Enciclopédia de Amós 2:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

am 2: 12

Versão Versículo
ARA Mas vós aos nazireus destes a beber vinho e aos profetas ordenastes, dizendo: Não profetizeis.
ARC Mas vós aos nazireus destes vinho a beber, e aos profetas ordenastes, dizendo: Não profetizeis.
TB Mas aos nazireus destes vinho a beber e ordenastes aos profetas, dizendo: Não profetizeis.
HSB וַתַּשְׁק֥וּ אֶת־ הַנְּזִרִ֖ים יָ֑יִן וְעַל־ הַנְּבִיאִים֙ צִוִּיתֶ֣ם לֵאמֹ֔ר לֹ֖א תִּנָּבְאֽוּ׃
LTT Mas vós aos nazireus destes vinho a beber, e aos profetas ordenastes, dizendo: Não profetizareis.
BJ2 Mas vós fizestes os nazireus beber vinho e ordenaste aos profetas: "Não profetizeis!"[f]
VULG Et propinabitis nazaræis vinum, et prophetis mandabitis, dicentes : Ne prophetetis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 2:12

Isaías 30:10 que dizem aos videntes: Não vejais; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis e tende para nós enganadoras lisonjas;
Jeremias 11:21 Portanto, assim diz o Senhor acerca dos homens de Anatote, que procuram a tua morte, dizendo: Não profetizes no nome do Senhor, para que não morras às nossas mãos.
Amós 7:13 mas, em Betel, daqui por diante, não profetizarás mais, porque é o santuário do rei e a casa do reino.
Amós 7:16 Ora, pois, ouve a palavra do Senhor. Tu dizes: Não profetizarás contra Israel, nem falarás contra a casa de Isaque.
Miquéias 2:6 Não profetizeis; os que profetizam, não profetizem deste modo, que se não apartará a vergonha.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
  1. Moabe (Am 2:1-3)

A profecia final contra os vizinhos de Israel é dirigida a Moabe, situado entre Edom e Amom (ver mapa 2). O delito específico era contra o rei de Edom (1), cujos ossos foram queimados até virar cal.

Embora não haja referência histórica ao incidente, talvez se refira à guerra que Jorão, governante de Israel, e Josafá, monarca de Judá, empreenderam contra os moabitas, na qual o rei de Edom era aliado de Israel (2 Rs 3).8 Jerônimo menciona uma tradição judaica, a qual registra que os moabitas desenterraram os ossos do rei de Edom, lançaram sobre eles muitos insultos e os queimaram até virar pó.

Como castigo, o Senhor queimaria a principal cidade de Moabe, Queriote (2), e acabaria com a nação. Todas as profecias de 1.6 em diante cumpriram-se com as inva-sões dos caldeus que levaram os habitantes em cativeiro (Ez 25).

Na época em que Amós profetizou, a ameaça da Assíria (Tiglate-Pileser III, 745-727 a.C.) ainda era uma pequena nuvem no horizonte. Mas o profeta anuncia os julgamentos vindouros, não só por causa das ambições assírias, mas porque Jeová estava em ação na área política. Amós afirma que Jeová é soberano sobre todas as nações da terra. Os povos mencionados são mera indicação da extensão de sua soberania. Neste ponto, o profeta não afirmava que anunciava algo inteiramente novo, mas com certeza "falou com tonicidade inquietantemente nova".9

  1. ORÁCULO CONTRA JUDÁ, 2.4,5

Depois de haver dedicado a atenção às nações vizinhas, Amós trata do Reino do Sul, Judá. Este é o segundo passo em direção ao golpe final contra Israel.

No que se refere a Judá, Amós condena a rejeição da lei do SENHOR (4; Torá; esta "lei" era a soma total de todos os preceitos dados por Jeová como norma de vida). Estatu-tos (chuqqim) são os preceitos que não constam na Torá e abrangem, inclusive, as leis cerimoniais e morais.' A palavra mentiras (4) deve ser traduzida por "ídolos" ("deuses falsos", NTLH; NVI), ou "as vaidades que eles fizeram"Lxx(

O castigo indicado no versículo 5 foi executado por Nabucodonosor, em 586 a.C., quando destruiu Jerusalém e levou a maior parte da população para a Babilônia (ver diagrama A).

  1. ORÁCULOS CONTRA ISRAEL, Am 2:6-16

Amós finalmente passa a tratar de Israel. Imaginamos o desapontamento das pessoas nas praças. Se porventura aplaudiram o profeta por suas mensagens contra os inimigos e murmuraram de suas profecias contra Judá, é fácil entendermos a hostilidade quando ele declarou a verdade sobre Israel. Precisamente com o mesmo linguajar que usara antes, Amós anunciou que o julgamento que Deus fará contra Israel era igualmente irrevogável.

1. A Rebelião de Israel (2:6-8)

Esta é a primeira acusação: Vendem o justo por dinheiro e o necessitado por um par de sapatos (6). Em geral, os intérpretes afirmam que esta frase alude ao costu-me de condenar os inocentes em troca de suborno e dar os pobres aos credores (por ni-nharia) para servirem de escravos. Faziam assim em virtude da lei escrita em Levítico 25:39 (cf. II Reis 4:1).12 Desta forma, os ricos não mostravam a mínima consideração pelos justos (tsaddiq). Aqueles que suspiram pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres (7) são indivíduos que "pisam a cabeça dos pobres no pó da terra" (ECA; cf. BV). A atitude é fraseada em particípios como se eles "arquejassem" na ânsia de humilhar os pobres. Além disso, eles pervertem o caminho dos mansos, ou seja, os afastam do trajeto natural da vida, para direcioná-los à destruição.

A terceira acusação era a profanação do santo nome do Senhor pela imoralidade repulsiva de um homem e seu pai terem relações sexuais com uma moça. "O significa-do é com uma mesma moça; mas a palavra hebraica achath [mesma] não ocorre no original, porque tem o propósito de obstar todo possível equívoco de que era permitido os dois irem a prostitutas diferentes. De acordo com a lei, este pecado era equivalente a incesto e tinha de ser punido com a morte"."

A quarta acusação dizia respeito à casa de seus deuses (8). Eles bebiam vinho comprado com as quantias pagas pelos multados. As roupas sobre as quais dormiam ao lado de altares profanavam o nome santo de Jeová, visto que a vestimenta penhorada tinha de ser devolvida antes que a noite caísse (Êx 22:26).

  1. A Revelação de Deus (2:9-12)

O privilégio ocasiona a correspondente responsabilidade. Amós não pôde deixar de realçar que, visto que Jeová favorecia Israel acima de todas as outras nações, o Senhor as considerava responsáveis por seus pecados.' É esta revelação de Deus na história que provoca a recitação da destruição do amorreu (9, os antigos habitantes de Canaã) como preparação para a migração de Israel do Egito (10) para que possuísseis a terra do amorreu (cf. Js 3:10). A expressão: destruí o seu fruto por cima e as suas raízes por baixo (9) é figura para indicar a devastação total.

O cuidado de Jeová foi expresso por sua proteção na viagem do Egito para Canaã e pelo levantamento de profetas (11) e nazireus para revelar a vontade santa a Israel. Os nazireus eram homens com um chamado específico que buscavam privar-se de:

1) beber bebida forte,

2) comer carne e

3) cortar os cabelos. Sansão, Samuel e, provavel-mente, João Batista eram nazireus. Em vista desta providência divina e contra a lei de Deus, os israelitas tentaram os nazireus com vinho a beber (12) e procuraram silenciar os profetas: Não profetizeis. A palavra do Senhor não lhes era agradável.

  1. O Esperado Julgamento (2:13-16)

Por causa das graves transgressões, o Senhor anuncia um julgamento do qual nin-guém escapará. Será uma opressão na qual os mais fortes padecerão. "Eis que eu vos apertarei no vosso lugar como [...] aperta um carro cheio de feixes" (13, ECA; cf. NVI). Israel tem de sentir a pressão moedora do carro totalmente carregado. Outros exposito-res, com leve mudança no verbo hebraico traduzido por "apertar" (mudança apoiada pela LXX), obtêm o significado "oscilar": "Eis que farei oscilar a terra debaixo de vós, como oscila um carro carregado de feixes" (ARA)."
Os versículos 14:16 descrevem a incapacidade de Israel fugir do Senhor. O ágil (14) não conseguirá escapar. O forte "não reterá suas forças e o guerreiro não salvará a sua vida" (RSV; cf. NVI). Nem o arqueiro, o soldado de infantaria e o cavaleiro poderão opor-se ao julgamento do Senhor (15). Nu (16) sugere a absoluta impotência do homem "despojado de todos os recursos com os quais conta para se manter quando enfrentar a catástrofe finar.'

Amós choca seus ouvintes ao anunciar os julgamentos sobre Israel depois do monó-logo contra as nações vizinhas. Estas são as razões para "os julgamentos de Deus contra o seu povo":

1) Desprezaram a lei do Senhor, 4b;

2) Tentaram enganar seu Criador, 4c;

3) Sacrificaram a integridade que Deus lhes dera, 6;

4) Oprimiram os pobres, 7a;

5) Caíram na imoralidade, 7c;
6) Profanaram aquilo que era sagrado, 8,12. Portanto, Deus destrui-rá todos os que quebraram o concerto com o Senhor, 14-16.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Amós Capítulo 2 versículo 12
Os nazireus obrigavam-se mediante um voto a não consumir bebidas alcoólicas (conforme Jz 13:4). Portanto, fazê-los beber vinho era forçá-los a quebrar o compromisso solenemente feito perante o SENHOR.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
*

2:1

queimou os ossos do rei de Edom. De acordo com a tradição hebraica os ossos do rei moabita, Mesa. Tal queima indicava um desprezo especial, e era concebida como algo que privava o morto de paz no após-vida. Josias queimou os ossos de falsos sacerdotes no altar de Betel (2Rs 23:15,16).

* 2:2

Queriote. Provavelmente, era o nome de uma das grandes cidades dos moabitas, que também era um centro religioso (Jr 48:41). O local exato da mesma é incerto. Alternativamente, a palavra hebraica poderia ser considerada com o sentido de "cidades", conforme os tradutores da Septuaginta (Antigo Testamento Grego) a entenderam.

trombeta. Essa trombeta (no hebraico, shophar) era feita de um chifre de carneiro, e transmitia sinais de ordem nas guerras antigas.

* 2:3

Eliminarei. Ver nota em 1.5.

* 2:4

Judá. Estavam concluídos os cinco oráculos contra nações pagãs, e o reino do sul, Judá, agora era ameaçado. O julgamento divino aproximava-se cada vez mais do reino do norte, Israel, onde o próprio Amós profetizava (v. 6).

rejeitaram a lei... estatutos. Por terem rejeitado a lei do pacto revelada por Deus, e, portanto, o próprio Deus, eles tinham-se tornado particularmente merecedores do juízo divino (Êx 15:26; Dt 4:39,40). Os privilégios do pacto de Judá implicavam em maior responsabilidade (conforme Lc 12:48).

após elas andaram seus pais. A antiga expressão idiomática do Oriente Próximo, "andar após", significa seguir em obediência como um vassalo ou servo. Judá estava seguindo mentiras, servindo de vassalo de deuses falsos ou demônios (Dt 32:17; Rm 6:16; 1Co 10:20).

* 2:5

meterei fogo. Ver nota em 1.4.

Jerusalém. Jerusalém significa "cidade da paz". A palavra hebraica para "paz" (shalom) denota não somente a ausência de guerra, mas também prosperidade e bem-estar. Visto que Judá não havia procurado integridade no Senhor, eles veriam a destruição, e não a paz. Essa profecia foi cumprida mais de cento e cinquenta anos mais tarde, quando Nabucodonosor II conquistou Jerusalém e incendiou cada edifício notável, incluindo a casa real (2Rs 25:8-10).

* 2:6

Israel. Começa aqui a acusação do reino do norte — Israel é culpada de injustiça social, imoralidade sexual e abusos religiosos (vs. 6-8).

vendem o justo por dinheiro. Temos aqui uma referência ao sistema judicial corrupto. Os juízes dispunham-se a condenar os inocentes mediante o pagamento de um suborno.

o necessitado. O Senhor tinha uma preocupação especial com o fim de que os direitos deles sejam protegidos (Êx 23:6; Jr 5:28), mas os pobres estavam sendo vendidos à escravidão, mesmo por dívidas insignificantes (aqui simbolizadas por um par de sandálias). A escravidão indigente em Israel era legal, mas foi cuidadosamente limitada pela lei de Moisés (Êx 21:2; Dt 15:12; 1Pe 2:18 e notas).

* 2:7

coabitam com a mesma jovem. Amós denuncia aqui a paixão sexual descontrolada. Tal conduta era contra a intenção original de Deus (Gn 2:21-24; Mt 19:4-6), além de profanar o santo nome de Deus (Lv 18:24). A lei mosaica proibia a união sexual entre pessoas relacionadas por parentesco próximo de sangue (Lv 18:6-18); e embora a legislação mosaica não mencione essa situação específica (compartilhar de uma prostituta em comum), o princípio básico deveria ainda ser aplicado.

* 2:8

se deitam... sobre roupas. Eles se entregavam ao culto de prostituição da fertilidade, ao lado dos altares, profanando assim o nome do Senhor. Havia muitos altares em Israel, incluindo aqueles de Betel (3.14), Dã (8,14) e Gilgal (Os 12:11). Seus pecados de licenciosidade sexual e idolatria somavam-se ao fato que dormiam sobre roupas tomadas como garantia para empréstimos, por parte dos pobres. Tais vestes não deveriam ser retidas durante a noite (Êx 22:26; Dt 24:12,13).

o vinho dos que foram multados. Vinho tomado dos pobres como pagamento por multas injustamente impostas. Talvez a bebedeira acompanhasse a indulgência sexual que acaba de ser mencionada.

