Enciclopédia de Isaías 50:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

is 50: 5

Versão Versículo
ARA O Senhor Deus me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde, não me retraí.
ARC O Senhor Jeová me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde: não me retiro para trás.
TB O Senhor Jeová abriu-me o ouvido, e eu não fui rebelde, nem me retirei para trás.
HSB אֲדֹנָ֤י יְהוִה֙ פָּתַֽח־ לִ֣י אֹ֔זֶן וְאָנֹכִ֖י לֹ֣א מָרִ֑יתִי אָח֖וֹר לֹ֥א נְסוּגֹֽתִי׃
BKJ O Senhor DEUS tem aberto meu ouvido e eu não fui rebelde, nem retrocedi.
LTT O Senhor DEUS Me abriu os ouvidos, e Eu não fui rebelde; não Me retirei para trás.
BJ2 O Senhor Iahweh abriu-me os ouvidos e eu não fui rebelde, não recuei.
VULG Dominus Deus aperuit mihi aurem, ego autem non contradico : retrorsum non abii.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 50:5

Salmos 40:6 Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste.
Isaías 35:5 Então, os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão.
Isaías 48:8 Nem tu as ouviste, nem tu as conheceste, nem tampouco desde então foi aberto o teu ouvido, porque eu sabia que procederias muito perfidamente e que eras prevaricador desde o ventre.
Mateus 26:39 E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
João 8:29 E aquele que me enviou está comigo; o Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.
João 14:31 Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.
João 15:10 Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
Atos 26:19 Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial.
Filipenses 2:8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
Hebreus 5:8 Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.
Hebreus 10:5 Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste;

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Isaías Capítulo 50 do versículo 1 até o 11
  1. A Réplica do Todo-Poderoso (50:1-3)

A réplica divina aparece na forma de perguntas dirigidas a determinados israelitas que achavam ter Deus formalmente se divorciado da mãe deles (Sião) de acordo com a lei (cf. Dt 24:1), ou que os tinha vendido (1) para algum credor em pagamento de alguma dívida enorme. Nenhuma das suposições estava correta. Aqui Deus levanta a questão do distanciamento e deixa claro que somente o pecado separa o homem da sua presença e favor. Assim, a repreensão divina é mais ou menos a seguinte: Alguma vez me divorciei da sua mãe? Alguma vez vendi vocês aos serviços do meu credor como pagamento pelos meus débitos? Não, vocês mesmos se venderam como conseqüência da escravidão do pecado! Por que minhas intimações não despertaram nenhuma reação? Será que não tenho poder para livrar? Lembrem-se, sou Eu que seco o mar e os rios, e sou Eu que escureço os céus, causando o eclipse dos seus luminares. Se eu retirasse a minha luz, toda natureza ficaria em absoluta escuridão.

Somente o pecado separa Israel de Deus. O problema não estava com Deus; o proble-ma estava com cada membro da sua Sião. O poder de Deus sobre a natureza é onipotente. Assim, a sua habilidade de redimir e restaurar é irrepreensível. A fé, então, junto com uma resposta pronta ao chamado do Senhor (cf. v. 2), é a solução para o problema de Sião.

B. O ETERNO DEFENDE OS SEUS, 50:4-11

Nesta seção, temos o Solilóquio (Monólogo) do Servo referente à sua perfeição atra-vés do sofrimento. Este é o terceiro dos chamados "Cânticos do Servo".

  1. Uma Lição Bem-Aprendida (50:4-6)

Poucos homens, mesmo ministros, têm aprendido essa lição, no entanto, o Servo divino declara: "Eu sei falar de maneira proveitosa, ouvir sabiamente, e obedecer com-pletamente". Ele tem uma língua treinada,' um ouvido (4) que ouve com atenção, uma vontade obediente, e perseverança no sofrimento. Essa é uma lição importante, rara-mente aprendida pelos embaixadores do Eterno. Falar sabiamente aos ímpios, agir es-pontaneamente ao ouvir a voz divina e sofrer silenciosamente sob abuso imerecido são qualidades específicas de Jesus Cristo. Nenhum representante da Deidade alcançará isso sem "a graça do nosso Senhor Jesus Cristo". Knight refere-se a isso como uma "abor-dagem extraordinariamente nova ao problema da desumanidade do homem em relação ao homem".4 Essas qualidades foram profetizadas por Isaías, mas praticadas por Jesus.

  1. Uma Fé Bem-Fundamentada (50:7-9)

O motivo de o Servo agora ser capaz de suportar esse tipo de dor e tratamento abusivo em sua humilhação é conseqüência de sua fé. Seu solilóquio (monólogo) pode ser resumido da seguinte maneira: Meu Ajudador e meu Defensor está ao meu lado — Deus me ajuda (7) ; por isso, meu propósito é inabalável. Deus vai defender-me; por isso, minha resistência é resoluta. Deus vai me justificar (8) ; por isso, meu triunfo final é certo (9).

Com a ajuda de Deus, esse Servo sofredor nunca é confundido. Com a ajuda de Deus, Ele nunca será envergonhado. Com Deus como seu Advogado, nenhum homem poderá condená-lo (Rm 8:31-33-34). Levaria tanto tempo até que seus acusadores elaborassem uma causa contra Ele que suas vestes se tornariam velhas e comidas pela traça (9). Ele pode confiar em Deus em relação ao futuro desconhecido visto que conhece a lealdade imutável de Deus no presente.

3. Um Futuro Seguro (50:10-11)

Aqui se oferece conselho para aqueles que caminham em trevas, mas que estão procurando a luz (10). É a garantia do Servo para aqueles que confiam em Deus. No AT, aquele que teme ao SENHOR é sinônimo de "ser religioso" em nossa terminologia moder-na. Essa pessoa, "embora caminhe na escuridão" (ASV, nota de rodapé), está se voltando para a luz. Que ele tenha fé na fidelidade de Deus (1 Jo 1:7).

Aqui são advertidos aqueles que incitam brigas e torturam e estão brincando com fogo (11). A tradução de C. von Orelli traz nova luz em relação à versão da KJV: "Mas agora todos vocês são tochas acesas e se vestem com dardos flamejantes. An-dem nas labaredas do seu fogo e serão queimados com os seus próprios dardos flame-jantes. Isso vem da minha mão; em tormentos vocês se deitarão". A questão é sim-ples: "O que o homem semear, isso também ceifará". Ouçam atentamente e tenham esperança! Atormentem e pereçam! Na última frase desse capítulo, Deus fala em juízo. Knight traduziu essa cláusula da seguinte maneira: "Entrem na fornalha do seu próprio fogo".5 Isso se assemelha às palavras de Jesus em Mateus 25:41. No final, o mal consome os que se entregam a ele, da mesma forma que Deus justifica os que se comprometem com Ele (1 Pe 4.19).

Esta passagem somente pode estar se referindo ao Israel Ideal como o Servo de Javé. Conseqüentemente, não se refere à nação, mas a um Indivíduo, e esse Indivíduo era Cristo.'


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Isaías Capítulo 50 do versículo 1 até o 11
*

50:1

a carta de divórcio. Se o Senhor tivesse expedido tal carta, ele não poderia tomar Israel de volta (Dt 24:1-4; Jr 3:1,8).

vossa mãe. Os habitantes de Jerusalém que tinham sido levados no exílio babilônico são aqui figuradamente descritos como Filhos de Israel, a esposa de Deus.

o meu credor. Se o Senhor tivesse vendido Israel a credores, ele teria perdido a autoridade sobre o destino deles (conforme 2Rs 4:1; Ne 5:5).

vossas transgressões. Visto que Israel foi vendida em pagamento pela dívida de seus pecados, o Redentor tinha a responsabilidade de comprá-lo de volta (41.14; 52.3).

* 50.4-11 Temos aqui o terceiro dentre quatro “Cânticos do Servo” (42.1-9; 49:1-7; 50:4-11; 52.13—53.12 e notas). A reprimenda contra o Israel temente a Deus, no exílio (51,7) antevê a rejeição de Jesus Cristo.

* 50:4

boa palavra. Ver notas em 45.23—49.2.

ao cansado. Ver Jr 31:25.

* 50:6

as costas. Jesus Cristo sofreu tal injustiça como parte de sua obediência a Deus (53.5,11,12; Mt 27:26; Jo 19:1).

aos que me arrancavam os cabelos. Isso representa um ato de humilhação (2Sm 10:4,5; Ne 13:25).

* 50:7

fiz o meu rosto como um seixo. Resolvido e determinado em face da oposição (conforme Ez 3:8,9; Jr 1:18; Lc 9:51).

não me senti envergonhado. Não se deixou envergonhar pela derrota.

* 50:11

vós, que acendeis fogo. O sentido geral é que eles traçavam planos dependendo de suas próprias forças, e não dependendo de Deus, e assim, em resultado, se arruinavam.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Isaías Capítulo 50 do versículo 1 até o 11
50.1, 2 Deus prometeu brigar pelo Israel, mas este se vendeu ao pecado causando-se seus próprios problemas. "cortou-se minha mão?" significa: "Não tenho eu poder para ajudá-los?" Israel se esqueceu de Deus e confiou na ajuda de outras nações. Deus não rechaçou ao Israel, mas sim o Israel o rechaçou ao.

50.10, 11 Se andarmos com nossa luz e rechaçamos a de Deus, voltamo-nos auto-suficientes e o resultado é tortura. Quando depositamos nossa confiança na inteligência, aparência ou os lucros em lugar de Deus, arriscamo-nos a sofrer em grande maneira quando estes pontos fortes desapareçam.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Isaías Capítulo 50 do versículo 1 até o 11
Onipotente Amor 4. O Senhor (50: 1-3)

1 Assim diz o Senhor: Onde está a carta de divórcio de sua mãe, pela qual eu a repudiei? ou o meu credor é a quem eu vos tenha vendido? Eis que por vossas maldades fostes vendidos, e por vossas transgressões foi repudiada vossa Mt 2:1 Por isso, quando eu vim, ninguém apareceu? quando eu liguei, estava lá ninguém para responder? É encolheu a minha mão de tudo, que já não possa remir? ou não tenho poder para livrar? Eis que com a minha repreensão faço secar o mar, eu faço os rios em deserto: seu fedor de peixe, porque não há água, e morrem de sede. 3 Eu visto os céus de negridão, e eu ponho cilício por sua cobertura.

Nosso esquema ignora a divisão de capítulo aqui, não por causa de qualquer dificuldade em transição entre os versículos 3:4 , nem porque parte do capítulo é considerada uma interpolação (Duhm), mas de salientar a estreita relação desta seção com o capítulo anterior. Esta seção continua a tese de que, enquanto parece que Deus virou as costas para o seu povo, Ele não tem (conforme Is 49:15 , Is 49:26 ).

As questões de versos 1-2a chamar a atenção para a distinção entre um divórcio que é definitiva e que é apenas uma separação, e entre uma venda que é definitiva e que é revogável (conforme Jr 3:1 ). Deus declara que Israel é como uma mulher errante, mas Ele está disposto a tê-la de volta, e ainda pede para ela. Ela foi vendida por seus pecados, mas a venda não é irrevogável; Deus ansiosamente procura comprar-la de volta para si mesmo. Por que eles não responder Seu apelo para que ela volte para Ele?Certamente eles não podem imaginar que Ele não é capaz de redimi-los! Mais tarde Deus declara categoricamente que Ele não é incapaz (59: 1-2 ). Ele declara que, longe de expulsá-los de lado, Ele fez com que a natureza para colocar em luto. Ele secou os mares e rios e vestiu os céus com a negritude (v. Is 50:3 ). Por tais figuras corajosas e expressivos, o profeta mostra o amor e preocupação de Deus para o povo.

J. A obediência e confiança DO SERVO (50: 4-9)

4 O Senhor Deus me deu a língua dos que são ensinados, para que eu saiba sustentar com uma palavra o que está cansado; ele desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os que são ensinados. 5 O Senhor O Senhor abriu-me os ouvidos, e eu não fui rebelde, nem me retirei para trás. 6 Eu dei a minha volta para os batedores, e minha face aos que me arrancavam a barba; Eu não escondi o meu rosto dos que me afrontavam e me cuspiam. 7 Para o Senhor Deus me ajuda; portanto não me sinto confundido; por isso pus o meu rosto como um seixo, e sei que não serei envergonhado. 8 Perto está o que me justifica; que vai lutar comigo? deixe-nos juntos; quem é meu adversário? deixe que ele se aproxima de mim. 9 Eis que o Senhor Deus me ajuda; quem é ele que me condenaria? eis que todos eles se envelhecerão como um vestido; a traça os comerá.

Duhm chamado esta passagem de um terço "Servo Song" e teorizou que, como os outros, era parte de uma composição separada e foi interpolada aqui, onde ele não pertence. Esta teoria radical está sendo questionada por muitos, e é aqui rejeitada (verNOTA COMPLEMENTAR IV ). A individualidade aumento do servo é visto no fato de que, neste capítulo, é o mais visto não como a nação, mas como a vinda de Cristo está sendo revelada gradualmente.

Nesta secção, o servo é visto estar meditando sobre seus sofrimentos, mas sem neste momento revelando a causa deles. Vamos começar a sensação do verso melhor se traduzirmos "eruditos", em vez de os que são ensinados e eles que são ensinadas, desde que a palavra tem a mesma amplitude de significado que o hebraico limmudim . No final do versículo 4 refere-se a estudiosos em uma escola como o seu mestre chama-los a prestar atenção no que ele está dizendo. Mas antes de se falar da educação língua de estudiosos treinados.

O servo declara que ele foi prestando atenção ao que está sendo ensinado. Eu não fui rebelde (v. Is 50:5 ), mas enfrentou o meu castigo, diz ele. Como Jó (Is 13:19 ), ele pede aos seus acusadores que ficar e lutar com ele no tribunal, a certeza de que o Senhor Deus vai ajudá -lo (v. Is 50:9 ). (Com a garantia do versículo 9 , compare Rm 8:1ff) Ele tem certeza de que seus acusadores vão cair, enquanto ele vai ficar.

K. DEUS e seus seguidores (50: 10-52: 12)

1. uma exortação à fé (50: 10-11)

10 Quem há entre vós que teme ao Senhor, que ouça a voz do seu servo? Aquele que anda em trevas, e não tem luz, confie no nome do Senhor, e contar sobre o seu Deus. 11 Eis que todos vós que acender um fogo, que cingi-vos sobre com tições; andai a chama do seu fogo, e entre as marcas que ateastes. Este tereis da minha mão; haveis de deitar-se em tristeza.

Em certo sentido, esta seção curta resume o contraste entre as pessoas sem fé (vv. Is 50:1-3) e o servo fiel (vv. Is 50:4-9 ). Mas ele também ajuda a preparar o caminho para as seguintes seções, que levam rapidamente à mensagem clímax sobre o Servo do Senhor (13 53:12'>52: 13 53:12 ).

O temente a Deus, os obedientes são disse para confiar em o nome do Senhor, mesmo quando eles se encontram em trevas. Por outro lado, aqueles que acender um fogo pelo qual à luz o seu próprio caminho é dito que esse fogo vai se tornar uma fonte de tortura e de tristeza para eles.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Isaías Capítulo 50 do versículo 1 até o 11
50.1 Carta de divórcio. Segundo Dt 24:1-5, um homem hão podia casar-se novamente com a mulher que antes repudiara, mesmo se esta viesse a tornar-se viúva do segundo marido. Deus procedeu graciosamente com Israel, apesar do povo ter-se mostrado infiel ao Esposo Celeste; Deus veio para trazê-lo de volta (2), mas ele, do mesmo modo que os gentios, não lhe deu ouvidos, v. 6. Todavia, não há "carta de divórcio”; Deus não se volta definitivamente contra o povo que dele apostatou, mas entrega seu Filho Unigênito para a salvação dos que nele crêem (Jo 3:16).

50.2 Ninguém apareceu. Nem para aceitar a obra de Deus em prol deles próprios, nem para exercer a obra missionária (conforme 6.8), nem para mostrar misericórdias aos aflitos, em nome de Deus (Jo 5:7-43). Se encolheu tanto. A falta de confiança na graça irrestrita do nosso Senhor também é pecado, da nossa parte.

50.6 Ofereci. Voluntariamente, Jesus sofreu, os tormentos enumerados neste versículo profético, no pretório de Pôncio Pilatos e no pátio do sumo sacerdote (Mt 26:67; Mt 27:26; Jo 18:29). Para realmente entendermos a obra de Cristo em prol da salvação, devemos reconhecer que tomou voluntariamente sobre si tanto o sofrimento como a morte (Jo 10:18).

50.9 Todos eles. Os infiéis, os que desprezam o Senhor Jesus Cristo.

50.11 Labaredas... fogo. O pecado e a apostasia. De mim. É o próprio Deus que permite que o mal se volte contra os malfeitores.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Isaías Capítulo 50 do versículo 1 até o 11
50.1. Temos aqui uma resposta à convicção de que Deus deve ter finalmente abandonado o seu povo no exílio e o rejeitado para sempre. Para responder a essa convicção, duas metáforas freqüentes do AT são usadas de forma muito hábil. Em primeiro lugar, se Deus havia sido o “marido” de Israel (uma vez que Israel é considerado a mãe dos exilados), então não poderia ter se divorciado de Israel sem a devida documentação (conforme Dt 24:1-5); então o matrimônio ainda é válido! Em segundo lugar, Deus tinha tantas vezes “entregue” o seu povo nas mãos de opressores (cf., e.g., Jz 6:1), mas alguma vez alguém fizera algum pagamento? Então Deus tem o direito de reaver a sua “propriedade”! (Se mesmo assim os exilados estavam inclinados a culpar Deus por seus problemas, que lembrassem que o “divórcio” e a “venda” temporários tinham sido decorrentes inteiramente dos pecados passados de Israel.)

e) O Servo de Deus: a sua perseverança (50:4-11)

Nos v. 4-9, nos é apresentado o retrato de um profeta perseguido e levado a julgamento. O uso da primeira pessoa levou alguns comentaristas a interpretar o poema literalmente — i.e., que o autor (o “Segundo Isaías”, nessa perspectiva) foi tratado dessa maneira pelas autoridades babilónicas. E verdade que o poema contém comparações com os lamentos de outro profeta, Jeremias (conforme especialmente Jr 11:18ss; 20:7-12); mas parece melhor seguirmos a maioria dos exegetas e entender a passagem como uma continuação de 49:1-6, ou, em outras palavras, como o terceiro “Cântico do Servo” (v. Introdução), do qual 52.13—53.12 é, por sua vez, a continuação.

Quem fala, então, é o anônimo Servo do Senhor, retratado no papel de um profeta; nesse poema do Servo, não há menção de características régias. Ele é um mediador da palavra de Deus (v. 4), que é humilhado pelos homens (v. 6) mas destemido (v. 5). O ponto de contraste extraordinário com outros profetas, especialmente Jeremias, é a sua disposição voluntária para o sofrimento e a vergonha, um tema ampliado no cap. 53. A sua confiança na sua vindicação final é inabalável (v. 9).
Assim será o verdadeiro profeta, em contraste com os muitos falsos profetas que Israel havia conhecido. No futuro, a nação vai ser orientada a esperar e cuidar desse servo do Senhor (v. 10). O v. 11 é dirigido como uma advertência dura aos desobedientes; mas o significado das metáforas já não é claro para nós. Talvez se tivesse em mente aqui algum ritual pagão. De qualquer forma, o contraste está suficientemente claro; os obedientes vão conhecer a luz (heb. ’õr, v. 10) da provisão de Deus, mas os rebeldes vão ter de suportar a luz (palavra diferente no heb. no v. 11: ’ãr, traduzida com mais exatidão por “chama”) do fogo de tormento.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Isaías Capítulo 40 do versículo 1 até o 24

VOLUME VIII. O LIVRO DO CONFORTO. 40:1 - 66:24.

Seção I. O Propósito da Paz. 40:1 - 48:22.


Moody - Comentários de Isaías Capítulo 50 do versículo 4 até o 9

4-9. Por meio de um contraste o Senhor Jesus é apresentado como o verdadeiro Israel, o Servo inteiramente obediente. Língua de eruditos (E.R.A.). Antes, dos que foram ensinados. Isto é, o Messias falaria como alguém a quem Deus tivesse ensinado sua verdadeira mensagem de conforto àqueles que estão cansados do pecado. Todas as manhãs caracteriza seus encontros matinais a sós com o Pai.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Isaías Capítulo 50 do versículo 4 até o 9
e) A terceira passagem referente ao Servo do Senhor: Sua obediência e confiança (Is 50:4-23) que Ele tem consciência de que o ministério a que é chamado implicará muito sofrimento e dor, e que Israel só seria remido através do sofrimento. Nesta seção, esta consciência aprofundou-se, e começam a esboçar-se algumas das formas que esse sofrimento assumirá. Só no capítulo 53 é que vem à luz toda a intensidade do sofrimento messiânico, mas muito se revela já aqui; especialmente é a consciência do padecimento que os Seus inimigos Lhe infligirão que o trecho acentua. As referências no Novo Testamento a toda esta passagem constituem o seu melhor comentário.

É instrutivo notar as características físicas salientadas: o Messias é esbofeteado; arrancam-Lhe os cabelos, sujeitam-nO à vergonha, cospem-Lhe zombeteiramente (6). A chamada de Jeová implica experiências destas. É com respeito a tais experiências que o Servo diz: "O Senhor Jeová Me abriu os ouvidos, e Eu não fui rebelde; não Me retiro para trás" (5). Entre o Servo e Jeová não há conflito, mas sim o mais perfeito acordo (7-9).

O Senhor Jeová Me deu uma língua erudita (4). Vêm aqui mencionados em pormenor grandes dons de Jeová ao Seu Servo: o poder de instruir no caminho de Deus (4); o espírito da obediência e da humildade (5); o espírito da confiança em Deus e da força nEle (6-7); a consciência de que Deus está com Ele em toda a Sua obra e ministério (8-9). Aos que Me arrancam os cabelos (6); compare-se com Mt 26:67; Mt 27:26, Mt 27:30; Jo 18:22. Eis que todos eles como vestidos se envelhecerão (9). Esta referência à decadência natural dos inimigos do Servo tem um duplo significado. Não só há uma sublime garantia da impotência daqueles que se desejam opor, como também se proclama implicitamente a crença do Servo de que Ele não perecerá como os primeiros. Compare-se com He 1:11-58 e notem-se os contrastes. Se o Servo fosse Israel, isto seria uma idéia quase impossível, a saber, que Israel é indestrutível. Na boca do Filho de Deus, o Messias ungido, tal declaração é inteiramente apropriada, fazendo parte da grande verdade elementar da revelação. Em Is 51:6-23 emprega-se a mesma metáfora do desaparecimento dos céus e da terra, contrastando com a estabilidade eterna da justiça de Deus.


Dicionário

Jeová

substantivo masculino No Antigo Testamento, designação de Deus, ser absoluto e sobrenatural que, segundo o cristianismo, está acima de todas as coisas; Iavé ou Javé.
Gramática Palavra que deve ser grafada com a inicial maiúscula.
Etimologia (origem da palavra jeová). Do hebráico jehovah.

(Para significação, *veja mais abaixo.) o mais antigo exemplo que se conhece do emprego da palavra Jeová, é do ano 1518 d.C., e é devido à má compreensão de um termo hebraico, cujas consoantes são Yhwk. Depois do cativeiro tinham os judeus tão grande respeito a este nome, que, na verdade, somente era usado, segundo algumas autoridades, pelo sumo sacerdote, uma só vez no ano, no dia da expiação. Todavia, Yhwk ocorre muito freqüentemente na Sagrada Escritura – e por isso outra palavra, Adonai (Senhor), a substituiu na leitura em alta voz, e foi adotada pelos tradutores nas diversas línguas estrangeiras (em grego Kyrios – em latim Dominus). E desta maneira se perdeu a verdadeira pronúncia de Yhwk. Quando, porém, foram acrescentadas às consoantes hebraicas (no oitavo e nono século d.C.) as letras vogais, as de Adonai foram dadas a Yhwk em vez das suas próprias. Por esta razão, se o primeiro ‘a’ fosse levemente disfarçado seria possível ler-se Yehowah – e foi isto o que realmente aconteceu. Com estas vogais se pretendeu, tanto quanto possível, designar várias formas do verbo hebraico e sugerir assim, numa só palavra, Jeová, estas idéias: ‘o que será’, ‘o que é’, e ‘Aquele que foi’. Embora isto seja pura imaginação, concorda com a frase que se encontra no Ap 1:4. Primitivamente, sem dúvida, Yhwk representava aquele tempo de um verbo hebraico que implica continuidade (o tempo chamado ‘imperfeito’), e com as suas vogais se lia Yahaweh ou Yahwek. A sua significação era provavelmente ‘Aquele que é’, ou ‘Aquele que será’, sugerindo plena vida com infinitas possibilidades. Para isto há a seguinte explicação: Quando Moisés quis informar-se a respeito do nome de Deus, foi esta a resposta: ‘o Ente “Eu sou o que sou”, “ou Serei o que serei”, me mandou vir ter contigo.’ Este nome significa, então, o Ser que subsiste por Si, o qual proverá a respeito do Seu Povo. Quanto a saber-se até que ponto o nome era conhecido do povo de israel, antes da chamada de Moisés, não é possível aprofundar o assunto. Por um lado, explicitamente diz Deus: ‘Eu sou o Senhor: e eu apareci a Abraão, a isaque, e a Jacó, como Deus, o Todo-poderoso (El-Saddai) – mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido.’ Por outro lado, freqüentemente ocorre esse nome no livro de Gênesis, e acham-se vestígios dele, com aplicação a um certo deus, nos primitivos documentos babilônicos. Tudo bem considerado, é provável que o uso da palavra no Gênesis seja devido a escritores ou copistas, posteriores à chamada de Moisés, e que, embora a palavra fosse conhecida antes desse tempo, não estava formalmente identificada com o verdadeiro Deus. Seja como for, a palavra era tão expressiva, tão cheia de promessas para um homem que começa a sua vida, e para uma nação que estava a ponto de entrar numa carreira de proveito para todo o mundo, que a sua escolha não somente revelava a natureza de Deus, mas também assegurava o bom resultado do Seu povo. Era o nome do pacto com Deus, e estava revestido de poder. (*veja Deus.)

Jeová V. SENHOR (hebraico ????, YHVH; Is 12:2, RC).

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Rebelde

adjetivo Que se levanta contra a autoridade legítima ou constituída: uma província rebelde.
Que não obedece: rebelde aos nossos conselhos.
Difícil de debelar: doença rebelde.
Metais rebeldes, refratários à ação do fogo.
substantivo masculino e feminino Pessoa que se rebela, que se revolta; revel.

É aquele que sempre volta (re) a provocar uma guerra (bellum). Com causa ou sem causa.

Rebelde Revoltado contra a autoridade; teimoso (Is 63:10); (Rm 15:31).

Retiro

Retiro ESCONDERIJO (Sl 107:41).

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Isaías 50: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

O Senhor DEUS Me abriu os ouvidos, e Eu não fui rebelde; não Me retirei para trás.
Isaías 50: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H136
ʼĂdônây
אֲדֹנָי
senhor
(Lord)
Substantivo
H241
ʼôzen
אֹזֶן
orelha, como parte do corpo
(in their hearing)
Substantivo
H268
ʼâchôwr
אָחֹור
o lado de trás, a retaguarda
(backward)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4784
mârâh
מָרָה
ser controverso, ser rebelde, ser teimoso, ser desobediente a, ser rebelde contra
(you rebels)
Verbo
H5472
çûwg
סוּג
mover-se, ir, retornar, ir embora, desviar
(let them be turned)
Verbo
H595
ʼânôkîy
אָנֹכִי
eu
(I)
Pronome
H6605
pâthach
פָּתַח
abrir
(were opened)
Verbo


אֲדֹנָי


(H136)
ʼĂdônây (ad-o-noy')

0136 אדני ’Adonay

uma forma enfática de 113; DITAT - 27b; n m

  1. meu senhor, senhor
    1. referindo-se aos homens
    2. referindo-se a Deus
  2. Senhor - título, usado para substituir Javé como expressão judaica de reverência

אֹזֶן


(H241)
ʼôzen (o'-zen)

0241 אזן ’ozen

procedente de 238; DITAT - 57a; n f

  1. orelha, como parte do corpo
  2. ouvido, como o órgão de audição
  3. (subjetivo) abrir o ouvido para revelar; o receptor da revelação divina

אָחֹור


(H268)
ʼâchôwr (aw-khore')

0268 אחור ’achowr ou (forma contrata) אחר ’achor

procedente de 299; DITAT - 68d; subst

  1. o lado de trás, a retaguarda
    1. para trás
    2. daqui por diante (temporal)
    3. atrás

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מָרָה


(H4784)
mârâh (maw-raw')

04784 מרה marah

uma raiz primitiva; DITAT - 1242; v

  1. ser controverso, ser rebelde, ser teimoso, ser desobediente a, ser rebelde contra
    1. (Qal) ser desobediente, ser rebelde
      1. em relação ao pai
      2. em relação a Deus
    2. (Hifil) mostrar rebeldia, mostrar desobediência, desobedecer

סוּג


(H5472)
çûwg (soog)

05472 סוג cuwg

uma raiz primitiva; DITAT - 1469; v

  1. mover-se, ir, retornar, ir embora, desviar
    1. (Qal) desviar, mostrar-se infiel a
    2. (Nifal)
      1. retirar-se, voltar
      2. ser retirado ou removido, ser expulso

אָנֹכִי


(H595)
ʼânôkîy (aw-no-kee')

0595 אנכי ’anokiy

um pronome primitivo; DITAT - 130; pron pess

  1. eu (primeira pess. sing.)

פָּתַח


(H6605)
pâthach (paw-thakh')

06605 פתח pathach

uma raiz primitiva; DITAT - 1854,1855; v.

  1. abrir
    1. (Qal) abrir
    2. (Nifal) ser aberto, ser deixado solto
    3. (Piel)
      1. libertar
      2. soltar
      3. abrir, abrir-se
    4. (Hitpael) soltar-se
  2. entalhar, gravar
    1. (Piel) gravar
    2. (Pual) ser gravado