Enciclopédia de Levítico 2:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lv 2: 8

Versão Versículo
ARA E a oferta de manjares, que daquilo se fará, trarás ao Senhor; será apresentada ao sacerdote, o qual a levará ao altar.
ARC Então trarás a oferta de manjares, que se fará daquilo, ao Senhor; e se apresentará ao sacerdote, o qual a levará ao altar.
TB Levarás a Jeová a oferta de cereais, que se faz destas coisas; e será apresentada ao sacerdote, o qual a levará ao altar.
HSB וְהֵבֵאתָ֣ אֶת־ הַמִּנְחָ֗ה אֲשֶׁ֧ר יֵעָשֶׂ֛ה מֵאֵ֖לֶּה לַיהוָ֑ה וְהִקְרִיבָהּ֙ אֶל־ הַכֹּהֵ֔ן וְהִגִּישָׁ֖הּ אֶל־ הַמִּזְבֵּֽחַ׃
BKJ E tu trarás ao SENHOR a oferta de alimento, que se faz destas coisas; e quando for apresentada ao sacerdote, ele a trará ao altar.
LTT Então trarás a oferta de alimentos, que se fará daquilo, ao SENHOR; e se apresentará ao sacerdote, o qual a levará ao altar.
BJ2 Levarás a Iahweh a oblação que assim for preparada. Será apresentada ao sacerdote, que a aproximará do altar.
VULG quam offerens Domino, trades manibus sacerdotis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Levítico 2:8

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Levítico Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
2. A Lei da Oferta de Manjares (2:1-16)

a) As providências básicas (2:1-3). A oferta de manjares era um oferecimento de farinha ou cereais bem moídos (1). A palavra hebraica (minchah) denota uma dádiva ou oferta em geral. É usada em Gênesis 4:3 para descrever a oferta de Caim, mas em Gênesis 33:10 é usada para se referir ao presente de Jacó a seu irmão. Em Juízes 3:15-18, é usada para aludir a tributo. Quando a palavra é empregada com relação a sacrifício, transmite o significado geral de algo dado a Deus ou o significado mais restrito, encon-trado aqui, de oferta de grãos ou de cereais. Tal oferta era o resultado do trabalho huma-no e da fecundidade da terra. Representava a consagração a Deus do fruto do trabalho realizado pela pessoa.

A oferta era voluntária, como está implícito pela frase quando alguma pessoa oferecer oferta de manjares. É comum a oferta de manjares ser apresentada no Antigo Testamento como oferta que acompanha os sacrifícios de animais (Nm 15:1-6). O ritual aqui é apropriado para esta oferta dual e para a apresentação de uma oferta de cereais sozinha.

A oferta de manjares podia estar crua (1-3) ou cozida (4-16). Se estivesse crua, era acompanhada por azeite (óleo) e incenso (2). O óleo era parte vital da alimentação diária dos antigos hebreus. Nesta condição, no Antigo Testamento representa alegria, nutrição e prosperidade. A palavra hebraica (shemen) significa "gordura, corpulência, fertilidade, riqueza". Note o uso da palavra em Deuteronômio 32:13; 29:6 e Isaías 61:3. Micklem sugere que simbolizava "poder estimulante e santificador".9 Consideran-do esta ligação com a unção dos sacerdotes e o uso com o candelabro de ouro, Allis julga que indicava "a presença graciosa do Espírito Santo na iluminação e santificação"." A presença oportuna do Espírito Santo na obra e na adoração do crente é, sem dúvida, o que o torna aceitável a Deus.

O incenso era uma resina aromática de cor amarelo-claro, de gosto amargo, mas de perfume muito agradável. Era ingrediente usado no santo óleo da unção (Êx 30:34), como incenso (Jr 6:20), queimado como perfume (Ct 3:6), oferecido com o pão da proposi-ção (24,7) e presenteado a Cristo como dádiva inestimável (Mt 2:11). Erdman afirma que caracterizava oração e louvor.' Por certo, há base bíblica para a noção de que oração e louvor são eminentemente aceitáveis a Deus quando os homens lhe apresentam suas dádivas.

Dos quais tomará dela um punhado (2) fica mais claro assim: "Um dos sacerdo-tes pegará um punhado da farinha com o azeite e o incenso e o queimará no altar" (ARA).

A parte da oferta de manjares que era queimada chamava-se memorial. Este termo ('azkarah) ocorre somente sete vezes no Antigo Testamento, seis em relação à oferta de manjares e uma vez concernente ao incenso, que era queimado na ocasião da apresenta-ção do pão da proposição. Estudos sobre o emprego do verbo "lembrar-se" (zakar) nos últimos anos mostrou nuanças teológicas significativas.' Quando Deus se lembra, abre-se nova situação na qual há socorro para os justos e julgamento para os injustos. A inver-são desta condição indica que, quando o homem se lembra da fidelidade de Deus, o resul-tado é fé e obediência renovadas. Isto fica óbvio quando recordamos o papel da "memó-ria" na instituição e celebração da Ceia do Senhor (Lc 22:19-1 Co 11.24,25). No cerne da adoração está a lembrança pelo homem e por Deus do compromisso do concerto e da promessa do concerto.

A identificação desta oferta como coisa santíssima (3) quer dizer que só poderia ser comida pelos descendentes masculinos de Arão: os sacerdotes. As dádivas ao Senhor eram santíssimas (qodesh qodashim), reservadas somente para os sacerdotes; santas (qodesh), utilizadas para o sustento da família dos sacerdotes; ou simplesmente ofertas (qorbanim), que eram para a manutenção do Tabernáculo ou, depois, do Templo. Em Marcos 7:11, "Corbã" é referência a uma dádiva deixada em testamento para a manuten-ção do Templo após a morte do testador. Desta forma, o legado ficava indisponível para as necessidades da família.

b) As ofertas de cereais cozidos (2:4-11). As ofertas de alimentos cozidos podiam ser preparadas de três modos:

1) assadas no forno (4),

2) cozidas na caçoula, ou caçarola (5), ou

3) preparadas na sertã, ou frigideira (7).

Não podia haver fermento ou mel (11). Estes ingredientes podiam ser oferecidos como primícias, mas não como ofertas para serem queimadas no altar. Os hebreus talvez percebessem que a fermentação insinuava desintegração e corrupção; desta forma, indi-cando impureza. Nos escritos rabínicos, o fermento é usado como símbolo do mal. Os escritos pagãos mostram atitude semelhante. Plutarco disse: "O fermento nasce da cor-rupção, e corrompe aquilo com que é misturado. [...] Toda fermentação é um tipo de putrefação".13 Nos Evangelhos (Mt 16:6; Lc 12:1), Jesus usa figurativamente o fermento dos falsos ensinos dos fariseus e saduceus. Paulo fala dos "asmos [pães sem fermento] da sinceridade e da verdade" 1Co 5:7-8). A proscrição do fermento na Festa da Páscoa é outra questão. Ali, o pão sem fermento era lembrança da escravidão de Israel e chama-va-se "pão de aflição" (Dt 16:3). Entre os vizinhos de Israel, era comuníssimo o uso do mel em sacrifícios!' Talvez seja por isso que mel e leite, ambos elementos importantes da dieta, não deviam ser oferecidos em sacrifício.

Levando em conta que o fermento era proibido nas ofertas de manjares, havia a exigência de utilizar sal (13). O sal tinha grande valor no mundo antigo, e era necessário para a vida. Simbolizava a permanência no fato de que dava imunidade contra a corrup-ção. Também indicava comunhão e fidelidade, visto que os concertos eram selados com uma refeição comum, na qual o sal era ingrediente importante. Participar do sal era estabelecer um laço entre o anfitrião e o convidado. Note o nome que Deus dá ao concerto que fez com Arão e seus filhos (Nm 18:19) e ao concerto que fez com Davi e seus descendentes (2 Cron 13,5) : concertos de sal. Hirsch supõe que, da mesma forma que o sal conser-va os alimentos da influência da decomposição, assim o concerto protege as partes con-tratantes das influências externas prejudiciais ao vínculo estabelecido.'

c) A oferta das primícias (2:12-16). Esta oferta era composta de grãos novos e macios, assados e moídos (14). Era apresentada a Deus como proclamação de que todo crescimento vem de Deus. Da mesma forma que o primogênito dos homens e dos animais pertenciam a Deus, as primícias (ou primeiros frutos) dos campos eram dadas a Ele. Tudo era de Deus, mas a aceitação das primícias na função de representantes da totalidade significava que o homem estava livre para usar o restante com sentimento de gratidão.

Em 2:8-16, identificamos o significado espiritual de "A Oferta de Manjares".

1) Este tipo de oferta envolve adoração e serviço, 8-10;

2) Todos os frutos do labor humano per-tencem a Deus, 12,14;

3) As instruções para as ofertas de manjares são dignas de nota: o óleo representa o Espírito Santo; o incenso caracteriza a oração; a ausência de fermento indica pureza; a proibição de mel mostra que não há nada para fermentar ou se deterio-rar.; o sal pressupõe a conservação; o fogo denota a aceitação de Deus; o cheiro suave fala do prazer de Deus, 9,11,13,15 (G. B. Williamson).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Levítico Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
*

2:1

oferta de manjares. Normalmente oferecidos em conjunto com sacrifícios de animais, consistia em flor de farinha misturada com azeite, incenso e sal. A mistura era cozida, frita ou assada. Tal como os outros sacrifícios, essa oferenda simbolizava a dedicação do adorador a Deus.

* 2:2

memorial. Somente um punhado da oferta de manjares era queimado; o resto ia para o sacerdote (v. 3). Tais oferendas constituíam uma parte importante das rendas de um sacerdote.

* 2:11

de nenhum fermento e de mel nenhum. Possivelmente vedados porque causam fermentação, o que sugere corrupção.

* 2:13

sal. Talvez porque não possa ser destruído pelo fogo, o sal simboliza o pacto duradouro entre Deus e Israel (Nm 18:19, nota).

* 2:14

primícias. Ver 23:9-14; Dt 26:1-11. De um israelita esperava-se que ele desse as primícias de sua colheita a Deus, e nessa ocasião as ofertas de manjares eram preparadas de maneira diferente.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Levítico Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
2.1ss A oferenda de grão acompanhava a todos os holocaustos e era um presente de ação de graças a Deus. Recordava ao povo que sua comida vinha de Deus e que portanto deviam suas vidas ao. detalham-se aqui três tipos de oferenda de grão: (1) farinha fina com azeite e incenso, (2) tortas cozidas de farinha fina e azeite, (3) espiga tenra torrada com azeite e incenso. A ausência de levedura simbolizava a ausência do pecado, e o azeite simbolizava a presença de Deus. Parte da oferenda era queimada no altar como oferenda a Deus, e o resto o comiam os sacerdotes. As oferendas os ajudavam a sustentar-se em seu trabalho.

