Enciclopédia de Ezequiel 13:23-23

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 13: 23

Versão Versículo
ARA por isso, já não tereis visões falsas, nem jamais fareis adivinhações; livrarei o meu povo das vossas mãos, e sabereis que eu sou o Senhor.
ARC Portanto não vereis mais a vaidade, nem mais fareis adivinhações; mas livrarei o meu povo das vossas mãos, e sabereis que eu sou o Senhor.
TB Por isso, não tornareis mais a ver a vaidade, nem adivinhar adivinhações; livrarei das vossas mãos o meu povo, e sabereis que eu sou Jeová.
HSB לָכֵ֗ן שָׁ֚וְא לֹ֣א תֶחֱזֶ֔ינָה וְקֶ֖סֶם לֹא־ תִקְסַ֣מְנָה ע֑וֹד וְהִצַּלְתִּ֤י אֶת־ עַמִּי֙ מִיֶּדְכֶ֔ן וִֽידַעְתֶּ֖ן כִּֽי־ אֲנִ֥י יְהוָֽה׃
BKJ Portanto, não vereis mais vaidade, nem divinas adivinhações; porque eu livrarei o meu povo da vossa mão, e sabereis que eu sou o SENHOR.
LTT Portanto, não mais vereis coisa- de- nenhum- valor (coisa- falsa), nem mais adivinhareis adivinhações; mas livrarei o Meu povo da vossa mão, e sabereis que Eu sou o SENHOR."
BJ2 por tudo isso não continuareis a ter visões vãs, nem a fazer presságios. Antes, libertarei o meu povo das vossas mãos e sabereis que eu sou Iahweh.
VULG propterea vana non videbitis, et divinationes non divinabitis amplius, et eruam populum meum de manu vestra : et scietis quia ego Dominus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 13:23

Deuteronômio 18:20 Porém o profeta que presumir soberbamente de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não tenho mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, o tal profeta morrerá.
Ezequiel 12:24 Porque não haverá mais nenhuma visão vã, nem adivinhação lisonjeira, no meio da casa de Israel.
Ezequiel 13:6 Veem vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem: O Senhor disse; quando o Senhor os não enviou; e fazem que se espere o cumprimento da palavra.
Ezequiel 13:21 E rasgarei os vossos véus e livrarei o meu povo das vossas mãos, e nunca mais estarão em vossas mãos para serem caçadas; e sabereis que eu sou o Senhor.
Ezequiel 14:8 E porei o rosto contra o tal homem, e o farei um espanto, um sinal, e um provérbio, e arrancá-lo-ei do meio do meu povo; e sabereis que eu sou o Senhor.
Ezequiel 15:7 E porei a minha face contra eles; eles sairão do fogo, mas o fogo os consumirá; e sabereis que eu sou o Senhor, quando tiver posto a minha face contra eles.
Ezequiel 34:10 Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu estou contra os pastores e demandarei as minhas ovelhas da sua mão; e eles deixarão de apascentar as ovelhas e não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e lhes não servirão mais de pasto.
Miquéias 3:6 Portanto, se vos fará noite, para que não haja profecia, e haverá trevas, para que não haja adivinhação, e se porá o sol sobre esses profetas, e o dia sobre eles se enegrecerá.
Zacarias 13:3 E será que, quando alguém ainda profetizar, seu pai e sua mãe, que o geraram, lhe dirão: Não viverás, porque mentirosamente falaste em nome do Senhor; e seu pai e sua mãe, que o geraram, o traspassarão quando profetizar.
Mateus 24:24 porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.
Marcos 13:22 Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.
I Coríntios 11:19 E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.
II Timóteo 3:9 Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.
Judas 1:24 Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória,
Apocalipse 12:9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
Apocalipse 12:11 E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram a sua vida até à morte.
Apocalipse 13:5 E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses.
Apocalipse 13:8 E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
Apocalipse 15:2 E vi um como mar de vidro misturado com fogo e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro e tinham as harpas de Deus.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23
2. Falsos Profetas São Denunciados (Ez 13:1-23)

O capítulo 13 consiste em denúncias contra falsos profetas (1-16) e falsas profetisas (17-23). Eles profetizam o que vê o seu coração (2; "mentes", RSV; "própria imagina-ção" NVI; cf. Jr 23:9-40). Eles seguem "o que sentem" (3, Moffatt) e, na verdade, não tiveram nenhuma visão. Eles são tão inúteis quanto raposas nos desertos (4). Eles dizem que viram a paz (10) e que "tudo está bem" (Moffatt). Era isso que o povo queria ouvir, mas não era o que Deus tencionava dizer-lhes. O destino dos falsos profetas era ser excluído do povo de Deus: "Eles [...] não estarão inscritos nos registros da nação de Israel" (v. 9, NVI).

Os falsos profetas constroem uma parede frágil de esperança para o povo e a rebo-cam com cal (10). Parece bonita por um tempo, mas logo todos saberão como esses cons-trutores estavam errados e foram desonestos.

Também havia profetisas que diziam coisas agradáveis que o povo queria ouvir (17-23). Elas adivinhavam em troca de punhados de cevada e por pedaços de pão (19). A falsidade aqui estava em confundir a verdade. Elas diziam que as almas destinadas a viver haveriam de morrer e que aquelas destinadas a morrer haveriam de viver. Em vez de almofadas (18), deveríamos imaginá-las colocando "feitiços" (Berkeley) sobre o povo. Elas também faziam travesseiros para cabeça de toda estátua, ou "véus de vários comprimentos ao redor das cabeças das pessoas" (Berkeley). Esses travesseiros ou véus deveriam lembrar o povo das coisas belas que as profetisas diziam. A maldade das suas ações era entristecer o coração do justo (22) e dar ao injusto um falso sentimento de segurança de que nenhum julgamento estava por vir — prometendo-lhe vida.

É triste quando os que simulam falar em nome do Senhor simplesmente dizem o que as multidões pecadoras querem ouvir. É triste quando essas pessoas distorcem a verda-de, a ponto de enaltecer os ímpios e desfavorecer os justos. Isso ocorreu nos dias de Ezequiel, mas, infelizmente, também ocorre em nossos dias — e.g., nos dias de Hitler, quando um forte segmento da Igreja Cristã na Alemanha apoiava suas teorias de supe-rioridade racial e nacional e concordava com o seu programa de extermínio em massa. Mas a Alemanha também tinha os seus Martin Niemoeller e Dietrich Bonhoeffer. E Israel, nos tempos do exílio, teve o seu Ezequiel e o seu Jeremias.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23
*

13:4

raposas. Ezequiel usou duas figuras de linguagem para descrever os profetas falsos. Estes eram como raposas do deserto (v.4), separados da sociedade e inúteis para ela. Nos vs. 10 e 11, eles são comparados a paredes fracas e caiadas, indignas de confiança e sem permanência.

* 13:5

Não subistes às brechas. O enfoque recai sobre a conduta dos profetas falsos: o verdadeiro profeta se identificava de tal maneira com o povo de Deus que se expunha a riscos em favor deles. Quando uma muralha era arrombada por um exército atacante, a tarefa de maior perigo era a tarefa de consertar a brecha. Em tais pontos, os profetas falsos não podiam ser encontrados. O termo hebraico para brecha foi usado para descrever Moisés, conforme se lê em Sl 106:23: "se Moisés... não se houvesse interposto" em favor de Israel. Em última análise somente Jesus Cristo pode se colocar na brecha entre Deus e a humanidade (1Tm 2:5).

* 13:9

nos registos. Provavelmente as listas de recenseamento e registro civil de Israel, a contraparte terrestre dos registros celestes. Ver 9.2, nota.

* 13 10:12

A imagem da brecha na parede (v. 5) pode ter inspirado essa outra descrição dos atos dos profetas falsos. Suas visões falsas e suas adivinhações mentirosas eram uma parede mal construída — quando rebocada ou caiada (v. 10) podia parecer bem feita, mas não resistia às condições atmosféricas, e muito menos ainda ao dia do Senhor, quando o próprio Deus traria juízo contra a cidade.

*

13 17:23 A Bíblia menciona diversas profetisas autênticas, como Miriã, Débora, Hulda e Ana (Êx 15:20; Jz 4:4; 2Rs 22:14; 2Cr 34:22; Lc 2:36), e algumas que eram falsas (Ne 6:14; Ap 2:20). As mulheres mencionadas nestes versículos eram praticantes de mágica e de bruxaria, atividades essas especificamente proibidas para Israel (12.21—14.11, nota). Elas ganhavam a vida vendendo amuletos e encantamentos.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23
13.1ss Esta advertência ia dirigida aos falsos profetas cujas mensagens não provinham de Deus. Mas sim eram mentiras que tentavam ganhar a simpatia da gente ao dizer algo que os fizesse feliz. Aos falsos profetas não importava a verdade como ao Ezequiel. Adormeceram às pessoas com um falso sentido de segurança, fazendo que o trabalho do Ezequiel fora muito mais difícil. Tome cuidado dos líderes que querem torcer a verdade em sua busca de popularidade e poder.

13 10:12 Estes falsos profetas cobriam suas mentiras ("uma parede insegura" segundo a versão popular) com "lodo solto" ("cal" em outra tradução) para lhe dar uma aparência agradável. Tal superficialidade não pode manter-se firme sob o escrutínio de Deus.

13:17 Existem registros na Bíblia que indicam que o dom da profecia se outorgava tanto a mulheres como homens. María (Ex 15:20), Débora (Jz 4:4) e Hulda (2Rs 22:14) eram profetisas. Mas as mulheres mencionadas neste versículo se parecem mais à bruxa de 1Sm 28:7, e são condenadas por descorazonar aos justos (1Sm 13:22).

13:18 Estas ataduras mágicas para as mãos e os véus mágicos para a cabeça se usavam em práticas de bruxaria. Eram anunciadas como amuletos da boa sorte, mas em realidade se utilizavam para enganar às pessoas e apanhá-la na idolatria.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23

3. Exposé dos Falsos Profetas e profetisas (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23
• N. Hom. 13.3 Seu próprio espírito. Enganoso é o íntimo do homem: nunca se sabe quantos impulsos estão no subconsciente de quem acha que está sendo muito fervoroso, muito crente; e por isso que quem realmente quer ser um mensageiro de Deus precisa instruir-se profundamente na Bíblia, dedicar-se sinceramente à oração, e andar corajosamente nos caminhos de Jesus Cristo. Só assim é que o eu dado ao pecado começa a dar lugar à nova criatura, moldada pela mão de Deus (Jr 18:6; 2Co 5:172Co 5:17; 2Co 3:182Co 3:18), mas aqui, provavelmente, se tratam de visões estimuladas por drogas, por sessões noturnas realizadas em templos pagãos. Aquelas foram comuns no

Egito antigo, e estas se praticavam na Grécia, quase até o tempo de Cristo. É um êxtase diabólico, nada tendo a ver com a influenciando Espírito de Deus (11.5).
13.9 Nem entrarão. Jerusalém, com os poucos habitantes que restaram, estaria à destruição; desde já, o profeta está sendo treinado por Deus para legislar o pequeno grupo que, anos mais tarde, impulsionado pela fé, arrependido e cheio de esperança, edificaria uma nova Jerusalém. A ameaça já não é a destruição da cidade (pois isto já foi determinado), mas agora, a ameaça para os infiéis é a de serem excluídos da gloriosa restauração, já profetizada por Isaías (Is 49:22-23).

13.10 Paz. O perigo desta paz é que ela se baseia na confiança humana nas suas próprias virtudes que são, na realidade, um trapo de imundícia. A verdadeira paz com Deus, a paz de Espírito, não pode ter outra base senão o perdão, a santificação e a vida eterna, que só o próprio Deus pode conceder. Deus as concede mediante a obra do Seu Filho Jesus Cristo (Ef 2:1-49).

13.19 Matardes as almas. Era uma crença primitiva entre muitos povos que a alma da pessoa sai do seu nariz ou da sua boca na hora do seu último suspiro. Daí ter havido muita magia negra para determinar o caminho dessa alma. Os véus e os invólucros mencionados no versículo anterior eram para "enredar as almas”. A profanação do nome de Deus era o uso do Seu nome como se fosse uma palavra mágica, como faziam os exorcistas com o nome de Jesus (At 19:13-44). É claro que tais feiticeiros nenhum poder tinham sobre as almas, que estavam mentindo para o tipo de pessoa que se deixava iludir por tais mentiras. É claro que o destino das almas está na mão de Deus (21).

13.21 Livrarei... sabereis. Um ato de misericórdia divina, de libertação das vítimas, é uma revelação clara do poder e do amor de Deus. Do mesmo modo, o ato de julgar e de destruir a falsidade, a hipocrisia e a religião pagã, também é uma revelação da natureza de Deus (14). A Bíblia é, entre outras coisas, uma narrativa dos atos de Deus, que visavam aos mesmos homens. Quem lê esse histórico, fica conhecendo a Pessoa de Deus, na sua própria vida e experiência. • N. Hom.

13.22 Entristecido. Entre os pagãos, o medo da feitiçaria é tão grande que a morte se produz pelo simples fato de a vítima saber que é alvo de um passe de magia negra. Mas quando é Deus que entristece a alguém, é uma tristeza que produz o arrependimento para a vida eterna (2Co 7:10). Fortalecestes. Fazer um homem estribar-se em coisas vãs, falsas, supersticiosas, pode dar bom lucro ao falso profeta, mas desviar a confiança do homem da Pessoa de Jesus Cristo, não é fortalecer, mas sim destruir sua alma para a eternidade.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23

3) Três denúncias contra a falsa profecia (13 1:23)

Uma das razões por que o povo não se dispunha a crer nas advertências proféticas era a persuasão e intensidade dos “falsos profetas” que continuavam a manipulá-los com “coisas agradáveis” (Is 30:10), em vez de lhes contar a verdade intragável. Os profetas denunciados aqui por Ezequiel são aqueles com quem Jeremias teve de lutar em Jerusalém (conforme especialmente Jr 23:9-24).

a) Primeira denúncia: os mensageiros auto-comissionados (13 1:9). v. 2. profetize contra os profetas de Israel, a maioria deles pertencia a escolas e ordens profissionais (chamados em dias antigos de “os filhos dos profetas”), alguns dos quais eram associados a santuários (conforme A. R. Johnson, The Cultic Prophet in Ancient Israel, 1944). que estão profetizando pela sua própria imaginação-, em vez de falar o que vem “da boca do Senhor” (conforme 3.16ss; Jr 23:16). v. 3. que seguem o seu próprio espírito-, em vez de seguirem o Espírito de Javé (conforme 11.5,24). não viram nada!', em vez de terem visto a verdadeira visão de Deus (conforme 1.1). v. 4. como chacais no meio de ruínas', colaborando para a destruição com sua escavação de buracos, em vez de reparar o muro para que resista a um ataque inimigo, que era o trabalho do verdadeiro profeta (v. 5; conforme 22.30). v. 6. suas adivinhações \são] mentira-, a adivinhação, que recorre a vários artifícios (a maioria de origem pagã), era proibida em Israel (Dt 18:10-5);

a verdadeira profecia vinha por meio da inspiração divina, e não por manipulação. Dizem ‘Palavra do Senhor': conforme 22.28; Jr 23:31. o Senhor não os enviou: conforme Jr 23:21,Jr 23:32. v. 9. Eles não pertencerão ao conselho de meu povo: eles seriam excluídos do verdadeiro Israel de Deus e não entrariam na terra com aqueles que retornariam do exílio.

b)    Segunda denúncia: os que passam cal (13 10:16). O estado de Judá e Jerusalém é como o de um muro que está para cair; os falsos profetas, em vez de tomarem iniciativas corretivas, escondem as suas condições precárias ao cobri-lo com uma camada de cal e assim tornam o seu colapso ainda mais certo. Cinco séculos mais tarde, a comunidade de Cunrã usou a mesma denúncia contra os fariseus, “os intérpretes das coisas agradáveis”, como os chamavam (Código de Disciplina 1:18-8.12). A “camada de cal” é a garantia que os falsos profetas dão com a sua saudação ‘Paz \ mas quando não há paz (v. 10; conforme Jr 6:14; Jr 8:11; Mq 3:5), “dizendo que tudo está bem quando nada está bem” (NEB). A chuva torrencial, com chuva de pedra e ventos violentos, que derruba o muro (v. 11-14) denota o juízo divino que está por vir sobre Judá e Jerusalém. Os falsos profetas são mereci-damente esmagados nas ruínas do muro que eles tanto estimularam a construir.

c)    Terçara denúncia: as caçadoras de almas (13 17:23). As mulheres contra as quais esse oráculo é dirigido profetizam pela sua própria imaginação (v. 17) como os seus correspondentes masculinos (v. 2), mas, em vez de ajudar o povo de Deus, elas enlaçam a vida do povo (v. 18,20) e assim precipitam a sua destruição. Os berloques de feitiço que elas prendem a seus pulsos e os véus ou xales de vários comprimentos que fazem para a cabeça (v. 18) evidentemente pertencem à parafernália da bruxaria; pensava-se que o seu uso adequado pudesse preservar ou tirar a vida de pessoas, e talvez funcionasse ali onde se cria na sua eficácia (v. 19). O ponto principal de acusação contra elas é que desencorajaram o justo e encorajaram os ímpios (v. 22), mas o poder de Deus é mais forte do que a bruxaria: ele vai expor as ambições delas e livrar as suas vítimas.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 27

INTRODUÇÃO

A Época. Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no começo do exílio babilônico, entre 593/592 e 571/570 A. C. (Ez 1:1; Ez 29:17). O profeta Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de acontecimentos, analisou a queda e a restauração da casa de Israel; enquanto que seu contemporâneo mais velho, Jeremias, em Jerusalém, observou de perto os últimos suspiros do reino de Judá (Jr 1:1-3).

Durante grande parte dos séculos oito e sete A. C., o cruel poder assírio perturbou os reinas de Israel e Judá. O reino do norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente enfraquecido, conseguiu sobreviver ao seu opressor. Como reinado de Assurbanipal (669-633 A.C.), o império assírio começou a declinar. O Egito esquivou-se ao seu jugo em 655. Dentro de poucos anos a Assíria estava lutando pela sobrevivência contra a Babilônia e os medos. Assur, antiga capital da Assíria, sucumbiu em 614, e a muito poderosa Nínive foi completamente destruída em 612. Por volta de 607 os restos do império assírio desmoronaram.

Aproveitando-se do declínio assírio, Josias (640/639-609/608 A.C.), o último grande rei de Judá, fortaleceu o seu reino. Sua brilhante carreira foi interrompida por um encontro com Faraó-Neco II do Egito em Megido, que tentava escorar o império assírio como proteção contra a Caldéia (2Rs 23:29). Salum ou Jeoacaz (Jr 22:1 e segs.). Os caldeus se tornaram os novos senhores do mundo (2Rs 24:7), com Judá por estado vassalo. Jeoaquim (608-597 A.C.) perseguiu os profetas (Jr 7:1; Jr 36:1), degradou a vida espiritual da nação (Jr 7:1-15; Jr 13:16-20, Jr 22:17-19; Jr 22:24-30; Ez 19:5). Depois de saquear Jerusalém, o monarca caldeu deportou várias centenas de seus cidadãos aristocratas para a Babilônia. Esses, Jeremias comparou a "figos bons", a esperança do futuro de Israel, em contraste com os "filhos ruins", os mais pobres entre o povo, que foram deixados (Jr 24:29). Entre o grupo de exilados estava Ezequiel, que data suas mensagens do ano do cativeiro de Joaquim (Ez 1:1, Ez 1:2; Ez 3:16; Ez 8:1; Ez 20:1;

COMENTÁRIO

O livro de Ezequiel compreende duas porções: os capítulos 1-24, uma série de mensagens transmitidas antes da queda de Jerusalém, cuja idéia principal é "o juízo"; e os capítulos 25-48, transmitidos depois de sua queda, com o tema fundamental da "esperança". O livro é mais apropriadamente estudado sob quatro divisões: capítulos 1-24, Profecias do Juízo de Judá e Jerusalém; capítulos 25-32, Profecias Contra as Nações Vizinhas; capítulos 33-39, Profecias da Restauração de Israel; capítulos 40-48, Visões do Novo Templo e da Nova Lei para o Povo Redimido.

I. Profecias Contra Judá e Jerusalém. 1:1 - 24:27.

Os ameaçadores discursos contra Jerusalém e a casa de Israel, transmitidos antes da queda de Jerusalém, consistem de uma seção introdutória, expondo em detalhes a vocação do profeta (caps. 1-3); atos simbólicos e oráculos descrevendo a derrota da cidade e do estado (caps. 4-7); um grupo de visões descrevendo os terríveis pecados de Jerusalém, que exigiam a sua destruição (caps. 8-11); atos simbólicos, parábolas e alegorias apresentando a necessidade moral do cativeiro (caps. 12-19); e uma recordação da história passada de Israel que clama por um certo juízo (caps. Ez 20:1).


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 12 do versículo 21 até o 23


2) A Profecia e os Seus Abusos, 12:21 - 14:23.

Nesta coleção de oráculos o profeta com a atitude popular de desprezo com a profecia (Ez 12:21-28), referindo-se ao ditado popular que dizia que a profecia já não se cumpria mais (vs. 21-25), e que as profecias de Ezequiel referiam-se a um futuro distante (vs. 26-28). Diante dessas acusações Ezequiel responde que as profecias referem-se ao presente e que se cumprirão. Isto leva a uma discussão dos enganadores do povo, falsos profetas e falsas profetizas (cap. Ez 14:1). Os profetas mentirosos são comparados a raposas que gostam de ruínas (vs. 1-9); aos que caiam as paredes instáveis que o povo constrói; isto é, eles aprovam lisonjeiramente os fúteis projetos do povo (vs. 10-16). As falsas profetizas, mulheres execráveis que afirmam lerem o futuro sob pagamento e prediziam o sucesso para os perversos, são acusadas (vs. 17-23). O profeta então volta-se para a maldade daqueles que fazem perguntas referentes a Deus mas cujos corações estão apegados aos seus ídolos o tempo todo (Ez 14:1-11). Isto levanta o problema da responsabilidade geral. A presença de um homem justo entre um povo pecador não salvará a terra quando Deus derramar o Seu juízo sobre ela (Ez 14:12-23).

a) Repreensão Contra o Desprezo à Profecia. Ez 12:21-28.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23
Ez 13:1

2. DENÚNCIAS CONTRA FALSOS PROFETAS E PROFETISAS (13 1:26'>Ez 13:1-23). Os profetas falsos eram uma ameaça por motivo de sua oposição à verdadeira Palavra de Deus e sua propagação da inverdade (2-3). Cfr. as lutas de Jeremias contra eles (Jr 5:30-24; Jr 14:13-24; Jr 23:9-24; Jr 29:8-24, Jr 29:21-24; Dt 18:21-5. Os teus profetas... são como raposas (4); isto é, mostravam-se nocivos e destruidores. Com o vers. 5 contrastar 1Sm 25:16. Adivinhações (6) é a obtenção de um oráculo mediante a leitura de sortes e desenho; cfr. Ez 21:21. Registos da casa de Israel (9); isto é, o registro dos cidadãos na bendita era vindoura. Cfr. o uso anterior da idéia, em Êx 32:32 e segs., e o símbolo desenvolvido em Lc 10:20; Ap 20:15.

>Ez 13:10

Cal não adubada (10 e segs.); em heb., taphel, que seria melhor traduzir como "adobe caiado". Os falsos profetas meramente caiavam as paredes inseguras do estado, em lugar de fortalecê-las. Quando Deus houvesse de derrubar a parede, seriam sepultados debaixo das ruínas.

>Ez 13:18

As profetisas falsas costuravam tiras (não almofadas) sobre os punhos (não sovacos) das vestes (18), um processo de mágica pelo qual julgavam coser poder sobre o consulente, ou então simbolizava o poder da feiticeira em amarrar suas vítimas. As cobertas para a cabeça, lenços de cabeça (e não travesseiros) serviam para propósito semelhante, embora a derivação do termo (mispachoth, de uma raiz acadiana sapahu, soltar) sugira o poder oposto de soltar de uma influência. Almas (18 e segs.); isto é, "pessoas"; não há pensamento aqui de distinguir entre o espírito e o homem. A última cláusula do vers. 18 deveria ser traduzida como afirmação: "Caçais as pessoas de meu povo, mas vossas próprios pessoas mantendes vivas". O vers. 19 deve ser traduzido: "Vós me tendes profanado (visto que as feiticeiras invocam o nome de Jeová em seus ritos) com punhados de cevada e com pedaços esfarinhados de pão"; esses pedaços serviam não como recompensa, mas eram usados para adivinhar o futuro, tal como o fígado da vítima abatida num sacrifício. Os vers. 20-23 descrevem a sorte de todos aqueles que praticam adivinhações dessa espécie. As falsas profetisas compartilhavam do julgamento contra os falsos profetas.


Dicionário

Farar

verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.
Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.

Livrar

verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Pôr em liberdade; soltar, libertar: livrar os alunos; livrar alguém da cadeia; livrou-se da pena com uma boa advogada.
verbo bitransitivo Defender, preservar, pôr ao abrigo de mal ou perigo: ninguém livrará o criminoso da culpa.
verbo bitransitivo e pronominal Retirar de alguém algo que o aborrece ou constrange; desembaraçar-se: ninguém me livrou do constrangimento de ter sido traído; livrou-se da vergonha e deu a volta por cima.
Safar-se de uma circunstância vergonhosa, perigosa, ruim, difícil: livrar o filho do bullying; livrou-se da demissão com o apoio do pai.
verbo transitivo direto Religião Pedir proteção a Deus ou a outras entidades espirituais, para que algum ruim não aconteça: Deus me livre de ficar doente!
verbo pronominal Tornar-se livre, libertar-se; desobrigar-se, eximir-se: livrou-se dos importunos.
locução interjeição Deus te livre! Usada para dissuadir alguém de uma ação ou para desejar que nada lhe aconteça.
Etimologia (origem da palavra livrar). Do latim liberare.

Maís

substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
Não confundir com: mais.
Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.

Mãos

substantivo feminino plural Membros superiores do corpo humano que vai dos punhos até à extremidade dos dedos: o ser humano tem duas mãos com cinco dedos cada uma.
[Zoologia] Extremidade dos membros superiores de alguns animais; patas.
Figurado Em que há posse, domínio, poder, autoridade: o poder sempre está nas mãos de irresponsáveis.
Etimologia (origem da palavra mãos). Plural de mão, do latim manu, "mão".

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Povo

substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
Público, considerado em seu conjunto.
Quantidade excessiva de gente; multidão.
[Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

Senhor

Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

Vaidade

substantivo feminino Característica daquilo que é vão; que não possui conteúdo e se baseia numa aparência falsa, mentirosa.
Excesso de valor dado à própria aparência, aos atributos físicos ou intelectuais, caracterizado pela esperança de reconhecimento e/ou admiração de outras pessoas: demonstra excesso de vaidade ao falar; decidiu fazer caridade por vaidade pura.
Auto-crítica ou opinião envaidecida que alguém possui sobre si mesmo: sua vaidade sempre está acima de tudo!
Ideia exageradamente positiva que alguém faz de si próprio; presunção, fatuidade, gabo: não teria a vaidade de intitular-se sábio.
Algo sem significado; futilidade: ele é composto por inúmeras vaidades.
Etimologia (origem da palavra vaidade). Do latim vanitas.atis.

originária dos termos latinos vanitas, vanitatis: cujo significado é, nada mais nada menos, que vacuidade (o que é próprio do vácuo), ou seja: VAZIO ABSOLUTO!

Esta palavra na Bíblia nunca tem a significação de desvanecimento e orgulho, mas quase sempre a de vacuidade. A conhecida expressão ‘vaidade de vaidades’ literalmente quer dizer ‘sopro de sopros’, ou ‘vapor de vapores’ (Ec 1:2). Em is 41:29 e Zc 10:2, ‘vácuo’ e ‘vazios’ são a tradução de uma palavra que significa tristeza e iniqüidade.

A palavra vaidade possui duas significações: a
Referencia:

“qualidade do que é vão, instável, de pouca duração”; b
Referencia:

“desejo exagerado de atrair a admiração ou as homenagens dos outros”.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 59

A vaidade na excursão difícil, a que nos afeiçoamos com as nossas tarefas, é o rochedo oculto, junto ao qual a embarcação de nossa fé mal conduzida esbarra com os piratas da sombra, que nos assaltam o empreendimento, buscando estender o nevoeiro do descrédito ao ideal que esposamos, valendo-se, para isso, de nosso próprio desmazelo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

A vaidade é um verdugo sutil.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 31


Vaidade
1) Desejo exagerado de atrair a atenção.


2) Deus falso (1Sm 12:21).


3) Ilusão (Ec 1:2).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
(coisa- falsa)
Ezequiel 13: 23 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Portanto, não mais vereis coisa- de- nenhum- valor (coisa- falsa), nem mais adivinhareis adivinhações; mas livrarei o Meu povo da vossa mão, e sabereis que Eu sou o SENHOR."
Ezequiel 13: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

592 a.C.
H2372
châzâh
חָזָה
ver, perceber, olhar, observar, profetizar, providenciar
(shall provide)
Verbo
H3027
yâd
יָד
a mão dele
(his hand)
Substantivo
H3045
yâdaʻ
יָדַע
conhecer
(does know)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H5337
nâtsal
נָצַל
tirar à força, salvar, resgatar, libertar, tirar, saquear
(Thus has taken away)
Verbo
H5750
ʻôwd
עֹוד
novamente
(again)
Substantivo
H589
ʼănîy
אֲנִי
E eu
(And I)
Pronome
H5971
ʻam
עַם
as pessoas
(the people)
Substantivo
H7080
qâçam
קָסַם
(Qal) praticar adivinhação, adivinhar
([or] that uses)
Verbo
H7081
qeçem
קֶסֶם
adinhação, feitiçaria
(and with the rewards of divination)
Substantivo
H7723
shâvᵉʼ
שָׁוְא
vacuidade, vaidade, falsidade
(in vain)
Substantivo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


חָזָה


(H2372)
châzâh (khaw-zaw')

02372 חזה chazah

uma raiz primitiva; DITAT - 633; v

  1. ver, perceber, olhar, observar, profetizar, providenciar
    1. (Qal)
      1. ver, observar
      2. ver como um vidente em estado de êxtase
      3. ver, perceber
        1. com a inteligência
        2. ver (por experiência)
        3. providenciar

יָד


(H3027)
yâd (yawd)

03027 יד yad

uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

  1. mão
    1. mão (referindo-se ao homem)
    2. força, poder (fig.)
    3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
    4. (vários sentidos especiais e técnicos)
      1. sinal, monumento
      2. parte, fração, porção
      3. tempo, repetição
      4. eixo
      5. escora, apoio (para bacia)
      6. encaixes (no tabernáculo)
      7. um pênis, uma mão (significado incerto)
      8. pulsos

יָדַע


(H3045)
yâdaʻ (yaw-dah')

03045 ידע yada ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 848; v

  1. conhecer
    1. (Qal)
      1. conhecer
        1. conhecer, aprender a conhecer
        2. perceber
        3. perceber e ver, descobrir e discernir
        4. discriminar, distinguir
        5. saber por experiência
        6. reconhecer, admitir, confessar, compreender
        7. considerar
      2. conhecer, estar familiarizado com
      3. conhecer (uma pessoa de forma carnal)
      4. saber como, ser habilidoso em
      5. ter conhecimento, ser sábio
    2. (Nifal)
      1. tornar conhecido, ser ou tornar-se conhecido, ser revelado
      2. tornar-se conhecido
      3. ser percebido
      4. ser instruído
    3. (Piel) fazer saber
    4. (Poal) fazer conhecer
    5. (Pual)
      1. ser conhecido
      2. conhecido, pessoa conhecida, conhecimento (particípio)
    6. (Hifil) tornar conhecido, declarar
    7. (Hofal) ser anunciado
    8. (Hitpael) tornar-se conhecido, revelar-se

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

נָצַל


(H5337)
nâtsal (naw-tsal')

05337 נצל natsal

uma raiz primitiva; DITAT - 1404; v

  1. tirar à força, salvar, resgatar, libertar, tirar, saquear
    1. (Nifal)
      1. arrancar, salvar-se
      2. ser arrancado ou tirado, ser libertado
    2. (Piel)
      1. tirar, despojar
      2. salvar
    3. (Hifil)
      1. tirar, tirar à força
      2. resgatar, recuperar
      3. livrar (referindo-se aos inimigos ou problemas ou morte)
      4. salvar do pecado e da culpa
    4. (Hofal) ser tirado
    5. (Hitpael) desembaraçar-se

עֹוד


(H5750)
ʻôwd (ode)

05750 עוד ̀owd ou עד ̀od

procedente de 5749; DITAT - 1576a subst

  1. repetição, continuação adv
  2. ainda, novamente, além disso
    1. ainda, ainda assim (referindo-se a continuidade ou persistência)
    2. ainda, ainda assim, além disso (referindo-se a adição ou repetição)
    3. novamente
    4. ainda, ainda mais, além disso

אֲנִי


(H589)
ʼănîy (an-ee')

0589 אני ’aniy

forma contrata de 595; DITAT - 129; pron pess

  1. eu (primeira pess. sing. - normalmente usado para ênfase)

עַם


(H5971)
ʻam (am)

05971 עם ̀am

procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

  1. nação, povo
    1. povo, nação
    2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
  2. parente, familiar

קָסַם


(H7080)
qâçam (kaw-sam')

07080 קסם qacam

uma raiz primitiva; DITAT - 2044; v.

  1. (Qal) praticar adivinhação, adivinhar
    1. referindo-se a adivinhos das nações, Balaão
    2. referindo-se a falsos profetas de Israel
    3. proibido

קֶסֶם


(H7081)
qeçem (keh'-sem)

07081 קסם qecem

procedente de 7080, grego 2973 Κωσαμ; DITAT - 2044a; n. m.

  1. adinhação, feitiçaria
    1. referindo-se às nações, Balaão
    2. referindo-se aos falsos profetas
    3. em um bom sentido (os lábios do rei como oráculos)

שָׁוְא


(H7723)
shâvᵉʼ (shawv)

07723 שוא shav’ ou שׂו shav

procedente da mesma raiz que 7722 no sentido de desolar; DITAT - 2338a; n. m.

  1. vacuidade, vaidade, falsidade
    1. vacuidade, nulidade, vaidade
    2. vazio de fala, mentira
    3. inutilidade (diz-se de conduta)

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo