Enciclopédia de Naum 2:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

na 2: 4

Versão Versículo
ARA Os carros passam furiosamente pelas ruas e se cruzam velozes pelas praças; parecem tochas, correm como relâmpago.
ARC Os carros se enfurecerão nas praças, chocar-se-ão pelas ruas: o seu parecer é como o de tochas, correrão como relâmpagos.
TB Os carros andam furiosamente nas ruas, cruzam as praças em todas as direções; parecem como tochas, correm como os relâmpagos.
HSB בַּֽחוּצוֹת֙ יִתְהוֹלְל֣וּ הָרֶ֔כֶב יִֽשְׁתַּקְשְׁק֖וּן בָּרְחֹב֑וֹת מַרְאֵיהֶן֙ כַּלַּפִּידִ֔ם כַּבְּרָקִ֖ים יְרוֹצֵֽצוּ׃
BKJ As carruagens correrão furiosamente nas ruas, e colidirão um contra o outro nos largos caminhos; o seu aspecto será como o de tochas, e eles correrão como relâmpagos.
LTT Os carros correrão furiosamente nas ruas, colidirão um contra o outro nas ruas- largas; o aspecto delas ① (das ruas- largas) será como o de tochas, eles (os carros) correrão como relâmpagos.
BJ2 O escudo de seus heróis está avermelhado, os guerreiros estão vestidos de escarlate; como o fogo são as ferragens dos carros no dia em que estão colocados em linha de batalha; os cavaleiros se agitam.[n]

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Naum 2:4

Isaías 37:24 Por meio de teus servos, afrontaste o Senhor e disseste: Com a multidão dos meus carros subi eu aos cumes dos montes, aos últimos recessos do Líbano; e cortarei os seus altos cedros e as suas faias escolhidas e entrarei no seu cume mais elevado, no bosque do seu campo fértil.
Isaías 66:15 Porque eis que o Senhor virá em fogo; e os seus carros, como um torvelinho, para tornar a sua ira em furor e a sua repreensão, em chamas de fogo.
Jeremias 4:13 Eis que virá subindo como nuvens, e os seus carros, como a tormenta; os seus cavalos serão mais ligeiros do que as águias. Ai de nós, que somos assolados!
Ezequiel 26:10 Pela multidão de seus cavalos te cobrirá de pó; os teus muros tremerão com o estrondo dos cavaleiros, e das rodas, e dos carros, quando ele entrar pelas tuas portas, como pelas entradas de uma cidade em que se fez brecha.
Daniel 11:40 E, no fim do tempo, o rei do Sul lutará com ele, e o rei do Norte o acometerá com carros, e com cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nas terras, e as inundará, e passará.
Naum 3:2 Estrépito de açoite há, e o estrondo do ruído das rodas; e os cavalos atropelam, e carros vão saltando.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

em hebraico, "delas" é feminino, refere-se às ruas- largas (feminino), não aos carros (masculino) dos Medos e Caldeus (masculinos), não às ruas (masculino), não ao aspecto (masculino) dos ninivitas (masculino).


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS

AS GUERRAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Logo em seus primeiros capítulos, a Bíblia registra um ato de violência: "Sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou" (Gn 4:8). A violência dos habitantes da terra antes do dilúvio é citada como uma dos principais motivos pelos quais o Senhor resolve destruir sua criação.' Devido à sua localização geográfica entre o Egito e o Oriente Próximo, a Palestina foi palco de inúmeras guerras. Para os autores bíblicos, porém, a guerra era, com frequência, um sinal da ira de Deus, um castigo pela desobediência dos israelitas: "O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (….] O teu cadáver servirá de pasto a todas as aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém haverá que os espante" (Dt 28:250-26).
Certas limitações foram impostos os israelitas com respeito à sua conduta na guerra. Ao cercar uma cidade, por exemplo, um exército não devia derrubar as árvores frutíferas. Porém, as guerras também são vistas sob outra ótica no Antigo Testamento. O Senhor ordenou que os israelitas destruíssem os cananeus, citando como motivo a perversidade desses povos.' Quem não cumpriu à risca as instruções de Deus para travar essa "guerra santa" sofreu consequências terríveis.

O EXÉRCITO ISRAELITA
O serviço militar era obrigação religiosa dos adultos do sexo masculino com mais de vinte anos de idade, mas os recém-casados, os medrosos e os de coração tímido, entre outros, eram dispensados. Saul reuniu homens de grande coragem para formar sua guarda pessoal. Davi tinha os seus "trinta" valentes (na verdade, eram trinta e sete) e um exército com duas partes distintas: uma força permanente constituída de soldados de carreira e uma milicia popular composta de reservistas. O rei também usava os serviços de mercenários estrangeiros: os queretitas (talvez cretenses), os peletitas e os geteus (filisteus).

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
As guerras da antiguidade promoveram o desenvolvimento de novas armas e, conseqüentemente, de novas medidas defensivas para neutralizá-las, como mostram os três exemplos a seguir.

1. O ARCO COMPOSTO E A ARMADURA DE ESCAMAS
Figuras de arcos aparecem em vários monumentos do Egito e da Mesopotâmia do final do quarto milênio a.C.Mas o arco composto ou reforçado, constituído de quatro materiais diferentes - madeira, chifres e tendões ou nervos de animais e cola - possuía alcance muito mais longo (cerca de 300 a 400 m) e maior poder de penetração. A primeira imagem de um arco composto pode ser vista na estela do rei acádio Naram- Sin (2291-2255 a.C.), encontrada em Susã, no sudoeste do Irã, mas esse tipo de arma só se tornou comum na metade do segundo milênio .C. Seu uso mais amplo levou à criação da armadura de escamas, cujo exemplo mais antigo é proveniente de Nuzi, na Mesopotâmia e datado de 1500 a.C. Outro exemplo de uma armadura de escamas pode ser visto em uma pintura na parede do túmulo de Kenamun em Tebas, no Egito, datado do reinado de Amenófis 2 (1427-1401 a.CJ. E as próprias escamas foram encontradas em Tebas no palácio de Amenófis 3 (1391-1353 a.C.).

2. OS CARROS DE GUERRA E AS PORTAS DAS CIDADES
Existem evidências de carros de duas e quatro rodas puxados por onagros (burros selvagens) na Mesopotâmia desde 2800 a.C.e veículos desse tipo aparecem no Estandarte de Ur (c. 2500 a.C.). Construídos com rodas sólidas, eram lentos e difíceis de manobrar. Carros puxados por cavalos são mencionados em textos de Mari na Síria, datados do século XVIII aC. Consistiam, basicamente, em plataformas móveis para armas que podiam ser direcionadas rapidamente para áreas críticas da batalha. Eram veículos complexos, produzidos apenas por nações ricas com técnicas avançadas e seu uso era limitado a terrenos planos e regulares. Os egípcios e os hititas, as principais potências da metade do segundo milênio a.C., não tardaram em incorporá-los aos seus exércitos. Sua aparência é exemplificada claramente pelo famoso carro da tumba de Tutankamon (1336-1327 a.C.). Até a metade do segundo milênio a.C,, os atacantes se deslocavam na transversal pelas encostas dos montes onde ficavam as torres e se aproximavam da porta da cidade seguindo um percurso paralelo aos muros. A posição de o desenvolvimento dos carros, as portas da cidade podiam ser atacadas de frente, o que tornou obsoletas as portas em forma de "L". As portas foram estendidas de modo a conter várias câmaras, nas quais outras portas podiam ser acrescentadas. As portas duplas centrais tinham de ser largas o suficiente para permitir a passagem de carros, mas eram reforçadas por dentro com ferrolhos enormes. Torres foram acrescentadas aos muros, para que os defensores pudessem atingir os atacantes e fazer frente às rampas de terra que eram encostadas nas muralhas.
Apesar dos cananeus terem adotado os carros de guerra e os introduzido no Egito, os israelitas demoraram a incorporá-los ao seu exército. Sem dúvida, isto se deveu, em parte, ao fato de ocuparem uma região montanhosa. Quando derrotou Hadadezer, rei do estado arameu de Zobá, Davi tomou mil carros dele. Ao que parece, o rei de Israel não percebeu seu potencial militar ou, talvez, não quis ter gastos com forragem e estábulo, pois mandou jarretar ou aleijar quase todos os cavalos, deixando apenas cem intactos." Coube a Salomão desenvolver o uso de carros de guerra em seu reino. Acabe, rei de Israel (873 853 a.C.), forneceu dois mil carros para a coalizão da Síria e Palestina contra a Assíria na batalha de Qargar junto ao rio Orontes, na Síria, em 853 a.C.

3. OS ARÍETES E OS MUROS DAS CIDADES
A representação mais antiga de um ariete provavelmente se encontra nas pinturas de Beni Hasan, no Egito, datadas de c. 1900 a.C., mas apenas no século IX a.C.os assírios começaram a usar os aríetes com eficácia significativa. A extremidade de ferro do aríete podia ser impelida com força contra o muro e, uma vez alojada entre as pedras, podia ser movimentada de um lado para o outro para deslocá-las. O aríete era protegido dos defensores por uma estrutura comprida em forma de caixa e feita de madeira. Posteriormente, o ariete passou a ser suspenso da parte superior dessa estrutura, permitindo que fosse balançado para frente e para trás. No início da monarquia em Israel, as cidades eram protegidas por muros de "casamata". Dois muros paralelos com cerca de um metro e meio de espessura, afastados por um vão de aproximadamente dois metros, eram unidos por muros transversais em intervals regulars. Quando os assírios começaram a usar os aríetes, algumas cidades se cercaram com muros sólidos de 3 a 4 m de espessura. O muro da cidade de Mispa (Tell en-Nasbeh) possuía 600 m de extensão e dez torres com uma altura provável de 12m. Foi construído sobre uma rampa íngreme, o que sem dúvida era uma proteção adicional contra um ataque com aríetes.

A GUERRA NO NOVO TESTAMENTO
Ao contrário do Antigo Testamento, a guerra no Novo Testamento não é vista em termos políticos. A luta do cristão não é contra carne e sangue. E uma luta espiritual contra as forças do mal, travada nas regiões celestes. Os cristãos devem se revestir de toda a armadura de Deus a fim de permanecerem inabaláveis quando vier o dia mau." O exército romano chegou a controlar um império que se estendia desde o muro de Adriano no norte da Inglaterra até o Eufrates, chegando a ter de 25 a 35 legiões, cada uma com um máximo de seis mil soldados de infantaria. Uma legião era dividida em dez coortes, cada uma com cerca de seiscentos homens. A coorte era dividida em seis centúrias, comandadas por um centurião. As legiões eram apoiadas por unidades de cavalaria integradas por quinhentos homens. Alguns soldados desempenhavam funções especiais: escreventes, porta- estandartes, mensageiros, médicos, carrascos e cavalariços. Na primeira metade do século I a.C., havia três mil soldados em Cesaréia, na costa palestina do Mediterrâneo, e uma coorte (seiscentos homens) em Jerusalém, no forte de Antônia e no palácio do governador. Reforços eram enviados de Cesaréia durante as festas ou quando ocorriam agitações populares.
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
C. A QUEDA DE NNIVE, Naum 2.1,3-13

1. A Destruição (2.1,3-9)

Na descrição da batalha iminente, a mensagem de Naum sobe a um crescendo trovejante como o som de uma grande orquestra. Ainda que seja um acontecimento espe-rado, a cena é pintada com cores assombrosas e detalhes sangrentos. Até que ponto isto é exato? É lógico que era o quadro típico de guerra daqueles tempos em que predomina-vam carros e soldados a pé. Quanto à descrição real da queda da cidade, há pouco registro na literatura contemporânea. O Tablete Babilônico, descoberto por C. J. Gadd, do Museu Britânico, é a fonte de informação de maior autoridade. Fixa a data da destruição de Nínive em 612 a.C., e relata a queda de outras fortalezas assírias.
Infelizmente, só duas linhas do texto no Tablete Babilônico são dedicadas à vitória em Nínive, e estas estão em grande parte mutiladas. O cerco durou do começo de junho até agosto, aproximadamente dois meses e meio. 6 Não há registro na crônica que comprove ou conteste as histórias relacionadas com a derrota da cidade, e Gadd sugere que nada há de improvável sobre estas narrativas.

A história relata que a captura da cidade foi possível, porque uma grande tempesta-de de chuva e trovão fez o rio inundar e devastar grande porção dos muros (cf. 1.8). A ocasião da invasão está em perfeita harmonia com tal ocorrência. As chuvas mais pesa-das no distrito do Tigre ocorrem geralmente em março e, junto com o degelo da neve armênia, fazem com que o rio atinja seu maior volume em abril e maio "A verdade indubitável é que Ciaxares se aproveitou da devastação causada pelo rio Tigre, anormal-mente alto na primavera precedente, para desencadear seu ataque no único lugar dos muros em que o desastre da natureza os tornara vulneráveis":
Veremos, contudo, que o rio Tigre não foi o instrumento de vitória e que a inundação não foi acidental (cf. mais adiante).

Naum não fez um relato cronológico do cerco, mas narra "impressões" pré-invasão, como sugere G. A. Smith.8 Existem três destas impressões: 2.5ss; 3.2ss e 3.12ss.

  1. Insultos aos sitiados (2.1). Às vezes, a palavra hebraica traduzida por destrui-dor é associada com o termo que significa "martelo". É óbvio que Naum tem em mente Ciaxares que liderara sem sucesso o cerco anterior contra Nínive (ver Introdução). Nesta ocasião antevista, os medos, sob o comando deste rei, uniram forças com os babilônios e sitiaram a cidade. O cerco durou três meses, o que resultou praticamente no fim do Império Assírio.' "O sitiador do mundo é, afinal, sitiado; toda crueldade que infligira nos homens agora se volta para ele"."

Com fé numa conquista bem-sucedida, Naum convoca com ironia os ninivitas, a fim de se prepararem para o ataque, ao usar uma forma do verbo que expressa sua força com ênfase máxima: "O destruidor sobe contra ti, ó Nínive! Guarda a fortaleza, vigia o cami-nho, fortalece os lombos, reúne todas as tuas forças!" (ARA).

Ver a análise de Naum 2.2 com relação a Naum 1.15.

  1. Descrição do invasor (2.3). A profecia descreve os invasores em ordem de batalha primorosa, trajados com roupas escarlates, como era a prática. Os escudos eram reves-tidos de peles tingidas de vermelho. Segundo descrição de Heródoto, parte do exército de Xerxes usava roupas laboriosamente coloridas; alguns soldados "pintavam o corpo, a metade com giz e a metade com cinabre". 11

Nesta subdivisão e na seguinte, o texto é um tanto quanto difícil, e gera inúmeras variações nas traduções. A referência a fogo de tochas é ambígua. A sugestão mais provável é que a descrição se refira a "as chapas de metal polido com que os carros eram montados ou encouraçados, e ao brilho das armas dependuradas neles". 12 Estas superfí-cies polidas cintilavam como tochas ao sol.

As lanças se sacudirão terrivelmente. A palavra lanças no original hebraico é, mais literalmente, traduzida por "ciprestes", numa alusão ao cabo das lanças que eram feitas de madeira de cipreste. Porém, "autores clássicos antigos se referem a lanças como `abetos [ou pinheiros; cf. NVI]' e `freixos"'.12

A interpretação que recebe maior apoio está baseada na Septuaginta, que traduz a palavra "cipreste" por "cavalos de guerra" ou "cavaleiros" (cf. NVI, nota). Neste caso, a referência seria ao sinal de ataque da cavalaria. De acordo com um radical árabe, a frase se sacudirão terrivelmente é traduzida por "reunirão as tropas em ordem de bata-lha", ou, se for deixada como está, refere-se aos cavalos que tremem de inquietação. Por conseguinte, "os escudos dos seus heróis são carmesins, os soldados estão vestidos de escarlata, seus carros armados cintilam como fogo e seus cavalos se empinam no ajunta-mento das tropas" (Moffatt).

c) O ataque pela periferia da cidade (2.4). Primeiro, examinemos a tradução pitores-ca e adequada desta cena feita por Moffatt:

Os carros de batalha cortam pelos campos abertos

E galopam pelos espaços amplos, Percorrendo velozmente como tochas, Correndo bruscamente como raios.

Nínive situava-se ao longo da margem ori-ental do Tigre, no ponto em que este rio recebe as águas do Khoser, o qual atravessava a cida-de de um extremo ao outro (ver diagrama). Montes baixos descem desde o extremo norte da fortaleza, contornam os muros leste e sul e voltam-se para o rio ao sul da cidade. No leste, há uma planície grande e plana de uns quatro quilômetros por dois e meio. Os muros exter-nos da cidade tinham uma circunferência de 12 quilômetros e, segundo estimativas, poderi-am acomodar de 175.000 a 300.000 habitan-tes. Em torno dos muros, exceto no lado oci-dental, afastado uns 18 metros, existiam fos-sos de cerca de 45 metros de largura. As águas do Khoser enchiam os fossos que estavam ao sul do rio, ao passo que os canais que estavam ao norte do rio eram abastecidos de água por um duto que saía da cidade no lado norte.

A água dessas represas era controlada por diques e comportas. Depois do canal no lado oriental, havia dois baluartes: um ao norte e o outro ao sul do rio Khoser. O que ficava no sul tinha a forma de segmento de círculo e era composto de duas linhas de fortificação. Em frente existia uma terceira linha de fortificação, a qual era fechada no sul por uma grande fortaleza.

Os medos vieram do leste e do norte, a fim de evitar as fortalezas; capturaram ou-tras fortificações que Naum predissera que cairiam nas mãos deles como "figos madu-ros" (Naum 3:12, NVI). E a opinião de autoridades militares que atacaram a cidade pelo lado nordeste, onde a altura do chão os colocaria em nível com o muro. Neste ponto, poderiam controlar o sistema de abastecimento de água que alimentava a maioria dos fossos. Ade-mais, ao atacar no lado nordeste, o flanco dos sitiadores estaria protegido pelos desfila-deiros do rio Khoser.

O versículo 4 alude à batalha que houve nos bairros luxuosos da cidade. De acordo com Naum, este confronto ocorreria antes que os muros fossem atacados. Era na zona norte que ficavam as famosas residências de Nínive, ao longo do canal e da estrada para Corsabade. Derrotados ali, os assírios retiraram-se para trás dos pesados muros, e en-tregaram aos atacantes o sistema de abastecimento de água.

  1. O ataque aos muros (2.5). Depois que os bairros residenciais caíram, as riquezas (as melhores unidades militares; as "tropas de elite", NVI) foram convocadas para o ataque. É ponto de debate ente os estudiosos se este versículo se aplica aos atacantes ou aos defensores. Afigura-se mais provável aos atacantes, como optam certas traduções (cf. ECA; NTLH; RC). Entender que o versículo 5 é uma descrição dos defensores torna ambíguo seu significado.

"Ele reúne em massa homens escolhidos, que atacam à frente, correm a toda con-tra os muros e o mantelete é fixado" (5, Moffatt). Tratam-se dos soldados encarregados dos aríetes e, talvez por isso, tropeçam na sua marcha quando batem estes instru-mentos de guerra nas portas. Supõe-se que depois de terem tomado posse das compor-tas e do sistema de abastecimento de água, não os destruíram imediatamente. Por isso, tiveram de fazer fortes barragens para represar a água dos fossos. De fato, o canal oriental encontrado em escavações estava cheio de entulho bem em frente de uma grande brecha no muro. O "mantelete" (amparo; "barreiras", NTLH; "escudo protetor", ECA) era uma estrutura de madeira revestida de pele para proteger os guerreiros enquanto operavam os aríetes.

  1. A cidade cai (2:6-8). Nínive, que usou o cerco com grande sucesso em suas opera-ções militares, agora sente a força de sua própria arma. E Naum percebe a exultação do mundo que vivera em constante horror por causa dos ataques assírios. "Ele ouve os estalidos das rachaduras se abrirem sob os muros e o ruído causado pelos carros de guerra que saltam; o fim é a carnificina, tristeza e devastação total".14

As brechas do muro foram causadas pelos aríetes ou pelo direcionamento da água dos canais contra os muros, que eram feitos de tijolos de lama e terra. As portas do rio (6) talvez seja referência ao Khoser que inundava na primavera. Pode ser que os atacan-tes o tivessem represado e depois soltado o volume retido nos diques que canalizavam a passagem do rio debaixo do muro oriental, a fim de, desta forma, quebrá-lo. A inundação de água minaria a fundação dos edifícios e o palácio ruiria (se derreterá).

Há várias possibilidades de interpretação para o versículo 7 (a tradução da RC tor-na difícil de entender), e a mais importante é a que diz que Naum se refere à rainha. Se as interpretações sugeridas para Naum 1:8-11,14 estiverem corretas — que há um conflito espi-ritual por trás dos acontecimentos —, então a opinião que advoga que Huzabe é outro nome para aludir a Istar, a deusa da Assíria, tem muita crédito. Esta nação tinha o costume de levar cativos os deuses das nações vitimadas. Agora, sua própria deusa será descoberta e levada sem dignidade. Neste caso, as suas servas seriam as prostitutas "sacras" que gemem como pombas e batem no peito angustiadas.

As pessoas, mais particularmente os soldados, fogem (8) em confusão indisciplinada e esbaforida. A ordem dos oficiais: Parai, parai, não é atendida. Por conseguinte, a derrota é total.

O saque dos tesouros (2.9). Os grandes tesouros de Nínive, os espólios de suas conquistas, tornam-se despojo dos vencedores. O versículo foi parafraseado com dramaticidade: "Tomem posse da prata! Tomem posse do ouro! Há tesouros sem fim. A riqueza incalculável de Nínive será dividida entre muitas pessoas" (BV).

2. A Desolação (Naum 2:10-13)

Em linguagem poética, o versículo 10 (NVI) descreve a cidade saqueada.

Ah! Devastação! Destruição! Desolação!

Os corações se derretem, os joelhos vacilam, Todos os corpos tremem

E o rosto de todos empalidece!

Em sua descrição, Naum fala que a cidade é covil dos leões (11). O leão velho trouxera vítimas, mutiladas e sangrentas, em abundância para alimentar a família esfo-meada. Enchera de presas as suas cavernas e os seus covis, de rapina (12; carne esmigalhada, cf. BV). Agora estão desamparados, foram "apanhados como presa". Gran-de medo e convulsões de terror aparecem de todos os lados. É o Senhor que está por trás da cena — Eis que eu estou contra ti (13). Sua palavra é colocada em ação. Os leões serão liquidados e Nínive nunca mais existirá.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13

Descrição do Julgamento de Nfnive (Naum 2:1-13)

A coligação de medos e babilônios reduziría a nada a cidade de Ninive (e a Assíria). A vilania do império assírio tinha sido realmente grande. Agora chegara o tempo de sepultá-la (ver Na 1:14,Na 1:15). Eles não cairiam mediante uma única batalha, mas a queda seria rápida e dramática. Ver no Dicionário o artigo denominado Assíria, último parágrafo, quanto a uma descrição. “O assalto contra Ninive; os saques de seus tesouros e o terror de seus habitantes ocorreríam porque Yahweh, o Senhor dos Exércitos, estava contra a rapacidade da cidade (conforme Isa. 5.26-30; Jer. 5:15-17)” (Oxford Annotated Bible, na introdução a este capítulo).

Na 2:1

O destruidor sobe contra ti, ó Nfnive. Começa aqui a descrição dos ataques. Tinha chegado o poder que esmagaria e dispersaria a cidade de Ninive. Ordens em favor da defesa foram expedidas: “Defesas tripuladas! Estradas vigiadas! Lombos cingidos! Força usada ao máximo!” (Charles L. Taylor, Jr., imitando o hebraico conciso do versículo. Ele terminou dizendo: “As idéias nuas são apresentadas com toda a força possível e com mordaz ironia”). “Naum retratou o cerco, reproduzindo seu horror e selvageria, suas crueldades e falta de misericórdia, em uma linguagem tão realista que a pessoa é capaz de vê-lo e senti-lo. Primeiramente houve a luta nos subúrbios, então o assédio contra as muraihas e, finalmente, a captura da cidade e sua destruição” (Raymond Calkins, in loc.). As ordens foram irônicas porque tudo era inútil e vão. Conforme os mandamentos irônicos aos sacerdotes de Baal, em 1Rs 18:27. Aquele que destruiría pode ser uma referência direta a Ciaxares.

Na 2:2

(Porque o Senhor restaura a glória de Jacó...) Uma das razões para a destruição de Nínive é que isso ajudaria a restauração de Judá e do seu bem-estar. “Destruidores destruíram o povo de Deus. Mas o Senhor fará grande, novamente, o povo de Jacó e o povo de Israel” (NCV). Note o leitor que tanto a nação do sul quanto a nação do norte (ou seja, toda a nação de Israel) seriam restauradas. Ou Jacó e Majestade de Israel são termos paralelos para indicar Judá, que se tornou Israel após o cativeiro da nação do norte pela Assíria, de onde os filhos de Israel nunca retornaram. O povo de Deus tinha sido reduzido a uma condição humilde e aviltada, principalmente por causa da ameaça assíria. Mas agora era o tempo de isso chegar ao fim. Naturalmente, a Babilônia seria uma ameaça ainda maior e mais destruidora, pelo que alguns intérpretes vêem neste versículo uma profecia a longo prazo concernente à restauração de Israel na era do reino de Deus. É provável que este versículo fale sobre o aniquilamento da nação do norte por parte da Assíria. Isso será revertido na restauração, através da nação de Judá daquele tempo, e/ou através da futura nação de Israel. A expressão “os saquearam” quase certamente aponta para o cativeiro assírio da nação do norte.

Na 2:3

Os escudos dos seus heróis são vermelhos. “Heródoto retratou parte do exército de Xerxes como quem usava fardas de tecido vermelho brilhante. Alguns pintavam o corpo, metade com giz e metade com vermelhão” (Hist. Vll.61,69). Portanto, o presente versículo fala dos guerreiros como homens poderosos vestidos de vermelho, e a idéia é reiterada pela descrição: “homens valorosos estão vermelhos”. Seus carros de combate eram como chamas, possivelmente por serem iluminados por meio de tochas. Alguns emendam o texto para fazer com que os esquadrões da cavalaria apareçam espalhados como as ondas do mar. Diz a tradução da NCV: “O metal dos carros de combate relampeja quando estão prontos para atacar. Seus cavalos estão excitados”. O aço relampejante poderia referir-se às espadas citas que eram postas dos lados dos carros de combate para cortar os guerreiros a pé com elas. Xenofonte diz-nos que Ciro foi o primeiro a introduzir o carro de combate armado com espadas citas. Porém, há evidências de que veículos assim armados começaram muito antes do tempo desse monarca.

Na 2:4

Os carros passam furiosamente pelas ruas. Os carros de combate são pintados como raios que se locomoviam em grande velocidade pelas ruas, correndo para um lado e para outro, como temidos agentes da morte; resplandecendo como tochas (o que comento no vs. Na 2:3) e coriscando ao redor como dardos. “Os carros de combate se precipitavam pelas ruas, correndo para a frente e para trás nos quarteirões. Eles se parecem com tochas flamejantes. Eles coriscam como relâmpagos” (NIV).
As ruas, nesta passagem, podem “incluir as avenidas e principais estradas suburbanas em redor de Nínive e levando ao centro da cidade, visto que o contexto descreve um ataque que gradualmente levava às muralhas da cidade" (Walter Maier, in loc). As descrições, naturalmente, são dos atacantes, e não dos defensores da cidade.

Na 2:5

Os nobres são chamados, mas tropeçam em seu caminho. Agora os atacantes aproximam-se das muralhas de Nínive. Os oficiais que ordenam o ataque são convocados para o cerco. Estabelece-se a confusão; alguns caem quando se aproximam; no entanto, ievantam-se e continuam o avanço. Mas alguns estudiosos pensam que essas palavras são dos defensores assírios que protegiam as muralhas da cidade. Nesse caso, a questão dos tropeços é mais apropriada. Aqueles pobres homens tinham de promover uma causa perdida, não nos devendo admirar o fato de que eles tropeçassem. Eles formavam uma espécie de escudo protetor, cuja natureza é impossível de ser descrita. Esse mecanismo protegia os defensores de flechas, lanças e pedras, quando tentavam defender uma muralha. Ou então, se a descrição é dos atacantes, a cobertura protetora ajudava-os a manter-se vivos, até que pudessem escalar as muralhas.

Na 2:6

O ataque foi bem-sucedido. Os portões são arrombados; homens obtêm sucesso escalando as muralhas; os guerreiros, sem dó, entram correndo na cidade para começar a matar qualquer um que fosse visto, homens, mulheres e crianças; eles tomariam grande despojo (os salários dos exércitos antigos). Have-ria poucos sobreviventes.

As comportas do rio. Esta referência tem deixado confusos os inférpretes. Considere o leitor estes cinco pontos: 1. Alguns intérpretes supõem que a palavra hebraica para “rio” é uma corrupção do vocábulo que significa “bronze”, que seria aqui mais apropriada. 2. Ou estão em pauta pontes fortificadas. 3. Ou então devemos pensar em portões próximos ao rio Eufrates. 4. Ou brechas foram feitas pela correnteza torrencial da água. 5. Ou então comportas do rio Khosr que atravessavam a cidade. Há boas evidências em favor desta quinta idéia nos restos arqueológicos. É possível que comportas tenham sido fechadas pelas tropas atacantes, no começo do cerco, e devessem ser abertas à força para dar acesso à cidade. Talvez as águas represadas tenham sido soltas e facilmente demoliram os portões. Seja como for, o acesso foi obtido e os atacantes invadiram a cidade, com o palácio real como primeira vítima. Talvez devamos pensar no palácio de Assurbanipal na parte norte de Nínive. Seja como for, a arqueologia demonstra que a nação tinha muitos palácios elaborados e adornados que os nobres e ricos usavam como residências.

Sabe-se que Senaqueribe tinha represado as águas do rio Khosr, e essas águas formavam um reservatório fora da cidade. Talvez as comportas desse reservatório tenham sido primeiramente fechadas pelas forças atacantes, para que houvesse acúmulo de água até níveis perigosos. Os atacantes, pois, primeiramente represaram as águas e então as liberaram. As águas, aos borbotões, atravessaram a cidade, criando toda a espécie de confusão, e isso ajudou os invasores em seus propósitos.

Na 2:7

Está decretado: a cidade-rainha está despida e levada em cativeiro. Agora encontramos saques, estupros e exílio, A King James Version diz que foi levada em cativeiro Huzabe, presumivelmente a rainha. Mas nossa versão portuguesa provavelmente está certa ao dizer, em lugar de “Huzabe”, “decretado". “Tem sido anunciado que o povo de Nínive será capturado e levado cativo” (NCV), o que provavelmente é o texto correto. Pois nenhuma rainha chamada Huzabe jamais existiu. Ninive é que era a rainha humilhada e cativada. O decreto de Yahweh era o poder por trás de tudo quanto aconteceu, pois concordava com Seu julgamento contra aquela cidade sanguinária e miserável. A Revised Standard Version, utilizando uma leve emenda, diz: “sua dama está despida, e foi levada em cativeiro”. As criadas que atendiam a “rainha” choravam e se lamentavam, soando como se fossem pombas a arrulhar. Elas se lamentavam e gritavam, ao mesmo tempo em que batiam nos peitos. Conforme Is 38:14. Sabiam que teriam a mesma sorte da rainha; haveria estupros e assassinatos, e os poucos sobreviventes seriam exilados.

Na 2:8

Nínive desde que existe tem sido como um açude de águas. O presente versículo pode ser paralelo à idéia número cinco das interpretações sobre as “comportas dos rios” no vs. Na 2:6. As águas represadas do rio Khosr foram liberadas e demoliram os portões, concedendo acesso aos exércitos atacantes. O ruído da água, ao sair da cidade, tornou-se símbolo do derramamento da alma da cidade. Como as águas represadas agora eram soltas, assim também aconteceu a todos os habitantes da cidade. As pessoas, ou seja, os poucos sobreviventes abandonavam a cidade fazendo grande ruído. Foi-lhes ordenado que parassem, mas nenhum deles voltou. “O povo, como se fosse água ao escapar de um tanque, fugia rapidamente da cidade. E a deixou tomado de grande pânico, de tal forma que embora alguns gritassem para que estacassem em sua fuga, ninguém ouviu a ordem. Talvez os que fugiam fossem os líderes da cidade ou os comandantes militares” (Eiliott E. Johnson, in loc).

Na 2:9

Saqueai a prata, saqueai o ouro, porque não se acabam os tesouros. À matança e aos estupros, logo foi adicionado o saque. Os soldados atacantes começaram então a coletar o seu “salário”, e que grande dia de despojos foi aquele! Eles não viam o fim dos tesouros acumulados na cidade, os quais eram tamanhos que ficava difícil saber por onde começar o saque. Havia montes de objetos de prata e ouro, pedras preciosas, obras de arte, móveis belamente decorados e inúmeros ornamentos.
Os anais de Nebopolassar fornecem aqui uma vivida descrição: “Pelas margens do rio Tigre eles marchavam contra Nínive. Houve poderoso assalto contra a cidade, feito no mês de ab, Foi efetuada grande confusão. Caíram os homens principais. Os despojos da cidade, em quantidade que desafiava qualquer cálculo, foram tomados, transformando a cidade em um montão de ruínas”. Tal foi o labor da coligação dos medos e persas. Devemos lembrar que a Assíria tinha-se tomado um grande depósito de bens roubados de outros povos através do saque, pelo que estava em operação a Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura. Ver sobre esse título no Dicionário. Aquilo que os assírios tinham furtado de outros povos agora lhes era arrancado, em justa retribuição. Já que eles eram assassinos, foram assassinados.

Na 2:10

Ah! Vacuidade, desolação, ruína! Os assassinatos, saques e exílio deixaram trêmulos os habitantes de Nínive. A cidade estava vazia, solitária e desolada, tudo expresso vividamente pela Revised Standard Version: “Desolada! Desolação e ruína!”. A NCV diz: “Roubada, arruinada e destruída". Isso deve ser contrastado com a opulência que Nínive, tão pouco tempo atrás, desfrutava. Tudo quanto valia alguma coisa foi, de súbito, varrido pelo ataque dos invasores brutais e sem misericórdia. O coração deles se tinha dissolvido; os joelhos batiam um no outro; havia angústia em seus lombos; o rosto deles tinha empalidecido. Tudo isso era merecido, por ser exatamente aquilo que eles tinham forçado contra outros povos. Os assassinos eram agora assassinados; os estupradores eram agora estuprados; os saqueadores eram saqueados; os que exilavam a outros eram agora exilados. A Lex Talionis (retribuição conforme a gravidade do crime cometido) era a regra do dia. Ver sobre esse título no Dicionário. Conforme Jl 2:6.

As três palavras hebraicas traduzidas em nossa versão portuguesa por “vacuidade, desolação, ruína” têm som semelhante e sem dúvida foram escolhidas para emprestar um toque artístico: buqah; mebuqah; mebullaqah.

Na 2:11-12. Mas os assírios nunca blefavam. Se as suas exigências não fossem atendidas, eles guerreavam com prazer sádico. Mas agora essa época havia terminado. Eles deixaram de ser uma nação; não mais enviariam mensageiros que ameaçassem a outros povos; nem haveria mais guerras de retaliação.

“O leão foi arrancado de seu covil com a ação da fumaça. O Senhor assumiu o controle. Ele tinha sido ofendido e agora retaliava, Nínive não mais saquearia; não mais exercería domínio sobre os povos vizinhos, Sua população morrería nos incêndios e seria cortada à espada" (Charles L. Taylor, Jr., in loc.).


Champlin - Comentários de Naum Capítulo 2 versículo 4
Em todo este poema, o som das palavras hebraicas procura lembrar o estrondo produzido pelos carros de guerra e pelo avanço incontido dos exércitos inimigos.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
*

2:1 Em nítido contraste com a convocação de Judá para celebrar está a exortação irônica de Nínive para se preparar para um ataque.

destruidor. Os assírios, que destruíram muitas nações, inclusive a Israel, espalhando-os por sobre a face da terra, irão agora passar por destino semelhante. Em agosto de 612 a.C., as forças combinadas dos medos e dos babilônios destruíram Nínive, e pouco tempo depois o Império Assírio desmoronou.

* 2.2 glória de Israel. Deus restaurará o povo oprimido à alegria implícita no nome “Israel.” Jacó recebeu esse novo nome como um sinal de sua maturidade espiritual e sua disposição em aceitar o destino que Deus escolhera para ele desde o princípio (Gn 32:27, 28).

* 2.3 dos seus heróis. Provavelmente uma referência ao exército do Senhor (v. 2). Os guerreiros e carros desses valentes cumprem os propósitos divinos. Os próprios exércitos da Assíria haviam sido anteriormente instrumentos para realizar os propósitos divinos de julgamento (Is 10:5-7).

vermelhos... escarlata. Esses termos enfatizam a aparência espantosa desse exército que se aproxima, quer a cor se refira às suas vestes ou às manchas de sangue sobre eles.

vibram as lanças. Ver referência lateral. A expressão em hebraico aqui é de difícil compreensão, mas nos leva à impressão geral de prontidão ávida para a guerra.

* 2:4 Nínive é uma colméia de furiosos soldados.

ruas. Possivelmente campos abertos ou planícies fora da cidade; se podemos entender desta maneira, o versículo fala do exército que se aproxima e seus carros de guerra.

*

2:5 Isto pode referir-se ao rei assírio e seus nobres, especialmente os comandantes militares. Por outro lado, este versículo também descreve os atacantes e seu frenético cerco de Nínive (a palavra hebraica aqui traduzida por “testudo” normalmente refere-se a uma estrutura móvel que protege aqueles que cercam a cidade).

* 2.6 comportas dos rios. A cidade de Nínive estava localizada às margens do Rio Tigre, e um rio menor fluía pelo meio da cidade. Relatos antigos conflitantes atribuem a queda de Nínive a uma inundação causada quando o inimigo redirecionou as represas e as comportas do sistema de água. Contudo, a descrição de Naum é manifestadamente poética. O termo “comportas” pode simplesmente referir-se à abertura das cinco comportas (conforme 3,13) em direção ao Rio Tigre com seus canais e afluentes. A localização do palácio excluía a possibilidade de colapso por inundação.

palácio. O local da organização política e militar.

* 2.7 cidade-rainha. Nínive é personificada como uma mulher, uma rainha, indo para o exílio. Suas “servas,” as habitantes da cidade, lamentam a sorte de sua senhora.

* 2.8 açude de águas. Esta figura marcante é muitas vezes utilizada para retratar a grande população de Nínive e sua prosperidade. Agora ela está secando.

*

2.10 coração se derrete... rosto... empalidece. A impiedosa devastação lança terror e cria paralisia entre os até então poderosos ninivitas.

* 2.11-13 Esta seção de encerramento é uma canção de escárnio na qual temos um intenso quadro de um grupo de leões que encontrou a destruição e é empregado aqui para descrever a iminente reversão no destino de Nínive. Deus é o autor da humilhação e do desaparecimento de Nínive.

* 2.11 Onde. Esta pergunta retórica enfatiza como a famosa cidade será reduzida ao esquecimento.

o lugar do pasto dos leõezinhos. Uma figura adequada para Nínive como o lar dos agressivos e cruéis assírios.

*

2:13 O segredo real da queda total e final de Nínive é revelado. A confrontação com o poderoso Deus da Aliança de Israel é fatal para o Império Assírio.

eu estou contra ti. O inverso das boas novas de salvação, “Estou convosco” (Ex 3:12; Js 1:5; Is 43:2, 5).

embaixadores. As vozes dos emissários assírios ditando condições e cobrando tributo serão permanentemente silenciadas da face da terra.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
2:1 Este capítulo prediz os fatos de 612 a.C. quando a coalizão dos exércitos babilônico e meço saquearam a impenetrável Nínive.

2:2 Assíria saqueou e esmagou ao reino do norte e deportou a seu povo em 722 a.C. (2Rs 17:3-6; 2Rs 18:9-10). Assíria também atacou ao reino do sul (aqui chamado Jacó).

2:6 Esta referência sobre abrir as comportas do rio possivelmente se refira ao inimigo entrando no Nínive como uma inundação (1,8) ou a uma inundação real. Alguns eruditos sugerem que as portas da presa, encontradas em escavações arqueológicas, fecharam-se para empoçar o rio. Quando uma grande quantidade de água se acumulou, comporta-as se abriram para alagar ao Nínive.

2.12-3.1 A fonte principal da economia de Assíria era o bota de cano longo que obtinha de outras nações. Os assírios roubavam a comida dos inocentes para manter seu luxuoso nível de vida, privando a outros para suprir seus excessos. Este ato para satisfazer o luxo de uns poucos é um pecado que provoca a ira de Deus. Como cristãos devemos nos opor firmemente a esta prática malvada.

2:13 Deus lhe deu ao povo do Nínive uma oportunidade de arrependimento, o que aceitaram depois de escutar ao Jonás (veja o livro do Jonás). Mas agora voltaram para seu pecado e suas conseqüências os estavam destruindo. Existe um ponto em que tanto pessoas como cidades e nações não podem voltar atrás; Assíria transpassou esse ponto. Devemos advertir a outros para que se arrependam enquanto ainda há tempo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
B. AFLIÇÃO apreende povos exteriores e dentro das paredes (2: 1-7)

1 Aquele que destroça é subir contra ti: manter a fortaleza, vigia o caminho, fazer teus lombos forte, fortalecer tuas forças. 2 Pois o Senhor restaura a excelência de Jacó, qual a excelência de Israel; . porque os saqueadores os despojaram e destruíram as suas vinhas, ramos 3 Os escudos dos seus valentes estão vermelhos, os homens valorosos estão vestidos de escarlate; os carros resplandecem como o aço no dia da sua preparação, e os ciprestes lanças são brandidas. 4 Os carros andam furiosamente nas ruas; eles correm para lá e para cá nas formas amplas: a aparência deles é como tochas; eles correm como os relâmpagos. 5 Ele se lembra dos seus nobres: eles tropeçam na sua marcha; se apressam para o seu muro, e se a manta. 6 As portas dos rios abrem-se, eo palácio é dissolvido. 7 E está decretado: ela é descoberta, ela é levada para longe; e as suas servas gemem como com a voz de pombas, batendo em seus peitos.

Esta seção apresenta uma representação gráfica da captura de Nínive. A cidade ímpios é informado pelo profeta (v. Na 2:1 que um inimigo de esmagamento, conhecido como o Shatterer ou "machado de guerra") (conforme Jr 51:20 ), está avançando em direção a ela, e ele exorta-a a fazer seus lombos forte (ou seja, ser corajoso; lombos foram consideradas a sede da força como os intestinos a sede das emoções; conforme . Sl 69:23 ), e estar pronto para o conflito mortal. O objetivo de tudo isso é que o Senhor (v. Na 2:2) pode restaurar a antiga glória e prestígio de Jacó. A palavra excelência aqui mantém o seu significado primário de preeminência, surpassingness. Por isso, talvez a expressão: Jeová Refrigera a excelência de Jacó, qual a excelência de Israel, a excelência de Jacó sendo superada pela glória de Israel, como o nome Israel, um príncipe, destaca Jacó, o enganador (conforme Is 10:12)

8 Mas Nínive tem desde os tempos antigos como um tanque de águas, porém fogem. De pé, de pé, eles choram ; mas ninguém olhará para trás. 9 Tomai o despojo de prata, tomar o despojo de ouro; pois não há fim da loja, a glória de todo o mobiliário agradável. 10 Ela está vazia, e sem efeito, e de resíduos; e se derrete o coração, e os joelhos ferir juntos, e angústia em todos os lombos, e os rostos de todos eles empalidece. 11 Onde está a cova dos leões, e o local de alimentação dos filhos dos leões, onde o leão e a leoa andou, filhote de leão, sem haver ninguém que os espantasse? 12 O leão arrebatava o que bastava para os seus cachorros, e estrangulava para as suas leoas, e encheu suas cavernas com a presa, e os seus covis com Ravin. 13 Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos, e eu vou queimar seus carros na fumaça, e a espada devorará teus filhos dos leões; e eu vou cortar tua presa da terra, ea voz dos teus embaixadores não mais ser ouvido.

Aqui os habitantes de Nínive são comparados a uma grande piscina de água, mas as quebras verificadas nos bancos com que a água escoe para fora. O comando é dado, "Parem as pausas." Ninguém presta atenção. Eles fugir para salvar suas vidas, deixando toda sua fortuna para trás. Então o profeta exorta os conquistadores: "Pilhagem ye prata. Pilhar o ouro! Livremente ajudar-vos aos jóias fabulosas, roupas preciosas e móveis caros, recolhidas a partir de povos conquistados sobre o reino-a riqueza acumulada de séculos "O desespero dos poucos que permanecem na cidade é retratada em três adjetivos sombrias:" vazio " "branco", e "nua." Coragem se foi! Os joelhos estão enfraquecidos! Lombo são angustiado! Faces são pálidos de medo! Nínive, uma vez que um poderoso cova dos leões, tão bem descreve sua crueldade, ganância, e ferocidade, onde ninguém que os espantasse (porque Nínive reinou supremo sobre suas nações assunto) -Nineveh, Nínive os poderosos, está agora despossuídos e destruídos. ? E por que Eis que eu sou contra ti (v. Na 2:13 ; conforme Na 3:5. , Rm 1:26 , Rm 1:28 ). Archibald T. Robertson comentários incisivamente sobre estes três versos: "As palavras soam para nós como torrões sobre o caixão como Deus deixa os homens a trabalhar a sua própria vontade má." Como verdadeiro de Nínive!


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
II. Deus é Juiz: a queda de Nínive é grande (2)

Na verdade,Na 1:15, no texto hebraico, é o início do capítulo 2. É o anúncio jubiloso da queda de Ní-nive. Leia tambémIs 52:7, veja como Pau-lo aplica isso aos nossos dias. A pes-soa que traz a notícia de esperança e de vitória tem pés bonitos. Nós, os cristãos, devemos ter pés bonitos ao levar a mensagem do evangelho ao perdido.

O capítulo 2 é um retrato vivi-do da invasão da cidade e de sua queda final. Em 721, a Assíria re-moveu Israel. Agora, o Senhor res-taurava seu povo ao punir o inimigo (vv. 1-2). Os medos usavam unifor-mes escarlates e escudos vermelhos (v. 3). O exército, com suas lanças, parecia uma floresta de abetos. Por favor, não considere 2:4 como uma profecia referente aos automóveis modernos. Ele retrata apenas os car-ros nas ruas da cidade. No versícu-lo 7, é provável que Huzabe (ARC) refira-se à rainha sendo levada em-bora em grande humilhação.

Nos versículos 11:13, observe as diversas referências a leões. O leão era o símbolo do Império As-sírio, como constatamos nas foto-grafias dos livros de história ou de arqueologia. Os assírios faziam es-tátuas imensas de leões com cabeça de homem. Naum pergunta: "Onde está, agora, o covil dos leões?". Ou seja, sua pergunta quer dizer: "Onde estão seus governantes, seus campeões?".

"Eis que eu estou contra ti" (v. 13). Deus levantou os medos e os babilônios contra Nínive e permitiu- lhes saquear a cidade e pegar suas riquezas. Durante 150 anos, ele es-perou que a Assíria se voltasse para ele, mas ela recusou-se a fazer isso. O Senhor é o Juiz entre as nações, e ele tem de agir.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
2:1-10 A conquista de Nínive é anunciada e descrita nestes versículos Este capítulo prediz os acontecimentos do ano 612 a.C., quando os exércitos da Babilônia e dos medos conquistaram a invencível Nínive.
2.1 As quatro ordens a Nínive são irônicas, como as instruções de Elias aos profetas de

Baal em 1Rs 18:27.

2.3 O vermelho era uma cor favorita dos guerreiros medos. Até suas espadas e escudos eram vermelhos.
2.4,5 Descreve-se, aqui, o estado da cidade durante o cerco. Os carros comam por toda parte tentando afastar os invasores.
2 6 Deodoro Século menciona uma velha profecia de que a cidade nunca seria conquistada, até que as comportas do rio se tornassem inimigas. Ele declara que, durante o ataque, o rio rompeu suas barrancas e destruiu os muros da cidade, quatro quilômetros e meio.
2.7 Alguns comentaristas acham que a cidade-rainha é um símbolo de Nínive. As servas que "gemem como pombos, e batem no peito” são, provavelmente, as cidades dependentes de Nínive, ou habitantes da cidade.
2.8 Relata a fuga da população.
2.9.10 O saque da cidade é previsto nestes dois versos. A grande e rica cidade é reduzida a nada. Com a queda do seu poder e riqueza, Nínive é pateticamente descrita no v. 10s.

2.11- 13 Nínive, a cidade que era tão orgulhosa, forte, rica e independente de Deus, é reduzida a nada pelo Senhor dos Exércitos e nunca mais reinará (conforme Mt 26:52). • N. Hom. "Deus julga a Nação Corrupta".
1) Arrependeu-se (conforme Jo 4:0; Is 60:12; Sl 33:12).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
II. NÍNIVE É CERCADA, ATACADA E SAQUEADA (2:1-13)

v. 2. Parece provável que os dois primeiros versículos tenham sido transpostos e devam ser lidos em ordem inversa (como na NEB). De fato, parece lógico que nesse ponto, com as notícias da queda do tirano cruzando as montanhas, a esperança que brilhou na época do avivamento de Josias tenha encontrado expressão — a da terra reunida. Supondo que Jacó significa o Reino do Norte e que Israel significa Judá, então surge esse significado (Is 9:8). Isaías (cap.
5) desenvolve a figura da videira e desse significado.

v. 1,3-13. Com esses versículos, diz C. V. Pilcher (Three Hebrew Prophets, p. 71), “chegamos ao centro flamejante do livro de Naum, à lírica poderosa e vívida que lhe conferiu a imortalidade como um mestre da linguagem”.

Os v. 10,11 do primeiro capítulo poderiam na verdade pertencer a essa seção, como o v. 1 parece pertencer de fato, e pressupor algum tipo de ruptura de forma nenhuma diminui a autoridade do livro.
O ataque a Nínive e sua captura se passam como um filme diante dos olhos nesse poema turbulento. O martelo é o aríete, armado contra os portões (v. 1). Os carros de guerra correm, com escudos reluzentes, em uma linha ampla na vanguarda do ataque (v.
3,4). O muro é atacado e conquistado rapidamente, e torres como as que aparecem nos relevos assírios são lançadas adiante, acima dos muros, e arrasam o parapeito dos arqueiros que defendiam suas posições (v. 5). Aí vem o estratagema supremo. O rio Tigre ou algum sistema interconectado de canais de irrigação é represado, depois as comportas são abertas e a água é solta sobre a cidade em uma torrente devastadora (v. 6), e “Nínive se tornou como um tanque de água, como as águas à volta dela, que estão escoando” (v. 8, NEB). A deplorável fila de cativos, incluindo tanto a rainha quanto a escrava, saem gemendo e batendo no peito. Muitos muros de Nínive retratavam essas cenas em que populações inteiras pereciam sob o ataque assírio, e agora, passando pelos seus compatriotas torturados até a morte, as filas de cativos são conduzidas, com os braços amarrados de forma agonizante sobre jugos nas costas, ou levados por cordas enganchadas nas suas narinas. Como Nínive havia feito com outros, assim se faz com ela.
Os vitoriosos saltam sobre os despojos, o tesouro saqueado das vítimas de Nínive (v. 9), enquanto o remanescente dos conquistados observa (v. 10). As figuras de linguagem então se tornam surpreendentes. Leões perambulavam pelos parques de diversão em Nínive, e muitas esculturas assírias mostram caças a leões em que reis com feições fortes e bem determinadas, com barba, sobre carros atingem as grandes feras com flechas atiradas com arcos potentes. Um afresco mostra uma leoa rugindo ferozmente enquanto arrasta a parte traseira do seu corpo, tendo a espinha esmagada por uma flecha. Outro relevo mostra Assurbanipal, com completa vestimenta real, derramando uma libação na cabeça de quatro enormes leões mortos estendidos lado a lado diante de um altar. E agora tudo isso passou. Os que ferem com a espada, com a espada são feridos. Com sua habitual eloqüência, George Adam Smith escreveu: “A Assíria foi o grande sitiador do homem. São cercos e mais cercos que Amós, Oséias e Isaías dizem que o seu povo terá de sofrer [...] E o cerco, irresistível e cheio de fúria, que a Assíria registra como sua própria glória. Muitos quilômetros de esculturas estão cobertos de massas de tropas marchando contra alguma fortaleza da Síria ou da Média. Escadas para escalar obstáculos ou outros enormes engenhos são empurrados até os muros com a cobertura de chuvas de flechas...”. Naum só descreve o que as terras do Oriente Médio tinham temido durante mais tempo do que qualquer homem vivo pudesse lembrar. E agora tudo tinha passado, e um grande poeta estava se debruçando sobre o tema.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 6
II. UM QUADRO TRÍPLICE Na 2:1-13

a) O cerco (Na 2:1-6)

O inimigo sobe contra Nínive (1). Estes versículos podem ser datados após a morte do grande governante assírio, Assurbanipal, em 626 A. C. Os medos, um vigoroso povo ariano, se tinham estabelecido na área entre o mar Cáspio e a Assíria. Sob seu rei, Ciaxares, estavam fazendo pressão sobre os povos semitas mais antigos, que estavam engolfados na luxúria. Agora se aproximavam dos portões de Nínive. Naum, com amarga zombaria, exorta os ninivitas a se prepararem com medidas defensivas. Escarlates (3). Essa era uma das cores favoritas dos combatentes da Média. Tanto seus escudos como suas capas eram vermelhos. A cena inteira é iluminada pela luz de tochas, carregadas pelas carruagens em meia luz da madrugada, antes do assalto. As lanças (3; lit., "ciprestes"). As versões mais modernas corrigem o texto e traduzem: "as assaltantes se pavoneiam". As carruagens seguem ao longo dos largos caminhos, nas vastas áreas edificadas que rodeiam as fortificações centrais de Nínive. Tão numerosos são que se lançam e se pressionam uns contra os outros (4). Homens selecionados são nomeados para o assalto. Avançam fragorosameate. Quando o amparo for preparado (5; o amparo era uma defesa móvel, com coberta, que preparavam para o assalto final). Então, tendo capturado as comportas e os portões que controlavam o rio Chaser, que atravessava a cidade, subitamente abrem-nas, permitindo que um dilúvio de água se derrame contra os edifícios. Os alicerces são abalados e, dessa maneira, o palácio literalmente se derreterá (6).


Dicionário

Carros

masc. pl. de carro

car·ro
(latim carrus, -i, carro de quatro rodas, carroça)
nome masculino

1. Veículo de rodas para transporte de pessoas ou mercadorias (ex.: carro de bois).

2. Veículo com motor próprio, geralmente com quatro rodas, destinado a transporte de passageiros ou de carga. = AUTOMÓVEL

3. Vagão que corre sobre carris. = CARRUAGEM

4. Bobina para enrolar fios. = CARRETE, CARRETEL, CARRINHO

5. Figurado Dependência, sujeição.

6. [Tipografia] Parte móvel de uma máquina de impressão.

7. Parte da máquina de escrever que se desloca lateralmente.

8. [Marinha] Parte da popa que indica a altura da água que tem o leme.

9. [Marinha] Parte mais grossa e inferior da verga de mezena.

10. Ventre da lagosta.

11. [Regionalismo] Quarenta (falando-se dos anos de idade).


carro celular
[Portugal] Viatura de polícia, com compartimento traseiro fechado, usada para transportar presos. (Equivalente no português do Brasil: camburão.)

carro de assalto
[Militar] O mesmo que carro de combate.

carro de cesto
[Portugal: Madeira] Espécie de tobogã para dois passageiros, conduzido por dois carreiros, que o manobram com cordas numa ladeira íngreme.

carro de combate
[Militar] Veículo automotor blindado, geralmente com lagartas e armado com metralhadoras, canhões, lança-chamas, mísseis, etc.

carro de manchego
[Artilharia] Carro de munição da artilharia.

carro de mão
Veículo com apenas uma roda dianteira, geralmente com duas barras na parte de trás para ser empurrado e usado para transportar materiais. = CARRINHO DE MÃO

carro de praça
Carro de aluguer. = TÁXI

carro eléctrico
Viatura urbana de transporte de passageiros, geralmente com apenas uma composição, movida por electricidade e que circula sobre carris de ferro. = ELÉCTRICO, TRÂMUEI

Automóvel movido a electricidade.


Chocar

verbo transitivo Cobrir e aquecer os ovos (a ave) para favorecer a germinação.
Figurado Premeditar, maquinar.
[Brasil] Melindrar, ofender a sensibilidade ou o pudor de alguém.
verbo pronominal Ir de encontro a, colidir.

incubar. – Sobre estes dois verbos escreve Bruns.: “Ainda que estes verbos sejam sinônimos perfeitos36, designando tanto um como o outro uma mesma operação, deve notar-se que chocar é não só relativo à transformação que se vai operando no ovo, mas também à causa dessa transformação, e que é o calor que ao ovo comunica a ave que sobre ele se mantém. – Incubar refere-se apenas à operação ou transformação, sem atender à causa... Deve dizer-se – incubadora artificial, não – chocadeira artificial, como às vezes se ouve. Falando das doenças que se desenvolvem pouco a pouco antes de se declararem abertamente, devemos empregar exclusivamente o verbo incubar...” 36 Ou melhor – quase perfeitos, como se vê do próprio artigo transcrito. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 267

melindrar, ofender. – O verbo chocar sugere a ideia, que lhe é característica, da “impressão rude que produz uma ofensa, do abalo que pode causar uma frase nossa, ou mesmo um ato que se ponha em contraste com os sentimentos da pessoa a quem nos dirigimos, ou diante da qual falamos ou agimos”. – Ofender é aqui tomado na acepção especial de “fazer a alguém coisa que o moleste, que o magoe, que o prejudique moralmente; ou em geral – coisa de que essa pessoa se ressinta”. – Melindrar é “ofender os melindres de alguém, quer dizer o que esse alguém possui de mais delicado e sensível na sua natureza moral”. Aquele que melindra nem sempre ofende propriamente, pois que melindrar supõe, na maioria dos casos, que é excessiva a suscetibilidade de quem se julga melindrado.

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Enfurecer

verbo transitivo Tornar furioso, irritar, enraivecer.
verbo intransitivo Ficar furioso, irar-se, virar fera.
verbo pronominal Irar-se, zangar-se, irritar-se.
Figurado Levantar-se, agitar-se muito, desencadear-se com violência: enfurecem-se as vagas.

Enfurecer Tornar furioso; enraivecer (Is 64:9; At 5:33).

Parecer

substantivo masculino Opinião especializada sobre alguma coisa: parecer médico.
[Jurídico] Juízo sobre uma questão jurídica emitido em processo por um órgão público ou funcionário especializado: parecer legal.
Opinião; modo de se expressar, de pensar; ação de julgar.
Aparência; aspecto físico: funcionários de bom parecer.
verbo predicativo e pronominal Assemelhar; possuir certa aparência: alguns animais parecem plantas; meu filho se parece com o avô; os filhos se parecem.
verbo predicativo Aparentar; ter determinada característica ou marca: o livro parece ficção, mas é realidade.
verbo transitivo indireto , transitivo indireto predicativo e intransitivo Aparecer de certo modo à opinião de alguém: pareceu ao padre que a igreja estava vazia; a aula de ontem pareceu-me ridícula; parece que o médico está doente.
verbo intransitivo Ser verdadeiro ou realizável: parece que ele vai ganhar.
Etimologia (origem da palavra parecer). Do latim paresco.is; parecere.

Praças

-

Ruas

fem. pl. de rua

ru·a
nome feminino

1. Via ladeada de casas (nas povoações).

2. [Por extensão] Os habitantes de uma rua; a plebe.

3. Álea e, em geral, todo o espaço por onde se pode caminhar num jardim ou horta.

interjeição

4. Expressão usada para afastar ou mandar embora. = FORA


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
(das ruas- largas) (os carros)
Naum 2: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Os carros correrão furiosamente nas ruas, colidirão um contra o outro nas ruas- largas; o aspecto delas ① (das ruas- largas) será como o de tochas, eles (os carros) correrão como relâmpagos.
Naum 2: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

697 a.C.
H1300
bârâq
בָּרָק
relâmpago
(and lightnings)
Substantivo
H1984
hâlal
הָלַל
brilhar
(and commended)
Verbo
H2351
chûwts
חוּץ
lado de fora
(outside)
Substantivo
H3940
lappîyd
לַפִּיד
morar próximo ou com alguém
(visit)
Substantivo - dativo feminino no singular
H4758
marʼeh
מַרְאֶה
vista, aparência, visão
(to the sight)
Substantivo
H7323
rûwts
רוּץ
correr
(he ran)
Verbo
H7339
rᵉchôb
רְחֹב
()
H7393
rekeb
רֶכֶב
uma parelha, carro, carruagem, moinho, cavaleiros
(chariots)
Substantivo
H8264
shâqaq
שָׁקַק
correr, correr de um lado para outro, apressar, correr de lá para cá, estar ansioso ou ávido
(the longing)
Verbo


בָּרָק


(H1300)
bârâq (baw-rawk')

01300 ברק baraq

procedente de 1299; DITAT - 287a; n m

  1. relâmpago
    1. relâmpagos, raios
    2. referindo-se à uma espada reluzente (fig.)

הָלַל


(H1984)
hâlal (haw-lal')

01984 הלל halal

uma raiz primitiva, grego 239 αλληλουια; DITAT - 499,500; v

  1. brilhar
    1. (Qal) brilhar (fig. do favor de Deus)
    2. (Hifil) luzir
  2. louvar, vangloriar, ser vaidoso
    1. (Qal)
      1. ser vaidoso
      2. vaidosos, arrogantes (participle)
    2. (Piel)
      1. louvar
      2. gabar-se, jactar-se
    3. (Pual)
      1. ser louvado, ser considerado louvável, ser elogiado, ser digno de louvor
    4. (Hitpael) gabar-se, gloriar, vangloriar
    5. (Poel) fazer de bobo, zombar
    6. (Hitpoel) agir loucamente, comportar-se como louco

חוּץ


(H2351)
chûwts (khoots)

02351 חוץ chuwts ou (reduzido) חץ chuts

(ambas as formas fem. no pl.) procedente de uma raiz não utilizada significando romper; DITAT - 627a; n m

  1. fora, por fora, rua, do lado de fora

לַפִּיד


(H3940)
lappîyd (lap-peed')

03940 לפיד lappiyd ou לפד lappid

procedente de uma raiz não utilizada provavelmente significando brilhar; DITAT - 1122a; n m

  1. tocha

מַרְאֶה


(H4758)
marʼeh (mar-eh')

04758 מראה mar’eh

procedente de 7200; DITAT - 2095i; n m

  1. vista, aparência, visão
    1. vista, fenômeno, aspecto, aparência, visão
    2. o que é visto
    3. uma visão (sobrenatural)
    4. vista, visão (capacidade de ver)

רוּץ


(H7323)
rûwts (roots)

07323 רוץ ruwts

uma raiz primitiva; DITAT - 2137; v.

  1. correr
    1. (Qal)
      1. correr
      2. corredores (particípio como subst.)
    2. (Polel) correr rapidamente, lançar
    3. (Hifil)
      1. trazer ou mover rapidamente, apressar
      2. afastar-se de, afugentar

רְחֹב


(H7339)
rᵉchôb (rekh-obe')

07339 רחב r echob̂ ou רחוב r echowb̂

procedente de 7337; DITAT - 2143d; n. f.

  1. lugar ou praça ampla ou aberta

רֶכֶב


(H7393)
rekeb (reh'-keb)

07393 רכב rekeb

procedente de 7392; DITAT - 2163a; n. m.

  1. uma parelha, carro, carruagem, moinho, cavaleiros
    1. carruagem, carros
    2. carro (singular)
    3. pedra superior do moinho (como se cavalgasse a pedra de baixo)
    4. cavaleiros, tropa (de cavaleiros), cavalaria, par de cavaleiros, homens cavalgando, cavalgadores de jumentos, cavalgadores de camelos

שָׁקַק


(H8264)
shâqaq (shaw-kak')

08264 קשק shaqaq

uma raiz primitiva; DITAT - 2460; v.

  1. correr, correr de um lado para outro, apressar, correr de lá para cá, estar ansioso ou ávido ou sedento
    1. (Qal) vagabundo, errante, vagaroso, ataque (particípio)
    2. (Hitpalpel) correr de lá para cá, correr para trás e para frente