)
mâqôwm (maw-kome')

04725 מקום maqowm ou מקם maqom também (fem.) מקומה m eqowmaĥ מקמה m eqomaĥ

procedente de 6965; DITAT - 1999h; n m

  1. lugar onde permanecer, lugar
    1. lugar onde permanecer, posto, posição, ofício
    2. lugar, lugar de residência humana
    3. cidade, terra, região
    4. lugar, localidade, ponto
    5. espaço, quarto, distância
    6. região, quarteirão, direção
    7. dar lugar a, em lugar de

עֵת


(H6256)
ʻêth (ayth)

06256 עת ̀eth

procedente de 5703; DITAT - 1650b; n. f.

  1. tempo
    1. tempo (de um evento)
    2. tempo (usual)
    3. experiências, sina
    4. ocorrência, ocasião

צָמַת


(H6789)
tsâmath (tsaw-math')

06789 צמת tsamath

uma raiz primitiva; DITAT - 1932; v.

  1. acabar com, eliminar, destruir, exterminar, extirpar
    1. (Qal) acabar com, terminar
    2. (Nifal) ser acabado, ser aniquilado, ser exterminado
    3. (Piel) acabar com
    4. (Pilel) ser exterminado, ser aniquilado
    5. (Hifil) exterminar, aniquilar