Enciclopédia de Miquéias 7:20-20

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mq 7: 20

Versão Versículo
ARA Mostrarás a Jacó a fidelidade e a Abraão, a misericórdia, as quais juraste a nossos pais, desde os dias antigos.
ARC Darás a Jacó a fidelidade, e a Abraão a benignidade, que juraste a nossos pais desde os dias antigos.
TB Mostrarás a Jacó a tua fidelidade e a Abraão, a tua misericórdia, as quais coisas tens jurado a nossos pais desde os dias antigos.
HSB תִּתֵּ֤ן אֱמֶת֙ לְיַֽעֲקֹ֔ב חֶ֖סֶד לְאַבְרָהָ֑ם אֲשֶׁר־ נִשְׁבַּ֥עְתָּ לַאֲבֹתֵ֖ינוּ מִ֥ימֵי קֶֽדֶם׃
BKJ Darás a Jacó a verdade e a Abraão, a misericórdia que juraste a nossos pais, desde os dias antigos.
LTT Darás a Jacó a fidelidade, e a Abraão a benignidade, que juraste a nossos pais desde os dias antigos."
BJ2 Concede a Jacó tua fidelidade, misericórdia a Abraão, como juraste a nossos pais desde os dias de antanho.[n]
VULG Dabis veritatem Jacob, misericordiam Abraham, quæ jurasti patribus nostris a diebus antiquis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Miquéias 7:20

Gênesis 12:2 E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
Gênesis 17:7 E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti.
Gênesis 22:16 e disse: Por mim mesmo, jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste esta ação e não me negaste o teu filho, o teu único,
Gênesis 26:3 peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai.
Gênesis 28:13 E eis que o Senhor estava em cima dela e disse: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaque. Esta terra em que estás deitado ta darei a ti e à tua semente.
Deuteronômio 7:8 mas porque o Senhor vos amava; e, para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito.
Salmos 105:8 Lembra-se perpetuamente do seu concerto, da palavra que mandou, até milhares de gerações;
Jeremias 33:25 Assim diz o Senhor: Se o meu concerto do dia e da noite não permanecer, e eu não puser as ordenanças dos céus e da terra,
Lucas 1:54 e auxiliou a Israel, seu servo, recordando-se da sua misericórdia
Lucas 1:72 e para manifestar misericórdia a nossos pais, e para lembrar-se do seu santo concerto
Atos 3:25 Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra.
Romanos 11:26 E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades.
Hebreus 6:13 Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

ABRAÃO NA PALESTINA

Em alguns aspectos, o "chamado" divino a Abraão (Gn 12:1-3) trouxe consigo muitas das mesmas consequências de sua "maldição" sobre Caim (Gn 4:12-16): cada um foi levado a abandonar todas as formas de segurança conhecidas em seu mundo e ir viver em outro lugar. Abraão abandonou sua terra, clã e família em Harrã e foi na direção da terra que, por fim, seus descendentes iriam herdar (Gn 12:4-5). Ao chegar ao planalto central de Canaã, o grande patriarca construiu um altar na cidade de Siquém e adorou a Deus (Gn 12:6-7). Dali se mudou para o sul, para acampar perto de Betel e Ai (Gn 12:8). Mas Abraão também descobriu uma realidade bem dura nesse novo local: na época, a terra era dominada por cananeus (Gn 12:6b) e foi assolada por uma fome (Gn 12:10), o que o forçou a viajar para o Egito, presumivelmente pela estrada central que passava por Hebrom e Berseba.
Quando a fome acabou, Abraão e seu grupo retornaram pelo Neguebe até o lugar de seu antigo acampamento, perto de Betel/Ai, onde voltaram a residir (Gn 13:3-4). Mas não se passou muito tempo e Abraão experimentou mais um problema - dessa vez um problema familiar. Ao que parece, não havia pastagens suficientes para alimentar os rebanhos de Abraão e seu sobrinho, Ló, o que fez com que Ló partisse para a planície do Jordão, que era mais bem regada, e passasse a residir na cidade de Sodoma (Gn 13:11-12; cp. 14.12). Nesse ínterim, Abraão se mudou para o sul e se estabeleceu junto aos carvalhos de Manre, em Hebrom (Gn 13:18), onde construiu mais um altar ao Senhor.
Algum tempo depois, cinco cidades situadas no vale de Sidim (Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar) se rebelaram contra seus soberanos da Mesopotâmia (Gn 14:1-4).
Reagindo a esse desafio, os monarcas mesopotâmicos enviaram seus exércitos na direção de Canaã e, a caminho, atacaram as terras transjordanianas dos refains, zuzins, emins e horeus, chegando até El-Para (Gn 14:5-6). Depois de passarem por El-Pará, os reis inimigos se voltaram para En-Mispate (Cades-Barneia), onde subjugaram alguns amalequitas (14.7a), e, em seguida, derrotaram os amorreus, em Tamar (14.7b). Essa ação deve ter permitido que os reis da Mesopotâmia voltassem a atenção para seus verdadeiros inimigos: as cidades do vale de Sidim (Gn 14:8-11).
O fraseado de Gênesis 13:10-11 tem levado alguns pesquisadores a procurar as cidades perto do lado norte do mar Morto e da foz do rio lordão. Mas a maioria sustenta que essas cidades devem ter ficado perto do lado sul do mar Morto, com base no fato de que o mapa-mosaico de Medeba, do século 6, situa o nome de uma delas (Zoar) naquela região [v. mapa 15]. Ademais, perto da margem sudeste do mar Morto foram encontradas muitas sepulturas da Idade do Bronze Inicial, com restos de milhares de esqueletos humanos - o que levou alguns escritores a levantarem a hipótese de que esses achados teriam relação com os acontecimentos que envolveram Sodoma e Gomorra.
Uma tradição cristã bem antiga que predominou bastante nos mapas medievais mais antigos foi situar Sodoma e Gomorra debaixo da água das bacias do mar Morto, em particular da bacia sul. Contudo, o abaixamento do nível do mar Morto no século 20 fez com que terra seca ficasse exposta na bacia sul, e não se descobriu nenhum vestígio arqueológico que apoiasse essa suposição.
A vitória dos mesopotâmios foi rápida e decisiva. As cidades da planície do Jordão foram derrotadas. Alguns de seus cidadãos, inclusive Ló, foram levados cativos para o norte, chegando até a cidade de Dá (Gn 14:12). Quando informado dessa tragédia, Abraão imediatamente liderou alguns de seus homens na perseguição aos captores de Ló, alcançando-os perto de Da e desbaratando-os com sucesso até Damasco e mesmo além (Gn 14:13-15).
Ouando Abraão, voltando de sua missão, chegou perto do vale de Savé, Melquisedeque, o rei de Salém, saiu ao seu encontro, e o patriarca partilhou com ele os despojos da vitória (Gn 14:17-24).
O texto bíblico diz que, dali, Abraão viajou para o sul, na direção do Neguebe, e que por fim chegou em Gerar (Gn 20:1). Durante seus anos ali, finalmente se concretizou a promessa de um filho, que tinha sido aguardado por tanto tempo (Gn 21:2-3). Mas, quando surgiu um problema com o rei de Gerar devido a direitos de uso de água (Gn 21:25), Abraão se mudou mais para o interior, para Berseba (implícito em Gn 21:31). Ao que parece, esse lugar serviu de residência para o patriarca até sua morte, quando foi levado e enterrado ao lado de Sara, na caverna próxima de Hebrom (Gn 25:8-10).
Abraão na Palestina
Abraão na Palestina
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.

OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Os patriarcas de Gênesis passaram a vida na Terra Prometida, dentro da metade sul da Cadeia Montanhosa Central. Só em breves ocasiões suas viagens os levaram temporariamente para fora dessa região - a exceção foi quando Jacó deixou Cana para ficar, por bastante tempo, na terra dos antepassados, no norte da Mesopotâmia (Gn 28:10-33.
20) [v. mapa 30]. Mas, enquanto viveram na terra, a Bíblia diz que estabeleceram residência, construíram altares e adoraram o Senhor em Siquém, Betel, Hebrom/Manre e Berseba. Eles e suas mulheres foram enterrados na mesma região, seja na tumba da família em Manre/Hebrom, em Siquém, seja na sepultura de Raquel. Quando Jacó voltava a Canaã, depois de passar 20 anos na casa de Labão (Gn 31:41), chegou ao rio Jaboque. Ali ficou sabendo que seu irmão, Esaú, estava a caminho para se encontrar com ele, o que o levou a passar uma noite lutando (Gn 32:6-7,22-30). A narração do capítulo 32 (o final do tempo que passou fora) é uma conclusão apropriada para a narração do capítulo 28 (o início do tempo, quando saiu de casa). Os dois textos descrevem lacó sozinho à noite, enfrentando uma crise, encontrando-se com "anjos de Deus" (Gn 28:12-32.
1) e batizando um lugar com um novo nome (Betel, 28.19; Peniel, 32.30).
A localização de Maanaim e Peniel, ambos na Transjordânia, é incerta, exceto que estão situados junto ao desfiladeiro de Jaboque. Maanaim foi dado à tribo de Gade (Is 13:26), mas ficava na fronteira com Manassés (Is 13:30) [v. mapa 40]. A cidade foi uma cidade levítica (Js 21:38-39) [mapa 41], residência régia de Es-Baal (25m 2.8,12) e refúgio temporário para Davi, quando fugiu de Absalão (25m 17.24- 27). No mapa, Maanaim tem sido colocada conjecturalmente no sítio de T. er-Reheil, onde a principal estrada norte-sul, vinda de Damasco, chega perto do rio Jaboque e cruza com uma estrada secundária que vai para o oeste, na direção do Jordão [v. mapa 27]. Peniel deve ter sido próxima, embora ficasse entre Maanaim (Gn 32:1) e Sucote (33.17), possivelmente em T. edh-Dhahab esh-Shargia.
Depois de voltar da Mesopotâmia, Jacó viajou de onde residia, em Betel, para estar com seu pai, Isaque, em Hebrom/ Manre (Gn 35:1-27). Mas, enquanto a caravana viajava pela estrada, chegou a hora de Raquel dar à luz Benjamim. Ela morreu durante o parto e foi enterrada ali (Gn 35:16-20). Desde o século 4 d.C., viajantes e peregrinos têm visitado um "túmulo de Raquel" no extremo norte de Belém, junto à estrada de Jerusalém. Presume-se que o local foi estabelecido com base num comentário editorial em Gênesis 35:19-1% Mas um texto posterior deixa claro que Raquel foi sepultada "em Zelza, na fronteira (da tribo) de Benjamim" (1Sm 10:2). Embora Zelza seja um local desconhecido, sem nenhuma outra atestação, o contexto dessa referência é bastante claro. Procurando as jumentas perdidas de seu pai, Saul viajou de sua casa em Gibeá (T. el-Ful [1Sm 10:26]) para o norte, atravessando a região montanhosa de Efraim, regressou ao território de Benjamim (1Sm 9:4) e finalmente a Ramá, a cidade de Samuel (er-Ram [1Sm 9:5-10]). Ao voltar de Ramá para Gibeá, o texto bíblico diz que passou pelo túmulo de Raquel (1Sm 10:2).
Em ainda outro texto, o profeta Jeremias (31,15) associou o "choro de Raquel" diretamente à cidade de Ramá, também situada dentro do território de Benjamim. De modo que, embora a localização exata do túmulo de Raquel ainda seja um pouco debatida, não há quase nada que favoreça situá-lo em Belém. Nesse aspecto, pode ser relevante lembrar o exato fraseado da narrativa de Gênesis. O texto diz que Raquel foi sepultada "no caminho de Efrata (Belém]" (Gn 35:19; cp. 48.7b), "quando [..) ainda havia uma boa distância (lit. 'uma distância da terra'101 de Efrata" (Gn 35:16; cp. 48.7a).
Em qualquer das hipóteses, enquanto prosseguia sua viagem do túmulo de Raquel para Hebrom/Manre, Jacó chegou à Torre de Éder (Migdal-Éder (Gn 35:211), possivelmente situada nas vizinhanças de Salém ou Belém.
ABRÃO NA PALESTINA
ABRÃO NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Miquéias Capítulo 7 do versículo 1 até o 20
C. MIQUÉIAS LAMENTA A CORRUPÇÃO DA NAÇÃO, 7:1-6

Miquéias, depois de entregar fielmente a mensagem de Deus, procura em vão por sinais de arrependimento e mudança em Judá. O que vê lhe enche de tristeza. Poucas pessoas (talvez nenhuma) reagiram favoravelmente à pregação. O profeta compara sua busca ansiosa e desconcertante por justiça ao homem que, faminto por frutas frescas, vai ao vinhedo depois da colheita na esperança de achar, por acaso, algum cacho de uva restante. Encontra uma exuberância de folhas, mas não há cacho de uvas para co-mer (1). Descobre que Judá é moralmente estéril. A pungência de sua angústia fica clara na Septuaginta, onde lemos: "Ai de mim! Porque sou como alguém que junta palha na colheita e como alguém que colhe os respigos de uva na vindima, quando não há cacho para eu comer os primeiros frutos maduros; ai de minha alma!" (cf. NTLH).

Como Diógenes, em Atenas, e Jeremias, em Jerusalém (Jr 5:1), Miquéias procura uma pessoa honesta em Judá (cf. 1, BV). Mas não encontra. Pelo visto, o benigno (2) desapareceu totalmente. Todos estão cheios de ódio e são inteiramente egoístas em suas intenções. Cada indivíduo é por si, e busca enlaçar o companheiro — caça cada um a seu irmão com uma rede. Até fazem de conta que não vêem o assassinato se, com isso, conseguem o que querem.

O príncipe (3) e o juiz, que deveriam ser confiáveis, perderam todo o senso de responsabilidade em orientar e proteger as pessoas. Caíram tanto que chegaram a bus-car suborno e atender os caprichos dos bajuladores. Estes líderes não se entregavam à tentação ocasionalmente, mas deliberadamente tornaram a desonestidade seu progra-ma de ação. Estão em conluio contra as massas. As suas mãos fazem diligentemente o mal. Note como Moffatt interpreta esta frase: "Eles têm dedos ágeis para o jogo sujo".

Fausset diz que tão logo os funcionários públicos expressavam seus desejos ignóbeis, os juízes corruptos estavam prontos a julgar os casos de acordo com as instruções recebi-das. g Deste modo, "entre si frustram a justiça" (Moffatt).

Os indivíduos que deveriam ser os mais dignos de confiança mostraram-se inflexí-veis e frios em seus procedimentos — O melhor deles é como um espinho (4). A confi-ança mútua já não é possível. Não podiam confiar sequer nos amigos mais chegados e na família. A confusão prevalece por toda a nação. A ordem social se desintegra. O salário do pecado é cobrado e, pelo visto, a morte para a nação era inevitável. "O dia que os vigias previram, o dia do castigo chegou; agora vem a destruição absoluta" (4, Phillips; cf. NVI). Estas relações entre pecado e julgamento são mostradas em outras passagens, como Salmo 37:35-38; Provérbios 14:34; Isaías 5:15; Jeremias 17:10-11. O princípio de causa e efeito moral aplicado às pessoas e nações do tempo de Miquéias aplica-se hoje em dia também. Trata-se de princípio verdadeiro em toda e qualquer época.

Jesus citou esta passagem de Miquéias (Mt 10:34-36; Lc 12:51-53) para mostrar que a pregação do Evangelho pode gerar a mesma hostilidade descrita pelo profeta. É tão grande o mal do coração do indivíduo não regenerado que é comum a declaração da verdade de Deus evocar ódio e perseguição a quem a proclama.

Para todo homem casado e para todo jovem que espera ter uma família, há significa-ção particular neste trecho bíblico. Repare que práticas más, feitas fora do âmbito fami-liar, destruíram a confiança na família nos dias de Miquéias. Da mesma forma hoje, ninguém que se engaje em atividades desonestas e egoístas pode pensar que sua família fique intacta. Até a esposa e os filhos perdem o respeito pelo marido e pai que é infiel em suas relações com os outros. Como é que vão saber quando podem confiar nele ou não? O pai que deseja a honra dos filhos tem de ser o primeiro em honestidade e decência.

D. A FÉ DE MIQUÉIAS EM DEUS, 7:7-13

Considerando o estado da nação, Miquéias vislumbra um panorama sombrio. Mas se recusa a ser vencido pela corrupção sórdida que o cerca. Eu, porém, esperarei no SENHOR (7). "E, confiante nele, eu manterei rigorosa vigilância" (ATA; cf. NVI). Não se pode confiar em homens, mas pode-se acreditar inteiramente em Deus. Como o salmista, Miquéias estava ciente que, mesmo quando já não se pode contar com pais e mães, pode-se acreditar em Deus (Si 27.10). Nesta certeza, o profeta se animou.

Mesmo nas trevas, o profeta olharia para o Senhor (7; cf. ARA). Esperei com confi-ança e perspectiva, pois o Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.

Todos os homens de Deus deveriam tomar a tripla resolução de Miquéias, sobretudo em tempos difíceis. Ela foi:

1) Uma resolução de fé: "Olharei" (ARA) ;

2) Uma resolução de paciência: Esperarei;
3) Uma resolução de esperança: Deus ouvirá.

Pelo fato de Miquéias ter crido que Deus ainda manifestaria seu amor firme pelo seu povo, o profeta ousou falar em nome da nação. Bravamente enfrentou os inimigos que queriam destruir Judá, e, firmemente, asseverou sua convicção de que a luz de Deus ainda brilharia. O povo de Judá veria e reagiria obedientemente à verdade e, assim, estaria de acordo com a fidelidade de Deus (8). Christian, personagem de Bunyan, ao enfrentar Apoliom, que o lançara ao chão no vale da Humilhação, sacou da espada contra quem o atacara, ao mesmo tempo em que citava as palavras confiantes de Miquéias: inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levan-tar-me-ei (8). Que da mesma forma todo crente enfrente o inimigo na hora sombria da tentação e dificuldades.

Em vista dos acontecimentos, Miquéias perdera a batalha no esforço de construir o Reino de Deus. Mas ficou evidente para ele que Deus não perdera a guerra. As pessoas que desejam lutar as batalhas do Senhor ficam empolgadas com a descoberta de Miquéias. Os versos de Maltbie Babcock espelham a verdade eterna:

O mundo é teu, Senhor. Jamais esquecerei

Que embora existam erro e mal
Tu és o eterno Rei

O mundo é teu, Senhor, Pois Cristo já venceu Inimizades destruiu, Unindo terra e céu*

* "O Mundo é Teu, Senhor", Cantor Cristão, n2 45, verso 3, letra em inglês de Maltbie Babcock e em portugu-ês de João Wilson Faustini (São Paulo: Bom Pastor, 2003, 32 reimpressão).

Quando o Senhor Jesus estava na terra demonstrou muitas vezes a habilidade divi-na de trazer livramento quando os homens atingiam o limite de suas forças. Os discípu-los, fustigados pela tempestade no mar, alegraram-se por Cristo ter ido salvá-los (Mc 6:48). O apóstolo, preso e temendo por sua vida, ouviu as palavras inspiradoras de confi-ança: "Paulo, tem ânimo!" (Atos 23:11). Certa noite, enquanto Pedro sofria na prisão, um anjo se postou ao lado dele (Atos 12:5-10). E hoje, nas horas mais difíceis da vida, o povo de Deus pode testemunhar: O SENHOR será a minha luz.

Nesta subdivisão do livro, Miquéias se identifica com o povo e reconhece a justiça e propósito dos castigos de Deus. Penitentemente, os suporta até o dia em que Deus me trará à luz, e eu verei a sua justiça (9). O profeta declara que os inimigos zombadores de Judá serão, no devido tempo, cobertos de confusão (10; "vergonha", ARA). Vê o dia quando os muros (11) de Jerusalém serão reedificados e os exilados que foram espa-lhados para muitas partes da terra serão reunidos à sua pátria (12). "Eles virão da Assíria, do Egito e até da região do rio Eufrates" (12, NTLH; ver Mapa 1), e de todas as nações para as quais fugiram ou foram levados cativos.

Mas antes que cheguem esses dias, a situação ficará difícil — esta terra será posta em desolação (13). O povo ainda colherá os frutos da iniqüidade. Pois, ainda que os pecados sejam perdoados e esquecidos, mesmo assim, Deus não impedirá a colheita subseqüente que segue toda semente semeada (Gl 6:7).

E. A ORAÇÃO DE MIQUÉIAS PELO Povo, 7:14-20

  • Súplica pelo Cuidado Amoroso (7:14-17)
  • Como agricultor, Miquéias sabia como era essencial um pastor fiel ao bem-es‑

    tar do rebanho. Por isso, ele ora:

    "pastoreia o teu povo com o teu cajado,

    o rebanho da tua herança
    que vive à parte numa floresta,
    em férteis pastagens;

    Deixa-o pastar em Basã e em Gileade,
    como antigamente" (14, NVI).

    Carmelo era conhecido por seus vinhedos, ao passo que Basã e Gileade eram noto-riamente conhecidas como terras pastoris férteis.

    Com a restauração de Israel, Miquéias previu as manifestações do poder e liderança de Deus como as ocorridas no mar Vermelho, no monte Sinai e em outros locais ao longo da rota do Êxodo israelita da terra do Egito (15). Em face de tais acontecimentos, as nações (16) circunvizinhas verão e envergonhar-se-ão. Elas se humilharão e reconhecerão o Deus de Israel. Pôr a mão sobre a boca era gesto comum de prova de culpabilidade e aquiescência.

    O pensamento destes acontecimentos maravilhosos leva Miquéias a alegrar-se; ex-pressa seu entusiasmo num salmo de louvor pela misericórdia e fidelidade de Deus.

  • Louvor pelo Amor Firme de Deus (7:18-20)
  • Quem, ó Deus, é semelhante a ti? (18) é uma pergunta repetida numerosas vezes na Bíblia (Êx 15:11; Sl 89:6; Is 40:18-25; 46.5), mas, em geral, em reconhecimento do poder e glória divinos. Aqui, o profeta fala da graça e misericórdia ilimitadas de Deus pelos pecadores.

    Wolfendale faz um comentário sobre a frase que perdoas a iniqüidade: "O perdão que Deus tem é de qualidade tão excelente quanto a satisfazer sua grandeza, bondade e todos os outros atributos de sua natureza; como por exemplo aquele pelo qual Ele é conhecido como Deus. Não é como o perdão limitado, dificil, parcial e amarrado que encontramos entre os homens; mas é pleno, livre, irrestrito, ilimitado, absoluto; como é a natureza e excelências divinas"?'

    O salmo de Miquéias é oportuno e não se restringe a épocas, pois fala da própria essência da salvação, no passado, presente e futuro. Os santos de todos os tempos unem-se com o profeta no seu refrão alegre da redenção. O salmo diz respeito à mensagem evangélica de esperança que se cumpriu com a salvação provida pelo recém-nascido de Belém, sobre quem Miquéias já falara em 5.2. Todos os que são da fé juntam-se com a confiança firme de Miquéias: Darás... a fidelidade e... a benignidade que juraste a nossos pais, desde os dias antigos (20).

    Esta é visão inigualável de "nosso Deus incomparável". Quem, ó Deus, é seme-lhante a ti, que:

    1) Perdoas a iniqüidade e a transgressão, 18;

    2) Concedes misericórdia e compaixão, 18,19;

    3) Dás poder sobre o pecado, 19;

    4) Cumpres tuas promessas antigas, 20 (W. T. Purkiser).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Miquéias Capítulo 7 versículo 20
    Gn 12:1-3; Gn 17:6-7; Gn 22:16-18; Gn 28:13-15; Lc 1:55,Lc 1:73.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Miquéias Capítulo 7 do versículo 1 até o 20
    *

    7.1-7

    Miquéias lamenta-se que nenhum justo podia ser encontrado (vs. 1-4) e deplorava a resultante convulsão social e nacional que era tanto o resultado como a punição por seus pecados (vs. 4-6). Particularmente notável era a quebra da ordem da família. Miquéias, entretanto, concluiu com a confiança de que após o juízo divino viria a salvação (v. 7).

    * 7:1

    colhidas as frutas do verão. Em sua busca por um homem justo, Miquéias comparou-se a um vindimador que buscava uvas seletas, depois que o melhor da estação das uvas já havia passado.

    *

    7:2

    não há entre os homens um que seja reto. Este versículo explica a alegoria do v. 1.

    *

    7:4

    sentinelas. Uma metáfora que falava sobre os profetas que anunciavam o julgamento vindouro (Ez 3:17; 33:7).

    *

    7:5-6

    Esta passagem foi usada mais tarde na literatura apocalíptica judaica para descrever o conflito que acompanhará o dia final do Senhor, e Jesus citou o v. 6 ao descrever o conflito que resultará de sua vinda (Mt 10:35-39; Lc 12.51-53).

    *

    7.8-20

    Este hino de conclusão consiste em quatro estrofes: (a) Jerusalém, em seu estado caído confessa seu pecado e sua fé no Senhor (vs. 8-10); (b) o profeta promete que a cidade tornar-se-á um redil de ovelhas a oferecer a salvação a um mundo sob julgamento (vs. 11-13); (c) Miquéias ora para que o Senhor novamente venha pastorear o seu povo (v. 14), o que o Senhor promete fazer (v. 15), então Miquéias profetizou que o inimigo incrédulo será conquistado (vs. 16 e 17); e (d) o povo de Israel celebrará o perdão e a fidelidade de Deus com um hino de louvor (vs. 18-20).

    *

    7:8

    trevas. Uma cova sem luz é uma figura simbólica que retrata muito bem uma cidade sob o julgamento divino.

    *

    7:9

    eu verei a sua justiça. A justiça do Senhor será manifestada na salvação da nação fiel de Israel (vs. 8 e 9), bem como na destruição dos seus inimigos incrédulos (v. 10).

    * 7:11

    No dia. Ver 4.1,6; 5:10-15. O último dia é simbolicamente retratado pela restauração das muralhas da cidade de Jerusalém (v. 11); e a extensão dos limites do país aos limites profetizados por Moisés, e desfrutados durante os reinados de Davi e Salomão (v. 12; Gn 15:18; Êx 23:31; Dt 11:24; 1Rs 4:21,25). Ver as referências laterais nos vs. 11 e 12.

    *

    7:13

    a terra será posta em desolação. Fora das fronteiras seguras dos eleitos haverá um julgamento universal. Está em vista, em última análise, o Julgamento Final.

    *

    7:16

    porão a mão sobre a boca... seus ouvidos ficarão surdos. Esses gestos são sinais de humilhação em face do avassalador poder divino. As nações não mais zombarão de Israel, e nem mais darão ouvidos às vanglórias uns dos outros.

    *

    7:18

    Quem, ó Deus, é semelhante a ti. Miquéias, cujo nome significa "quem é como o SENHOR?" (1.1, nota), talvez tenha empregado um jogo de palavras envolvendo o seu próprio nome a fim de enfatizar a graça perdoadora de Deus.

    *

    7:19

    lançará... mar. Da mesma maneira que a jornada de Israel começou quando Deus lançou o exército egípcio no mar Vermelho (v. 15; conforme Êx 15:1-5), assim também ele concluirá a história de Israel lançando suas iniqüidades nas profundezas do mar.

    *

    7:20

    Mostrarás a Jacó a fidelidade. Ou: “mostrará a verdade.” A fidelidade amorosa de Deus aos patriarcas é a base da esperança da Igreja (Rm 4:17; Gl 3:7-9,29).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Miquéias Capítulo 7 do versículo 1 até o 20
    7.1ss Este capítulo começa em penumbra (7.1-6) e termina em esperança (7.7-20). Miqueas observou como se apodrecia a sociedade que o rodeava. Os governantes demandavam presentes; os juizes aceitavam subornos; a corrupção era universal. Entretanto, Deus prometeu tirar seu povo da escuridão do pecado e levá-lo a sua luz. Então o povo o elogiaria por sua fidelidade. Unicamente Deus é perfeitamente fiel.

    7.1-4 Miqueas não pôde encontrar uma pessoa reta em nenhuma parte da terra. Ainda hoje, é difícil encontrar a verdadeira retidão. A sociedade lhe busca explicações racionais ao pecado, e inclusive em ocasiões os cristãos transigem assim que seus princípios cristãos para poder fazer o que querem. É fácil nos convencer de que merecemos uns quantos descansos especialmente quando "todo mundo" o faz. Entretanto, os parâmetros da honestidade provêm de Deus, não da sociedade. Somos honestos porque Deus é verdade, e temos que nos parecer com O.

    7.5, 6 O pecado afetou aos líderes do governo e da sociedade em geral. Enganaram e inclusive arruinaram a família que é o fundamental da sociedade. Como conseqüência disso, a única forma de desencardir ao povo era por meio do castigo de Deus. Isto faria que a nação se voltasse para O e fora restaurada desde seu interior.

    7.7-9 Miqueas mostrou fé em Deus quando proclamou que: (1) esperaria em Deus porque O escuta e salva quando se requer sua ajuda. (2) O tiraria adiante quando os tempos fossem difíceis. (3) Seria paciente em seu castigo devido a que O tiraria da escuridão. (4) seus inimigos seriam castigados. Também nós podemos ter uma relação com Deus que nos permita confiar em Deus como Miqueas. Não se requer um talento especial; simplesmente se necessita fé em Deus e a disposição de atuar apoiado nessa fé.

    7:9 Miqueas se deu conta de que se era paciente e obediente no castigo, Deus perdoaria a seu povo e mostraria sua bondade outra vez (Lm 3:39-41). O castigo não significa rechaço. A nação do Judá era castigada para poder levar a seu povo de novo a Deus, não para afastar o Do. Quando você se em frente a provas devido a seu pecado, não se zangue com Deus nem tenha medo de que o tenha rechaçado. Pelo contrário, volte-se de seu pecado e retorne a Deus.

    7:18 A Deus gosta de ser misericordioso! O não perdoa a contra gosto, mas sim se alegra quando nos arrependemos e oferece perdão a todos os que retornam ao. Hoje você pode confessar seus pecados e receber seu perdão amoroso. Não seja tão orgulhoso e aceite a misericórdia de Deus.

    7:20 Em uma época quando a religião fazia muito pouca diferencia na vida da gente, Miqueas disse que Deus esperava que seu povo fora justo, reto e misericordioso (6.8). O demanda o mesmo dos cristãos da atualidade. Em um mundo que é injusto, devemos atuar com justiça. Em um mundo de grandes quebrantamentos, devemos ser misericordiosos. Em um mundo de soberba e auto-suficiência, devemos caminhar humildemente com Deus. Solo quando vivemos no caminho de Deus nossas vidas começarão a afetar nossos lares, nossa sociedade e nosso mundo.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Miquéias Capítulo 7 do versículo 1 até o 20
    C. moralidade de líderes e ao povo declarada falida (7: 1-6)

    1 Ai de mim! porque estou feito como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há cacho de comer; minha alma quiser o primeiro-ripe fig. 2 o homem piedoso pereceu da terra, e não há outro na vertical entre os homens: todos armam ciladas para sangue; cada um caça a seu irmão com uma rede. 3 As suas mãos estão sobre o mal para o fazerem diligentemente; o príncipe pede, eo juiz está pronto para uma recompensa; e o grande homem, ele faz soar o desejo mau da sua alma; e assim todos eles tecem o. 4 O melhor deles é como um espinho; o mais reto é pior do que uma sebe de espinhos: o dia dos teus vigias, mesmo tua visitação, é vindo; agora será a sua confusão. 5 A confiança não vos em um vizinho; revesti-vos não a confiança em um amigo; . manter as portas da tua boca daquela que repousa no teu seio 6 Pois o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a filha-de-lei contra a mãe-de-lei; os inimigos do homem são os da sua própria casa.

    O último capítulo começa com uma palavra divulgação dor bruta e desesperança: Ai . O hebraico é uma palavra incomum para ai, encontrado também em 10:15 . A palavra comum é usada em Mq 2:1) é uma das mais belas do Antigo Testamento. É uma característica marcante de Deus, Sua "bondade" em condescendente com as necessidades de suas criaturas (Genesius), tanto espiritual quanto física (conforme Sl 130:7. ). O homem de Deus é aquele que faz com que o amor a Deus e ao homem a regra dominante de sua vida. Desde que o amor deixou de governar, orgulho e ganância, através de suborno e traição, possuía o príncipe, o juiz, e o grande homem, envenenando a própria fonte da justiça (conforme Mq 2:1 , Mq 2:8 ; Mq 3:2 e Is 57:1)

    7 Mas, quanto a mim, eu vou olhar para o Senhor; Vou esperar para o Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá. 8 não Alegrai-vos contra mim, ó inimigo meu quando eu cair, vou levantar-se; quando me sentar nas trevas, o Senhor será a minha luz.9 Sofrerei a indignação do Senhor, porque pequei contra ele, até que julgue a minha causa, e execute o meu direito; ele me tirará para a luz , e eu verei a sua justiça. 10 E a minha inimiga verá isso, e vergonha a cobrirá, que me disse: Onde está o Senhor teu Deus? Os meus olhos ver o meu desejo sobre ela; agora ela será pisada como a lama das ruas. 11 Um dia para a construção de teus muros! Naquele dia o decreto ser afastada. 12 Naquele dia virão a ti da Assíria e das cidades do Egito, e do Egito até o Rio, e de mar a mar, e de montanha a montanha. 13 No entanto, deve a terra se tornará em desolação por causa de seus moradores, por causa do fruto das suas ações.

    Mas, quanto a mim. Em meio a todos os pressentimentos de castigos e julgamentos do profeta Miquéias mantém uma fé inabalável em Deus. Vou olhar para o Senhor (marg .: "em Jeová I manter o relógio"). Lembramo-nos de Habacuque: "Eu vou ficar em cima do meu relógio ... e vai olhar ... para ver o que ele vai falar comigo" (Hc 2:1. , KJV). Quando me sentar nas trevas, o Senhor será a minha luz. No versículo 9 nós ver Micah como porta-voz do verdadeiro Israel, de fiéis 1srael personificada. Assim, ele se arrepende e trusts de perdão, aceitação e justiça, como vingança. Como o inimigo vê a reivindicação do povo de Deus, eles se escondem na vergonha, e como escarnecedores serão humilhados e punidos. Agora, o profeta, aguarda com expectativa o momento da reconstrução, ea vinda casa de fiéis 1srael à Palestina a partir das várias nações do mundo. Não está claro se a terra (v. Mq 7:13) é a terra ou Canaã. Se Canaã se entende, então este versículo contém uma palavra de cautela que antes do dia para a construção (v. Mq 7:11 ), o julgamento deve concluir seu trabalho.

    E. A DEFENDE PROFETA PARA LIBERTAÇÃO DE JEOVÁ (7: 14-17)

    14 Alimente o teu povo com a tua vara, o rebanho da tua herança, que habita a sós na floresta no meio do Carmelo; apascentem-se em Basã e Gileade, como nos dias antigos. 15 Tal como nos dias da tua frente para fora da terra do Egito eu mostro-lhes coisas maravilhosas. 16 As nações o verão e se envergonhar de todo o seu poder; porão a mão sobre a boca; os seus ouvidos ficarão surdos. 17 Devem lamber o pó como serpentes; como répteis da terra que, tremendo, saem dos seus esconderijos; virão com medo ao Senhor nosso Deus, e terão medo de ti.

    O profeta agora pede a Jeová como o grande Pastor das ovelhas do teu herança, "o povo do seu pasto" (Sl 95:7)

    18 Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade, e que passa por cima da transgressão do resto da tua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade. 19 Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades; Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar. 20 Darás a verdade para Jacó, e a benignidade Abraão, que juraste a nossos pais desde os dias antigos.

    O livro de Miquéias fecha com um hino de louvor delicioso para a fidelidade, misericórdia e bondade do Senhor, particularmente para o resto da tua herança (v. Mq 7:18 ; conforme Ex 15:1 e 12. Isa: 1- 6 ). Qual é a base para os seguros? É o juramento que fez o Senhor a Abraão e Jacó (Gn 22:16) nossos pais desde os dias antigos. Micah, a partir do significado do próprio nome, foi constantemente lembrado, "Quem é semelhante ao Senhor?" Como um hoje pondera os atributos da graça de um Deus assim, ele se alegra com Micah que perdoa a iniqüidade, e que passa por cima ... transgressão (conforme Pv 19:11) ... não retém ... ira para sempre, ... se deleita em benignidade, [tem] compaixão de nós, ... é o que pisa aos pés as nossas iniqüidades; e ... lançar todos os [nossos] pecados nas profundezas do mar ("nosso" em vez de "seu" de acordo com a LXX, Pesh. e Vulgata). Pelos méritos do Messias nasceria em Belém, como Miquéias predisse, a humanidade hoje, judeu ou gentio, pode realizar pessoalmente esses dons de graça do Pai celeste.

    Bibliografia

    Calkins, Raymond. A Mensagem Modern dos Profetas Menores. New York: Harper, 1947.

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    Keil, Carl F. e F. Delitzsch. Comentário Bíblico do Antigo Testamento: Os Doze Profetas Menores. Vol. I. Grand Rapids: Eerdmans, 1961 (Rep.).

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    Wolfe, Rolland E. "Micah: Introdução e Exegese" Bíblia do intérprete . Vol. VI. New York: Abingdon, 1956.

    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Miquéias Capítulo 7 do versículo 1 até o 20
    7.4 O dia anunciado par tuas sentinelas. Uma sentinela é um profeta de Deus (conforme Ez

    33.7). O dia do julgamento, do qual tantos profetas tinham falado, estava se aproximando. Para Samaria, veio dentro de uma década; para Jerusalém, levou mais do que um século; mas o julgamento final de todos os homens ainda está no futuro (He 9:27).

    7.6 Esta expressão começou a ser uma realidade na época de Jesus quando uns aceitavam inteiramente, e outros rejeitavam (Mt 10:34-40).

    7.7 Eu, porém, olharei para o Senhor. O profeta mesmo continua a confiar em Deus, enquanto a nação, ao seu redor, incorre na prática do paganismo. Como parte legítima do remanescente fiel, é ele que tem de interceder em favor da sua nação, fazendo sua confissão e sua oração em conjunto com a nação pecaminosa (vv. 8-20).

    7.8 Levantar-me-ei. Conforme Pv 24:16, que fala do cair em aflições.

    7.9 A pessoa piedosa vê a adversidade apenas como espécie de disciplina diária.
    7.14 Basã e Gileade. Sendo um território pacífico de pastagens, aqui simboliza a época do Messias, de Cristo, o Bom Pastor.

    7.18 Os ídolos forjam-se como representações de divindades. A mente humana tenta tecer religiões, mas o perdão e a misericórdia são atributos exclusivos do próprio Deus; e só Ele os revela.
    7.19 Nas profundezas do mar. Esta expressão simboliza um lugar de onde nada poderia voltar. Os pecados perdoados por Deus nunca mais poderão nos acusar, por muito que Satanás assim o queira; seu castigo, suas conseqüências eternas, até suas marcas no caráter, o próprio Deus apaga pelo sacrifício de Cristo na Cruz (Rm 8:31 -49).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Miquéias Capítulo 7 do versículo 1 até o 20

    4) O desespero e a esperança do profeta (7:1-7)

    Miquéias fala na primeira pessoa nos versículos iniciais e finais, e nos do meio descreve de forma mordaz a decadência da sociedade na qual ele vivia. No v. 1, ele compartilha o desespero da solidão experimentada anteriormente por Elias (1Rs 19:10). Ele se sente como alguém que colhe frutos de verão de pessoas fiéis a Deus, mas os respigadores não deixam nenhum cacho de uvas e nenhum figo. Enquanto anteriormente Amós havia retratado os piedosos como poucos e sem forças para agir (Jl 5:13), Miquéias vê que eles desapareceram completamente do país, e não há

    um justo sequer para lhe fazer companhia. Em vez disso, os seus compatriotas estão propensos a derramar sangue (v. 2) e são hábeis para fazer o mal (v. 3). Entre os seus líderes, tanto o governante quanto o juiz estão sempre prontos a fazer conchavos com os poderosos e, por suborno, a tramar em conjunto os planos que vão fazê-los atingir o que querem, não importa se isso for o mal (v. 3). Ainda hoje, há muitos cristãos que são obrigados a viver numa sociedade em que esse tipo de abuso é muito comum. Num célebre caso recente, um homem acusado de matar a sua esposa e um grande número de pessoas ao causar um acidente de avião foi absolvido, apesar das evidências esmagadoras da promotoria. O fato de a absolvição ter aberto o caminho para ele receber uma soma enorme do dinheiro do seguro torna extremamente difícil crer que a justiça não tenha sido obstruída nesse caso. Numa situação dessas, até o melhor e o mais correto “não valem mais do que espinheiros” (v. 4, NTLH), mas o dia do castigo de Deus anunciado pelos profetas (sentinelas) não pode ser adiado para sempre, e o tempo da confusão entre eles chegou. Entrementes, um homem não pode confiar nem acreditar nos vizinhos nem nos amigos, e nem mesmo nos próprios familiares, seus filhos e sua esposa (aquela que o abraça). A perspectiva exterior é realmente amedrontadora, e os v. 5,6 talvez reflitam conflitos na própria família de Miquéias. Mas, não obstante tudo isso, ele mantém a sua fé em Deus (o meu Salvador, conforme Hc 3:17-35). Ele vai continuar a esperar no Senhor com a seguinte certeza: o meu Deus me ouvirá (v. 7). Ninguém que segue o Senhor durante muito tempo deixa de ter em algum momento um sentimento de solidão e oposição esmagadora como essa. Essa foi especialmente a sina de Jeremias (Jr 1:18,Jr 1:19; Jr 11:18-24.


    5) A compaixão do Senhor pelo seu povo (7:8-20)

    Nessas palavras finais da sua profecia, Miquéias fala a favor da nação e, em particular, a favor de Jerusalém, que vai tanto receber o maior impacto do castigo de Deus quanto testemunhar a glória principal da restauração que Deus vai operar. Como outras partes do livro (2.12,13; caps. 4; 5), essa seção direciona o seu ímpeto espiritual para a geração que teria de sofrer a angústia do exílio e descobrir a misericórdia de Deus na adversidade.
    v. 8-10. A fé expressa nesses versículos contém a compreensão básica da conduta de Deus para com Israel que capacitou o povo a sobreviver ao colapso político, à deportação e ao exílio. Essa experiência se tornou necessária Por eu ter pecado contra o Senhor. A desobediência arrogante do passado teria de dar lugar à submissão humilde que conteria a semente da esperança futura. Israel tem de suportar com paciência a ira do Senhor e, ao fazê-lo, descobrir que isso é por tempo limitado, até que ele apresente a minha defesa (v. 9). A confiança de que algum dia ele fará isso dá a certeza de que a inimiga não tem direito algum de se alegrar sobre a nação caída, pois vai se levantar novamente (v. 8). Mesmo enquanto suporta as trevas da ira dele, Israel vai descobrir que o Senhor é a sua luz (v. 8) e, por fim, fará o povo sair para a luz (v. 9) da restauração. Isso também vai significar que o Senhor vai estabelecer o direito do povo contra a sua inimiga, que não havia somente derrotado Israel, mas desafiado o Senhor, o seu Deus. A inimiga, por sua vez, será coberta de vergonha e será pisada como o barro nas ruas (v. 10), e aí será a vez de Israel ver a sua queda. A inimiga aqui não é identificada, mas a descrição da sua conduta provavelmente está associada à mensagem assíria de 2Rs 18:28-12.

    v. 11-13. No dia da restauração, Miquéias não vê somente que os muros de Jerusalém serão reconstruídos, mas também as fronteiras que serão ampliadas muito além dos limites diminuídos do território de Judá dos seus dias. Naquele dia, os exilados vão retornar de todas as direções, do leste (Assíria) e do oeste (Egito), para repovoar a terra. Israel vai florescer, enquanto os seus opressores tradicionais serão desolados em consequência de suas ações más (v. 13). v. 14-17. O profeta ora pelo cuidado protetor do Senhor sobre a nação restaurada, assim como um pastor cuida do seu rebanho quando este está à parte numa floresta. Ele pede que tenham liberdade para pastar até mesmo nas terras férteis da Transjordânia em Basã e Gileade, como haviam feito antigamente (v. 14), isto é, na monarquia unida. Gomo resposta, o Senhor promete uma intervenção a favor do seu povo comparável àquela nos dias do êxodo em que você saiu do Egito. Quando o Senhor mostra as suas maravilhas (v. 15), as nações que vêem isso só podem se envergonhar desconcertadas (com a mão sobre a boca, v. 16), humilhadas (Lamberão o pó) e tremendo (v. 17). Mas nenhuma demonstração do poder a favor do seu povo é meramente ostentosa; aqui o propósito é evangelístico, ou seja, para que até as nações que o desafiaram (v. 10) se voltem para o Senhor, o nosso Deus. v. 18-20. Essa confiança no triunfo final da misericórdia sobre o juízo leva Miquéias à sua irrupção final de louvor. Deus pode, aliás precisa, castigar a desobediência, mas ele não permanece irado para semprede novo terá compaixão de nós. Por causa do prazer que ele tem em mostrar amor, sempre haverá um remanescente cujo pecado e transgressão serão perdoados. E o perdão será finalmente completo, e as maldades estarão totalmente eliminadas, e os pecados serão atirados tão longe como se fossem lançados nas profundezas do mar (v. 19). O Senhor é um Deus verdadeiro, e as promessas que ele fez sob juramento aos nossos antepassados (os patriarcas) na antiguidade certamente serão cumpridas, não importam os reveses pelos quais tenham de passar os descendentes do povo. Essa certeza dada a Israel para sustentar o povo ao longo dos seus dias mais tenebrosos retém toda a sua autoridade para a igreja dos nossos dias na proporção em que ela enfrenta o final dos tempos.

    BIBLIOGRAFIA

    Comentários

    Allen, L. C. The Books of Joel, Obadiah, Jonah and Micah. NICOT. Grand Rapids, 1976.

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    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Miquéias Capítulo 6 do versículo 1 até o 20


    4) Paulo em suas cartas aos romanos e gálatas ensinou que não existem judeus nem gregos . . . no reino; todos são um e em Cristo todos são da semente de Abraão e herdeiros da Promessa.

    IV. O Litígio de Jeová. 6:1 - 7:20.

    Os capítulos Mq 4:1 e 5 do livro de Miquéias predizem a vinda e a obra do Messias. A profecia se estende à consumação de todas as coisas, que Miquéias viu realizadas através do pecado, juízo e salvação. Nestes dois últimos capítulos o profeta descreve o pecado do povo, como também a luta de Jeová com eles e o Seu juízo sobre eles; ele também prediz que o povo confessará os seus pecados e receberá as bênçãos prometidas. Tudo isto está exposto na forma de um processo judicial. O profeta é o promotor público de Jeová, tendo as montanhas e as colinas (talvez símbolos de justiça imutável) por tribunal e juizes. Jeová argüi através do profeta; o povo replica; as montanhas e as colinas ficam em silencioso julgamento.


    Moody - Comentários de Miquéias Capítulo 7 do versículo 18 até o 20

    G. Doxologia: O Triunfo da Graça. Mq 7:18-20.

    O profeta começa esta doxologia com um trocadilho com o seu próprio nome, Quem, ó Deus, é semelhante a ti? (veja Introd., Título), e com louvor cheio de gratidão ele explode nesta descrição inigualável de Jeová.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Miquéias Capítulo 7 do versículo 7 até o 20
    d) Confissão e doxologia (Mq 7:7-20)

    Em seguida o profeta eleva os olhos do sórdido fracasso moral e da corrupção da sociedade ao seu derredor para as eternas realidades de Deus (7). Em palavras grandiloqüentes ele afirma a esperança que ilumina as trevas da aflição para cada crente (8). Quantos homens bons, pressionados na luta contra o mal avassalador, têm declarado sua fé na vitória final, nessas valentes palavras do versículo 8, como João Bunyan fez com que "Cristão" dissesse em sua obra O Peregrino, quando quase era vencido em sua luta contra Apoliom.

    O profeta confessa que o modo de Deus tratar Seu povo era justo (9). Voltando-se subitamente ele repreende os adversários da nação (10). Então, recuperando a calma, o profeta prevê um dia em que os filhos exilados de Jerusalém voltarão para ela (11-12). Porém, mesmo então, as coisas não serão fáceis (13). Uma vez mais, entretanto, a figura de um pastor e seu rebanho surge na mente do profeta, e ele apela para que Deus mostre Seu cuidado pastoral (14). Os grandes dias do passado haveriam de retornar, pois Deus não havia mudado; e, com um povo arrependido, Ele faria maravilhas aos olhos das nações (15-17).

    >Mq 7:18

    O livro se encerra com uma grande nota. Os últimos três versículos formam um salmo de louvor à eterna misericórdia de Deus. O profeta se eleva acima de todas as considerações locais, e fornece, a cada geração de homens e mulheres em adoração, palavras com as quais se pode bendizer Aquele que não retêm a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade (18).

    A. Fraser.

    L. E. H. Stephens-Hodge.


    Dicionário

    Abraão

    Nome Hebraico - Significado: Pai das multidões.

    pai de muitos povos

    Abraão [Pai de uma Multidão] - Filho de Terá e descendente de Sem. Deus o chamou em Ur da CALDÉIA para dar começo à nação hebraica (Gn 12:1—25:
    1) 0). Por causa da sua fidelidade, tornou-se o pai dos crentes de todos os tempos (Gl 3:6-7).

    Abraão 1. Patriarca. Filho de Taré ou Tera, pai dos hebreus, pai dos que crêem e amigo de Deus (Gn 15:1-18; 16,1-11; 18,1-19.28; 20,1-17; 22,1-14; 24). Segundo Jesus, no final dos tempos e junto ao patriarca, desfrutarão do banquete do Reino de Deus não somente os israelitas como também os gentios que creram no Cristo. 2. Seio de. Na literatura judaica, como por exemplo: Discurso a los griegos acerca del Hades, de Flávio Josefo, o lugar do sheol ou hades, donde os justos esperavam conscientemente a descida do Messias, que os arrebataria ao céu. Esse é o sentido que os Evangelhos expressam, como o relato do homem rico e Lázaro de Lc 16:19-31.

    Antigos

    antigo | adj. | s. m. | s. m. pl.

    an·ti·go
    (latim antiquus, -a, -um, antigo, velho)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que existiu outrora.

    2. Que existe e se conserva há muito tempo. = VELHONOVO, RECENTE

    3. Que não é moderno. = ANTIQUADO

    4. Que foi, mas já não é.

    5. De outros tempos.

    6. Próprio de outros tempos.

    7. Que exerce o lugar há muito tempo.NOVO

    8. Que foi suplantado por outro.

    nome masculino

    9. O que é antigo.


    antigos
    nome masculino plural

    10. Os homens de outros tempos.

    11. Anciãos.

    Superlativo: antiguíssimo ou antiquíssimo.

    Benignidade

    Qualidade de ser bom.

    Benignidade Bondade; misericórdia (Sl 26:3; Gl 5:22).

    benignidade s. f. Qualidade de benigno.

    Dias

    substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
    Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.

    Fidelidade

    Do latim fidelitas, vocábulo oriundo do substantivo fides. A palavra fides designava, nos primórdios da língua latina, a "adesão [do devoto aos preceitos de sua religião]". Na evolução desse idioma, o sentido da palavra se alargou, embora conservando o conceito inicial da adesão positiva a um princípio religioso, sendo ela empregada em diversos sentidos, como, por exemplo, "sinceridade", "retidão", "honestidade", "responsabilidade", "confiança". Em latim, fidelitas significa "aquilo que possui fides".

    substantivo feminino Particularidade ou qualidade do que é fiel; em que há zelo ou cuidado por algo ou alguém; lealdade: fidelidade ao Papa; fidelidade política.
    Ação de cumprir as obrigações e/ou compromissos que foram assumidos com uma outra pessoa: fidelidade matrimonial.
    Cujos hábitos, comportamentos ou atitudes permanecem constantes: fidelidade dos funcionários da empresa.
    Comprometimento intenso com a ciência, com conhecimento ou com a sabedoria: fidelidade dos estudos científicos.
    [Física] Particularidade que um sistema acústico possui para reproduzir os sons que pertencem a todas as frequências presentes no som original.
    [Física] Característica da balança definida por determinar com exatidão e por vezes repetidas a mesma posição ou atribuir sempre a mesma leitura (sob às mesmas forças).
    Etimologia (origem da palavra fidelidade). Do latim fidelìtas.a.tis.

    Jaco

    substantivo masculino O mesmo que jaque1.

    substantivo masculino O mesmo que jaque1.

    substantivo masculino O mesmo que jaque1.

    Jacó

    Suplantador. o filho mais novo deisaque e Rebeca. Na ocasião do seu nascimento ele segurava na mão o calcanhar do seu irmão gêmeo, Esaú, e foi por causa disto que ele recebeu o seu nome (Gn 25:26). Não devemos, porém, supor que este nome era desconhecido antes deste fato, pois ele se encontra gravado em inscrições muito mais antigas. Jacó era dotado de temperamento meigo e pacífico, e gostava de uma vida sossegada e pastoril. E era nisto muito diferente do seu irmão, que amava a caça, e era de caráter altivo e impetuoso! Quanto à predileção que tinha Rebeca por Jacó, e às suas conseqüências, *veja a palavra Esaú. Foi por um ardil que Jacó recebeu do seu pai isaque, já cego, aquela bênção que pertencia a Esaú por direito de nascimento. Este direito de primogênito já tinha sido assunto de permutação entre os irmãos, aproveitando-se Jacó de certa ocasião, em que Esaú estava com fome, a fim de tomar para si os privilégios e direitos de filho mais velho. (*veja Primogênito.) Embora fosse desígnio de Deus que a sua promessa a Abraão havia de realizar-se por meio de Jacó, contudo os pecaminosos meios empregados por mãe e filho foram causa de resultados tristes. Ambos sofreram com a sua fraude, que destruiu a paz da família, e gerou inimizade mortal no coração de Esaú contra seu irmão (Gn 27:36-41). o ano de ausência (Gn 27:42-44), que Rebeca imaginou ser suficiente para abrandar a cólera de Esaú, prolongou-se numa separação de toda a vida entre mãe e filho. Antes da volta de Jacó já Rebeca tinha ido para a sepultura, ferida de muitos desgostos. o ódio de Esaú para com Jacó foi perdurável, e, se Deus não tivesse amaciado o seu coração com o procedimento de Jacó, ele sem dúvida teria matado seu irmão (Gn 27:41). Antes de Jacó fugir da presença de Esaú, foi chamado perante isaque, recebendo novamente a bênção de Abraão (Gn 28:1-4). Ele foi mandado a Padã-Arã, ou Harã, em busca de uma mulher de sua própria família (Gn 28:6). Foi animado na sua jornada por uma visão, recebendo a promessa do apoio divino. (*veja Betel.) Todavia foi forçado a empregar-se num fastidioso serviço de sete anos por amor de Raquel – e, sendo no fim deste tempo enganado por Labão, que, em vez de Raquel, lhe deu Lia, teve Jacó de servir outros sete anos para casar com Raquel, a quem ele na verdade amava. Depois disto, foi ainda Jacó defraudado por Labão numa questão de salários – e foi somente depois de vinte anos de duro serviço, que conseguiu ele retirar-se furtivamente, com sua família e bens (Gn 31). Queria Labão vingar-se de Jacó pela sua retirada, mas Deus o protegeu. o ponto em que principia uma mudança na vida de Jacó foi Penuel – ali foi humilhado pelo anjo, e renunciou aos seus astutos caminhos, aprendendo, por fim, a prevalecer com Deus somente pela oração. (*veja israel.) Ele teve grandes inquietações domésticas: a impaciência da sua favorita mulher Raquel, com os seus queixumes, ‘Dá-me filhos, senão morrerei’ – a morte dela pelo nascimento de Benjamim – o pecado da sua filha Diná (Gn 34:5-26), e a conseqüente tragédia em Siquém – o mau procedimento de Rúben, e o desaparecimento de José, vendido como escravo – todos estes males juntos teriam levado Jacó à sepultura, se Deus não o tivesse fortalecido. Deus foi com ele, sendo calmos, felizes e prósperos os últimos dias do filho de isaque. Quase que as suas últimas palavras foram a predição da vinda do Redentor (Gn 49:10). Doze filhos teve Jacó, sendo somente dois, José e Benjamim, os nascidos de Raquel. (*veja israel, Esaú, Raquel, José, Gileade, etc., a respeito de outros incidentes na vida deste patriarca.) A certos fatos faz referências o profeta oséias (12.2 a 12). *veja também Dt 26:5. 2. o pai de José, casado com Maria (Mt 1:15-16). 3. o nome de Jacó era também empregado figuradamente, para significar os seus descendentes (Nm 23:7, e muitas outras passagens).

    Seu nascimento (Gn 25:21-34; Gn 27:1-45) - Jacó nasceu como resposta da oração de sua mãe (Gn 25:21), nas asas de uma promessa (vv. 22,23). Será que Isaque e Rebeca compartilharam os termos da bênção com os filhos gêmeos, enquanto eles cresciam? Contaram logo no início que, de acordo com a vontade de Deus, “o mais velho serviria o mais novo”? Deveriam ter contado, mas as evidências indicam que não o fizeram. De acordo com o que aconteceu, o modo como Jacó nasceu (“agarrado”, Gn 25:26) e o nome que lhe deram (Jacó, “suplantador”), por muito tempo a marca registrada de seu caráter foi o oportunismo, a luta para tirar vantagem a qualquer preço e desonestamente. Além disso, a própria Rebeca, diante da possibilidade de que Esaú alcançasse a preeminência, não apelou para a confiança na promessa divina, e sim para seu próprio oportunismo inescrupuloso (Gn 25:5-17) — ou seja, sendo de “tal mãe, tal filho”.

    Esaú era um indivíduo rude e despreocupado, que não levava nada muito a sério e que dava um valor exagerado aos prazeres passageiros. Jacó percebeu que essa era sua chance. Certo dia, Esaú voltou faminto de uma caçada e encontrou a casa imersa no aroma de uma apetitosa refeição preparada por Jacó. Esaú não teve dúvidas em trocar seu direito de primogenitura por um prato de comida e podemos imaginar um sorriso de maliciosa satisfação nos lábios de Jacó pelo negócio bem-sucedido! (Gn 25:27-34).

    A família patriarcal era a administradora da bênção do Senhor para o mundo (veja Abraão, Gn 12:2-3), e a experiência traumática de Gênesis 22:1-18 deve ter gravado essa promessa em Isaque. Quando, porém, ele sentiu a aproximação da morte (Gn 27:1-2) — de maneira totalmente equivocada, o que não é raro nos idosos (Gn 35:27-29) —, percebeu que era uma questão de extrema importância assegurar a transmissão da bênção. Quantas tragédias seriam evitadas se vivêssemos plenamente conscientes das promessas e da Palavra de Deus! Rebeca achava que era sua obrigação providenciar o cumprimento da promessa feita no nascimento dos gêmeos; Isaque esqueceu totalmente a mensagem. Uma terrível fraude foi praticada, e Rebeca corrompeu aquela sua característica positiva, que era parte de seu charme durante a juventude (Gn 24:57); e Jacó, por sua vez, temeu ser descoberto, em lugar de arrepender-se do pecado que praticava (Gn 27:12). As conseqüências foram a inimizade entre os irmãos (Gn 27:41), a separação entre Rebeca e seu querido Jacó (Gn 25:28-27 a 45), o qual de fato ela nunca mais viu, e, para Jacó, a troca da segurança do lar por um futuro incerto e desconhecido (Gn 28:10).

    Um encontro com Deus (Gn 28:1-22)

    Logo depois que Jacó sentiu a desolação que trouxera sobre si mesmo, o Senhor apareceu a ele e concedeu-lhe uma viva esperança. Embora ele desejasse conquistar a promessa de Deus por meio de suas próprias manobras enganadoras, o Senhor não abandonou seu propósito declarado. A maior parte do restante da história gira em torno dessa tensão entre o desejo de Deus em abençoar e a determinação de Jacó de conseguir sucesso por meio da astúcia. Gênesis 28:13, que diz: “Por cima dela estava o Senhor”, tem uma variação de tradução que seria mais apropriada: “Perto dele estava o Senhor”, pois a bênção de Betel foi: “Estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores” (v. 15). Tudo isso sugere que a escada é uma ilustração do Senhor, que desce a fim de estar com o homem a quem faz as promessas (vv. 13,14). Numa atitude típica, Jacó tenta transformar a bênção de Deus numa barganha e literalmente coloca o Senhor à prova (vv. 20-22), ao reter o compromisso pessoal da fé até que Deus tivesse provado que manteria sua palavra. Quão maravilhosa é a graça do Senhor, que permanece em silêncio e busca o cumprimento de suas promessas, mesmo quando são lançadas de volta em sua face! Oportunistas, entretanto, não fazem investimentos sem um retorno garantido do capital! Jacó precisava trilhar um duro caminho, até aprender a confiar.

    A história dentro da história (Gn 29:31)

    Gênesis 29:31 conta a chegada de Jacó à casa de seus parentes, em Padã-Hadã, no extremo norte, onde Palestina e Mesopotâmia se encontram, separadas pelo rio Eufrates (29:1); registra seu encontro com Raquel e sua apresentação aos familiares da mãe dele (29:2-14); menciona como foi enganado e obrigado a casar-se com Lia e Raquel (29:14-30), formou uma numerosa família (29:31 a 30:24), trabalhou como empregado para o sogro Labão (30:25 a 31:
    1) e finalmente voltou para Canaã (31:2-55). É uma história fascinante — o oportunista, suplantador e autoconfiante Jacó e o astuto Labão. Seu tio tramou com sucesso para casar a filha Lia, que não tinha pretendentes (Gn 29:17) — interessante, aquele que alcançou a condição de primogênito por meio do ardil (25:29ss) foi enganado na mesma área, no tocante à primogenitura (29:26)! “Deus não se deixa escarnecer” (Gl 6:7) — mas, depois disso, embora as coisas fossem difíceis (Gn 31:38-41), Jacó sempre foi bem-sucedido. Ele sabia como “passar Labão para trás”. O sogro decidia qual parte do rebanho seria dada a Jacó como pagamento e tomava as medidas para garantir a sua vantagem no acordo (30:34-36), mas o filho de Isaque sempre tinha um ou dois truques “escondidos na manga” — simplesmente tirando a casca de alguns galhos, de acordo com a orientação divina!

    Dentro da narrativa dos galhos descascados, havia uma outra história e Jacó começou a aprender e a responder a ela. O Senhor prometera cuidar dele (Gn 28:15) e cumpriu sua palavra. Sem dúvida, Jacó estava satisfeito com o resultado dos galhos, mas uma visão de Deus colocou as coisas às claras (Gn 31:3-10-13). Não foi a eugenia supersticiosa de Jacó, mas o cuidado fiel de Deus que produziu rebanhos para benefício dele. Posteriormente ele reconheceu esse fato, quando Labão o perseguiu furioso por todo a caminho até Mispa, já na fronteira com Canaã (Gn 31:38-42). Ao que parece, entretanto, o aprendizado de Jacó não foi muito além da capacidade de falar a coisa certa.

    A oração de Jacó (Gn 32:1-21)

    Seria uma crítica injusta dizer que Jacó ainda não havia aprendido a confiar no cuidado divino, em vez de confiar no esforço humano? Duas outras questões indicam que essa avaliação é correta: por que, encontrando-se em companhia dos anjos do Senhor (Gn 32:1), Jacó estava com medo de Esaú e seus 400 homens (vv. 6,7)? E por que, quando fez uma oração tão magnífica (Gn 32:9-12), voltou a confiar nos presentes que enviaria ao irmão (vv. 13-21)? Foi uma oração exemplar, de gratidão pelas promessas divinas (v. 9), reconhecendo que não era digno da bênção (v. 10), específica em seu pedido (v. 11), e retornando ao princípio, para novamente descansar na promessa de Deus (v. 12). Seria difícil encontrar oração como esta na Bíblia. Jacó esperava a resposta de Deus, mas, sabedor de que Esaú já fora comprado uma vez por uma boa refeição (Gn 25:29ss), tratou de negociar novamente com o irmão. Ele ainda se encontrava naquele estado de manter todas as alternativas à disposição: um pouco de oração e um pouco de presentes. Estava, contudo, prestes a encontrar-se consigo mesmo.

    Bênção na desesperança (Gn 32:22-31)

    Uma cena resume tudo o que Jacó era: enviou toda sua família para o outro lado do ribeiro Jaboque, mas algo o reteve para trás. “Jacó, porém, ficou só, e lutou com ele um homem até o romper do dia” (Gn 32:24). Na verdade sempre foi assim: “Jacó sozinho” — usurpando o direito de primogenitura, apropriando indevidamente da bênção, medindo forças com Labão, fugindo de volta para casa, negociando (Gn 31:44-55) uma esfera segura de influência para si próprio —, entretanto, é claro, ninguém negociaria a posse de Canaã! O Senhor não permitiria isso. Portanto, veio pessoalmente opor-se a Jacó, com uma alternativa implícita muito clara: ou você segue adiante dentro dos meus termos, ou fica aqui sozinho. Jacó não estava disposto a abrir mão facilmente de sua independência, e a disputa seguiu por toda a noite (Gn 32:24). Se ele tivesse se submetido, em qualquer momento da luta, teria terminado a batalha inteiro, mas o seu espírito arrogante e individualista o impeliu adiante até que, com a facilidade consumada de quem é Todo-poderoso, um simples toque de dedo deslocou a coxa de Jacó (v. 25). Que agonia! Que desespero! Que humilhação saber que só conseguia manter-se em pé porque os braços fortes do Senhor o amparavam!

    Até mesmo o oportunismo, entretanto, pode ser santificado! O desesperado Jacó clamou: “Não te deixarei ir, se não me abençoares” (v. 26) e o grito do desesperado pela bênção transformou Jacó num novo homem, com um novo nome (v. 28). Ele de fato tinha “prevalecido”, pois essa é a maneira de agir do Deus infinito em misericórdia: ele não pode ser derrotado pela nossa força, mas sempre é vencido pelo nosso clamor. E, assim, o Jacó sem esperança saiu mancando, agora como Israel, pois tinha “visto a face de Deus” (v. 30).

    O homem com uma bênção para compartilhar (Gn 33:1-50:13)

    Quando, porém, o relato da vida de Jacó prossegue, vemos que as coisas velhas não passaram totalmente, nem todas tornaram-se novas. O mesmo homem que “viu Deus face a face” (Gn 32:30) encontrou Esaú sorrindo para ele e toda a hipocrisia aflorou novamente: “Porque vi o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus” (Gn 33:10)! O homem que fora honesto (pelo menos) com Deus (Gn 32:26) ainda era desonesto com as pessoas, pois prometeu seguir Esaú até Edom (33:13,14 Seir) e não cumpriu a promessa; de fato, não planejara fazê-lo (33:17). Por outro lado, estava espiritualmente vivo e cumpriu fielmente a promessa que tinha feito ao declarar o Senhor de Betel (28:20,21) como seu Deus (33:20), ansioso para cumprir seu voto na íntegra (35:1-4) e trazer sua família ao mesmo nível de compromisso espiritual.

    Em seu retorno à Canaã, o Senhor lhe apareceu, a fim de dar-lhe esperança e reafirmar as promessas: confirmou seu novo nome (35:9,10) e repetiu a bênção da posteridade e possessão (vv. 11-15). A grande misericórdia de Deus marcou esse novo começo, pois Jacó precisaria de toda essa segurança nos próximos eventos: a morte de Raquel (Gn 35:16-19), a imoralidade e deslealdade de Rúben (v. 21), a morte de Isaque (vv. 27-29) e aquele período de anos perdidos e desolados, piores do que a própria morte, quando José também se foi (Gn 37:45). A disciplina de Deus, porém, educa e santifica (Hb 12:1-11) e Jacó emergiu dela com uma vida gloriosa: a cada vez que o encontramos, é como um homem que tem uma bênção para compartilhar — abençoou o Faraó (Gn 47:7-10), abençoou José e seus dois filhos (Gn 48:15-20) e abençoou toda a família, reunida ao redor do seu leito de morte (Gn 49). Agora, seu testemunho também é sem nenhuma pretensão: foi Deus quem o sustentou, o anjo o livrou (Gn 48:15). O antigo Jacó teria dito: “Estou para morrer e não posso imaginar o que será de vocês, sem a minha ajuda e sem as minhas artimanhas”. “Israel”, porém, o homem para quem Deus dera um novo nome, disse para José: “Eis que eu morro, mas Deus será convosco” (Gn 48:21). Um homem transformado, uma lição aprendida.

    J.A.M.


    Jacó [Enganador] -

    1) Filho de Isaque e Rebeca e irmão gêmeo de Esaú (Gn 25:21-26). A Esaú cabia o direito de PRIMOGENITURA por haver nascido primeiro, mas Jacó comprou esse direito por um cozido (Gn 25:29-34). Jacó enganou Isaque para que este o abençoasse (Gn 27:1-41). Ao fugir de Esaú, Jacó teve a visão da escada que tocava o céu (Gn 27:42—28:) 22). Casou-se com Léia e Raquel, as duas filhas de Labão (Gn 29:1-30). Foi pai de 12 filhos e uma filha. Em Peniel lutou com o Anjo do Senhor, tendo recebido nessa ocasião o nome de ISRAEL (Gn 32). Para fugir da fome, foi morar no Egito, onde morreu (Gn 42—46; 49).

    2) Nome do pov

    Jacó 1. Patriarca, filho de Isaac (Gn 25:50; Mt 1:2; 8,11; 22,32). 2. Pai de José, o esposo de Maria e pai legal de Jesus.

    Jurar

    verbo transitivo Prometer ou afirmar solenemente, tomando por testemunha divindade, santo, ou coisa tida por sagrada: juro por Nossa Senhora, juro pela felicidade de minha filha.
    Prometer mediante juramento: juraram entre si amor eterno.
    Jurar falso, jurar de má-fé ou desconhecendo o fato.

    País

    substantivo masculino Local de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil.
    Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares.
    Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região.
    Reunião das pessoas que habitam uma nação.
    Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio.
    Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas.
    Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.

    substantivo masculino Local de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil.
    Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares.
    Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região.
    Reunião das pessoas que habitam uma nação.
    Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio.
    Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas.
    Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Miquéias 7: 20 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    ">Darás a Jacó a fidelidade, e a Abraão a benignidade, que juraste a nossos pais desde os dias antigos."
    Miquéias 7: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    735 a.C.
    H1
    ʼâb
    אָב
    o pai dele
    (his father)
    Substantivo
    H2617
    chêçêd
    חֵסֵד
    bondade, benignidade, fidelidade
    (your goodness)
    Substantivo
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H3290
    Yaʻăqôb
    יַעֲקֹב
    Jacó
    (Jacob)
    Substantivo
    H5414
    nâthan
    נָתַן
    E definir
    (And set)
    Verbo
    H571
    ʼemeth
    אֶמֶת
    firmeza, fidelidade, verdade
    (and his truth)
    Substantivo
    H6924
    qedem
    קֶדֶם
    oriente, antigüidade, frente, que está diante de, tempos antigos
    (eastward)
    Substantivo
    H7650
    shâbaʻ
    שָׁבַע
    ()
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H85
    ʼAbrâhâm
    אַבְרָהָם
    Abraão
    (Abraham)
    Substantivo


    אָב


    (H1)
    ʼâb (awb)

    01 אב ’ab

    uma raiz; DITAT - 4a; n m

    1. pai de um indivíduo
    2. referindo-se a Deus como pai de seu povo
    3. cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã
    4. antepassado
      1. avô, antepassados — de uma pessoa
      2. referindo-se ao povo
    5. originador ou patrono de uma classe, profissão, ou arte
    6. referindo-se ao produtor, gerador (fig.)
    7. referindo-se à benevolência e proteção (fig.)
    8. termo de respeito e honra
    9. governante ou chefe (espec.)

    חֵסֵד


    (H2617)
    chêçêd (kheh'-sed)

    02617 חסד checed

    procedente de 2616, grego 964 βηθεσδα; DITAT - 698a,699a; n m

    1. bondade, benignidade, fidelidade
    2. reprovação, vergonha

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    יַעֲקֹב


    (H3290)
    Yaʻăqôb (yah-ak-obe')

    03290 יעקב Ya aqob̀

    procedente de 6117, grego 2384 Ιακωβ; n pr m Jacó = “aquele que segura o calcanhar” ou “suplantador”

    1. filho de Isaque, neto de Abraão, e pai dos doze patriarcas das tribos de Israel

    נָתַן


    (H5414)
    nâthan (naw-than')

    05414 נתן nathan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

    1. dar, pôr, estabelecer
      1. (Qal)
        1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
        2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
        3. fazer, constituir
      2. (Nifal)
        1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
        2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
      3. (Hofal)
        1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
        2. ser colocado sobre

    אֶמֶת


    (H571)
    ʼemeth (eh'-meth)

    0571 אמת ’emeth

    forma contrata de 539; DITAT - 116k n f

    1. firmeza, fidelidade, verdade
      1. certeza, credibilidade
      2. estabilidade, constância
      3. fidelidade, confiabilidade
      4. verdade
        1. referindo-se ao que foi dito
        2. referindo-se a testemunho e julgamento
        3. referindo-se a instrução divina
        4. verdade como um corpo de conhecimento ético ou religioso
        5. doutrina verdadeira adv
    2. em verdade, verdadeiramente

    קֶדֶם


    (H6924)
    qedem (keh'-dem)

    06924 קדם qedem ou קדמה qedmah

    procedente de 6923; DITAT - 1988a; n. m.

    1. oriente, antigüidade, frente, que está diante de, tempos antigos
      1. frente, da frente ou do oriente, em frente, monte do Oriente
      2. tempo antigo, tempos antigos, antigo, de antigamente, tempo remoto
      3. antigamente, antigo (advérbio)
      4. começo
      5. oriente adv.
    2. rumo a leste, para ou em direção ao oriente

    שָׁבַע


    (H7650)
    shâbaʻ (shaw-bah')

    07650 שבע

    uma raiz primitiva; DITAT - 2319; v.

    1. jurar, conjurar
      1. (Qal) jurado (particípio)
      2. (Nifal)
        1. jurar, fazer um juramento
        2. jurar (referindo-se ao SENHOR, que jura por Si mesmo)
        3. amaldiçoar
      3. (Hifil)
        1. fazer jurar
        2. conjurar

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אַבְרָהָם


    (H85)
    ʼAbrâhâm (ab-raw-hawm')

    085 אברהם ’Abraham

    forma contrata procedente de 1 com uma raiz não usada (provavelmente significando ser populoso), grego 11 Αβρααμ; DITAT - 4b; n pr m Abraão = “pai de uma multidão” ou “chefe de multidão”

    1. amigo de Deus e fundador da nação dos hebreus através da aliança e eleição de Deus