Enciclopédia de Miquéias 2:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mq 2: 5

Versão Versículo
ARA Portanto, não terás, na congregação do Senhor, quem, pela sorte, lançando o cordel, meça possessões.
ARC Portanto, não terás tu na congregação do Senhor quem lance o cordel pela sorte.
TB Portanto, tu não terás quem meça com cordel uma porção na congregação de Jeová.
HSB לָכֵן֙ לֹֽא־ יִֽהְיֶ֣ה לְךָ֔ מַשְׁלִ֥יךְ חֶ֖בֶל בְּגוֹרָ֑ל בִּקְהַ֖ל יְהוָֽה׃
BKJ Portanto, não terás tu quem lance o cordel pela sorte na congregação do SENHOR.
LTT Portanto, não terás tu na congregação do SENHOR quem lance o cordel- de- medir (para delimitar e dividir a terra) por sorte ①.
BJ2 Por isso não tereis quem meça uma parte na assembléia de Iahweh.[q]
VULG Propter hoc non erit tibi mittens funiculum sortis in cœtu Domini.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Miquéias 2:5

Deuteronômio 23:2 Nenhum bastardo entrará na congregação do Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará na congregação do Senhor.
Deuteronômio 23:8 Os filhos que lhes nascerem na terceira geração, cada um deles entrará na congregação do Senhor.
Deuteronômio 32:8 Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros, pôs os termos dos povos, conforme o número dos filhos de Israel.
Josué 18:4 De cada tribo escolhei vós três homens, para que eu os envie, e se levantem, e corram a terra, e a descrevam segundo as suas heranças, e tornem a mim.
Josué 18:10 Então, Josué lhes lançou as sortes em Siló, perante o Senhor; e ali repartiu Josué a terra aos filhos de Israel, conforme as suas divisões.
Neemias 7:61 Também estes subiram de Tel-Melá, Tel-Harsa, Querube, Adom e Imer, porém não puderam mostrar a casa de seus pais e a sua linhagem, se eram de Israel:
Salmos 16:6 As linhas caem-me em lugares deliciosos; sim, coube-me uma formosa herança.
Oséias 9:3 Na terra do Senhor, não permanecerão; mas Efraim tornará ao Egito, e na Assíria comerão comida imunda.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"sorte": terra dividida, por sorte, para cada família Nm 33:54.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Miquéias Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
B. POR QUE JULGAMENTO?, 2:1-3.12

1. Injustiça (2:1-5)

Deus prossegue com o caso contra seu povo desobediente. Através do profeta, ex-põe os males específicos na vida social e religiosa do povo, os quais eram responsáveis pela ruína deles. Miquéias deixa claro que os pecados contra o povo são, na realidade, pecados contra Deus. Neste ponto, precedeu o ensino de nosso Senhor Jesus (Mt 25:31-46; Lc 11:39-42; 16:13-15).

A injustiça era excessiva em Judá. Homens dessa categoria estavam prontos para tirar vantagem de seus companheiros. Entre esses indivíduos particularmente culpados estavam os ricos citadinos ávidos em obter extensas propriedades de terra (ver Introdu-ção). Essa gente estava infectada pela cobiça que Deus condenara no Sinai (Êx 20:17). A cobiça é a raiz de vários tipos de males. Dela emana o desejo pecaminoso que incita os homens a quebrarem muitos dos outros nove mandamentos.

Estes homens eram tão aplicados em suas buscas gananciosas que maquinam o mal (1) nas suas camas, ou seja, ficam noites acordadas imaginando como con-seguir mais terras. Então, à luz da alva, levantam-se sem agradecer a Deus ou levar em conta suas leis ("porque não ergueram as mãos para Deus", LXX). Desca-radamente, em plena luz do dia, começam deliberadamente a pôr em ação seus desígnios egoístas. Em conluio com autoridades igualmente corruptas, mediante subornos e outros procedimentos ilegais, desapropriam campos e casas desejáveis dos seus respectivos donos. Nos dias de Miquéias, a riqueza consistia em grande parte em bens imóveis. Estes homens estavam tão dominados pela mania de pos-suir terras que, sem piedade, "saqueavam os órfãos" (LXX) e oprimiam casas intei-ras, sem consideração pelos direitos invioláveis de herança dos donos (2). Miquéias não condena a riqueza em si, mas reprova a aquisição desonesta e o uso egoísta que é atribuição dos homens.

Pensamentos maus levavam estes homens a ações de confisco, roubo e violência. Do pensamento à ação, é como o mal se desenvolve. A passagem sugere a necessidade de resistirmos os primeiros ataques do pecado, expulsarmos os primeiros pensamentos do mal. É bastante ruim ser subitamente apanhado sem querer no erro ou no pecado, mas é extremamente pior ser apanhado no erro ou pecado deliberado, com desígnio, para seguir um curso do mal. O testemunho do salmista (Sl 63:5-6) e a advertência de Paulo (Fp 4:8) nos dão a orientação de Deus nesta área.

Os atos de pecado se desenvolvem a partir de pensamentos maus, e os atitudes pecadoras aumentam em sua pecaminosidade. Os que devoravam casas de viúvas uma geração mais tarde, tramavam contra aquele que reprovara esta prática (Mt 23:14). Fo-ram eles que gritaram: "Fora daqui com este [homem]" (Lc 23:18).

A situação da qual Miquéias fala é ilustração surpreendente do que acontece quan-do os homens são governados pelo egoísmo. Planejam e trabalham por interesses própri-os. Por não serem espirituais, dependem da própria maquinação e habilidade para con-seguir o que intentam. Nesse ato, burlam todas as leis que impeçam seus propósitos ou simplesmente as desconsideram.
A opressão que Deus odeia não está limitada a tomar bens materiais. Envolve todas as injustiças sociais. Todos os homens são criados à imagem divina com direitos iguais diante de Deus. Cada ser humano é precioso aos seus olhos. Ninguém deve ser oprimido ou enganado em qualquer assunto.

Paulo ressalta (2 Co 5.15,16) que nós, como cristãos, devemos considerar todos os homens como filhos potenciais de Deus. Não devemos vê-los somente do ponto de vista humano e avaliá-los pela aparência. Ainda que sejam os mais vis pecadores, Cristo morreu para torná-los santos. Temos de ver todos os homens com compaixão entranhável, como pessoas a serem amadas e pelas quais oramos para que nosso Senhor as salve.

Miquéias não é o único que condena a injustiça. O salmista (Sl 36:1-4) fala de modo semelhante, bem como os profetas Isaías (Is 5:8-12; 32,7) e Amós (Am 8:4). Elias enfren-tou Acabe e o condenou severamente por exigir o vinhedo de Nabote (I Reis 21). Muitos anos depois, Jesus condenou alguns dos homens mais religiosos de seus dias pelas injus-tiças deflagradas pela cobiça (Mt 23:14; Mac 12:38-40; Lc 20:46-47). Sempre precisamos manter em mente que a justiça e boa vontade para com nossos semelhantes ainda são imperativos na vida cristã.

No tempo de Miquéias, os altares ficavam vermelhos com o sangue que escorria de milhares de bois, carneiros e cordeiros comprados pelos ricos de Jerusalém, que paga-vam regiamente os sacerdotes pelos serviços. Hoje, é possível participar de cultos religi-osos públicos cuja forma goza de ampla aceitação e, ao mesmo tempo, estar longe de satisfazer os padrões cristãos de adoração adequada. Ser hostil, agir com desonestidade nos negócios, divorciar o credo da prática são alguns procedimentos que desqualificam o crente diante do Senhor.
Deus é o Juiz entre os homens e vinga o inocente. Por causa da opressão citada por Miquéias, o Senhor delineia um julgamento humilhante para esta geração (3; os israelitas), do qual ninguém escapará ou "se sacudirá" (Phillips; cf. do qual não tirareis os vossos pescoços). O povo estava diante de dias desastrosos e os inimigos o humilha-riam tanto que não andaria mais orgulhosamente ereto. Não tirareis os vossos pesco-ços significa que quem tinha se recusado a curvar o pescoço sob o jugo fácil dos manda-mentos de Deus, agora tem de se curvar sob o jugo pesado do julgamento de Deus: o terrível cativeiro no exílio. O tempo será mau quer dizer que são tempos de desgraça, tempos semelhantes aos mencionados por Jeremias (Jr 18:11) e Amós (Am 5:13).

É verdade que hoje quem recusa o jugo fácil da obediência a Cristo não escapa do fardo pesado do julgamento. Aqueles que, por orgulho, não dobram voluntariamente o pescoço para levar o jugo de Cristo, cedo ou tarde serão forçados a dobrar o pescoço (Rm 14:11-12; Fp. 2:9-13).

O julgamento segundo os pecados cometidos estava a ponto de cair sobre os ricos cobiçosos. As terras que eles tinham arrancado dos outros seriam tomadas no tempo devido pelos invasores. Os inimigos lhes dirão de forma acusativa e zombeteira o destino desagradável que lhes aguarda e todos entoariam esta canção: Nós estamos inteira-mente desolados! (4) ; "Estamos totalmente arruinados e destruídos! Deus troca a por-ção de meu povo. Como ele a retira de mim! Divide nossos campos aos rebeldes — nossos invasores" (4, ATA; cf. He 2.6).

Os campos que com tanto prazer confiscaram dos desamparados agora lhes seriam tira-dos. Não terás tu... quem lance o cordel pela sorte (5) significa que nenhum deles vai assumir uma parte da terra de Israel por rateio. Não haveria restauração no ano do Jubileu, porque não sobraria alguém da congregação de Jeová. Estes homens, que tinham tomado posse da terra, seriam levados em cativeiro, enquanto que quem se beneficiaria de seus campos seriam uns poucos pobres que ficariam e estrangeiros trazidos de outras nações.

Esta é uma verdade eterna, como salienta Matthew Henry: "Quanto mais inteligen-te é o ímpio no pecado, mais santas são a sabedoria e a conveniência no castigo; pois o Senhor será conhecido pelos julgamentos que executa".2

2. O Desejo de Pregação Fácil (2:6-11)

Alguns ouvintes, indignados porque Miquéias expusera seus crimes publicamente e afirmara que o julgamento de Deus seguramente viria sobre eles, o interromperam. De-ram a entender que não tolerariam mais tal conversa: Não profetizeis (6). Os clamores confusos destes importunadores poderiam ser interpretados assim: "Pára com esse teu profetizar! São profecias (sobre nós) ! Não vai acontecer isso! Será que nunca acabam estas repreensões?"'

O povo não queria ensino honesto. Como muitos em nossos dias, os habitantes de Judá desejavam coisas novas, inventadas pelo homem e não reveladas por Deus. Era popular des-crer no que tinha sido revelado e no que os pais já tinham comprovado que era verdadeiro.

A atitude enfrentada por Miquéias é semelhante à encontrada por Isaías (Is 30:10), Jeremias (Jr 5:30-31) e Amós (Am 2:12). O público de Miquéias era como o que tem "comi-chão nos ouvidos" sobre o qual Paulo escreve (2 Tm 4:3-5). Em outra carta, o apóstolo fala também dos resultados trágicos de recusar ouvir a palavra de Deus (1 Tes 2:8-12). São tempos tristes quando, como diz Pusey, "os homens ensinam seus mestres como querem ser ensinados erroneamente, e ouvir o eco dos próprios desejos como a voz de Deus".

Miquéias não se intimidou, nem evitou se comprometer. Ele se empenhou em criar fielmente um conceito adequado de justiça na mente das pessoas. E hoje precisamos considerar a base para a verdadeira justiça. Pois em nossos dias, como nos deste profeta, o comercialismo e o materialismo suplantam os valores éticos e espirituais. Não deve-mos nos esquecer de que "um ato não é justo porque tem sanção legal ou não é necessa-riamente justo porque tem a sanção da igreja ou da consciência do indivíduo. As nações, bem como as estruturas menos organizadas, têm concedido status legal a atos que são amorais e até imorais. As pessoas em grupos ou como indivíduos subordinam a consciên-cia para justificar o mal ao visar alcançar certos fins".5

Miquéias procura argumentar com as pessoas. Apresenta quatro questões impor-tantes (7) : a) "Acaso dir-se-á isto, ó casa de Jacó?" (7a, RSV; cf. ECA). Vocês estão mesmo justificados, pergunta ele, ao falar desse jeito?
b) Tem-se restringido o Espírito do SENHOR? Será que se me silenciarem, inquire Miquéias, vocês também calariam o Espírito de Deus? Vocês acham que, por serem incrédulos e desobedientes, frustram os planos divinos? Vocês conseguem tornar Deus seu prisioneiro e criado?
c) São estas as suas obras? Vocês podem culpar Deus pelos julgamentos que vocês sofrerão? Miquéias os lembra: Não foram vocês que erraram?
d) Não é assim que fazem bem as minhas palavras ao que anda retamente? O homem reto não tem medo do que eu possa dizer. Se quiserem, então andem retamente. Minhas palavras, que são mesmo de Deus, são para instrução e consolo e não para causar angústia.

O modo em que os versículos 6:7 descrevem a oposição à palavra de Deus sugere que os homens podem opor-se à verdade do Senhor, mesmo quando é falada com fidelida-de e constância. Podem rejeitá-la, mas os propósitos divinos permanecem; o Espírito Santo jamais é contido. Opor-se à palavra divina, que é permanente, priva a pessoa das bênçãos imensuráveis do ministério fiel. Esta atitude ofende o Espírito de Deus, e despo-ja os homens de todos os privilégios do Evangelho.
Miquéias prossegue, enfrenta os antagonistas e revela mais de suas explorações cruéis contra os inocentes da terra. Estes homens, ao contratarem grupos de ladrões para emboscar viajantes desavisados, saqueavam as vítimas e agiam como um exército invasor. Roubavam até as roupas de pessoas bem intencionadas que discretamente cui-davam da própria vida. "Vós vos levantais contra meu povo como se fosse um inimigo", declara Miquéias. "Vós tirais a capa dos que estão tranqüilos, daqueles que passam con-fiantes sem pensar em guerra" (8, RSV; cf. NTLH).

Lançastes fora as mulheres do meu povo (9). Fizeram com que mulheres e cri-anças fossem afastadas de suas casas e levadas em cativeiro para longe de sua herança legítima sob o governo de Deus, para longe do templo e de suas ordenações pelas quais aprenderam sobre o Senhor e viram sua glória. Miquéias exorta seus compatriotas a se levantarem e mudarem de comportamento. Adverte-os a não esperar descanso, pois o pecado que corrompeu a terra seguramente os destruirá (10).

Esta declaração profética nos coloca à frente do fato triste de que é o homem que corrom-peu e ainda contamina o mundo, e não o mundo que corrompe o homem. E a lei da vida exara que quem corrompe o mundo ao redor, cedo ou tarde, será contaminado pela corrup-ção que promulgou. "Não se iludam", disse Paulo. "Lembrem-se de que vocês não podem desprezar a Deus, e escapar; um homem sempre colherá justamente o produto da semente que plantou! Se plantar a fim de agradar aos seus próprios desejos maus, plantará as semen-tes do mal e logicamente fará uma colheita de ruína espiritual e morte" (Gl 6:7-8a, BV).

Os cidadãos de Judá não queriam um profeta íntegro. Sua determinação era ouvir somente as pessoas que, ao afirmarem ser profetas de Deus, tolerassem a vida sem prin-cípios e disciplina que levavam, e lhes pregassem acerca do vinho e da bebida forte (11). "Esta era uma daquelas épocas", declara Rolland Wolfe, "em que a congregação manda no púlpito. O principal critério na escolha de um profeta ou ministro era que dissesse o que agradasse os ouvidos das pessoas, e espalhasse mentiras alegres e não a verdade muitas vezes amarga".8

O homem de Deus que prima pela fidelidade é menos popular do que o que, de boa vontade, transige os quesitos verdadeiros por perturbarem os pecadores e meramente ecoa as opiniões do dia. Proclamar o verdadeiro Evangelho que exige arrependimento, abandono do pecado e vida íntegra quase sempre encontra oposição.
Os falsos cultos de hoje prometem conceder o favor divino sem exigir obediência aos ensinos íntegros de Deus. Pusey explica por que tais cultos atraem tantas pessoas:

O homem quer ter um deus. O Senhor fez nossa natureza com a necessidade de desejá-lo. O desejo espiritual, como a fome natural que é privada de alimento saudável ou que o detesta, deve ser sossegado, abafado com o que satisfará seu suplicio. Nosso intelecto natural o deseja, pois não pode entender a si mesmo sem ele. Nossa inquie-tação o deseja para nele descansar. Nosso desespero o deseja para escapar da pressão insuportável de nossa futuridade desconhecida. Nossa imaginação o deseja, pois ten-do sido feita para o Infinito não consegue se contentar com o finito. Os sentimentos doloridos o desejam, pois não há criatura que os acalme. Nossa consciência insatisfei-ta o deseja para ensiná-la e torná-la uma consigo mesma. Mas o homem não quer ser responsável nem dever obrigações; muito menos ser passível de pena por desobediên-cia. [...] O homem natural quer ser totalmente livre do que o deixa desconfortável para não pertencer a Deus. E a sutileza terrível dos falsos ensinos em cada época e nação é satisfazer suas exigências prediletas sem pedir abnegação ou auto-sacrificio, para darem um deus, como se o tivessem, como se pudessem contentá-lo.7

3. Previsão de Libertação (2.12,13)

Miquéias, como outros profetas do Antigo Testamento, via o futuro como um todo, sem perspectiva de tempo. Contemplava importantes acontecimentos futuros no proce-dimento de Deus com o povo, mas não tinha discernimento sobre o tempo do cumprimen-to. O profeta não sabia se longos anos ou milênios separavam uma mensagem da outra. Sua visão era como a nossa ao vermos estrelas no céu. Vemos os corpos celestes, mas não temos perspectiva espacial; nada contemplamos que indique que umas estão imensa-mente mais longe que as outras.
Portanto, não nos surpreendamos ao descobrir que o registro que Miquéias fez das coisas que contemplou não está na forma de narrativa cronológica. Não fiquemos pertur-bados por notar que o relato da restauração futura está no meio da previsão dos julga-mentos mais imediatos de Deus. Nem estranhamos que, nos capítulos 4:5, os versículos que tratam da vinda de Cristo para redimir estejam misturados com os que falam de sua vinda para reinar.
Ao mesmo tempo em que Miquéias contava sobre o julgamento iminente, sabia que um remanescente do povo de Deus voltaria para a Palestina. Ele fala sobre isso em 2.12,13, ao declarar que os fiéis dentre as 12 tribos serão reunidos do cativeiro e instala-dos novamente em sua pátria. Ao falar pelo Senhor, Miquéias diz: "Certamente ajuntarei todos vós, ó Jacó; certamente congregarei o restante de Israel; Eu os reunirei (Israel) como ovelhas no aprisco, como rebanho no meio do pasto. Eles (o aprisco e o pasto) fervi-lharão de homens e zumbirão pelo muito barulho que farão" (12, ATA). O seu Rei divino, o arroteador (13; "o que abre caminho", ARA), não só lançará a porta ao chão, mas fará uma brecha na parede da prisão do exílio israelense para acelerar a fuga. Como um rebanho de ovelhas inquietas "sairia às pressas" (LXX) e ruidosamente pelas aberturas feitas para elas, assim Deus, o Bom Pastor, marcharia diante dos israelitas, para guiá-los rumo à pátria para o aprisco.

É claro que esta previsão se refere diretamente à restauração de considerável número de cativos sob os decretos de Ciro e Artaxerxes, respectivamente, nos séculos 6 e V a.C. Também pode ser um prenúncio dos milhares de judeus e gentios que, ao aceitarem a Cristo, tornaram-se verdadeiros filhos de Abraão (Gl 3:7), e foram reuni-dos no aprisco da igreja (Rm 11:1-5). Ou talvez seja previsão daquele dia ainda mais glorioso que João viu, no qual "uma multidão, a qual ninguém podia contar", se une a uma voz de louvor ao Bom Pastor que a trouxe ao redil seguro na presença imediata de Deus (Ap 7:9-10).

Todo inteiro (12) não quer dizer que todos os cativos na Babilônia voltarão. Todo inteiro significa Israel e Judá. Deus afirma que os que desejarem voltar, quer original-mente de Israel ou de Judá, serão reunidos como um grupo. Já não serão duas nações. "É certo que reunirei novamente todos vós, ó Jacó; com certeza levarei para casa os sobrevi-ventes de Israel" (12, Phillips). Bozra quer dizer "curral de ovelhas" e talvez esta seja a tradução melhor, como ocorre em versões mais recentes (cf. ARA; ATA; BV; ECA; NTLH; NVI; Phillips; VBB).

Miquéias tinha acabado com as falsas esperanças do povo em resultado dos ensinos errados dos falsos profetas que anunciaram não haver necessidade de temor. Mas ele também é fiel em mostrar que depois do castigo Deus pretende mostrar sua misericórdia ao seu povo.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Miquéias Capítulo 2 versículo 5
Não terás... quem, pela sorte, lançando o cordel, meça possessões:
Possível alusão à forma como se repartiu a terra de Canaã (conforme Nu 26:53-56; Js 14:2).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Miquéias Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
*

2.1-5

Esta profecia tem três partes: (a) a acusação — homens maus e violentos, sem ética alguma se apossavam de propriedades e destruíam seus proprietários (vs. 1 e 2); (b) a sentença — o Senhor sentenciou-os ao exílio (v. 3), e à perda de suas terras aos invasores (v. 4); (c) a conclusão — os ladrões eram cortados do povo da aliança com Deus (v. 5). A acusação e a sentença foram vinculadas por um jogo de palavras que envolviam os termos "imaginam a iniquidade" (v. 1) e "Eis que projeto mal" (v. 3), que são expressões virtualmente idênticas em hebraico. Visto que os poderosos tomavam terras dos homens de Israel (vs. 1 e 2), assim também o Senhor enviaria um exército que lhes arrancaria das mãos a Terra Prometida (vs. 4 e 5).

*

2:2

herança. A propriedade de uma família era um depósito sagrado da parte de Deus (Lv 25:10,13). Ver a nota em Nm 27:1-11.

*

2:5

congregação. Terminado o exílio babilônico, a terra de Israel seria redistribuída (conforme Nm 26:55; Js 18:8-10), mas nem os opressores e nem os seus descendentes estariam presentes para reivindicar a herança.

*

2.6-11

Nesta profecia, Miquéias defendeu a sua mensagem contra aqueles que estava tentando silenciá-lo. Miquéias repeliu a ordem deles para se calar (v. 6). Em seguida, o Senhor acusou os poderosos de explorarem aqueles que não tinham defesa (vs. 8 e 9), sentenciando-os ao exílio por terem contaminado a terra (v. 10). Finalmente, o povo foi condenado por desejar que falsos profetas dissessem o que se queria ouvir (v. 11).

*

2:6

O original hebraico deste versículo é difícil de traduzir. Alguns têm sugerido que Miquéias confrontou os falsos profetas que apoiavam os roubadores de terras e procuravam silenciá-lo. Em apoio a essa interpretação, a frase hebraica aqui traduzida por "não babujeis tais coisas" poderia ter sido traduzida por "eles profetizam". Outros argumentam que os próprios líderes gananciosos e corruptos tinham tentado silenciar o profeta Miquéias.

*

2:8-9

capa... lar... filhinhos. Os oprimidos pertenciam à classe média de Israel (Introdução: Data e Ocasião).

*

2:8

sem pensar em guerra. Esperando paz na própria terra, onde eles se sentiam mais seguros, ao invés disso, os israelitas foram saqueados.

*

2:12-13

Esta profecia sobre um remanescente preservado como se fossem ovelhas em seu redil lembra o remanescente de Judá dentro de Jerusalém, enquanto Senaqueribe assolava a maior parte do território de Judá. O Senhor, então, livrou os judeus, dizimando o exército assírio (2Rs 18:17—19.37). Livramentos pela providência divina do remanescente dos escolhidos de Deus antegozavam o grande triunfo do Rei-Pastor (5.2-5).

*

2:12

Jacó... Israel. Uma referência a Judá como representante da nação inteira (1.5, nota).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Miquéias Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
2:1, 2 Miqueas advertiu contra os que usam sua posição para aproveitar-se de outros. Pouco menos de um século antes, o rei Acab do Israel se zangou porque não pôde obter a vinha do Nabot. E por eles sua esposa Jezabel fez que matassem ao Nabot para poder entregar o jardim ao Acab (1Rs 21:1-15). Esta classe de imoralidade se estendeu ao longo do Judá e, como uma enfermidade, estava destruindo a nação do interior.

2.1, 2 Miqueas falou contra os que durante a noite planejavam fazer o mal e se levantavam o amanhecer para levá-lo a cabo. Os pensamentos de uma pessoa refletem seu caráter. O que é o que pensa você quando se deita a dormir? Seus desejos são ambiciosos ou passam por cima de outros para alcançar suas metas? Os pensamentos malvados nos levam a ações malvadas de uma forma tão segura como a manhã segue de noite.

2.6, 7 Se a mensagem deste livro nos parece severo, devemos recordar que Deus não queria vingar-se do Israel, a não ser levá-lo a bom caminho. A dura realidade é que o povo tinha rechaçado o que era verdadeiro e correto, e necessitava uma disciplina firme. Os meninos podem pensar que a disciplina é dura, mas esta ajuda a mantê-los no caminho correto. Se solo quisermos que Deus nos dê mensagens consoladoras, possivelmente percamos o que O tem para nós. Escute algo que Deus lhe diga, inclusive quando for uma mensagem difícil de aceitar.

2.11 A gente preferiam aos falsos profetas que lhes diziam o que queria escutar. Miqueas falou contra os profetas que respiravam às pessoas a sentir-se cômoda com seu estilo de vida de pecado. Os pregadores são populares quando não pedem muito de nós, e nos dizem que não nos preocupemos com o inferno. Mas um verdadeiro professor de Deus nos fala a verdade, sem importar o que os ouvintes queiram escutar.

2.12, 13 A profecia do Miqueas se enfocou em dois grandes sucessos: a volta do Judá do cativeiro em Babilônia e a grande reunião de todos os crentes quando retornar o Messías. Deus deu a seus profetas visões de diversos acontecimentos futuros, mas não sempre lhes deu a capacidade de discernir quando ocorreriam. Por exemplo, não podiam ver o grande período entre o cativeiro babilônico e a vinda do Messías, mas podiam ver claramente que o Messías ia vir. O propósito desta profecia não era predizer com exatidão como ocorreria isto, mas sim ocorreria. Isto deu ao povo esperança e o ajudou a voltar-se de seu pecado.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Miquéias Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
C. OUVIR A CAUSA DO JUÍZO (2: 1-5)

1 Ai dos que intentam a iniqüidade e do mal nas suas camas! quando raia o dia, eles praticam, porque está no poder da sua Mc 2:1 E cobiçam campos, e aproveitá-las; e casas, e levá-los para longe, e fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua herança. 3 Portanto, assim diz o SENHOR: Eis que contra esta família maquino um mal, de que não haveis de remover seus pescoços, nem andardes com altivez; . pois é um tempo Mt 4:1 Naquele dia, eles ocupam uma parábola contra você, e se lamentará pranto lastimoso, e dizer: Nós estamos inteiramente despojados: Ele muda a porção do meu povo: como ele a remove-la de mim ! aos rebeldes reparte os nossos campos. 5 Portanto, não terás tu que lançará a linha por sorteio, na assembléia do Senhor.

Chamas alma sensibilizadas de Micah com justa indignação como ele vê seus amigos fazendeiro vizinho deliberadamente fraudado pelos ricos, os já ter mais do que suficiente. Seu mal é premeditado, deliberadamente violando o Décimo Mandamento. Em vez de dormir à noite, eles esquema para as coisas que eles cobiçam: campos, casas e heranças. Assim como quebras de dia, eles começam a colocar em execução destes regimes, porque está no poder da sua mão, enquanto os pobres são incapazes de resistir.Exercem a ética do poder, "o poder faz o certo." Mas esses riqueza grileiros nunca gananciosos esquecer que Deus vê, sabe e cuida dos pobres, a viúva, e os desamparados. Deus advertido de que "se ... ye ... andar contrariamente para comigo; então eu também andarei contrariamente para convosco; e ferirei você, eu mesmo, sete vezes por seus pecados "( Lv 26:23 , Lv 26:24 ). Micah ecoa o mesmo aviso para aqueles que maquinam o mal. Jeová diz: Eis que contra esta família maquino um mal, de que não haveis de remover seus pescoços ... pois é um tempo mau . O mau tempo foi o cativeiro, quando o jugo assírio seria colocado sobre eles (conforme Jr 27:12 ). Em seguida, o avarento rico vai ver suas terras, casas, e herança dividida pelos captores, e esses captores devem cantar uma provocação, um canto fúnebre satírico sobre o ganancioso uma vez, abandonando-Deus rico.

D. OUVIR a condenação de FALSOS PROFETAS (2: 6-11)

6 Não profetizeis; assim eles profetizam. Eles não profetizarão para estes: reprovações não se apartará. 7 será dito, ó casa de Jacó, é o Espírito do Senhor estreitados? são estas as suas obras? Não minhas palavras fazem o bem ao que anda retamente? 8 Mas o meu povo se levantou como um inimigo; tira o robe de sobre a capa daqueles que passavam seguros, como homens . voltavam da guerra 9 As mulheres do meu povo, vós as lançais das suas casas agradáveis; dos seus filhinhos tirais a minha glória para sempre. 10 Levantai-vos, e partem; pois este não é o seu lugar de descanso; por causa da imundícia que traz destruição, sim, destruição enorme. 11 Se um homem andando em espírito de falsidade, mentir, dizendo , eu te profetizarei do vinho e da bebida forte; será esse tal o profeta deste povo.

Profetiza vós não, assim eles profetizam. A palavra hebraica para profetizar usada aqui não é o usual. Ele tem um duplo sentido e pode ser usado em um sentido depreciativo. Os que se opõem à mensagem de Micah tentou responder-lhe através de seus falsos profetas: "por pulverização catódica, vós não", assim eles (os falsos profetas) por pulverização catódica. O Senhor declara que os falsos profetas não profetizarão para estes, ou como a margem mais inteligível traduz, "essas coisas", para Seus censuras contra o pecado não cessarão. O profetas falsa tentativa de explicar a calamidade que se aproxima de Israel, dizendo que o Espírito do Senhor está estreitarão, ou como o hebraico diz que mais literalmente, "encurtado" -ou seja, encurtado em paciência. Deus é impaciente e propenso a ser duro em seu tratamento dos homens. Mas Micah aponta que Seus palavras fazer o bem ao que anda retamente . O problema era que Israel tinha se tornado como um inimigo a si mesmo. Os ricos e poderosos tinham tomado o manto de cima da roupa, a roupa exterior mais valioso ao largo das costas dos pobres para a segurança (conforme Ex 22:26. ). Eles haviam despossuídos as viúvas e os órfãos, roubando os filhos de Deus a glória para sempre . Isso pode significar tanto (1) privá-los dos privilégios de ser entre os adoradores de Jeová pelo exílio para uma terra pagã, ou (2) privando-os de o privilégio de viver na terra do próprio Jeová. O Senhor ordenou a Seu povo, Levantai-vos, e partem; pois este não é o seu lugar de descanso . Impureza cerimonial foi suficiente para mantê-los a partir do recinto do templo; sua imundícia moral profunda iria bani-los da terra. Então Micah resume a depravação extrema do país, ao mesmo tempo em que ele descreve o caráter dos falsos profetas reunidas contra ele, dizendo: Se um homem andando em espírito de falsidade, mentir, dizendo: Eu te profetizarei de vinho e da bebida forte; será esse tal o profeta deste povo . Não é necessário que um homem tem um bom caráter para ser o profeta de Israel, apenas que ele pregar a mensagem as pessoas querem ouvir!

E. OUVIR a liderança de Jeová em RESTAURAÇÃO (2: 12-13)

12 Eu certamente irá montar, ó Jacó, todos de ti; Eu certamente irá reunir o resto de Israel; Vou colocá-los juntos, como ovelhas no curral, como rebanho no meio do seu pasto; farão estrondo por causa da multidão de homens. 13 O disjuntor é subido diante deles: eles quebraram adiante e repassado para a porta, e sairão thereat; e seu rei é passado adiante deles, e Jeová na cabeça deles.

A parcela significativa destes dois versículos é a última frase: . e Jeová na cabeça deles Aqui temos a restauração prometida através próprio Jeová. Suas revisões são sentidas no "I vontades": certamente montar ... certamente reunir ... colocar ... juntos. Isso pode ser outro senão o próprio Messias. Aqui está a frente de irradiação de um novo dia após a noite negra do pecado e da degradação de Israel.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Miquéias Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
2.1 Maquinam o mal. O contexto sugere que o mal que está sendo cogitado é um modo legalmente viável de extorquir os bens do pobre, evitar os deveres cívicos e as exigências da consciência, de fazer grandes negociatas com lucros injustos e burlar as leis. O castigo divino, portanto, também vai ser "projetado", v. 3.

2.6 Babujeis. Vem do verbo nãtaph, "gotejar", e aqui aparece na forma causativa "causar o gotejar", "destilar", "discursar". Os ouvintes, aqui, desejam silenciar a pregação do profeta.

2.7 Minhas palavras fazem o bem. Para aqueles que andam retamente, as palavras de Deus são agradáveis, trazendo inspiração e consolação. Quando seu conselho é rejeitado é que elas se tornam desagradáveis.

2.8 Roubais a capa. Se a referência se trata da injustiça social, então são os credores cruéis, que exigem até as roupas particulares como penhor pelos empréstimos (conforme Êx 22:25-28) e que aqui se comparam aos assaltantes em praça pública, que roubam até à luz do dia.

2.9 Os perseguidores eram rápidos em exigir a desapropriação e o despejo dos pobres também seriam desapropriados do favor divino, da sua herança celestial (v. 10). Tendo recusado a mensagem da Palavra de Deus, evitando a misericórdia, não lhes haveria mais possibilidade de escutar nem entender nada além das palavras dos bêbados, (v. 11).
2.13 O que abre caminho. Heb põreç lit. "quebrador", que se refere ao carneiro que dirige o rebanho, rompendo caminhos novos. Profeticamente, podemos ver uma alusão a Jesus, o Bom Pastor, vindo adiante dos fiéis para romper novos caminhos de vitória, de fé, de amor, de salvação, atravessando os obstáculos até chegar aos céus.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Miquéias Capítulo 2 do versículo 1 até o 13

4) O castigo dos que exploram os pobres (2:1-13)

Esse capítulo trata do tema do mal social tão comum nos profetas do século VIII a.C. (conforme Is 1:16,Is 1:17,Is 1:21-23; Dn 12:7,Dn 12:8; Jl 2:6-30; Jl 4:1; Jl 5:10-30; Nu 27:1-4;

36:1-12; Dt 19:14). Enquanto permaneceu assim, um padrão de vida razoavelmente homogêneo prevaleceu no interior do país. Na monarquia, surgiu a tendência de a propriedade passar para as mãos dos ricos (que geralmente viviam nas cidades). Os agricultores não tinham o capital para amortecer os efeitos de uma série de más colheitas e em certas circunstâncias eram obrigados a se desfazer do seu patrimônio. Que esse era um passo a ser dado somente em necessidades extremas é evidenciado pela história de Acabe e a vinha de Nabote (1Rs 21:0; Jl 7:10

13). Na NVI, o v. 7 é considerado a reação do profeta à sua rejeição; parece melhor, no entanto, entender essas palavras como uma continuação das palavras dos opositores, como está na NTLH. Eles não conseguem imaginar que o Espírito do Senhor perca a paciência com eles, ou que ele possa agir assim. A sua cegueira moral é tão completa que cada um se considera uma pessoa cujos caminhos são retos e para quem as palavras que realmente vêm do Senhor precisam fazer bem.

Miquéias imediatamente desfaz as ilusões deles. Andar de forma justa diante de Deus é algo totalmente incompatível com as ações dos seus opositores: ultimamente eles estavam agindo como inimigos, roubando aqueles que só queriam ter sossego e queriam poder passar como quem volta da guerra (v. 8). mulheres eram tiradas dos seus lares agradáveis, e os filhos eram privados para sempre da sua verdadeira herança espiritual {minha dignidade, v. 9). Hoje ainda há multidões que compartilham o mesmo desejo de sossego e a mesma frustração à medida que as suas esperanças são contrariadas por governos egocêntricos, tanto de direita quanto de esquerda. Os camponeses ainda hoje são desapossados pelos ricos inescrupulosos; mulheres e crianças ainda se tornam refugiados pelos caprichos de uma ideologia ou de uma política econômica. As declarações de Miquéias contêm uma relevância premente para um mundo em que prevalecem essas condições. Hoje, como nos dias dele, o Senhor vê isso e, no seu tempo e da sua forma, vai castigar. Os servos dele não devem permitir que a oposição ou a falta de popularidade os impeça de declarar isso. Ao retomar novamente no v. 10 a idéia do v. 4, Miquéias adverte que os opressores vão ter de se levantar e ir embora, já não tendo um lugar de descanso na terra prometida. A contaminação deles seria a causa de ruína sem remédio (v. 10). O parágrafo conclui com uma vinheta mordaz do profeta que, em contraste com o próprio Miquéias, seria popular com os ricos — um homem que seria um mentiroso e enganador e pregaria a eles fartura de vinho e de bebida fermentada. Ainda hoje, existe um público disposto a ouvir alguém que faz concessões aos vícios da época sob a aparência de pregação da verdade de Deus.

v. 12,13. Esses dois versículos, colocados em meio à condenação, enxergam a restauração além do castigo. Jacó e Israel representam a nação toda, que Miquéias prevê como reunida novamente após a derrota e a deportação do v. 4. O Deus que os dispersou pode de fato ajuntar e recriar uma nação que será uma grande multidão, como um rebanho de ovelhas num aprisco (v. 12). O povo vai sair triunfante do seu cativeiro, sob a liderança do rei deles, ninguém mais do que o próprio Senhor, que abrirá o caminho e irá adiante deles (v. 13). Visto que a doutrina do remanescente está bem fundamentada no século VIII a.C. (Is 4:2,Is 4:3;

10:20-23; 11:10-16), não há necessidade de seguirmos os estudiosos que consideram esses dois versículos uma inserção posterior no texto.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Miquéias Capítulo 2 do versículo 1 até o 11
II. DENÚNCIA DE MIQUÉIAS CONTRA OS OBREIROS DO MAL Mq 2:1-33 (q.v.).

Dicionário

Congregação

substantivo feminino Ação de congregar, de reunir em assembléia.
Confraria formada por pessoas piedosas, sob invocação de um santo.
Instituição religiosa.
Assembléia de prelados incumbidos de examinar certos assuntos na Cúria Romana.
Conjunto dos professores titulares de um estabelecimento de ensino.

Esta palavra é mui freqüentemente aplicada a todo o povo hebreu, como sendo ele uma comunidade religiosa (Êx 12:3, etc – Lv 4:13, etc. – Nm 1:2, etc,). Antes da instituição da monarquia, o parlamento da congregação constava do chefe ou pai de cada casa, família e tribo. os delegados tinham o nome de anciãos ou príncipes – exerciam direitos soberanos – e o povo achava-se ligado aos atos desses magistrados, ainda mesmo quando os desaprovava (Js 9:18). outra palavra hebraica se emprega a respeito de uma assembléia, convocada para qualquer fim especial, como, por exemplo, a que se realizava por ocasião de uma das grandes festividades (1 Rs 8.65 – 2 Cr 7.8 – 30.13). Há, ainda, uma terceira palavra hebraica que aparece várias vezes em certas frases. Assim traduzidas: tenda da congregação, tabernáculo do testemunho etc.

Congregação
1) Israel considerado como povo ou nação (Ex 12:3).

2) O povo reunido, especialmente para fins religiosos (1Rs 8:14); (He 10:25,RC).

Cordel

substantivo masculino Corda muito delgada, fina; cordinha, barbante.
[Literatura] Gênero literário de origem portuguesa, trazido ao Brasil pelos colonizadores, que se instalou inicialmente na Bahia, fixando-se pela região nordeste, caracteriza-se por se tratar de um tipo de poesia popular cujos livretos ficavam originalmente dependurados em cordinhas (cordel): literatura de cordel.
[Construção] Moeda de fio que, esticada por entre pregos, serve para registrar o alinhamento feito pelos pedreiros.
Etimologia (origem da palavra cordel). Do francês cordel.


1) Linha, corda ou barbante de determinado comprimento, usado para medir.
2) Às vezes usado como símbolo do castigo completo e premeditado que Deus inflige a Judá e a outras nações (2Rs 21:13), mas também usado como símbolo de restauração (Zc 1:16).

Cordel Corda fina (Zc 2:1).

Lance

Lance Ato de dirigir (a vista) para certa direção (2Sm 22:28, RA).

lance s. .M 1. Lançamento. 2. Ocasião, conjuntura. 3. Risco, perigo. 4. Vicissitude. 5. Acontecimento. 6. Impulso. 7. Feito, façanha. 8. Fato notável ou difícil. 9. Oferta verbal de preço pela coisa apregoada em leilão ou hasta pública. 10. Licitação. 11. Ato de mover uma peça em jogo de tabuleiro, de jogar os dados sobre a mesa, num jogo de dados, de jogar uma carta nos jogos de vaza etc. 12. Esp. Intervenção difícil ou hábil de um ou mais dos participantes de um jogo esportivo; jogada.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Sorte

substantivo feminino Força invencível e inexplicável da qual derivam todos os acontecimentos da vida; destino, fado, fatalidade: queixar-se da sorte.
Circunstância feliz; fortuna, dita, ventura, felicidade: teve a sorte de sair ileso.
Acaso favorável; coincidência boa: não morreu por sorte.
Solução de um problema e situação que está condicionada ao acaso.
Maneira de decidir qualquer coisa por acaso; sorteio: muitos magistrados de Atenas eram escolhidos por sorte.
Práticas que consistem em palavras, gestos etc., com a intenção de fazer malefícios: a sorte operou de modo fulminante.
Figurado Condição de desgraça; infelicidade persistente; azar.
Modo próprio; modo, jeito, maneira.
Condição da vida, da existência.
Maneira através da qual alguém alcança algo; termo.
Qualquer classe, gênero, espécie, qualidade: toda sorte de animais.
Bilhete ou senha com a declaração do prêmio que se ganhou em jogo de azar; o sorteio em que esse bilhete é atribuído.
Porção, quinhão que toca por sorteio ou partilha.
expressão Sorte grande. O maior prêmio da loteria.
A sorte está lançada. A decisão foi tomada.
locução conjuntiva De sorte que. De maneira que, de modo que, de tal forma que.
locução adverbial Desta sorte. Assim, deste modo.
Etimologia (origem da palavra sorte). Do latim sors, sortis “sorte”.

sorte s. f. 1. Fado, destino. 2. Acaso, risco. 3. Quinhão que tocou em partilha. 4. Estado de alguém em relação à riqueza. 5. Bilhete ou outra coisa premiada em loteria. 6. Fig. Desgraça. 7. Lote de tecidos.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
(para delimitar e dividir a terra)
Miquéias 2: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Portanto, não terás tu na congregação do SENHOR quem lance o cordel- de- medir (para delimitar e dividir a terra) por sorte ①.
Miquéias 2: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

735 a.C.
H1486
gôwrâl
גֹּורָל
sorte
(lots)
Substantivo
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H2256
chebel
חֶבֶל
corda, cordão, território, faixa, companhia
(the region)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H6951
qâhâl
קָהָל
assembléia, companhia, congregação, convocação
(a multitude)
Substantivo
H7993
shâlak
שָׁלַךְ
jogar, lançar, arremessar, atirar
(and she cast)
Verbo


גֹּורָל


(H1486)
gôwrâl (go-rawl')

01486 גורל gowral ou (forma contrata) גרל goral

procedente de uma raiz não utilizada significando ser áspero (como pedra); DITAT - 381a; n m

  1. sorte
    1. sorte - pedras usadas regularmente para tomar decisões
  2. porção
    1. sorte, porção (algum objeto utilizado para lançar sortes)
    2. recompensa, retribuição

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

חֶבֶל


(H2256)
chebel (kheh'-bel)

02256 חבל chebel ou חבל chebel

procedente de 2254; DITAT - 592b,595a; n m

  1. corda, cordão, território, faixa, companhia
    1. uma corda, cordão
    2. uma corda ou linha de medida
    3. uma porção medida, lote, parte, região
    4. um grupo ou companhia
  2. dor, tristeza, dores de parto, pontada
    1. dores de parto
    2. dores, pontadas, tristeza
  3. união
  4. destruição

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

קָהָל


(H6951)
qâhâl (kaw-hawl')

06951 קהל qahal

procedente de 6950; DITAT - 1991a; n. m.

  1. assembléia, companhia, congregação, convocação
    1. assembléia
      1. para mau conselho, guerra ou invasão, propósitos religiosos
    2. companhia (de exilados que retornavam)
    3. congregação
      1. como um corpo organizado

שָׁלַךְ


(H7993)
shâlak (shaw-lak)

07993 שלך shalak

uma raiz primitiva; DITAT - 2398; v

  1. jogar, lançar, arremessar, atirar
    1. (Hifil)
      1. jogar, lançar, jogar fora, lançar fora, soltar, lançar ao chão
      2. lançar (sortes) (fig.)
    2. (Hofal)
      1. ser jogado, ser lançado
      2. ser jogado fora
      3. ser lançado ao chão
      4. ser jogado (metáf)