* 2:9

eu destruí... o amorreu. Fiel às suas promessas da aliança com Israel (Gn 15:16-21), o Senhor tinha expulsado os cananeus (simplesmente chamados aqui de "amorreus") da Terra Prometida. Ver nota em Gn 10:16.

como a dos cedros. Essa descrição relembra o relatório dado pelos doze espias (Nm 13:32,33), mas também a ira de Deus contra tudo que é altivo e orgulhoso (Is 2:12-18).

fruto por cima... raízes por baixo. Uma expressão poética que indica destruição completa.

* 2:10

da terra do Egito. Ao lembrar-lhes de sua fidelidade à Aliança (conforme Gn 50:24; Êx 3:8), o Senhor firma sua causa contra a infidelidade de Israel.

* 2:11

suscitei profetas. Soberanamente, o Senhor levantou profetas (Dt 18:15-22), juízes (Jz 2:18), sacerdotes (1Sm 2:35) e reis (2Sm 7:12). Os profetas serviam como mensageiros do processo legal, enviados por Deus para conclamar o povo de Deus à obediência.

nazireus. Ver nota em Nm 6:1-21. O Antigo Testamento cita Sansão como um nazireu (Jz 13:4,5). Samuel provavelmente também foi um nazireu (1Sm 1:11, nota).

* 2:12

Mas vós. Em contraste com a fidelidade do Senhor, Israel procurava frustrar os propósitos de Deus, ordenando aos mensageiros de Deus que não profetizassem, e fazendo os nazireus beberem vinho (uma violação de seus votos). Mostravam o seu desprezo tanto pelo Senhor como pela sua lei.

* 2:13

farei oscilar a terra debaixo de vós. O original hebraico deste versículo é difícil de traduzir. Talvez devêssemos traduzi-lo como: "Eu vos pressionarei para baixo". Assim como uma carruagem atola pela pressão de seu conteúdo, e assim torna-se imóvel, assim também Israel será incapaz de fugir (v. 14).

* 2:14

ao ágil, o forte. Um quadro vívido de impotência: os ligeiros dos pés não conseguirão escapar, e os fortes não permanecerão de pé.

* 2:15

arco... pés... cavalo. Todas as unidades do exército falharão perante a ira de Deus.

* 2:16

fugirá nu. Até os mais bravos guerreiros não somente se desfarão de sua armadura e de suas armas, mas também de todo o empecilho, incluindo as vestes, no pânico de sua fuga inútil. Essa fuga despida é uma total humilhação.

naquele dia. A frase com freqüência indica o dia do juízo do Senhor (Sf 1:7, nota). Aqui, refere-se ao dia da conquista de Israel pelos assírios, que já se aproximava.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
2.1-3 Os moabitas descendiam da relação incestuosa do Lot com sua filha maior (Gn 19:30-38). Balac, rei do Moab, tratou de contratar a um vidente, Balaam, para amaldiçoar aos israelitas para que pudessem ser derrotados (Números 22:24). Balaam se negou, entretanto, alguns moabitas tiveram êxito ao fazer que o Israel adorasse ao Baal (Nu 25:1-3). Os moabitas eram conhecidos por suas atrocidades (2Rs 3:26-27). Um achado arqueológico, a pedra moabita, revela que Moab sempre estava preparado para aproveitar-se da queda de outros.

2.4-6 Amós ganhou a sua audiência quando proclamou o castigo de Deus contra as nações malvadas que rodeavam ao Israel. Inclusive falou contra sua própria nação, Judá, antes de enfocasse ao iminente castigo de Deus sobre o Israel.

2.4-6 Depois do reinado do Salomão, o reino se dividiu e as tribos do Judá e Benjamim constituíram o reino do Sul (Judá) sob o reinado do Roboam, filho do Salomão. As outras dez tribos constituíram o reino do Norte (Israel), e seguiram ao Jeroboam, que se tinha revelado contra Roboam.

Deus julgou severamente a outras nações por suas más ações e atrocidades. Entretanto, também prometeu julgar ao Israel e ao Judá devido a que passaram por cima a Palavra revelada de Deus. As outras nações não a conheciam, mas Judá e Israel, o povo de Deus, sabia o que Deus queria. Mesmo assim continuaram ignorando-o, e se uniram às nações pagãs para adorar a seus ídolos.

2.6ss Deus condenou ao Israel por cinco pecados específicos: (1) vender aos pobres como escravos (vejam-se Dt 15:7-11; Am 8:6), (2) explorar aos pobres (vejam-se Ex 23:6; Dt 16:19), (3) participar de pervertidos pecados sexuais (veja-se Lv 20:11-12), (4) tomar garantias colaterais ilícitas para os empréstimos (vejam-se Ex 22:26-27; Dt 24:6, Dt 24:12-13), e (5) adorar falsos deuses (veja-se Ex 20:3-5).

2.6, 7 Amós falou com a classe alta. Não havia classe média na nação, solo os muito ricos e os muito pobres. Os ricos observavam os rituais religiosos. Davam dízimos extras, assistiam aos lugares de adoração e ofereciam sacrifícios. Entretanto, eram ambiciosos e injustos, e se aproveitavam dos indefesos. Assegure-se de não esquecer-se dos pobres enquanto que assiste com fidelidade à igreja e leva a cabo os rituais religiosos. Deus espera que vivamos por fé, e isso significa responder às necessidades dos menos afortunados.

2.9-11 Constantemente os profetas desafiavam ao povo para que recordasse o que Deus tinha feito! Quando lemos uma lista como esta, surpreende-nos a infidelidade do Israel. Mas, o que diriam os profetas de nós? A fidelidade anterior de Deus deveu haver recordado a quão israelitas deviam obedecê-lo; da mesma forma, o que Deus tem feito por nós deve nos recordar que devemos viver para O.

2:11 Os nazareos faziam votos para abster do vinho e se deixavam crescer o cabelo. Entretanto, em vez de respeitá-los por suas vidas disciplinadas e moderadas, respiravam-nos a romper seus votos. Se os nazareos caíam na corrupção, teriam muito pouca boa influência sobre os israelitas.

2:16 Aquele dia se refere ao dia em que Assíria atacaria o Israel, destruiria Samaria e se levaria a povo cativo (722 a.C.). Esta derrota militar ocorreu umas quantas décadas depois deste anúncio.

2:16 A televisão e o cinema estão cheios de imagens de gente que parece não temer a nada. Muitas pessoas na atualidade procuraram amoldar suas vidas segundo estas imagens, querem ser fortes e valentes a qualquer preço. Entretanto, Deus não se impressiona com nossa fortaleza. Até o mais forte ou valente dos homens correrá de medo quando chegar o castigo de Deus. Pode recordar pessoas que se consideram o suficientemente fortes ou valentes para viver sem Deus? Não permita que sua retórica de auto-suficiência o vibre. Tenha presente que Deus não teme a ninguém, e que algum dia todas as pessoas lhe temerão.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
6. Moab (2: 1-3)

1 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Moabe, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque queimou os ossos do rei de Edom em Ct 2:1 Por isso porei fogo a Moabe, e ele consumirá os palácios de Kerioth; e Moabe morrerá com grande estrondo, com alarido, e com o som da trombeta; 3 e exterminarei o juiz do meio dele, e matarei todos os seus príncipes com ele, diz o Senhor.

Moab foi outro vizinho próximo de Israel, estando situado a leste do Mar Morto, entre Ammon para o norte e para o sul Edom. O pecado em particular apontada por Amos por sua dura repreensão foi a queima de os ossos do rei de Edom . Este desonrarem o cadáver de um rei estrangeiro foi uma ruptura violenta com a reverência normal, comprovada a tumba naqueles tempos antigos, e o único pecado repreendeu nesta série por Amos, que não dizem respeito a um crime contra Israel. No entanto, é possível que este incidente ocorreu por causa de uma aliança anterior de Edom com Israel (conforme 2Rs 3:1)

1. Judá (2: 4-5)

4 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Judá, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque rejeitaram a lei do Senhor, e não guardaram os seus estatutos, e suas mentiras causaram os enganou, depois que seus pais fez caminhada. 5 Por isso porei fogo a Judá, e ele consumirá os palácios de Jerusalém .

Muito antes do dia da psicologia moderna, Amos soube captar a sua audiência. Homem adora ouvir os pecados do seu próximo repreendeu, especialmente os de seus parentes que têm assumido anteriormente uma atitude "mais santo do que tu". E assim, o prazer foi adicionada para encantar como Amos virou de denunciar os pecados das terras dos gentios e começou a repreendê sua própria terra natal, o Reino do Sul de Judá.

Novamente Amos usa o refrão agora familiar, Por três transgressões ... sim, para quatro . Mas agora, uma vez que ele está lidando com o próprio povo de Jeová, e em preparação para o ataque ainda mais devastador que ele vai fazer em Israel, ele especifica três transgressões de Judá, em vez de apenas um, como tinha feito com os gentios: (1) eles têm rejeitaram a lei do Senhor, (2) que não guardaram os seus estatutos, e (3) as suas mentiras (ou seja, seus falsos deuses-conforme Jr 16:19) os fez errar . Devido a isso, o mesmo fogo que a guerra trouxe sobre as nações dos gentios será o castigo de Judá.

2. Israel (2: 6-16)

1. A acusação (2: 6-8)

6 Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Israel, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque vendem o justo por dinheiro, e os necessitados por um par de sapatos- 7 eles que pant após o pó da terra sobre a cabeça dos pobres, pervertem o caminho dos mansos; um homem e seu pai irem à mesma moça, assim profanando o meu santo nome: 8 e eles deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas; e na casa de seu Deus bebem o vinho dos que foram multados.

Público Amos 'tinha sido tão feliz no início de sua mensagem, quando ele estava denunciando seus vizinhos, que poucos se qualquer observou como ele estava se movendo cada vez mais perto deles. Então, de repente ele caiu, e com uma veemência unapproached por que tinha ido antes. Por três ... sim, para quatro -a introdução familiarizado foi repetido novamente. Mas desta vez Amos não parou com especificando apenas um pecado, como fizera com os gentios, nem com três, como tinha feito com Judá.Ele acusou Israel com um total de sete atos de transgressão. Os quatro primeiros relacionado com aspectos econômicos e judiciais: (1) eles venderam o justo por dinheiro, (2) que venderam ... os necessitados por um par de sapatos, (3) que ... pant após o pó da terra na cabeça dos pobres, e (4) eles ... pervertem o caminho dos mansos. Os homens no poder em Israel eram gananciosos, agarrando depois de terra, vendendo para fora causas justas e pessoas humildes para depoimento e pagou subornos. Os restantes três acusações relacionadas com a área religiosa da vida: (5) um homem e seu pai entram à mesma moça, assim profanando o meu santo nome, (6) se deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas, e (7) , na casa de seu Deus bebem o vinho dos que foram multados. Israel tinha se envolvido em prostituição templo, exercida por pagãos em honra de seus falsos deuses, mas exercida por Israel, mesmo em nome de Jeová. Este culto imoral desde prostitutas masculino e feminino nas próprio recinto do templo em Bethel em nome da religião. Eles haviam se multiplicado os seus altares, e com uma referência de volta para a sua ganância, deitou-se em seus bacanais por estes altares em peças de vestuário que tira dos pobres como garantia de suas dívidas em transgressão da lei (conforme Ex 22:25. ). E o próprio vinho que beberam diante do Senhor como um ato de adoração era o que tinham injustamente que tira dos pobres através de multas judiciais.

Através de todas as acusações que se sobrepõem e se entrelaçam, pode-se ver claramente a raiva Amos 'queimando em quatro pecados básicos de Israel: cobiça, desprezo pela justiça, a imoralidade sexual, e desrespeito para com nome e vontade de Deus. A coisa toda encontrou suas raízes na cobiça, que havia exaltado prazeres carnais como os objetos de culto e resultou em excessiva auto-indulgência.

b. As circunstâncias agravantes (2: 9-12)

9 Contudo eu destruí o amorreu diante deles, cuja altura era como a altura dos cedros, e que era forte como os carvalhos; mas destruí o seu fruto por cima, e as suas raízes por baixo. 10 Também vos fiz subir da terra do Egito, e levou 40 anos no deserto, para possuir a terra dos amorreus. 11 E eu levantei de seus filhos para profetas, e dos vossos jovens nazireus. Não é mesmo assim, ó filhos de Israel? diz o Senhor. 12 Mas vós aos nazireus destes vinho a beber, e aos profetas ordenastes, dizendo: Não profetizeis.

Pecado é pecado, quem o comete. Mas o pecado torna-se ainda mais pecaminosa, ainda mais indesculpável, quando cometidos por aqueles a quem Deus concedeu medidas incomuns de luz e bênção. Assim foi com Israel, libertados do Egito, liderado no deserto, dada a terra de um povo muito mais poderoso do que eles, visitado por profetas e nazireus. Mas Israel voltaram sua luz para as trevas, profanando o Nazirites e silenciando os profetas.

c. O Julgamento (2: 13-16)

13 Eis que eu pressione você em seu lugar, como um carrinho presseth que é cheio de feixes. 14 E voo perecerão da rápida; nem o forte deve reforçar a sua força; nem o poderoso livrará; 15 não ficará em pé o que maneja o arco; e ele o ligeiro de pés se entregar a si mesmo ; nem aquele que cavalga o cavalo livrará, 16 e aquele que é corajoso entre os valentes fugirá nu naquele dia, diz o Senhor.

Era absolutamente impossível para pecaminoso Israel para escapar da punição divina. Jeová pressioná-los em seu lugar como um carrinho cheio de feixes pressiona o chão debaixo dele. E assim como Israel era culpado de sete actos especificados da transgressão, para que houvesse sete actos especificados de retribuição: (1) voo perecerão da swift, (2) a forte não deve reforçar a sua força, (3) nem o poderoso livrará, (4) não ficará em pé o que maneja o arco, (5) que o ligeiro de pé não deve entregar-se, (6)nem o que cavalga o cavalo deverá entregar-se, (7) aquele que é corajoso entre os valentes fugirá nu naquele dia. Tudo em que os homens normalmente colocam sua confiança em que o dia seria de nenhum proveito vôo, força, poder, o arco, a rapidez, a cavalo, de coragem. Presente curso de Israel já estava destruindo seus recursos. Castigo divino iria completar a destruição.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16
2.1 Algo desta luta se descreve em 2Rs 3:5-12. As rivalidades se desenvolveram a tal ponto que, não havendo possibilidade de conseguir prender ou matar o rei inimigo, abriu-se o túmulo de um rei morto, para o ultrajar profanando seus ossos.

2.2 Queriote. Capital de Moabe e centro do culto a Camos.

2.4 Judá. Os pecados nacionais dos povos vizinhos foram denunciados por Amós neste grande discurso público feito em Betel; agora chega a vez da nação gêmea, antes de se tratar da própria nação de Israel, dos próprios ouvintes de Amós que até então estavam gostando da mensagem. Este discurso introdutório (1:1-2,16) abriu o caminho à verdadeira mensagem de Amós: o apelo à nação do norte.

2.5 Jerusalém. A história subseqüente de Jerusalém contém uma série de invasões: cercada por Senaqueribe em 710 a.C., dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.

2.8 Roupas. As roupas dos pobres eram peças quadradas de tecido, que serviam como cobertas, à noite. Aqui, os credores estão exigindo até as vestimentas necessárias para a sobrevivência, em penhor pela dívida. Segundo a lei, as roupas deveriam ser restituídas ao seu dono antes do pôr-do-sol (Êx 22:26). Vinho dos que foram multados. O dinheiro injustamente recolhido dos pobres gastava-se na compra de vinho para as festas imorais.

2.9 O amorreu. Uma tribo de Canaã, talvez a mais adiantada, simbolizando aqui todos os tipos de habitantes originais de Canaã, cuja pujança era semelhante à das árvores que cresciam na sua terra.

2.13 A linguagem de Amós é a linguagem do pastor e do fazendeiro; Amós demonstra que Deus chama todo e qualquer tipo de homem para cumprir sua tarefa.
2.15 Sem harmonia com a vontade de Deus, nenhuma escapatória terá êxito.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 1 até o 16

6) Os pecados de Moabe (2:1-3)
A terra de Moabe estava situada a leste do mar Morto, e a fronteira com Israel não era fixa, embora o rio Arnom fosse geralmente considerado o limite. O ponto de interesse na condenação de Moabe é que o crime não tinha nada que ver com Israel. Moabe é condenado porque ele queimou até reduzir a cinzas os ossos do rei de Edom (v. 1). As circunstâncias históricas exatas desse ato não podem ser determinadas, e a natureza do crime também é um tanto obscura. E provável, no entanto, que os moabitas tenham profanado um túmulo real em Edom (v. 2Rs 23:16). Roubo e profanação de túmulos eram crimes especialmente desprezíveis, pois se dava muita importância ao descanso de um morto no lugar de sepultamento da família. Os moabitas, por outro lado, podem ter capturado um rei edomita e, depois de o terem morto, queimaram o seu corpo até que os seus ossos estivessem calcinados. Isso parece ter sido um tratamento reservado somente a criminosos na cultura da época (observe Gn 38:24; Lv 20.14; 21:9).

Mais uma vez, o castigo a ser retribuído a eles é o desastre militar completo (v. 2) e a retirada de todo o poder e autoridade (v. 3). E interessante observar que a segunda parte do v. 2 é composta de palavras fortes, extraídas do vocabulário da batalha, e ela evoca todo tumulto e barulho de um exército no meio de um ataque, incluindo os gritos de guerra. A trombeta (sõphãr) era o chifre de carneiro usado para tocar o alarme ou anunciar o ataque. O governante de Moabe e os líderes do povo vão ser exterminados (v. 3). Amós usa a palavra governador (sõphet) aqui, em vez de rei. A palavra talvez seja somente um sinônimo de rei nesse contexto, mas normalmente parece ter sido reservada para líderes civis de posição inferior, como os juízes da confederação israelita, cuja tarefa era garantir a justiça e resolver disputas judiciais. E possível que o uso do termo indique que Moabe tenha pago tributos a outro Estado nessa época, talvez até mesmo a Israel (observe o comentário vago de 2Rs 14:25).

A importância real dessa seção está no fato de que Amós sinaliza a Israel que o seu Deus é o Deus de toda a terra, aquele que estava profundamente interessado em todos os povos e castiga o pecado, não importa onde ocorra. Ele estava interessado, portanto, não somente em Israel e nos que o importunavam, mas também nos relacionamentos entre todos os Estados e nações. As leis de conduta que haviam sido reveladas a Israel eram válidas além de todos os limites internacionais. Javé não era simplesmente um Deus tutelar, interessado somente no seu próprio povo, mas era o Deus que exigia justiça e eqüi-dade entre as nações, pois o seu governo estendia-se a todos os homens, e em todas as circunstâncias.

7) Os pecados de Judá (2.4,5)
Esse oráculo leva a atenção da periferia para o centro geográfico. O círculo de oráculos deu a volta por todas as nações vizinhas, faltando agora somente Judá e Israel no centro. O pecado de Judá (v. 4) não é tão específico ou concreto como as acusações em outros oráculos nessa série. A acusação dirigida contra Judá é a de desobediência e apostasia em geral; a rejeição proposital das exigências de Javé para a sua vida nacional e individual. Os versículos destacam o conceito bíblico do pecado como o estado de rebelião ativa contra Deus demonstrada no fato de que rejeitaram a lei do Senhor, ou seja, a revelação da sua vontade. O fato de Judá ter negligenciado os seus decretos — os mandamentos específicos de Javé — ocorreu apesar da evidente recuperação da adoração genuína sob a liderança de Uzias. Fica claro que houve somente uma restauração dos aspectos exteriores da adoração, confirmada na expressão porque se deixou enganar por deuses falsos (supostamente o culto a Baal), que ainda eram adorados pelo povo como havia ocorrido no passado. Um grande número de estudiosos tem considerado possível a hipótese de que essa acusação particular está fora de sintonia com os outros oráculos da série e representa um acréscimo inserido na profecia por editores posteriores. A genuinidade dessas palavras é defendida de forma convincente por Hammershaimb (p. 45-6).


8) Os pecados de Israel (2:6-16)
Amós agora deu a volta completa e chegou ao verdadeiro público a quem a sua mensagem foi principalmente dirigida. As diversas nações à volta de Israel foram consideradas. Ao fazer isso, ele preparou a sua acusação final contra o próprio povo de Israel. A concordância silenciosa dos seus ouvintes com as declarações de juízo anteriores foi na verdade uma autocondenação; ao condenar os outros, estavam se condenando a Sl mesmos. Amós inicia a sua condenação da nação com uma lista dos pecados do povo. O oráculo contra Israel é muito mais longo e complexo, tanto na estrutura quanto no estilo, do que os oráculos anteriores contra as nações vizinhas. Isso era de esperar, visto que a acusação é uma lista ampliada dos pecados de Israel. O anúncio do castigo propriamente dito só começa no v. 13, em que a exclamação Agora, então introduz a proclamação do castigo de Deus sobre a nação.

A acusação começa com uma referência à escravidão (v. 6) e um comentário mordaz ao estado dos tribunais de justiça, que já não ministravam a justiça imparcial. A situação imaginada no v. 6 pode ser a da venda de um devedor insolvente para pagar as suas dívidas acumuladas (observe Lv 25:39; 2Rs 4:1Ne 5:5). Numa terra em que a seca era algo comum, e a ferrugem e os gafanhotos causavam destruições freqüentes, um empréstimo de proporções maiores era com freqüência a única forma de se manter ativa a agricultura familiar. Uma vez com dívidas, no entanto, não era tarefa fácil sair dessa situação; os juros eram exorbitantes, e muitos israelitas eram forçados a se vender como escravos para poder pagar as dívidas acumuladas. O termo traduzido por prata significa simplesmente dinheiro, possivelmente uma quantia insignificante. A expressão paralela um par de sandálias pode ser uma expressão idiomática que denominava a transferência regular de terras, sendo uma referência ao fato de que o homem era vendido ou por dinheiro ou pela terra. Por outro lado, as expressões podem significar nada mais do que o fato de que os juízes em Israel eram influenciados por subornos irrisórios.

O que está claro, com base nas acusações, é que os processos legais não estavam ajudando em nada o justo (saddiq). A palavra aqui não significa o que é moralmente correto, mas indica a parte inocente numa causa judicial, o homem que a corte deveria ter vindicado. As cortes judiciais eram perversas, e os ricos e influentes conseguiam dominá-las. O resultado era que a injustiça social predominava. Negava-se a justiça ao oprimido (v. 7) porque os pobres eram explorados, e não ajudados. A expressão Pisam a cabeça dos necessitados como pisam o pó da terra provavelmente é figurada e significa que os direitos dos pobres eram pisados (conforme Is 3:15).

Há duas possibilidades de interpretação da situação no v. 7b em que Pai e filho possuem a mesma mulher. Poderia ser uma referência à prostituição cultual, que era uma prática regular na adoração dos cultos de fertilidade no mundo antigo. Está claro, com base em outros escritos proféticos, que Israel havia adotado a prática junto com outros aspectos da religião cananéia local. Por outro lado, alguns sugerem que a mulher era uma escrava que era usada como concubina tanto pelo pai quanto pelo filho, o que era expressamente proibido em Êx 21:8 (v. tb. Dt 22:30). O destaque que se dá ao pai e ao filho ressalta a promiscuidade ligada a essa situação. No entanto, em vista da relação dessas afirmações com o v. 8 que está claramente num contexto cultual, e do fato de que o verbo traduzido por possuem não é o verbo comumente usado para se referir a relações sexuais, parece preferível considerar a acusação em associação com a prática da prostituição cultual na terra de Israel, por meio da qual os israelitas profanam o meu santo nome. O v. 8 continua a destacar o fato de que a religião de Israel havia se divorciado totalmente da moralidade e de qualquer idéia de comportamento ético prático. Esse divórcio entre religião e moralidade tinha resultado na corrupção geral da sociedade.

v. 8. roupas tomadas como penhor, uma referência ao procedimento-padrão de se garantir um empréstimo. O devedor deixava a sua capa com aquele que lhe concedia o empréstimo como garantia pela dívida. No entanto, Ex 22:26 estabelece que essa vestimenta dada em garantia tinha de ser devolvida ao devedor antes do pôr-do-sol, pois era sua proteção e servia de cobertor à noite. Amós indica assim que essas limitações legais estavam sendo totalmente desconsideradas. A adoração havia se tornado uma desculpa para a indulgência em diversas orgias; o vinho que era bebido era pago com dinheiro vindo de taxas pagas no tribunal, e as capas em que se espreguiçavam eram artigos penhorados confiscados. Esse tipo de comportamento inevitavelmente teria efeitos sérios sobre a nação. Os pobres estavam sofrendo debaixo do poder dos ricos, que conseguiam usar o tribunal para tirar vantagens dele como ferramenta de exploração. As instituições sociais estavam sendo continuamente violadas, e a justiça tinha sido descartada pela voracidade, materialismo e ganância.

Os v. 9-12 destacam o fato de que o comportamento de Israel era ainda mais abominável em vista dos atos poderosos que Deus havia realizado pela salvação deles. A ordem dos tópicos talvez surpreenda, pois a conquista (v. 9) vem antes da referência ao êxodo e à peregrinação no deserto (v. 10). “Essa ordem incomum tem a sua própria lógica; ela ressalta que a existência de Israel na terra dos amorreus é resultado da obra de Javé” (J. L. Mays). O foco da atenção está no imenso poder de Deus e aponta para “o contraste gritante entre os atos de bondade de Javé para com o povo e a pecaminosidade com a qual de forma tão vergonhosa eles têm retribuído à bondade dele” (Hammershaimb). v. 9. os amorreus: usado com referência aos diversos grupos cananeus, e não à tribo específica com esse nome. Uma série de grupos tribais ori-ginariamente de Canaã. Eram descritos como de estatura e força gigantescas, daí a referência a cedro e carvalho (Nu 13 22:4; Dt 2:10Dt 2:20). É importante ressaltar que os amorreus foram distinguidos como estando entre os piores ofensores em relação às práticas religiosas de Canaã. Os diversos cultos de fertilidade são agrupados sob o simples título “a maldade dos amorreus” (Gn 15:16), e isso leva a uma proeminência ainda maior o fato de Israel ter desprezado Javé e seus caminhos, visto que agora estavam deslizando para as práticas ímpias das mesmas nações que o poder de Javé tinha expulso de diante deles.

A ação de Javé, no entanto, nãõ estava limitada ao êxodo e à conquista, mas continuou entre o seu povo. Foi vista no preparo e chamado de profetas e nazireus, i.e., “consagrados” (v. 11), cuja obra é uma manifestação contínua do poder e da presença de Deus. Israel, no entanto, havia ignorado a presença de Deus entre eles e zombado dos servos dele. O nazireu asceta havia sido forçado a quebrar os seus votos e a beber vinho (Nu 6:1

3); os profetas haviam sido intimidados, e assim não ousavam falar (v. 12). Deus não havia deixado o seu povo sem testemunhas da sua obra e da sua palavra, mas Israel havia rejeitado Deus, rejeitado os ideais dele entre os nazireus e suprimido a verdade dos profetas. Surpreende pouco o fato de que, nessa situação, o Deus do poder e da força, que uma vez havia esmagado os amorreus para o bem do seu povo, era agora o Deus que tornaria a história da salvação em história de juízo.
Assim, Amós prossegue e faz uma declaração de juízo, que ocupa os v. 13-16, descrito em mais detalhes do que nos oráculos anteriores. O justo juízo divino iria vindicar Deus e sua justiça, e ao fazer isso a nação seria esmagada como feixes de trigo na eira de malhar cereais. O texto do v. 13 é difícil, visto que o verbo ocorre só aqui no ATOS e é de significado incerto. A RSV sugere que o efeito sobre a nação é como se ela fosse esmagada debaixo da pesada carroça [...] carregada de trigo, mas isso está baseado num aramaísmo que seria improvável na época de Amós. Por outro lado, o verbo pode significar “retalhar”, e a idéia então seria que a nação seria cortada assim como a carroça de malhar retalhava a palha (melhor do que trigo) na eira. Seja qual for o significado dado ao verbo, está claro que o efeito final da ação de Deus seria catastrófico para a nação. O poderio militar ostentado por Israel não valeria nada no dia da revelação da ira e do castigo de Deus. Ninguém escaparia (v. 14-16). Não importaria quão ágeis eles fossem, quão valentes ou fortes, aliás o mais valente entre eles tiraria as roupas para facilitar a fuga (v. 16). A nuvem tempestuosa da Assíria passaria sobre a terra, e não haveria ninguém que pudesse se opor a ela.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 6 até o 16

D. Acusação de Israel. Am 2:6-16. Israel ia agora aprender que o seu relacionamento especial com Jeová não a excluía do castigo.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Amós Capítulo 2 do versículo 6 até o 16
h) Israel (Jl 2:6-30. Eles eram os separados, os consagrados, e faziam voto de total abstinência de bebidas alcoólicas. O maior pecado de Israel, porém, era o da intimidação (12b); diz Deus que aos profetas ordenastes (intimidastes) para que não profetizassem, para que suas consciências calejadas não fossem perturbadas. Eis que eu vos apertarei (13). Segundo algumas versões, isso significaria que Jeová estava pressionado e sobrecarregado sob o peso dos graves e multiformes pecados de Seu povo (Is 43:24), ou , seguindo esta versão, pode significar que Deus trilharia a nação como "um carro de trilhar pressionava os feixes que enchiam a eira" (N. H. Snaith). Porém, talvez a primeira interpretação seja a melhor, pois o pecado tem conseqüência não apenas para o pecador; mas afeta profundamente o próprio Deus. Os versículos 14:16 descrevem o inescapável julgamento que cairia sobre todos. Nem o lépido de pés, nem o forte, nem o guerreiro e nem o cavaleiro conseguiriam escapar. Essa fuga inútil seria resultado da severidade da tempestade de vingança que havia rolado por cima dos países circunvizinhos e que agora estava atingindo Israel em toda a sua fúria. A predição foi cumprida na invasão assíria.

Dicionário

Beber

verbo transitivo direto Figurado Usar todo o dinheiro para comprar bebidas alcoólicas; gastar: bebeu o dinheiro da herança.
Absorver um líquido: este papel bebe a tinta.
Aproveitar com intensidade; absorver-se: beber a inteligência do seu mestre.
verbo transitivo direto e intransitivo Figurado Ter um consumo alto de combustível: este opala bebe muita gasolina; comprei um carro que só sabe beber!
expressão Figurado Beber as palavras de alguém. Ouvir alguém com muita atenção.
Etimologia (origem da palavra beber). Do latim bibere “ingerir líquido”.

Engolir ou ingerir líquido

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Ordenar

verbo transitivo direto e bitransitivo Arrumar, dispor, colocar em ordem: ordenar os livros nas prateleiras; ordenava aos pares os livros.
Dispor harmoniosamente; organizar: ordenou seus DVDs por cores; ordenava por tamanho os seus sapatos.
verbo transitivo direto , bitransitivo e intransitivo Determinar, dar uma ordem: ordenou castigos; ordenou penas aos condenados; trabalhava ordenando.
verbo transitivo direto e pronominal Religião Segundo o catolicismo, conferir ordens sacras: ordenar os coroinhas; ordenou-se padre.
verbo transitivo indireto Resolver fazer alguma coisa; impor uma determinação.
expressão [Matemática] Ordenar um polinômio. Escrever seus termos numa forma tal que as potências de uma letra particular fiquem numa ordem crescente ou decrescente.
Etimologia (origem da palavra ordenar). Do latim ordinare.

Ordenar
1) Pôr em ordem (Gn 14:8)

2) Dar ordem (Mt 15:4).

Profetar

verbo intransitivo e transitivo direto Variação de profetizar.
Etimologia (origem da palavra profetar). Do latim prophetare.

Profetizar

verbo transitivo direto , bitransitivo e intransitivo Prever o futuro por aptidão natural ou por influência divina: profetizou o apocalipse; profetizava aos fiéis o retorno do Salvador; tem o hábito de profetizar.
verbo transitivo direto Prever alguma coisa através de deduções; prognosticar: o pai previa o divórcio do filho; previram a falência da empresa.
verbo transitivo direto e intransitivo Disseminar a palavra de Deus.
Etimologia (origem da palavra profetizar). Do latim prophetizare.

[...] no contexto bíblico profetizar é pronunciar verdades religiosas sob inspiração divina, não necessariamente predizer acontecimentos futuros, mas, admoestar, exortar, confortar, etc.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 2, cap• 6


Profetizar Anunciar a mensagem de Deus às pessoas (Is 30:10); (1Co 14:4).

Vinho

substantivo masculino Bebida alcoólica resultante da fermentação da uva sob efeito de certas leveduras.
Essa bebida feita pela fermentação do sumo de outras frutas.
Licor análogo, que se extrai de certas plantas.
Coloração da uva ou cor do vinho tinto.
Copo, cálice ou garrafa de vinho: comprei dois vinhos ontem.
Figurado O que causa embriaguez; bebedeira: o vinho do seu sorriso.
adjetivo Que tem a cor do vinho; roxo, arroxeado: vestido vinho.
Diz-se dessa cor: seu vestido era vinho.
expressão Vinho de mesa. Vinho que se costuma beber às refeições.
Vinho doce. Vinho feito de uva bem madura, e que possui qualidades muito sacarinas.
Vinho rascante. Vinho adstringente, que deixa certo travo na garganta.
Vinho seco. Vinho que não é doce e possui sabor firme e são.
Vinho tinto. Vinho de cor avermelhada.
Vinho verde. Vinho ácido, produzido com uvas pouco maduras e pouco doces.
Etimologia (origem da palavra vinho). Do latim vinum.i.

o sumo das uvas produzia diversas espécies de vinho. Pisadas as uvas no lagar, corria o sumo para uma cuba. A esse sumo chamavam ‘vinho novo’ – e os judeus bebiam-no nesse estado – mas passado pouco tempo, principiava a fermentação. o vinho fermentado tinha diversos nomes. Algum era pouco melhor do que o vinagre, e formava a bebida comum dos operários, ou dos trabalhadores do campo durante o calor da colheita (Rt 2:14). Foi este o vinho, fornecido em enormes quantidades por Salomão, para os rachadores de lenha no Líbano (2 Cr 2.10). o vinagre que deram ao Salvador, quando estava na cruz (Mc 15:36), era provavelmente a ‘posca’, uma mistura de vinho e água que costumavam dar aos soldados romanos – e o vinho com mirra era uma bebida estupefaciente (*veja 23). o vinho não era somente misturado com água, mas também o aromatizavam algumas vezes (Sl 75:8Pv 9:2-5 – 23.30). o A.T. alude muitas vezes ao vício em que caíram os hebreus e outros povos da antigüidade, bebendo excessivamente, e também faz muitas referências às vergonhosas cenas de orgia por ocasião das festas, no tempo da vindima. igualmente, Belsazar e Xerxes tinham os seus ‘banquetes de vinho’ – Neemias aparece como copeiro de Artaxerxes – e Naum e Habacuque acusaram os ninivitas e os caldeus de serem vergonhosamente desregrados (Na 1.10 – 2.1 – 3.11 – Dn 5:1-2Hc 2:15-16). Em conformidade com estas passagens acham-se muitas vezes exemplificados, nas esculturas assírias, o uso e o abuso do fruto da vide. os profetas do oitavo século antes de Cristo referem-se freqüentemente aos banquetes, nos quais bebiam demasiadamente as classes mais ricas da comunidade. Amós descreve com viveza aquelas orgias dos príncipes de Samaria, que se estendiam sobre as camas de marfim e bebiam vinho por taças (6.4 a 6). oséias escreve que no dia do aniversário natalício do rei, os príncipes se tornaram doentes com a excitação do vinho (os 7:5) – e isaías exclamava (28.1): ‘Ai da soberba coroa dos bêbados de Efraim.’ o mesmo profeta denuncia os habitantes de Jerusalém deste modo: ‘Ai dos que se levantam pela manhã, e seguem a bebedice, e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta’ (is 5:11). Jesus Cristo, em Caná da Galiléia, mudou a água em vinho (Jo 2:9-10). Acham-se indicações no N.T. de que o vinho era algumas vezes bebido em excesso: (Jo 2:10At 2:13 – 1 Co 5.11 e 6.10 – Ef 5:18). Paulo (Rm 14:21) sugere a lei da abstinência para o bem-estar dos outros, mas recomenda um pouco de vinho a Timóteo, em vista da sua fraqueza física (1 Tm 5.23). (*veja Videira, Lagar de Vinho.)

Vinho Bebida alcoólica resultante da fermentação natural do suco de uvas (Pv 20:1); (Ef 5:18).

Vinho Ver Álcool.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
נָזִיר שָׁקָה יַיִן נָבִיא צָוָה אָמַר נָבָא
Amós 2: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Mas vós aos nazireusH5139 נָזִירH5139 destes a beberH8248 שָׁקָהH8248 H8686 vinhoH3196 יַיִןH3196 e aos profetasH5030 נָבִיאH5030 ordenastesH6680 צָוָהH6680 H8765, dizendoH559 אָמַרH559 H8800: Não profetizeisH5012 נָבָאH5012 H8735.
Amós 2: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

766 a.C.
H3196
yayin
יַיִן
vinho
(wine)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H5012
nâbâʼ
נָבָא
profetizar
(and they prophesied)
Verbo
H5030
nâbîyʼ
נָבִיא
porta-voz, orador, profeta
([is] a prophet)
Substantivo
H5139
nâzîyr
נָזִיר
alguém consagrado ou dedicado, nazireu
(of him who was separate from)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6680
tsâvâh
צָוָה
mandar, ordenar, dar as ordens, encarregar, incumbir, decretar
(And commanded)
Verbo
H8248
shâqâh
שָׁקָה
dar de beber, irrigar, beber, regar, levar a beber água
(and watered)
Verbo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


יַיִן


(H3196)
yayin (yah'-yin)

03196 יין yayin

procedente de uma raiz não utilizada significando efervescer, grego 3631 οινος; DITAT - 864; n m

  1. vinho

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

נָבָא


(H5012)
nâbâʼ (naw-baw')

05012 נבא naba’

uma raiz primitiva; DITAT - 1277; v

  1. profetizar
    1. (Nifal)
      1. profetizar
        1. sob influência de espírito divino
        2. referindo-se aos falsos profetas
    2. (Hitpael)
      1. profetizar
        1. sob influência de espírito divino
        2. referindo-se aos falsos profetas

נָבִיא


(H5030)
nâbîyʼ (naw-bee')

05030 נביא nabiy’

procedente de 5012; DITAT - 1277a; n m

  1. porta-voz, orador, profeta
    1. profeta
    2. falso profeta
    3. profeta pagão

נָזִיר


(H5139)
nâzîyr (naw-zeer')

05139 נזיר naziyr ou נזר nazir

procedente de 5144; DITAT - 1340b; n m

  1. alguém consagrado ou dedicado, nazireu
    1. pessoa consagrada
    2. devoto, nazireu
    3. não podada (videira)

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

צָוָה


(H6680)
tsâvâh (tsaw-vaw')

06680 צוה tsavah

uma raiz primitiva; DITAT - 1887; v.

  1. mandar, ordenar, dar as ordens, encarregar, incumbir, decretar
    1. (Piel)
      1. incumbir
      2. ordenar, dar ordens
      3. ordernar
      4. designar, nomear
      5. dar ordens, mandar
      6. incumbir, mandar
      7. incumbir, comissionar
      8. mandar, designar, ordenar (referindo-se a atos divinos)
    2. (Pual) ser mandado

שָׁקָה


(H8248)
shâqâh (shaw-kaw')

08248 שקה shaqah

uma raiz primitiva; DITAT - 2452; v.

  1. dar de beber, irrigar, beber, regar, levar a beber água
    1. (Hifil)
      1. regar, irrigar
      2. regar, dar de beber
    2. (Pual) ser regado
    3. (Nifal) variante

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo