Enciclopédia de Ezequiel 34:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 34: 19

Versão Versículo
ARA Quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que haveis pisado com os pés e bebem o que haveis turvado com os pés.
ARC E quanto às minhas ovelhas elas pastam o que foi pisado com os vossos pés, e bebem o que tem sido turvado com os vossos pés.
TB Quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que haveis pisado com os vossos pés e bebem o que haveis sujado com os vossos pés.
HSB וְצֹאנִ֑י מִרְמַ֤ס רַגְלֵיכֶם֙ תִּרְעֶ֔ינָה וּמִרְפַּ֥שׂ רַגְלֵיכֶ֖ם תִּשְׁתֶּֽינָה׃ ס
BKJ E quanto ao meu rebanho, eles comem aquilo que pisoteastes com os vossos pés, e bebem aquilo que sujastes com vossos pés.
LTT E quanto as Minhas ovelhas elas pastarão o que haveis pisado com os vossos pés, e beberão o que haveis turvado com os vossos pés.
BJ2 E as minhas ovelhas hão de pastar o pisado pelos vossos pés e beber o turvado pelos vossos pés?
VULG et oves meæ his quæ conculcata pedibus vestris fuerant, pascebantur : et quæ pedes vestri turbaverant, hæc bibebant.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 34:19

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 34 do versículo 1 até o 31
5. Promessas de Restauração (Ezequiel 34:1-39,29)

a) Restauração sob um bom pastor (34:1-31). Enquanto o profeta é chamado de ata-laia, os governantes de Israel são aqui chamados de pastores (2). Estão incluídos os reis, os príncipes e os magistrados. Clarke inclui também os sacerdotes e levitas.' Esses têm sido pastores infiéis para com o povo de Deus. Eles não têm sustentado o rebanho do Senhor (2), Israel. Em vez disso, eles estão mais preocupados em alimentar-se a si mes-mos e a estar bem vestidos (3). Eles não tiveram misericórdia para com a ovelha doente nem com a que estava ferida. Eles não buscaram a perdida (4), como Cristo, o Bom Pastor, fez anos mais tarde (Jo 10:11-14).

As coisas que Deus promete fazer pelo seu rebanho, como o Bom Pastor, são belas e graciosas (11-31). Ele buscará as ovelhas dispersas (12). Isso, evidentemente, refere-se aos israelitas que estavam dispersos em muitos países. Sendo uma promessa eterna do Deus Eterno, ela sem dúvida se refere à graça de Deus que continua buscando o pecador e o constrangendo a voltar para o rebanho. O dia de nuvens e de escuridão é uma figura para um tempo de incerteza e medo.

A palavra para gordos (14) pode significar diversas coisas. No versículo 14 se refere a pastos "ricos" (Berkeley). Nos versículos 16:20 temos uma clara nuança de uma pros-peridade egoísta, obtida à custa de outros. O Senhor diz o seguinte acerca desses líderes egocêntricos: eu julgarei entre gado pequeno e gado pequeno (17). "Os bodes são os homens fortes e líderes da comunidade, que ignoram os direitos do povo comum" (Berkeley, nota de rodapé). Deles, Deus diz: Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre o gado gor-do e o gado magro (20). A responsabilidade pelo exílio é desses líderes: "Suas criaturas gordas, vocês afastaram as ovelhas fracas, com o corpo e com os ombros, chifrando essas criaturas fracas até que as espalharam para longe" (21, Moffatt).

Deus não mostrará misericórdia a esses malfeitores, mas tem planos gloriosos para o seu povo. Sobre eles Ele levantará um só pastor (23), e ele as apascentará; o meu servo Davi é que há de apascentar. Essa profecia messiânica está relacionada com a vinda de Cristo da linhagem de Davi. Ele pastoreará todas as ovelhas que o seguirem (Jo 10:4).

A clara mensagem messiânica dos versículos 23:25 harmoniza com a promessa mais próxima da volta de Israel para Jerusalém. Meu outeiro (26) provavelmente refere-se ao monte Sião, sobre o qual o Templo havia sido edificado. Junto com a redenção espiri-tual por meio de um só pastor da linhagem de Davi (23), Deus promete cuidar das suas necessidades físicas (25b-29). Em vez de: Eu lhes levantarei uma plantação de re-nome (29), que pode ter uma conotação messiânica, a frase pode ser traduzida também como: "Levanter-lhes-ei plantação memorável" (ARA).6 Essas ovelhas não mais seriam consumidas pela fome Também não mais levarão sobre si opróbrio dos gentios, que achavam que o Deus de Israel deixava seu próprio povo na mão toda vez que Israel estava em grandes dificuldades. Dos que se serviam delas (27) significa "daqueles que as escravizavam" (Berkeley). A afirmação: Saberão, porém, que eu, o SENHOR, seu Deus, estou com elas (30) claramente se refere às bênçãos materiais prometidas nos versículos 25b-29. Mas será que não se refere também à revelação de Deus por meio do Messias (23-25) e a cada manifestação pessoal àqueles que o servem? Todos os que since-ramente caminham com Deus, de tempos em tempos sentem uma forte segurança interi-or da Presença Divina.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 34 do versículo 1 até o 31
*

34.2-10 Ovelhas que estavam enfraquecidas, feridas ou doentes eram alvo de cuidados especiais de um bom pastor; mas os reis de Israel com freqüência desconsideravam essa regra fundamental. Ver Sl 9:18, nota.

* 34:11

Eis que eu mesmo. Tendo posto de lado os pastores infiéis, Deus mesmo assumiu o papel de pastor (Lc 15:3-7).

* 34:12

no dia de nuvens e de escuridão. Essa linguagem é normalmente associada ao dia do Senhor (7.7, nota; Jl 2:1,2; Sf 1:15; Is 60:2; Jr 13:16; 23:12; Am 5:18-20).

* 34:17

Eis que julgarei... entre carneiros e bodes. O julgamento de Deus não se confinaria aos pastores, mas incluiria o gado miúdo. Alguns dos animais do rebanho tinham estado a marrar outros; e esses animais provavelmente representavam membros das classes altas da sociedade de Jerusalém que tinham oprimido os pobres. Houve uma situação semelhante na comunidade da restauração (Ne 5).

* 34:23

meu servo Davi. Essa promessa de restauração (vs. 6,10-16) anuncia um futuro reino messiânico. O Servo de Deus, alguém parecido com Davi, governaria em paz, retidão e prosperidade que ultrapassaria aquilo que se conheceu durante o governo do Davi histórico. Nenhum descendente de Davi, no período da restauração de Judá, cumpriu a descrição profética de Ezequiel sobre o futuro de Israel. O Novo Testamento, porém, identifica Jesus como o Bom Pastor (vs. 2-10, nota).

* 34:24

será príncipe. Ver nota em 37.24.

* 34:25

aliança de paz. Os versículos que se seguem a este mostram o que essa aliança significará. Incluirá segurança e abundância agrícola na Terra Prometida. O quadro é o de um paraíso restaurado.

seguras. Os animais ferozes constituíam um perigo constante (Lv 26:6; Dt 33:20; Jz 14:5,6; 1Sm 17:34-37; 13 24:11-13.28'>1Rs 13:24-28; 20:36; 2Rs 2:24; 17:25,26; Sl 7:2; 17:12; Pv 28:15; Is 31:4; Jr 5:6; Lm 3:10; Os 13:8; Am 3:4,8,12; 5:19; Mq 5:8; conforme Is 11:6-9; 65:25).

* 34:26

eu farei bênção. No Antigo Testamento, a prosperidade agrícola é um tema comum nos retratos da futura bênção do povo de Deus (vs. 25-29); ver nota em 28.26.

* 34:30

Saberão, porém, que eu. Ver nota em 6.7.

estou com elas... são o meu povo. A essência da aliança de Deus com Israel era que o Senhor seria o seu Deus, e que eles seriam o seu povo (11.20; 36.28; Êx 6:7; Lv 26:12; Dt 7:6; 14:2; 27:9; 29:13; Sl 50:7; Is 51:22; Jr 7:23; 11:4; 30:22; Jl 2:27).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 34 do versículo 1 até o 31
34.1ss Ezequiel chamou os cativos "o Israel", refiriéndose aos judeus do cativeiro, tanto do reino do norte como do sul. Criticou aos líderes do Israel por preocupar-se com eles e não por seu povo. Enfatizou seus pecados (34.1-6) e pronunciou julgamento sobre eles (34.7-10). Logo prometeu que viria um verdadeiro Pastor (o Messías) que cuidaria de povo como se supunha que os outros líderes deviam fazê-lo (34.11-31). Nesta formosa mensagem se vê o destino desses pastores, a obra do novo Pastor e o futuro das ovelhas.

34.4-6 Deus julgaria aos líderes religiosos porque se deixaram apanhar por seus interesses e esqueceram seu serviço a outros. Os líderes espirituais devem cuidar-se de ir em detrás do desenvolvimento pessoal a gastos de um povo quebrantado e esparso. Quando emprestamos muita atenção a nossas necessidades e idéias, talvez joguemos a um lado a Deus e abandonemos aos que dependem de nós.

34:9, 10 Terei que destituir de seus ofícios aos pastores que desviaram a seus rebanhos e responsabilizá-los pelo acontecido ao povo que se supunha deviam guiar. Os líderes cristãos devem escutar esta advertência e cuidar de seu rebanho ou terão como resultado um fracasso total (veja-se 1Co 9:24-27). A verdadeira liderança se centra em ajudar a outros e não só na autosatisfacción.

34.11-16 Deus promete assumir o cargo de pastor de seu rebanho esparso. Quando os líderes nos faltam, não nos desesperemos, a não ser recordemos que Deus ainda tem o controle e promete retornar e cuidar seu rebanho. Sabemos que podemos nos voltar para Deus para procurar sua ajuda. O pode transformar qualquer situação trágica e produzir um bem para seu Reino (vejam-se Gn 50:20; Rm 8:28).

34.18-20 Um mau pastor não só é egoísta a não ser destrutivo. Um ministro que turva as águas de outros ao criar dúvidas desnecessárias, ensina idéias falsas e atua de maneira pecaminosa que destrói o alimento espiritual de seu rebanho.

34.23-25 Em contraste com estes pastores malvados (líderes) do povo de Deus (34.1-6), Deus enviará a um Pastor perfeito, o Messías ("meu servo Davi"), quem cuidará de satisfazer cada uma das necessidades de seu povo e estabelecerá um reino perfeito de paz e justiça (vejam-se Salmo 23; Jr 23:5-6; Jo 10:11; Hb 13:20-21; Apocalipse 21). "Paz" aqui significa mais que ausência de conflitos. É contentamiento, satisfação e segurança.

MAUS PASTORES VERSUS BONS PASTORES

Maus pastores

Cuidam deles

preocupam-se com sua saúde

Governam com dureza e crueldade

Abandonam e dispersam às ovelhas

Guardam o melhor para eles

Bons pastores

Cuidam de seu rebanho

Cuidam de fraco e ao doente, procuram ao perdido

Governam com amor e respeito

Reúnen e protegem às ovelhas

Dão o melhor a suas ovelhas


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 34 do versículo 1 até o 31

B. os pastores de Israel (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 34 do versículo 1 até o 31
34.2 Os pastores. Os sacerdotes, profetas, anciãos e príncipes que, segundo 22:25-30, tinham negado seu dever de lealdade a Deus, oferecendo ao povo tradições, visões, leis e costumes que não partiam da, palavra de Deus, mas sim da vontade humana. A queda de Jerusalém, tendo sido a prova evidente de que Ezequiel era o verdadeiro emissário de Deus, deu a este maior autoridade para debater sobre o assunto acerca dos falsos profetas.

34.3,4 A acusação é dupla: os pastores usaram o rebanho para usufruírem de vantagens pessoais e faltaram nos seus deveres como pastores. As mesmas acusações têm sua aplicação na vida das igrejas quando os líderes buscam vantagens acima do bem-estar da congregação. Seriam traidores da sua sagrada vocação, culpados como falsos atalaias (33.6).
34.11 Eu mesmo procurarei. Deus mesmo, revelado na terra na pessoa de Cristo, tudo fez para buscar os pecadores perdidos, sendo ele o bom pastar (Jo 10:1-43; Lc 15:3-42).

34.12 O sentido imediato desses versículos é o de que Deus ia restaurar a seu povo cativo (Is 49:8-23); sobressaindo-se também referências às promessas relacionadas com o Milênio (27.31).

34.17 Ó ovelhas minhas. Antes da queda de Jerusalém, Deus manda Ezequiel falar "ao teu povo", porque Deus não o reconhecia mais como povo particularmente Seu. Ao remanescente, por outro lado, os cativos na Babilônia, tão desprezados pelos habitantes de Judá. Deus chama de rebanho Seu, explicando que ali no cativeiro estavam protegidos da desgraça final (Jr 24:5-24).

34.18 Turvar o resto. Pequenos grupos que almejavam poder para si mesmos arruinaram a possibilidade de os restantes israelitas sobreviverem em paz, ria cidade conquistada. No campo espiritual, pensa-se logo nos fariseus que, tendo em mãos as profecias sobre Jesus Cristo, não, somente recusavam converter-se, mas, pelas suas interpretações torcidas, não deixavam o povo atender à mensagem (Lc 11:52).

• N. Hom. 34.23 Davi é que as apascentará. Compare v. 15 que declara que o próprio Deus apascentará as Suas ovelhas. Jesus Cristo tem cuidado dos Seus na Sua qualidade de Filho do homem, tendo Sua plena humanidade da família real de Davi (Mt 1:6-40). Quando Jesus Cristo assim faz, é o próprio Deus agindo (He 1:3). A plenitude das duas naturezas de Cristo se revela em He 5:7-58; a natureza divina é necessária para haver nele autoridade para conceder a salvação eterna, e a humana é necessária para que haja solidariedade com a humanidade e compreensão das nossas fraquezas. Ele é a revelação que os homens entendem.

34.27 Os juízos pronunciados por Deus contra as nações pagãs da terra, e executados pela autoridade de Nabucodonosor, revelam publicamente a natureza de Deus. O que revela ainda melhor a sua natureza divina, no entanto, é o ato de libertação, tanto físico como espiritual. A libertação dos israelitas da escravidão no Egito deu existência e introduziu o povo de Deus na história; a libertação da humanidade dos laços do diabo formou a igreja de Jesus Cristo.
34.28 Rapina. Durante séculos, o território de Canaã tinha sido considerada a presa lícita do império mais poderoso.

34.30 A presença real de Deus ao lado do seu povo foi o esteio de Moisés no começo da história de Israel (Êx 33:14) e será a inspiração dos crentes até o fim (Mt 28:18-40).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 34 do versículo 1 até o 31

5)    O Pastor de Israel (34:1-31)

O tema do pastor-rei era bem difundido no Antigo Oriente Médio, e não menos no ATOS. E mais do que coincidência que os dois maiores líderes de Israel na época do ATOS passaram os seus anos de aprendizado e estágio como pastores. Javé, o Rei supremo de Israel, é também o Pastor de Israel por excelência (conforme Sl 80:1; Sl 100:3; Is 40:11); esse é o papel em que ele fala em todo esse oráculo.

a) A denúncia contra os pastores indignos (34:1-10). Os reis e príncipes de Israel são denunciados como falsos pastores que tosquiavam e devoravam o rebanho de Deus confiado a seus cuidados, em vez de pastoreá-lo, com a conseqüência de que o rebanho estava espalhado por toda a terra. Essa seção tem eco em Zc 11:15-38 e especialmente na referência de Jesus aos mercenários que se intrometem sorrateiramente no rebanho e, na hora do perigo, abandonam as ovelhas aos ataques dos lobos (Jo 10:12,Jo 10:13).

v. 6. Aí minhas ovelhas vaguearam por todos os montes', conforme a linguagem de Micaías em lRs 22.17 e a compaixão de Jesus pela multidão porque eram como “ovelhas sem pastor” (Mc 6:34) — como um exército sem capitão.

b)    Javé busca as suas ovelhas perdidas (34:11-16). Não importa o que os mercenários tenham feito, o Deus de Israel vai cumprir com o papel de um verdadeiro pastor do seu rebanho, ajuntando as ovelhas, alimentando-as com boa pastagem (v. 14) e cuidando daquelas que precisam de tratamento especial (conforme Sl 23:0,Mt 18:13; Lc 15:3-42); aqui a referência é à restauração do exílio.

v. 16. Procurarei as perdidas', conforme o que se diz do Filho do homem em Lc 19:10. a rebelde e forte eu destruirei', essas provavelmente são os que atacam as ovelhas. A LXX traz “vou observar a forte” (conforme BJ).

c)    As ovelhas gordas e as ovelhas magras (34:17-22). Mesmo entre as ovelhas, deve haver julgamento: as mais fortes estavam intimidando as mais fracas, monopolizando a boa pastagem e pisoteando o pasto restante, forçando o caminho para chegarem primeiro ao lugar de água e turvando a água que sobrava — uma parábola ilustrativa da injustiça social em Israel (conforme 22:3-12). Os opressores precisam ser castigados, e suas vítimas, protegidas.

d)    “um pastor” (34.23,24). No lugar dos mercenários que se mostraram infiéis ao seu chamado, Deus vai colocar sobre eles um novo pastor, a quem ele chama o meu servo Davi (conforme 37.24,25) — o “príncipe” (ARA) messiânico (conforme Jr 23:1-24). O Filho maior do grande Davi leva aqui o nome do seu ancestral (conforme Dn 3:5; Jr 30:9). A parábola do bom pastor em Jo 10:1-43, que tem esse oráculo como o seu pano de fundo do ATOS, sugere que a reivindicação de Jesus é que ele é o Messias davídico: aquele “um só pastor” de Jo 10:16 é um eco proposital da mesma frase do v. 23 aqui, um pastor (v. tb. 37:22-24). Assim também, a relação próxima entre Eu, o Senhor, e o meu servo Davi no v. 24 é reproduzida na relação próxima entre o Pai e o Filho na sua proteção conjunta das ovelhas em Jo 10:27-43.

v. 24. líder (“príncipe”, ARA): heb. nasi’, como mais tarde em 37.25; 44.3 etc.. Não é certo, no entanto, se “rei” (melek) é evitado aqui por uma questão de princípio; o termo é usado na afirmação paralela em 37.24.

e) O paraíso é reconquistado (34:25-31). No tempo da restauração, a paz e a prosperidade vão ser estabelecidas, com chuvas que produzem vida (v. 26) e ricas colheitas (v. 27).

v. 25. uma aliança de paz: conforme 37.26 (também 16.60,62). As condições da nova aliança são mencionadas em Ezequiel com mais fre-qiiência (conforme 11.19,20; 36:25-27) do que a própria palavra aliança é usada, livre de animais selvagens: conforme Lv 26:6, também num contexto de “aliança”, v. 29. uma terra famosa por suas colheitas: TM: “uma plantação de renome” (conforme VA: “planta de renome”, em certa época interpretado incorretamente como designação messiânica); LXX: “em esperança de paz” (lendo shalôm, “paz”, “prosperidade”, no lugar do termo shem do TM, “nome”, “renome”). v. 30,31. elas [...] são o meu povo [...] eu sou o seu Deus: a essência da aliança (cf. Lv 26:12). ovelhas da minha pastagem: o TM acrescenta “homens” (i.e., “vocês são o meu rebanho humano”).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 33 do versículo 1 até o 29

III. As Profecias da Restauração de Israel. 33:1 - 39:29.

A queda de Jerusalém assinala um ponto decisivo no ministério de Ezequiel. Os até agora ameaçadores oráculos contra Judá (caps. 1-24) e seus inimigos pagãos (caps. 25-32) cedem lugar às mensagens exortativas de um pastor para o seu povo arrasado (caps. 33-39). Após o colapso do estado (Ez 33:21) e a completa prostração das mentes dos indivíduos sob suas calamidades (Ez 33:10), o profeta declarou que o Senhor não acabara com Israel (contraste ao cap. Ez 35:1). Para ela havia uma nova era à frente. Em palavras comoventes, Ezequiel fala aqui de purificação, restauração e paz de Israel (caps. Ez 34:1; Ez 36:16 e segs.; 37).

Em primeiro lugar o profeta foi recomissionado como atalaia para preparar o seu povo para uma nova era (cap. Ez 33:1). Um novo governo sob Davi, o servo de Deus, suplantaria a antiga dinastia, cujos perversos pastores (governantes) deixaram as ovelhas se dispersarem (cap. Ez 34:1). A integridade territorial de Israel seria assegurada pela desolação do Monte Seir e outros inimigos (cap. Ez 35:1), enquanto Israel experimentaria tanto a restauração exterior (Ez 36:1-15) quanto a restauração interior (Ez 36:16-38). A reintegração do povo em uma só nação sob um só rei, Davi, está simbolizada pela ressurreição dos ossos secos e pela junção de dois pedaços de pau (cap. Ez 37:1). A paz de Israel restaurada será perpétua, pois o Senhor protegê-la-á milagrosamente da invasão ameaçadora de Gogue nos últimos dias (caps. Ez 38:1 e 39).


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 34 do versículo 1 até o 31

Ez 34:1, Ez 34:24) e fará uma aliança de paz para a terra (vs. Ez 34:25-31).


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 34 do versículo 18 até o 19

18, 19. Maldades cruéis das classes superiores são destacadas. Com. Is 1:23; Is 3:14, Is 3:15; Is 5:8; Os 4:7-11; Os 7:1-6.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 34 do versículo 1 até o 31
XII. VOLTA DE ISRAEL À SUA PRÓPRIA PÁTRIA Ez 34:1-37.28

a) Ovelhas indefesas e pastores infiéis (Ez 34:1-31)

A alegoria, aparentemente um desenvolvimento de Jr 23:1-24, se divide em duas seções: os rapazes governantes de Israel, que deveriam arcar com a responsabilidade de assaltarem o povo (1-16); e as relações pelas quais Deus tratava com a própria nação (17-31).

>Ez 34:2

Os pastores (2), conforme fica claro pelo fim do vers. 4 eram os governantes de Israel, especialmente aqueles que ultimamente haviam governado a nação. Quanto à figura cfr. Sl 78:70 e segs.; Is 44:28; Is 63:11; Jr 2:8; Zc 11:0. Minhas ovelhas andam espalhadas (6), minhas ovelhas vieram a servir de pasto (8). Uma descrição simbólica da opressão contra Israel (por poderes tais como a Assíria, o Egito, a Babilônia) e da dispersão após a queda de Jerusalém. Cfr. 1Rs 22:17 e Mt 9:36 com o vers. 5. As farei vir... e as trarei à sua terra (13). Os exilados seriam trazidos de volta de todas as terras para onde foram espalhados (incluindo o Egito, a Fenícia e a Arábia, como também a Babilônia) e seriam estabelecidos debaixo do governo de Jeová. A ternura de Ezequiel, por tanto tempo oculta em suas profecias, pode ser vista muito claramente nesta descrição sobre o beneficente governo de Deus como o Pastor de Seu povo (14-16); Cfr. Lc 15:3-42; Jo 10:0; 1Pe 2:25; Ap 7:17.

>Ez 34:17

No vers. 17 a figura é alterada. O profeta deixa de lado o rei e se revolta para os oficiais menos categorizados, os quais, não obstante, tiranizavam seus compatriotas. Este versículo talvez tenha sugerido, a nosso Senhor, Sua parábola sobre as ovelhas e os bodes (Mt 25:31 e segs.). O ensino da passagem inteira nos faz lembrar de Ez 20:37-38; a restauração está mesclada com o julgamento. Levantarei (23); cfr. 2Sm 7:12; Jl 9:11. Um só pastor (23) implica em um rebanho (não dois como anteriormente); ver Ez 37:24 e cfr. Jo 10:16. Ele será outro Davi (24) por meio de quem Deus governa; cfr. Ez 37:25; Ez 46:1-18. Note-se que seu aparecimento é conseqüência da salvação realizada por Deus. Essa salvação é conseguida pelo Messias -uma doutrina distintivamente do Novo Testamento-o que é previsto somente na última porção de Isaías. O conceito de paz (25) é entre a terra e o povo, e está ligada à remoção da besta ruim da terra, que surgiria no período do exílio; cfr. Lv 25:4-6 e um pacto semelhante em Dn 2:18. Somente então seria seguro para um homem dormir nos bosques (25).

>Ez 34:29

Uma plantação de renome (29); a palavra é um coletivo singular, subentendendo plantações tão frutíferas a ponto de se tornarem famosas. Juntamente com a Septuaginta e com a versão latina, omitir homens, no vers. 31, e ler: "Vós sois minhas ovelhas... e eu, vosso Deus"; cfr. Ap 21:3.


Dicionário

Ovelhas

Ovelhas Jesus empregou essa palavra de maneira simbólica para expressar sua compaixão e amor aos seres humanos desprovidos de bons pastores (Mt 9:36; 10,6) e à humanidade perdida que ele — o Bom Pastor que cuida realmente de suas ovelhas (Jo 10:1-27) — vem para redimir (Mt 18:12; Lc 15:4-6). Sua mansidão pode ser imitada pelos falsos profetas (Mt 7:15). Em sua missão evangelizadora, os discípulos assemelham-se às ovelhas em meio aos lobos (Mt 10:16; 26,31); em alguns casos, como o de Pedro, são chamados a ser pastores das outras ovelhas (Jo 21:16ss.).

Pastar

verbo transitivo Comer a erva de.
verbo intransitivo Comer a erva que ainda está na terra (diz-se de gado); pascer.
Levar o gado para se alimentar de ervas ainda na terra; pastorear.
Figurado Comprazer-se; nutrir-se.
Etimologia (origem da palavra pastar). Do b. do latim pastare.

Pés

-

Pés 1. Lançar-se aos pés: reconhecer a superioridade da outra pessoa, adorá-la (Mt 18:29; 28,9).

2. Descalçar: ato de servidão reservado aos escravos (Mc 1:7).

3. Sentar-se aos pés: ser discípulo de alguém (Lc 8:35).

4. Depositar aos pés: confiar algo a alguém (Mt 15:30).

5. Sacudir o pó dos pés: expressar ruptura ou mesmo o juízo que recaíra sobre a outra pessoa (Mt 10:14).

6. Lavar os pés: sinal de humildade e serviço que Jesus realizou com seus discípulos durante a Última Ceia, e espera-se que estes o repitam entre si (Jo 13:1-17).


Tem

substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ezequiel 34: 19 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E quanto as Minhas ovelhas elas pastarão o que haveis pisado com os vossos pés, e beberão o que haveis turvado com os vossos pés.
Ezequiel 34: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H4823
mirmâç
מִרְמָס
lugar de pisar, pisada
(trodden down)
Substantivo
H4833
mirpâs
מִרְפָּשׂ
()
H6629
tsôʼn
צֹאן
rebanho de gado miúdo, ovelha, ovinos e caprinos, rebanho, rebanhos
(of sheep)
Substantivo
H7272
regel
רֶגֶל
(of her foot)
Substantivo
H7462
râʻâh
רָעָה
apascentar, cuidar de, pastar, alimentar
(a keeper)
Verbo
H8354
shâthâh
שָׁתָה
beber
(And he drank)
Verbo


מִרְמָס


(H4823)
mirmâç (meer-mawce')

04823 מרמס mirmac

procedente de 7429; DITAT - 2176a; n m

  1. lugar de pisar, pisada
    1. lugar de pisar
    2. pisada

מִרְפָּשׂ


(H4833)
mirpâs (meer-paws')

04833 מרפש mirpas

procedente de 7515; DITAT - 2199a; n m

  1. sujo, coisa suja

צֹאן


(H6629)
tsôʼn (tsone)

06629 צאן tso’n ou צאון ts e’own̂ (Sl 144:13)

procedente de uma raiz não utilizada significando migrar; DITAT - 1864a; n. f. col.

  1. rebanho de gado miúdo, ovelha, ovinos e caprinos, rebanho, rebanhos
    1. rebanho de gado miúdo (geralmente de ovinos e caprinos)
    2. referindo-se a multidão (símile)
    3. referindo-se a multidão (metáfora)

רֶגֶל


(H7272)
regel (reh'-gel)

07272 רגל regel

procedente de 7270; DITAT - 2113a; n. f.

    1. pé, perna
    2. referindo-se a Deus (antropomórfico)
    3. referindo-se a serafins, querubins, ídolos, animais, mesa
    4. conforme o ritmo de (com prep.)
    5. três vezes (pés, ritmos)

רָעָה


(H7462)
râʻâh (raw-aw')

07462 רעה ra ah̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2185,2186; v

  1. apascentar, cuidar de, pastar, alimentar
    1. (Qal)
      1. cuidar de, apascentar
        1. pastorear
        2. referindo-se ao governante, mestre (fig.)
        3. referindo-se ao povo como rebanho (fig.)
        4. pastor, aquele que cuida dos rebanhos (substantivo)
      2. alimentar, pastar
        1. referindo-se a vacas, ovelhas, etc. (literal)
        2. referindo-se ao idólatra, a Israel como rebanho (fig.)
    2. (Hifil) pastor, pastora
  2. associar-se com, ser amigo de (sentido provável)
    1. (Qal) associar-se com
    2. (Hitpael) ser companheiro
  3. (Piel) ser um amigo especial

שָׁתָה


(H8354)
shâthâh (shaw-thaw')

08354 שתה shathah

uma raiz primitiva; DITAT - 2477; v.

  1. beber
    1. (Qal)
      1. beber
        1. referindo-se a beber o cálice da ira de Deus, de massacre, de ações ímpias (fig.)
      2. festejar
    2. (Nifal) ser bebido