Enciclopédia de Daniel 5:28-28

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 5: 28

Versão Versículo
ARA Peres: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas.
ARC Peres: Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e aos persas.
TB PERES: Está dividido o teu reino e entregue aos medos e aos persas.
HSB פְּרֵ֑ס פְּרִיסַת֙ מַלְכוּתָ֔ךְ וִיהִיבַ֖ת לְמָדַ֥י וּפָרָֽס׃
BKJ Peres - Teu reino foi dividido e dado aos medos e persas.
LTT PERES ①: Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas.
BJ2 Parsin -— teu reino foi dividido e entregue aos medos e aos persas".

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 5:28

Isaías 13:17 Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso da prata, nem tampouco desejarão ouro.
Isaías 21:2 Visão dura se me manifesta: o pérfido trata perfidamente, e o destruidor anda destruindo. Sobe, ó Elão, sitia, ó medo, que já fiz cessar todo o seu gemido.
Isaías 45:1 Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela sua mão direita, para abater as nações diante de sua face; eu soltarei os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão.
Daniel 5:31 E Dario, o medo, ocupou o reino, na idade de sessenta e dois anos.
Daniel 6:28 Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa.
Daniel 8:3 E levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha duas pontas; e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do que a outra; e a mais alta subiu por último.
Daniel 8:20 Aquele carneiro que viste com duas pontas são os reis da Média e da Pérsia;
Daniel 9:1 No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"peres" é o singular de "pharsin" do v. Dn 5:25 e significa "partido, dividido".


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A QUEDA DA BABILÔNIA E O DECRETO DE CIRO

562-537 a.C.
DEPOIS DE NABUCODONOSOR
Nabucodonosor faleceu em 562 a.C.e foi sucedido por seu filho, Evil-Merodaque (Amel- Marduque), que libertou Joaquim, o rei cativo de Judá. Evil-Merodaque ocupou o trono por apenas dois anos (562-560 a.C.) antes de ser assassinado por seu antigo general e cunhado Neriglissar (560-556 a.C.). Depois de um reinado de quatro anos, Neriglissar morreu e foi sucedido por seu filho, Labashi-Marduque (556 a.C.). Este foi assassinado pouco tempo depois e Nabonido (556-539 a.C.), que talvez tenha se casado com uma filha de Nabucodonosor, tomou o trono.

NABONIDO NA ARÁBIA
Nabonido nomeou seu filho, Bel-shar-usur (o rei Belsazar de Dn 5:1), regente e partiu para Tema, um oásis na região oeste do deserto árabe. Capturou Tema, exterminou a maioria dos habitantes e estabeleceu sua autoridade nesse local onde permaneceu dez anos, de 553 a 543 a.C.O motivo alegado para sua estadia foi a restauração do templo de Sin, o deus-lua, em Tema. Mas o que o levou, de fato, a passar tanto tempo longe da Babilônia? Talvez estivesse protegendo a rota de incenso que saía do lêmen e passava pelo oeste da Arábia, para evitar que caísse nas mãos do rei egípcio Amásis 1l (570-526 a.C.). Talvez sua devoção a Sin, o deus-lua, o tivesse distanciado dos sacerdotes de Marduque na Babilônia e lhe pareceu melhor não voltar para lá. Ou, ainda, talvez o rei babilônio estivesse enfermo. De acordo com a "Oração de Nabonido", dos "Manuscritos do Mar Morto" em Qumran, Nabonido foi afligido por úlceras malignas durante sete anos na cidade de Tema.

A QUEDA DA BABILÔNIA
Os judeus que creram na palavra protética de Jeremias se deram conta de que os setenta anos de exílio (calculados desde a primeira deportação em 605 .C.) preditos por ele estavam chegando ao fim.
Enquanto Nabonido estava na Arábia, uma nova potência mundial começou a surgir. Os medos e persas, sob o governo de Ciro II, se deslocaram para o norte e flanquearam os babilônios. Em 547 a.C., Ciro derrotou Creso de Lídia, no oeste da Turquia, e tomou sua capital, Sardes. Reconhecendo a ameaça crescente da Pérsia, Nabonido voltou para a Babilônia e, no final do verão de 539 a.C., os persas atacaram. Ciro derrotou os exércitos babilônios em Opis, junto ao rio Tigre. No décimo quarto dia de tisri (10 de outubro), Sipar foi capturada sem reagir e Nabonido fugiu. Na Babilônia, Belsazar não se senti ameaçado, pois os muros inexpugnáveis da cidade podiam resistir-a vários anos de cerco. Num gesto desafiador, Belsazar pediu que lhe trouxessem as taças de ouro e prata do templo do Senhor em Jerusalém e, pouco depois, uma inscrição misteriosa apareceu na parede do palácio real: "MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM'". Daniel, então com cerca de oitenta anos de idade e aposentado de suas funções na corte, foi chamado para interpretar a mensagem. As palavras eram relacionadas a três pesos: mina, siclos e meia mina e incluía trocadilhos como PARSIM (singular PERES), uma referência aos persas.
A interpretação de Daniel - "MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas" (Dn 5:26-28) - se cumpriu de imediato. "Naquela mesma note, foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino" (D 5:30-31). De acordo com a Crônica de Nabonido, no décimo sexto dia de tisri (12 de outubro), Ugbaru, o governador rebelde de Gútio (Assíria), e os exércitos de Ciro entraram na Babilônia sem travar uma única batalha.

DARIO, O MEDO
O livro de Daniel atribui a captura da Babilônia a "Dario, o medo". Alguns estudiosos O equiparam a Ugbaru, mas a Crônica de Nabonido registra a morte de Ugbaru em 6 de novembro daquele ano. Há quem identifique Dario com outro oficial, chamado Gubaru, que poderia ou não ser Ugbaru. No entanto, não há evidências específicas de que Ugbaru ou Gubaru fosse medo, chamado rei, que seu nome fosse Dario, filho de Xerxes e tivesse 62 anos de idade. Sabe-se, porém, que Ciro, o rei da Pérsia, tinha cerca de 62 anos quando se tornou rei da Babilônia e usava o título "rei dos medos". Assim, Dario, o medo, pode ser apenas outro nome para Ciro da Pérsia, sendo possível, nesse caso, traduzir Daniel 6:28 como: "Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario, isto é, no reinado de Ciro, o persa". Apesar de Ciro também não ser filho de Xerxes, mas sim de Cambises, sua mãe, Mandane, era meda.

OS PERSAS TOMAM A BABILÔNIA
De acordo com os historiadores gregos Heródoto e Xenofonte, os persas desviaram o curso do rio Eufrates para Aqarquf, uma depressão próxima da Babilônia, atravessaram o rio com água pela altura das coxas e chegaram à dançando e se divertindo numa festa e Xenofonte afirma que os persas atacaram durante uma festa, quando toda Babilônia costumava beber e se divertir a noite toda". Assim, o banquete de Belsazar foi seu último ato antes de cair nas mãos do exército persa. O fato de Belsazar ser regente de Nabonido explica a oferta feita a Daniel para ser o terceiro no reino.
Ao que parece, Nabonido foi capturado e levado de volta à Babilônia. No terceiro dia de marquesvã (29 de outubro), Ciro entrou na Babilônia.

CIRO PUBLICA SEU DECRETO
Muitos habitantes da Babilônia ficaram satisfeitos com o fim do reinado de Nabonido e podemos acreditar nas palavras de Ciro registradas no "Cilindro de Ciro": "Todos os habitantes da Babilônia, bem como toda a terra da Suméria e Acádia, príncipes e governadores, se curvaram diante dele e beijaram seus pés, exultantes por serem seus súditos. Com o rosto resplandecente e grande alegria, o receberam como senhor, pois, graças ao seu socorro, haviam saído da morte para a vida e sido poupados de danos e calamidades" Ciro tratou bem os babilônios. Na verdade, ele procurou tratar com respeito todos os seus súditos leais, inclusive os judeus. Ciente da profecia de Jeremias, segundo a qual a desolação de Jerusalém duraria setenta anos, Daniel pediu a Deus para intervir? As orações de Daniel foram respondidas prontamente. Em 538 a.C., Ciro fez uma grande proclamação, registrada no final de 2Crônicas, o último livro da Bíblia hebraica: "Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá; quem entre vós é de todo o seu povo, que suba, e o SENHOR, seu Deus, seja com ele. 2Crônicas 36.23; Esdras 1:2-3a Cumpriu-se, desse modo, a predição feita pelo profeta Isaías aproximadamente 160 anos antes acerca de Ciro, o ungido do Senhor: "Que digo de Ciro: Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado." Isaías 44.28

DANIEL NA COVA DOS LEÕES
No terceiro ano de Ciro como rei da Babilônia (537 a.C.), quando o primeiro grupo de exilados regressou a Jerusalém, Daniel estava com pelo menos oitenta anos de idade e não voltou com eles. Talvez tenha se contentado em descansar nas palavras de Deus no final de sua profecia: "Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança" (Dn 12:13). Dario, o medo, se deixou levar por uma trama urdida por seus conselheiros e foi obrigado a condenar Daniel a ser lançado numa cova de leões. Porém, depois de passar a noite na cova, Daniel disse ao rei angustiado: "O meu Deus enviou seu anjo e fechou a boca aos leões". Do ponto de vista dos escritores bíblicos, da mesma forma como havia desencadeado os acontecimentos que permitiriam ao seu povo exilado deixar a Babilônia, Deus livrou seu servo justo, Daniel.
O relevo em pedra mostra o rei da Assíria caçando leões. Proveniente do palácio do rei Assurbanipal (669. 627 a.C). Nínive.
O relevo em pedra mostra o rei da Assíria caçando leões. Proveniente do palácio do rei Assurbanipal (669. 627 a.C). Nínive.
A estela encontrada na Babilônia mostra o rei babilônio Nabonido (556-539 a.C.) em pé, diante dos emblema das divindades Sin, Shamash e Ishtar.
A estela encontrada na Babilônia mostra o rei babilônio Nabonido (556-539 a.C.) em pé, diante dos emblema das divindades Sin, Shamash e Ishtar.
O Cilindro de Ciro, um relato babilônio da ascensão do rei persa Ciro ao trono da Babilônia em 539 a.C, descreve como Ciro foi bem recebido pelos babilônios.
O Cilindro de Ciro, um relato babilônio da ascensão do rei persa Ciro ao trono da Babilônia em 539 a.C, descreve como Ciro foi bem recebido pelos babilônios.
O Império Babilônio depois de Nabucodonosor Depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., o Império Babilônio entrou em declínio e, por fim, foi capturado pelos persas sob o comando de Ciro em 539 a.C.
O Império Babilônio depois de Nabucodonosor Depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., o Império Babilônio entrou em declínio e, por fim, foi capturado pelos persas sob o comando de Ciro em 539 a.C.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
D. A QUEDA DO IMPÉRIO CALDEU, Dn 5:1-31

A primeira metade do livro de Daniel é o registro de uma série de encontros cruciais entre o orgulho e poder de homens insignificantes e o grande e bondoso Deus. Este, em última análise, dirige as ações dos homens quer eles reconheçam isso, quer não. O inci-dente desse quinto capítulo serve como clímax da jornada meteórica ao longo da história do reino Babilônico.

Após a morte de Nabucodonosor, o seu filho, Evil-Merodaque, o sucedeu no trono. Esse é o rei que deu honra especial ao rei Joaquim, depois de 37 anos de exílio, ao soltá-lo da prisão e designar-lhe uma pensão (Jr 52:31-34; II Reis 25:27-30).

Depois de dois anos, Neriglissar, o cunhado de Evil-Merodaque, liderou uma revolta e o assassinou. Neriglissar tinha se casado com uma das filhas de Nabucodonosor e reivindi-cava um certo direito real, especialmente por meio do seu filho, Labashi-Marduque. Mas o jovem não recebeu apoio e logo foi morto pelos seus amigos de confiança. Os generais e líderes políticos escolheram Nabonido, outro genro de Nabucodonosor, um auxiliar expe-rimentado e de confiança durante a maior parte do seu reinado. Nitocris, filha de Nabucodonosor, deu um filho a Nabonido. Seu nome era Belsazar. Por causa do seu san-gue real, Belsazar, três anos após a ascensão de Nabonido ao trono, foi feito co-regente com seu pai. Ele tinha a incumbência de governar a cidade e província da Babilônia. Esse foi o rei Belsazar descrito por Daniel, como os caracteres cuneiformes têm revelado após décadas de confusão sobre a sua identidade, mesmo entre estudiosos conservadores.'

1. A Orgia Profana de Belsazar (Dn 5:1-4)

Além de toda a herança real do grande Nabucodonosor, seu avô, Belsazar tornou-se conhecido por causa da sua devassidão e crueldade. Atribui-se a Xenofonte a história em que um dos nobres de Belsazar venceu o rei numa caçada. Por esse motivo, Belsazar matou o nobre na mesma hora. Mais tarde, em uma festa, um dos convidados foi elogiado por uma das mulheres. O rei ordenou que o convidado fosse mutilado para eliminar qualquer possibilidade de ser elogiado novamente.' Criado em um ambiente de luxo, em que o poder e a adulação fizeram parte da sua vida já em tenra idade, ele tinha poucas chances de não se tornar um egoísta insensato e um autocrata cruel.

Mas agora, catorze anos como segundo no comando do reino, Belsazar precisava encarar grandes responsabilidades. Nabonido, seu pai, estava no campo de batalha com o exército caldeu tentando rechaçar os ataques das forças conjuntas dos Medos e Persas. Uma província após outra do império da Babilônia tinha caído. Agora, os exércitos de Ciro cercavam a capital como o último obstáculo a ser vencido.

Mas não era essa a grande Babilônia inconquistável? Seus muros podiam resistir a qualquer assalto. Sua fartura em mantimentos e seu suprimento de água inesgotá-vel poderiam sobreviver a qualquer cerco. Para demonstrar seu desdém pela ameaça persa, Belsazar decretou uma festa para toda a cidade. Por meio de um convite especi-al para mil dos seus grandes (1), ele preparou uma festa no palácio real. Ele convi-dou as mulheres do harém real para acrescentar diversão à festa. Então o próprio rei liderou a festa oferecendo bebida para todos. Em dado momento, "inflamado pelo mui-to vinho" (2, Berkeley), Belsazar se deixou levar por um impulso imprudente. Ele orde-nou que fossem buscados os utensílios sagrados que seu avô tinha trazido de Jerusa-lém para a Babilônia (3) cinqüenta anos atrás. Eles beberam dessas taças, coisa que nenhum outro ousara fazer até então. Belsazar e seus companheiros de festa beberam dessas taças e deram louvores aos deuses (4) da Babilônia. Xenofonte relata que a festa se tornou tão barulhenta que o general de Ciro, Gobrias, declarou: "Não deveria me surpreender se as portas do palácio estivessem abertas agora, porque parece que toda a cidade se entregou à folia".9

  1. A Aparição do Julgamento (Dn 5:5-9)

Subitamente, sem aviso prévio, a festança deu lugar a um silêncio chocante. Na parede rebocada apareceram alguns dedos de mão de homem (5) que lentamente come-çaram a escrever uma mensagem. Mas o rei não conseguiu entender uma única palavra do que tinha sido escrito, nem seus convidados de honra. Então, se mudou o semblan-te do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se rela-xaram, e os seus joelhos bateram um no outro (6). Quando Belsazar conseguiu falar, ele começou a gritar e chamar os peritos na sabedoria, os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores (7), para explicar esse mistério. O rei prometeu todo tipo de recom-pensa e promoção para qualquer um que pudesse ler a escrita na parede e interpretar a sua mensagem. Esse homem seria vestido de púrpura (púrpura real), uma cadeia de ouro seria colocada ao redor do seu pescoço e ele se tornaria o terceiro em importância no governo do seu reino. Esse era o posto mais elevado disponível, visto que Nabonido ocupava o posto mais elevado, e Belsazar, o segundo.

Quando os sábios não conseguiram decifrar a escrita, o rei e todos os convidados ficaram outra vez aterrorizados. O termo aramaico usado aqui, mishettabbeshiyn, signi-fica muito mais do que perplexidade. Na verdade, havia "confusão e grande comoção na assembléia".1°

  1. Daniel é Chamado (Dn 5:10-12)

Enquanto os homens clamavam e as mulheres gritavam, a rainha (10; rainha-mãe, Nitocris), que havia se ausentado da festa, entrou na sala do banquete do palácio. Assumindo o comando da situação histérica com postura e dignidade, ela gentilmente admo-estou o rei, seu filho, e o instruiu na ação a ser tomada. Ela lembrou-o de um homem que tem o espírito dos deuses santos (11). Esse homem havia provado sua capacida-de extraordinária inúmeras vezes ao desvendar os segredos sobrenaturais nos dias do seu avô Nabucodonosor. Era o próprio Daniel, chamado Beltessazar (12), que Nabucodonosor havia constituído chefe dos sábios da Babilônia.

  1. A Interpretação de Daniel (Dn 5:13-29)

Então, Daniel foi introduzido à presença do rei (13). Negligenciado havia muito tempo e completamente esquecido, agora tinha chegado a hora do homem de Deus. A mesma recompensa extravagante que o rei havia prometido previamente lhe foi proposta (16), mas Daniel não deu importância às "ninharias" do rei (17) e foi direto à crise que o rei embriagado e sua cidade estavam enfrentando. Daniel o con-frontou de forma cortês mas sem rodeios com uma mensagem de Deus. Daniel recor-dou as lições que Belsazar deveria ter aprendido da história, especialmente em como Deus tratara a vida do seu avô. Ele conduziu a atenção para o orgulho de Nabucodonosor e sua trágica humilhação (18-22). Então veio uma estocada na pró-pria consciência de Belsazar: E tu, seu filho Belsazar, não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste de tudo isso. E te levantaste contra o Senhor do céu (22-23).

A escrita na parede havia terminado. Quatro palavras misteriosas brilhavam na parede. Elas foram escritas na língua dos caldeus, mas qual era o seu significado? MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM (25). Daniel explicou cada palavra com um significado duplo. MENE, MENE significava "contado, contado": Contou Deus o teu reino e o acabou (26) ; TEQUEL — "pesado": Pesado foste na balança e foste achado em falta (27). PARSIM — "fragmentos quebrados" (no aramaico: UPARSIM; o U significa "e"). Usando a forma do particípio singular, PERES — fragmentado, Daniel pronunciou o julgamento final: Dividido (ou quebrado em pedaços) foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas (28).

  1. Colapso do Império (Dn 5:30-31)

Mal haviam acabado de colocar os adornos de honra em Daniel, quando os soldados de Gobrias e Ciro invadiram o palácio com gritos de guerra. A tradição diz que os enge-nheiros de Ciro desviaram o rio e entraram na cidade pelo canal seco. Mas evidências mais sólidas parecem indicar que insurretos de dentro da cidade abriram as portas e deixaram o exército persa entrar. A cidade caiu com pouco derramamento de sangue, além de Belsazar. Quando o exército do rei Nabonido foi completamente derrotado, Ciro deu a ele uma residência permanente em Carmânia, uma província não muito distante, onde viveu o restante dos seus dias.
Mas em relação a Belsazar, filho de Nabonido, quão pateticamente fútil foi a oração do pai registrada em um enorme rolo com caracteres cuneiformes encontrado no zigurate em Ur! Endereçado a Sin, o Deus-Lua, lê-se o seguinte: "Quanto a mim, Nabonido, o rei da Babilônia, o venerador da sua grande divindade, que eu possa ser satisfeito com a plenitude da vida, e quanto a Belsazar, o primeiro filho dos meus lombos, alongue os seus dias; não permita que se volte para o pecado"»

em Dn 5, tendo como pano de fundo o julgamento do versículo 27, encontramos o tema: "Deus Proclama a Destruição".

1) Quando os homens não querem aprender da experiência de outros (17-22) ;

2) Quando os homens ignoram e desprezam Deus (22-23).

3) Quando os homens vivem em sensualidade (1-3).

4) Quando os homens adoram outros deuses (23). Também cf. Seiss.12


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 5 do versículo 26 até o 28

A Solução do Mistério (Dn 5:26-28)

Dn 5:26

Esta é a interpretação. Embora as próprias palavras fossem tomadas para referir-se a pesos, podendo simbolizar algo como o julgamento político e a justiça popular, a elas foi dada uma direção inteiramente nova, que se aplicava diretamente ao próprio rei. Preservada na questão dos pesos está a balança que pesara o rei e o achara leve demais para poder derrubá-lo. Em outras palavras, ele era tão leve que o Vento de Deus estava pronto a soprá-lo para longe como se fosse feito de palha. Ele era apenas um saco de vento profano. Não tinha substância que atraísse o favor divino.
MENE: Contou Deus o teu reino. Este versículo aborda a questão da interpretação da palavra MENE. Deus contou os dias (do reinado de Belsazar) e determinou que poucos tempo lhe restava. O fim daquele governo tinha chegado. “Deus contou os dias e o teu reino terminará” (NCV). Aquele reino havia alcançado o número determinado de seus dias, mas obtemos aqui a idéia de cortar, o reino perdurou menos tempo do que poderia ter perdurado. O julgamento de Deus decepou o reino da Babilônia.

Fez toda raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação.

(At 17:26)

Isso pode parecer determinismo absoluto, mas muitas são as Escrituras que nos mostram que acontecem aos homens e às nações muitas coisas segundo a Lei Moral da Colheita Segundo a Semeadura (ver a respeito no Dicionário), que opera conforme os homens obedecem ou desobedecem às leis morais de Deus. A presente história é, na realidade, uma ilustração precisa disso.

Dn 5:27

TEQUEL: Pesado foste na balança. Este versiculo interpreta a palavra TEQUEL. Deus pôs o rei na balança de Sua justiça e achou que ele era mais leve do que a poeira. Para ser aprovado, o homem teria de ser pesado o bastante para fazer o prato da balança baixar em seu favor — essa é a idéia da metáfora. Um homem tem de pesar mais do que seus pecados e fracassos, ou seja, mostrar que tem algum vaforque pese mais do que suas maldades.

“Foste pesado na balança e ficou demonstrado que não és bom o bastante” (NCV). Ou seja, Belsazar não era suficientemente bom para escapar do julgamento que sobreviría naquela mesma noite. Esse juízo veio porque as maldades do rei ultrapassavam suas bondades. “A noção da conduta humana ser pesada em uma balança é muito antiga e ilustra lindamente as cenas do Egito antigo, onde os mortos ficavam de pé defronte da balança, enquanto o registro era feito. Passagens bíblicas como 6:2,6:3; 31:6 e Pro. 62.9 refletem essa idéia. Conforme também Sl 5:6. O terceiro reino do sonho de Nabucodonosor — o ventre e as coxas de bronze — é interpretado por alguns como o poder persa, em distinção ao poder da Média. Portanto, a palavra PERAS pode significar “quebrar", e, como é lógico, a Babilônia foi quebrada em dois pela derrota que sofreu. Os medos aparecem em 2Rs 17:6; Ed 6:2 e nos livros proféticos. Os medos e os persas são mencionados juntos aqui, tanto quanto no capítulo 6 deste livro, porque os judeus, à semelhança dos gregos, consideravam aqueles dois povos iranianos intimamente associados. Nos escritos gregos, os termos ta Persika e ta Medika tornaram-se sinônimos virtuais, intercambiáveis. Quanto a informações gerais, ver no Dicionário os verbetes chamados Média (Medos) e Pérsia.

A CIDADE DE BABILÔNIA

Observações:

A cidade de Babilônia era altamente fortificada e protegida. Tinha dois muros, um exterior e outro interior. Tinha também um muro de água, o fosso-canal que cercava a cidade. Mas quando seu dia designado por Deus chegou, nada a salvou.

Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

Sl 127:1

Esta é a interpretação de Dn 5:25:

MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele.
TEQUE: Pesado foste na balança e achado em falta.
PERES: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas.
Naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus.

E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino (Dan. 5:26-31).

Talvez haja um jogo de palavras intencional aqui, baseado em peres (quebrar) e Paras (Pérsia). Os persas foram os instrumentos da quebra do império babilônico.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Daniel Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
*

5:1

O rei Belsazar. O nome "Belsazar" significa "Bel protege o rei" (não deve ser confundido com "Beltessazar", o nome babilônico que foi dado a Daniel (1.7, nota). Com base em fontes babilônicas sabemos que Belsazar foi encarregado dos negócios na Babilônia, enquanto seu pai, Nabonido, o último rei da Babilônia, passava extensos períodos de tempo em Tema, na Arábia. Os acontecimentos deste capítulo ocorreram em 539 a.C., o ano em que os babilônios caíram diante dos persas, quarenta e dois anos depois da morte de Nabucodonosor, em 563 a.C.

*

5:2

bebia e apreciava o vinho. Sob a má influência do vinho, Belsazar cometeu um ato de sacrilégio.

seu pai. O pai verdadeiro de Belsazar era Nabonido, e não Nabucodonosor. Mas não era incomum que os termos "pai" (vs. 11, 13 e
18) e "filho" (v. 22) fossem usados, respectivamente como equivalentes a "antepassado" (referência lateral) e "descendente".

*

5:4

deram louvores aos deuses. Os utensílios do templo de Jerusalém foram contaminados, não somente por terem sido utilizados para finalidades profanas, mas também por terem sido usados para honrar os deuses falsos da Babilônia.

* 5:7

os encantadores, os caldeus e os feiticeiros. Ver notas em 1.20; 2.2; conforme 2.27 e 4.7.

me declarar a sua interpretação. Uma vez mais, um rei requereu a ajuda de Daniel para que compreendesse uma mensagem que Deus endereçara a ele (2.5, nota).

terceiro no meu reino. Ou seja, próximo, quanto à autoridade, a Nabonido e Belssazar (5.1, nota). O "terceiro no reino" é a designação oficial de uma alta autoridade, embora não necessariamente a literal terceira autoridade no trono.

*

5:10

A rainha-mãe. Uma das poucas mulheres a terem poder significativo nas cortes reais da antiguidade (conforme 1Rs 15:3; 2Rs 11:1-3; 24:12; Jr 13:18).

*

5:11

o espírito dos deuses santos. Ver nota em 4.8. Não é de surpreender que a rainha-mãe estivesse mais familiarizada com a vida e a proeminência de Daniel do que o estava Belsazar. Daniel andaria na sua nona década de vida em 539 a.C. Ele tinha sido trazido para a Babilônia, sessenta e seis anos antes, quando jovem (605 a.C.; 1.1, nota).

*

5:12

acharam neste Daniel. Essas dádivas divinas podem ser entendidas como a presença do Espírito de Deus em um indivíduo, ou, simplesmente como uma característica espiritual notável desse indivíduo.

Beltessazar. Ver nota em 1.7.

*

5:16

serás o terceiro no meu reino. Ver nota no v. 7.

*

5:17

Os teus presentes fiquem contigo. Daniel rejeitou o oferecimento de Belsazar porque tinha consciência de que somente através da misericórdia divina ele seria capaz de responder ao pedido do rei, e ele não queria usar o dom divino, que Deus lhe dera, para efeito de ganho pessoal (conforme Gn 14:23; 1Sm 9:7, nota). Mas por qual razão ele aceitou presentes em ocasião anterior (2,48) e também posteriormente (v. 29)? Alguns intérpretes acreditam que estava aqui evitando a pressão real para que modificasse sua terrível mensagem (Nm 22:18 e Mq 3:5,11).

*

5:18

Nabucodonosor, teu pai. Ver nota no v. 2.

*

5.21-28

Ver "Deus Reina: A Soberania Divina", índice.

*

5:21

Deus, o Altíssimo, tem domínio. Essa declaração resume a teologia do livro de Daniel (Introdução: Características e Temas).

*

5:22

que és seu filho. Ver nota no v. 2.

ainda que sabias tudo isto. Visto que o rei estava sem desculpa, até mais do que o seu pai, o tempo da misericórdia tinha passado (contrastar um caso diferente em 1Tm 1:13).

*

5:24

Então. A escrita na parede foi a resposta de Deus ao desafio arrogante apresentado pelo orgulho de Belsazar e seu desafio ao Deus que tinha demonstrado sua existência e soberania nos dias de Nabucodonosor.

*

5:25

MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. O aramaico, tal como o hebraico, usualmente era escrito sem as vogais, e essa brevíssima inscrição teria sido ambígua.

*

5:26

MENE. Essa palavra aramaica poderia ser um verbo com o sentido de "contado", ou um substantivo que significa "mina", uma unidade de valor monetário. Daniel leu-a como se fosse verbo, para indicar que a duração do reinado de Belssazar tinha sido determinada por Deus, e estava prestes a terminar (Jr 50:18).

* 5:27

TEQUEL. Esse vocábulo também é um verbo ou um substantivo. Daniel leu-o como um verbo com o sentido de "pesado", significando que Belsazar não estava à altura dos padrões divinos de retidão.

*

5:28

PERES. Se os convidados ao banquete entenderam os três termos como substantivos que indicavam várias unidades de dinheiro (mina, ou sessenta siclos; tequel, um siclo; peres, meio siclo), não é de surpreender que não tenham podido entender a inscrição.

medos e aos persas. Ver Introdução: Data e Ocasião.

*

5:29

mandou Belsazar. À semelhança de Nabucodonosor, Belsazar honrou a Daniel (2.48), mas, diferentemente de seu antecessor, ele não honrou o Deus de Daniel (2.46,47).

*

5:30

foi morto Belsazar. Não se sabe como Belsazar foi executado. Entretanto, os historiadores gregos Heródoto e Xenofonte deixaram registrado que a Babilônia foi conquistada de surpresa, pelos persas, enquanto os babilônios se ocupavam da orgia e das danças.

*

5:31

Dario, o medo. Há muito tempo vem sendo alegado que essa e outras referências a Dario, o medo, no livro de Daniel (6.1,6,9,25,28; 9.1 e 11,1) são equívocos históricos. Quanto a esse debate, ver nota em 6.1).

com cerca de sessenta e dois anos. É provável que uma mina pesasse sessenta siclos. Isso, com o siclo e os dois meios-siclos (v. 25, nota), resultava em sessenta e dois; visto que essa era a idade de Dario, é possível que ele tivesse sido referido na profecia.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
5:1 aconteceram sessenta e seis anos do capitulo 1, que nos fala de quando Nabucodonosor atacou Jerusalém em 605 a.C. Nabucodonosor morreu em 562 a.C. depois de reinar quarenta e três anos. Seu filho, Evil-merodac governou desde ano 562 aos 560 a.C.; seu cunhado Neriglisar reinou durante quatro anos desde 560 até 556 a.C. Depois do reinado de dois meses do Labasi-merodac no ano 556 a.C., o império babilônico continuou desde ano 556 aos 539 a.C. sob o mando do Nabónido. Belsasar era o filho do Nabónido. Reinou junto com seu pai desde ano 553 até 539 a.C. Aqui se fala de que Nabucodonosor era seu "pai", mas termo bem pôde traduzir-se "antepassado".

5:1 Recentemente, os arqueólogos têm descoberto o nome do Belsasar em diversos documentos. Governou junto com seu pai Nabónido. ficava na capital a cargo os assuntos do reino enquanto seu pai tratava de reabrir as rotas de comércio tomadas pelo Ciro e os persas. Belsasar estava ao mando quando Ciro capturou a Babilônia.

5:7 Belsasar serve como lhe corrijam de seu pai Nabónido. Nabónido era o primeiro senhor e seu filho Belsasar, o segundo. A pessoa que pudesse ler a escritura seria o terceiro.

5:8 Embora a escritura que estava sobre a parede eram só três palavras em aramaico, uma língua que os babilônicos conheciam, não podiam determinar seu significado profético. Deus deu unicamente ao Daniel a capacidade de interpretar a mensagem de fatalidade para Babilônia.

5:10 Esta rainha era ou a esposa do Nabónido ou a esposa de um de seus antepassados, possivelmente o mesmo Nabucodonosor. Não era a esposa do Belsasar, já que suas algemas estavam com ele no banquete.

5:17 O rei ofereceu ao Daniel formosos pressente e grande poder se explicava a escritura, mas Daniel o rechaçou. Não estava mostrando falta de respeito ao rechaçar os pressente, mas sim sabia que teriam curta vida e queria mostrar que estava oferecendo uma interpretação imparcial ao rei. Fazer o correto deve ter prioridade para nós, não o obter recompensas. Ama tanto a Deus que faz o que é correto embora signifique renunciar a lucros pessoais?

5.21-23 Belsasar conhecia a história de Babilônia, e portanto sabia a forma em que Deus tinha humilhado ao Nabucodonosor. Não obstante, seu banquete foi um desafio à autoridade de Deus. Ninguém que entenda que Deus é o Criador do universo é tão néscio de desafiá-lo.

5:22 Às vezes os reis matavam aos portadores de más notícias. Mas Daniel não temeu lhe dizer a verdade ao rei embora a este desagradasse. Devemos ter o valor de dizer a verdade a toda costa.

5.24, 27 A escritura que estava na parede era para o Belsasar. Embora Belsasar tinha poder e riqueza, seu reino era totalmente corrupto e não podia resistir o julgamento de Deus. A hora do julgamento de Deus chega a todas as pessoas. Volte-se de seu pecado agora, peça a Deus que o perdoe e comece a viver de acordo a Suas normas de justiça.

5:28 Os medos e os persas uniram forças para derrotar a Babilônia. Este fato começou a segunda fase do sonho do Nabucodonosor do capitulo 2: o peito e os braços de prata.

5:31 Darío e seus soldados entraram em Babilônia desviando o rio que corria através da cidade, e caminhando logo sobre o leito seco do rio.

5:31 Este Darío não deve confundir-se com o Darío I, mencionado no Esdras, Hageo e Zacarías, nem com o Darío II (o persa), mencionado no Nehemías. Darío o meço se menciona só no livro do Daniel. Outros registros não mencionam nenhum rei entre o Belsasar e Ciro. portanto, Darío pode ter sido: (1) designado pelo Ciro para governar Babilônia como província da Persia, (2) outro nome do Ciro ou de seu filho Cambises, ou (3) um descendente do Asuero a quem pelo general lhe chama Jerjes I.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
E. A QUEDA DO Belsazar e da Babilônia (5: 1-31)

Capítulo 5 apresenta um novo episódio no livro de Daniel. O tempo do evento é 539 AC , 20 anos ou mais após o evento descrito no capítulo 4 . O Império Babilônico tem o seu curso, e Daniel descreve a última noite agitado antes do ataque de Ciro, o persa, cujo geral, Gobyras (Ugbaru), capturou a cidade.

Os críticos acreditam que este capítulo está repleta de imprecisões históricas, mas uma investigação cuidadosa dos dados sugere que o capítulo é incrivelmente precisas em suas referências históricas, a sua descrição da vida na Babilônia, e sua apresentação dos dias finais do Império Babilônico. O reinado de Belsazar, a presença da rainha-mãe, a oferta de nomear Daniel terceiro governante, a queda de Babilônia, e a adesão de Darius, tudo caber o registro da história.

1. A Grande Festa de Belsazar (5: 1-4)

1 O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes, e bebeu vinho na presença dos mil. 2 Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém; que o rei e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas, bebessem Pv 3:1 Então trouxeram os vasos de ouro que foram tirados do templo da casa de Deus, que estava em Jerusalém; e o rei e seus grandes, as suas mulheres e concubinas, bebia com Ec 4:1 Beberam vinho, e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de pedra.

O tempo é passado, quando críticos da Bíblia pode negar a existência de Belsazar como o filho de Nabonido, o último rei do Império Babilônico, para a Crônica de Nabonido afirma claramente,

Posso Nabonido, rei de Babilônia ... eu posso ter o suficiente de vida. Quanto a Belsazar, meu primogênito, minha querida prole, concede que seus dias sejam longos.

Belsazar governou como vice-regente da Babilônia enquanto Nabonide travaram guerras nas fronteiras do império. Ele é chamado de rei no sentido comum do termo. Jovem conclui um exame demorado dos documentos cuneiformes: "Mas, praticamente, Belsazar foi rei, e ele estava tão considerada pelas pessoas."

De Belsazar festa era típico das festas religiosas e bebedeiras nos tribunais do Oriente Próximo. Nesta festa, ele cometeu três grandes pecados aos olhos de Deus. Em primeiro lugar, a embriaguez . Cinco vezes está registrado que ele e seus companheiros bebiam vinho, enquanto o verso Dn 5:2 notas que provado o vinho, ou seja, "quando ele se embriagar." Em segundo lugar, um sacrilégio . Em estado de embriaguez, o rei mandou trazer os vasos de ouro e prata que estavam prêmios de Jerusalém, que ele e seus convidados podem beber com eles. A atitude desafiadora do rei em direção a coisas sagradas era imperdoável. Em terceiro lugar, a blasfêmia . À medida que a bebedeira continuou em meio à licencioso deleitando com suas esposas e concubinas, o caso se transformou em uma degradação blasfemo do verdadeiro Deus e louvor dos deuses de ouro e de prata. Quando os homens abandonam a verdade espiritual, Deus dá a tais homens à imundícia (Rm 1:26 ), o julgamento aqui, e inferno a seguir.

2. A escrita na parede (5: 5-12)

5 Na mesma hora apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal, o reboco da parede do palácio do rei, eo rei via a parte da mão que estava escrevendo. 6 Então, o semblante do rei foi alterado nele, e seus pensamentos o perturbaram; e as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro. 7 E gritou o rei para trazer os encantadores, os caldeus e os adivinhadores. Falou o rei, e disse aos sábios de Babilônia: Qualquer que ler esta escritura, e me mostrar a sua interpretação, será vestido de púrpura, e trará uma cadeia de ouro ao pescoço, e será o terceiro governante no reino . 8 Então entraram todos os homens do rei sábio; mas não puderam ler o escrito, nem fazer saber ao rei a sua interpretação. 9 Então o rei Belsazar muito perturbado, e seu semblante mudou-se nele, e os seus grandes estavam perplexos.

10 Agora, a rainha, por causa das palavras do rei e dos seus grandes, entrou na casa do banquete: a rainha disse: Ó rei, vive para sempre; não deixe os teus pensamentos te perturbem, nem o teu semblante ser mudado. 11 Há um homem no teu reino, no qual há o espírito dos deuses santos; e nos dias de tua luz pai e compreensão e sabedoria, como a sabedoria dos deuses, foram encontrados nele; eo rei Nabucodonosor, teu pai, o rei, eu digo , teu pai, o fez mestre dos magos, os encantadores, os caldeus, e adivinhos; 12 porquanto um espírito excelente, e conhecimento e entendimento para interpretar sonhos, e exibição de adivinhações, e resolver dúvidas, foram encontrados no mesmo Daniel, a quem o rei chamado Beltessazar. Agora vamos ser chamado Daniel, e ele dará a interpretação.

O fenômeno era sobrenatural: os dedos da mão de um homem escreveu à luz do candeeiro em cima do reboco da parede. Motorista respeita o gesso como branco, de modo que uma mão negra seria facilmente visível. Foi um evento misterioso, sinistro que causou o rei a empalidecer e para agitar com espanto. Bêbado como estava, o fenômeno divino ficou sério, e ele gritou em voz alta para trazer os encantadores, os caldeus e os adivinhadores. Esta frase é um exemplo da autenticidade da conta, sem nenhum padrão estereótipo é apresentado, mas um contraste com as classes mencionadas em Dn 2:2 . Da mesma forma, em contraste com ambas as contas dos capítulos anteriores, o rei não ameaça, mas promete recompensar os conselheiros com uma promoção com elevação significativa para a posição de terceiro governante no reino. A utilização desta frase por Belsazar indica o seu poder na o reino, pois ele mesmo foi o segundo governante ou regente com seu pai. A promessa surgiu de uma situação de desespero e medo embriagado, mas Belsazar manteve sua palavra depois de Daniel revelou o significado da escrita para ele.

A intervenção da rainha, ou melhor, rainha-mãe, é perfeitamente normal aqui. Ela foi provavelmente a viúva de Nabucodonosor, que ainda exerceu uma grande influência nos assuntos do palácio e teria lembrado Daniel bem, embora a essa altura ele já não fazia parte da corte oficial. Suas palavras sugerem que ela estava bem familiarizado com os acontecimentos do reinado de Nabucodonosor, o avô de Belsazar.

Homenagem da rainha de Daniel foi magnífica e importante. Isso mostra que um homem de Deus pode ganhar o respeito de pessoas ímpias. Ela falou de sua pessoa, um homem no teu reino, como ser humano e acessível; sua natureza, no qual há o espírito dos deuses santos ; sua mente, luz e entendimento e sabedoria, como a sabedoria dos deuses ; sua posição, chefe dos magos ; e de sua capacidade, interpretação de sonhos, e exibição de adivinhações, e resolver dúvidas. Todos esses itens foram abordados na história prévia de capítulos 1-4 de modo que a avaliação é fiel ao fato e de verdade para o registro de o próprio livro. Ali estava um homem de Deus, que ganhou o respeito de um corte pagã; muitos anos depois de sua aposentadoria, ele é lembrado e chamado de volta para executar uma função importante.

3. A interpretação de Daniel (5: 13-29)

1. O Pedido (5: 13-16)

13 Então Daniel foi introduzido à presença do rei. Falou o rei, disse a Daniel: És tu aquele Daniel, arte dos filhos dos cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá? 14 Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses está em ti , e que a luz, o entendimento ea excelente sabedoria são encontrados em ti. 15 E agora os sábios, os encantadores, foram trazidos diante de mim, que eles deveriam ler esta escritura, e fazer-me saber a sua interpretação; mas eles não puderam dar a interpretação da coisa. 16 Mas eu tenho ouvido dizer de ti que podes dar interpretações e resolver dúvidas: agora, se puderes ler esta escritura e fazer-me saber a sua interpretação, serás vestido de púrpura, e trará uma cadeia de ouro ao pescoço, e serás o terceiro governante no reino.

Após a forte recomendação da rainha-mãe, Belsazar chamado para Daniel, e ele foi trazido à presença do rei. És tu aquele Daniel ...? O rei garantiu uma identificação positiva e, em seguida, continuou com seus comentários. Por duas vezes, ele afirma, eu ouvi de ti. Ele estava ciente da reputação e as realizações de Daniel. Esses itens freqüentemente precedem conhecimento pessoal. Depois de observar o fracasso dos sábios babilônicos, o rei fez a mesma oferta para Daniel que ele tinha feito com eles anteriormente.

A oferta de Daniel foi para a posição, prestígio e poder. roxa indica as vestes de-os royalties mais altos cargos na terra. A cadeia de ouro era um símbolo de distinção. Para ser terceiro governante teria colocado Daniel em uma posição de poder ao lado do próprio vice-regente.

b. A repreensão (5: 17-24)

17 Então respondeu Daniel, e disse na presença do rei: As tuas dádivas fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outro; ., no entanto, eu vou ler o escrito com o rei, e lhe farei saber a interpretação Dt 18:1)

25 E esta é a escrita, que foi traçada: MENE, MENE, TEKEL, UFARSlM. 26 Esta é a interpretação daquilo: MENE; Deus o teu reino, e trouxe-a para um fim. 27 TEKEL; Pesado foste na balança, e foste achado em falta. 28 PERES; teu reino está dividido e dado aos medos e persas.

Daniel tanto ler a escrita e interpretada, como ele havia prometido no versículo 17 . Embora isso não seja dito, podemos supor que a ajuda divina permitiu-lhe neste relatório.

A escrita como transliterado para o aramaico é MN 'MN' TKL PRS . As duas últimas palavras são conectados pela aramaico waw , que significa "e". Por si só as palavras significam ", numerada, contados, pesados ​​e divididos." Como tal, são uma mensagem enigmática capaz do mais interpretação dada a eles por Daniel.

Esta é a interpretação da coisa. MENE é repetido duas vezes para dar ênfase; assim, o pensamento quando parafraseado lê-se: "Deus certamente o teu reino. "Os livros de registro divinas finalmente tinha sido preenchido com as atividades de Belsazar; o pecado tinha o seu curso e precisava ser julgado.

TEKEL. Justiça é a primeira qualidade de escalas de Deus. Ele julga com razão. Razão de Belsazar estava no vermelho; ele estava faltando no valor moral que conta com Deus. Todo pecador vai encontrar-se no vermelho no dia do julgamento, pois Deus pesa com uma escala justa.

PERES. Esta é uma forma abreviada de UFARSlM e não se refere a qualquer divisão do Império Babilônico, mas a sua dissolução e destruição. O medos e persas eram a única força que conquistou o reino da Babilônia e inaugurou o Império Medo-Persa sob Ciro, o Grande. O pensamento-chave expressa pela palavra é a destruição, para o julgamento de Deus trouxe um fim ao reino extinto.

d. A recompensa (Dn 5:29)

29 Então Belsazar deu ordem, e vestiram a Daniel de púrpura, e pôs um colar de ouro ao pescoço, e proclamaram a respeito dele, que ele deve ser o terceiro no governo do reino.

Belsazar foi fiel à sua palavra, embora Daniel já haviam apontado que ele não estava interessado nos presentes (v. Dn 5:17 ). Antes da multidão festejando o rei vestiram a Daniel de púrpura, e pôs um colar de ouro ao pescoço. Não houve tempo para o rei para tornar este evento conhecido do povo da cidade, para que a noite as forças Medo-Persa conquistou o cidade e Belsazar foi morto. Daniel recebeu sua recompensa e Belsazar recebeu seu. "Deus não se deixa escarnecer; para tudo o que o homem semear, isso também ceifará "( Gl 6:7)

30 Naquela mesma noite Belsazar, rei dos caldeus foi morto. 31 E Dario, o medo, recebeu o reino, tendo cerca de sessenta e dois anos de idade.

Naquela mesma noite. Esta frase se aplica apenas à morte do jovem rei e não a toda a mudança de as rédeas do governo. Tanto Heródoto e Xenofonte nos dizer de Cyrus 'desviar as águas do Eufrates e, assim, abrir uma brecha nos muros de Babilônia. Eles mencionam que a cidade caiu em um momento, quando os babilônios estavam envolvidos em festas com a bebida e divertindo. Há certamente espaço para um período de tempo entre os versículos 30:31 . A Crônica de Nabonido apoia este fato quando menciona que no décimo sexto dia do mês Teshrit, Ugbaru e as tropas de Ciro entrou em Babilônia sem batalha. Este Ugbaru não é a mesma pessoa que Gubaru (também mencionado na Crônica de Nabonido), que após a conquista nomeados governadores na Babilônia (ver comentários no cap. Dn 6:1 ).

A queda de Babilônia tem lições para nós hoje. Ele sugere que os homens e as nações estão maduros para o julgamento quando as ordens sociais e políticas estão repletas de pecados sociais, irresponsabilidade política, glutonarias e bebedeiras, e orgulho. É mais tarde do que pensamos quando supomos que frivolidades festivas pode durar para sempre.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Daniel Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
Entre os capítulos 4:5 decorre um período de cerca Dt 20:0; Ap 14:8; Ap 17:1-66).

O rei tentou impressionar Da-niel, mas ele não seria impressiona-do. Ele sabia que os presentes do rei não significavam nada em compa-ração com a bênção dojSenhpr; em relação a esse assunto, Belsazar não seria rei por muito tempo. Daniel, antes de esclarecer a escrita, fez um sermão para o rei em que usou o avô do rei como ilustração. Ele advertiu o rei em relação ao seu orgulho e pecado e lembrou-o de que Deus julgara Nabucodonosor com severi-dade. Daniel exclamou: "Tu, Belsa-zar, que és seu filho, não humilhas-te o teu coração, ainda que sabias tudo isto [...]. Contou Deus o teu reino e deu cabo dele". O Senhor deu um ano a Nabucodonosor para arrepender-se (4:28-33), no entanto não deu um ano para Belsazar se ar-repender. Ele estava condenado.

Agora, a explicação. As pala-vras foram escritas em caldeu. Na Babilônia, um mene e um tequel ti-nham pesos diferentes, e a palavra peres significa apenas "dividir". Os adivinhos babilônios não consegui-ram adivinhar o significado dessas palavras quando as viram na pare-de. Todavia, Deus deu a Daniel a interpretação: "Contado —pesado. — dividido". Os dias de Belsazar fo-ram contados, e seu tempo acabara; ele foi pesado na balança do Senhor e achou-se em falta; agora seu reino seria tirado dele e dividido entre os medos e os persas. Lembre-se que, naquele momento, Dario estava no portão da cidade. Belsazar acreditou na mensagem do Senhor, mesmo depois de seu medo e tremor? Não. Não vemos sinal de arrependimento nem de preocupação. Ele cumpriu a promessa e fez Daniel o terceiro go-vernante como se achasse que seu reino continuaria para sempre. O orgulho, a luxúria, a indiferença e a satisfação consigo mesmo levaram à queda do rei.

  • Encontra seu destino (5:30-31)
  • Se Belsazar tivesse estudado o pro-feta Isaías, saberia exatamente como a cidade da Babilônia seria conquis-tada e por quem. Xerses o conquistador persa, derrotaria os medos e, a seguir, cairia sobre a Babilônia (Is 41:25; Is 45:1-23; veja Is 44:28). Portanto, mes-mo a ascensão e queda de impérios fazem parte do plano de Deus para seu povo.

    A queda da Babilônia, em 539 a.C., é um retrato da futura queda de Babilônia (o sistema munda-no do demônio) apresentado em Apocalipse 17—18. E os cristãos que creem na Bíblia já podem ver "a escrita na parede". Todavia, os governantes cegos do mundo con-tinuam com seu orgulho e prazer sem perceber que o Senhor está chegando.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
    5.1 Belsazar. Nos últimos anos do rei Nabonido, as funções do reinado foram assumidas pelo seu filho Belsazar até 538 a.C. Uns 65 anos haviam passado e Daniel era já velho e esquecido.

    5.3 . Utensílios. Os vasos chamados de santos, consagrados, por serem reservados tão-somente para o uso do templo; foram trazidos pelo rei, num espírito de zombaria e de profanação das coisas religiosas. A blasfêmia é provocada pelo álcool, e aqui se brinda aos ídolos, usando-se os cálices do templo.

    5.5 A resposta divina a esta atitude de sacrilégio é instantânea, e tão milagrosa que até zombadores embebedados são forçados a prestar atenção.
    5.6 As juntas dos seus lombos. Um relaxamento da firmeza da espinha e uma tremedeira geral produzida pelo extremo medo. É interessante notar que o mais poderoso ditador não agüentaria a mínima revelação da parte mais condescendente da personalidade de Deus.

    5.7 O terceiro. Depois do rei e do príncipe real.

    5.10 A rainha-mãe. Na Babilônia, ela possuía poderes para intervir nos assuntos de estado, que não teria em outros países orientais.

    5.11 Teu Pai. O termo aqui se refere ao avô ou bisavô.

    5.13 És tu aquele Daniel... O rei não conhecia um homem tão eminente porque a morte de cada rei acarretava a queda de um ou de alguns de seus ministros.

    5.14 Espírito. Para os pagãos, a influência divina era de inteligência e de sabedoria, mas o povo de Israel compreendia que, além disse, era necessário o temor do Senhor (Is 11:2).

    5.17 Daniel tinha plena consciência da sua alta. missão profética: não era a hora de levantar interpretação que agradasse à casa real, nem de considerar a autoridade humana, e, portanto, as honras carnais eram desprezadas - bem sabia Daniel quão pouco valiam!

    5.18 Antes de anunciar o conteúdo da mensagem de Deus, Daniel fala diretamente como mensageiro que não precisa de sinais para interpretar, como no caso dos magos, mas sim comunicar-se com Deus manhã após manhã, em oração (Is 50:4; Dn6.10). O sermão de Daniel vai até v. 23, depois passa-se à interpretação da mensagem escrita, que era a palavra final de Deus sobre Belsazar.

    5.20 Soberbo e arrogante. Daniel não está poupando a família real. Esta autoridade profética foi exercida por Natã, não pela vontade de arriscar sua cabeça mas por mandato divino (2 Sm 12).

    5.22 Não humilhaste. Tudo que foi descrito no cap. 4 fazia parte da obra de Deus em ensinar a humildade à família real, mas parece que esta virtude não é considerada pelos homens de poder.

    5.23 As causas da mensagem de condenação: profanação das coisas sagradas, empregando-as para a concupiscência da carne e para a idolatria. Comp. 1Jo 2:15-62, 1Jo 2:5.21.

    5.25 Mene. "Está medido, avaliado”. Tequel. "Está pesado”. Parsim. "Divisões”, "Persas”. Estas são as traduções, ao pé da letra, destas palavras da língua dos caldeus, que o rei compreendeu assim que a letra foi lida. Agora Daniel vai proceder não à tradução, que não era necessária, mas sim à interpretação.

    5.26 Os dias do reino são numerados e o rei avaliado em nada.
    5.27 O julgamento divino se pronuncia depois de devida ponderação.
    5.28 Dividido. Significa ser tirado das mãos do rei, e ser entregue a um império duplo. Peres é o singular de Parsim, que também quer dizer "Persas", cujo rei era Dario, da Média.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
    V. A FESTA DE BELSAZAR (5:1-31)


    1) A aparição (5:1-12)
    v. 1. o rei Belsazar. v. Introdução, “Daniel e a história: 2”. mil dos seus nobres: vários reis antigos registram números enormes de hóspedes em ocasiões especiais, vinho: conforme 1.8. A generosidade do rei era irrestrita, e, quando o vinho estava sendo servido à vontade, Belsazar ordenou uma demonstração ainda mais pródiga. Os tesouros do templo dos judeus talvez tenham suscitado sentimentos de orgulho: a Babilônia, os seus deuses e seus reis eram os vitoriosos, v. 3. taças de ouro: a BJ traz “de ouro e prata”, seguindo a Vulgata e uma versão grega, mas isso não é essencial. O que o rei, seus oficiais e suas mulheres fizeram com as taças era blasfêmia aos olhos dos judeus, ainda mais se houvesse algum elemento religioso associado ao banquete.

    A escrita na parede. Os palácios babilónicos tinham algumas paredes ricamente decoradas com ladrilhos policromáticos, e outras eram simplesmente caiadas. Nestas, os dedos apareceriam de forma mais clara e contrastante à luz das lamparinas. Qualquer babilônio teria se afligido com um sinal pressagioso; o já embriagado Belsazar ficou mais desestabilizado do que Nabucodonosor havia ficado, e as suas promessas foram bem mais exageradas. O manto vermelho e a corrente de ouro eram, havia muito tempo, sinais de graduação e posição, v. 7. o terceiro em importância no governo do reino: um título semelhante ocorre no assírio e no babilônio para denotar um funcionário militar de patente baixa; a teoria de que Belsazar só poderia conceder o terceiro lugar porque ele mesmo era segundo em relação a seu pai, Nabonido, pode estar correta, v. 8. Os sábios do rei [...] não conseguiram lera inscrição, ou seja, entender ou captar o sentido dela; as palavras que Daniel leu eram comuns em aramaico (conforme no v. 25). v. 9. Por isso, a situação do rei piorou; para a sua mente febril, um acontecimento extraordinário como esse tinha de ter um significado, v. 10. A chegada da rainha diminuiu a sua aflição. As suas palavras, e a presença das mulheres de Belsazar (v. 2,3), sugerem que ela era a rainha-mãe (conforme nota de rodapé da NVI), uma senhora a quem se devotava o mais profundo respeito. Com muito cuidado, ela apresentou Daniel, que talvez tenha estado afastado da corte por um tempo (8.27 mostra que ele estava ativo uma década antes). Ela o vira em ação, portanto falou de suas qualidades por experiência. Ela se referiu a ele pelo seu nome nativo, talvez para evitar confusão com o nome do rei, talvez como um reconhecimento da superioridade do Deus dele. O rei Nabucodonosor, teu predecessor (v. 12): v. Introdução, “Daniel e a história: 2”.


    2) A interpretação (5:12-28)
    Belsazar saudou Daniel de uma maneira que pode ser chamada “cortês” (Montgomery), ou “altiva” (Young). Ele mostrou consciência do seu passado, mas preocupação somente com o seu problema do momento. Daniel respondeu com cortesia e coragem, recusando a recompensa para mostrar a sua integridade e se colocar numa posição melhor para denunciar o rei. Belsazar deveria ter estudado a história recente da Babilônia; ele poderia ter aprendido como até mesmo o magnífico déspota Nabucodonosor devia toda a sua glória ao Deus Altíssimo. O v. 19 está em contraste com 4.34,35. v. 20. No cap. 4, há uma indicação do motivo da aflição de Nabucodonosor; no caso de Belsazar, ela é afirmada claramente. Por mais consciente que tivesse estado do sofrimento do seu predecessor, ele não tinha levado a sério a lição e havia se comportado de forma perversa. O Altíssimo é o Deus que sustenta em suas mãos a tua vida e todos os teus caminhos. O desdém de Daniel pelos ídolos impotentes da Babilônia segue o ensino coerente do ATOS acerca do paradoxo insensato de o homem adorar a sua própria criação, v. 24. Por isso ele enviou a mão\ no momento, a presunção de

    Belsazar alcançou o máximo da auto-exaltação (conforme 4.31). v. 25. Esta êa inscrição-, Daniel leu os sinais como palavras aramaicas para unidades de peso ou monetárias: “uma mina, uma mina, um siclo, e frações”. Se os sábios não puderam ler os sinais, talvez foi porque estivessem abreviados, como “a.C.”, “R$” (há exemplos remanescentes dos tempos antigos). Daniel interpretou essas unidades por meio de um jogo de palavras, um artifício muito usado entre os estudiosos babilónicos. v. 28. Penes é o singular de parsim. Observação: os medos sempre estão antes dos persas em Daniel; v. Introdução, “Daniel e a história: 3”.


    3) As recompensas (5:29-31)
    v. 29. Satisfeito com a solução, apesar da conotação de condenação, Belsazar repetiu a sua promessa de honrar o intérprete. Não tinha havido nenhuma menção ao tempo; ele não sabia que não veria o alvorecer, v. 30. Naquela mesma noite Belsazar, o rei dos babilônios, foi morto: o veredicto foi definitivo. O pecado de Belsazar era mais grave do que o de Nabucodonosor porque ele não seguiu as lições que conhecia e zombou do Deus de Jerusalém. Autores gregos contam como as forças persas capturaram a cidade da Babilônia ao desviar o rio Eufrates e aí cruzarem os maciços muros de defesa por meio do leito do rio, tomando os defensores de surpresa enquanto estes festejavam (Heródoto, I. 191). Um texto babilónico apresenta a data como 12 de outubro de 539 a.C. (O v. 31 pertence ao cap. 6, do qual na verdade é o primeiro versículo na Bíblia hebraica).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 5 do versículo 1 até o 31

    Daniel 5

    D. A Festa de Belsazar: Uma Lição sobre o Pecado e o Seu Castigo. Dn 5:1-31.

    O propósito deste capítulo é dar instrução moral mais que informação histórica. Os versículos 1:30-31 fornecem os únicos dados históricos significativos. O resto é uma lição sobre o pecado e o seu castigo.

    Gobryas (babl. Gubaru), general de Ciro, está junto ao portão da Babilônia no exato momento em que o rei dava início a sua festa. Ele tinha desviado as águas do Eufrates e marchava com seus homens subindo o leito do rio a caminho da cidade que ficava em suas duas margens. Os portões do rio tinham ficado sem guardas. A Babilônia, com mantimentos estocados para vinte anos, supunha-se segura por trás dos muros maciços. Nabonidus (bab. Nabunaid), o pai de Belsazar, fora derrotado na batalha pelos exércitos de Ciro, e agora estava cercado em Borsipa, não muito longe. Não havia lugar para loucas bebedices!


    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 5 do versículo 26 até o 28

    26, 28. (Boutflower, Montgomery e Young ajudam muito aqui.) É possível que as palavras interpretadas sejam nomes de pesas ou moedas conforme indicado acima. Nesse caso, fazem um jogo de palavras. Mane (aram.), um peso de cinqüenta siclos, equivalente a cerca de duas libras (veja Ez. 45 : 12), faz paralelo a mene, que significa contado. Tequel, uma moeda ou peso, equivalente ao siclo hebreu, sugere tequel no sentido de pesado. Peres (meio mane) sugere peres, dividido. Também sugere agourentamente a Pérsia, que aparece no versículo 28. Aos medos e aos persas. Este versículo prova conclusivamente que o autor deste livro cria que o sucessor do reino babilônico seria um reino dual, incluindo dois elementos nacionais. Ele não imaginava o segundo e o terceiro estágio do império (caps. Dn 2:1; Dn 7:1) como respectivamente dos medos e persas, mas reconhecia-os como medo-persa e grego respectivamente. A crítica incrédula está "enroscada" neste versículo como se o autor estivesse supondo uma sucessão da Babilônia, Média, Pérsia e Grécia, e não a verdadeira sucessão da Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma.
    5) O Castigo, o Final da Festa. Dn 5:29-31.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Daniel Capítulo 5 do versículo 1 até o 30
    V. FESTA DE BELSAZAR E ESCRITA MISTERIOSA Dn 5:1-30

    O quinto capítulo de Daniel, embora tenha sido freqüentemente atacado como inexato em suas afirmações é, não obstante, digno de atenção devido à sua exatidão.

    Houve tempo quando o nome Belsazar foi muito difícil para ser explicado pelos expositores, visto que seu nome não aparece nos monumentos antigos. Por isso, enquanto que alguns procuravam por vários meios identificá-lo, outros negavam completamente sua existência. Entretanto, o nome do rei, conforme discussão subseqüente salientará, tem sido encontrado em tabletes cuneiformes e não pode haver dúvidas quanto à sua historicidade. Dessa forma fica demonstrado que a Bíblia está correta em sua menção sobre Belsazar.

    O rei Belsazar (1). Essa afirmação tem sido criticada (mui habilmente pelo prof. H. H. Rowley em "The Historicity of the Fifth Chapter of Daniel" em The Journal of Theological Studies, vol. XXXII, págs. 12-31), em vista do fato que Belsazar nunca reinou como monarca único e nunca é designado como rei (sharru) nas inscrições cuneiformes. Além disso, é mantido que não há evidência que demonstre que Belsazar tenha governado sobre o trono como subordinado a Nabonido, seu pai. Em réplica a essas acusações podemos notar, em primeiro lugar, que a palavra aramaica malka (rei) não precisa ter o sentido de monarca ou rei único (ver R. D.Wilson, Studies in the Book of Daniel, 1917, págs. 83-95). Outrossim, um dos documentos cuneiformes afirma que Nabonido confiou o trono a Belsazar. Ora, segue-se que, se o trono tem sido confiado a um homem e que esse homem administra as questões do reino, então está agindo como rei. Foi precisamente esse o caso de Belsazar. Embora Belsazar seja consistentemente chamado de "filho do rei", nos documentos cuneiformes é, contudo, apresentado a desempenhar também funções reais (ver The Prophecy of Daniel, págs. 115-118, onde há evidências sobre isso). Com toda a probabilidade havia uma co-regência entre Nabonido e Belsazar, na qual Belsazar ocupava uma posição subordinada. Entretanto, em vista do fato que ele era o homem sobre o trono com quem Israel tinha de tratar, é designado rei no livro de Daniel. Nenhuma objeção válida pode ser levantada contra esse uso.

    Grande banquete (1). Aqui, novamente, encontramos a exatidão deste capítulo, pois grandes banquetes, eram uma característica da antigüidade. O termo mil evidentemente deve ser considerado como um número arredondado e serve para indicar o tamanho do banquete. Era costume, nas festas orientais, que o rei se assentasse numa plataforma elevada, separada dos hóspedes. Portanto, na declaração que Belsazar bebeu na presença dos mil (1) temos outra instância sobre a exatidão do capítulo. No versículo 2 é dito que Nabucodonosor foi pai de Belsazar e visto que parece não ter sido esse realmente o caso, alguns comentaristas tem considerado que o texto neste ponto labora em erro. Entretanto, dado que o uso da palavra "pai" nos idiomas semíticos, era vago, não há necessidade de haver erro aqui. A palavra "pai" podia ser usada pelo menos de oito maneiras diferentes e é possível que seu emprego aqui tenha meramente o sentido de ancestral.

    >Dn 5:5

    Na estucada parede (5). Escavações têm demonstrado que a parede do palácio tinha uma fina camada de esboço pintado esse esboço era branco pelo que qualquer objeto escuro movendo-se à sua superfície tornava-se distintamente visível. Quando viu a mão o rei ficou assombrado despertando do estupor de sua bebedeira e prometeu que o homem que pudesse ler o escrito na parede seria feito no reino, o terceiro dominador (ou "triúnviro") (7). A palavra traduzida como terceiro dominador significa "um dos três" e isso incluiria, na ordem de autoridade, Nabonido, Belsazar e Daniel. O emprego da palavra implica que o próprio Belsazar era apenas o segundo no reino. Isso é um sinal de exatidão tal que seria inconcebível se o livro de Daniel fosse um produto do segundo século A. C.. Falou a rainha, e disse (10). O fato da rainha haver se dirigido ao rei também atesta igualmente sobre a notável exatidão do presente capítulo. Na Babilônia a rainha mãe ocupava a mais proeminente posição no palácio real. Devido à sua intervenção foi chamado Daniel. Ele rejeitou a recompensa real e, após pregar ao rei no to-cante à sua perversidade (18-23) prosseguiu para interpretar o estranho escrito (25-28). Cada uma das palavras contém um duplo sentido: MENE, enumerado; isto é, Deus havia enumerado (mena) os dias da duração do reino; TEQUEL, um siclo, que indicava que Belsazar havia sido pesado (na balança) e encontrado deficiente; PERES, teu reino é dividido (peres) e dado aos medos e persas (paras). A palavra paras parece salientar que os persas seriam o poder dominante perante o qual Babilônia sucumbiria. Ao ler o escrito, Daniel leu UFARSIM (25), mas, ao dar a interpretação, empregou a forma PERES (28). O U é a conjunção aramaica "e", que seria omitida ao ser dada a interpretação. Farsim é uma forma plural, enquanto que peres é singular. À base de algumas versões antigas parece que peres é a forma original e que o plural farsim possivelmente pode ser considerada como obra de um escriba que talvez tivesse em mente a palavra que significa persas (paras).


    Dicionário

    Dividido

    dividido adj. 1. Que se dividiu. 2. Separado em partes ou pedaços. 3. Partido. 4. Diviso.

    Déu

    substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.

    Medos

    os medos eram aquele povo que habitava a Média, país que ficava ao noroeste da Pérsia, ao sul e sudoeste do mar Cáspio, ao oriente da Armênia e da Assíria, ao ocidente e noroeste do grande deserto do sal, no irã. (*veja Média.) Trata-se, aqui, deste povo somente na sua conexão com a narrativa bíblica. Pela primeira vez se fala de certas ‘cidades dos medos’, para onde foram levados os israelitas, quando foi destruída a cidade de Samaria (2 Rs 17.6 – 18.11). Deduz-se deste fato que a Média estava sob o domínio da Assíria, no tempo de Salmaneser ou de Sargom, seu sucessor. Pouco depois profetiza isaías a parte que os medos (juntamente com os persas como aconteceu) haviam de tomar na destruição de Babilônia (is 13:17 – 21,2) – e isto é, também, ainda mais distintamente declarado por Jeremias (Jr 51:11-28), sendo a Média independente no tempo deste profeta (Jr 25:25). Daniel menciona a conquista de Babilônia pelos medo-persas (Dn 5:28-31), e refere-se ao reinado de ‘Dario, o medo’, a quem Ciro colocou na Babilônia como seu vice-rei. A tomada da Babilônia pôs fim ao império babilônico, e deu à Ciro todo o território entre o Eufrates e o Mediterrâneo, incluindo a muito cobiçada terra da Palestina. Entre os primeiros frutos desta grande vitória destaca-se o edito para a restauração judaica (Ed 1:1-4), reentrando em virtude dessa ordem, grande número de judeus na terra de seus pais, para a ocuparem como uma colônia persa. os sucessores de Ciro, no império medo-persa, foram Cambises ii, Sméredis, Dario, e Xerxes (o Assuero, a que se refere Ester). Xerxes ‘reinou desde a india até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias’ (Et 1:1). o alto lugar da Média sob o governo dos reis persas, estando, contudo, em posição subordinada, é notado pela freqüente combinação dos dois nomes em frases de honra, com a precedência dada aos persas (Et 1:3-14,18,19). A particular característica da religião original dos medos era a crença em dois grandes e quase igualmente poderosos espíritos, o do Bem e o do Mal, chamados respectivamente ormaz e Arimã. Estes entes espirituais tinham existido desde toda a eternidade, faziam guerra um ao outro, levando vantagem em geral o príncipe da Luz ao deus das Trevas. os medos também adoravam o Sol, a Lua, e os elementos fogo, água, ar e terra. A religião do povo, em tempos posteriores, era o Magismo. (*veja Magia.) os medos eram uma raça valente e guerreira, excelentes cavaleiros, e naturalmente hábeis no manejo do arco.

    Antigo povo que vivia no moderno Azerbaijão e no noroeste do Irã. No século VII a.C. foram absorvidos pela expansão do Império Persa. A referência bíblica a esta nação ocorre durante o tempo em que os impérios assírio e babilônico sucessivamente invadiram 1srael. Na dispersão do reino do Norte, pelos assírios, alguns israelitas foram estabelecidos em cidades dos medos (2Rs 17:6-2Rs 18:11). O profeta Isaías previu o dia em que o Senhor usaria os medos e outros povos para derrubar o Império Babilônico (Is 13:17); Jeremias predisse a mesma coisa (Jr 51. 11,28). Essas nações seriam usadas como parte dos planos de Deus para destruir os que levaram seu povo ao cativeiro. As profecias se cumpriram quando o poder combinado dos medos e dos persas subjugou o Império Babilônico.

    Desta maneira, os medos são também conhecidos na Bíblia pela frase “medos e persas”, que aparece quatro vezes no livro de Daniel (Dn 5:28;6:8-15). Esta interessante expressão revela a influência das leis dos medos mesmo nos dias do Império Persa. Aparentemente tais leis, uma vez promulgadas, não podiam ser revogadas (Dn 6:12).

    Há uma referência em Atos 2:9 aos “medos” entre os milhares de pessoas que ouviram o evangelho em sua própria língua, no dia de Pentecostes. P.D.G.


    Peres

    dividir em pedaços, disolver

    Peres Dividido (Dn 5:28);
    v. MENE, MENE, TEQUEL E PARSIM).

    Reino

    substantivo masculino Nação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca.
    Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha.
    Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem.
    Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira!
    [Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista .
    [Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral.
    [Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente.
    expressão Religião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus.
    Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu.
    Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.

    Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).

    Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.

    G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Daniel 5: 28 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    PERES ①: Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas.
    Daniel 5: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    539 a.C.
    H3052
    yᵉhab
    יְהַב
    dar, prover
    (was paid)
    Verbo
    H4076
    Mâday
    מָדַי
    um habitante da Média n pr loc
    (of Media)
    Substantivo
    H4437
    malkûw
    מַלְכוּ
    realeza, reino, reinado
    (of the reign)
    Substantivo
    H6537
    pᵉraç
    פְּרַס
    (P
    (and UPHARSIN)
    Verbo
    H6540
    Pâraç
    פָּרַס
    o império persa; compreendia o território desde a Índia no leste até o Egito e Trácia no
    (of Persia)
    Substantivo


    יְהַב


    (H3052)
    yᵉhab (yeh-hab')

    03052 יהב y ehab̂ (aramaico)

    correspondente a 3051; DITAT - 2766; v

    1. dar, prover
      1. (Peal)
        1. dar
        2. estabelecer, lançar (fundamentos)
      2. (Hitpaal)
        1. ser dado
        2. ser pago

    מָדַי


    (H4076)
    Mâday (maw-dah'-ee)

    04076 מדי Maday (aramaico)

    correspondente a 4074;

    Medos = “território central” n pr m

    1. um habitante da Média n pr loc
    2. o território habitado pelos medos
      1. localizada a noroeste da Pérsia, sul e sudoeste do mar Cáspio, leste da Armênia e Assíria, e oeste e noroeste do grande deserto de sal do Irã

    מַלְכוּ


    (H4437)
    malkûw (mal-koo')

    04437 מלכו malkuw (aramaico)

    correspondente a 4438; DITAT - 2829c; n f

    1. realeza, reino, reinado
      1. realeza, reinado, autoridade real
      2. reino
      3. domínio (referindo-se ao território)
      4. reinado (referindo-se ao tempo)

    פְּרַס


    (H6537)
    pᵉraç (per-as')

    06537 פרס p eraĉ (aramaico)

    corresponde a 6536; DITAT - 2945 v.

    1. (Peal) partir em dois, dividir n. m.
    2. meia mina, meio siclo
      1. uma unidade de medida e de peso

    פָּרַס


    (H6540)
    Pâraç (paw-ras')

    06540 פרס Parac (aramaico)

    corresponde a 6539; n. pr. terr./povo; Persia = “puro” ou “esplêndido”

    1. o império persa; compreendia o território desde a Índia no leste até o Egito e Trácia no oeste, e incluía, além de porções da Europe e da África, toda a Ásia ocidental entre o mar Negro, o Cáucaso, o mar Cáspio e o Iaxartes no norte, o deserto da Arábia, o golfo Pérsico e o oceano Índico no sul
      1. a Pérsia propriamente dita era limitada a oeste pelo Susiana ou Elão, ao norte pela Média, ao sul pelo golfo Pérsico e a leste pela Caramânia persa = ver Pérsia “puro” ou “esplêndido”
    2. o povo do império persa