Enciclopédia de Salmos 2:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 2: 9

Versão Versículo
ARA Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro.
ARC Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.
TB Tu as quebrarás com uma vara de ferro,
HSB תְּ֭רֹעֵם בְּשֵׁ֣בֶט בַּרְזֶ֑ל כִּכְלִ֖י יוֹצֵ֣ר תְּנַפְּצֵֽם׃
BKJ Tu os quebrarás com uma vara de ferro; tu os arrebentarás em pedaços como a um vaso de oleiro.
LTT Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; Tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.
BJ2 Tu as quebrarás com um cetro de ferro, como um vaso de oleiro as despedaçarás".[h]
VULG Reges eos in virga ferrea, et tamquam vas figuli confringes eos.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 2:9

Salmos 21:8 A tua mão alcançará todos os teus inimigos; a tua mão direita alcançará aqueles que te aborrecem.
Salmos 89:23 E eu derribarei os seus inimigos perante a sua face e ferirei os que o aborrecem.
Salmos 110:5 O Senhor, à tua direita, ferirá os reis no dia da sua ira.
Isaías 30:14 E ele o quebrará como se quebra o vaso do oleiro e, quebrando-o, não se compadecerá; não se achará entre os seus pedaços um que sirva para tomar fogo do lar ou tirar água da poça.
Isaías 60:12 Porque a nação e o reino que te não servirem perecerão; sim, essas nações de todo serão assoladas.
Jeremias 19:11 e dir-lhes-ás: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Deste modo quebrarei eu este povo e esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais refazer-se, e os enterrarão em Tofete, porque não haverá outro lugar para os enterrar.
Daniel 2:44 Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre.
Mateus 21:44 E quem cair sobre esta pedra despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.
Apocalipse 2:26 E ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações,
Apocalipse 12:5 E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
Apocalipse 19:15 E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

sl 2:9
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 22
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 23:2


2. Começaram, pois, a acusá-lo, dizendo: Encontramos este corrompendo nosso povo e proibindo de pagar tributo a César, e dizendo ser ele um rei ungido.

JO 18:29-32


29. Saiu então Pilatos para fora até eles e disse: Que acusação trazeis contra este homem?

30. Responderam-lhe e disseram: Se não fosse ele malfeitor, não to entregaríamos.

31. Disse-lhes então Pilatos: Tomai-o vós e julgaio segundo vossa lei. Disseram-lhe os judeus: Não nos é licito matar ninguém.

32. Para que se cumprisse o ensino que Jesus disse, revelando de que espécie de morte devia morrer.



João acompanhou de perto os passos de Jesus, tendo assistido pessoalmente às cenas que descreve; em vista disso, sua narrativa contém mais pormenores, que lhe emprestam vivacidade, ganhando em precis ão e colorido.


Em sua qualidade de governador, era impossível a Pilatos satisfazer-se em ratificar a sentença do Sinédrio; imprescindível estudar a questão de competência e o grau de culpabilidade do acusado, a fim de instruir o processo dentro do, preceitos legais da justiça romana.


Acedendo ao que solicitavam as autoridades eclesiásticas dos judeus, saiu do Pretório à sacada do prédio, a fim de não coagi-los a entrar em ambiente que os fizesse adquirir impureza legal. Fora, indagou qual a acusação que faziam. As autoridades israelitas tentam ver se conseguem uma simples ratificação da sentença por eles proferida, indiretamente solicitando que o governador confie no julgamento do Sinédrio: "se não fora malfeitor, não to entregaríamos".


Ora, se a culpa se limitasse a um simples caso policial, cujos resultados não fossem graves, o próprio Sinédrio tinha poderes para resolver. Mas se envolvesse pena grave, como sentença de morte, então a competência seria sua. Diante da afirmativa audaciosa de que a sentença do Sinédrio havia sido proferida.


Pilatos resolve ironicamente o caso que eles mesmos executem a sentença. Por que deveria ele assumir o encargo de condenar por inocente? Para que mais uma vez eles o denunciassem a Roma por causa de execuções ilegais?


Surpresos com a "saída" inteligente do governador, os sacerdotes judeus abrem o jogo e se descobrem: " não podemos matar ninguém". Tratava-se, pois, de uma condenação à morte e precisavam da autoriza ção de Pilatos. Então o delito era grave e a competência era do governador. Restava resolver a questão da culpabilidade, e esta exigia a audiência, sendo ouvido o réu, dando-se-lhe oportunidade ampla de defesa, segundo as leis romanas.


Em Lucas encontramos que, diante de Pilatos, os judeus não falaram de blasfêmia, mas limitaram-se a acusar Jesus como agitador de massas ou como hoje se diria, "subversivo", que preparava uma revolução contra Roma, inclusive aconselhando o povo a não pagar impostos a César, o que constituía deslavada mentira (cfr. MT 17:24-27 e LC 20:20-26), mesmo porque tinha, entre seus discípulos, um cobrador de impostos, que era Mateus, e rendera homenagem, elogiando-o, a um chefe de cobradores, Zaqueu.


Dizem mais: que Jesus dizia ser um "rei ungido" (basiléa chrístos), que as traduções vulgares dão como "Cristo rei". Ora, naquela época, a palavra christós expressava a unção real, e não o sentido que hoje lhe damos. No máximo poderia exprimir o caráter messiânico, de "ungido" para a missão espiritual soteriológica.


Disso nos dão conta os próprios textos do Antigo Testamento, que, na língua hebraica trazem o vocábulo moshâh ou mashàh, "ungir" e mashiàh, "ungido", transliterado para o português como messias, raiz que constituiu o nome moshê, (Moisés) que significa "o enviado". Ora, a não ser o último que foi transliterado para o grego como nome próprio (quando seria mais um título), todos os outros passos foram traduzidos pelos LXX como christós, ou seja, "ungidos".


E essa unção com azeite era aplicada não apenas aos reis, como também aos sacerdotes, como se diz de Aristóbulo (2. º Mac. 1:10) e mesmo de Ciro, que nem israelita era, mas persa (IS 45:1). Mas o "ungidos" (christós) eram constantemente citados, nada tendo que ver com o sentido atualmente atribu ído à palavra Cristo (cfr. : 1SM 2:10, 1SM 2:35; 12:3, 5; 16:6; 24:7 (2 x); 26:9, 11, 16, 23; 2SM 1:14-16; 19:21; 22:51; 23:1; 1CR. 16:22; 2CR 6:42; Salmos, 2:2; 18:50; 20:6; 28:8; 84:9; 89:38, 51; 105:15; 132:10, 17; EC 46:22; Lament. 4:20; DN 9:25, DN 9:26; e Hab. 3:13).


Então não podemos, honestamente, traduzir aqui basiléa christós por "Cristo rei", mas apenas como" um rei ungido", ou seja, divinamente consagrado.


João esclarece aos leitores, dentro das possibilidades de divulgação esotérica, que Jesus havia revelado a Seus discípulos qual a "espécie" de morte que deveria sofrer, para conquista de Seu novo grau iniciático.


Esse último versículo constitui verdadeira revelação para quem tenha olhos de ver, ouvidos de ouvir e coração de entender. Dentro da lógica mais rígida, racional e espontânea, esse versículo está sobrando no contexto. Não houve nenhuma alusão a qualquer gênero específico ou qualidade especial de morte, O único aceno feito, foi a frase dos sacerdotes: "não nos é lícito matar ninguém". Por que, depois disso, essa intromissão extemporânea: "para que (hiná) o ensino de Jesus (ho lógos toú Ièsoú) se cumprisse (plèrôthei), o qual disse revelando (hón eípen sêmaínôn) de que espécie de morte (poiôi thánatôi) devia morrer (emellen apothnêskein)".


Essa frase não se refere ao modo ou ao gênero de morte, isto é, se se trataria de morte natural ou violenta, se de doença, de fome, decapitado ou crucificado, pois nesse contexto não se fala em crucificação.


Se prestarmos atenção aos termos, verificamos; que se fala da espécie ou qualidade (poiôi) de morte, ou literalmente "de qual morte".


Considerando-se que a morte, no sentido corrente, é de uma só espécie, ou seja, é constituída pela separação realizada entre a alma (psychê) e o corpo (sôma), temos que procurar o sentido desse "ensino de Jesus", que parece ter-se afastado exatamente do sentido normal e corriqueiro: o Mestre falou de outra "espécie" de morte.


Plutarco (Morales, 942 f) esclarece o pensamento da época quando escreve: "a primeira morte (thánatos) separa a alma (psychê) do corpo (sôma); a segunda morte (thánatos) separa a mente (noús) da alma (psychê)". O mesmo autor fala da iniciação (teleutãn) com essas mesmas palavras (cfr. Crasso,

25) e o mesmo é dito por Dionísio de Halicarnasso (Antiquitates Romanae, 4,76).


Ora, em todos os ritos iniciáticos de todas as Escolas, inclusive até hoje na Maçonaria, houve e há a compreensão de duas mortes. E René Guénon ("Aperçus sur l"Initiation", Paris, 1953, pág. 178) escreve: "A morte iniciática excede as contingências inerentes aos estados particulares do ser e tem, por consequência, valor profundo e permanente do ponto de vista universal". E prossegue em suas considerações, firmando o sentido da palavra "morte" como exprimindo "toda mudança de estado, que sempre constitui duplo processo: morte para o estado antecedente e nascimento no estado consequente".

portanto, a morte do iniciado expressa o abandono da vida profana para que se nasça à vida espiritual, que é justamente a espécie de morte que ocorre na iniciação ao terceiro grau da Maçonaria e na "ordenação sacerdotal" na igreja católica.


O candidato à iniciação deve passar pela escuridão total, antes de penetrar na verdadeira luz espiritual.


E vimos que, durante a crucificação de Jesus, os evangelistas falam nas trevas que ocorreram (MT 27:45, MC 15:33 e LC 23:44) além do que narram seu encerramento no túmulo de pedra, durante o qual se deu - como sempre ocorria nas verdadeiras iniciações - a descida ao hades. Só depois disso o iniciado se erguia (ressurreição) como nova criatura, totalmente libertado dos laços materiais densos. Essa era a primeira morte e esse o segundo nascimento, embora se realizasse, mais tarde, a segunda morte e o terceiro nascimento, quando se abandonava esse segundo estado (plano psíquico) para renascer no terceiro estado (plano espiritual), que então constituía a libertação total não apenas da matéria densa, mas até mesmo do psiquismo, com domínio absoluto sobre os corpos inferiores; e isso também ocorreu com Jesus, na conhecida cena da ascensão.


Tudo isso, consta das páginas do Novo Testamento, confirmando nossa interpretação.


A morte iniciática era, portanto, de uma espécie diferente da morte comum. Os egípcios a denominavam "morte de Osíris" e, para realizar esse rito da pseudo-morte construíram algumas das pirâmides (a de Khéops, por exemplo). E só essa construção bastaria para demonstrar-nos o alto valor espiritual que era atribuído a esse rito.


Já estudamos um caso desses em o Novo Testamento (vol. 6, que convém reler e reestudar), ocorrido com Lázaro.


Mas não parou aí o ensino dessa espécie de morte, pois nas cartas de Paulo (anteriores, no tempo, à redação dos Evangelhos) encontramos vários trechos. alusivos a esse rito. Bastar-nos-á, como comprovação, citar alguns.


Aos ROMANOS 6:2-3: "Nós, que já morremos ao erro (ilusão), como viveremos ainda nele? Porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em Sua morte? Fomos, pois sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo se levantou dos mortos pela substância do Pai, assim também nós caminhemos em novidade de vida. Se a ele fomos unificados na semelhança de Sua morte, também o veremos, certamente, em Seu reerguimento, reconhecendo isso: que o homem velho foi crucificado com ele, para que seja destruído o corpo do erro (o corpo da ilusão), a fim de que não sirvamos mais ao erro (à ilusão da carne). Porque, o que morreu, está justificado do erro. Mas, se já morremos com Cristo, vemos que também vivemos com ele, sabendo que, já que Cristo se levantou dos mortos, ele já não morre mais, pois a morte não o domina mais. Pois morrer, Ele morreu uma só vez ao erro, mas viver, Ele vive para Deus (para o Espírito).


Assim, vós também, compreendei estar mortos ao erro (à ilusão), mas vivos para Deus (para o Espírito), em Cristo Jesus".


Aos CORÍNTIOS (1. ª, 15:45-47): "O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente, o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, e, sim, o animal, e depois o espiritual: o primeiro homem é da terra, é terreno; o segundo homem é do céu".


E mais: "Por isso não fraquejamos: mas embora em nós se destrua o homem exterior, o homem interior se renova dia a dia" (2. ª, 4:16).


Aos EFÉSIOS 2:14-3: "Pois Ele (Jesus) é nossa Paz, Ele que dos dois fez um e destruiu o muro da separação, a oposição, pois aboliu em sua carne a lei dos mandamentos contidos nos preceitos, para que, dos dois Ele criasse em Si mesmo um homem novo, fazendo assim a paz, e reconciliasse ambos num só corpo, com Deus, por meio da cruz, tendo por ela matado a oposição".


Aos COLOSSENSES: "Se morrestes com Cristo (2:20) e fostes reerguidos juntamente com Cristo, buscai as coisas de cima (3:1). Pois morrestes, e vossa vida está escondida com Cristo em Deus. (3:3)".


Podemos entrever, nas entrelinhas, o ensino de Jesus a que se refere João: o Mestre ensinou-lhes a "espécie de morte" a que se submeteria, a morte iniciática, em que separaria temporariamente a psychê do sôma, com a descida ao hades, e depois regressaria ao sôma já vencedor e como nova criatura.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 2 do versículo 1 até o 12
SALMO 2: A REBELIÃO PECAMINOSA CONTRA O SENHOR, 2:1-12

O Salmo 2, da mesma forma que o Salmo 1, não possui título. Ele pertence à classe muito importante de salmos conhecida como "reais" ou "messiânicos". Tem-se debatido grandemente acerca da importância desses salmos. Alguns defendem a idéia de que eles deveriam ser entendidos apenas como referência aos reis de Israel, e que, pelo menos alguns deles, poderiam ter sido usados numa cerimônia anual de entronização. Esse ponto de vista pode ser contestado, visto que o NT regularmente associa esses salmos a Cristo, e também pelo fato de que qualquer festa anual de entronização em Israel é puramente hipotética. Não se tem conhecimento de nenhuma cerimônia desse tipo por intermédio de qualquer outra fonte além desses salmos e de um suposto paralelismo com o costume babilônico.

É bem possível que os salmos reais poderiam referir-se à vida de Davi ou a algum outro rei israelita. Mas, como Samuel A. Cartledge afirma: "Em certos momentos um Salmo relacionado a um determinado rei natural acaba descrevendo o Rei dos reis; em outras ocasiões, a descrição de uma bênção contemporânea leva a uma descrição de uma bênção maior da época do Messias".5 Harold H. Rowley tem a seguinte opinião acerca desses salmos: "Eles visualizavam no rei o rei ideal, tanto em sua inspiração e guia para o presente, como em uma esperança para o futuro".8

O Salmo 2 pode ter servido como pano de fundo numa revolta de nações sob o domí-nio do rei Salomão nos primeiros dias do seu reinado.' No entanto, o fato de o salmo ser aplicado a Cristo e ao seu reino no NT (Mt 3:17; Atos 4:25-26; 13.33; Hb 1:5-5.
5) não menos de cinco vezes aponta para uma rebelião universal contra o governo divino, ato que re-presenta a natureza essencial do pecado.

O salmo consiste em quatro estrofes de três versículos cada. Três oradores estão representados: o próprio salmista, o Senhor e o rei. Nos versículos 1:3, o salmista vê a revolta das nações contra o Senhor e o seu ungido. Nos versículos 4:6, ele vê a futilidade da revolta à luz do poder soberano de Deus e o ouve declarar que Ele colocou o seu Rei sobre o seu santo monte Sião. Nos versículos 7:9, o rei declara o decreto que estabeleceu sua autoridade e recebe a garantia de Deus de que sairá vitorioso. Nos versículos 10:12, o salmista extrai as lições que os povos rebeldes deviam aprender, e exorta-os a fazerem as pazes com Deus.

  1. A Rebelião das Nações (2:1-3)

Por que se amotinam as nações? (1) refere-se ao goyim, "gentios", "pagãos", não-israelitas, como distintos do povo de Israel. As nações estavam se amotinando com o propósito de organizar uma insurreição. As nações antagônicas ao verdadeiro Deus po-dem ser chamadas de forma apropriada de "gentios". Os povos imaginam significa "os povos meditam"; a mesma palavra é usada em 1.2, mas aqui tem a conotação de tramar uma ação maléfica. Entende-se por coisas vãs uma rebelião irracional e sem esperança.

A rebelião não tem uma conotação meramente política. Ela é contra o Senhor e contra o seu ungido (2) — Em hebraico: Meshiach, que é Messias. Quando traduzido para o grego, Meshiach se torna Christos (Cristo em português). Essa é a justificativa para uma interpretação messiânica do salmo, junto com a aplicação feita no NT para Jesus. Os rebeldes estão determinados a romper as suas ataduras (3) — possivelmente os ferrolhos que prendiam o jugo ao animal — e suas cordas — que podem representar as rédeas usadas para controlar o boi que puxava o arado. "Lance fora o seu jugo" (Anchor).

Quaisquer que tenham sido as circunstâncias imediatas, esses versículos represen-tam a descrição de pecado mais comum do AT. O pecado não é meramente uma imperfei-ção humana ou finita. O pecado é uma rebelião moral, uma revolta contra as leis de Deus. Pecar é colocar a vontade do homem no centro da vida, em vez da vontade de Deus. A revolta das nações é um retrato do pecado da alma humana de cada indivíduo.

  1. Resposta do Senhor (2:4-6)

A resposta de Deus é retratada pelo salmista em termos de escárnio e desprezo humanos. A Bíblia freqüentemente atribui a Deus aspectos, atitudes e ações derivadas da experiência humana. Isto é feito sem a intenção de rebaixar o Infinito ao nível huma-no, mas para apresentar verdades em termos que somos capazes de entender. O Senhor é visto como aquele que habita nos céus (4), "entronizado nos céus" (Perowne). Ele nem precisa se elevar para opor-se à insurreição. O Senhor não é o nome mais comum atribuído a Deus, Yahweh (traduzido por SENHOR na ARC e ARA) mas Adonai (Senhor, indicado pelas letras em caixa baixa depois da letra inicial maiúscula). "Deus é visto como o governante soberano do mundo, em vez de o Deus da aliança de Israel".8

Então, lhes falará (5) descreve o poder da palavra de Deus. Ele irá falar a palavra para trazer confusão aos seus inimigos. Os confundirá significa que anulará seus es-forços, importunando, confundindo e aterrorizando-os. Furor significa literalmente uma ira que consome ou uma ira ardente (cf. Êx 15:7).

Semelhante à primeira estrofe que termina com palavras hostis dos rebeldes, a se-gunda estrofe termina com as palavras do Senhor. O Rei que governa sobre o santo monte Sião (6) — literalmente "Sião, o monte da minha santidade" -- é o nomeado e ungido de Deus. Visto que Ele reina pela autoridade e em nome de Deus, oposição a Ele é oposição a Deus. Os cristãos corretamente aplicam essa verdade a Jesus. "Quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou" (Mt 10:40; Jo 13:20).

  1. Reafirmação do Rei (2:7-9)

Chegou a vez de o rei falar. Recitarei o decreto (7), isto é, anunciarei a constitui-ção do Reino de acordo com a vontade de Deus. O Senhor (Yahweh) disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Estas palavras são aplicadas à ressurreição de Jesus por Paulo em seu sermão em Antioquia (At 13:33), e pelo escritor aos Hebreus, tanto em relação à filiação de Jesus como sendo superior aos anjos (Hb 1:5) como em Cristo ter sido feito sumo sacerdote pela própria ação de Deus (Hb 5:5). Somente neste texto do AT o termo gerei é usado tendo o Senhor como seu tópico. Em relação a Cristo, a palavra hoje tem recebido diversas interpretações. Ela pode ser entendida como o "dia" da sua geração eterna, o dia da sua concepção pela virgem ou o dia da sua ressurreição (Rm 1:4). Alguns entendem que todo o seu estado encarnado é visto como o seu "dia".

Deus responde à declaração do seu Rei com a promessa de domínio universal. As nações (8) são, como no versículo 1 (goyim), "pagãos" ou "gentios". Confins da terra -literalmente, "até os limites da terra". Herança e possessão são termos freqüentemente usados como a dádiva da Palestina a Israel.

Na expressão: Tu os esmigalharás (19), o verbo hebraico, dependendo das vo-gais, pode significar "quebrar" ou "reger". Os tradutores da LXX entenderam o termo como "reger" (veja Ap 2:27 ; 12.5). No entanto, despedaçarás certamente significa destruição. Portanto, as duas linhas podem ser lidas da seguinte forma: "Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro" (ARA). Isto é, aqueles que se submetem à autoridade de Cristo serão seus subordinados e aqueles que resistem serão destruídos.'

  1. Arrependimento Exigido dos Rebeldes (2:10-12)

Na última estrofe, o salmista fala diretamente aos rebeldes. O texto hebraico come-ça com: Agora, pois (10), como que indicando a conclusão extraída dos versículos prece-dentes. Deixai-vos instruir ou "admoestar". Juízes é um termo usado para os governantes em geral, incluindo os subordinados do Rei.

Em vez de continuar com sua rebelião, o povo é impelido a servir o SENHOR com temor (11). Aqui se tem em mente mais do que uma mera submissão política, visto que servir e temor são usados constantemente no AT com significado religioso. "O temor do Senhor" é o respeito reverente com o qual o homem deve venerar o Deus soberano. Esse conceito do AT é o que mais se aproxima da palavra "religião". Esse serviço capacitará o homem a alegrar-se com tremor. Não existe contradição nessa cláusula. Ela representa a harmonização da "alegria do Senhor" com "o temor do Senhor". As duas emoções são apropriadas ao homem diante do seu Criador.

Da mesma forma que a rebelião se expressou contra o Senhor e contra o seu ungido, assim o arrependimento deve incluir tanto o Deus soberano como o seu Filho real. Beijai o Filho (12) é visto como uma homenagem submissa a Ele. Essa expressão é contestada, mas nenhuma melhor tem sido sugerida; assim, a interpretação tradicional deve ser conservada. "Incline-se até o chão diante dele" (Harrison). Existem exemplos freqüentes na Bíblia em que o beijo representa submissão e obediência (1 Sm 10.1; 1 Ts 19.18; 31:27; Os 13:2). O hebraico para quando em breve se inflamar a sua ira é literalmen-te "porque a sua ira pode se inflamar rapidamente".

O salmo conclui com uma bem-aventurança. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam significa literalmente: "Bem-aventurados todos aqueles que bus-cam refúgio nele". "Quão abençoados são todos aqueles que confiam nele!" (Anchor). Confiar no Senhor é colocar-se aos cuidados dele, debaixo da sua proteção. Assim como o pecado e a rebelião levam a uma certa destruição, a confiança e a submissão trazem bênção divina. "O ímpio tem muitas dores, mas aquele que confia no Senhor, a miseri-córdia o cercará" (32.10).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Salmos Capítulo 2 versículo 9
Vara de ferro:
Ou seja, o cetro, a insígnia do poder real que inclui o governo da comunidade, a chefia militar e a responsabilidade de administrar a justiça. Conforme Sl 45:4; Sl 72:1-4; Sl 110:2.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 2 do versículo 1 até o 12
*

Sl 2 O tema do reinado permeia este salmo. Ao passo que a maioria dos salmos do reinado enfoca a atenção sobre a monarquia divina ou humana, o Sl 2 integra artisticamente a ambas, contrastando o Rei divino e sua contraparte humana com os hostis "reis da terra". Este salmo não tem título, mas o Novo Testamento o atribui a Davi (At 4:25). O Novo Testamento com freqüência cita e alude a este salmo (Mt 3:17; 17:5; At 4:25-27; 13.33; Rm 1:4; Hb 1:5; 5:5). Jesus Cristo é o Filho de Davi e o Filho de Deus; nele as promessas dadas a Davi se cumprem.

* 2:2

Os reis. As nações estão se organizando por meio de seus líderes políticos.

o seu Ungido. Embora o rei davídico vivo certamente esteja em vista aqui, para o salmista, a referência final do cântico é ao Cristo, o Rei dos reis.

* 2:3

Rompamos os seus laços. Uma metáfora que indica uma atitude de rebelião.

* 2.4-6 O Senhor responde a seus inimigos com a instalação do Rei.

* 2:6

o meu Rei. O Senhor anula os planos dos reis apontando para o estabelecimento de seu Rei messiânico, prefigurado na monarquia temporal de Jerusalém.

monte Sião. Sião era a colina ao norte da cidade davídica de Jerusalém. A colina não é importante por causa de suas dimensões, mas por estar ali localizado o templo. Algumas vezes, a inteira cidade de Jerusalém é chamada de Sião. A Sião terrestre era um sinal da Sião celeste. Grande parte do simbolismo do templo prenunciava as realidades celestiais.

* 2:7

Tu és meu Filho. A fala divina dirigiu-se ao Filho de Deus (conforme Hb 1:5), tendo Davi como testemunha, refletindo a promessa de 2Sm 7:14 — a "Aliança davídica", o qual tem em vista não meramente os descendentes terrenos de Davi, mas o Filho de Deus, de quem Davi também era um antepassado.

* 2.8 Ver "Deus Reina: A Soberania Divina", índice.

*

2:12

Beijai o Filho. Beijar o Filho é um ato de submissão (conforme 1Sm 10:1). A palavra "Filho" não é o termo hebraico usual, mas é um inesperado vocábulo aramaico.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 2 do versículo 1 até o 12
2.1ss A alguns salmos os chama messiânicos devido a suas descrições proféticas do Jesus o Messías (Cristo): sua vida, morte, ressurreição e reino futuro. Davi, o possível autor deste salmo, foi pastor, soldado e rei. Também foi profeta (At 2:29-30) devido a este salmo descreve a rebelião das nações e a vinda de Cristo para estabelecer seu reino eterno. Este salmo é mencionado com freqüência no Novo Testamento (vejam-se At 4:25-26; At 13:33; Hb 1:5-6; Hb 5:5; Ap 2:26-27; Ap 12:5; Ap 19:15).

2.1ss Davi pôde ter escrito estas palavras em meio de uma conspiração por parte de alguma das nações pagãs vizinhas. Eleito e ungido Por Deus, Davi sabia que Deus cumpriria sua promessa de trazer para o Messías ao mundo por meio de sua descendência (2Sm 7:16; 1Cr 17:11-12).

2:3 Freqüentemente a gente pensa que será livre se escapar de Deus. Entretanto, sempre serviremos a alguém ou a algo, já seja a um rei humano, uma organização ou a nossos próprios desejos. Assim como um peixe não se libera quando sai da água, e uma árvore não se libera quando deixa o chão, não somos livres quando deixamos ao Senhor. A única rota segura para a liberdade é servir sinceramente a Deus, o Criador. O pode liberá-lo para que chegue a ser a pessoa que O sempre quis que você fora.

2:4 Deus ri, não das nações, mas sim da idéia errônea que têm do poder. É a classe de risada de um pai quando seu filho se gaba de correr mais às pressas que seu pai ou de poder ganhar em uma luta. O pai sabe as limitações de seu filho, e Deus conhece as limitações das nações. Cada nação é limitada, mas Deus é transcendente. Se tiver que escolher entre depositar sua confiança em Deus ou nas nações, escolha a Deus!

2:4 Deus é Todo-poderoso. Criou o mundo e conhecia os impérios da terra muito antes de que existissem (Dn 2:26-45). Mas o poder e o orgulho originou que as nações e os líderes se enfurecessem contra Deus e inclusive tratassem de liberar-se do. Nosso mundo tem muitos líderes que se gabam de seu poder, que se queixam e enfurecem contra Deus e seu povo, que prometem tomar o poder e formam seu próprio império. Mas Deus ri devido a que qualquer poder que tenham provém do, e pode tirar-lhe Não devemos ter medo quando os tiranos se gabem. Todos eles estão nas mãos de Deus.

2.11, 12 "Honrem ao filho" se refere a render-se e submeter-se completamente ao Rei. Cristo não é só o Rei escolhido Por Deus, mas sim também deve ser Rei em nossos corações e em nossa vida. Para poder estar preparados para sua vinda, devemos nos submeter a sua liderança cada dia.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 2 do versículo 1 até o 12
Sl 2:1 , Sl 45:1 , Sl 72:1 e 110 ). Muitos intérpretes encontrar dificuldade em localizar o cenário histórico, atribuindo-o em vez de Davi, Salomão, Acaz e Ezequias. Para a maior parte, no entanto, os intérpretes judeus e cristãos têm colocou no tempo de Davi. A declaração dos apóstolos em At 4:25 indica que eles acreditavam que Davi escreveu este salmo.

A linguagem do salmo é messiânico. Começando com Davi em um cenário histórico, o autor logo se muda para uma consideração das coisas eternas, fazer declarações que poderiam ser verdade apenas do Cristo (conforme vv. Sl 2:7 , Sl 2:8 , Sl 2:12 ). Isto, junto com o fato de que os escritores do Novo Testamento relacioná-la com o Filho de Deus (conforme At 13:33 ; He 1:5 ), e por que eles não devem render homenagem amorosa ao Deus do Calvário? Os povos tramam em vão . Pode finitos homem esperança de ganhar contra o Todo-Poderoso?

Estranhamente, a rebelião do homem contra Deus torna-se mais amarga em relação ao Seu ungido . Muitos abraçar cegamente a morte eterna, em vez de reconhecer a sua necessidade do Salvador. Outros ficaria feliz em ser salvo, mas teimosamente resistem senhorio de suas vidas de Cristo.

Observe a natureza da resistência dos povos para Deus e para o Seu Filho. (1) Eles fazem um alvoroço-se tumultuado raiva . Isso tem sido visto no "crucifica-o" contra Jesus, e nas perseguições multiformes da verdadeira Igreja, até ao dia. (2) Eles manifestam uma atitude-se refratário definir-se . (3) Eles se envolvem em rebelde planejamento, eles se reúnem em conselho contra o Senhor e contra o seu ungido .

II. Sua soberania declarado por Deus (Sl 2:4. ; conforme Heb 0:29. ; 2Ts 1:7 ; Ap 6:12 ; etc. ). (4) Deus fará com que os homens de saber que o Seu Filho reina. Contraditório que possa parecer, de Deus rei é o Seu Filho, Sua rei no sentido de que o nomeou. Zion , a área elevada em Jerusalém, onde os reis de Judá habitou, simboliza o trono celestial (universal).

III. Sua soberania descrito pelo próprio Messias (Sl 2:7 -) o medo para que o objeto do amor estar descontente. (3) O imperativo : enviar ou perder a vida- para que não ... vós perecereis . É impossível ganhar contra o Todo-Poderoso. (4) O resultado : blessing- bem-aventurados todos os que nele se refugiam .

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Salmos Capítulo 2 do versículo 1 até o 12
Há um contraste interessante entre os dois primeiros salmos. O Sl 1:0:26 e Deutero- nômio32:8. A história mostra que as nações gentias rejeitaram o povo de Deus (Israel), a Palavra e o Cristo do Senhor. As nações não querem se submeter ao governo do Senhor. Elas, como o orgulhoso Nabucodo- nosor, querem seguir seu próprio caminho e não admitem o gover-no do Senhor nos assuntos dos ho-mens. VejaEz 4:28-27. Essa re-belião gentia ganha mais força com a instituição da igreja (At 4:23-44). Contudo, nos últimos dias, ela será cumprida em sua totalidade com os "reis da terra" unidos para lutar con-tra Deus (veja Ap 1:5; Ap 6:15; Ap 16:12-66)

Como Deus reage às ameaças dos homens? Ele riu! E a voz santa de zombaria, pois o Senhor é maior que o homem e não precisa temer o ataque de reis fracos e insignifi-cantes. Hoje, o Senhor não fala em julgamento, mas na graça da cruz. Contudo, chegará o dia em que "rir-se-á dele o Senhor" (Sl 37:1-19. Se Jesus tivesse se entregado ao demônio, recebería todas as nações sem so-frimento, mas teria se afastado da vontade do Pai. (É claro que era impossível Cristo pecar, mas a ten-tação ainda era real.) Satanás ofe-recerá esses reinos ao anticristo, e ele os governará por um curto período de tempo. Veja Ap 13:1-66 .

Quando Cristo receberá "até aos confins da terra" como pos-sessão sua? Quando ele retornar à terra em glória e poder; veja Ap 19:11-66 . As passagens de Ap 12:5 e 19:15 fazem re-ferência aSl 2:9, e Apocalip-se 2:26-29 afirma que os cristãos reinarão com ele. Veja também Ez 2:42-27.

  1. A voz do Espírito (Sl 2:10-19)

Os três versos finais são um apelo do Espírito para que os homens se entreguem a Jesus Cristo. O Espírito roga a todas as áreas da personali-dade:

  1. A mente (v. 10)

"Sede prudentes; deixai-vos ad-vertir." O "conselho dos ímpios" (Sl 1:1) desvia os incrédulos. A sa-bedoria do mundo é loucura para Deus (1Co 1:18-46). Nosso mundo vangloria-se de seu conhecimento e parece ter mais conhecimento do que jamais teve, mas também pa-rece ter menos sabedoria. Encon-tramos a sabedoria do Senhor na Palavra de Deus, contudo os reis e governantes não querem a Palavra do Senhor.

  1. O coração (v. 11)

"Servi ao Senhor." As pessoas, em vez de rebelar-se e resistir, deviam curvar-se perante Cristo e servir-lhe. A entrega a Cristo resultará em ale-gria reverente.

  1. A vontade (v. 12)

"Beijai o Filho" envolve prestar ho-menagem a ele, mostrando entrega amorosa a ele. O beijo fala de amor e reconciliação. Deus reconciliou- se com o mundo por intermédio da cruz de Cristo (2Co 5:14-47). Jus-tiça e paz beijaram-se na cruz (Sl 85:10). Agora, o Senhor pode salvar o pecador perdido e ainda confirmar sua lei santa. É trágico que a maioria das pessoas do mundo diga: "Não queremos que este reine sobre nós" (Lc 19:14). Elas serão obrigadas a ajoelhar-se diante de Jesus, quando ele voltar (Fp 2:10-50), contudo já será muito tarde. Tudo que o Senhor precisa fazer é inflamar sua ira ape-nas um pouco — e os pecadores perecem! O que acontecerá quando sua irá inflamar-se sobre a terra em grande julgamento?

O Sl 1:0).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 2 do versículo 1 até o 12
2.1- 3 Uma descrição do ódio e da rebelião que a humanidade lança contra Deus e contra Seu Filho. "Romper os laços" é rejeitar totalmente a autoridade do Messias, Jesus Cristo, Filho de Deus.
2.4- 6 A resposta de Deus perante esta rebelião. Ri-se e zomba são as maneiras de expressar que a onipotência divina nada tem a temer ante as maiores forças que os seres humanos podem criar, inclusive bombas atômicas e foguetes interplanetários. Ira e furor representam a reação da justiça em confronto com a justiça dos homens, da pureza divina ante a impureza humana. É coisa temível provocar os castigos que vêm do Senhor (He 10:30-58).

2.9 Os que não desejam dobrar os joelhos perante Cristo, no dia do julgamento serão dobrados até se quebrarem.
2:10-12 A exortação solene: sede prudentes, servi, alegrai-vos, beijai, refugiam. Cristo deve ser recebido agora como Salvador, para que O sirvamos eternamente como Senhor.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 2 do versículo 1 até o 12
Sl 2:0;

11:1-5; Jr 23:5). Após a queda de Jerusalém em 587 a.C. e o fim da monarquia, salmos como esse passaram a ser compreendidos e usados de forma profética e messiânica. Os autores do NT (e os cristãos em geral) enxergam o cumprimento desse salmo no reinado de Jesus, o Messias (At 4:25-28; 13.13; He 1:5; He 5:5; conforme Mt 3:17; Rm 1:4; Ap 2:26Ap 2:27; Ap 12:5; Ap 19:15). (V. tb. Introdução IV.2.) O Livro de Orações indica o seu uso para o dia da Páscoa.

v. 1. Por que expressa tanto a perplexidade com a possibilidade de que alguém pudesse ser tão tolo a ponto de se rebelar contra Deus quanto a certeza de que essa conspiração é inútil (conforme At 5:39); a força do Por que provavelmente se estende até o v. 2. tramam, o mesmo verbo de “medita” em 1.2; conforme BJ: “meditam em vão”, v. 2. tomam posição-. lit. “se levantam”, i.e., preparam-se para a batalha (conforme 1Sm 17:16); conforme BJ: “se insurgem”. e o seu ungido: na época do AT, a unção servia para consagrar objetos (conforme Ex 29:36;

30,26) ou pessoas, tais como sacerdotes (cf. Êx 28:41), reis (1Sm 10:1; 1Sm 16:3; lRs 1,39) e possivelmente profetas (lRs 19.16; conforme lCr 16.22). Aqui, como geralmente no AT, o substantivo (heb. mãsiah) é uma referência ao rei no trono considerado uma figura sacrossanta (conforme 1Sm 24:6). Foi somente numa data posterior que a palavra passou a significar o futuro e esperado Messias davídico (v. NBD, “Messias”), e dizem-, não está no hebraico v. 3. Esse versículo sugere o tipo de rebelião de nações vassalas que ocorria com freqüência no Oriente Médio quando um rei morria e antes de o novo rei se firmar no trono. correntes [...] algemas: provavelmente é uma referência às correias de couro que fixavam a canga sobre um animal (conforme Jr 27:2).

v. 4. Do seu trono: as versões em geral trazem “Aquele que habita nos céus”; lit. “aquele que está sentado” (conforme 11.4). põe-se a rir. um antropomorfismo que destaca como é ridícula a hostilidade dos inimigos de Deus (conforme Sl 37:13; Sl 59:8; Is 40:22ss). o Senhor, a XVI segue o TM, que traz dõnm (“Senhor”, “soberano”), mas alguns manuscritos hebraicos trazem “Javé”. v. 5. Na NVI, falta a partícula de conexão presente no hebraico e traduzida em geral por “Então”, que retrata o ponto de inflexão na crise. v. 6. Eu mesmo estabeleci', melhor seria “Mas quanto a mim, eu estabeleci...”. Sido: originariamente o nome ou da fortaleza dos jebuseus ou do monte em que estava situada (conforme 2Sm 5:7); depois foi usado em relação à colina do templo (Sl 132:13; Mq 4:2) e, flnalmente, a Jerusalém como um todo (conforme Is 10:24; Jl 6:1), escolhida por Deus para ser sua cidade (48.1, 2). (V. tb. “Jerusalém” no NBD). santo: porque era o lugar em que Javé, o seu santo Deus, manifestava a sua presença simbolizada pela arca, o seu trono terreno (2Sm 6:2), primeiramente localizada no santuário-tenda de Davi (2Sm 6:17) e mais tarde no templo (lRs 8.6,13).

v. 7. decreto-, heb. hõq\ traduzido por “estatuto” em Sl 119:0. Aqui provavelmente se refere ao oráculo divino de 2Sm 7:10-10 (conhecido como a “aliança davídica”; conforme 89.3) que talvez tenha sido incorporado em um documento (ou carta especial) dado ao rei na sua coroação. Naquele dia {hoje), ele se tornou filho adotivo de Javé, o seu representante legítimo na terra, te gerei-, não significa descendência física ou deificação, mas adoção. O eu é novamente enfático (conforme v. 6). v. 8. Gomo “filho”, ele é também herdeiro (conforme G1 4.7); e, visto que o governo de Deus é mundial, a herança do rei é a terra toda. v. 9. A LXX traz “tu os pastorearás”; mas é mais provável que a vara [ou “cetro”] de ferro seja a clava de guerra, e não a vara ou o cajado de pastor (cf.

23.4). despedaçarás-, “destruição fácil mas completa” (A. A. Anderson).

v. 11. Adorem-, a palavra no hebraico assim traduzida é “servir” (conforme ARA, ARC, BJ); submeter-se politicamente ao vice-regente de Javé significa adorar o próprio Javé. v. 11,12. exultem com tremor. Beijem o filho-, assim TM; a BJ traz “beijai seus pés com tremor”. O texto parece corrompido aqui; é improvável que fosse usada aqui a palavra aramaica bar (“filho”) quando a palavra hebraica normal para “filho” {bêri) foi usada no v. 7. Muitas opções foram propostas: “beijai sinceramente” (Kidner); “beijai o escolhido” (Smith); “beijai o solo” (Ringgren); “vivei com tremor, homens mortais” (Dahood); “beijai o rei” (NEB). As versões antigas não oferecem grande ajuda: a LXX, o Targum e a Vulgata trazem “aceitai correção”; Símaco e Jerônimo trazem “adorai com pureza”. A emenda mais simples é a seguida pela RSV e a BJ (“beijai seus pés”). No Antigo Oriente Médio beijar os pés significava um ato de respeito e auto-humilhação (conforme Sl 72:91Sm 10:1). v. 12. ele. referência a Deus. de repente-, ou “no caminho” (BJ); i.e., a meio caminho, felizes-, v.comentário Dt 1:1. nele se refugiam-, sob o seu protetorado; a suserania do seu rei.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Salmos Capítulo 2 do versículo 7 até o 9

7-9. O Plano para o Ungido. Ele (o Senhor) me disse. O oráculo apresentado pelo ungido de Deus está declarado como decreto divino. A declaração, Tu és meu filho, faz paralelo ao meu Rei da resposta divina. A frase aplicou-se a Jesus no seu batismo (Mc 1:11). O termo, gerei, é parte de uma fórmula oriental de adoção usada no Código de Hamurabi. Observe que duas promessas foram feitas ao ungido de Deus – domínio e vitória. Embora o, salmista provavelmente pensasse do Filho como governador escolhido (2Sm 7:14), à luz do N.T. vemos que o Messias é o verdadeiro Filho de Deus.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 2 do versículo 7 até o 9
c) A sua autoridade real (7-9)

Imagina-se que as nações rebeldes, reunidas em revolta tumultuosa sobre a terra, foram momentaneamente apaziguadas pela declaração divina que ecoa desde o Céu. No silêncio que se supõe seguir-se, o próprio Davi dirige-se aos reis e aos povos congregados. Em primeiro lugar, ele defende o seu reinado, como sendo autorizado pelo Senhor, com fundamento no parentesco (7), doação (8), e vocação, isto é, o poder de vencer (9). A frase Tu és meu Filho (7) encontra um paralelismo no Sl 89:26-19 e as palavras Eu hoje te gerei podem entender-se, historicamente, como fazendo referência ao dia da entronização de Davi. Foram porém verdadeira e completamente cumpridas em Jesus Cristo, como o Novo Testamento ensina. At 13:33; Rm 1:4 declaram que Ele foi aclamado "Filho" pelo próprio fato da ressurreição. He 1:5 e He 5:5 citam a frase, associando-a com a encarnação e o sacerdócio de Cristo. Alguns manuscritos, incluindo o Códice de Bezae, usam-na em relação com o batismo de Jesus (Lc 3:22). Semelhantemente, a dádiva prometida das nações e dos domínios deste mundo veio a ser uma expectativa messiânica e desde há muito que se entende como dizendo respeito a Cristo. Ap 2:27 cita o vers. 9 em ligação com "o fim", isto é, a vinda de Cristo em poder e glória (cfr. também Ap 19:15).


Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 2 do versículo 9 até o 12
d) A ação razoável (10-12)

Na segunda parte do discurso de Davi, ele retrocede para a realidade da situação descrita nos vers. 1-3. Aquele perigo ainda não passou; a crise ainda não está resolvida; a elasticidade do divino Então (5) ainda não deu de si; os eventos futuros podem ainda ser moldados pelos homens. Esta é a razão do apelo feito aos reis e juízes da terra. Sede prudentes... Servi ao Senhor... beijai (isto é, prestai homenagem) ao Filho, porque, de outro modo, não poderá haver escape do desastre.

O Salmo não descreve o resultado real, porque é um resumo de toda a história, com o estranho poder do tempo que se manifesta em renovadas crises.


Dicionário

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Despedaçar

verbo transitivo Fazer (em) pedaços; quebrar, romper, fragmentar.

Despedaçar Partir em pedaços (Sl 2:9).

Esmigalhar

verbo transitivo direto e pronominal Reduzir a migalhas, pedaços bem menores; espedaçar, despedaçar, fragmentar: esmigalhar o pão para a sopa; o telhado se esmigalhou com a chuva.
Partir ou quebrar em muitos pedaços; desintegrar: sua raiva esmigalhou minhas esperanças; minha vida se esmigalhou diante da tragédia.
Etimologia (origem da palavra esmigalhar). Do latim ex + migalha + ar.

Esmigalhar DESPEDAÇAR (Dn 6:24).

Ferro

substantivo masculino Metal duro e maleável, o mais importante, por sua utilização industrial e tecnológica, de símb. Fe, peso atômico 26, massa atômica 55,847.
Ponta de ferro de uma lança.
Espada, florete: cruzar o ferro.
Poética Arma assassina: ferro homicida.
Semicírculo com que se protegem os cascos das patas dos cavalos etc.
Ferramentas, instrumentos, utensílios de arte ou ofício, ou utilidade em geral: ferro de engomar.
Barra de ferro ou de arma maleável que apresenta uma forma qualquer: ferro em T, em.
substantivo masculino Haste de ferro que serve de armação para concreto armado.
Lâmina de ferro que constitui a parte cortante ou perfurante de um objeto.
Idade do ferro, período pré-histórico em que o homem começou a utilizar o ferro em seus utensílios.
A ferro e fogo, com toda violência.
Malhar em ferro frio, perder tempo.
Estrada de ferro, sistema de viação através de trens.
Lançar ferro, fundear o navio.
Ferros velhos, trastes de oficina.
Meter a ferros, encarcerar.
De ferro, que se assemelha ao ferro, que tem a dureza do ferro (nos sentidos próprio e figurado): mão de ferro; coração de ferro.
substantivo masculino plural Algemas, grilhões: meteram-no em ferros.

A primeira menção que se faz do ferro na Bíblia é em Gn 4:22, onde é citado Tubalcaim como forjador de instrumentos cortantes de bronze e ferro. Que os assírios usavam este metal em grande escala, mostra-se isto pelas descrições do explorador Layard, que achou serras e facas nas ruínas de Nínive. A fundição do ferro acha-se representada nas esculturas egípcias, devendo, por isso, ter sido conhecido o uso dos foles pelo ano 1500 a.C. Além disso, têm sido encontradas chapas de ferro, ligando as fiadas de pedras no interior das Pirâmides. Deste modo o trabalho em ferro é muito antigo, embora não se diga na Bíblia que Moisés fez uso desse metal quando erigiu o tabernáculo, ou que Salomão o empregou em qualquer parte do templo em Jerusalém. Todavia, no Pentateuco acham-se referências à sua grande dureza (Lv 26:19Dt 28:23-48) – ao leito de ferro do rei ogue de Basã (Dt 3:11) – às minas de ferro (Dt 8:9) – e também aquela dura escravidão dos israelitas no Egito é comparada ao calor da fornalha para fundição do ferro (Dt 4:20). Vemos também na Bíblia que as espadas, os machados e instrumentos de preparar pedra eram feitos de ferro (Nm 35:16Dt 19:5 – 27.5). o ‘ferro do Norte’ (Jr 15:12) era, talvez, o endurecido ferro produzido no litoral do mar Euxino pelo povo daqueles sítios, que, segundo se diz, descobriu a arte de temperar o aço. Figuradamente é usado o ferro como símbolo da força (40:18), e da aflição (Sl 107:10), etc.

Oleiro

substantivo masculino Fabricante de objetos de barro (louças, telhas, tijolos etc.); aquele que trabalha em olaria.

Oleiro Aquele que faz objetos de barro (Is 29:16; Rm 9:21).

Vara

substantivo feminino Peça geralmente de madeira roliça, comprida e delgada.
Antiga medida de comprimento equivalente a um metro e dez centímetros.
[Esporte] Haste longa e delgada usada em salto de altura.
Direito Cada uma das circunscrições judiciais presididas por um juiz de direito: vara criminal.
Direito Debaixo de vara, expressão que indica ser alguém compelido a atender mandado judicial.
Figurado Vara de condão, vara mágica a que se atribui o dom de fazer encantos ou sortilégios.
Vara de porcos, manada de gado suíno.
Estar ou meter-se em camisa de onze varas, encontrar-se ou envolver-se em grandes dificuldades.
Tremer como vara
(s): verde(s), estar tomado de grande medo.

Do latim vara, ramo flexível. Na antiga Roma, a haste que identificava o poder dos juízes, distingüindo os letrados dos leigos. As varas pintadas de branco designavam os letrados, chamados juízes de vara branca, enquanto os iletrados portavam vara vermelha. Todos, porém, deviam exibir publicamente sua condição, sob pena de multa. No Brasil Colônia, quando alguém se recusava a atender uma convocação legal, era levado pelo oficial de justiça, que o ameaçava com um bastão. Daí a expressão conduzido debaixo de vara, utilizada até hoje no Direito para designar quem foi levado sob mandado judicial. No Foro há diversas varas, ou seja, segmentos específicos para tratar dos feitos que a elas chegam. Só não dá para entender por que a que cuida das questões civis, literalmente civis, é chamada de Vara Cível e não Vara Civil...

Vara
1) Galho (Ez 7:10; Jo 15:2, RC).


2) Galho direito cortado de uma árvore ou arbusto e usado como símbolo de meio de destruição (Sl 2:9) ou de castigo (Pv 22:15). V. VAREJAR.


Vaso

substantivo masculino Recipiente côncavo, para líquidos, sólidos, flores etc.
Navio de grandes proporções, geralmente de guerra.
O mesmo que urinol.
[Anatomia] Canal em que circula o sangue ou a linfa. (Distinguem-se três espécies de vasos: as artérias, os capilares e as veias.).
Botânica Tubo condutor da seiva bruta.
[Física] Vasos comunicantes, conjunto de vasos interligados, nos quais um líquido se eleva à mesma altura, qualquer que seja a forma de cada um deles.

os hebreus tinham muitas formas deste objeto. Além do simples vaso de barro ou de metal, havia a panela para cozer carne (Êx 16:3). outras vezes trata-se de uma grande bacia, também empregada para lavar (Sl 60:8). outra palavra traduzida por vaso, era o “cheres”, que se usava para cozer qualquer coisa em fogo lento (Ez 4:9). o “dud” era outro utensílio de cozinha. o “saph” (Êx 12:22) era empregado para encerrar o sangue com que eram aspergidas as ombreiras das portas. o “kiyyor” (Êx 30:18) era uma pia de lavar. Mas tanto o kiyyor como o saph eram termos com que se designavam os vasos usados no ritual religioso. (*veja olaria.)

Vaso
1) Objeto próprio para conter líquidos (1Sm 10:1; At 1:7).


2) Figuradamente: a) Pessoa física (1Pe 3:7, RC). b) Pessoa que recebe o castigo de Deus (Rm 9:22;
v. NTLH) ou a sua misericórdia (Rm 9:23). c) Pessoa como instrumento de Deus (Rm 9:21; 2Co 4:7).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Salmos 2: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; Tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.
Salmos 2: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

979 a.C.
H1270
barzel
בַּרְזֶל
ferro
(and iron)
Substantivo
H3335
yâtsar
יָצַר
formar, dar forma, moldar
(And formed)
Verbo
H3627
kᵉlîy
כְּלִי
artigo, vaso, implemento, utensílio
(jewels)
Substantivo
H5310
nâphats
נָפַץ
despedaçar, quebrar, esmagar, quebrar em pedaços
(dispersed)
Verbo
H7489
râʻaʻ
רָעַע
ser ruim, ser mau
(do act so wickedly)
Verbo
H7626
shêbeṭ
שֵׁבֶט
vara, bordão, ramo, galho, clava, cetro, tribo
(The scepter)
Substantivo


בַּרְזֶל


(H1270)
barzel (bar-zel')

01270 ברזל barzel

talvez procedente da raiz de 1269; DITAT - 283a; n m

  1. ferro
    1. ferro
      1. minério de ferro
      2. como material de mobília, utensílios, implementos
  2. ferramenta de ferro
  3. aspereza, força, opressão (fig.)

יָצַר


(H3335)
yâtsar (yaw-tsar')

03335 יצר yatsar

provavelmente idêntico a 3334 (através do ato de espremer numa forma), ([veja 3331]); DITAT - 898; v

  1. formar, dar forma, moldar
    1. (Qal) formar, dar forma
      1. referindo-se à atividade humana
      2. referindo-se à atividade divina
        1. referindo-se à criação
          1. referindo-se à criação original
          2. referindo-se a indivíduos na concepção
          3. referindo-se a Israel como um povo
        2. moldar, pré-ordenar, planejar (fig. do propósito divino de uma situação)
    2. (Nifal) ser formado, ser criado
    3. (Pual) ser predeterminado, ser pré-ordenado
    4. (Hofal) ser formado

כְּלִי


(H3627)
kᵉlîy (kel-ee')

03627 כלי k eliŷ

procedente de 3615; DITAT - 982g; n m

  1. artigo, vaso, implemento, utensílio
    1. artigo, objeto (em geral)
    2. utensílio, implemento, aparato, vaso
      1. implemento (de caça ou guerra)
      2. implemento (de música)
      3. implemento, ferramenta (de trabalho)
      4. equipamento, canga (de bois)
      5. utensílios, móveis
    3. vaso, receptáculo (geral)
    4. navios (barcos) de junco

נָפַץ


(H5310)
nâphats (naw-fats')

05310 נפץ naphats

uma raiz primitiva; DITAT - 1394; v

  1. despedaçar, quebrar, esmagar, quebrar em pedaços
    1. (Qal)
      1. despedaçar
      2. despedaçar (infinitivo)
    2. (Piel) quebrar em pedaços
    3. (Pual) pulverizar
  2. espalhar, dispersar, ser espalhado
    1. (Qal)
      1. ser espalhado
      2. dispersado (particípio)

רָעַע


(H7489)
râʻaʻ (raw-ah')

07489 רעע ra a ̀ ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2191,2192; v.

  1. ser ruim, ser mau
    1. (Qal)
      1. ser desagradável
      2. ser triste
      3. ser ofensivo, ser mau
      4. ser perverso, ser mau (eticamente)
    2. (Hifil)
      1. causar dano, ferir
      2. agir maldosa ou perversamente
      3. erro (particípio)
  2. quebrar, despedaçar
    1. (Qal)
      1. quebrar
      2. quebrado (particípio)
      3. ser quebrado
    2. (Hitpolel) ser quebrado, ser despedaçado, ser totalmente quebrado

שֵׁבֶט


(H7626)
shêbeṭ (shay'-bet)

07626 שבט shebet

procedente de uma raiz não utilizada com o provável sentido ramificar; DITAT - 2314a; n. m.

  1. vara, bordão, ramo, galho, clava, cetro, tribo
    1. vara, bordão
    2. cabo (referindo-se a espada, dardo)
    3. bordão (apetrecho de um pastor)
    4. bastão, cetro (sinal de autoridade)
    5. clã, tribo