Enciclopédia de Levítico 15:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lv 15: 12

Versão Versículo
ARA O vaso de barro em que tocar o que tem o fluxo será quebrado; porém todo vaso de madeira será lavado em água.
ARC E o vaso de barro, em que tocar o que tem o fluxo, será quebrado; porém todo o vaso de madeira será lavado com água.
TB O vaso de barro em que tocar o que tiver o fluxo será quebrado; e todo vaso de pau será lavado em água.
HSB וּכְלִי־ חֶ֛רֶשׂ אֲשֶׁר־ יִגַּע־ בּ֥וֹ הַזָּ֖ב יִשָּׁבֵ֑ר וְכָל־ כְּלִי־ עֵ֔ץ יִשָּׁטֵ֖ף בַּמָּֽיִם׃
BKJ E o vaso de barro em que tocar o que tem o corrimento será quebrado; e todo vaso de madeira será lavado com água.
LTT E o vaso de barro, que tocar o que tem o fluxo, será quebrado; porém, todo o vaso de madeira será lavado com água.
BJ2 O vaso de argila tocado por este homem será quebrado, e todo utensílio de madeira deverá ser lavado.
VULG Vas fictile quod tetigerit confringetur : vas autem ligneum lavabitur aqua.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Levítico 15:12

Levítico 6:28 E o vaso de barro em que for cozida será quebrado; porém, se for cozida num vaso de cobre, esfregar-se-á e lavar-se-á na água.
Levítico 11:32 E tudo aquilo sobre o que deles cair alguma coisa, estando eles mortos, será imundo; seja vaso de madeira, ou veste, ou pele, ou saco, ou qualquer instrumento com que se faz alguma obra, será metido na água e será imundo até à tarde; depois, será limpo.
Salmos 2:9 Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.
Provérbios 1:21 Nas encruzilhadas, no meio dos tumultos, clama; às entradas das portas e na cidade profere as suas palavras:
Provérbios 1:23 Convertei-vos pela minha repreensão; eis que abundantemente derramarei sobre vós meu espírito e vos farei saber as minhas palavras.
Provérbios 3:21 Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos; guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso;
II Coríntios 5:1 Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.
Filipenses 3:21 que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

lv 15:12
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 21
CARLOS TORRES PASTORINO
LC 2:40-52

40. E o menino crescia e fortificava-se, enchendo-se de sabedoria, e a benevolência de Deus estava sobre ele.


41. Seus pais iam anualmente a Jerusalém, pela festa da Páscoa.


42. Quando o menino tinha doze anos, subiram eles, conforme o costume da festa;


43. e findos os dias da festa, ao regressarem, ficou o menino Jesus em Jerusalém. sem que o soubessem seus pais.


44. Mas estes, julgando que ele estivesse entre os companheiros de viagem, andaram caminho de um dia, procurando-o entre os parentes e conhecidos;


45. e não no achando, regressaram a Jerusalém à procura dele.


46. Três dias depois o encontraram no Templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os;


47. e todos os que o ouviam, muito se admiravam de sua inteligência e de suas respostas.


48. Logo que seus pais o viram, ficaram surpreendidos, e sua mãe perguntou-lhe: "Filho, por que procedeste assim conosco? Teu pai e eu te procuramos aflitos".


49. Ele lhes respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar no que é de meu Pai"?


50. Eles porém não compreenderam as palavras que ele dizia.


51. Então desceu com eles e foi para Nazaré e estava-lhes sujeito. Mas sua mãe guardava todas estas coisas em seu coração.


52. E Jesus progredia em sabedoria, em maturidade e em benevolência (amor) diante de Deus e dos homens.


Lucas coloca o regresso a Nazaré logo após a apresentação ao Templo, ignorando por completo qualquer outro acontecimento. Diz-nos ele que o menino crescia e fortificava-se (na parte física) enchendose de sabedoria (na parte intelectual). Alguns manuscritos acrescentam "fortificava-se em espírito". O interessante a notar é que o evangelista salienta que o desenvolvimento da personalidade de Jesus se processava normalmente: não possuía a sabedoria total infusa, mas a adquiria aos poucos. Essa opinião é acatada por certos autores, como Cirilo de Jerusalém (Patrol. Graeca, vol. 75, col. 1332) e Tomás de Aquino (Summa Theologica, III, q. XII, a. 2). Explicam que, como "homem" (como personalidade) Jesus progrediu segundo as leis naturais, crescendo seu conhecimento concomitantemente com o corpo.


A lei mosaica ordenava que todos os homens que chegassem à idade da puberdade deveriam visitar o Templo de Jerusalém três vezes por ano: na Páscoa, no Pentecostes e na festa dos Tabernáculos (EX 23:14-17; EX 34:23 e DT 16:16), preceito que não incluía as mulheres. A ida de Jesus aos doze anos não era ainda obrigatória, de vez que só aos quinze o homem se tornava realmente "israelita" ou "filho do preceito" (bar misheváh).


A festa da Páscoa durava sete dias, finalizando com grande solenidade (EX 12:15 ss; LV 23:5 ss; e DT 16:1 ss). O menino, com doze anos e muita inteligência, não era vigiado. Assim, ao organizar-se o primeiro acampamento à noite, na viagem de regresso, José e Maria deram por falta dele. Não o acharam entre os parentes e amigos. No dia seguinte regressaram a Jerusalém, observando outros grupos que saíam da cidade e não no encontraram durante todo aquele dia, nem mesmo na casa de conhecidos. No terceiro dia, resolveram ir ao Templo, e lá o descobriram, sentado entre os doutores (ou melhor, entre os "mestres" - didáskaloi).


As perguntas que lhes fazia, e as respostas que lhes dava, encheram os velhos mestres de admiração e estupor, em vista da sabedoria muito acima de sua idade, que ele revelava.


Os pais também ficaram atônitos, tanto pela cena que presenciavam, como pelo modo de agir com eles. Vem a frase de repreensão de Maria, que, falando a Jesus a respeito de José (única vez que isto acontece) lhe dá o título de "pai": "teu pai e eu".


Jesus responde. São as primeiras palavras Suas que este Evangelho reporta.


A resposta é incisiva e esclarecedora: ele precisava estar no que era de Seu pai. Há três interpretações da expressão grega έν τοϊς τοΰ πατρό

ς . 1. ª) no que é de meu Pai; 2. ª) na cas8. de meu Pai; 3. ª) nos neg ócios de meu Pai.


Ao regressar a Nazaré, Jesus estava sujeito a seus pais (obediência), desenvolvendo-se gradativamente na parte intelectual (sabedoria), na parte psíquica e emocional (maturidade) e na parte moral e espiritual (benevolência ou amor).


A anotação de Lucas (prescindindo das particularidades narradas por Mateus) ensina-nos que o Homem-

Novo se recolhe à Galileia ("jardim fechado") consagrando-se ao Senhor. Nesse ambiente, o espírito, embora "menino", cresce e se fortifica, enchendo-se de Sabedoria e aprofundando-se cada vez mais em seu coração, conquistando ("tomando de assalto", MT 11:12) o Reino de Deus, e imergindo na benevolência divina que o envolve.


Ao completar doze anos de consagração íntima a Deus, e preparação pessoal, o menino vai pela vez primeira enfrentar o grande centro religioso.


Por que aos "doze anos"? O arcano 12 tem profundo significado: no plano superior simboliza os messias ou enviados; no plano humano exprime o holocausto, o sacrifício de si mesmo em benefício da coletividade. O sacrifício é sempre feito no plano da matéria (os 12 signos zodiacais), que é especializado para a experimentação e provação dos espíritos, único plano cm que estes recebem o impulso indispensável para a subida.


O evangelista anota que Jesus SUBIU para Jerusalém (que significa "visão da paz"). Se é verdade que Jerusalém estava construída no alto de um monte, não o é menos que para "ver-se a paz" verdadeira é mister subir vibracionalmente ao plano do espírito.


Seus pais José e Maria (isto é, os que conseguiram o "nascimento do menino", o intelecto e a intuição) são chamados aos seus afazeres, e DESCEM de Jerusalém para o mundo de lutas (plano advers ário, ou diabólico). Repentinamente, "dão por falta" do Cristo, de quem perderam o contato. Aí come ça ansiosa busca entre parentes e conhecido (talvez voltando ao antigo hábito de orações a santos e guias). Mas não no encontram.


São então forçados a voltar a Jerusalém, a reingressar na "visão da paz", e só depois de algum tempo (três dias) de permanência nesse estado de meditação, é que o surpreendem novamente "no Templo", ou seja, no local sagrado onde habita a Centelha Divina: o coração, "templo de Deus", "Tabernáculo do Espírito Santo".


O intelecto e a intuição alegram-se ao reencontrá-lo, e o recriminam por haver desaparecido. A resposta é exata: "onde me encontraríeis, senão neste templo interior do coração, senão no que é de meu Pai"? Então, para que procurar? Já sabemos todos onde encontrá-lo.


Depois, mais firmes na fé, unidos mais do que nunca ao Cristo Interno, compreendem que deverão voltar ao "mundo" levando-o consigo, sem distrair-se com "parentes e conhecidos". Lidando no mundo sem perder contato com Deus em nossos corações. E é isso o que faz a intuição, que tudo percebeu, e "guardou tudo o que ocorreu em seu coração", em seu registro íntimo.


E no versículo final está resumida toda a ascensão sublime: Jesus progredia no tríplice aspecto: da individualidade (sabedoria), da personalidade (maturidade) e da divindade (benevolência = amor), não só em relação a Deus, como em relação aos homens. É o progresso que temos que perlustrar: avançar sempre, conquistando cada vez mais nos três campos.


SIMBOLISMO CÓSMICO


Acenamos (Visita dos Magos, 5 - O Astro) que O nascimento de Jesus passou a ser comemorado a 25 de dezembro, para conformar-se à data do "nascimento" do sol no solstício do inverno. Aprofundemos as observações - atentos a que estamos sempre referindo-nos ao hemisfério NORTE.


Jesus e comparado ao SOL (que exprime fogo, produzido pela fricção da madeira - era filho de u "carpinteiro" - e, qual o fogo, produz Luz). Eis algumas das datas escolhidas além dessa citada e seu cotejo com os fatos astronômicos:

1. - A concepção de Maria (Virgem) é colocada a 8 de dezembro, quando a constelação Virgo surge nos céus do hemisfério boreal, antes do solstício de inverno.


2. - Nove meses após, o nascimento de Mana é comemorado a 8 de setembro (signo de Virgo), quando a lua surge nessa constelação.


3. - A 25 de março, signo de Aries (Carneiro), festeja-se a anunciação (à concepção de Jesus), exatamente no início da primavera, estação da fecundação geral na Terra, quando em Roma se celebrava à festa de Anna Perenna (recordemos que, pela tradição a mãe de Maria era chamada Ana) ; Anna Perenna era representada pela lua, que se renovava todos os meses. No mês de março também eram comemoradas as concepções em Devanaguy (mãe de Krishna) e em Isis (mãe de Hórus).


4. - Três meses após, recorda-se a visita de Maria a Isabel, a 2 de julho, época em que Maria se oculta, para só reaparecer no nascimento de Jesus. Aí exatamente, no signo de Câncer (Carangueijo) a constelação de Virgo se oculta anualmente sob o horizonte do hemisfério norte, não sendo vista.


5. - A 25 de dezembro, signo de Capricórnio, após haver chegado ao horizonte a constelação de Virgo a 8 de dezembro, comemora-se o nascimento de Jesus (assim como o de Krishna, de Hórus e de Apolo), correspondendo a data à entrada do Sol no solstício do inverno (natalis Solis invicti). O hemisfério boreal celeste apresenta, nessa época, a seguinte configuração: aos pés de Virgo, a cabeça da constelação da Serpente ("a mulher te ferirá na cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar". GN 3:15). A oeste a constelação do Touro e de Orion, com suas três estrelas em fila, em direção a Virgo, representando os "três reis magos". Completa o quadro a constelação do Carneiro, que lembra a homenagem dos "pastores". E justamente o sol inicia sua nova eclíptica na constelação de Virgo (daí Jesus filho da Virgem Maria).


6. - O mês de maio era consagrado, entre os egípcios, a Isis, mãe de Hórus. e entre os romanos a Maia (donde tirou o nome) a deusa da fecundação primaveril do planeta, senão, por isso, entre eles, o mês preferido para os casamentos.


7. - Quando a Terra ingressou no signo de Aries, 2. 000 anos antes de Cristo, o sacrifício religioso típico era o do cordeiro, salientado também na festa da Páscoa. Na época de Jesus ingressou a Terra no signo de Peixes. A palavra "peixe", em grego ІΧΟΥΣ, contém as iniciais da frase "Jesus Cristo, filho de Deus. Salvador" (Іησους Χριστος θεου Υιος Σωτηρ) . E a figura do "peixe" simbolizou Jesus entre os primitivos cristãos. Com Sua vinda, cessaram também os sacrifícios cruentos de cordeiros: pedia-se aos que acreditavam Nele, que se sacrificassem, corrigindo seus vícios. E o ritual para indicar a mudança de vida, a passagem do "homem-velho" (signo de Aries) ao "homemnovo, signo de Peixes), era exatamente imitar a vida dos peixes, mergulhando dentro d’água (batismo). Aos apóstolos diz Jesus que os fará "pescadores de homens" MT 4:19, MC 1:17). E o batismo permaneceu na Terra durante toda a era dos Peixes, oficialmente, como símbolo de admissão na "barca" de Pedro.


LC 3:1-6

1. No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia. Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Felipe tetrarca da região da Itureia e Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene,


2. sendo sumos sacerdotes Anãs e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto.


3. E ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando o mergulho da reforma mental para a rejeição dos erros,


4. como está escrito no livro das palavras de Isaías: "Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas I veredas;


5. todo o vale será aterrado e todo monte e cuteiro será arrasado, os caminhos tortos far-se-ão direitos e os escabrosos, planos,


6. e todo homem verá a salvação de Deus". MT 3:1-6


1. Naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia:


2. "Reformai vosso pensamento, porque se aproxima de vós o reino dos céus".


3. Porque é a João que se refere o que foi dito pelo profeta Isaías: "Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas".


4. Ora, o mesmo João usava uma veste de pelo de camelo e uma correia em volta da cintura; e alimentavase de gafanhotos e mel silvestre.


5. Então ia ter com ele o povo de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a circunvizinhança do Jordão.


6. E eram por ele mergulhados no rio Jordão, confessando seus erros.


MC 1:1-6

1. Princípio da Boa Nova de Jesus Cristo.


2. Conforme está escrito no profeta Isaías: "Eis aí envio eu meti anjo ante a tua face, que há de preparar o teu caminho;


3. Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas",


4. apareceu João Batista no deserto, pregando o mergulho da reforma mental para a rejeição dos erros.


5. E saíam a ter com ele toda a terra da Judeia e todos os moradores de Jerusalém. e eram por ele mergulhados no rio Jordão, confessando seus erros.


6. Ora João usava uma veste de pelo de camelo e uma correia em volta. da cintura, e comia gafanhotos e mel silvestre.


Depois de adiantado o trabalho, já no capítulo 3. º, Lucas dá-nos finalmente apontamentos mais precisos para estabelecermos uma cronologia da vida de Jesus. Estudemos os vários dados históricos fornecidos. 1. º - "No 15. º ano do reinado de Tibério César"

Tibério sucedeu a Augusto, à morte deste, no dia 19 de agosto de 767 de Roma, 14 de nossa era (Dion, 56, 31). Nessa ocasião, assumiu o título de "César", e começou de fato a "reinar".


Segundo essa cronologia, o 15. º ano de seu reinado, na qualidade de César, ocorre de 19-8-28 a 19-8- 29 de nossa era (781 a 782 de Roma). O início da pregação de João ter-se-ia dado nesse ano de 28; o mergulho de Jesus (que contaria então 35 anos) teria ocorrido antes da Páscoa de 29, e sua morte na Páscoa (14 de nisan) do ano 31 de nossa era (784 de Roma) contando Jesus 37 anos de idade.


Há duas variantes na interpretação dessa data: a) diz-se que, de fato, Tibério foi "associado" ao governo de Augusto no ano 11 (764 de Roma).


No entanto, não usava o título de César, nem tampouco assumiu as rédeas do governo, porque não permaneceu em Roma. Com efeito, no ano 7 Tibério partiu para a Dalmácia, levando reforço de tropas a Germânico (Dion, 55, 31); no fim do ano 8 regressa a Roma (Dion, 56:11) aonde chega no início do ano 9, assistindo aos jogos triunfais em sua homenagem (Dion, 56, 1). Na primavera (maio), volta à Dalmácia (Suet., Tib., 16) dirigindo-se, no outono (outubro-novembro) ao Reno (Germânia). No ano 10 Tibério está novamente em Roma, e no dia 10 de janeiro faz a dedicação do Templo da Concórdia (Mommsen, Hist. Rom., 10, pág. 60). Logo após segue para o Reno, assumindo o comando das tropas romanas e passa nessa região todo esse ano e o ano 11 (Mommsen, Hist. RM 9, pág. 61) assim como o ano 12 (Hermann Shulz, Quaestiones Ovidianae, pág. 55). No ano 13 (Schulz, ibidem), em Roma, celebra a 16 de janeiro o triunfo pela guerra da Panonia, recebendo de Augusto, novamente, o poder tribunício sem limite de tempo (Dion, 65, 28). Nessa época e no início do ano 14, Augusto faz o recenseamento ajudado por Tibério (Suet., Oct. 27). A 19 de agosto de 14 Tibério assume o governo, começa a reinar no lugar de Augusto (Dion, 56, 29-31 e Suet., OCt., 100).


Nem para Roma, nem mesmo para as províncias, poderiam ser consideradas essas atividades de Tib ério, sobretudo extra urbem, como "reinado de Tibério César".


Esta 2. ª interpretação anteciparia todas as datas do Evangelho de dois anos, ou seja: a pregação de João e o mergulho de Jesus (que contaria 33 anos) seriam no ano 27, e sua morte no ano 29, tendo Jesus 35 anos (Cfr. Hieron., De Viris, 5; Catálogo Filocaliano e Libri Paschales do 5. º século, in Patrizi, De Evange1is, III, pág. 515).


Essa interpretação foi aceita pelo catolicismo romano, pois em 1929 comemorou com um "Ano Santo" o 19. º centenário da morte de Jesus.


b) Ponderam alguns estudiosos que o ano, na Síria, é computado a partir de 1. º de outubro. E raciocinam que talvez fosse considerado o primeiro ano do reinado o período de 19-8-14 a 1-10-14 (um mês e meio), sendo o período de 1-10-14 a 1-10-15 considerado como o segundo ano de reinado.


Essa interpretação daria um resultado intermediário às datas evangélicas, fixando-se a pregação de João e o mergulho de Jesus (que teria 34 anos) no ano 28, e Sua morte do ano 30 (tendo Jesus 36 anos). Cfr. Fouard, Vie de Jésus, II, pág. 445-448; Wieseler, Chronologische Synopse, pág. 334 e Cáspari, Einleitung, pág. 44; Pirot, Saint Jean Baptiste, pág. 123-127.


Difícil, porém, que um rápido período de pouco mais de um mês tivesse sido considerado como "Primeiro ano". 2. º - "Sendo Pôncio Pilatos Governador da Judeia"

Pôncio Pilatos foi nomeado "procurador" da Judeia, em substituição a Valério Grato, no ano 26 (Josefo, Ant. Jud., 18, 4, 2). No ano 36, Lúcio Vitélio, legado imperial na Síria, enviou Pilatos a Roma, por causa de acusações, cuja defesa não foi aceita por Calígula (Josefo, Ant. Jud., 18, 6, 10), que nomeou Marulo para substituí-lo. A cidade de residência dos procuradores romanos era Cesareia de Filipe. 3. º - "Herodes, tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da região de Itureia e Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene" O título de "tetrarca" havia muito não designava mais o governador de um reino dividido em quatro, tanto que Antônio conferiu esse título, em 41 A. C., a Herodes o Grande, governador único da Palestina.


Todavia, à morte deste (4 A. C.), a região resultou mesmo dividida em quatro partes, sendo seus governantes: I - Arquelau, filho de Herodes o Grande e da samaritana Maltace. Recebeu, com o título de "etnarca", a Judeia, a Iduméia e a Samaria. que ele governou só dez anos: em vista de sua crueldade, foi exilado no ano 6 de nossa era para a cidade de Viena nas Gálias. Por seu afastamento, seu território passou a ser governado pelo procurador romano.


II - Herodes Antipas (ou Antípater), irmão do precedente, foi feito herdeiro por seu pai, com o título de tetrarca da Galileia e da Peréia, que governou até cerca do ano 39, quando foi exilado com sua esposa Herodíades, por Calígula, para Lyon, nas Gálias, tendo falecido na Espanha (Josefo, Ant. Jud., 18,7,2).


III - Herodes Felipe, filho de Herodes o Grande com Cleópatra de Jerusalém, foi, de 4 A. C. até 32 A. D., tetrarca da Batanéia, Traconites, Auranítides, Gaulanítides e Panéias, cidade que ele reconstruiu com o nome de Casareia de Felipe. Lucas cita apenas as duas regiões extremas.


IV - Lisânias, filho de Lisânias I, que reconquistou sua tetrarquia à morte de Herodes o Grande, governando Abilene, no Anti-Líbano, a oeste de Damasco, limite extremo-norte do ministério de Jesus. 4. º - "Sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás"

Anás (Hannah ou Ananus) era sumo-sacerdote desde o ano 6 A. C. e foi deposto em 15 A. D. por Valério Grato, governador da Judeia, que nomeou em seu lugar Ismael, filho de Fabi; em 16, Eleazer, filho de Anás, sucede a Ismael; em 17 é sumo sacerdote Simon, filho de Kamit; e em 18 sucede-lhe José, chamado Caifás, genro de Anás. Caifás manteve o cargo ininterruptamente, até 36, quando foi deposto por Vitélio. Como sogro de Caifás, Anás ter-se-lhe-ia agregado, exercendo grande influência sobre ele, a ponto de Lucas citar os dois como Pontífices Supremos, quando, por lei, deveria haver um.


Entramos, agora, nos textos equivalentes dos sinópticos, com pequeníssimas variantes.


"Veio a João a palavra de Deus", ou seja, chegou-lhe a inspiração do Alto. O deserto de Judá (Juízes 1:16) estendia-se ao sul de Arad, a leste de Bersabé. Mas o deserto da Judeia era a planície de Jericó.


João vivera retirado, entre os essênios, dos quais guarda as características, inclusive o hábito da purifica ção pela água.


Havia três tipos de "ablução" entre os judeus: l. ª) as prescritas pela Lei Mosaica em LV 14:1-32 (em caso de lepra), em LV 15:1-33 (após as relações sexuais) e em LV 11:24-27 (após tocar um cadáver). 2. ª) os "batismos" (mergulhos) essênios, para iniciação de novos membros, que se tornavam "iniciados" ou "purificados" (catharói), 3. ª) O "batismo" dos prosélitos judeus, que vinham do paganismo, e que conhecemos através de uma discussão entre as escolas de Hillel e de Chamai, e que parece ter sido um rito bem firmado já um século antes de nossa era. No 1. º século de nossa era, por influencia da escola de Hillel, tornou-se o rito de iniciação por excelência.


João não permanece parado, mas percorre toda a circunvizinhança do Jordão, pregando "o mergulho da reforma mental".


A palavra "batismo" significa realmente "mergulho", e o verbo "batizar" tem o sentido exato de "mergulhar" . Não é possível outra interpretação, da letra que é bastante clara.


O termo vulgarmente traduzido por "arrependimento" (metánoia) tem o sentido preciso de "reforma mental" (metá e noús). Não é, pois, um arrependimento no sentido de "chorar o mal que praticou", mas sim a modificação radical dos pensamentos, da mente, e do comportamento: a reforma mental.


A expressão είς άφεσιν άµαρτιώυ, geralmente traduzida "para remissão dos pecados", tem, na realidade, o sentido de "’para rejeição dos erros", Com efeito άφεσις é rejeição, repúdio, afastamento; e
άµαρτιώ

ν tem o significado muito mais vasto que pecados": é o erro em geral, qualquer erro. Pelos demais textos do Novo Testamento, verificamos que esse é o melhor sentido para essa expressão.


Interessante observar que Mateus emprega constantemente (31 vezes) "reino dos céus", que nos demais evangelistas aparece como "reino de Deus" (que Mateus só usa 4 vezes). Ambas se equivalem.


Como o nome Inefável não devia ser pronunciado, a ele se substituía a palavra Céus, no plural (no hebraico, shamaim e no aramaico shemata só havia a forma do plural). Mateus, mais arraigadamente judeu, evitava o emprego do tetragrama, escrúpulo abandonado pelos outros escritores.


O texto é de Isaías (40:3), extraído dos Septuaginta, e em Lucas aparece mais completo 40:3-3. Isaías referia-se literalmente à intervenção de Ciro, com seu edito de 538 A. C., considerado um messias, por haver salvo os israelitas do cativeiro da Babilônia. Mas Lucas emite a primeira parte do versículo 5, que, completo, diz: "e a Glória de Yahweh se manifestará e toda carne (todo homem) juntamente o verá".


Marcos, sob o nome de Isaías cita no versículo 2 o texto de Malaquias (Malaquias 3:1), com o qual emenda a cita ção de Isaías.


O que diz Malaquias confirma que João Batista é a reencarnação de Elias. E as palavras de Isaías referem o que se costumava fazer para preparar o caminho dos reis que iam visitar as cidades de seu reino: tornar mais retas as veredas, aterrar os vales, aplainar os montes e outeiros, tirar as pedras do caminho, etc. Tudo isso pode ser interpretado moralmente, no sentido de preparar os homens para receber as verdades que Jesus viria pregar.


Mateus e Marcos dão-nos a descrição física do arauto. Usava uma veste de "pelo de camelo". A palavra veste compreende as duas peças principais, a túnica e o manto. A túnica era presa aos rins por um cinto de couro.


Esse era exatamente o trajo de Elias, que trazia um cinto de couro para. prender a túnica de pelo de camelo (2RS 1:7-8) e além disso levam-nos a confirmar a crença de que João era realmente essênio.


Quanto à alimentação, fala-se em gafanhotos e mel silvestre. Os beduínos e nômades de Amman e de Petra ainda hoje utilizam esse alimento casualmente: tiram a cabeça, as patas e as asas, assam o gafanhoto sobre brasas, e dizem que não é desagradável ao paladar.


Mateus afirma que muitos eram mergulhados, "confessando seus erros", coisa que se explica pela exaltação religiosa, não rara em movimentos de alto teor místico.


O estudo do simbolismo leva-nos a várias conclusões.


Em primeiro lugar verificamos que as anotações de datas e cronologias são dadas em relação a João, e não a Jesus. Com efeito, João representa a personalidade, que ainda está sujeita a tempo e espaço, ao passo que Jesus, a individualidade, transcende tudo isso e vive na eternidade sem datas e sem pontos de referência.


Anotemos de passagem o simbolismo de alguns dos nomes citados. Além de João (Yohânan = Yahweh é favorável), temos uma descrição rápida do ambiente em que João começou o ministério da pregação. O governador supremo o "César", era a figuração de Roma, representada pelo Rio Tibre (Tiber

—Tibérius) e seu representante, lançado como uma ponte (Pontius) armada (Pilatus = armado d "pila", uma arma romana), dominava a religião (Judeia = louvor a Deus); Herodes, o idumeu (edom = vermelho, sangue), domina a região fechada (coração, Galileia) e o amigo dos cavalos (Felipe) na região rude e árida (Traconites); mas aquele que dissipa a mágoa (Lisânias) governa a planície verdejante (Abilene). Como superiores religiosos oficiais a graça (Anás) dominado pelo opressor (Caif ás). Esse o painel confuso da Terra, quando a grande personalidade de João inicia sua missão de Precursor: uns poucos bem intencionados, mas a maioria vivendo, por ignorância, na maldade e no materialismo.


Nessa situação, vem ao arauto a "palavra de Deus (não se trata do Lagos, palavra ativa, principio criador, mas de REMA, palavra discursiva, articulada, que dá ordens), incitando-o a dar início à ação.


A personalidade não é influenciada pelo Logos, que apenas atua na individualidade (coração).


João (a personalidade) falava ainda no deserto de individualidades, exortando as criaturas ainda no lano animalizado à reforma mental, a fim de renunciarem à inferioridade e renascerem pela água, em nova personalidade (da mesma forma que o renascimento do corpo se efetua através do mergulho no líquido amniótico do ventre materno). O "mergulho", pois é um renascer simbólico, como se a criatura entrasse no ventre materno da Mãe Terra e de lá saísse purificado dos erros das existências anteriores, nova criança, homem renovado.


Todas as arestas precisam ser aparadas, os excessos amputados, as deficiências preenchidas, retificadas as veredas das intenções, afastadas as pedras, embotados os espinhos, para que a personalidade possa elevar-se, vendo a salvação que vem de Deus e atingindo assim, através do ingresso no "reino dos céus", isto é, do viver na individualidade, a capacidade de aprender os ensinos de Jesus.


Todos os que já estavam no plano do "louvor a Deus" (Judeia) e na "visão da paz" (Jerusalém) ouviam a voz a clamar e iam em busca do mergulho para o novo nascimento. Só quando a criatura atinge determinado grau de maturidade e que pode ouvir o apelo divino; porque toda reforma e toda melhoria em que vir de dentro para fora: o chamado deve ecoar no coração, para que este possa responder com honesta sinceridade.


lv 15:12
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 10
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 11:37-41


37. Tendo acabado de falar, pediu-lhe um fariseu que almoçasse com ele; e havendo entrado, reclinou-se à mesa.

38. Vendo isto, o fariseu estranhou, porque não se lavou antes do almoço.

39. O Senhor, porém, disse-lhe: "Agora vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas vosso interior está cheio de rapina e maldade 40. Insensatos, acaso quem fez o exterior não fez também o interior?

41. Dai, porém, em esmolas o conteúdo, e eis que todas as coisas são limpas para vós".



Este trecho, privativo de Lucas, arma o cenário de uma série de invectivas, em que Jesus demonstra toda a falsidade dos fariseus. escribas e doutores da lei, falando sem constrangimento, "resistindo-lhes na cara" (cfr. GL 2:11), com tal autoridade e firmeza, que ninguém ousou retrucar nem desmentir.


Vê-lo-emos no próximo capítulo.


"Um" fariseu. sem citação de nome, sem identificação possível, um dentre a grande coletividade, após ouvir-Lhe as palavras, pede que aceite almoçar em sua casa. Jesus acede. Entra-lhe no lar e reclina-se à mesa: o fariseu de estranhar; Jesus, o conhecido Rabbi, não fizera as abluções ritualísticas! Já o caso fora anteriormente discutido e explicado (cfr. MT 15:1-20; MC 7:1-23; vol. 4).


Essas abluções ritualísticas constituíam praxe rigorosa entre os fariseus (pharusim = separados), que as exageravam, exigindo-as de todos sem exceção, no trato diário, sempre que se chegavam à mesa; ao passo que o prescrito em LV 15:11-12 estabelece sua necessidade apenas para os homens vitimados por doença venérea. Todavia, de medo hipócrita de ser contaminados sem sabê-lo exigiam eles a ablução das mãos e de todos os recipientes que serviam à alimentação.


O Mestre vai direto ao assunto, mostrando que não é o recipiente físico material (prato ou copo) que necessitam de limpeza. mas o "interior", o âmago, o coração deles, que se revela, no entanto, cheio de" rapina e maldade". Jesus revela perceber que essa exigência rígida constitui um "transfert" psicológico, em que a criatura descarrega no objeto todo o peso da própria consciência, para com isso sentir-se aliviada. Com Sua frase franca, lançando-lhes em rosto o epíteto magistralmente escolhido e que se adapta de pleno ao caso: "insensatos"! (asynetoi, isto é, "sem inteligência").


São proferidas, a seguir, duas frases aparentemente enigmáticas: "quem fez o interior, também fez o exterior". É uma oposição entre duas coisas distintas mas que, pelo jogo psicológico, vinham a constituirse, no fundo, uma só: o interior dos homens e o exterior dos pratos, dos copos, dos recipientes, dos" vasos". Ora, a comparação é válida, mesmo no estilo escriturístico, conforme podemos verificar na literatura posterior, em que o "corpo" físico é considerado o "vaso" da alma, e o homem, o "vaso" da Divindade: "Esse (Paulo) é para mim um vaso de eleição" (AT 9:15); "será um vaso de honra, santificado e útil ao Senhor" (2. ª Tim. 2:21); "para que cada um de vós saiba possuir o vaso em santificação e honra" (1. ª Tess. 4:4); "temos esse tesouro em vasos frágeis" (2. ª Cor. 4:7).


A segunda frase é: "dai porém em esmolas o conteúdo (tà enónta) e todas as coisas são limpas para vós". Observamos o processo de superação dos convencionalismos, por meio do trabalho de doação de si. A interpretação corrente, que atribui a essas palavras o sentido de dar "o que está dentro dos pratos e copos" - ou, pior ainda, a tradução da Vulgata: quod súperest, "o que é supérfluo" - como se houvesse referência à doação de bens materiais ou alimentos, constitui uma distorsão da ideia básica, que vem sendo desenvolvida no contexto, ou seja, a oposição entre o exterior dos recipientes e o interior do homem. Conservando-se o mesmo teor interpretativo, verificamos que a doação em esmolas do "conteúdo" da criatura, de sua própria pessoa, de suas vibrações de amor desinteressado, em benefício "dos demais, fará que se esqueçam seus próprios problemas, anulando-se traumas e fobias, e promovendo a tranquilidade da paz interna, a única que pode garantir a pureza de todas as coisas: "tudo é limpo para os limpos" (Tito, 1:15).


A lição que se depreende deste trecho vem de encontro a muitas teorias esposadas por muitas seitas religiosas, sistemas filosóficos e mesmo doutrinas esotéricas.


A distinção estabelecida entre o "recipiente" e o "interior" faz-nos compreender, logo de início, que os termos são usados em sentido metafórico: trata-se do corpo, vaso do Espírito, que é seu interior. Com efeito, a "pureza legal" reteria-se unicamente ao corpo físico-denso: corrimentos, fluxos sanguíneos muliebres (menstruação) ou de ambos os sexos (hemorroidas), poluições seminais masculinas (espermatorreia), contatos sexuais com emissão espermática, ou seja, tudo o que estava ligado às partes genitais; ou então, aos casos de cadáveres, que também tornavam "legalmente impuros" os que deles tratavam ou neles tocavam. Tudo isso era, inclusive, extensivo aos que tivessem contatos com os próprios impuros ou com os objetos em que eles tocassem. Essas regras higiênicas tinham razão de ser: evitar o alastramento das doenças venéreas (pelo que também foram proibidas as carnes "remosas", isto é, causadoras de irritações cutâneas e dermatoses), e o perigo de contágio de enfermidades que pudessem ser transmissíveis, sobretudo depois da rápida deteriorização dos cadáveres no clima quente palestiniano. Daí serem "legalmente impuras" também as doenças julgadas contagiosas. Tudo, como vemos, relacionado com o corpo físico-denso.


Na realidade, já se falara antes da limpeza do coração (cfr. Salmo 23:4), na limpeza do mal (cfr. IS

1:16), na limpeza da alma (2CR 3:16). Essa a limpeza do interior a que se refere Jesus (cfr. MT 5:8) em oposição à outra.


E o que se deduz deste trecho é uma lição em que o Mestre demonstra que não é a limpeza de corpo que vale, mas a do Espirito. E justamente a tendência de muitas seitas é a de considerar "pecado" o ato físico, sem dar a devida importância ao Espírito, quando o oposto foi ensinado por Jesus: haja limpeza espiritual, que o ato físico pouca importância tem (cfr. 1. ª Cor. 7:9). Muito mais que o contato físico dos sexos, o que importa são os pensamentos a esse respeito (cfr. MT 5:28 e MT 15:19; MC 7:21). Não é o ato carnal que torna impuro: é a criação mental. De nada adianta guardar uma castidade física e nutrir pensamentos libidinosos. Será melhor realizar logo o ato e aliviar-se, que arder de desejos incontidos perdendo a paz espiritual, como afirmou Paulo aos coríntios (1CO 7:9).


A explicação dessa teoria é dada categoricamente: quem fez o exterior (Com os órgãos sexuais, para serem santamente usados, dentro do amor), também fez o interior, que se revela o único responsável, como guia do conjunto Homem. Não é bastante a pureza exterior; com maior razão, requer-se a interior.


De nada adianta lavar e purificar o exterior, o "recipiente", sem que o mesmo suceda com o" conteúdo", que precisa estar "limpo" de maldade e rapina.


Ora, o contrário da rapina e da maldade, é a generosidade e a bondade. Então, para combater os vícios primordiais da usura e do egoísmo, que "sujam" a criatura, o ideal será fazer a doação do próprio Espírito em atos de socorro, de iluminação, de conforto, de assistência. Quem organizar sua vida sem ambição egoísta, sem enclausuramento em si mesmo, mas aprender a dedicar-se integralmente ao próximo, com auto-doação plena, verá que tudo é puro para si, não apenas de pureza "legal", mas de pureza real, que nada consegue manchar.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Levítico Capítulo 15 do versículo 1 até o 33
  • As Emissões Anormais dos Homens (Lv 15:1-15)
  • Todas as emissões dos órgãos sexuais ocasionavam imundícia (3) cerimonial. As emissões físicas resultavam em impureza após o término da emanação ativa. Dizia res-peito não só ao indivíduo com o fluxo, mas também a todo aquele que o tocasse ou tocas-se algo em que o contaminado tivera contato íntimo. O valor higiênico desta legislação é evidente. Contudo, é difícil acreditar que esta legislação tivesse apenas propósitos sani-tários. Pelo que inferimos, as pessoas doentes não tinham lugar no Tabernáculo ou na comunidade de adoradores. Esta é mais uma ilustração do fato de que, no mundo do Antigo Testamento, era muito difícil ter êxito em fazer diferença entre o aspecto físico e o espiritual, entre o lado religioso e o puramente secular. A impureza higiênica tornava o homem inaceitável à comunhão íntima com Deus ou com as pessoas. Israel percebia que estes aspectos externos tinham significação interna.

    Para a purificação, o indivíduo impuro precisava lavar o corpo (10) ou qualquer coisa contaminada por ele, com exceção dos vasos de barro que tinham de ser quebra-dos (12). O imundo por fluxo tinha de contar sete dias (13) a partir da cessação da emissão anormal para se banhar e lavar as vestes. Limpo assim, ele deveria oferecer uma expiação do pecado (15; "oferta pelo pecado", ARA) e um holocausto de duas rolas ou dois pombinhos (14) para expiação (15). Fica claro que esta reconciliação não é moral, mas se trata de restauração social à comunidade religiosa.

  • As Emissões Sexuais Normais dos Homens (Lv 15:16-18)
  • A impureza destas emissões é semelhante ao caso precedente, exceto que não havia exigência de purificação. O tempo (esperar até à tarde) e a lavagem do corpo e da roupa eliminavam a impureza. Não devemos supor que esta impureza signifique algo que Deus proibiu. A única contaminação proibida a um israelita leigo era ter relação sexual com uma mulher menstruada. O ponto central nesta passagem é manter o "impuro" afastado do "santo". O perigo a ser evitado era contaminar o santo (note no v. 31 a referência a contaminar o Tabernáculo).

  • O Fluxo Menstrual Normal das Mulheres (15:19-24)
  • Este tipo de impureza é similar à da seção imediatamente precedente. O tempc; (em vez de até à tarde, aqui é de sete dias), o banho e a lavadura da roupa removem a impureza. Não há necessidade de sacrifício, visto que esta é função normal da vida da mulher. A sua imundícia (24) significa "a menstruação dela" (NVI; cf. ARA; NTLH).

  • Os Fluxos Sangüíneos Anormais das Mulheres (15:25-33)
  • Este problema é tratado basicamente da mesma maneira que o problema analisado no parágrafo inicial do capítulo. Sete dias (28) após a cessação do fluxo, a mulher tinha de se lavar a si e a suas roupas (o texto indica isto, embora não o declare). No oitavo dia (29), ela devia fazer as ofertas.

    Comparando este capítulo com a literatura paralela dos vizinhos pagãos de Israel, verificamos a que patamar ia a fé de Israel em contraste com a deles. Os conceitos de purificação e impureza cerimonial são comuns a Israel e seus vizinhos. É comum, tam-bém, o uso de lavagens e sacrifícios para a purificação. Na literatura não-bíblica, esta impureza estava relacionada aos demônios e poderes malignos. Os ritos purificatórios se tornavam questão de conflito com as forças do mal. Havia, portanto, necessidade de encantamentos e feitiços mágicos. Na Bíblia, não há sequer um rastro de semelhante conflito. Falta a aura de terror dos espíritos produtores de impureza. Só o Senhor deve ser temido. E a obediência humilde às suas leis sempre coloca o ser humano de volta ao ponto em que é possível a aproximação a Deus e a retomada do lugar do indivíduo na comunidade religiosa.

    Este capítulo dá mais notabilidade à história da cura da mulher com fluxo de san-gue (Mac 5:25-34). O fato de ela tocar em Jesus fala que ela possuía fé de não contaminá-lo. Jesus não sentiu necessidade de se lavar após ter sido tocado. Esta condição revela que, embora nascido sob a lei (Gl 4:4), Jesus transcendia as reivindicações da lei. Ele não estava preso por ela. Como os fariseus devem ter ficado admirados e enfurecidos por ele não se sentir contaminado pelo toque de uma mulher cerimonialmente imunda! Alguém maior que Moisés chegara!


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Levítico Capítulo 15 do versículo 1 até o 33
    *

    15.1-33

    Este capítulo aborda a questão da imundícia causada por emissões dos órgãos sexuais: (a) uma emissão masculina de longo prazo (p.ex., gonorréia: vs. 2-15); (b) emissões masculinas de curto prazo (vs. 16-18); (c) uma emissão feminina de curto prazo (menstruação, vs. 19-24); e (d) uma emissão feminina de longo prazo (vs. 25-30). O fato de que processos perfeitamente naturais, como o contato sexual (v. 18) ou como a menstruação viessem a tornar alguém imundo (isto é, incapaz de adorar) é algo surpreendente. Mas todos esses casos envolvem a perda de fluidos físicos (sangue ou sêmen) e qualquer perda de "fluidos da vida" sugeriam a morte e eram incompatíveis com a presença de Deus, que é vida perfeita.

    O Novo Testamento mostra-nos Deus, o doador da vida perfeita, encarnado em Jesus Cristo, curando aqueles que sofriam exclusão de sua presença sob essas regras do Antigo Testamento (Mt 9:20-22). O programa divino da redenção foi historicamente progressivo. As disposições da antiga aliança que nos parecem tão estranhas eram apenas lições de objeto, um "tutor" que aponta para a plena redenção realizada em Jesus Cristo (Gl 3:24,25).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Levítico Capítulo 15 do versículo 1 até o 33
    15:18 Este versículo não implica que o sexo seja sujo ou repugnante. Deus criou o sexo, tanto para o prazer dos casais casados, como para a continuação da raça e do pacto. Tudo deve ver-se e fazer-se com os olhos postos no amor e controle de Deus. O sexo não está separado da espiritualidade nem do cuidado de Deus. Deus está interessado em nossos hábitos sexuais. Tendemos a separar nossas vidas físicas e espirituais, mas existe um entrelaçamento inseparável. Deus deve ser o Senhor de todo nosso ser, incluindo nossas vidas privadas.

    15:32, 33 Deus está preocupado pela saúde, a dignidade da pessoa, a dignidade do corpo e a dignidade da experiência sexual. Seus mandamentos fazem um chamado às pessoas para que evite as práticas insanas e fomente as sões. O banho era a resposta física de saúde; ser desencardido ou limpo era a resposta espiritual de dignidade. Isto mostra o grande interesse de Deus no sexo e na sexualidade. Em nossos dias, o sexo foi degradado pela publicidade; converteu-se em um pouco de domínio público, não em uma celebração privada. Nos pede que tenhamos o sexo em alta estima, tanto para a boa saúde como para a pureza.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Levítico Capítulo 15 do versículo 1 até o 33
    f. Cleansing de descargas sexuais (15: 1-33)

    1 E o Senhor disse a Moisés ea Arão, dizendo: 2 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando alguém tem um problema fora de sua carne, por causa do seu fluxo será imundo. 3 E este será o seu imundícia por causa do seu fluxo: se a sua carne vasa o seu problema, ou se a sua carne estanca o seu fluxo, esta é a sua imundícia. 4 Toda cama sobre que aquele que tem o problema de se deitar, será imunda; e tudo sobre o qual se assenta, será imunda. 5 E qualquer que tocar na cama dele lavará as suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde. 6 E aquele que se sentar sobre aquilo em que aquele que tem a questão sáb lavará sua vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde. 7 E aquele que tocar na carne do que tem o fluxo, lavará as suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde. 8 E se ele que tem o fluxo cuspir sobre aquele que é limpo, então lavará as suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde. 9 o que sela soever E aquele que tiver o fluxo vai montado sobre, será imunda. 10 E todo aquele que tocar em alguma coisa que estava debaixo dele será imundo até a tarde; e aquele que dá essas coisas lavará as suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde. 11 E todo aquele em quem que tem o fluxo toca, sem ter lavado as mãos em água, lavará as suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde. 12 E o vaso de barro, que aquele que tem a questão toca, será quebrado; e todo vaso de madeira será lavado em água.

    13 E quando ele que tem o fluxo e ficar limpo do seu fluxo, contará para si sete dias para a sua purificação, e lavará as suas vestes; e banhará o seu corpo em águas vivas, e será limpo. 14 E no oitavo dia tomará para si duas rolas ou dois pombinhos, e virá perante o Senhor, à porta da tenda da congregação, e dar-lhes o sacerdote: 15 eo sacerdote oferecerá, um para oferta pelo pecado, eo outro para o holocausto, e o sacerdote fará expiação por ele diante do Senhor para a sua emissão.

    16 E se a semente de todo o homem da cópula sair dele, então ele deve banhar seu corpo todo em água, e será imundo até a tarde. 17 E toda vestidura, e toda a pele em que é a semente da cópula, deve ser lavado com água, e será imundo até a tarde. 18 A mulher com quem também um homem se deitar com sêmem, ambos se banhar em água, e será imundo até a tarde.

    19 E, se uma mulher tem um problema, e fluxo na sua carne for sangue, ficará na sua impureza por sete dias, e qualquer que nela tocar será imundo até a tarde. 20 E tudo o que ela se deitar em cima de sua impureza, será imundo:. tudo o que se sentar, será imundo 21 . E todo aquele que tocar na sua cama, lavará as suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde 22 E qualquer que tocar qualquer coisa que ela se assenta lavará as suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde.23 E, se for na cama, ou em qualquer coisa que ela se sentar, quando alguém tocar nele, será imundo até a tarde. 24 E, se qualquer homem se deitar com ela , e sua impureza estejam sobre ele, imundo será por sete dias; e cada cama que ele se deitar, será imunda.

    25 E, se a mulher tiver um fluxo de sangue por muitos dias fora do tempo da sua impureza, ou se ela tem um problema para além do tempo da sua impureza; todos os dias do fluxo da sua imundícia será como nos dias da sua impureza; ela é imunda. 26 Toda cama sobre que ela se deitar durante todos os dias do seu fluxo ser-lhe-á como a cama da sua impureza; e tudo sobre o qual ela se sentar será imunda, conforme a imundícia da sua impureza. 27 E qualquer que tocar nessas coisas será imundo, e lavará as suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde. 28 Mas se ela ficar limpa do seu problema, então ela deve contará para si sete dias, e depois que ela será limpa. 29 E no oitavo dia tomará para si duas rolas ou dois pombinhos, e os trará ao sacerdote, à porta da tenda da congregação. 30 E o sacerdote oferecerá um como oferta pelo pecado, eo outro para holocausto; e o sacerdote fará expiação por ela diante do Senhor para a questão da sua imundícia.

    31 Assim vós vos separar os filhos de Israel da sua imundícia, para que não morram na sua imundícia, contaminando o meu tabernáculo, que está no meio deles.

    32 Esta é a lei daquele que tem o fluxo e daquele de quem sêmem saía dele, de modo que se torna imundo; 33 e da que está doente com a sua impureza e daquele que tem o fluxo, de o homem e da mulher, e do homem que se deitar com ela que é impuro.

    Este capítulo trata da purificação dos impureza cerimonial ligado a emissões sexuais, tanto anormais e normais, de ambos os homens e mulheres. É útil considerar neste capítulo, juntamente com o capítulo 12 , que trata da impureza cerimonial ligado ao parto.

    Primeiro é discutido o ritual envolvido na limpeza de um homem de impureza ceremonal resultante de um anormal questão da sua carne ", em execução das rédeas," margin KJV; "Descarga", ASV; "Correndo descarga," Amplified Antigo Testamento (doravante AOT).

    Este problema aparentemente se refere a uma forma leve de gonorréia (v. Lv 15:3 , LXX); no entanto, a forma mais virulenta da doença conhecida hoje não apareceu até o AD século XV O homem assim afligido foi considerado impuro (v. Lv 15:2 ), e, embora não isolado, fora do acampamento, ele era, como todos os outros que estavam imundos não permitida-sob pena de morte, para assistir às reuniões religiosas no tabernáculo e não era fazer contato físico com outras pessoas. Na verdade, tudo o que ele tocou, se as pessoas ou coisas, tornou-se cerimonialmente contaminado (vv. Lv 15:4-12 ).

    Esta impureza que fez a vida tão difícil para ele próprio e outros prevaleceu desde que a doença persistiu. Se, no entanto, ele deve ficar curado da aflição, ele poderia ser cerimonialmente limpo e restaurado para uma vida normal por banhos cerimoniais em água de um riacho primavera ou em execução, lavando suas roupas, e oferecendo duas rolas ou dois pombinhos para a -sin oferta (4: 1-5: 13 ; 6: 24-30) e um holocausto (vv. Lv 15:13-15 ; 1: 1-17 ; 6: 8-13 ; Ez 36:25. ).

    O segundo tipo de impureza que trata este capítulo em causa qualquer homem que deve ter semente da cópula sair dele (ou seja, tem uma emissão normal dos outros do que no ato sexual sêmen). Esse homem seria cerimonialmente imundo até a tarde . Em seguida, a fim de ser aceitável para tomar o seu lugar novamente na sociedade, ele foi tomar banho privada e lavar os itens que ele tinha contactado durante a sua imundícia. Não há ofertas públicas foram exigidos.

    Uma terceira forma de impureza considerada aqui tinha a ver com uma mulher durante a sua descarga menstrual normal. Ela era considerada impura por sete dias. Sua limpeza foi obtida no final desse período por tomar banho e com a lavagem desses itens contactados durante sua imundícia. Não há ofertas públicas foram exigidos.

    A quarta forma de impureza em causa uma mulher que sofre uma descarga que não seja o do período menstrual (conforme Mt 9:20. ). Ela era considerada impura para a duração do tempo de uma descarga tais persistiu (conforme Ez. 36:17 ). Para tornar-se cerimonialmente limpo novamente depois que ela foi curada, ela deve fornecer dois pombos ou rolas ao sacerdote para uma oferta pelo pecado (4: 1-5: 13 ; 6: 24-30) e um holocausto (1: 1 -17 ; 6: 8-13 ).

    Nas regras estritas descritas neste capítulo houve benefícios de higiene e de saúde evidentes para os indivíduos e para a nação como um todo. Eles proibiram indulgências auto-destruir, hábitos estabelecidos de limpeza, e prendeu a contaminação da doença repugnante.

    Mas havia mais a estas regras que este. Enquanto a vida sexual normal em casas israelitas foi incentivado, as regras deste capítulo colocar restrições saudáveis ​​a todas as pessoas e estabeleceu a exigência de Deus para a pureza. Deus sabia que a fraqueza humana, e para ajudar seu povo a viver a vida pura Ele fez transgressão problemático, vergonhoso, e caro.

    Além disso, essas regras definidas Israel além dos povos pagãos sobre eles. Para os seus vizinhos não só viveu bastante sem restrições sexuais, mas muitos de seus ritos religiosos realmente envolvidos práticas licenciosas que incentivaram a imoralidade da ordem de mais vil.

    A impureza deste capítulo, um tipo de pecado, que nos ensinam que a pecaminosidade é contagiosa, que pessoas mal tendem a contaminar nada nem ninguém que tocam.

    A impureza falado neste capítulo foi uma coisa secreta que pode ser conhecido somente para a pessoa afetada. Isto sugere que os homens podem ser pecaminoso sem outros sabendo disso. "Pode haver uma vida muito correta exterior, e ainda um apreço de orgulho, e luxúria, e incredulidade, e uma pintura segredo das paredes com imagens, tanto incapacitando-nos para a sociedade ea pura e boa como qualquer maldade aberto e outbroken "Cleansing. é necessário para estes pecados secretos, tão certo como pelos pecados abertos.

    Seria também nos mostram que a atividade sexual disciplinada no casamento é bom e bom, mas que o sexo desenfreado pode ser desastroso. Nataniel Micklem comenta assim:

    Houve aqueles que buscaram a viver como se o sexual não tinha lugar em suas vidas. Isto leva ao desastre. Não menos desastroso é uma noção puramente materialista ou puramente físico do sexo. O homem não é nem um anjo, nem um animal, mas uma pessoa, compacto de corpo e alma em união indissolúvel enquanto durar a vida. ... A princípio orientador para os cristãos é que a natureza sexual do homem deve ser francamente reconhecido por ele e aceita, e também deve ser mantidos no devido lugar por reverência por sua natureza espiritual. "

    Há muito no Novo Testamento que fala com a atitude cristã apropriada em relação ao sexo. Lemos: "O matrimônio seja realizada em honra entre todos, eo leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará" (He 13:4. , Phillips).

    O evangelho não só nos ensina que Deus exige pureza em obras, mas que Ele também exige pureza de pensamento e desejo (Mt 5:27 ).

    As emanações cerimonialmente contaminantes do corpo humano que tornou a participação impossível no tabernáculo onde Deus se encontrou com o Seu povo, nos lembram da vileza angustiante que flui para fora do coração não regenerado que nos mantém longe de Deus. O apóstolo Paulo falou sobre isso quando ele escreveu: "Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum" (Lv 7:18 Rom. ; conforme Mt 12:34. , Mt 12:35 ; Gl 5:19 ). Essa impureza espiritual inerente nos leva naturalmente para longe do Deus santo e nos envolve em atos de desobediência à Sua lei. Essa impureza torna impossível para nós se aproximar de Deus e viver em seu favor. Para Deus vê não só os nossos pecados de ação, mas também a profanação do nosso ser interior. Mas ele tem em seu amor vir para o nosso lado. Ele tem em Cristo previsto para o perdão de nossas transgressões e nossa regeneração (1Co 15:3 , Jo 1:13 ). Ele também forneceu em Cristo para a limpeza longe do princípio pecado inerente (At 15:9 ). Assim é que, em Cristo, podemos não só ser salvos de nossos pecados, mas podemos ser santificados, purificados de nossos pecados (conforme I João 1:7 ).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Levítico Capítulo 15 do versículo 1 até o 33
    15:1-3 Certos fluxos do corpo eram normais, mas causavam impureza cerimonial. Outros fluxos eram anormais e indicavam doenças. As doenças venéreas eram usualmente transmitidas através das relações sexuais promíscuas, sendo, pois, claramente associadas ao pecado.
    15.2 Fluxo. Heb zãbh do verbo zübh "fluir" tão comum na expressão: que mana mel e leite" (20.24), aqui se refere ao fluxo menstrual ou seminal. A mesma raiz produz a palavra zôbh, também traduzida "fluxo" (na segunda ocorrência neste versículo), que se refere a alguma impureza que a Septuaginta traduz "gonorréia", doença conhecida desde a antigüidade mais remota, sendo tão antiga como o pecado que a produz.

    15.3 O homem continuava a constar como imundo até que, fisicamente curado, era também cerimonialmente purificado, 13-15.
    15:4-12 Regulamentava-se o isolamento completo para essas pessoas doentes.
    15.7 Três mandamentos para aqueles que tocassem numa pessoa com fluxo:
    1) Lavar suas roupas 5-11;
    2) Banhar seu corpo, 11;
    3) Permanecer imundo até a tarde, isto é, passar o resto do dia observando a separação exigida pela impureza cerimonial e física, 13 45:46 (Nota).
    15.8 Cuspir sobre alguém era um costume oriental que demonstrava desprezo, expressando um insulto (Nu 12:14; Dt 25:9; 30:10; Is 50:6; Mt 26:67), Até a tarde. Isto significava a imundície cerimonial até ao poente, que era o fim do dia israelita. Durante esse tempo de imundície, a pessoa não podia oferecer sacrifício algum.

    15.9 Sela. Heb merkabh, lit. "algo para sentar-se", traduzido "carro" em 1Rs 4:26, e "assento" em Ct 3:10. A forma significa "carro".

    15.12 Vaso de barro. Estes vasos porosos retinham a sujeira e deixavam os germes se desenvolverem; haveria muito mais facilidade em lavar e purificar os vasos de madeira e de metal, conforme 6.28 (Nota).

    15.13 Águas correntes. Excelente, profilaxia contra as bactérias.

    15.17 Pele. Estas peles cabeludas eram os assentos e os colchões do povo.

    15:25-27 Os hebreus tinham sido abençoados com uma revelação particular e específica de Deus, e por isso mesmo, somente a Ele podiam prestar culto. A impureza moral separa o adorador do seu Deus. A impureza física, sem ser estritamente pecado, certamente não podia ser classificada como santidade e, além disso, sugere o pecado. Nunca se deve esquecer do fato de estarmos adorando o Deus da santidade; era esta a razão de ser destes sacrifícios de purificação.
    15.31 Estas leis tinham como objetivo principal gravar nas mentes dos israelitas a necessidade da reverência para com o santuário de Deus. Para que o culto prestado a Deus lhe fosse aceitável, era necessário uma grande prudência religiosa, para andar em pureza de coração e santidade de vida. Estas leis faziam os adoradores compreenderem seu papel de pecadores neste mundo transitório, tão cheio de tentações e de corrupção, e que por isto mesmo sempre haveria a necessidade da misericórdia divina, do perdão através da grande expiação que se prefigurava em todos esses sacrifícios e purificações.
    15.32 Fluxo. Heb zôbh, o segundo dos sentidos mencionados no v. 2n.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Levítico Capítulo 15 do versículo 1 até o 33

    5)    Fluxos (15:1-33)

    Os v. 1-15 tratam de fluxos de um tipo doentio no caso de homens; os v. 16ss, de um tipo normal. Os v. 19-24 tratam de fluxos menstruais normais, enquanto os v. 25-30 ocupam-se com fluxos de natureza anormal no caso de mulheres. Somente nos casos de anormalidade exigia-se um sacrifício (v. 14,15,29,30). v. 12. Conforme 11:32-38. Os v. 13ss prescrevem o curso a ser seguido depois que se normalizou a situação. E necessário que se observe um período de sete dias antes que se possa apresentar uma oferta pelo pecado e um holocausto e se faça então um novo começo (v. 15); da mesma forma nos v. 28ss v. 19. Conforme 12.2. v. 25ss Conforme Mc 5:25-41.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Levítico Capítulo 11 do versículo 1 até o 33

    C. As Leis da Pureza. 11:1 - 15:33.

    Os meios de manutenção e restauração da pureza cerimonial são apresentados nos capítulos seguintes. As instruções referem-se ao comer da carne dos animais, contato com os mortos (tanto seres humanos como animais), parto e imundícia das pessoas, vestimentas, mobiliário e casas. Embora um dos resultados de todos esses regulamentos fosse a preservação da saúde, não é a mesma coisa que dizer que a preservação da saúde fosse a motivação. As leis não podem ser assim racionalizadas. Em todas as nações e religiões da antiguidade encontra-se um contraste divisório entre a pureza e a imundícia de certas criaturas, substâncias e situações. Havia uma propriedade relacionada com algumas e uma impropriedade relacionada com outras. Não se declara nenhuma razão para tal especificação e ao que parece não havia necessidade disso. Não muitas destas restrições se aplicam aos dias de hoje, mas podem ser lidas com interesse e pode-se reconhecê-las como regulamentos que ajudavam a manter tanto a saúde física de Israel quanto, ao mesmo tempo, separála na qualidade de nação diferente das outras nações idólatras ao seu redor.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Levítico Capítulo 15 do versículo 1 até o 33
    d) Purificação dos corpos (Lv 15:1-33).

    Como este capítulo aborda problemas sexuais, deve por isso relacionar-se com o cap. 12 e interpretar-se à luz dos mesmos princípios. Há a considerar os casos normais e os anormais, embora em ambos se registre a impureza dos corpos. Mas nos primeiros, essa impureza perdura até ao pôr do sol, sendo afastada com lavagens, enquanto nos segundos se prolonga por sete dias, após o total restabelecimento da saúde. Segue-se a oferta de duas aves, uma pelo pecado, outra em holocausto, quer se trate da impureza do homem, quer na mulher (14 e segs.; 29 e segs.; cfr. Lv 5:7-10). Em qualquer dos casos, todavia, o sacerdote fará expiação por meio de sacrifícios. E seja qual for a natureza da impureza, todo aquele que contactasse com pessoas ou coisas impuras purificar-se-ia por meio de banhos, lavando ao mesmo tempo os vestidos, mas seria "imundo" apenas até à tarde (22).

    A Lei de Moisés refere-se ainda, a um certo número de doenças, não mencionadas aqui (cfr. Lv 26:16 e segs.; Dt 28:22 e segs.), talvez por não querer relacioná-las com a impureza. Quanto a outras deformidades físicas cfr. Lv 21:16 e segs.; Dt 23:1. As palavras "assim separareis" (31) supõe-se dizerem respeito às impurezas mencionadas no cap. 15, a julgar pelo que se segue nos vers. 32 e segs. Mas podem apropriadamente aplicar-se a todas as impurezas a que fazem alusão os caps. 11-15.


    Dicionário

    Barro

    substantivo masculino Terra vermelha, amarela ou branca, composta principalmente de alumina e sílica, que é utilizada na fabricação de telhas, tijolos, vasos, potes etc.
    Argila, greda.
    Figurado Coisa insignificante, de pouco valor.
    substantivo e masculino plural Espinhas, borbulhas no rosto.

    Era de várias espécies o barro, usado para edificação (*veja Tijolo), e para obra de olaria (is 29:16 – 45.9, etc„Rm 9:21). Também se usava o barro para selar (38:14) – o túmulo de Jesus Cristo parece ter sido assim selado (Mt 27:66). A prática de selar portas por meio do barro, com o fim de facilitar a descoberta de qualquer ato ilícito, é ainda hoje comum no oriente. o barro era uma substância relativamente rara, especialmente na Palestina, e tinha mais ou menos valor segundo a sua qualidade. A sua preparação acarretava grande trabalho, sendo amassado e pisado debaixo de água, para o tornar perfeitamente macio e livre de impurezas (is 41:25). o barro era, então, no seu estado macio, absolutamente obediente à mão do oleiro que lhe dava a forma que entendia. Acontecia, também, ser desfeito um objeto para lhe darem outro feitio (is 64:8Jr 18:4).

    Fluxo

    substantivo masculino Designação do que se movimenta de modo contínuo.
    Movimentação daquilo que segue seu curso: fluxo de pessoas.
    Economia Numa empresa, a movimentação de pagamentos e recebimentos; seu plano financeiro; sua receita líquida: fluxo de caixa.
    Abundância do volume de águas, causada pelo excesso das chuvas.
    Movimentação excessiva de algo ou de alguém: fluxo de clientes.
    Quantidade exagerada; superabundância: fluxo de pessoas.
    Movimento do mar quando ele se aproxima e se afasta da praia.
    Figurado Sucessão de situações, acontecimentos, ideias, ações ou fatos: fluxo de viagens; fluxo de pensamento.
    Etimologia (origem da palavra fluxo). Do latim fluxus.us.

    Fluxo Escorrimento de um líquido (Lev 15:2-15:2) 5-30; (Mt 9:20), RC).

    Lavado

    adjetivo Que foi limpo por meio de banho ou lavagem; asseado: o carro foi lavado ontem.
    Por Extensão Livre de peso, incômodo ou preocupação, sem obstruções; desimpedido, aliviado, livre: de alma lavada.
    Que possui água em excesso, muito molhado; encharcado, ensopado: o campinho ficou lavado depois da chuva.
    Diz-se de cor ou tinta bastante diluída em água; fraco, ralo: pintou o quarto de azul lavado.
    Por Extensão Diz-se da cor da pelagem de alguns mamíferos, em especial dos cavalos, quando parece desbotada: a pelagem do alazão é um preto lavado.
    Figurado Que diz o que pensa; franco, aberto: de cara lavada.
    substantivo masculino [Medicina] Amostra de células, secreções e moléculas coletada após a lavagem de uma cavidade do organismo com o objetivo de ajudar no diagnóstico de uma doença: o lavado traqueal fornece informações diagnósticas importantes.
    [Gíria] Meio litro de vinho.
    Etimologia (origem da palavra lavado). Part. de lavar.

    Madeira

    substantivo feminino Parte lenhosa das árvores, constituída de fibras e vasos condutores da seiva bruta, e aproveitada em construção e trabalhos de carpintaria e marcenaria.
    Madeira de lei, a que, por ser mais rija e mais resistente ao tempo e ao cupim, se emprega em construções de envergadura (vigamento das casas, mastreação e cascos de navios) e móveis. (As mais comuns madeiras de lei são o carvalho, o cedro, o jacarandá, o mogno, o gonçalo-alves, o pau-marfim, a sucupira, a peroba.).
    Madeira-branca, V. MADEIRA-BRANCA.

    Quebrado

    adjetivo Feito em pedaços; partido, fragmentado, fraturado.
    Figurado Arruinado, falido; sem dinheiro, pronto.
    Alquebrado, abatido.
    Quebrado da boca, diz-se do cavalo dócil ao freio.

    quebrado adj. 1. Que se quebrou; separado em dois ou mais pedaços; fragmentado, partido. 2. Interrompido, rompido. 3. Violado por transgressão; infringido. 4. Co.M Que abriu falência. 5. Oprimido. 6. Exausto de forças. 7. Que sofre de hérnia. S. .M 1. Parte de uma unidade ou de um número inteiro. 2. Arit. Fração. 3. Indivíduo falido. S. .M pl. Dinheiro trocado.

    Sera

    abundância

    Será

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

    (Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).


    Tem

    substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
    Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
    Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.

    Tocar

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Tocar em alguma coisa; pôr a mão em; pegar, apalpar: tocar uma flor; tocar com as mãos; produtos expostos, por favor, não tocar.
    verbo transitivo direto , bitransitivo, transitivo indireto e pronominal Colocar-se em contato com alguém; encontrar: minhas mãos tocaram nas dela; nossos lábios se tocaram.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e pronominal Mencionar algo ou alguém; referenciar: tocar num assunto delicado; tocar no cerne da questão; argumentos que não se tocam.
    verbo transitivo direto Atingir com um golpe de espada ou florete: tocar no adversário.
    Incitar usando alguma coisa, geralmente um chicote, espora etc,: tocar o rebanho.
    Expulsar pessoas ou animais de um lugar: tocar o cão para fora de casa.
    Estar próximo ou se aproximar de; atingir: suas mãos tocaram o céu.
    Confinar, estar junto de: minha casa toca com a dele.
    [Música] Executar um trecho de música: tocar uma valsa.
    Obter como incumbência, responsabilidade: à filha tocava a direção das empresas.
    [Popular] Seguir com algo; progredir: queria tocar a empresa da família.
    verbo transitivo indireto Alcançar um dado ponto, geralmente um limite: as demissões tocaram aos funcionários.
    Fazer parte de; pertencer: tocou ao filho as dívidas do pai.
    Ter relação com; dizer respeito: minha vida não toca a ninguém.
    Dar uma opinião quando não questionado; intrometer-se: minha ideologia não toca na sua.
    verbo transitivo direto e transitivo indireto [Náutica] Passar pelo porto no decorrer de uma viagem: o navio tocará Olinda amanhã; o cruzeiro tocaria no Rio de Janeiro antes de partir.
    verbo intransitivo e pronominal [Popular] Seguir numa determinada direção; andar: tocou o caminhão morro acima; tocou-se para outro país.
    verbo transitivo direto e intransitivo [Música] Tirar sons de um instrumento musical: tocar violino; parou a aula porque não sabia tocar.
    Dar aviso ou sinal por meio de toque ou som: vamos para a aula, que já tocou o fim do recreio; a sirene hoje não toca.
    verbo intransitivo Expressar por meio do som, de toques, avisos: o relógio hoje não tocou.
    Impressionar, comover: sua desgraça muito me tocou.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Ligar para alguém: tocar o telefone; estou esperando o telefone tocar.
    verbo pronominal Encontrar-se, aproximar-se, pôr em contato: os extremos se tocam.
    Ficar ofendido com alguém; melindrar-se: tocava-se com as injustiças sociais.
    [Popular] Passar a entender, a perceber: menino que não se toca, meu Deus!
    [Popular] Demonstrar interesse por; querer saber ou se importar: ainda não se tocou sobre o divórcio.
    [Popular] Estar ligeiramente bêbado: essa cerveja já me tocou!
    expressão Estar tocado. Estar embriagado.
    Tocar na honra (de alguém). Falar mal de alguém.
    Pelo que me toca. Pela minha parte, por mim.
    Etimologia (origem da palavra tocar). De origem onomatopeica, provavelmente por influência do latim toccare.

    tocar
    v. 1. tr. dir. Aproximar (um corpo) de (outro). 2. tr. dir. e tr. ind. Pôr a mão em; apalpar, pegar. 3. tr. dir. e tr. ind. Pôr-se em contato com; roçar e.M 4. pron. Geo.M Ter um ponto comum de contato. 5. pron. Encontrar-se, pôr-se em contato. 6. pron. Aproximar-se, identificar-se, unir-se. 7. tr. dir. Bater em (o animal) para o fazer andar;chicotear, esporear. 8. tr. dir. Conduzir, espantar de um lugar para outro. 9. tr. dir. Atingir, chegar a. 10. tr. dir. Confinar com, estar contíguo a, estar junto de. 11. tr. dir. e Intr. Fazer soar, assoprando, tangendo ou percutindo. 12. Intr. Produzir música, executar peças musicais. 13. tr. dir. Dar sinal ou aviso por toques. 14. tr. dir. Executar em instrumento. 15. tr. dir. e tr. ind. Náut. Fazer escala e.M 16. tr. dir. e tr. ind. Mencionar, referir. 17. tr. ind. Caber por sorte; pertencer. 18. tr. ind. Dizer respeito a, interessar a. 19. tr. ind. Competir, pertencer. 20. tr. dir. e tr. ind. Causar abalo a; comover, sensibilizar. 21. Pr

    Vaso

    substantivo masculino Recipiente côncavo, para líquidos, sólidos, flores etc.
    Navio de grandes proporções, geralmente de guerra.
    O mesmo que urinol.
    [Anatomia] Canal em que circula o sangue ou a linfa. (Distinguem-se três espécies de vasos: as artérias, os capilares e as veias.).
    Botânica Tubo condutor da seiva bruta.
    [Física] Vasos comunicantes, conjunto de vasos interligados, nos quais um líquido se eleva à mesma altura, qualquer que seja a forma de cada um deles.

    os hebreus tinham muitas formas deste objeto. Além do simples vaso de barro ou de metal, havia a panela para cozer carne (Êx 16:3). outras vezes trata-se de uma grande bacia, também empregada para lavar (Sl 60:8). outra palavra traduzida por vaso, era o “cheres”, que se usava para cozer qualquer coisa em fogo lento (Ez 4:9). o “dud” era outro utensílio de cozinha. o “saph” (Êx 12:22) era empregado para encerrar o sangue com que eram aspergidas as ombreiras das portas. o “kiyyor” (Êx 30:18) era uma pia de lavar. Mas tanto o kiyyor como o saph eram termos com que se designavam os vasos usados no ritual religioso. (*veja olaria.)

    Vaso
    1) Objeto próprio para conter líquidos (1Sm 10:1; At 1:7).


    2) Figuradamente: a) Pessoa física (1Pe 3:7, RC). b) Pessoa que recebe o castigo de Deus (Rm 9:22;
    v. NTLH) ou a sua misericórdia (Rm 9:23). c) Pessoa como instrumento de Deus (Rm 9:21; 2Co 4:7).


    água

    substantivo feminino Líquido incolor, sem cor, e inodoro, sem cheiro, composto de hidrogênio e oxigênio, H20.
    Porção líquida que cobre 2/3 ou aproximadamente 70% da superfície do planeta Terra; conjunto dos mares, rios e lagos.
    Por Extensão Quaisquer secreções de teor líquido que saem do corpo humano, como suor, lágrimas, urina.
    Por Extensão O suco que se retira de certos frutos: água de coco.
    Por Extensão Refeição muito líquida; sopa rala.
    [Construção] Num telhado, a superfície plana e inclinada; telhado composto por um só plano; meia-água.
    [Popular] Designação de chuva: amanhã vai cair água!
    Botânica Líquido que escorre de certas plantas quando há queimadas ou poda.
    Etimologia (origem da palavra água). Do latim aqua.ae.

    Água Líquido essencial à vida, o qual, por sua escassez, é muito valorizado na Palestina, onde as secas são comuns. Para ter água, o povo dependia de rios, fontes, poços e cisternas (Is 35:6).

    Água Ver Ablução, Batismo, Novo nascimento.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Levítico 15: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E o vaso de barro, que tocar o que tem o fluxo, será quebrado; porém, todo o vaso de madeira será lavado com água.
    Levítico 15: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1445 a.C.
    H2100
    zûwb
    זוּב
    correr, emanar, brotar, descarregar
    (flowing)
    Verbo
    H2789
    cheres
    חֶרֶשׂ
    pedras
    (stones)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3627
    kᵉlîy
    כְּלִי
    artigo, vaso, implemento, utensílio
    (jewels)
    Substantivo
    H4325
    mayim
    מַיִם
    água, águas
    (of the waters)
    Substantivo
    H5060
    nâgaʻ
    נָגַע
    tocar, alcançar, bater
    (shall you touch)
    Verbo
    H6086
    ʻêts
    עֵץ
    árvore, madeira, tora, tronco, prancha, vara, forca
    (tree)
    Substantivo
    H7665
    shâbar
    שָׁבַר
    quebrar, despedaçar
    (to break)
    Verbo
    H7857
    shâṭaph
    שָׁטַף
    lavar, enxaguar, transbordar, engolfar
    (and rinsed)
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula


    זוּב


    (H2100)
    zûwb (zoob)

    02100 זוב zuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 534; v

    1. correr, emanar, brotar, descarregar
      1. (Qal)
        1. correr, manar
        2. morrer, definhar (fig.)
        3. escorrer (do fluxo de mulher), ter um fluxo, fluxo
        4. corrimento (particípio)

    חֶרֶשׂ


    (H2789)
    cheres (kheh'-res)

    02789 חרש cheres

    uma forma colateral mediando entre 2775 e 2791; DITAT - 759a; n m

    1. louça de barro, potes de barro, caco de barro, vaso de barro

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    כְּלִי


    (H3627)
    kᵉlîy (kel-ee')

    03627 כלי k eliŷ

    procedente de 3615; DITAT - 982g; n m

    1. artigo, vaso, implemento, utensílio
      1. artigo, objeto (em geral)
      2. utensílio, implemento, aparato, vaso
        1. implemento (de caça ou guerra)
        2. implemento (de música)
        3. implemento, ferramenta (de trabalho)
        4. equipamento, canga (de bois)
        5. utensílios, móveis
      3. vaso, receptáculo (geral)
      4. navios (barcos) de junco

    מַיִם


    (H4325)
    mayim (mah'-yim)

    04325 מים mayim

    dual de um substantivo primitivo (mas usado no sentido singular); DITAT - 1188; n m

    1. água, águas
      1. água
      2. água dos pés, urina
      3. referindo-se a perigo, violência, coisas transitórias, revigoramento (fig.)

    נָגַע


    (H5060)
    nâgaʻ (naw-gah')

    05060 נגע naga ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 1293; v

    1. tocar, alcançar, bater
      1. (Qal)
        1. tocar
        2. bater
        3. alcançar, estender
        4. ser machucado
          1. ferido (particípio)
      2. (Nifal) ser ferido, ser derrotado
      3. (Piel) golpear
      4. (Pual) ser ferido (por doença)
      5. (Hifil) fazer tocar, alcançar, aproximar, chegar
        1. levar a tocar, aplicar
        2. alcançar, estender, atingir, chegar, vir
        3. aproximar (referindo-se ao tempo)
        4. acontecer (referindo-se ao destino)

    עֵץ


    (H6086)
    ʻêts (ates)

    06086 עץ ̀ets

    procedente de 6095; DITAT - 1670a; n m

    1. árvore, madeira, tora, tronco, prancha, vara, forca
      1. árvore, árvores
      2. madeira, gravetos, forca, lenha, madeira de cedro, planta de linho

    שָׁבַר


    (H7665)
    shâbar (shaw-bar')

    07665 ברש shabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 2321; v.

    1. quebrar, despedaçar
      1. (Qal)
        1. quebrar, arrombar ou derrubar, destroçar, destruir, esmagar, extinguir
        2. quebrar, romper (fig.)
      2. (Nifal)
        1. ser quebrado, ser mutilado, ser aleijado, ser arruinado
        2. ser quebrado, ser esmagado (fig)
      3. (Piel) despedaçar, quebrar
      4. (Hifil) irromper, dar à luz
      5. (Hofal) ser quebrado, ser despedaçado

    שָׁטַף


    (H7857)
    shâṭaph (shaw-taf')

    07857 שטף shataph

    uma raiz primitiva; DITAT - 2373; v.

    1. lavar, enxaguar, transbordar, engolfar
      1. (Qal)
        1. transbordar
        2. fluir, correr
        3. enxaguar ou lavar
      2. (Nifal) ser arrastado, ser lavado
      3. (Pual) ser enxaguado, ser esfregado e enxaguado

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)