Enciclopédia de Isaías 36:19-19
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS
- VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO
- Apêndices
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Dicionário
- Strongs
Perícope
is 36: 19
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Acaso, livraram eles a Samaria das minhas mãos? |
ARC | Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? onde estão os deuses de Sefarvaim? Porventura livraram eles a Samaria da minha mão? |
TB | Onde estão os deuses de Hamate e Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Livraram eles de minha mão a Samaria? |
HSB | אַיֵּ֞ה אֱלֹהֵ֤י חֲמָת֙ וְאַרְפָּ֔ד אַיֵּ֖ה אֱלֹהֵ֣י סְפַרְוָ֑יִם וְכִֽי־ הִצִּ֥ילוּ אֶת־ שֹׁמְר֖וֹן מִיָּדִֽי׃ |
LTT | Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Porventura livraram a Samaria da minha mão? |
BJ2 | Onde estão os deuses de Emat e de Arfad? Onde os deuses de Sefarvaim? Onde os deuses da terra de Samaria? |
VULG | Ubi est deus Emath et Arphad ? ubi est deus Sepharvaim ? numquid liberaverunt Samariam de manu mea ? |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 36:19
Referências Cruzadas
Números 34:8 | Desde o monte Hor, marcareis até à entrada de Hamate; e as saídas deste termo serão até Zedade. |
II Samuel 8:9 | Ouvindo, então, Toí, rei de Hamate, que Davi ferira a todo o exército de Hadadezer, |
II Reis 17:5 | Porque o rei da Assíria subiu por toda a terra, e veio até Samaria, e a cercou |
II Reis 17:24 | E o rei da Assíria trouxe gente de Babel, e de Cuta, e de Ava, e de Hamate, e de Sefarvaim e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e tomaram a Samaria em herança e habitaram nas suas cidades. |
II Reis 18:10 | E a tomaram ao fim de três anos; sim, no ano sexto de Ezequias, que era o ano nono de Oseias, rei de Israel, Samaria foi tomada. |
Isaías 10:9 | Não é Calno como Carquemis? Não é Hamate como Arpade? E Samaria, como Damasco? |
Isaías 37:11 | Eis que já tens ouvido o que fizeram os reis da Assíria a todas as terras, destruindo-as totalmente; e escaparias tu? |
Jeremias 49:23 | Contra Damasco. Envergonhou-se Hamate e Arpade e, porquanto ouviram más novas, desmaiaram; no mar há angústia; não se pode sossegar. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS
Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.
FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs
GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is
SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is
JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js
IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt
TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.
BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js
GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.
MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is
MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs
EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex
VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO
TOPOGRAFIA FÍSICAUMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.
UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.
UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn
PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.
CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm
![A localização estratégica da Palestina A localização estratégica da Palestina](/uploads/appendix/1667915754-a1.png)
![As regiões geográficas da Palestina As regiões geográficas da Palestina](/uploads/appendix/1667915754-a2.png)
![Altitude da Palestina Altitude da Palestina](/uploads/appendix/1667915754-a3.png)
![Samaria Samaria](/uploads/appendix/1667915754-a4.png)
![O vale de Jezreel O vale de Jezreel](/uploads/appendix/1667915754-a5.png)
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Apêndices
Gênesis e as viagens dos patriarcas
Informações no mapa
Carquemis
Alepo
Ebla
Hamate
Tadmor (Palmira)
Hobá
Sídon
Damasco
GRANDE MAR
Tiro
Dã
Asterote-Carnaim
Megido
Hã
Dotã
Siquém
Sucote
Penuel
Betel
Gileade
Belém
CANAÃ
Gaza
Hebrom
MOABE
Torrente do Egito
Gerar
Berseba
Poço de Reobote
Bozra
Sur
Poço de Beer-Laai-Roi
Gósen
Ramessés
Om
Mênfis
EGITO
Rio Nilo
Cades, En-Mispate
Deserto de Parã
EDOM, SEIR
Temã
Avite
El-Parã (Elate)
Harã
PADÃ-ARÃ
Rio Eufrates
Mari
ASSÍRIA
Nínive
Calá
Assur
Rio Hídequel (Tigre)
MESOPOTÂMIA
ELÃO
Babel (Babilônia)
SINEAR (BABILÔNIA)
CALDEIA
Ereque
Ur
Siquém
Sucote
Maanaim
Penuel, Peniel
Vale do Jaboque
Rio Jordão
Betel, Luz
Ai
Mte. Moriá
Salém (Jerusalém)
Belém, Efrate
Timná
Aczibe
Manre
Hebrom, Quiriate-Arba
Caverna de Macpela
Mar Salgado
Planície de Savé-Quiriataim
Berseba
Vale de Sidim
Neguebe
Zoar, Bela
?Sodoma
?Gomorra
?Admá
?Zeboim
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
HAMATE
Atualmente: SÍRIACidade Síria. Próxima ao rio Orontes: Amós
![Mapa Bíblico de HAMATE Mapa Bíblico de HAMATE](/uploads/map/6244b47a1049f6244b47a104a2.png)
SAMARIA
Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.283, Longitude:35.2)Nome Grego: Σαμάρεια
Atualmente: Palestina
Capital do reino de Israel, no reino dividido. Região em que localizava-se a Galiléia e Nazaré, no início da Era Cristã. Cerca de 48 km distante de Jerusalém. A nova cidade encontra-se próximo às ruinas.
Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída pelo antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino do sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel.
Samaria é um termo construído pelo hebraico shomron, nome da tribo shemer, que era proprietária do local e o vendeu ao Omri, que teria sido o sexto rei de Israel.
![Mapa Bíblico de SAMARIA Mapa Bíblico de SAMARIA](/uploads/map/6244bf385730e6244bf3857312.png)
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
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INTERLÚDIO HISTÓRICO: ISAÍAS E EZEQUIAS
A. INVASÃO DE SENAQUERIBE, Isaías 36:1-37.38
Cronologicamente, os capítulos
A obra de maior glória do ministério profético de Isaías durante a vida de Ezequias diz respeito a essas épocas principais. O ano mais crítico na vida do profeta foi 701 a.C. Nesse tempo de perigo supremo para a nação, Isaías se sobressaiu como um homem de Deus. Ciente de que a própria existência nacional de Judá estaria brevemente em jogo, ele não mais buscou alarmar e desanimar o povo. Suas palavras tornaram-se vibrantes com encorajamento e esperança. O arranjo não cronológico desses capítulos argumenta a favor da autoria de Isaías. Isso é evidente pelo fato de esses capítulos concluírem com referência ao cativeiro babilônico que Isaías não somente tinha ciência desse aconteci-mento vindouro, mas arranjou os capítulos de tal forma que concluíssem com um dedo indicador apontando naquela direção.'
De acordo com os relatos assírios, Senaqueribe chegou ao trono em 705 a.C. e a campanha contra a Palestina e o Egito ocorreu no ano 701 a.C. O décimo quarto ano do reinado de Ezequias está mais voltado para a doença do rei do que para o cerco de Senaqueribe.3 Naquela época, o grande livramento é colocado como um acontecimento futuro (Is
Isaías 36-37 descrevem o contraste entre Senaqueribe, "o grande rei", e o "Santo de Israel", o Rei Eterno. No capítulo 36, Senaqueribe invade Judá, e Rabsaqué tenta persuadir Jerusalém a render-se. No capítulo 37, Isaías aconselha seu povo a con-tinuar confiante diante do ultimato de Rabsaqué, e o anjo de Deus traz um livramento miraculoso.
1. O Encontro: O Ultimato de Rabsaqué (36:1-20)
- O contingente de Laquis (36:1-3). Senaqueribe tinha três razões para seu ataque a Judá.
1) Seu rei tinha rejeitado pagar o tributo que era recolhido desde os dias de Acaz;
2) Ezequias havia iniciado negociações com a Babilônia e o Egito com o propósito de fazer uma aliança contra a Assíria; e
3) ele tinha ajudado os filisteus de Ecrom a levantar-se contra seu rei (que apoiava a Assíria). Ele mantinha esse rei preso em Jerusalém.
O termo Rabsaqué (2) significa simplesmente "chefe dos oficiais". Visto que Senaqueribe estava ocupado com o cerco de Laquis, a maior cidade murada da Shephelá, o homem mais indicado para enviar contra Jerusalém era o oficial mais graduado, "o comandante-chefe" (Moffatt). Acompanhado de seu grande exército, ele parou jun-to ao cano do tanque mais alto, junto ao caminho do campo do lavandeiro. Este lugar provavelmente ficava a oeste de Jerusalém e a oeste do que ficou conhecido mais tarde como a porta de Jafa (veja Diagrama D). "Então, saiu ao seu encontro Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o secretário, e Joá, filho de Asafe, o arquivista" (3).5
- A intimação para a rendição (36:4-10). Rabsaqué deu, em nome do seu rei, uma mensagem a ser retransmitida a Ezequias (4). Seu conteúdo inteligentemente redigido foi calculado para minar a confiança de Jerusalém em seus aliados (4-5), seu Deus (7), sua própria força militar (8-9) e em seu destino (10). O versículo 7 mostra que o oficial assírio interpreta de forma errada a reforma de Ezequias (2 Cr 30.14), como sendo dirigida contra Javé, em vez de voltada a purificar sua adoração de traços vinculados à idolatria. No versículo 8, o oficial assírio procura "barganhar" (Berkeley) com o rei Ezequias.
- A linguagem preferida do comércio e da diplomacia (Isaías 36:11-12). O comitê do rei sentiu a ferroada do sarcasmo assírio e insistiu com ele para usar uma linguagem não familiar ao povo comum. O aramaico era a língua usada nos contatos internacionais; poderia usá-la, porque eles entenderiam. Mas esse não era o propósito desse demagogo esperto. Se pudesse, ele solaparia a lealdade e patriotismo do povo, incitando-o a revol-tar-se contra Ezequias. Para o cidadão comum que está sofrendo o cerco, ele dirige suas observações na língua hebraica, em termos tão claros e vulgares que ninguém deixaria de entender o seu significado.
- A justificativa para uma revolta (36:13-20). Rabsaqué (13) ofereceu ao cidadão comum uma profusão de comida e bebida até o tempo em que seriam deportados para uma terra tão boa quanto a deles (17), desde que se rendessem (13-17). Ele exortou-os a não supor que seu Deus fosse mais poderoso do que muitos deuses nacionais que haviam caído diante da marcha conquistadora dos assírios (18-20).
- Isaías Recomenda Coragem (Isaías 36:21-37,7)
O que o comitê poderia responder a um propagandista como este? Havia sido orde-nado silêncio, e sua única resposta vocal apenas havia piorado as coisas. Sua tristeza foi manifestada através das suas vestes rasgadas (36,22) quando fizeram o rei saber das palavras de Rabsaqué. Ao ouvir o relatório, Ezequias humilhou-se cobrindo-se com ves-tes de luto enquanto procurava um lugar de oração (Isaías 37.1).
Champlin
Ver Is
Lugar ainda não localizado, conquistado pela Assíria. Samaria:
Antiga capital de Israel (conforme 1Rs
Genebra
36.1—39.8 Essa ponte histórica entre os capítulos
* 36:1
No ano décimo quarto. Em cerca de 701 a.C., Ezequias governou como co-regente com seu pai, Acaz, de 729 a 715 a.C. e tornou-se rei exclusivo de Judá desde 715 a 686 a.C. Alguns estudiosos explicam que o ano “décimo quarto” seria devido a um erro de copista, em lugar de “vigésimo quarto”; mas outros sugerem que Isaías referia-se ao começo do governo independente de Ezequias, em 715 a.C.
Senaqueribe. Ele foi rei da Assíria entre 705 e 681 a.C.
contra todas as cidades fortificadas. Senaqueribe deixou registrado, em seus anais, que 46 cidades fortificadas foram conquistadas durante essa campanha (2Rs
* 36:2
Rabsaqué. Ele era o conselheiro real quanto a assuntos militares. De acordo com 2Rs
com grande exército. De acordo com 37.36, 185.000 soldados assírios foram mortos no cerco de Jerusalém; o exército completo teria sido muito mais numeroso do que isso.
Laquis. Essa cidade-fortaleza na parte ocidental da região montanhosa de Judá, guardava uma importante estrada que levava às terras altas ao sul de Jerusalém (Jr
aqueduto do açude superior. Isaías tinha-se encontrado ali com Acaz (7.3).
* 36:3
Eliaquim... Sebna. Ver nota em 22.19.
Joá... o cronista. Ele era um importante oficial, e também o porta-voz oficial do rei.
* 36:4
o sumo-rei. Um título oficial dos reis assírios, equivalente a “imperador”. Em contraste, Ezequias é mencionado sem qualquer título (vs. 13 e 14).
* 36:5
em quem, pois, agora confias. O desafio de assumir a lealdade à Assíria, a outras potências políticas, ou ao Senhor, era a mensagem essencial de Isaías (12.2, nota).
* 36:6
no Egito. Ezequias vinha dependendo do apoio egípcio (30.2,6,7,13
* 36:7
cujos altos e altares. Ezequias tinha removido muitos locais pagãos e idólatras em Judá (2Rs
este altar. Essa acusação focaliza a atenção sobre o requisito de adorar exclusivamente no templo de Salomão.
* 36:8
dois mil cavalos... cavaleiros. Judá não possuía cavalaria; a Assíria sim.
* 36.10
o SENHOR mesmo me disse. Ele estava tentando apelar para o povo religioso de Judá.
* 36:11
em aramaico. Já por muitos séculos, o aramaico era a linguagem internacional da diplomacia e do comércio.
* 36:15
confiar... nos livrará. Essas palavras testificam sobre a expressão pública de fé em Deus, por parte de Ezequias.
confiar no SENHOR. Este tema tinha estado no âmago da pregação de Isaías, nos caps. 7-35.
* 36:16
Fazei as pazes comigo. Lit., “fazei uma bênção”. O Rabsaqué apelou para a renovação de uma aliança política com a Assíria. Em contraste, ver 27.5.
comei... e bebei. Ele tentou os judeus com alimentos e bebidas (37.30, nota), em meio a um severo cerco (v. 12). Os assírios projetaram uma vida feliz e ideal, mas somente o Senhor era capaz de cumprir o que eles prometiam.
* 36:17
e vos leve. Essa frase reflete a política assíria de exilar uma população rebelde (conforme 2Rs
Matthew Henry
Wesley
A principal razão para negar que Isaías escreveu capítulos 40-66 , e a ponte entre este e os escritos anteriores (36-39 ), é que se deve então acredito em previsão puro. A previsão mais surpreendente é o nome Cyrus (Is
Há tantas incógnitas no Antigo Testamento cronologia que não é mais possível ser tão certo, como Skinner foi que, no ano décimo quarto do rei Ezequias foi 701 AC Alguns sairia com ele, pelo menos, uma década antes (Scott, Cyrus Gordon ), e outros muito mais tarde (WF Albright). Uma tabuleta de argila, de forma hexagonal, foi encontrada em Nínive, e diz em palavras de Senaqueribe da invasão de Judá. Mas isso não era necessariamente o seu único tal invasão. Nesse inscrição, Senaqueribe declarou que ele levou quarenta e seis anos das cidades de Judá. Rabsaqué não é um nome próprio, mas um título assírio que significa "chefe" (Delitzsch), ou "principal emissário" (Scott). Ele chegou a Jerusalém e ficou do lado de fora da cidade, no mesmo lugar onde Acaz tinha sido encontrado por Isaías (ver Is
Observe as palavras ostentando com o qual a Rabsaqué fala. Ele chama Senaqueribe o grande rei (v. Is
Ouvindo as palavras arrogantes do Rabsaqué, Eliaquim, Sebna e Joá ficou perturbado com o fato de que muitos dos plebeus de Judá estavam perto o suficiente para ouvir, e isso pode começar um pânico na cidade. Então, exortaram a Rabsaqué para já não falar na língua dos judeus (isto é, hebraico; lit., "a língua de Judá"), mas a falar na língua síria (aramaico, a língua do comércio internacional). Estes homens entendido aramaico, mas as pessoas comuns da cidade não o fez, e a utilização dessa língua impediria seu ser ouvida. Mas a Rabsaqué viu a sua finalidade, e em vez de concordar, se dirigiu ao povo da cidade diretamente, aqueles dentre eles que foram curiosamente olhando de cima do muro (vv. Is
Russell Shedd
36.2 Rabsaqué. Titulo assírio: "comandante e chefe do exército”, Laquis. Fortaleza importante que protegia o caminho de Jerusalém, na banda do sudoeste; hoje se chama Tel-el-Hesy. Campo do lavadeiro. lugar onde Isaías se encontrou com o rei Acaz, numa outra crise (7.3).
36.18 Não vos engane Ezequias. Agora, os assírios estão se revelando abertamente, declarando guerra contra o próprio Deus, sugerindo que é igual aos ídolos de pedra e de madeira que as demais nações conquistadas adoravam (vv. 19-20). Antes, tentara apelar à teologia, dizendo que, Deus estaria zangado com Ezequias por ter destruído os altares (36.7). Rabsaqué não entendeu que a reforma religiosa de Ezequias era para remover o culto pagão (2Rs
36.19 As inscrições arqueológicas daquela época mostram quanta selvageria caracterizava a destruição dessas cidades poderosas, cada uma um centro de civilização e de comércio; Hamate, Arpade e Sefarvaim estavam no caminho entre a Assíria e Jerusalém, antes de se chegar a Damasco e a Samaria, igualmente destruídas.
36.22 Rasgaram suas vestes. Maneira de exprimir o desespero, o luto, atitude logo assumida também pelo rei, ao ouvir a notícia (37.1).
NVI F. F. Bruce
2) Isaías e o rei Ezequias (36.1—39.8)
Esses quatro capítulos são quase idênticos a 2Rs
Moody
18-20. Acaso os deuses das nações livraram cada um a sua terra. O rei assírio considerava a subjugação desses principados do norte da Assíria como um triunfo sobre os deuses das diversas nações. Certamente, ele arrazoava, nenhum deus poderia ser maior e mais forte do que a nação que o servia. A derrota de Israel poderia ser interpretada como a derrota do Deus de Israel.
Francis Davidson
a) A ameaça assíria a Jerusalém (Is
Tudo aconteceu conforme Isaías predissera, e o ataque foi repelido por intervenção de Deus, como ele anunciara. Temos aqui um relato da chegada do exército de Senaqueribe (1-3) e o discurso de Rabsaqué, seu comandante em chefe (4-10), em que manhosamente procura minar a moral do povo. Frisou ser loucura confiar no Egito, cana quebrada (6); quanto a Jeová, o rei Ezequias havia deliberadamente voltado costas a Ele (7) -sutil deformação dos fatos. O enviado dirigiu-se então diretamente ao povo apinhado nas muralhas (13), salientando a grandeza das vitórias do rei da Assíria e a futilidade de procurar resistir-lhe. Nenhuma resposta lhe foi dada (21), e os representantes judeus procuram o rei para lhe transmitir a sua triste história (22).
Dicionário
Arpade
-descanso
Deuses
(latim deus, dei)
1. Religião Ser supremo. (Com inicial maiúscula.)
2. [Religião católica] Cada um dos membros da Trindade. (Com inicial maiúscula.)
3. Religião Divindade do culto pagão ou de religião não derivada do mosaísmo.
4.
Figurado
Homem
5.
meu deus
Interjeição designativa de grande espanto, medo ou surpresa.
por deus
Interjeição designativa de juramento.
santo deus
O mesmo que meu deus.
um deus nos acuda
Situação aflitiva, confusa ou complicada.
Hamate
-Fortaleza ou recinto sagrado. Cidade e reino da alta Síria, no vale de orontes – sendo a ‘entrada de Hamate’ na extremidade norte do Líbano, trata-se do sítio que fica entre a montanha e a cordilheira de Bargilus (Nusairiyeh) ao norte. Era o limite daquele território, cedido aos israelitas (Nm
Hamate Cidade e reino situado na Síria, no vale do rio Orontes (2Sm
Livrar
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Pôr em liberdade; soltar, libertar: livrar os alunos; livrar alguém da cadeia; livrou-se da pena com uma boa advogada.verbo bitransitivo Defender, preservar, pôr ao abrigo de mal ou perigo: ninguém livrará o criminoso da culpa.
verbo bitransitivo e pronominal Retirar de alguém algo que o aborrece ou constrange; desembaraçar-se: ninguém me livrou do constrangimento de ter sido traído; livrou-se da vergonha e deu a volta por cima.
Safar-se de uma circunstância vergonhosa, perigosa, ruim, difícil: livrar o filho do bullying; livrou-se da demissão com o apoio do pai.
verbo transitivo direto Religião Pedir proteção a Deus ou a outras entidades espirituais, para que algum ruim não aconteça: Deus me livre de ficar doente!
verbo pronominal Tornar-se livre, libertar-se; desobrigar-se, eximir-se: livrou-se dos importunos.
locução interjeição Deus te livre! Usada para dissuadir alguém de uma ação ou para desejar que nada lhe aconteça.
Etimologia (origem da palavra livrar). Do latim liberare.
Mãos
substantivo feminino plural Membros superiores do corpo humano que vai dos punhos até à extremidade dos dedos: o ser humano tem duas mãos com cinco dedos cada uma.[Zoologia] Extremidade dos membros superiores de alguns animais; patas.
Figurado Em que há posse, domínio, poder, autoridade: o poder sempre está nas mãos de irresponsáveis.
Etimologia (origem da palavra mãos). Plural de mão, do latim manu, "mão".
Porventura
advérbio Demonstra que o falante expressa, no plano hipotético, o teor da oração que pretende modificar; por hipótese, por acaso: se porventura ela aparecer, você me chama?Em frases interrogativas, geralmente em interrogações retóricas; por casualidade: o professor é porventura o escritor deste livro? Porventura seguiremos unidos até o final?
Etimologia (origem da palavra porventura). Por + ventura.
Samaria
--
Samaria [Torre de Guarda] -
1) Monte situado 12 km a nordeste de Siquém (Am
2) Capital do reino do Norte, construída nesse monte por Onri (1Rs
3) Região central da Terra Santa, abrangendo as tribos de Efraim e Manassés do Oeste. Ao norte ficava a Galiléia; a leste, o Jordão; ao sul, a Judéia; e, a oeste, o Mediterrâneo (2Rs
Samaria Capital do Reino do Norte de Israel fundada pelo rei Amri em 880 a.C. Com o tempo, o nome estendeu-se à região dos arredores (Lc
Sefarvaim
Cidade, ou cidades da Assíria, de onde o rei assírio trouxe muitos cativos para repovoarem as cidades de Samaria (2 Rs 17.24,31) – acha-se identificada com Sipar, a cidade de Samos, o deus Sol. A Sefarvaim de 2 Rs 18.34 (isSefarvaim Cidade de onde os assírios levaram pessoas para morarem em Samaria (2Rs
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
חֲמָת
(H2574)
procedente da mesma raiz que 2346; Hamate = “fortaleza” n pr loc
- a cidade principal da parte alta da Síria no vale de Orontes n pr m
- pai da casa de Recabe
יָד
(H3027)
uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f
- mão
- mão (referindo-se ao homem)
- força, poder (fig.)
- lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
- (vários sentidos especiais e técnicos)
- sinal, monumento
- parte, fração, porção
- tempo, repetição
- eixo
- escora, apoio (para bacia)
- encaixes (no tabernáculo)
- um pênis, uma mão (significado incerto)
- pulsos
אַיֵּה
(H346)
forma alongada procedente de 335; DITAT - 75a; inter adv
- onde?
- referindo-se a pessoas, coisas
- retórico
כִּי
(H3588)
uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj
- que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
- que
- sim, verdadeiramente
- quando (referindo-se ao tempo)
- quando, se, embora (com força concessiva)
- porque, desde (conexão causal)
- mas (depois da negação)
- isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
- mas antes, mas
- exceto que
- somente, não obstante
- certamente
- isto é
- mas se
- embora que
- e ainda mais que, entretanto
אֱלֹהִים
(H430)
plural de 433; DITAT - 93c; n m p
- (plural)
- governantes, juízes
- seres divinos
- anjos
- deuses
- (plural intensivo - sentido singular)
- deus, deusa
- divino
- obras ou possessões especiais de Deus
- o (verdadeiro) Deus
- Deus
נָצַל
(H5337)
uma raiz primitiva; DITAT - 1404; v
- tirar à força, salvar, resgatar, libertar, tirar, saquear
- (Nifal)
- arrancar, salvar-se
- ser arrancado ou tirado, ser libertado
- (Piel)
- tirar, despojar
- salvar
- (Hifil)
- tirar, tirar à força
- resgatar, recuperar
- livrar (referindo-se aos inimigos ou problemas ou morte)
- salvar do pecado e da culpa
- (Hofal) ser tirado
- (Hitpael) desembaraçar-se
סְפַרְוַיִם
(H5617)
de derivação estrangeira; n pr loc Sefarvaim = “os dois Sipparas”
- uma cidade na Síria conquistada pelo rei da Assíria
- talvez próxima a atual ‘Mosaib’ e junto ao Eufrates, acima da Babilônia
אַרְפָּד
(H774)
procedente de 7502; n pr loc
Arpade = “Eu serei estendido (ou suportado)”
- uma cidade no norte da Síria citada como um exemplo da conquista dos assírios
שֹׁמְרֹון
(H8111)
procedente do part. ativo de 8104, grego 4540
- a região na parte norte da Palestina pertencente ao reino do Norte, que era formado pelas 10 tribos de Israel que se separaram do reino do Sul depois da morte de Salomão durante o reinado de seu filho Roboão, sendo inicialmente governadas por Jeroboão
- a capital do reino do Norte ou Israel localizada 50 km (30 milhas) ao norte de Jerusalém e 10 km (6 milhas) a noroeste de Siquém
אֵת
(H853)
aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida
- sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo