Enciclopédia de Eclesiastes 6:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ec 6: 4

Versão Versículo
ARA pois debalde vem o aborto e em trevas se vai, e de trevas se cobre o seu nome;
ARC Porquanto debalde veio, e em trevas se vai, e de trevas se cobre o seu nome;
TB pois vem debalde e volta para as trevas, e de trevas se encobre o seu nome;
HSB כִּֽי־ בַהֶ֥בֶל בָּ֖א וּבַחֹ֣שֶׁךְ יֵלֵ֑ךְ וּבַחֹ֖שֶׁךְ שְׁמ֥וֹ יְכֻסֶּֽה׃
BKJ Porque ele veio com vaidade, e parte em trevas, e seu nome será coberto pelas trevas.
LTT Porquanto em vão veio, e em trevas se vai, e de trevas se cobre o seu nome.
BJ2 Ele chega na vaidade e se vai para as trevas, e as trevas sepultam seu nome.
VULG Frustra enim venit, et pergit ad tenebras, et oblivione delebitur nomen ejus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Eclesiastes 6:4

Salmos 109:13 Desapareça a sua posteridade, e o seu nome seja apagado na seguinte geração.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
SEÇÃO III

NÃO HÁ SATISFAÇÃO EM BENS TERRENOS

Eclesiastes 6:1-8.17

A. FRUSTRAÇÕES DA RIQUEZA E DA FAMÍLIA, 6:1-12

Mesmo que o capítulo 6 seja exposto aqui sob uma nova divisão, ele está relacionado ao tema do capítulo 5. Os versículos 1:2 dão seqüência às reflexões do Pregador sobre as desilusões da riqueza. Tanto os versículos 1:2 como o 3 e o 6 são ilustrações da premissa estabelecida em 5:18-19, de que ter prazer é um presente de Deus, e que a paz de espírito é o maior bem que a vida pode oferecer.

1. A Riqueza sem a Felicidade (6:1-2)

, O versículo 1 nos apresenta um outro mal que o autor tem visto debaixo do sol. Ele observa que esse mal mui freqüente é entre os homens. O hebraico seria tradu-zido de maneira mais precisa como: "pesa sobre os homens" (AT Amplificado). A frustra-ção da riqueza sem o senso de uma vida digna é possível, obviamente, apenas para aque-les que possuem riquezas. Como conseqüência, é mui freqüente [...] entre os homens e mulheres de recursos.

Em 2:18-23, o problema foi o homem rico cuja fortuna seria desperdiçada por herdei-ros imprudentes; em 5:13-17, foi o homem rico que a perdeu. Aqui o mal é o homem que possui riquezas, mas não encontra satisfação nelas — esse é o significado de Deus não lhe dá poder para daí comer (2). Os termos riquezas, fazenda e honra podem ser enten-didos como dinheiro, propriedades e apreço. Aquele que os possui parece ter tudo o que sua alma deseja. Mas sem felicidade eles são em vão. Uma vida cheia de coisas mas sem a verdadeira felicidade significa má enfermidade. Como o conhecimento sobre um câncer que se alastra, isso restringe ou destrói as alegrias normais da existência de um homem.

  1. A Família sem o Reconhecimento (6:3-6)

Uma família grande e longevidade eram consideradas grandes bênçãos entre os hebreus. Mas mesmo essas podem ser inúteis, ou piores que isso. Se o homem gerar cem filhos (3) e se a sua alma se não fartar do bem — isto é, não encontrar alegria neles — qual é o seu valor? Se os dias dos seus anos forem muitos mas não tiver um enterro — isto é, "um enterro nobre, que testifique do amor verdadeiro dos seus descen-dentes" — onde está o valor de uma vida dessas?

Os versículos 3:5 revelam a freqüência de comparações usadas pelo autor. Um aborto que não permite jamais um ser chegar à consciência de sua existência é melhor que uma vida que não encontra nenhuma satisfação digna. Mesmo aquele que está fadado ao fracasso desde o início, porquanto debalde veio e em trevas vai (4), e nunca recebe um nome, seu destino é preferível a uma vida sem propósitos. Nunca ter visto o sol (5) ou nem tê-lo conhecido é melhor que ter visto e conhecido as profundas desilusões que às vezes vêm da riqueza e da família.

Qoheleth não conseguia enxergar valor algum em uma vida na terra profundamente insatisfatória porque ele não possuía uma fé elevada na vida após a sepultura. Duas vezes mil anos (6) seria uma vida na terra duas vezes tão longa quanto a de Matusalém (cf. Gn 5:27). O raciocínio aqui empregado é que, se não existe felicidade na vida terrena, quanto maior a sua duração, pior a vida se torna. E quando você tiver somado todos os valores da existência terrena, a sua conta não terá chegado ao fim? Não vão todos para um mesmo lugar — a sepultura final e silenciosa? "Tanto o feto sem vida como o ho-mem cuja vida foi longa mas desprezível, estão destinados ao Sheol, e o feto sem vida deveria ser parabenizado porque ele alcançou a meta por meio de um caminho mais curto e menos agonizante".'

  1. Mais algumas Frustrações (6:7-9)
  2. A satisfação terrena versus o desejo espiritual (6.7). Todo trabalho do homem (o homem preso à terra) é para a sua boca ("auto-preservação e divertimento", AT Ampli-ficado), e, contudo, nunca se satisfaz (fome espiritual). "Toda vida humana é uma busca de prazer e diversão, mas é uma busca de diversão e prazer vãos em si mesmo, e que não levam à verdadeira satisfação".2
  3. Nem mesmo a sabedoria é suficiente (6.8). Aqui, num único versículo, Qoheleth repete o argumento de 2:12-17 (veja também comentários neste trecho). O Pregador não responde à sua própria pergunta. Ao contrário, o ponto de vista subentendido é que se viver para a própria "boca" (7) não é suficiente, também não é suficiente viver pela men-te. A base dessa conclusão está no versículo 6 — ambos "vão para um mesmo lugar". A frase andar perante os vivos é interpretada por Galling para significar: "viver sem o pensamento do dia de amanhã". Assim ele pensa que o significado do versículo é: "Que vantagem tem o homem sábio sobre o tolo, o homem que possui conhecimento, mas vive impensadamente?"'
  4. Uma resposta insatisfatória (6.9). Aqui novamente Qoheleth chega à sua resposta insatisfatória — Faça o melhor da sua vida enquanto você vive. Pelo fato de o homem sábio com suas altas metas — o vaguear da cobiça — não possuir nada melhor do que o tolo que só busca prazer, por que então deveria fazer todo o esforço? A pessoa deveria estar contente com aquilo que vem fácil e naturalmente. A frase: vaidade e aflição de espírito pode ser aplicada à seção inteira (7-9) ; por outro lado, pode ser aplicada especi-ficamente à conclusão infeliz do versículo 9.

4. Um Homem Finito contra o Destino (6:10-12)

Aqui Qoheleth sumariza seu ponto de vista pessimista de toda condição humana. Seja qualquer o que for, já [...] foi nomeado significa o todo da existência — e sabe-se, i.e., e é pré-conhecido e predeterminado. O homem é uma criatura finita e não pode contender com o que é mais forte (Deus) do que ele. O versículo 11 afirma que o homem é tão impotente contra o seu Criador que isso torna toda a discussão inútil. O versículo 12 é um clamor final no escuro: "Quem pode dizer o que é bom para o homem nesta vida, durante os poucos dias da sua vida vazia que passa como uma sombra? Pois quem pode dizer ao homem o que vai acontecer neste mundo depois de ele partir?" (Moffatt).

"Como é impressionante em todo o livro de Eclesiastes a evidência de que, enquanto Salomão, o esbanjador, está dando tudo de si para provar que a vida é fútil e indigna de ser vivida, o Espírito Santo está usando-o para mostrar que essas conclusões são um efeito trágico de se viver meramente 'debaixo do sol' — ignorando o Senhor, longe de Deus o Pai, à margem da influência do Espírito Santo — e ainda assim face a face com os mistérios da vida e da natureza!"4. Atkins comenta sucintamente: "A não ser que haja riqueza na alma, os homens vão para os seus túmulos de mãos vazias".5


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12

Capítulo Seis

A Brevidade e a Futilidade da Vida do Homem Provam a Inutilidade das Coisas. A Frustração dos Desejos e das Esperanças (Ec 6:1-12)

Ec 6:1

Há um mal que vi debaixo do sol. Esta passagem prova a tese que venho defendendo (que é a tese do autor, tão magnificamente declarada em Ec 1:1-3.22): não existem valores reais. Por algum tempo, pode parecer ao homem ter encontrado, nos pequenos prazeres, alguma razão para viver, como se esse fosse o summum bonum da vida (Eclesiastes 5:18-20; conforme notas em Eclesiastes 2:24-25). Mas obter prazer na vida, crendo que há algum bem na vida, é um procedimento enganador.

O que o homem realmente descobre, quando investiga a questão "debaixo ao sol” (aqui, nesta terra miserável), é bastante diferente disso. Há somente o mal que pesa muito sobre um homem (Revised Standard Version, Atualizada). Essa vida vã e pesada foi determinada pelo próprio Deus, pois Ele é a Causa Única de tudo quanto acontece. A teologia dos hebreus era fraca quanto às causas secundárias, pelo que o mal foi determinado por Deus, e planos divinos sinistros tornam a vida dos homens miserável. Os versículos que se seguem fornecem alguns detalhes sobre o desespero que constitui a vida do homem, tudo por decreto divino. Isso, gostemos ou não, é a doutrina do triste e louco filósofo. É inútil tentar corrigir a posição dele, como é inútil acreditar em coisas como essas que distorcem qualquer teoria sã do que constitui a vida humana. Ver no Dicionário o verbete intitulado Problema do Mal, quanto a idéias que a|udam a ilustrar a questão.

Ec 6:2

O homem a quem Deus conferiu riquezas, bens e honra. Um homem que possui riquezas, poder, saúde, honra (coisas boas da vida, aparentemente) não pode desfrutá-las, porque Deus determinou todas as coisas, incluindo o poder de desfrutar ou não dessas coisas. Com uma das mãos, Deus dá a um homem o que. aparentemente, é valioso, mas com a outra, Ele tira todas essas coisas, porquanto também determinou que o homem não poderá desfrutar das coisas boas que lhe foram dadas. Isso contradiz o trecho de Eclesiastes 5:18-20, onde o homem usufrui aquilo que possui. A contradição, porém, é apenas aparente. Em sentido relativo, um homem desfruta de seus prazeres, mas, em sentido absoluto, não há valor algum que ele possa desfrutar. O filósofo niilista é igualmente um relativista. pelo que pode variar sua expressão, sem alterar sua tese. É ridículo interpretar as declarações do autor sagrado de maneira que esse herege se transforme em um rabino ortodoxo. Na realidade, ele é um filósofo especulativo pessimista.

Outra pessoa obterá as vantagens materiais do homem, e isso serve somente para aumentar a sua miséria. Mas essa não é a razão verdadeira pela qual o homem não pode usufruir de suas riquezas e de seus prazeres. Ele é inerentemente incapaz disso, por força de um decreto divino. E, então, circunstancialmente, ele não pode desfrutar dessas coisas para não perder as suas vantagens. Deus também determinou as circunstâncias das perdas do homem. Portanto, conforme dizemos em uma moderna expressão: "Uma pessoa não pode ganhar sem perder”. Em outras palavras, a vitória não pode ser obtida por causa de toda a perda, “Riquezas, bens ou honras” são coisas que os homens muito valorizam, e foram usufruídas, juntamente, no caso de Salomão (2Cr 1:11),

Ec 6:3

Se alguém gerar cem filhos, e viver muitos anos. O autor sagrado apresenta um caso radical, a fim de ilustrar sua tese de que “não existe bem, afinal". Temos aqui um homem que vive longamente (e aparentemente bem); ele tinha cem filhos, e uma prole numerosa era muito valorizada na sociedade dos hebreus (Sl 127:5), no entanto, ele não desfrutava todas as coisas boas que possuía, porquanto Deus resolveu que ele seria incapaz para tanto; além disso e de sua “calamidade por ter nascido um homem”, ele também não recebeu sepultamento decente (tão importante para os hebreus e para outras raças antigas), Teria sido melhor se a mãe desse homem tivesse sofrido um aborto e ele não tivesse vindo à luz. O fato de ele não ter recebido sepultamento decente não deveria desviar nossa atenção da declaração centrai: mesmo que um homem tenha uma vida excelente, ainda assim, por decreto divino, ele não pode desfrutar dela. Deus fez dele o tipo de criatura que é incapaz do verdadeiro aprazimento, Na verdade, nada existe para ser desfrutado, embora existam falsos aprazimentos.

Era melhor ser um natimorto (ver 4:15), ou seja, ter nascido morto, que viver numa morte em vida. Quanto ao infortúnio de não ser apropriadamente sepultado, ver Is 14:19; Jr 22:19. Sepuitar os mortos era um dever piedoso (Tobias 1.18; 2.4-5). Os gregos imaginavam que, se o corpo não fosse devidamente sepultado, isso impediria o avanço da alma em sua transição para a vida além. Os hebreus, naturalmente, não adicionavam essa noção à idéia geral.

Ec 6:4

Pois debalde vem o aborto e em trevas se vai, Na ocorrência da morte, até mesmo um homem de vida excelente chega à vaidade e às trevas. O nome do homem é ofuscado pelas trevas. A história termina em uma melancolia que não pode ser redimida nem modificada. O homem é uma criatura que veio do pó e ao pó voltará (ver Ec 3:20), Por conseguinte, quer um homem nasça, quer seja abortado sem nunca ter visto a vida, é tudo a mesma coisa: nada. Tudo se reduz à mesma miséria, à mesma noite escura. Se um homem não tem um pós-vida, então a única questão realmente vital é se ele cometeu suícidio ou não. Um homem entra na vida em meio à vaidade, e sai da vida em uma noite escura: seu nome se perde; a memória de qualquer ser humano, que foi abortado ou chegou a viver, se perde (Ec 2:16). Ao longo do caminho, vemos alusões a Jó. Ver 4:15, que é paralelo dos vss, 3-4 deste capitulo, na questão da natímortalidade e do aborto.

Ec 6:5

Não viu o sol, nada conhece. O indivíduo abortado tem uma vantagem sobre aquele que chegou a viver: ele nunca viu o sol, pelo que não teve uma vida de miséria "debaixo do sol”, conforme sucede aos outros homens. Portanto, ele teve mais descanso do que outros, gozou de repouso relativo, ou seja, ficou livre da labuta e da miséria que é a vida humana. Essa é a tese do pessimismo: a própria vida é um mal, e seria melhor nunca tè-la vivido. Também seria melhor que Deus quisesse modificar a vida dos homens, para que todas as coisas deixassem de existir e passassem, de uma vez por todas, para o nada. Isso seria a redenção, a única forma de experiência que um homem podería viver. Assim, enquanto no cristianismo a esperança da vida é um glorioso pós-vida. a esperança para o pessimismo é a não-existência, final e absoluta. Ver na Enciclopédia de Bíblia. Teologia e Filosofia o artigo chamado Pessimismo. O pic-r "crime" que nosso homem cometeu foi ter nascido.

Ec 6:6
Ainda que aquele vivesse duas vezes mil anos.
Este versículo é um forte reforço do pessimismo que encontramos no vs. Ec 6:3. Agora, o homem não viverá cem anos, mas ridículos mil anos, e isso duplicado para dois mil! Mas qual seria o bem de vida tão longa, se o homem, na realidade, nunca vivesse nenhum bem duradouro? Afinal, todos os homens vão para o mesmo lugar, o pó, e isso os reduz a nada. quer tenham sido natimortos, quer tenham vivido poucos anos, ou até dois mil anos. Conforme Eclesiastes. 3:18-20, onde os homens são retratados como meros animais que sofrem a mesma sorte de todos os irracionais. Este versículo é uma declaração franca dos verdadeiros sentimentos do autor acerca da vida; todas as demais declarações, que parecem modificar esta afirmativa, permitindo que os prazeres simples da vida tenham algum bem (conforme se vê em Eclesiastes 5:18-20), devem ser compreendidas à luz desse incansável pessimismo.

Ec 6:7

Todo trabalho do homem é para a sua boca. Este versículo significa uma dentre duas coisas: 1. O homem médio vive tão carente, que tudo quanto faz é alimentar-se; ele nada possui de extra, não conta com pequenos prazeres que o mantenham feliz. 2. Ou, então, todos os homens realmente trabalham somente para sua boca. No caso presente, a boca é a representação metafórica de todos os apetites e desejos dos homens, e não meramente sua necessidade de alimento. Seja como for, todo o trabalho é aqui apresentado como uma tentativa para somente satisfazer os apetites, o que não é um objetivo muito nobre. Embora esse objetivo seja tão baixo, nem mesmo isso é plenamente cumprido a ponto de dar satisfação. A satisfação é ilusória, como é ilusório o trabalho do homem para obter satisfação, já que só existem itens de futilidade geral na vida humana. O homem rico. que tem muito mais do que simplesmente o alimento necessário, não está em condições muito melhores que o homem que trabalha arduamente, apenas para comer. Ambos ficam insatisfeitos e para ambos a vida é fútíl e destituída de sentido. O filósofo pessimista deixou completamente de fora qualquer Idéia de um labor digno ser recompensado na outra vida, fato que é tão importante para o cristianismo (ver 1Co 15:58).

Ec 6:8
Pois que vantagem tem o sábio sobre o tolo?
Todos os homens são estultos: existem estultos pobres, preguiçosos, ricos, sábios, laboriosos, estultos que quebram a lei, estultos que guardam a lei, mas todos eles são apenas estultos e terminam no pó de onde vieram. Eles sofrem a mesma sorte que os animais, e foi Deus quem os predestinou para o nada final. Ver Ec 3:20. Espera-se que os ricos tenham valores distorcidos e caminhem nas veredas da iniqüida-de. Talvez os pobres, não sofrendo as tentações que atacam os ricos, andassem em consonância com os ditames da lei mosaica. Os pobres têm uma espécie de sabedoria que escapa aos ricos, mas que bem isso lhes traz? Eles estão a caminho do mesmo zero final que é o alvo dos ricos. Mediante tal convicção, esse triste e pessimista filósofo nega qualquer valor nos ensinos da escola de sabedoria. "Que vantagem tem o sábio sobre o estulto, o homem de compreensão sobre aquele que vive impensadamente?” (Galling, em den Tag laben), que é um sentido possível deste versículo. O autor fez uma pergunta retórica para a qual esperava uma resposta negativa: "Não há nenhuma vantagem no caso do sábio!”.

Ec 6:9

Melhor é a vista dos olhos do que o andar ocioso da cobiça. Este versículo parece levar-nos de voita ao tema de Eclesiastes 2:24-25 (ver as notas expositivas). O que um homem pode ver, o que pode ser realizado (em vez de apenas desejado), são os prazeres simples da vida. Portanto, que o leitor se ocupe deles, e não da busca de grandes desejos, Seja como for, você terminará na mesma vaidade e na perseguição do vento, que não se pode apanhar com as mãos; o autor enfatizou a segunda possibilidade como a mais aparentemente fútil.

Esta declaração sobre o correr atrás do vento é usada nove vezes no livro de Eclesiastes, e o presente versículo é a nona ocorrência (ver também Ec 1:14; Ec 2:11,Ec 2:17,Ec 2:26; Ec 4:4,Ec 4:6,Ec 4:16). “Essa frase abre apropriadamente e conclui a primeira metade do livro sobre a futilidade das realizações humanas” (Donald R. Glenn, in loc.). O homem sábio reconhecerá a vantagem da inquirição simples, embora, no fim, nenhuma inquirição signifique coisa alguma. Desenvolví este tema niilista em Eclesiastes 2:24-25, O vs. Ec 6:6 deve ser mantido diante de nossos olhos como chave para a interpretação do texto. Embora a maneira simples pareça a melhor, pelo que deve ser seguida, na realidade não há valores, nenhuma busca é frutífera. O triste filósofo deixou suas avaliações relativas, passando para as absolutas; mas as avaliações relativas não deveríam enevoar o verdadeiro significado de sua filosofia. Ocasionalmente, o autor sagrado recomendou males menores em vez de grandes males. Para ele nada há de inerente e verdadeiramente bom, nem qualidade alguma que perdure.

Ec 6:10
A tudo quanto
de vir já se lhe deu o nome. O autor sagrado volta aos seus eternos e repetitivos ciclos de vaidade, divínamente decretados, o que os torna inevitáveis. Cf. Ec 3:15, onde há notas expositivas sobre o conceito. Temos sido condicionados a pensar que Deus predestinou os bons (ver Rm 8:28

É certo que há multas cousas que só aumentam a vaidade. Este versículo expande a vã argumentação dos homens e o amontoado de palavras vazias, na tentativa de disputar com Deus, já mencionados no vs. Ec 6:10. Quanto mais palavras um homem conseguir amontoar, mais vaidade estará gerando, pelo que é melhor manter-se calado e aceitar o terrível poder absoluto que o condenou à vaidade absoluta. Quanto mais o homem argumentar com o Deus voluntarista, menos realizará (conforme Eclesiastes 10:12-15). Ver, na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, o verbete denominado Voluntarismo.

Ec 6:12

Pois quem sabe o que é bom para o homem durante os poucos dias da sua vida...? Somente Deus sabe o que é melhor para o homem nesta vida. Mas, no contexto da filosofia do enlouquecido autor, o que é bom não foi definido da maneira conforme o homem o define. De fato, o que é bom, assim o é porque Qeus o quis, e não por ser bom em si mesmo, de acordo com as definições humanas. Isso reflete um voluntarismo puro, segundo o qual a vontade é suprema e a razão não pode chamar a questão à responsabilidade; nem os valores humanos podem chamá-la à prestação de contas. Mediante tais definições, Deus é a Causa Única e a Vontade Pura. O que Deus faz é bom, embora possa significar sofrimento, desastre, destruição e o nada final para o homem. O homem não seria melhor que os animais irracionais e terminaria, juntamente com eles, no esquecimento (Eclesiastes 3:18-20). De acordo com essa teoria, todos os males que Deus preordenou para o homem servem somente para mostrar-lhe que criatura miserável ele é, e como não merece nem obtém consideração alguma. O homem ímpio foi criado por Deus a fim de que o Senhor possa julgá-lo. Justiça e opressão são obras de Deus (Ec 3:16)!

O homem passa seus poucos dias de vida como uma sombra e em sofrimento constante. Os homens não compreendem essas coisas nem deveríam entendê-las. Quanto à vida como uma sombra, ver Ec 8:13 e 14:2. É inútil tentar reconciliar essa triste e insana filosofia do autor sagrado com qualquer sã filosofia de outras Escrituras.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
*

6:2

Deus. As riquezas e a pobreza, bem como a capacidade ou incapacidade de desfrutar dos próprios recursos, são decretadas por Deus.

não lhe concede que disso coma. Isso envolve controle sobre o gerenciamento das riquezas, e não meramente o prazer derivado de gastá-las.

*

6:3

se a sua alma não se fartar do bem. Viver descontente com a abundante provisão de Deus é uma grande tragédia.

*

6:6

para o mesmo lugar. O caso daqueles que vivem muito tempo no descontentamento é mais patético do que a de uma criança nascida morta. A criança que nasce morta pelo menos não passa muitos anos na miséria auto-infligida da ingratidão.

*

6:7

nunca se satisfaz o seu apetite. Novamente, o trabalho terreno, por si mesmo, não preenche o vazio da alma (1.8).

*

6:8

Ou o pobre que sabe andar perante os vivos. Esses, embora pobres, que sabem como viver eficazmente no mundo, evitam o descontentamento de desejos loucos e insatisfeitos.

*

6:10

já se lhe deu o nome, e sabe-se. Deus identifica cada pessoa como um pecador (7.20).

contender. Ninguém, à parte de Cristo, tem defesa contra Deus.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
6.1-8.15 Nesta seção Salomão mostra que ter a atitude correta a respeito de Deus pode nos ajudar a lutar com as injustiças pressente. A prosperidade não sempre é boa e a adversidade não sempre é má. Entretanto, Deus é bom sempre, e se vivermos como O, experimentaremos contentamiento.

6.1-6 "Deus não lhe dá faculdade de desfrutar disso" provavelmente se refere a que a pessoa morre. Até se vivesse uma larga vida, ao final carece de sentido (é vaidade) em si mesmo porque um não se pode levar as riquezas materiais. Todos morremos. Tanto os ricos como os pobres terminam na tumba. Muita gente trabalha arduamente para prolongar a vida e melhorar sua condição física, mas não investem nem sequer o mesmo tempo ou esforço em sua saúde espiritual. Quão curto de vista é o que se esforça por prolongar esta vida e não dá os passos necessários para ganhar a vida eterna.

6:6 "Não vão todos ao mesmo lugar?" significa que todos morrem.

6:9 "Mais vale vista de olhos que desejo que passa" se refere a perder tempo em sonhar e desejar o que um não tem.

6:10 Deus conhece e dirige tudo o que acontece. Deus tem as rédeas de nossa vida, embora às vezes não o pareça. Como seres criados, resulta muito parvo de nossa parte discutir com nosso Criador, quem nos conhece completamente e pode ver o futuro. (Veja-se também Jr 18:6; Rm 9:19-24.)

6:12 Salomão está assinalando a profunda verdade de que não podemos predizer o que nos proporciona o futuro. O único que conhece o que acontecerá depois de que nos tenhamos ido é Deus. Nenhum humano conhece o futuro, assim que cada dia deve viver-se por seu próprio valor. Salomão está rebatendo a noção de que o homem pode fazer-se carrego de seu próprio destino. Em todos nossos planos devemos voltar a vista a Deus, não só para o futuro.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
4. Não Under the Sun (6: 1-12)

Mais cedo Qoheleth falou da incerteza das riquezas (Ec 5:13) para ilustrar o poder do apetite do homem para consumi-lo. Nesse sentido, ele se pergunta sobre a superioridade do homem sábio sobre o tolo. Esperança do homem não é nem em sabedoria, nem na loucura. Houve homens sábios que conheciam pouco mais de satisfação real do que o tolo. Houve homens pobres que ganharam compreensão e aprenderam a enfrentar a vida. É melhor ser pobre e aprender a viver com as próprias circunstâncias do que ter muito e ser consumido com um desejo que destrói todas as alegrias. Novamente Qoheleth cita um provérbio (Ec 6:9 ). Ele é muito fraco para contender com o que é mais poderoso do que ele -Deus. A palavra traduzida como lidar é a palavra usada para combater um caso em um tribunal. O homem não é suficiente para tal controvérsia com Deus. Note-se a tradução da Bíblia Anchor do versículo 11 : "Para os mais ele fala, mais sem sentido, torna-se. Como o homem lucro com isso? "Para o homem é ignorante, bem como fraco. Não há ninguém debaixo do sol que pode dizer-lhe o que é bom para ele, como gastar seus breves dias aqui, ou o que virá depois dele debaixo do sol. Que maior necessidade do coração e da mente humana Qoheleth não tem sido capaz de encontrar com a sua pesquisa. Poderia ser este o caminho de Qoheleth de nos dizer que ele foi procurando no lugar errado?


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
  • As riquezas que Deus distribui de acordo com sua vontade (Ec 4:0;Ec 6:0)
  • Esses capítulos discutem o sentido da riqueza. Por que uma pessoa é rica e outra, pobre? Por que há in-justiça e desigualdade no mundo? Porque Deus tem um plano para nós, a fim de que não confiemos nas riquezas incertas, mas no Se-nhor. Não viva para as riquezas, mas use-as de acordo com a vonta-de do Senhor.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
    6.6 Mesmo lugar. Fala do túmulo, da terra. Não nega a imortalidade da alma, nem a existência do céu ou inferno, que o AT conhece tão bem como o NT (conforme Sl 16:11; Ec 12:7; Is 25:8; Is 35:10; Is 49:10; Is 53:5; Is 60:20; Is 65:17; Is 66:22; Ez 12:1,Ez 12:2).

    6.7 Paro a sua boca. Não que Salomão quisesse que assim fosse, mas está apenas esclarecendo que, em geral, é o seguinte: nada de idealismo!

    6.9 É melhor estar a desenvolver um plano bom e razoável, do que ficar suspirando por circunstâncias ideais, nas quais enfrentar-se-ia a vida com coragem, fé e energia.

    6.10 Este versículo bastante obscuro parece dizer que o homem não pode opor-se aos desígnios divinos, quanto ao caminho de sua própria vida. Lamentavelmente, o homem tem a triste tendência de se opor à benevolência universal (1Tm 2:4; 2Pe 3:9) quanto à sua alma, e, assim, perece por sua própria culpa (Mt 23:37, At 13:46; At 7:51).

    6.11 Que aproveita...? Conforme 5:18-20n.

    6.12 Quem sabe...? Só Deus o sabe. Jesus responde a tais perguntas em Mc 8:34-41; Lc 12:15, Jo 3:36. Da Escritura sabemos do futuro dos "mortos no Senhor” A certeza da bem-aventurança deve dourar os "poucos dias da vida" que aqui vivemos.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
    No entanto, nem todos que têm os recursos podem desfrutar deles. Uma pessoa que tem todas as coisas boas da vida pode morrer sem ter usufruído tudo isso, e outra pessoa ganha os benefícios (6.1,2). Um homem pode viver uma vida longa e ser próspero, mas, se não desfruta do que tem, então um bebê natimorto está em melhor situação do que ele (v. 3-6). Não importa quanto um homem trabalha para prover sua subsistência, ele nunca está satisfeito. Que vantagem ele tem, então, em estar sempre se esforçando para melhorar sua situação de vida? E melhor que encontre alegria no que ele tem do que estar sempre se esforçando para ter mais (v. 7-9). Afinal, ele não pode mudar o curso dos eventos que Deus determinou. Argumentar com Deus é desperdiçar palavras, seja acerca do que é melhor para o homem durante sua breve vida na terra, seja acerca do que vai acontecer depois da morte (v. 10-12).
    5.9. O texto sofreu na transmissão e é traduzido de diversas maneiras. A versão que melhor cabe no contexto talvez seja a da NTLH: “Toda gente tira proveito da terra, mas o rei depende daquilo que recebe das colheitas”, v. 11. Mais riquezas, mais parasitas; mais posses para admirar, mas menos prazer. Aqui se reflete o ponto de vista do autor entre as classes mais elevadas, como também nos v. 12,14a. v. 17. nas trevas-, tão pão-duro que ele comeu a comida no escuro para economizar o óleo da lamparina, mas o sentido pode ser metafórico, i.e., em amargura e tristeza. v. 18. A sabedoria convencional ensinava que quem obedecia à vontade de Deus era feliz; Eclesiastes ensina que quem é feliz está obedecendo à vontade de Deus (v. comentário Dt 2:26).

    6.3. nem ao menos recebe um enterro digno-. ele tem a desgraça de morrer esquecido, v. 4,5. ela-, a criança natimorta, o seu nome fica escondido-, não deixa nome. E esquecida, v. 6. para o mesmo lugar, o Sheol, o mundo dos mortos. “Tanto o feto quanto o homem que vive dois mil anos terminam no Sheol, e a jornada mais curta é preferível, diz Qohelet” (Jones). v. 7. Um provérbio; assim também o v. 9a. O autor toma esses provérbios um tanto desconexos e com eles tece o seu argumento coerente (v. antes), v. 9. “Melhor uma alegria na mão do que o anseio por prazeres distantes” (Gordis). v. 10. recebeu nome: está determinado. O autor resume ao voltar a um dos seus temas principais, v. 12. A vida é vazia porque é determinada de fora, e o homem não pode fazer nada para mudar isso.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 9

    Eclesiastes 6

    B. Pela Riqueza que Não Pode Ser Desfrutada. Ec 6:1-9. Uma das maiores infelicidades da vida é que o homem pode ter riquezas sem poder desfrutar delas, ou por causa de uma morte precoce ou talvez por causa de um espírito de avareza que não permitirá que seja satisfeito.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
    Ec 6:3

    E além disso não tiver um enterro (6.3). Tem sido sugerido que esta cláusula foi deslocada e que pertence ao vers. 5; certamente pareceria ser um fim mais provável para um nascimento fora do tempo do que para um homem que gerou cem filhos, onde é extravagantemente inapropriado.

    >Ec 6:10

    2. DO DESTINO HUMANO (Ec 6:10-21). A natureza e o destino do homem são determinados por Alguém mais poderoso que ele, e o homem não pode contender com seu Criador, nem adicionar à sua estatura um cúbito. Todos os seus esforços para encontrar substância permanente nesta vida transitória resultam em vaidade, e deixam-no a enfrentar a questão final.


    Dicionário

    Cobre

    substantivo masculino Metal (de símbolo Cu, número atômico 29, peso atômico 63,546), de cor vermelho-escura.
    Figurado Dinheiro.
    Cobre branco, liga de cobre, zinco e arsênico.
    Cobre amarelo, latão.
    Cobre vermelho, cobre puro.
    substantivo masculino plural Dinheiro de cobre que serve para trocos, e, p. ext., dinheiro em geral: dei-lhe uns cobres.
    Objetos de cobre: limpar os cobres da cozinha.
    Música Termo genérico que designa os instrumentos de sopro de uma orquestra (trompas, clarins, trombones etc.).
    [Brasil] Cair com (os) cobres, passar os cobres, pagar, contribuir com dinheiro.
    Meter o pau no cobre, ou nos cobres, gastar o dinheiro todo. O cobre existe na natureza no estado natural ou combinado com diferentes corpos, principalmente com o enxofre. De densidade 8,94, funde a 1.084ºC. Muito maleável e muito dúctil, é, depois da prata, o melhor condutor da eletricidade. Inalterável na água ou no vapor de água, serve para o fabrico de inúmeros objetos (fios, tubos, caldeiras etc.) e entra na composição do latão, do bronze e do bronze de alumínio. Sob a ação do ar úmido carregado de gás carbônico, ele se reveste de uma camada de hidrocarbonato ou verdete; com os ácidos fracos (vinagre), forma depósitos tóxicos.

    Cobre Metal vermelho que, em liga com o zinco, dá o bronze (Dt 8:9; Mt 10:9).

    ===================

    MAR DE COBRE

    V. MAR DE FUNDIÇÃO (1Cr 18:8, RC).

    ===================

    PIA DE COBRE

    V. BRONZE, BACIA DE (Ex 30:17-21, RC).


    Debalde

    advérbio De modo inútil; que não apresenta resultado; que ocorre em vão; sem utilidade; inutilmente: todo aquele esforço para salvar o país foi debalde.
    Etimologia (origem da palavra debalde). De + balde.

    Em vão; inútil

    Debalde Em vão; inutilmente (1:9).

    Nome

    substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
    A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
    Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
    Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
    Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
    Apelido; palavra que caracteriza alguém.
    Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
    Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
    Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
    Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.

    Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.

    Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
    v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).

    Porquanto

    conjunção Porque; visto que: não foi ao casamento, porquanto perdeu o avião.
    Gramática Utilizada para unir orações ou períodos que possuam as mesmas características sintáticas.
    Gramática Tendo em conta o sentido, pode ser utilizada como conjunção explicativa, explicando ou justificando aquilo que havia sido dito ou escrito anteriormente.
    Etimologia (origem da palavra porquanto). Por + quanto.

    Trevas

    substantivo feminino Escuridão total; ausência completa de luz: cavaleiro que vive nas trevas.
    Figurado Ignorância; ausência de conhecimento; expressão de estupidez.
    Religião Designação dos três dias que, na Semana Santa, antecedem o sábado de Aleluia, sendo as igrejas privadas de iluminação.
    Etimologia (origem da palavra trevas). Plural de treva.

    Escuridão absoluta, noite. o ofício divino celebrado nesse dia e nos seguintes, no qual se comemoram as trevas que caíram sobre Jerusalém, quando da morte de Cristo na cruz.

    Trevas Escuridão profunda (At 26:18).

    Trevas 1. A falta de luz própria da noite (Jo 6:17; 12,35; 20,1).

    2. O que está oculto (Mt 10:27; Lc 12:3).

    3. O mal (Mt 6:23; 27,45; Lc 22:53).

    4. A situação de escravidão espiritual em que se encontra o ser humano perdido e da qual só poderá sair aderindo a Jesus pela fé (Jo 1:5; 3,16-19; 8,12).

    5. Um dos elementos que integram o castigo do inferno (Mt 8:12; 22,13 25:30).


    Vai

    3ª pess. sing. pres. ind. de Ir
    2ª pess. sing. imp. de Ir

    Ir 2
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do irídio.


    ir 1 -
    (latim eo, ire)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

    verbo transitivo

    2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

    3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

    4. Andar, caminhar, seguir.

    5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

    6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

    7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

    8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

    9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

    10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

    11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

    12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

    13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

    14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

    15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

    verbo pronominal

    16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

    17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

    verbo intransitivo e pronominal

    18. Morrer.

    19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

    verbo intransitivo

    20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

    verbo copulativo

    21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

    22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

    verbo auxiliar

    23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

    24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


    ir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

    ir-se abaixo
    Ficar sem energia ou sem ânimo.

    ir dentro
    [Portugal, Informal] Ser preso.

    ou vai ou racha
    [Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR


    Veio

    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Eclesiastes 6: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porquanto em vão veio, e em trevas se vai, e de trevas se cobre o seu nome.
    Eclesiastes 6: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    937 a.C.
    H1892
    hebel
    הֶבֶל
    vapor, fôlego
    (with their idols)
    Substantivo
    H1980
    hâlak
    הָלַךְ
    ir, andar, vir
    (goes)
    Verbo
    H2822
    chôshek
    חֹשֶׁךְ
    escuridão, obscuridade
    (and darkness)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H3680
    kâçâh
    כָּסָה
    cobrir, ocultar, esconder
    (and were covered)
    Verbo
    H8034
    shêm
    שֵׁם
    O nome
    (The name)
    Substantivo
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    הֶבֶל


    (H1892)
    hebel (heh'bel)

    01892 הבל hebel ou (raramente no abs.) הבל habel

    procedente de 1891; DITAT - 463a n m

    1. vapor, fôlego
      1. fôlego, vapoor
      2. vaidade (fig.) adv
    2. em vaão

    הָלַךְ


    (H1980)
    hâlak (haw-lak')

    01980 הלך halak

    ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

    1. ir, andar, vir
      1. (Qal)
        1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
        2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
      2. (Piel)
        1. andar
        2. andar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. percorrer
        2. andar ao redor
      4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

    חֹשֶׁךְ


    (H2822)
    chôshek (kho-shek')

    02822 חשך choshek

    procedente de 2821; DITAT - 769a; n m

    1. escuridão, obscuridade
      1. escuridão
      2. lugar secreto

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    כָּסָה


    (H3680)
    kâçâh (kaw-saw')

    03680 כסה kacah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1008; v

    1. cobrir, ocultar, esconder
      1. (Qal) oculto, coberto (particípio)
      2. (Nifal) ser coberto
      3. (Piel)
        1. cobrir, vestir
        2. cobrir, ocultar
        3. cobrir (para proteção)
        4. cobrir, encobrir
        5. cobrir, engolfar
      4. (Pual)
        1. ser coberto
        2. ser vestido
      5. (Hitpael) cobrir-se, vestir-se

    שֵׁם


    (H8034)
    shêm (shame)

    08034 שם shem

    uma palavra primitiva [talvez procedente de 7760 com a idéia de posição definida e conspícua; DITAT - 2405; n m

    1. nome
      1. nome
      2. reputação, fama, glória
      3. o Nome (como designação de Deus)
      4. memorial, monumento

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado