Enciclopédia de Levítico 1:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lv 1: 12

Versão Versículo
ARA Depois, ele o cortará em seus pedaços, como também a sua cabeça e o seu redenho; e o sacerdote os porá em ordem sobre a lenha que está no fogo sobre o altar;
ARC Depois a partirá nos seus pedaços, como também a sua cabeça e o seu redenho: e o sacerdote os porá em ordem sobre a lenha que está no fogo sobre o altar.
TB Então ele o cortará em pedaços; e, juntamente com a cabeça e a gordura, o sacerdote os porá em ordem sobre a lenha que está no fogo em cima do altar;
HSB וְנִתַּ֤ח אֹתוֹ֙ לִנְתָחָ֔יו וְאֶת־ רֹאשׁ֖וֹ וְאֶת־ פִּדְר֑וֹ וְעָרַ֤ךְ הַכֹּהֵן֙ אֹתָ֔ם עַל־ הָֽעֵצִים֙ אֲשֶׁ֣ר עַל־ הָאֵ֔שׁ אֲשֶׁ֖ר עַל־ הַמִּזְבֵּֽחַ׃
BKJ E ele cortará os seus pedaços, com sua cabeça e sua gordura; e o sacerdote os colocará em ordem sobre a lenha que está no fogo, que está sobre o altar;
LTT Depois o partirá nos seus pedaços, como também a sua cabeça e o seu redenho; e o sacerdote os porá em ordem sobre a lenha que está no fogo sobre o altar;
BJ2 Depois ele a dividirá em quartos e o sacerdote colocará essas partes, assim como a cabeça e a gordura, sobre a lenha colocada sobre o fogo do altar.
VULG dividentque membra, caput, et omnia quæ adhærent jecori, et ponent super ligna, quibus subjiciendus est ignis :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Levítico 1:12

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
SEÇÃO

UM MANUAL DE ADORAÇÃO

Levítico 1:1-7.38

A relação de Levítico com Êxodo é indicada na frase de abertura do livro. Em Êxodo, Deus fala do monte. Aqui, Ele fala do Tabernáculo. Êxodo encerra com o relato da dedica-ção do Tabernáculo e a vinda da glória de Deus para enchê-lo. Agora, Deus fala com os israelitas do lugar onde Ele escolheu habitar entre eles. A palavra que Ele fala tem a ver com o modo em que o povo, agora resgatado pela mão poderosa do Senhor, adorará e servirá o seu Deus. Levítico é o manual de adoração dos antigos hebreus. Começa com normas de sacrifício.

A. INSTRUÇÕES PARA OS 1SRAELITAS, 1:1-6.7

De imediato, o leitor é informado sobre a origem divina e a conseqüente autoridade da mensagem que está sendo dada. E chamou o SENHOR a Moisés e falou com ele da tenda da congregação (1). Moisés não tem permissão para entrar no Tabernáculo (Êx 40:35), por isso Deus, de dentro, fala com Moisés, de fora. S. R. Hirsch sugere que a intenção é estabelecer o fato de que a palavra de Deus veio a Moisés em vez de surgir em seu interior como produto de sua consciência religiosa.' A palavra falada é de origem sobrenatural.

A expressão tenda da congregação é mais bem traduzida por "Tenda do Encontro" (NVI). A palavra para descrever "tabernáculo" é a mesma palavra hebraica para aludir a "tenda" ('ohel). O termo traduzido por congregação é derivado de um radical hebraico (y'd) que significa "nomear, designar, marcar, estabelecer". Assim, a melhor leitura seria "tenda do encontro marcado". A adoração não é opção para o povo de Deus. É obrigação.

Deus marcou um encontro com o homem em um lugar designado (o Tabernáculo). O encontro marcado objetivava estabelecer comunhão de acordo com os procedimentos no-meados (caps. 1-22) e os tempos certos (Lv 23:24-25). Não são os hebreus que decidem como e quando vão cultuar. Essas decisões são tomadas inicialmente por Deus para os redimidos.

1. A Lei do Holocausto (Lv 1:1-17)

a) O mandamento de Deus (1.1,2). Este manual de adoração começa com a oferta de sacrifícios: Quando algum de vós oferecer oferta ao SENHOR (2). As palavras ofe-recer e oferta são derivadas do mesmo radical primário que significa "chegar perto de, achegar-se, aproximar-se". A questão que Levítico trata é de como os hebreus podem viver em "proximidade" com Deus. E isso envolve ofertas ou sacrifícios. Oferta (qorban) é a noção mais próxima de um termo geral no Antigo Testamento para se referir a "sacri-fício". É o termo usado para aludir a todos os tipos de ofertas apresentadas a Deus. A idéia do radical não é nem "sacrifício" nem "oferta", conforme nosso entendimento destas palavras. Significa "algo levado para perto de". É usado exclusivamente no Antigo Testa-mento com alusão à relação do homem com Deus e revela o propósito desta seção de Levítico; a intenção era instruir os hebreus sobre como se achegar a Deus.

Trata-se de lugar-comum entender que cultuar implica em sacrificar ou ofertar. Mas, de maneira nenhuma os sacrifícios estavam limitados a Israel. Era parte essencial da religião do mundo no qual os israelitas viviam.
Há muito que os estudiosos se empenham em achar a idéia controladora por trás dos sacrifícios religiosos. Alguns sugerem que seja comunhão, ato simbolizado pela refeição comum. Outros enfatizam a propiciação, a substituição ou a gratidão festiva. É óbvio que o sacrifício é algo multifacetado da mesma maneira que é a relação do homem com Deus. Envolve comunhão, mas comunhão com Deus implica em propiciação, gratidão e petição. Assim, nossa atenção é remetida novamente à idéia de proximidade e intimidade com Deus. Tudo que diz respeito a aproximar-se de Deus está implícito no sacrifício. Este conceito explica as cinco variedades de ofertas analisadas nos capítulos a seguir: holocausto, oferta de manjares, oferta de paz, oferta pelo pecado e oferta pela culpa. Cada oferta fala de uma faceta diferente da proximidade com Deus.
Levítico toma por certo que quando os homens se achegam a Deus, eles não devem ir de mãos vazias. Há algo sobre a relação que torna correto e apropriado os homens leva-ram uma oferta. Desde os tempos do Novo Testamento é fácil esquecer esta verdade. Mas sempre temos de nos lembrar de que, embora os crentes possam se aproximar de Deus com ousadia, eles não devem ir de mãos vazias. Sob o antigo concerto, os adoradores iam com dádivas próprias. Hoje, os crentes vão com a própria Dádiva de Deus, seu Filho Jesus, como base de aproximação e intimidade dos adoradores com Deus.
As dádivas do Antigo Testamento eram de tipos diferentes. Podiam ser animais de gado ou rebanho, aves ou cereais. Eram acompanhadas por ingredientes como sal, mel, incenso ou vinho. Verificamos o propósito de tudo isso no versículo 3: Ele oferecerá, de sua própria vontade, perante o SENHOR. O hebraico oferece esta tradução melhor: "Ele o oferecerá para sua aceitação perante o Senhor" (cf. ARA). Todo este sistema é fornecido para que os homens se aproximem e obtenham aceitação. Isto requer sacrifício.

Para a igreja primitiva era óbvio que aqui estavam os fundamentos para o ensino do Novo Testamento sobre a necessidade do sacrifício de Cristo, para que houvesse a verda-deira comunhão entre o homem e Deus. Quando João Batista identificou Jesus como o Cordeiro de Deus, que tiraria o pecado do mundo, o entendimento judaico apoiava-se intensamente neste Livro de Levítico.

Os animais para sacrifício provinham de rebanhos de gado, vacas ou ovelhas. Tratavam-se de animais domesticados. Animais selvagens eram inaceitáveis. A tradi-ção judaica sugere uma razão para esta inaceitabilidade: não custariam nada para o ofertante.

b) A oferta de gado (1:3-9). O termo hebraico traduzido por holocausto ('olah) significa, literalmente, "aquilo que vai para cima". Também se chamava oferta quei-mada (9), porque o 'olah era totalmente queimado no altar (com exceção do couro que ia para o sacerdote). Às vezes, o vocábulo é qualificado pelo adjetivo "todo". Em outros sacrifícios, partes da oferta eram comidas pelos sacerdotes ou até pelos ofertantes. Mas no holocausto, a oferta inteira subia para Deus por cheiro suave. Hirsch supõe que isto indique "a necessidade e a aspiração de 'esforçar-se para subir mais alto'".2 Micklem afirma que "significa auto-oblação total a Deus em louvor e amor".3 Esta auto-entrega e louvor estão impreterivelmente unidos na expiação, pois o versículo 4 diz que é para a expiação do ofertante.

A totalidade da oferta é para Deus. A oferta tem de satisfazer as especificações divi-nas. É Deus quem determina o que e como deve ser dada. Tem de ser um macho sem mancha (3; "sem defeito", NVI). Há quem imagine que Paulo tinha esta oferta em men-te quando exortou os romanos a apresentar os corpos em sacrifício vivo, totalmente acei-tável a Deus (Rm 12:1-2). Só o melhor é suficientemente bom para Deus, e tem de ser oferecido sem reservas para que o homem seja aceito por Deus.

A expressão: Ele porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, identifica o ofertante e a oferta. Esta é prescrição para todos os sacrifícios de animais. Compare a mesma ocorrência na oferta de paz (Lv 3:2), na oferta pelo pecado (Lv 4:4), no oferecimento do carneiro da consagração (Lv 8:22), no ritual do Dia da Expiação (Lv 16:21) e até na apresenta-ção dos levitas como oferta de movimento (Nm 8:10). A prática não é mencionada especi-ficamente com relação à oferta pela culpa, mas considerando que 7.7 afirma que havia um ritual para a oferta pelo pecado e para a oferta pela culpa, inferimos que esta tam-bém fazia parte daquele ritual. A tradição judaica indica que a mão tinha de ser imposta sobre o animal com certa pressão, ao mesmo tempo que o ofertante confessava os peca-dos. O Targum de Jônatas diz: "Ele porá a mão direita com firmeza". Outras fontes judai-cas revelam que ambas as mãos eram usadas. Em outros rituais, este ato poderia ter outra significação, mas aqui caracteriza a separação que o ofertante faz de sua dádiva a Deus e a identificação completa com o que oferece. Keil escreve: "Para tornar perfeito o ato de abnegação, era necessário que o ofertante morresse espiritualmente; que, pelo mediador de sua salvação, ele pusesse a alma em comunhão viva com o Senhor, aprofundando essa comunhão como se estivesse na morte do sacrifício que morrera por ele; e colocasse os membros do corpo sob a vontade das operações do gracioso Espírito de Deus. Desta forma, o adorador era renovado e santificado no corpo e na alma e entrava em união com Deus".4

Esta identificação era para que a oferta fizesse a expiação pelo ofertante (4). A palavra hebraica significa "cobrir em cima de". Há quem interprete que tenha o signifi-cado de "cobrir a face da pessoa que errou". Na Bíblia, quer dizer cobrir o pecado para que Deus, que não pode vê-lo com isenção de ânimo (He 1.13), não o veja. Mais uma vez o propósito está em termos de proximidade e intimidade com Deus; indica "aceitação" ou "boa acolhida". Esta proximidade não é espacial, mas espiritual e pessoal. Tal proximi-dade não pode ocorrer sem sacrifício. Os sacerdotes (5), identificados como filhos de Arão, matavam o animal, escoavam o sangue e o aspergiam à roda sobre o altar para que todos os lados fossem atingidos. Em seguida, cortavam o animal em pedaços (6) e o colocavam sobre o altar para ser queimado.

Todo verdadeiro entendimento desta exigência tem de passar pela análise da função do sangue em sua relação com a vida e a morte. Snaith insiste que a razão primária para dispor do sangue desta maneira, é porque "é tabu, muito sagrado e muito perigoso para o homem comum lidar".5 Como mostra Lv 17:11, o sangue era proibido para o israelita, talvez porque o sangue representasse a vida. Por isso, certos expositores asseveram que aqui representa a vida libertada do corpo e agora apresentada a Deus.' Nesta perspecti-va, o foco não está na morte, mas na vida. Parece injusto à evidência bíblica ignorar o fato de que a maioria das alusões a sangue no Antigo Testamento esteja ligada à morte. Ao falarmos sobre este sistema sacrificatório e sua relação com o sacrifício de Cristo, é necessário enfatizarmos que a base de nossa comunhão com Deus inclui a morte de Cris-to. Paulo diz que "fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho". Esta verdade não nega a liberação de vida. Por isso, Paulo acrescenta: "Muito mais, estando já recon-ciliados, seremos salvos pela sua vida" (Rm 5:10).

Os deveres dos sacerdotes, os filhos de Arão (7), estão claramente definidos. Não devemos nos esquecer de que este arranjo representava um novo processo na vida do povo de Deus. No período patriarcal, cada chefe de família agia como sacerdote. Agora, no concerto mosaico, há o estabelecimento de uma nova ordem que prepararia o modo de entender o ministério de Cristo, o grande Sumo Sacerdote, conforme vemos na Epístola aos Hebreus.

Este sacrifício seria uma oferta queimada, de cheiro suave ao SENHOR (9). Concernente ao cheiro suave, Noth declara que esta frase "origina-se do linguajar cultual e formas de pensamento pertencentes à terra dos dois rios". Ele observa que a narrativa do dilúvio na Epopéia de Gilgamesh conta como "'os deuses cheiraram o cheiro suave' do sacrifício oferecido depois do dilúvio"! Micklem comenta que supor que esta passagem insinua "que o Deus de Israel literalmente apreciava o cheiro seria tão tolo quanto ima-ginar que o incenso é usado nas igrejas católicas porque se acredita que Deus gosta do odor".8 O que está claro é que a atividade religiosa do homem tem de agradar a Deus, e que, quando é feita de acordo com a sua Palavra, o agrada.

O corte do animal em pedaços e a disposição no altar, de forma que o fogo passasse entre eles, pode ser comparado com Gênesis 15:3-10,17,18. Neste registro bíblico, o concer-to de Deus com Abraão é selado pela passagem do fogo divino entre os pedaços da oferta.

c) A oferta de ovelhas, cabras ou aves (1:10-17). Os versículos 10:13 explicam a oferta de carneiros ou cabritos. As instruções dos rituais são curtas, não repetindo o óbvio. A única informação adicional é que o animal era morto ao lado do altar, para a banda do norte (11). A razão, talvez, é que as cinzas ficavam no lado do oriente (16), os recipientes para a lavagem dos sacerdotes situavam-se no ocidente (Êx 30:18) e a rampa, no sul.

A preocupação da antiga lei hebraica pelos pobres é revelada na provisão dos versículos 14:17; podiam-se oferecer pássaros pequenos para o holocausto (cf. 5.7). Com esta informação, vemos mais nitidamente o nível social de Maria, mãe de Jesus, confor-me nos revela Lucas 2:24. Pelo visto, o ato de dar e a atitude por trás da dádiva são mais importantes que o valor da dádiva. Em virtude do tamanho das aves (14), o ritual era naturalmente diferente. Não havia imposição de mãos, e o sangue era espremido (15) e não aspergido. A primeira parte do versículo 17 está mais claro assim: "Seja rasgado nas asas, mas não cortado em dois" (BBE; cf. ARA; NTLH; NVI). Todas as partes do pássaro que poderiam ser úteis ao homem eram oferecidas a Deus.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
*

1:1-2

Moisés inicia este manual sobre a adoração no tabernáculo registrando as leis do sacrifício. As leis estão subdivididas em seções dirigidas aos leigos (1.1—6,7) e aos sacerdotes (6.8—7.38). Os sacrifícios, em Israel, envolviam a oferta de animais domésticos selecionados, cereais, azeite e vinho. Todos esses produtos simbolizavam o adorador israelita que, através de atos de sacrifício, estava se dando de volta a Deus, de alguma maneira. Em cada sacrifício de um animal, o adorador colocava sua mão sobre a cabeça da vítima, identificando-se desta forma com o animal, como que dizendo: "Este animal me representa". Os sacrifícios de animais envolviam a morte deles, e por isso os sacrifícios revestiam-se de um simbolismo expiatório: o animal que morria no lugar do adorador pecaminoso representava a redenção da morte que este merecia. Portanto, existe um âmago comum de sentido e de relevância compartilhado por todos os sacrifícios. Cada sacrifício, porém, também tinha suas próprias características distintivas e suas ênfases religiosas. Isso é indicado pelos diferentes nomes dos sacrifícios, que algumas vezes realçam a distinção ritual ("holocaustos") e, algumas vezes, a característica teologicamente distintiva ("ofertas pacíficas" e "ofertas pela culpa").

Embora o Senhor, em resposta à intercessão de Moisés (Êx 32), tivesse rescindido o seu veredito de julgar o povo por sua adoração idólatra do bezerro de ouro, a remoção do pecado deles permaneceu um problema sem solução. Esses sacrifícios, pois, proviam uma expiação para eles e para Arão, o sumo sacerdote deles, que os conduzira àquele pecado (cap. 9). Em contraste com Arão, Jesus Cristo, o sumo sacerdote do novo Israel, não tem pecado e nunca tenta o seu povo ao pecado (Hb 9:6-15).

* 1:1

tenda da congregação. A tenda que servia de santuário ou tabernáculo, descrito em Êx 26.

* 1:2

trareis. Israel tinha que obedecer esse manual de instrução sobre como deveria viver condignamente na presença de Deus. Deus, e não os seres humanos, determina a maneira pela qual seu povo deve viver diante dele.

de gado, de rebanho ou de gado miúdo. Somente animais sem defeito algum (v. 3) podiam ser oferecidos. Animais selvagens, que nada custassem aos ofertantes, não podiam ser oferecidos.

* 1.3-17

O holocausto dá início à lista dos sacrifícios porquanto era o sacrifício oferecido com maior freqüência. Sua característica distintiva era que o animal inteiro, exceto o couro, era queimado sobre o altar. Isso simbolizava a total consagração do adorador ao serviço de Deus, e servia para cobrir os pecados do adorador (v. 4 e nota). Os regulamentos começam especificando o tipo mais caro de animal que podia ser oferecido, o touro (v. 2-9), e terminam com o animal mais barato, o pombinho (v. 14-17).

* 1:3

o trará. O leigo que oferecesse o sacrifício (vs. 4-6,9) devia matar, tirar a pele, cortar e lavar o animal, enquanto que o sacerdote o apresentava a Deus, pondo o sangue e a carne do mesmo sobre o altar.

à porta da tenda da congregação. O pátio cercado que circundava a tenda da congregação. O grande altar e um lavatório para lavar o sacrifício estavam no átrio (v. 9).

* 1:4

para a sua expiação. Lit., "para encobrir". A morte do animal em lugar do pecador "encobre" ou protege o adorador da santa ira de Deus.

* 1:9

aroma agradável ao SENHOR. O sentido dessas palavras é visto mais claramente em Gn 8:21. Os sacrifícios afastavam a ira de Deus, levando-o a olhar com benevolência para o adorador. O Novo Testamento fala sobre a morte de Cristo usando uma linguagem semelhante (Ef 5:2).

* 1.10-13

Carneiros e bodes eram sacrificados da mesma maneira que os touros (vs. 3-9).

* 1.14-17

Procedimentos mais simples eram prescritos para os pombos e as rolinhas, sacrifícios esses que os pobres ofereciam. O sacerdote efetuava a cerimônia inteira.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
1:1 O livro do Levítico começa onde termina o livro do Exodo: ao pé do monte Sinaí.completou-se o tabernáculo (Exodo 35-40) e Deus estava preparado para ensinar ao povo como adorá-lo ali.

1:1 O tabernáculo de reunião era a estrutura mais pequena dentro do tabernáculo maior. O tabernáculo de reunião tinha o santuário em uma parte e o Lugar Muito santo com o arca em outra parte. Estas duas seções estavam separadas por uma cortina. Deus se revelou ao Moisés no Lugar Muito santo. Ex 33:7 menciona um "tabernáculo de reunião" onde Moisés se encontrou com Deus antes que se construíra o tabernáculo. Muitos acreditam que cumpriu a mesma função que o que se descreve aqui.

1.1ss Possivelmente estejamos tentados a nos saltar Levítico por considerá-lo um registro de rituais estranhos de uma era diferente. Mas estas práticas tinham sentido para a gente dessa época e agora nos oferecem um quadro importante da natureza e do caráter de Deus. Para muita gente hoje, os sacrifícios de animais parecem obsoletos e repulsivos. Mas os sacrifícios de animais foram praticados em muitas culturas no Meio Oriente. Deus usou o sistema dos sacrifícios para ensinar a seu povo a respeito da fé. Era necessário tomar o pecado com seriedade. Quando a gente via morrer aos animais destinados ao sacrifício se sensibilizava da importância de seu pecado e culpabilidade. Pela forma displicente em que nossa cultura vê o pecado, parecesse ignorar o custo do pecado e a necessidade de arrependimento e restauração. Embora muitos dos rituais do Levítico foram desenhados para a cultura desse dia, seu propósito era revelar a um Deus alto e santo que devia ser amado, obedecido e adorado. As leis e os sacrifícios para Deus tinham o propósito de motivar uma devoção no coração. As cerimônias e rituais eram a melhor forma para que os israelitas enfocassem suas vidas em Deus.

1:2 Havia alguma diferença entre o sacrifício e uma oferenda? No Levítico as palavras são intercambiáveis. Pelo general, a um sacrifício específico lhe chamava uma oferenda (holocausto, oferenda de grão, oferenda de paz). Em geral, às oferendas lhes chama sacrifícios. O ponto é que cada pessoa oferecia um presente a Deus sacrificando-o no altar. No Antigo Testamento, o sacrifício era a única maneira de aproximar-se de Deus e restaurar uma relação com ele. Havia mais que uma classe de oferenda ou sacrifício. A variedade de sacrifícios os fazia mais significativos, já que cada um deles se relacionava com uma situação específica da vida de uma pessoa. ofereciam-se os sacrifícios em louvor, adoração e ação de obrigado, assim como para o perdão e a paz. Os sete primeiros capítulos do Levítico descrevem a variedade de oferendas e a maneira como o povo as utilizava.

1:2 Quando Deus ensinou a seu povo a adorá-lo, pôs grande ênfase nos sacrifícios por que? Era a forma que proporcionava Deus no Antigo Testamento para que o povo pedisse perdão por seus pecados. Da criação, Deus esclareceu que o pecado separava às pessoas do e que aqueles que pecavam mereciam morrer. Por quanto todos pecaram (Rm 3:23), Deus desenhou o sacrifício como um meio para procurar o perdão e restaurar a relação com O. devido a que O é um Deus de amor e misericórdia, decidiu do mesmo princípio que viria a nosso mundo e morreria para pagar o castigo por todos os humanos. Isto o fez em seu Filho, que ainda sendo Deus, tomou a forma humana. Enquanto isso, antes de que Deus fizesse este sacrifício supremo de seu Filho, instruiu ao povo para que matasse animais como sacrifício pelo pecado.

O sacrifício do animal cumpria dois propósitos: (1) simbolicamente, o animal tomava o lugar do pecador e pagava o castigo do pecado, e (2) a morte do animal representava uma vida entregue para que outra pudesse salvar-se. Este método de sacrifício continuou ao longo dos tempos do Novo Testamento. Era eficaz para ensinar, dirigir, e para trazer para o povo de volta a Deus. Mas nos tempos do Novo Testamento, a morte de Cristo foi o último sacrifício requerido. O levou nosso castigo de uma vez e para sempre. Já não se requer o sacrifício de animais. Agora toda pessoa pode ser livre do castigo do pecado por simplesmente acreditar no Jesus e aceitar o perdão que O oferece.

1:3, 4 A primeira oferenda que Deus descreveu foi do holocausto. Uma pessoa que tivesse pecado levava a sacerdote um animal sem defeito. O animal imaculado simbolizava a perfeição moral demandada por um Deus santo e a natureza perfeita do verdadeiro sacrifício que teria que vir: Jesucristo. A pessoa então colocava sua mão na cabeça do animal para simbolizar a total identificação com o animal como seu substituto. Logo matava ao animal e o sacerdote pulverizava o sangue. Simbolicamente transferia seu pecado ao animal, e assim seus pecados lhe eram tirados (expiação). Finalmente o animal, (exceto o sangue e a pele) era queimado no altar, representando a completa dedicação da pessoa a Deus. É obvio, Deus requeria mais que um sacrifício. Além disso lhe pedia ao pecador que tivesse uma atitude de arrependimento. O símbolo exterior (o sacrifício) e a mudança interna (arrependimento) teriam que trabalhar juntos. Mas é importante recordar que nem o sacrifício, nem o arrependimento realmente tiram o pecado. Só Deus perdoa o pecado. Felizmente para nós, o perdão é parte da natureza amorosa de Deus. veio você a Deus para receber perdão?

1.3ss O que ensinavam os sacrifícios ao povo? (1) Ao requerer animais perfeitos e sacerdotes Santos, ensinavam reverência para um Deus santo. (2) Ao demandar obediência exata, ensinavam total submissão às leis de Deus. (3) Ao requerer um animal de grande valor, mostravam o alto custo do pecado e mostravam a sinceridade de seu compromisso com Deus.

1.3-13 por que eram tão detalhadas as regulações para cada oferenda? Deus tinha um propósito ao dar estas ordens. Partindo de zero, estava ensinando a seu povo um estilo de vida totalmente novo, limpando os de todas as práticas pagãs que tinham aprendido no Egito e restaurando a verdadeira adoração para O. Os detalhes estritos evitavam que o Israel caísse outra vez em seu antigo estilo de vida. Além disso, cada lei pinta um quadro gráfico da seriedade do pecado e da grande misericórdia de Deus ao perdoar aos pecadores.

1.4ss o Israel não era a única nação que sacrificava animais. Muitas religiões pagãs o faziam também para tratar de agradar a seus deuses. Algumas culturas incluso incluíam sacrifícios humanos, os quais estavam estritamente proibidos Por Deus. Entretanto, o significado do sacrifício de animais no Israel era claramente diferente daqueles de seus vizinhos pagãos. Os israelitas sacrificavam animais não para apaziguar a ira de Deus, mas sim como um substituto do castigo que mereciam por seus pecados. Um sacrifício mostrava fé em Deus e um compromisso para suas leis. Mais importante ainda, este sistema anunciava o dia quando o Cordeiro de Deus (Cristo Jesus) morreria e derrotaria ao pecado de uma vez e para sempre.

1:13 O "aroma grato para o Jeová" é uma forma de dizer que Deus aceitou o sacrifício pela atitude do povo.

AS OFERENDAS

Aqui se encontram detalhadas as cinco oferendas principais que os israelitas faziam a Deus. Faziam estas oferendas para que seus pecados fossem perdoados e para restabelecer sua relação com Deus. A morte do Jesucristo fez estes sacrifícios desnecessários. Já que devido a sua morte nossos pecados foram perdoados completamente e restaurada nossa relação com Deus.

Oferenda - Propósito - Significado - Cristo a oferenda perfeita

Holocausto (Levítico 1, voluntária)

Para pagar por pecados em geral

Mostrava a devoção a Deus de uma pessoa

A morte de Cristo foi a oferenda perfeita

Oferenda vegetal (Levítico 2, voluntária)

Para mostrar honra e respeito a Deus na adoração

Reconhecia que tudo o que temos pertence a Deus

Cristo foi o homem perfeito, que se deu a si mesmo a Deus e a outros

Oferenda de paz (Levítico 3, voluntária)

Para expressar gratidão a Deus

Simbolizava paz e comunhão com Deus

Cristo é o único meio para ter comunhão com Deus

Oferenda pelo pecado (Levítico 4, requerida)

Para pagar por pecados não intencionais de impureza, negligência ou imprudência, Restaurava ao pecador à comunhão com Deus; mostrava a seriedade do pecado

A morte de Cristo restaura nossa relação com Deus

Oferenda pela culpa (Levítico 5, requerida)

Para pagar por pecados contra Deus e contra outros. Se fazia um sacrifício para Deus e se compensava ou se pagava à pessoa afetada

Compensava às partes afetadas

A morte de Cristo nos libera das conseqüências mortais do pecado


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
I. COMO se aproximar de Deus (Lv 1:1:. Sl 119:155 ; Isa . Is 65:24 ; Jo 3:16 , Jo 3:17 ). Nenhum homem jamais esteve em liberdade para criar seus próprios termos de aproximação a Deus.

A. Legislações referentes a sacrifícios (1: 1-7: 38)

Sacrifique-um sacrifício agradável a Deus-é a base de toda a verdadeira adoração. O homem é, em si mesmo culpados e impuros. Ele precisa de um sacrifício para libertá-lo da culpa e para limpar afastado sua contaminação, (He 9:22 ).

Para mostrar que o pecado é realmente pecaminoso, que a santidade é necessário diante do Senhor, e para indicar a forma como as pessoas poderiam estar livres da condenação, Deus estabeleceu um sistema de sacrifícios e oferendas.

A instituição de sacrifícios a Deus não era nova. Sacrifícios datam da primeira família. Noé sacrificados. Mas aqui no livro de Levítico a instituição é sistematizada. É aqui dispostas de modo a atender as diversas fases da necessidade do homem, e apontar para o fornecimento completo final para essa necessidade no Redentor prometido (Mt 26:26. ; He 10:1. ).

Os primeiros sete capítulos de Levítico são, em certo sentido, um manual de sacrifício, pois aqui estão os regulamentos para a execução através dos cinco principais tipos de ofertas.

1. The Whole holocausto (1: 1-17 ; 6: 8-13)

Esta foi uma expressão individual de devoção, de ação de graças, de adoração. Não era como se o sangue aspergido falado em Êxodo em que as pessoas estavam a ser resgatado do Egito. Esta é uma oferta para atender às necessidades de um povo redimido em sua abordagem para o seu Salvador.

A oferta pode consistir de um touro, um carneiro, um bode, um pombo, ou uma rola, dependendo da capacidade do adorador de fornecer. A palavra hebraica traduzida como "holocausto" significa "aquilo que sobe", e é descritiva do fato de que a oferta era para ser totalmente consumido no altar. Todo o sacrifício ascendeu a Deus em uma chama e fumaça. Por isso o adorador procurado nada da parte de Deus para si mesmo; em vez disso, no símbolo da sua oferta total consumido, ele se entregou completamente ao Senhor. Fala-nos do sacrifício de Cristo por nós, e que nos chama a um compromisso total de nós mesmos a Ele (conforme Rm 12:1 ).

1. Do rebanho (1: 1-9)

1 E o Senhor chamar Moisés, e falou com ele da tenda da congregação, dizendo: 2 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum de vós oferece uma oblação ao Senhor, haveis de oferecer a sua oferta de o gado, até mesmo do rebanho e do rebanho.

3 Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá ele um macho sem defeito: ele deve oferecê-lo à porta da tenda da congregação, para que possa ser aceito diante do Senhor. 4 E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto; e que seja aceito por ele para fazer expiação por Ec 5:1 E ele deve matar o novilho perante o Senhor; e os filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue, e polvilhe o sangue em redor sobre o altar que está à porta da na tenda da congregação. 6 E ele deve esfolar o holocausto, e cortá-la em suas partes. 7 E os filhos de Arão, o sacerdote, porão fogo sobre o altar, e madeira estava em ordem sobre o fogo; 8 e os filhos de Arão , os sacerdotes, definirá os pedaços, a cabeça ea gordura, em ordem sobre a lenha que está no fogo que está sobre o altar: 9 , mas a fressura e as suas pernas, ele lavar com água. E o sacerdote queimará tudo isso sobre o altar, para um holocausto, uma oferta feita por fogo, de cheiro suave ao Senhor.

Desta vez (vv. Lv 1:1 , Lv 1:2) Moisés não foi convocado para a montagem de fogo do julgamento, mas para a tenda da congregação, ou tabernáculo para o santuário de sacrifício e adoração, indicativo da misericórdia de Deus. No Sinai, Moisés só se atreveu a aproximar-se de Deus. Mas agora o Senhor faz uma maneira para todos os israelitas para adorar na presença divina. Ele começou a instrução em relação a esta abordagem, apontando o que um homem deve fazer, que pode querer oferecer uma oblação ou fazer uma doação, como a palavra hebraica corban indica (conforme Mc 7:11 ). A raiz do significado deste termo é "aproximar", e sugere o propósito de Deus para o Seu povo aqui. O termo é usado em todo Levítico para vários tipos de ofertas pelo qual o homem se aproximou de Deus, e através do qual Deus, por sua vez, aproximou-se de homens (conforme Jc 4:8 , Lv 1:4) era para ser um espécime perfeito. Foi oferecido à porta da tenda da congregação , ou seja, no altar de bronze no átrio do tabernáculo (Ex 40:6. ; conforme Sl 51:1 ; Sl 103:12 ; Is 44:22 ; Is 7:19 Mic. ; He 10:1 ).

A ser um tipo de Cristo holocausto, a aplicação da presente hoje nos apresenta o fato de que é como nós nos identificamos com Cristo, dá-nos inteiramente a Ele, tornar-se um com Ele, para que possamos encontrar a aceitação de Deus (1Jo 4:17 ; 1Jo 5:20 ; 1Co 6:17. ; Ef 1:6 ; Cl 2:10 ).

Se o próprio ofertante, ou um oficial do tabernáculo, realmente matou o animal não está claro no texto hebraico (vv. Lv 1:5 , Lv 1:6 ), mas é certo que, tendo o sangue e aplicá-lo ao altar era uma função sacerdotal. Colocar este sangue, a sede da vida do animal, contra o altar sagrado simboliza a doação da vida do ofertante a Deus e reconheceu a participação ativa de Deus na cerimônia de expiação; e, apontando para a frente a oferta de Si mesmo de Jesus, foi eficaz no perdão e na conciliação entre o ofertante a Deus (1Pe 1:2 ; Jo 19:36 ).

Os versículos 7:9 descrevem a maior actividade do sacerdote em sacrificar o holocausto. Para uma visão mais completa da situação, no entanto, capítulo 6: 8-13 deve ser lida juntamente com estes versos. Esta oferta queimada era uma fragrância agradável ao Senhor. A aplicação de uma característica humana a Deus aqui é simplesmente uma maneira figurativa e gráfico de dizer que o Senhor tinha prazer em holocaustos-voluntárias do seu povo ofertas pelo qual eles demonstraram a sua aspiração depois dele, o seu propósito de fazer a Sua vontade, e sua auto-entrega a Ele (ver Ef 5:2. ; 1Pe 2:5)

10 E se a sua oferta for de gado miúdo, de ovelhas ou das cabras, para holocausto; o oferecerá um macho sem defeito. 11 E ele deve matá-lo no lado do altar norte, perante o Senhor:. e os filhos de Arão, os sacerdotes, espargirão o sangue sobre o altar em redor 12 E ele deve cortá-la em sua peças, com a cabeça ea gordura; eo sacerdote os porá em ordem sobre a lenha que está no fogo que está sobre o altar: 13 mas a fressura e as pernas, ele lavar com água. E o sacerdote oferecerá o todo, e queimará sobre o altar; é um holocausto, uma oferta feita por fogo, de cheiro suave ao Senhor.

O ritual aqui para oferecer uma ovelha ou uma cabra era o mesmo que na oferta de um touro. Menciona-se, neste contexto, que o animal era para ser morto no lado norte do altar. Isso, no entanto, aplicada a todos os sacrifícios, exceto a oferta de paz.

c. Das Aves (1: 14-17)

14 E se a sua oferta ao Senhor for holocausto de aves, então ele deve oferecer a sua oferta de rolas ou de pombinhos. 15 E o sacerdote trará ao altar, tirar-lhe a cabeça, e queimar sobre o altar; e o seu sangue será drenado para fora do lado do altar; 16 e tirará o papo com a sujeira dos mesmos, e lançá-lo ao lado do altar na parte leste, no lugar das cinzas: 17 e ele deve rasguemos pelas suas asas, mas não a partirá. E o sacerdote queimará isso sobre o altar, em cima da lenha que está no fogo: é um holocausto, uma oferta feita por fogo, de cheiro suave ao Senhor.

Como em alguns outros casos, quando o ofertante era pobre demais para oferecer qualquer um touro, um carneiro, ou uma cabra, ele poderia oferecer um pombo ou uma rola (Lv 5:7 ). Ao fazer tal oferta, o padrão era mais simples, mas, em geral, exatamente o mesmo que que se seguiu nas outras instâncias. O pobre homem culto com uma oferta de apenas um passarinho, que ele pode ter pego em um arbusto, era tão agradável a Deus como o homem rico que trouxe o modelo maior e mais perfeitos do seu vasto rebanho (conforme 2Co 8:12 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
Levítico 1 ;7

He 10:1-58 deixa claro que em Cristo temos o cumprimento total de cada sacrifício do Antigo Testa-mento. Esses cinco sacrifícios espe-ciais ilustram os vários aspectos da pessoa e da obra do Salvador.

  • Oferta queimada — a consagração completa de Cristo (Lv 1)
  • Para esse sacrifício, precisava-se de um macho perfeito Dt 1:0). Veja também

    Jo 10:17 e Rm 5:19. Leví-tico 6:8-13 salienta que a primeira coisa que o sacerdote tinha de fa-zer todas as manhãs era uma oferta queimada. Assim, oferecia-se todos os outros sacrifícios durante o dia sobre o fundamento da oferta quei-mada. Rm 12:1-45 instrui os cristãos a se darem como sacrifício vivo — como oferta queimada viva — totalmente consagrados a Deus. Da mesma forma que os sacerdo-tes deviam manter o fogo ardendo continuamente sobre o altar (Lv 6:12- 13), nós devemos nos consagrar continuamente ao Senhor para a glória dele.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    1.1 Antes, Deus falara do monte Sinai, não permitindo que ninguém se aproximasse; agora fala da tenda da congregação, da nuvem sobre o propiciatório no Santo dos Santos, deixando o adorador se aproximar dele por intermédio das ofertas.
    1.2 Oferta. Descrevem-se cinco tipos:
    1) O holocausto;
    2) A oferta de manjares;
    3) A oferta pacífica;
    4) Pelo pecado;
    5) Pela culpa. Quem busca a Deus há de começar com a quinta oferta da escala; que é uma oferta compulsória por causa da maldade humana; só depois de se seguir o caminho prescrito para obter a comunhão com Deus, que pode haver ofertas voluntárias e espontâneas, especialmente a primeira da escala, um holocausto "de aroma agradável ao Senhor” (veja 1.17 N. Hom.). Todas as ofertas tinham algo em comum simbolizavam algum aspecto da vida e do sacrifício de Jesus Cristo.

    1.17 Holocausto. Heb 'olah, cujo significado básico é de fazer subir em fumaça, uma oferta total da qual os demais sacrifícios são apenas modificações. Nossa palavra "holocausto" significa "totalmente queimado". Esta oferta significava a dedicação completa a Deus daquele que a oferecia, e tipifica Jesus Cristo, ao se oferecer imaculado a Deus, para fazer Seu inteiro agrado,He 9:14; Fp 2:6-50. Na seleção da vítima, tanto o rico como o pobre podia trazer uma oferta aceitável, fosse um novilho; ou fosse uma rola. O macho sem defeito, v. 3, representa Cristo na sua perfeição (He 9:14; 1Pe 1:19). O sacrifício se oferecia no altar do holocausto, à porta do Tabernáculo, v. 3 com Êx 40:6, depois de o ofertante se identificar com o animal que o substituiria, aceitando sua. posição de pecador pedindo expiação, com o simples gesto de pôr a mão sobre a cabeça do holocausto. Igualmente, o simples ato de estender a mão da fé para a pessoa de nosso substituto Jesus Cristo identifica-nos com o Salvador que levou nossos pecados sobre si (2Co 5:21). A aspersão do sangue sobre o altar sinal de que a vida fora oferecida; vinha então a queima da carne. A remissão dos pecados vincula-se ao derramamento do sangue (He 9:22). • N. Hom. A expressão "Aroma agradável", tão comum neste Livro, significa "de boa aceitação" e se aplica sublimemente à ternura do amor de Cristo, que foi ao ponto de Se oferecer como expiação totalmente satisfatória aos olhos de Deus (Ef 5:2), e às ofertas de bondade, amor e colaboração que os irmãos em Cristo dão em prol dos homens e da Obra (Fp 4:18).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    I. AS OFERTAS (1.1—7.38)


    1) Regulamentações gerais (1.1—6.7)

    a) Os holocaustos (1:1-17)

    O manual dos sacrifícios (1.1—7,38) está dividido em duas seções. A primeira e maior contém orientações de interesse tanto para sacerdotes quanto para leigos (1.1—6.7). Por outro lado, 6.8—7.36 apresenta muitas informações que eram dirigidas somente aos sacerdotes. Visto que o holocausto era o sacrifício hebreu par excellence, está no topo da lista.

    (1) Do gado (1:1-9). v. 1. A menção da Tenda do Encontro indica que o livro de Levítico é uma continuação de Ex 40:34-38. v. 2. oferta é a palavra que é transliterada como Corbã em Mc 7:11; significa “(aquilo que é) trazido para perto”, rebanho pode ser de ovelhas ou de cabras (conforme v. 10). v. 3. holocausto', o termo hebraico é ‘õlãh, que significa “o que sobe”. Denota um sacrifício que, à parte do seu sangue (v. 5) e pele (7.8), era totalmente consumido no altar. Às vezes o termo kãlíl (também “holocausto”) é usado (e.g., Dt 33:10). O holocausto diário — matutino e vespertino — era de tal maneira uma característica do ritual no tabernáculo (Ex 29:38-42; Nu 28:3-4) que o altar no pátio do tabernáculo era conhecido como o “altar do holocausto” (cp. Ex 27:1 com Ex 38:1). sem defeito só pode ter significado físico nesse contexto; mas há uma conotação moral quando a mesma linguagem é usada acerca do nosso Senhor — o antítipo do holocausto e de todas as ofertas (He 9:14; 1Pe 1:19). para que seja aceito é melhor do que, “de sua própria vontade” da VA (v. esse aspecto já em A. Jukes, The Law of the Offerings, p. 50-1).

    v. 4. e porá a mão\ no Dia da Expiação, a confissão de pecado acompanhava esse ato (16.21), e é difícil não perceber uma alusão à identificação ou representação sempre que ocorre em contextos sacrificiais (conforme 3.2; 4.4; Nu 8:12). como propiciação: embora a idéia de pecado no ofertante não fosse proeminente, no holocausto tinha o efeito de expiar (propiciar) (novamente temos a raiz k-p-r, v. comentário de Ex 25:17) os erros involuntários da pessoa, v. 5. será morto: o sujeito do verbo no hebraico é claramente 3a pessoa do singular masculino (conforme NTLH: “O homem matará o touro”). Isso significa que o israelita comum é que tinha de matar o animal que ele levava ao sacrifício; Ezequiel deseja reservar essa tarefa aos levitas (Ez 44:10,11). Os sacerdotes eram responsáveis pelo sacrifício dos animais apresentados como ofertas pelo povo todo (16.11; 2Cr 29:24). derramarão é preferível a “borrifarão” da NTLH (conforme comentário Dt 4:6), visto que o sangue era recolhido numa bacia e lançado contra os lados do altar (cf. Zc 9:15). As observações de rodapé que fazem referência a He 12:24 e 1Pe 1:2 da VA e da RV são, portanto, inadequadas nesse ponto. v. 6. pele. de acordo Ct 7:8, a pele de animais oferecidos em holocausto era propriedade do sacerdote, v. 7. fogo do altar, o fogo do altar não podia apagar (6.13), mas muitas vezes deve ter apenas fumegado. Agora o ritual se concentra no altar, e são os sacerdotes — os descendentes do sacerdote Arão — que têm primazia, v. 9. As vísceras e as pernas (traseiras?) devem ser primeiramente lavadas das impurezas dos excrementos antes de serem colocadas no altar, queimará traduz a raiz q-t-r, que é o termo para queimar sacrifícios no altar.; da mesma raiz vem a palavra para “incenso”, conforme aqui o aroma agradável que sobe a Deus. Para queimar até consumir no altar, como no caso da oferta pelo pecado (e.g., 4.12; v. também Nu 19:5,Nu 19:8 em conjunção com o novilho sem defeito), usa-se em geral o verbo s-r-p. oferta preparada no fogo: “oferta de alimentos” liga a palavra hebraica com outra raiz que significa “alimento”; melhor seguir a NVI. aroma agradável, essa idéia fortemente antropomórfica já fez um longo caminho na história da religião, desde Babel até o Gólgota. Uma versão mais rude e literal pode ser encontrada no relato babilónico do Dilúvio, segundo o qual os deuses se uniram em enxame como moscas para usufruir do aroma agradável do sacrifício de Utnapishtim. No NT, lemos que “Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus” (Ef 5:2).

    (2)    Do rebanho (1:10-13). v. 11. O lado norte é algumas vezes associado à habitação divina (e.g., 37:22; Sl 48:2). Essa é uma informação nova e não deve ser restrita a essa categoria de ofertas queimadas; holocaustos, ofertas pelo pecado e ofertas pela culpa deveriam ser mortos todos no mesmo lugar (v. 6.25; 7.2; 14.13).

    (3)    De aves (1:14-17). v. 14. O holocausto de aves era adequado às condições econômicas dos membros mais pobres da comunidade (conforme 5.7; 12.8; Lc 2:24). A pobreza em questão era do tipo material e não se presta ao tipo de interpretação que classifica os adoradores de acordo com o desenvolvimento espiritual. Maria, que pertencia à elite espiritual, valeu-se dessa concessão; v. Lc 2:22ss Pombinho’. lit. “filhotes de pombos”, que pode se referir ao gênero, e não à idade, de acordo com uma expressão idiomática semítica conhecida. v. 15. destroncará o pescoço: isso não era feito no caso de uma oferta pelo pecado (5.8). O sacerdote teria de deixar escorrer o sangue ao pressionar o corpo do animal contra a parede do altar, o sangue seria insuficiente para que fosse usado como o de animais de sacrifício de porte maior. v. 16. conteúdo é possível (conforme NEB, e RV “sujeira”); mas a BJ prefere “penas”. cinzas\ a palavra significa com maior freqüência “gordura” e aqui denota as cinzas gordurosas que eram removidas do fogo do altar. v. 17. sem dividi-la: conforme o tratamento que Abraão deu às aves mortas na cerimônia da aliança descrita em Gn 15:9,10.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    I. OS SACRIFÍCIOS Lv 1:1-7.38

    Não é sem razão, que este manual do sacrifício, -assim o poderíamos designar, -se encontra em primeiro lugar no Levítico, mencionando em primeiro lugar as leis dos sacrifícios e só depois a ordenação dos sacerdotes, que a eles presidem. Do mesmo modo em Números o recenseamento das tribos precede a celebração da Páscoa, acontecimento na realidade anterior àquele (Nu 1:1; Nu 9:1).

    Este código do sacrifício apresenta-se, entra sem rodeios diretamente no assunto, e a conjunção "e" que o inicia, liga-o às palavras finais do Êxodo (Êx 40:34 e segs). Antes de falar com Moisés, o Senhor chamou-o, palavra mais forte do que "falar", como se se tratasse do assunto da maior importância para o Seu Povo, como ordens decisivas (cfr. Êx 24:16; Nu 12:5), ou comunicações de vulto (cfr. Êx 3:4). São exemplos a proclamação das festas (Lv 23:2, 4, 21, 37) e do Dia da Expiação (Lv 25:10). A dupla expressão "Chamou... e falou" tem maior ênfase do que o simples verbo "falou" ou "disse". Da tenda da congregação (1). Melhor: "Fora da tenda do encontro". Cfr. Êx 25:9 nota. Uma versão usa o termo "tabernáculo" para o vocábulo hebraico mishkan, significando o conjunto formado pelas tábuas de madeira dourada, cobertas de linho e bordadas com desenhos de serafins (cfr. Êx 26:7), enquanto a palavra "tenda" (’ ohel) se aplica ao conjunto das cortinas que o cobriam, ou em parte, ou na totalidade (cfr. Êx 40:19). Outra versão, porém, confunde os dois termos e emprega-os indistintamente, traduzindo ’ ohel ora por "tenda", ora por "tabernáculo". Seja como for, o certo é que o tabernáculo já se encontrava definitivamente montado, e que o Levítico por isso se coaduna perfeitamente com o último capítulo do Êxodo.

    Antes de prosseguirmos, convém frisar o seguinte: Primeiramente, os sacrifícios são considerados sob dois aspectos, ou seja, a porção do sacrifício que pertencia ao Senhor (Lv 1:2-6.7) e a porção do sacerdote e do oferente (Lv 6:8-7.36). Em seguida, tratam-se independentemente as cinco espécies de ofertas: (os holocaustos, a de manjares, pelo pecado, pela culpa e a oferta de paz), sem se pensar em qualquer ralação que possa existir entre elas. Em terceiro lugar, as descrições não são completas e supõem outras já feitas ou que ainda se seguirão (por exemplo, não se faz qualquer alusão à oferta de bebidas ou ao pão asmo). Finalmente, nem sempre a ordem cronológica é observada rigorosamente.

    >Lv 1:2

    a) A porção do Senhor (Lv 1:2-6.7)

    Fala aos filho de Israel (2). São leis que dizem respeito a todo o povo, pois não só os sacerdotes, mas também os leigos eram obrigados a cumprir com exatidão as suas obrigações. Oferecer oferta (2). A palavra hebraica corban (cfr. Mq 7:11) tanto pode significar "oferta" como "sacrifício" (Nu 7:11). Gado (2). Incluía os animais impuros como cavalos, burros e camelos. Cfr. Êx 9:3, onde se alude ao "gado" do Faraó, que abrangia cavalos, jumentos, camelos, bois e ovelhas. Vacas (2) é o termo genérico para todo o gado bovino, tal como ovelhas designa todo o gado ovino e caprino. Só estes animais e alguns pássaros podiam ser objeto de sacrifício.

    >Lv 1:3

    1. O HOLOCAUSTO (Lv 1:3-17). (Veja-se também Lv 6:8-13). Com este nome se designava toda a carne que se queimava sobre o altar (Dt 33:10; Sl 51:19; Lv 6:22-23). O termo original ’ olah de significado "aquilo que sobe", tanto podia referir-se à oferta que subia ao Senhor como ao cheiro suave (17), ou ainda ao animal inteiro, e não apenas parte dele, que era oferecido, ou erguido sobre o altar. Embora não seja o mais importante, é no entanto este sacrifício o que se menciona em primeiro lugar, talvez por ser o mais grandioso. Note-se que o grande altar de bronze é conhecido por "altar do holocausto" (Êx 30:28; Êx 31:9; Lv 4:7, 10, 18). Em Lv 4:24, 33 afirma-se que o bode será degolado "no lugar onde se degola o holocausto". A "oferta contínua" (tamidh) era também um holocausto (Êx 29:42; Nu 28:0; Lv 2:2 e Lv 4:2; Lv 5:15 leva-nos à conclusão de que o holocausto podia ser um sacrifício voluntário. Mas em Lv 1:3, segundo outra versão, admite-se mais facilmente que seja "para sua aceitação" do que propriamente "de sua própria vontade". O animal devia ser "macho e sem mancha" (3). O mesmo se dava com o sacrifício pelo sacrilégio (cfr. Lv 5:15). Segue-se a descrição pormenorizada do ritual do sacrifício (5-9). O oferente conduzia o animal até à porta da tenda do encontro, sobre o qual punha ambas as mãos, confessando ao mesmo tempo as suas iniqüidade (Lv 16:21; Dt 26:13 e segs.). Em seguida era degolado "perante o Senhor", esfolado e dividido em pedaços, sem se lhe partir os ossos (cfr. Êx 12:46; Nu 9:12; Jo 19:36). Depois da lavadas as entranhas a as pernas, o sacerdote recolhia o sangue da vítima para o aspergir sobre o altar, e queimava logo após toda a carne. Repara-se na frase enfática: Os filhos de Arão, os sacerdotes (Lv 1:5, 8, 11; Lv 2:2; Lv 3:2). A cerimônia do sacrifício é de fato uma missão exclusivamente própria dos sacerdotes, a quem, todavia, não cabe qualquer parte da vítima, a não ser o couro do animal (Lv 7:8). Neste sacrifício, ao contrário do que sucedia com o do pecado e da expiação de culpa, dá-se especial realce à consagração e à dedicação do oferente, como nos dá a entender o apóstolo Paulo que nas palavras "vossos corpos" e "sacrifício vivo" devia ter em mente o holocausto antigo (Rm 12:1). Mas as palavras para que seja aceita por ele para a sua expiação (4) e a aspersão do sangue em torno do altar implicam sem dúvida a confissão e a expiação, que deviam preceder a dedicação (cfr. Lv 17:11). Para a sua expiação (4). Literalmente o termo "expiar" significa "cobrir", admitindo, no caso do pecado, que o Deus de Israel não podia contemplá-lo (Hc 1:13; Sl 51:1, Sl 51:9; Sl 103:12; Is 43:25; Is 44:22; Mq 7:19; He 10:1-58). O sangue da expiação tanto podia referir-se às pessoas (4) (cfr. Lv 4:20), como às coisas (por exemplo, ao altar-cfr. Êx 29:36). O holocausto, de qualquer modo, seria sempre "uma oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor" (9). "Oferta de fogo" é o termo que se aplica a todos aqueles sacrifícios, que na totalidade ou em parte deviam ser queimados sobre o altar. De muitos deles se diz que constituiriam um "cheiro suave" mas esta designação aplicava-se provavelmente a todo este gênero da sacrifícios. A expressão é antropomórfica e não deve, portanto, ser tomada à letra, por designar apenas a satisfação com que o Senhor recebe as ofertas do Seu Povo. O mesmo se deve dizer das palavras "pão de Deus" (Lv 21:6 e segs.) e dos sacrifícios da paz (Lv 3:11, 16). Há quem tome tais palavras em sentido literal, vendo nelas o conceito imperfeito e primitivo de sacrifício. Tal conceito é exclusivo pelo contexto. Não é de admitir tal ponto de vista, demasiado materialista e revelador de ignorância crassa, mesmo que haja alguns que assim pensassem. O fato de nessa altura, em que o Povo Israelita se alimentava à custa do Maná caído do Céu, se oferecerem sacrifícios a Deus, não significa que Deus precisasse dos alimentos humanos, mas desejava que Seus filhos Lhe oferecessem parte daqueles bens que o Céu tão generosamente lhes concedia, como sinal de reconhecimento que era Deus quem lhes sustentava a vida e os cumulava de todas as bênçãos. Embora muito posterior, o Sl 1:0), ou então substituía os outros animais no caso de ser pobre o oferente (Lv 5:7-10).


    Dicionário

    Altar

    substantivo masculino Antigamente, mesa para os sacrifícios: ergueu um altar aos deuses.
    Mesa onde é celebrada a missa.
    Espécie de mesa destinada aos sacrifícios em qualquer religião.
    Figurado A religião, a Igreja: o trono e o altar (o poder monárquico e a Igreja ou religião).
    Amor fortíssimo, adoração: aquela mãe tinha um altar no coração do filho.
    Objeto santo, venerável, digno de sacrifícios: o altar da pátria.
    [Astronomia] Constelação austral.
    Sacrifício do altar, a missa.
    Ministro do altar, padre da religião cristã.
    Conduzir ao altar uma pessoa, desposá-la.

    Vem da palavra latina ‘altus’, echamava-se assim por ser coisa construída em elevação, empregando-se para sacrifícios e outros oferecimentos. A significação mais usual da palavra hebraica e grega é ‘lugar de matança’. Duas outras palavras em hebraico (Ez 43:15), e uma em grego (At 17:23), traduzem-se pelo termo ‘altar’, mas pouca luz derramam sobre a significação da palavra. Depois da primeira referência (Gn 8:20), estão relacionados os altares com os patriarcas e com Moisés (Gn 12:7-22.9, 35.1,1 – Êx 17:15-24.4). As primeiras instruções com respeito ao levantamento de um altar, em conexão com a Lei, acham-se em Êx 20:24-25. Devia ser de terra, ou de pedra tosca, e sem degraus. Havia dois altares em relação com o tabernáculo, um no pátio exterior, e outro no Santo Lugar. o primeiro chamava-se altar de bronze, ou do holocausto, e ficava em frente do tabernáculo. Era de forma côncava, feito de madeira de acácia, quadrado, sendo o seu comprimento e a sua largura de sete côvados, e a altura de três côvados – estava coberto de metal, e provido de argolas e varais para o fim de ser transportado nas jornadas do povo israelita pelo deserto. Em cada um dos seus quatro cantos havia uma saliência, a que se dava o nome de ponta. Não havia degrau, mas uma borda em redor para conveniência dos sacerdotes, enquanto estavam realizando o seu trabalho. Pois que os sacrifícios eram oferecidos neste altar, a sua situação à entrada do tabernáculo era para o povo de israel uma significativa lição de que não havia possível aproximação de Deus a não ser por meio do sacrifício (Êx 27:1-8 – 38.1). o altar do incenso ficava no Santo Lugar, mesmo em frente do véu, que estava diante do Santo dos Santos. Era quadrado, sendo o seu comprimento e largura de um côvado, com dois côvados de altura: feito de madeira de acácia, e forrado de ouro puro, tinha pontas em cada canto, e duas argolas de ouro aos dois lados. Ainda que este altar estava colocado no Santo Lugar, tinha ele tal relação com o significado espiritual do Santo dos Santos, que se podia dizer que era pertence deste lugar (Hb 9:3-4). Sobre ele se queimava o incenso de manhã e de tarde, como símbolo da constante adoração do povo (Êx 30:1-10 – 40.5 – 1 Ra 6.22 – Sl 141:2). No templo de Salomão o altar de bronze era muito maior do que o do tabernáculo (1 Rs 8.64), e um novo altar do incenso foi também edificado (1 Rs 7.48). o tabernáculo era o santuário central em que Deus podia ser adorado, segundo a maneira divinamente estabelecida – foi proibido a israel ter mais do que um santuário. Mas havia ambigüidade acerca da palavra ‘santuário’, pois empregava-se este termo tanto para casa, como para altar. A casa ou ‘santuário central’ tinha os seus dois altares, mas não estava cada altar em relação com uma casa. Em toda a parte eram permitidos altares, desde o tempo de Moisés em diante (Êx 20:24-26), mas somente um santuário (Êx 25:8). o requisito necessário, quanto ao levantamento de altares, era que eles não deviam ter ligação alguma com os altares gentílicos ou os lugares altos (Dt 16:21). Pluralidade de altares era coisa consentida, mas não de casas (Êx 20:24-26). A única ocasião em que houve mais de uma casa foi durante as confusões e complicações do tempo de Davi, existindo então dois santuários com dois altares de bronze, um em Gibeom e o outro em Jerusalém (1 Rs 3.2,4,16). Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jeroboão os seus próprios santuários em Dã e Betel, a fim de evitar que o povo se dirigisse a Jerusalém, e fosse por isso afastado da submissão ao seu rei. os outros usos do altar eram, ou para memória de algum fato (Js 2L10), ou para servir de asilo em caso de perigo (1 Rs 1,50) – mas isto era excepcional, não destruindo a idéia geral do altar como lugar de sacrifício. No Novo Testamento o emprego do termo altar é muito raro. Em Mt 5:23, a referência é ao altar judaico dos holocaustos. Em 1 Co 9.13 10:18, o altar pagão e a Mesa do Senhor são postos em relação e em contraste.

    Altar Mesa feita de madeira, terra ou pedras, sobre a qual se ofereciam os SACRIFÍCIOS (Ex 27:1); 20.24; (Dt 27:5). Os altares de madeira eram revestidos de algum metal e tinham pontas (chifres) nos quatro cantos (Lv 4:25). Fugitivos ficavam em segurança quando c orriam e se agarravam a essas pontas (1Rs 2:28). Havia também o altar do INCENSO, que ficava no SANTO LUGAR (Ex 30:1-10).

    Altar O lugar diante do qual se apresentavam as oferendas a Deus. Jesus considerava-o digno de respeito (Mt 5:23ss.; 23,18-20) e exigia, por isso, a prévia reconciliação daqueles que se acercavam dele.

    Cabeça

    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

    l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1:18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3:16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3,7) e à excelência do conhecimento 1Co 14:35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118:22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44:20). (*veja Cabelo.)

    Cabeça A parte superior ou anterior do corpo do ser humano e dos animais. Em sentido figurado, “chefe” (Ef 4:15); 5.23). “Ter a cabeça exaltada” quer dizer “vencer” (Sl 27:6). Rapar a cabeça era sinal de tristeza (1:20) ou de voto (Nu 6:9); (At 18:18). V. IMPOSIÇÃO DE MÃOS e MENEAR.

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Depois

    advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
    Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
    Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
    Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.

    logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.

    Fogo

    Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.


    [...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

    Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

    [...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

    O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3


    Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).

    Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.

    substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
    Fogueira, incêndio, labareda, lume.
    Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
    Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
    Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
    Fuzilaria, guerra, combate.
    Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
    Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
    Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
    Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
    Fazer fogo, acender.
    Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
    Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
    Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
    Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
    A fogo lento, pouco a pouco.
    Tocar fogo na canjica, animar.
    Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
    interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
    substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.

    Lenha

    substantivo feminino Ramos, troncos, achas ou quaisquer pedaços de madeira utilizados como combustível.
    Fam. Surra, sova, tunda.
    Meter a lenha em, bater em, surrar, espancar.
    Figurado Falar mal de, tesourar, meter o malho em.

    Ordem

    substantivo feminino Disposição organizada e ordenada das coisas, seguindo uma categoria: ordem alfabética.
    Regras, leis, estruturas que constituem uma sociedade.
    Regra oral ou escrita proferida por uma autoridade: ordem de despejo.
    Ação de comandar; comando: não cumpriu minhas ordens.
    Posição ocupada numa hierarquia; categoria, mérito: ordem militar.
    Disposto em fileira, renque: respeite a ordem da fila.
    Lei geral proveniente do costume, da autoridade; lei relativa a assunto particular: é preciso manter a lei e a ordem.
    Órgão que congrega certas classes de profissionais liberais, defendendo seus direitos e assegurando a disciplina da profissão: ordem dos advogados.
    Condição de tranquilidade, paz: o protesto aconteceu em ordem.
    Boa administração das finanças de um Estado ou de um particular.
    [Biologia] Divisão da classificação de plantas e animais, intermediária entre a classe e a família.
    Religião Sacramento da Igreja católica, conferido pelo bispo e que dá ao ordinando poderes para exercer as funções eclesiásticas.
    Religião Sociedade religiosa cujos membros fazem voto de viver sob certas regras: ordem religiosa.
    [Arquitetura] Forma e disposição das partes salientes de uma construção, particularmente das colunas e do entablamento, que distinguem diferentes maneiras de construir; coluna.
    Etimologia (origem da palavra ordem). Do latim ordo.ordinis.

    Se se detivessem a auscultar a Natureza, diminuindo o tresvario que se permitem, constatariam que o caos e o nada jamais fizeram parte do Cosmo, e que a ordem é a geratriz de todos os fenômenos, causa de todas as ocorrências.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

    A ordem é atestado de elevação. [...]
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 22

    Todos nós precisamos da ordem, porque a ordem é a disciplina, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, o capricho é capaz de estabelecer a revolta destruidora, sob a capa dos bons intentos. Entretanto, é necessário que a caridade lhe oriente as manifestações para que o método não se transforme em orgulho, aniquilando as obras do bem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


    Pedaços

    -

    Porã

    -

    Redenho

    substantivo masculino Variação de redanho.
    Etimologia (origem da palavra redenho). De rede.

    Gordura

    Redenho Prega de membrana que cobre alguns miúdos (Ex 29:13).

    Sacerdote

    substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
    Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
    Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.

    substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
    Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
    Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.

    [...] sacerdotes são os ungidos do Senhor; a fim de, por bom caminho, conduzir os inúmeros cegos que tropeçam nas paixões e caem nos vícios. [...] Esta é a missão dos que se chamam ministros de Deus! [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] o verdadeiro sacerdote é o pai de todos os desgraçados. [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Sacerdote é todo aquele que chora com o órfão, que assiste a desolada viúva, que partilha do desespero materno ante um berço vazio; é todo aquele que chora com o preso a sua liberdade, que busca, enfim, todos os meios de melhorar a sorte dos infelizes. Sacerdote é também todo aquele que, por suas faltas anteriores, tem que vir à Terra para viver completamente só, sem tomar parte nos gozos terrenos, e, dotado de claro entendimento, se consagra à difusão da luz, vivendo embora entre sombras, não entre as brumas do erro e as trevas do pecado, entenda-se, mas entre as sombras da própria solidão.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] Sacerdotes, com ou sem indumento próprio, são todos aqueles que propagam e pregam o bem, a caridade e o amor.
    Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•


    Sacerdote No AT, descendente de ARÃO separado para servir como oficiante no culto realizado primeiro no TABERNÁCULO e depois no TEMPLO. O sacerdote era MEDIADOR entre Deus e o povo, oferecendo SACRIFÍCIOS e orando em seu favor (Êx 28—29; Lv 21:1Cr 24). Antes de Arão já havia sacerdotes (Hc 7:1-3). No NT, todos os cristãos são sacerdotes (Ap 1:6; 5.10;
    v. SACERDÓCIO).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Levítico 1: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Depois o partirá nos seus pedaços, como também a sua cabeça e o seu redenho; e o sacerdote os porá em ordem sobre a lenha que está no fogo sobre o altar;
    Levítico 1: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1445 a.C.
    H3548
    kôhên
    כֹּהֵן
    sacerdote, oficiante principal ou governante principal
    ([was] priest)
    Substantivo
    H4196
    mizbêach
    מִזְבֵּחַ
    um altar
    (an altar)
    Substantivo
    H5408
    nâthach
    נָתַח
    cortar, recortar, cortar em pedaços, dividir
    (you shall cut)
    Verbo
    H5409
    nêthach
    נֵתַח
    usar constantemente, vestir
    (wearing)
    Verbo - particípio presente ativo - nominativo Masculino no Plural
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6086
    ʻêts
    עֵץ
    árvore, madeira, tora, tronco, prancha, vara, forca
    (tree)
    Substantivo
    H6186
    ʻârak
    עָרַךְ
    organizar, pôr ou colocar em ordem, ordenar, preparar, dispor, manejar, guarnecer,
    (and they joined)
    Verbo
    H6309
    peder
    פֶּדֶר
    a gordura
    (the fat)
    Substantivo
    H7218
    rôʼsh
    רֹאשׁ
    cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    (heads)
    Substantivo
    H784
    ʼêsh
    אֵשׁ
    fogo
    (burning)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H854
    ʼêth
    אֵת
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos


    כֹּהֵן


    (H3548)
    kôhên (ko-hane')

    03548 כהן kohen

    particípio ativo de 3547; DITAT - 959a; n m

    1. sacerdote, oficiante principal ou governante principal
      1. rei-sacerdote (Melquisedeque, Messias)
      2. sacerdotes pagãos
      3. sacerdotes de Javé
      4. sacerdotes levíticos
      5. sacerdotes aadoquitas
      6. sacerdotes araônicos
      7. o sumo sacerdote

    מִזְבֵּחַ


    (H4196)
    mizbêach (miz-bay'-akh)

    04196 מזבח mizbeach

    procedente de 2076; DITAT - 525b; n m

    1. altar

    נָתַח


    (H5408)
    nâthach (naw-thakh')

    05408 נתח nathach

    uma raiz primitiva; DITAT - 1441; v

    1. cortar, recortar, cortar em pedaços, dividir
      1. (Piel) recortar, cortar em pedaços, dividir

    נֵתַח


    (H5409)
    nêthach (nay'-thakh)

    05409 נתח nethach

    procedente de 5408; DITAT - 1441a; n m

    1. pedaço, pedaço de carne

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עֵץ


    (H6086)
    ʻêts (ates)

    06086 עץ ̀ets

    procedente de 6095; DITAT - 1670a; n m

    1. árvore, madeira, tora, tronco, prancha, vara, forca
      1. árvore, árvores
      2. madeira, gravetos, forca, lenha, madeira de cedro, planta de linho

    עָרַךְ


    (H6186)
    ʻârak (aw-rak')

    06186 ערך ̀arak

    uma raiz primitiva; DITAT - 1694; v.

    1. organizar, pôr ou colocar em ordem, ordenar, preparar, dispor, manejar, guarnecer, avaliar, igualar, dirigir, comparar
      1. (Qal)
        1. organizar ou pôr ou colocar em ordem, organizar, expor em ordem, apresentar (uma causa legal), por no lugar
        2. comparar, ser comparável
    2. (Hifil) avaliar, tributar

    פֶּדֶר


    (H6309)
    peder (peh'der)

    06309 פדר peder

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser gorduroso; DITAT - 1737; n. m.

    1. gordura, sebo

    רֹאשׁ


    (H7218)
    rôʼsh (roshe)

    07218 ראש ro’sh

    procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

    1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
      1. cabeça (de homem, de animais)
      2. topo, cume (referindo-se à montanha)
      3. altura (referindo-se às estrelas)
      4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
      5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
      6. o principal, selecionado, o melhor
      7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
      8. soma

    אֵשׁ


    (H784)
    ʼêsh (aysh)

    0784 אש ’esh

    uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f

    1. fogo
      1. fogo, chamas
      2. fogo sobrenatural (junto com teofania)
      3. fogo (para cozinhar, assar, crestar)
      4. fogo do altar
      5. a ira de Deus (fig.)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    אֵת


    (H854)
    ʼêth (ayth)

    0854 את ’eth

    provavelmente procedente de 579; DITAT - 187; prep

    1. com, próximo a, junto com
      1. com, junto com
      2. com (referindo-se a relacionamento)
      3. próximo (referindo-se a lugar)
      4. com (poss.)
      5. de...com, de (com outra prep)