2:11 por que não se permitia usar levedura nas oferendas? A levedura é um cogumelo bacterial ou mofo e, portanto, um símbolo adequado para o pecado. Cresce na massa do pão do mesmo modo que o pecado cresce em uma vida. um pouco de levedura afetará toda a massa, ao igual a um simples pecado pode arruinar toda uma vida. Jesus continuou esta analogia ao advertir contra a levedura dos fariseus e saduceos (Mt 16:6, Mc 8:15).

2:13 As oferendas eram amadurecidas com sal como um aviso do pacto (contrato) do povo com Deus. O sal é um bom símbolo da atividade de Deus na vida de uma pessoa, já que penetra, preserva e ajuda a curar. Deus quer estar ativo em sua vida. lhe permita ser parte de você, penetrando em cada aspecto de sua vida, preservando o de todo o mal que o rodeia, e curando o de seus próprios pecados e deficiências.

2:13 Nos países árabes, um lembro se selava com um obséquio de sal para mostrar a força e permanência do contrato. Em Mt 5:13 os crentes são chamados "sal da terra". Permita que o sal que usa cada dia lhe recorde que agora forma parte do povo do pacto de Deus o qual ativamente ajuda a preservar e desencardir o mundo.

2:14, 15 Grãos novos esmiuçados mesclados com azeite e torrados constituíam um alimento típico para a gente em comum. Esta oferenda era uma apresentação simbólica da comida diária de uma pessoa. Desta maneira, a gente reconhecia a Deus como fornecedor de seu mantimentos. Até uma pessoa pobre podia cumprir com esta oferenda. Deus sentia prazer pela motivação e a dedicação da pessoa que a dava.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Levítico Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
2. A oferta de cereais (2: 1-16 ; 6: 14-23)

Esta oferta voluntária de ação de graças, geralmente feita em conexão com os sacrifícios de animais (Lv 7:11 ; Lv 8:26 ; Lv 9:4 ), consistiu no principal de grãos ou de produtos de grão. Refeição ou oferta "cereal", títulos utilizados na ASV ea RSV, respectivamente, são, portanto, mais definitivo do que a "carne" oferta da KJV. Para entender o significado do último título é preciso interpretá-lo no sentido amplo de uma oferta de "comida" (veja Berkeley Version).

Em contraste com o holocausto, em que havia sempre a doação de uma vida a Deus, a oferta de alimentos foi feita a partir de trigo. Este grão necessário diligente cultivo do homem. Então, antes que pudesse ser oferecido que teve de ser colhida e processados ​​pelo homem. Como o holocausto representou o ofertante dando a sua vida-se-a a Deus, a oferta de alimentos representou o adorador dando a Deus de sua comida, os frutos de seu trabalho. Por este ato o ofertante reconheceu que seus benefícios materiais veio através da ajuda e da bondade de Deus.

O dever significado neste ritual Antigo Testamento ainda é nossa obrigação. Devemos dar a Deus para Seus propósitos não só as nossas pessoas, mas todas as nossas obras e os seus resultados. Todo o trabalho secular e os seus lucros, assim como todo o serviço religioso e suas realizações, estão a ser colocada nos pés de Cristo (1Co 10:31 ). Porque, afinal de contas, as nossas capacidades são dons de Deus, que nos foram confiados para mordomia. Nossas realizações, acumulações e realizações aumentar as nossas responsabilidades e deve ser consagrado ao Senhor. Eles são apenas recursos para a cada vez maior utilidade na construção do reino de Deus.

A oferta de alimentos pode ser oferecido em diversas formas: como farinha (v. Lv 2:1 , ou seja, farinha branca;) como cozinhado no pão ou bolachas (vv. Lv 2:4 , Lv 2:5 , Lv 2:7 ); ou como grão moído e tostado (v. Lv 2:14 ).

1. De cozidas Belas Flour (2: 1-3)

1 E quando alguém oferece uma oblação de uma oferta de cereais ao Senhor, a sua oferta será de flor de farinha; e ele deve derramar óleo sobre ela, e colocar incenso; 2 e ele trará aos filhos de Arão, os sacerdotes; e ele tomará um punhado da farinha do mesmo, e do azeite com todo o incenso. E o sacerdote queimará como o memorial sobre o altar, uma oferta feita por fogo, de cheiro suave ao Senhor: 3 e aquilo que resta da oferta de cereais será de Arão e de seus filhos: é uma coisa santíssima entre as ofertas de Jeová feitas por fogo.

Quando a oferta foi não cozido na forma de farinha, óleo de azeitona foi misturada com a farinha (Lv 7:10 ), ou derramado sobre a refeição. O azeite não era apenas um produto alimentar principal das pessoas, como era a farinha, mas representava a graciosa presença do Espírito Santo na iluminação e santificação.

Colocado sobre a oferta era algum incenso, uma goma resina perfumada facilmente moído em pó que emitia um odor balsamlike quando queima. Adicionado aqui para a refeição de agradecimento oferecendo era simbólica de oração sincera do adorador e louvor alegre como ele procurou ser lembrado favoravelmente diante do Senhor.

O sal também foi um ingrediente em todas as ofertas de cereais (v. Lv 2:13 ), o representante da aliança perpétua de Deus da salvação e comunhão com o Seu povo (N1. Lv 18:19) -a aliança sobre a qual todo o sistema sacrificial descansado.

Depois de preparar a sua oferta de pelo menos três litros de farinha (N1. 28:12 ), o oficial trouxe-a para o sacerdote no tabernáculo (v. Lv 2:2 ). A partir deste, o sacerdote pegou um punhado para se queimar sobre o altar, certificando-se de que ele incluiu nesta porção todo o incenso.

O termo hebraico para o memorial (v. Lv 2:2) implica mais do que uma chamada de atenção de Deus para um oferente ausente quem Ele poderia ter esquecido. Era, de fato, como presença imediata do adorador diante do Senhor.

A parte não queimada era considerado mais sagrado (v. Lv 2:3 ), para, consagrada a Deus, era para servir de alimento para o sacerdote, sem cuja ajuda a oferta não poderia ser feita. Ao comer deste, nosso Sacerdote identificou-a-sacerdote que prenunciou o próprio Cristo com o adorador em sua aproximação a Deus (conforme 6: 14-18 ).

b. Do Pão (2: 4-16)

4 bolos E quando tu offerest uma oblação de um pão-oferecendo refeição no forno, será ázimos de flor de farinha misturada com azeite, e coscorões ázimos untados com azeite. 5 E se a tua oferta for oferta de cereais do baking- pan, será de flor de farinha sem fermento, amassada com azeite. 6 Tu parte em pedaços, e despeje azeite;. é uma oferta de cereais 7 E se a tua oferta for oferta de cereais da frigideira, ela deve ser feita de farinha com óleo. 8 E farás chegar a oferta de cereais que for feita destas coisas ao Senhor: e será apresentada ao sacerdote, e juntamente trará ao altar. 9 E o sacerdote devem tomar-se a partir do memorial sua oferta de cereais, e os queimará sobre o altar, uma oferta feita por fogo, de cheiro suave ao Senhor. 10 E o que restar da oferta de cereais pertencerá a Arão e seus filhos ': é uma coisa santíssima entre as ofertas de Jeová feitas por fogo.

11 Sem oferta de cereais, o que haveis de oferecer ao Senhor, será preparada com fermento; . porque haveis de queimar nenhum fermento, nem de mel, como uma oferta queimada ao Senhor 12 como uma oferenda de primeira ordem frutos vós lhes oferecer ao Senhor: mas eles não subirão por cheiro suave no altar. 13 E toda a oblação da tua oferta de manjares tu tempere com sal; nem farás sofrer o sal da aliança do teu Deus faltar à tua oferta de manjares: com todas as tuas oblações hás de oferecer sal.

14 E se tu oferecer uma oferta de cereais de primícias ao Senhor, tu hás de oferta para a oferta de cereais das tuas primícias de grãos na espiga seca de fogo, grão moído da orelha fresco. 15 E te colocar óleo sobre ela, e se deitou incenso; é oferta de cereais. 16 E o sacerdote queimará o memorial dela, parte do grão moído do mesmo, e parte do azeite com todo o incenso: é oferta queimada ao Senhor.

A oferta pode ser feita sob a forma de pão ou bolachas preparados de várias maneiras: em um forno ; em um -recipiente de cozimento , isto é, uma placa plana ou de chapa; em uma frigideira ou torrador (conforme Berkeley Version); ou fresco grão poderia ser esmagados e ressecada. Mas, independentemente de como a oferta foi preparado, nem fermento nem mel (um termo que inclui sucos de fruta cozida-down) foi permitido (vv. Lv 2:11 , Lv 2:12 ), porque estes eram comumente associada a fermentação e sugeriu a corrupção.

O método utilizado para a preparação da oferta pode ser determinada pelos meios disponíveis para o adorador, mas uma forma de oferta era tão aceitável ao Senhor como um outro. Isso nos sugere que, independentemente das nossas capacidades-grandes ou pequenos, ou a forma de nossas posses e trabalhos, Deus através da obra de Cristo aceitar a nossa consagração deles. Ele vai nos usar em Sua obra, desde que estamos livres do fermento, ou tudo o que é corrupto em nossas vidas; enquanto nós possuímos o óleo do Espírito Santo, iluminando e santificando-nos; desde que o nosso serviço é perfumado com o incenso de alegria e adoração; e enquanto nós confiamos, pela fé, o sal da aliança eterna de Deus com a gente através do Seu Filho.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Levítico Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
  • Oferta de manjares — a perfeição de Cristo (Lv 2)
  • O uso da palavra "manjares" implica que não há sangue envolvido nessa oferta. Podia ser farinha fina, manja-res ou até espigas de milho secas. A farinha fina retrata o caráter e a vida perfeitos de Cristo — não há nada imperfeito ou maculado nele. O azeite simboliza o Espírito de Deus. E note que há dois usos para o azei-te: (1) misturar (v.4), o que nos lem-bra que Deus nasceu do Espírito; e despejar (v. 6), o que simboliza a unção de Cristo, pelo Espírito, para o ministério. O incenso limpo acres-centa um aroma agradável à oferta, o que retrata a beleza e o aroma da vida perfeita de Cristo aqui na ter-ra. A oferta tem de ir ao fogo, assim como Cristo sofreu o fogo do Cal-vário. A oferta sempre deve ter sal (v. 13), o que simboliza a pureza e a ausência de queda, pois não há perversão de qualquer espécie em Cristo. Entretanto, a oferta não po-dia ter fermento, pois este simboli-za o pecado (1Co 5:6-46; Mt 16:6; Mc 8:15), pois não havia pecado em Cristo. A oferta também não de-via conter mel, que é a coisa mais doce que existe na natureza. Não nada da "doçura humana natu-ral" em Cristo: ele era amor divino em carne.

    Como é maravilhosa a perfei-ção de Cristo! Que o Espírito de Deus possa operar em nós para que nos tornemos mais parecidos com ele — equilibrados, até perfumados, limpos.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Levítico Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
    2.1 Manjares. Heb minhah. Uma oferta de homenagem, que significava uma promessa de leal obediência a Deus. A menor dessas ofertas de cereais compunha-se de uma dízima do efa, ou seja, 2,2 litros.

    2.2 Incenso Um perfume caro, a resina amarela, pálida o leitosa de certo arbusto; chamado lebhonah, "brancura" em hebraico.

    2.3 Santíssima. A palavra se aplica a todas as ofertas sacrificadas que se dedicam inteiramente a Deus (mesmo quando os sacerdotes participam da carne, que a Lei de Deus determina para seu sustento).

    2.13 Sal. Significava um pacto incorrupto, que não se podia violar.

    2.14 Espigas verdes. Colhidas no campo antes de amadurecer, até hoje se tostam ao fogo, para depois retirar os grãos.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Levítico Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
    b) As ofertas de cereal (2:1-16)
    A palavra traduzida por oferta de cereal pode significar, em outros contextos, “presente” ou “tributo” (e.g., Jz 3:15; lRs 4.21). Aqui ela significa um presente para Deus a fim de garantir o favor dele. Kurtz (citado no NBD, p. 1
    050) observou a correspondência entre os ingredientes da oferta de cereal e a “minhãh do Lugar Santo” — os pães da Presença, o óleo do candelabro e o incenso do altar de ouro. Embora a oferta de cereal apareça nessa seção como um sacrifício independente, com freqüência era apresentada em conjunto com holocaustos e ofertas de comunhão (e.g., Nu 28:1-4).

    (1)    Não assada (2:1-3). v. 1. alguém representa o hebraico nephesh, com freqüência traduzido por “alma”. Muitas vezes a palavra não significa nada mais que “pessoa” e raramente reflete o conceito grego de alma. oferta de cereal, “carne” como na 5A “oferta de carne”, com o significado de “alimento”, mas é agora bem inadequado para traduzir minhãh. melhor farinha\ Há apenas uma palavra no original e, por isso, é melhor omitir melhor, de acordo com a tradição judaica, a farinha era peneirada, mas não moída para se tornar “fina”, como em algumas versões (v. Snaith, NCentB). v. 2. todo o incenso estava incluído na porção memorial (v. G. R. Driver, Journal of Semitic Studies, I, 1956, p. 97-105) que era queimada no altar. v. 3. O que sobrava da oferta de cereal era propriedade dos sacerdotes, e, como parte santíssima, só poderia ser comida por eles dentro dos limites do santuário (conforme v. 10; 6.16,17).

    (2)    Assada (2:4-10). v. 4.forno-, “um forno portátil ou uma panela de fogo” (BDB). “A farinha era colocada contra a parede interior do cilindro de argila, previamente aquecido por um fogo aceso no seu interior” (Noth);

    há uma ótima ilustração disso no NBD (1. ed.), p. 166). bolos feitos sem fermento', da derivação da palavra bolos, pressupõe-se que tenham sido perfurados, amassados com óleo significa mais naturalmente que o óleo era acrescentado à farinha antes do início do processo de assar. pães finos sem fermento e untados com óleo também eram aceitos, v. 5. assadeira', uma chapa plana ou uma panela feita de ferro (conforme Ez 4:3).

    (3) Instruções adicionais (2:11-16). v. 11 .fermento e mel vão eram permitidos na oferta de cereal em virtude de sua tendência a fermentar. Duas palavras diferentes são traduzidas por fermento nesse versículo; para a primeira, a NEB traz “qualquer coisa que fermente”. v. 12. Mas ambos os ingredientes proibidos podiam ser apresentados como oferta dos primeiros frutos — com a condição de que não fossem queimados no altar. O mel é mencionado como parte da oferta dos primeiros frutos apresentados sob iniciativa de Eze-quias (2Cr 31:5); pode ter sido um melado de uvas ou mel de abelhas. O fermento rapidamente se tornou símbolo de corrupção moral nos pensamentos rabínico e neotestamentário (conforme Mt 16:6; Lc 12:1; 1Co 5:6; Gl 5:9). v. 13. O sal, por outro lado, tinha o efeito de conservante, e o seu uso era exigido em ofertas de cereal. Sacrifícios de animais também eram salgados (Ez 43:24, e conforme o texto mais longo de Mc 9:49 como na 5A), “refeições divinas” sendo tratadas da mesma forma que refeições comuns. Alianças firmadas por refeições sagradas temperadas com sal eram consideradas irrevogáveis (Nu 18:19; 2Cr 13:5). v. 14. A restrição de sacrifício no altar (v. 12) não se aplicava a ofertas de cereal (conforme v. 16); a expressão primeiros frutos representa uma palavra diferente da que foi traduzida de forma semelhante no v. 12 e é usada, principalmente, acerca de cereais e frutas. Os grãos de trigo seriam primeiramente tostados e depois esmagados.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Levítico Capítulo 2 do versículo 4 até o 10

    4-10. Oferta. É o hebraico qorbein (cons. 1, 2). Esta oferta podia ser assada no forno, numa assadeira (mahabat, v. Lv 2:5), ou numa frigideira (marheshet, v. Lv 2:7). O que sobrava depois da cerimônia era para alimentação do sacerdote.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Levítico Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
    Lv 2:1

    2. A OFERTA DE MANJARES (Lv 2:1-16). (Cfr. ainda Lv 6:14-18). Tal como o holocausto, também devia ser voluntária esta oferta: quando alguma pessoa oferecer (1). Podia ser independente, ou então acompanhar os outros sacrifícios de animais (Cfr. Nu 15:1-4), e consistia na oferta dum cereal, em que entrasse sobretudo a flor de farinha, geralmente misturada com azeite (Lv 7:10; Lv 5:11), ou com azeite e incenso por cima (6). Cozida ou não, o sacerdote tomaria um punhado dela e a colocaria sobre o altar, desde que contivesse todo o incenso indispensável. Tomava então o nome de memorial (2), talvez por causa do incenso sagrado (Êx 30:34) que oferecia no altar de ouro duas vezes por dia o sacerdote à hora da oração, servindo para obter a aprovação do Senhor, ou antes para que o Senhor não se esquecesse do oferente. Talvez os títulos dos Sl 38:0; Lv 10:12 e segs.). O mesmo se verificava na oferta pelo pecado (Lv 6:25-29) a noutras ofertas (cfr. Lv 7:16; Lv 24:9), exceto na do holocausto, pelo fato de toda a vítima ser consumida sobra o altar. Por outro lado na oferta da paz, considerada santa, toda a família do sacerdote podia participar dela, incluindo amigos e súditos (Dt 12:11-5), mas devia ser comida em lugar santo a puro, mas não forçosamente dentro do pátio do Tabernáculo.

    Devia usar-se o sal em todos os sacrifícios, por ser o símbolo da incorrupção e permanência; por isso se usa a expressão, o sal do concerto do teu Deus (13). (Cfr. Nu 18:19; 2Cr 13:5). Fermento e mel (11) não convinham nos sacrifícios que fossem queimados, porque não podiam colocar-se sobre o altar. Mas ambos serviam para as ofertas das primícias (12). Cfr. Êx 23:16 e segs; Êx 34:22 e segs; Lv 23:17 e segs. Daí se concluía que tais produtos não eram impuros em si mesmos. Lemos em Êx 12:39 que os israelitas comeram pão sem fermento quando saíram do Egito, pelo fato de partiram à pressa e não terem tempo de o fermentar. A farinha, o azeite e o vinho (se bem que estes não venham mencionados explicitamente nesta passagem, pois se sabe que em geral acompanhavam as ofertas da farinha) constituíam os três elementos principais da alimentação quotidiana do povo, por vezes resumida na frase "grão, vinho a azeite", como, por exemplo em Dt 12:17. Segue-se, que a oferta da farinha e do azeite simbolizava o sacrifício dos principais alimentos do povo, como a dizer que de Deus recebiam diariamente esse benefício. O azeite podia ainda simbolizar a presença salutar do Espírito Santo na santificação, pelo fato de andar associado à unção dos sacerdotes e ao candeeiro de ouro.


    Dicionário

    Altar

    substantivo masculino Antigamente, mesa para os sacrifícios: ergueu um altar aos deuses.
    Mesa onde é celebrada a missa.
    Espécie de mesa destinada aos sacrifícios em qualquer religião.
    Figurado A religião, a Igreja: o trono e o altar (o poder monárquico e a Igreja ou religião).
    Amor fortíssimo, adoração: aquela mãe tinha um altar no coração do filho.
    Objeto santo, venerável, digno de sacrifícios: o altar da pátria.
    [Astronomia] Constelação austral.
    Sacrifício do altar, a missa.
    Ministro do altar, padre da religião cristã.
    Conduzir ao altar uma pessoa, desposá-la.

    Vem da palavra latina ‘altus’, echamava-se assim por ser coisa construída em elevação, empregando-se para sacrifícios e outros oferecimentos. A significação mais usual da palavra hebraica e grega é ‘lugar de matança’. Duas outras palavras em hebraico (Ez 43:15), e uma em grego (At 17:23), traduzem-se pelo termo ‘altar’, mas pouca luz derramam sobre a significação da palavra. Depois da primeira referência (Gn 8:20), estão relacionados os altares com os patriarcas e com Moisés (Gn 12:7-22.9, 35.1,1 – Êx 17:15-24.4). As primeiras instruções com respeito ao levantamento de um altar, em conexão com a Lei, acham-se em Êx 20:24-25. Devia ser de terra, ou de pedra tosca, e sem degraus. Havia dois altares em relação com o tabernáculo, um no pátio exterior, e outro no Santo Lugar. o primeiro chamava-se altar de bronze, ou do holocausto, e ficava em frente do tabernáculo. Era de forma côncava, feito de madeira de acácia, quadrado, sendo o seu comprimento e a sua largura de sete côvados, e a altura de três côvados – estava coberto de metal, e provido de argolas e varais para o fim de ser transportado nas jornadas do povo israelita pelo deserto. Em cada um dos seus quatro cantos havia uma saliência, a que se dava o nome de ponta. Não havia degrau, mas uma borda em redor para conveniência dos sacerdotes, enquanto estavam realizando o seu trabalho. Pois que os sacrifícios eram oferecidos neste altar, a sua situação à entrada do tabernáculo era para o povo de israel uma significativa lição de que não havia possível aproximação de Deus a não ser por meio do sacrifício (Êx 27:1-8 – 38.1). o altar do incenso ficava no Santo Lugar, mesmo em frente do véu, que estava diante do Santo dos Santos. Era quadrado, sendo o seu comprimento e largura de um côvado, com dois côvados de altura: feito de madeira de acácia, e forrado de ouro puro, tinha pontas em cada canto, e duas argolas de ouro aos dois lados. Ainda que este altar estava colocado no Santo Lugar, tinha ele tal relação com o significado espiritual do Santo dos Santos, que se podia dizer que era pertence deste lugar (Hb 9:3-4). Sobre ele se queimava o incenso de manhã e de tarde, como símbolo da constante adoração do povo (Êx 30:1-10 – 40.5 – 1 Ra 6.22 – Sl 141:2). No templo de Salomão o altar de bronze era muito maior do que o do tabernáculo (1 Rs 8.64), e um novo altar do incenso foi também edificado (1 Rs 7.48). o tabernáculo era o santuário central em que Deus podia ser adorado, segundo a maneira divinamente estabelecida – foi proibido a israel ter mais do que um santuário. Mas havia ambigüidade acerca da palavra ‘santuário’, pois empregava-se este termo tanto para casa, como para altar. A casa ou ‘santuário central’ tinha os seus dois altares, mas não estava cada altar em relação com uma casa. Em toda a parte eram permitidos altares, desde o tempo de Moisés em diante (Êx 20:24-26), mas somente um santuário (Êx 25:8). o requisito necessário, quanto ao levantamento de altares, era que eles não deviam ter ligação alguma com os altares gentílicos ou os lugares altos (Dt 16:21). Pluralidade de altares era coisa consentida, mas não de casas (Êx 20:24-26). A única ocasião em que houve mais de uma casa foi durante as confusões e complicações do tempo de Davi, existindo então dois santuários com dois altares de bronze, um em Gibeom e o outro em Jerusalém (1 Rs 3.2,4,16). Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jeroboão os seus próprios santuários em Dã e Betel, a fim de evitar que o povo se dirigisse a Jerusalém, e fosse por isso afastado da submissão ao seu rei. os outros usos do altar eram, ou para memória de algum fato (Js 2L10), ou para servir de asilo em caso de perigo (1 Rs 1,50) – mas isto era excepcional, não destruindo a idéia geral do altar como lugar de sacrifício. No Novo Testamento o emprego do termo altar é muito raro. Em Mt 5:23, a referência é ao altar judaico dos holocaustos. Em 1 Co 9.13 10:18, o altar pagão e a Mesa do Senhor são postos em relação e em contraste.

    Altar Mesa feita de madeira, terra ou pedras, sobre a qual se ofereciam os SACRIFÍCIOS (Ex 27:1); 20.24; (Dt 27:5). Os altares de madeira eram revestidos de algum metal e tinham pontas (chifres) nos quatro cantos (Lv 4:25). Fugitivos ficavam em segurança quando c orriam e se agarravam a essas pontas (1Rs 2:28). Havia também o altar do INCENSO, que ficava no SANTO LUGAR (Ex 30:1-10).

    Altar O lugar diante do qual se apresentavam as oferendas a Deus. Jesus considerava-o digno de respeito (Mt 5:23ss.; 23,18-20) e exigia, por isso, a prévia reconciliação daqueles que se acercavam dele.

    Apresentar

    verbo transitivo direto Exibir; colocar à disposição; colocar à mostra: o cinema apresentará o filme mais esperado.
    Caracterizar-se por uma qualidade específica: apresentou o médico.
    verbo pronominal Identificar; mostrar a identidade a: apresentou-se ao delegado.
    Apontar ou acontecer: apresentou-se um grande obstáculo.
    Expor-se de maneira pública; realizar uma apresentação.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Exibir; colocar à frente de; mostrar-se.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Divulgar; mostrar alguma coisa publicamente.
    Fazer conhecer: ele apresentou sua namorada aos pais.
    Sujeitar a aprovação: apresentou o produto ao diretor.
    Expor; tornar claramente conhecido.
    Explicar como argumento; explicitar através de discurso verbal.
    verbo transitivo direto e pronominal Exibir-se ressaltando uma característica específica: apresentava uma tristeza no olhar.
    Etimologia (origem da palavra apresentar). A + presente + ar.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Fara

    hebraico: ramos

    Manjares

    masc. pl. de manjar
    2ª pess. sing. fut. conj. de manjar
    2ª pess. sing. infinitivo flexionado de manjar

    man·jar
    (francês manger, comer)
    nome masculino

    1. Qualquer substância alimentícia.

    2. Iguaria delicada.

    3. Figurado Aquilo que deleita ou alimenta o espírito.

    verbo transitivo

    4. Comer.

    5. [Informal] Conhecer, saber (ex.: manjo um pouco de inglês).

    6. [Informal] Entender, perceber (ex.: eles não manjaram nada do que leram).

    7. [Informal] Observar, ver.


    Alimento delicado e apetitoso

    Oferta

    oferta s. f. 1. Ação de oferecer(-se); oferecimento. 2. Oblação, oferenda. 3. Retribuição de certos atos litúrgicos. 4. Dádiva. 5. Promessa. 6. Co.M Produto exposto a preço menor, como atrativo à freguesia.

    Oferta V. SACRIFÍCIOS E OFERTAS (Is 1:13).

    Sacerdote

    substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
    Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
    Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.

    substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
    Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
    Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.

    [...] sacerdotes são os ungidos do Senhor; a fim de, por bom caminho, conduzir os inúmeros cegos que tropeçam nas paixões e caem nos vícios. [...] Esta é a missão dos que se chamam ministros de Deus! [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] o verdadeiro sacerdote é o pai de todos os desgraçados. [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Sacerdote é todo aquele que chora com o órfão, que assiste a desolada viúva, que partilha do desespero materno ante um berço vazio; é todo aquele que chora com o preso a sua liberdade, que busca, enfim, todos os meios de melhorar a sorte dos infelizes. Sacerdote é também todo aquele que, por suas faltas anteriores, tem que vir à Terra para viver completamente só, sem tomar parte nos gozos terrenos, e, dotado de claro entendimento, se consagra à difusão da luz, vivendo embora entre sombras, não entre as brumas do erro e as trevas do pecado, entenda-se, mas entre as sombras da própria solidão.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] Sacerdotes, com ou sem indumento próprio, são todos aqueles que propagam e pregam o bem, a caridade e o amor.
    Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•


    Sacerdote No AT, descendente de ARÃO separado para servir como oficiante no culto realizado primeiro no TABERNÁCULO e depois no TEMPLO. O sacerdote era MEDIADOR entre Deus e o povo, oferecendo SACRIFÍCIOS e orando em seu favor (Êx 28—29; Lv 21:1Cr 24). Antes de Arão já havia sacerdotes (Hc 7:1-3). No NT, todos os cristãos são sacerdotes (Ap 1:6; 5.10;
    v. SACERDÓCIO).

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Levítico 2: 8 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então trarás a oferta de alimentos, que se fará daquilo, ao SENHOR; e se apresentará ao sacerdote, o qual a levará ao altar.
    Levítico 2: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1445 a.C.
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3548
    kôhên
    כֹּהֵן
    sacerdote, oficiante principal ou governante principal
    ([was] priest)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4196
    mizbêach
    מִזְבֵּחַ
    um altar
    (an altar)
    Substantivo
    H428
    ʼêl-leh
    אֵלֶּה
    Estes [São]
    (These [are])
    Pronome
    H4503
    minchâh
    מִנְחָה
    presente, tributo, oferta, dádiva, oblação, sacrifício, oferta de carne
    (an offering)
    Substantivo
    H5066
    nâgash
    נָגַשׁ
    chegar perto, aproximar
    (And drew near)
    Verbo
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H7126
    qârab
    קָרַב
    chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
    (he had come near)
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כֹּהֵן


    (H3548)
    kôhên (ko-hane')

    03548 כהן kohen

    particípio ativo de 3547; DITAT - 959a; n m

    1. sacerdote, oficiante principal ou governante principal
      1. rei-sacerdote (Melquisedeque, Messias)
      2. sacerdotes pagãos
      3. sacerdotes de Javé
      4. sacerdotes levíticos
      5. sacerdotes aadoquitas
      6. sacerdotes araônicos
      7. o sumo sacerdote

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מִזְבֵּחַ


    (H4196)
    mizbêach (miz-bay'-akh)

    04196 מזבח mizbeach

    procedente de 2076; DITAT - 525b; n m

    1. altar

    אֵלֶּה


    (H428)
    ʼêl-leh (ale'-leh)

    0428 אל לה ’el-leh

    forma alongada de 411; DITAT - 92; pron p demonstr

    1. estes, estas
      1. usado antes do antecedente
      2. usado após o antecedente

    מִנְחָה


    (H4503)
    minchâh (min-khaw')

    04503 מנחה minchah

    procedente de uma raiz não utilizada significando repartir, i.e. conceder; DITAT - 1214a; n f

    1. presente, tributo, oferta, dádiva, oblação, sacrifício, oferta de carne
      1. presente, dádiva
      2. tributo
      3. oferta (para Deus)
      4. oferta de cereais

    נָגַשׁ


    (H5066)
    nâgash (naw-gash')

    05066 נגש nagash

    uma raiz primitiva; DITAT - 1297; v

    1. chegar perto, aproximar
      1. (Qal) chegar perto
        1. referindo-se a seres humanos
          1. referindo-se a relação sexual
        2. referindo-se a objetos inanimados
          1. aproximar um ao outro
      2. (Nifal) aproximar-se
      3. (Hifil) fazer aproximar, trazer para perto, trazer
      4. (Hofal) ser trazido para perto
      5. (Hitpael) aproximar

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    קָרַב


    (H7126)
    qârab (kaw-rab')

    07126 קרב qarab

    uma raiz primitiva; DITAT - 2065; v.

    1. chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
      1. (Qal) aproximar, vir para perto
      2. (Nifal) ser trazido para perto
      3. (Piel) levar a aproximar, trazer para perto, fazer vir para perto
      4. (Hifil) trazer para perto, trazer, presentear

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado