Enciclopédia de Naum 2:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

na 2: 9

Versão Versículo
ARA Saqueai a prata, saqueai o ouro, porque não se acabam os tesouros; há abastança de todo objeto desejável.
ARC Saqueai a prata, saqueai o ouro, porque não tem termo o provimento, abastança há de todo o gênero de móveis apetecíveis.
TB Saqueai a prata, saqueai o ouro; pois não há fim do tesouro, da glória de todos os móveis preciosos.
HSB בֹּ֥זּוּ כֶ֖סֶף בֹּ֣זּוּ זָהָ֑ב וְאֵ֥ין קֵ֙צֶה֙ לַתְּכוּנָ֔ה כָּבֹ֕ד מִכֹּ֖ל כְּלִ֥י חֶמְדָּֽה׃
BKJ Levai a prata, levai o ouro, pois não há fim para a provisão, glória de toda a mobília agradável.
LTT Saqueai a prata, saqueai o ouro, porque não têm fim as provisões, riquezas há de todo o gênero de bens desejáveis.
BJ2 Nínive é como um tanque d"água cujas águas escapam.[r] "Parai, parai!" Mas ninguém olha para trás.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Naum 2:9

II Crônicas 36:10 E, no decurso de um ano, o rei Nabucodonosor mandou que o levassem à Babilônia, com também os mais preciosos utensílios da Casa do Senhor, e pôs a Zedequias, seu irmão, rei sobre Judá e Jerusalém.
Isaías 33:1 Ai de ti despojador que não foste despojado e que ages perfidamente contra os que não agiram perfidamente contra ti! Acabando tu de despojar, serás despojado; e, acabando tu de tratar perfidamente, perfidamente te tratarão.
Isaías 33:4 Então, ajuntar-se-á o vosso despojo como se apanha o pulgão; como os gafanhotos saltam, ali saltará.
Jeremias 25:34 Uivai, pastores, e clamai, e revolvei-vos na cinza, principais do rebanho, porque já se cumpriram os vossos dias para serdes mortos, e eu vos quebrantarei, e vós, então, caireis como um jarro precioso.
Jeremias 51:56 Porque o destruidor vem sobre ela, sobre Babilônia, e os seus valentes serão presos; já estão quebrados os seus arcos, porque o Senhor, Deus das recompensas, certamente, lhe retribuirá.
Ezequiel 26:12 E roubarão as tuas riquezas, e saquearão as tuas mercadorias, e derribarão os teus muros, e arrasarão as tuas casas preciosas; e as tuas pedras, e as tuas madeiras, e o teu pó lançarão no meio das águas.
Daniel 11:8 E também os seus deuses, com a multidão das suas imagens, com os seus utensílios preciosos de prata e ouro, levará cativos para o Egito; e, por alguns anos, ele persistirá contra o rei do Norte.
Naum 2:12 O leão arrebatava o que bastava para os seus filhotes, e estrangulava a presa para as suas leoas, e enchia de presas as suas cavernas e os seus covis, de rapina.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ASSÍRIA: A AMEAÇA VINDA DO NORTE

metade do século IX a 722 a.C.
A ASCENSÃO DA ASSÍRIA
O território da Assíria ficava cerca de 900 km a nordeste de Israel, na região correspondente ao atual Iraque, uma terra montanhosa, regada pelo rio Tigre que nasce na região montanhosa do leste da Turquia. No início do século IX a.C., o exército assírio realizou campanhas para proteger suas fronteiras e exigir tributos de estados vizinhos. O rei assírio Assurbanipal I (884-859 a.C.) é conhecido porter realizado quatorze grandes expedições durante os 25 ands do seu reinado. Em suas inscrições, ele se gaba com freqüência da sua própria crueldade (ver página 87). Para celebrar a construção do seu novo palácio em Kalhu (Calá em hebraico, a atual Nimrud), cerca de 35 km ao sul de Mosul, Assurbanipal otereceu um banquete suntuoso durante dez dias para 64.574 convidados.
Em 853 a.C., Salmaneser III (859-824 a.C.), o sucessor de Assurbanipal, enfrentou uma coalizão da qual fazia parte o rei israelita Acabe. Isto se deu em Qarqar, junto ao Orontes, na Síria. De acordo com os registros assírios, Acabe usou dois mil carros na batalha. Numa ocasião posterior durante seu reinado, em 841 a.C., Salmaneser encontrou outro rei israelita. O famoso Obelisco Negro de Nimrud (atualmente no Museu Britânico) mostra leú, ou seu embaixador, pagando tributo a Salmaneser. Cortesãos formam uma longa fila para entregar seus tributos: ouro, prata e frutas. Representantes de outros estados trazem elefantes, camelos, bactrianos e macacos.

O DECLÍNIO DA ASSÍRIA
Trinta e um dos 35 anos de reinado de Salmaneser III foram dedicados à guerra. Depois de sua morte, em 824 a.C., monarcas assírios mais fracos permitiram que grande parte da Síria passasse ao controle do reino arameu de Damasco que, por sua vez, também reduziu o território de leú Na primeira metade do século VIII a.C, governadores de províncias já exerciam grande autoridade sobre vastas extensões de terra em detrimento da monarquia central assíria. E nesse período que o livro de Reis situa o profeta israelita Jonas que predisse a expansão do reino do norte sob Jeroboão II (781-753 a.C.).

JONAS
O livro de Jonas narra como, a princípio, esse profeta resistiu ao chamado de Deus para ir a Nínive, uma das principais cidades da Assíria, proclamar o iminente julgamento do Senhor contra a cidade.° Sem dúvida, Jonas tinha ouvido falar da crueldade dos assirios e acreditava que um povo como esse merecia o castigo de Deus. O profeta tentou fugir tomando um navio que ia para Társis, talvez o vale Guadalquivir, no sul da Espanha ou Sardenha, na direção contrária de Nínive. Depois de uma tempestade violenta, Jonas foi lançado ao mar, engolido e vomitado por um "peixe grande". Talvez de forma surpreendente, o povo de Nínive aceitou a mensagem de Jonas. O livro termina mostrando o profeta aborrecido com a morte de uma planta, provavelmente uma espécie de mamona, ao invés de se alegrar com o livramento de cento e vinte mil pessoas. Em Tonas 3.6 o rei é chamado de "rei de Nínive", e não o título assírio comum no Antigo Testamento, "rei da Assíria". O decreto registrado em 3.7 foi publicado "por mandado do rei e seus grandes (seus nobres). É possível que, de fato, esse governante fosse rei de Nínive, mas dificilmente exercia poder sobre uma região mais ampla; dai o seu titulo no livro de Jonas. Talvez tivesse sido obrigado a entregar o controle de parte considerável do seu reino a governadores provinciais poderosos, cuja autoridade e influência ele reconheceu ao publicar seu decreto.

TIGLATE-PILESER III
A Assíria voltou a ganhar força durante o reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.). Menaém, rei de Israel (752-741 a.C.), teve de pagar um tributo pesado de mil talentos de prata (c. 34 toneladas) a Tiglate- Pileser, ou seja, cinquenta silos de prata (600 g) cobrados de cada homem rico. Em 734 a.C, uma coalizão de resistência à Assíria havia se formado na região da Síria. Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei de Israel (739-731 a.C.), tentaram forcar Acaz, rei de Judá, a se aliar a eles e fazer frente aos assírios. Rezim e Peca invadiram Judá com a intenção de depor Acaz e colocar no trono o "filho de Tabeal". 5 Isaías profetizou o fim de Damasco e Efraim (Israel): "Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá. Mas a capital da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de 65 anos Efraim será destruído e deixará de ser povo" (Is 7:7-8).
A solução encontrada por Acaz foi usar ouro e prata do templo e do palácio real para pagar Tiglate-Pileser para atacar Damasco. Quando Tiglate-Pileser aceitou a proposta e capturou Damasco, Acaz foi visitá-lo na cidade síria. Ali, viu um altar e ordenou que o sacerdote Urias desenhasse uma planta detalhada para construir um altar em Jerusalém." A substituição do altar de bronze no templo de Jerusalém por esse altar pagão foi considerada um sinal de apostasia da parte de Acaz.
Damasco caiu em 732 a.C.e o exército assírio marchou para o sul, em direcão a Israel, tomando do reino do norte a maior parte do seu território, inclusive toda região de Gileade e da Galiléia e deportando seus habitantes para a Assíria. Uma camada de cinzas de 1 m de profundidade em Hazor comprova os atos de Tiglate-Pileser. Em seus registros, o rei da Assíria afirma ter deposto Peca e colocado Oséias em seu lugar. De acordo com o livro de Reis, Oséias assassinou Peca, e é possível conjeturar que Tiglate-Pileser conspirou com Oséias, de modo a garantir um governante de confiança no trono de Israel.
Oséias (731-722 a.C.) foi o último rei de Israel. Os reis assírios subseqüentes, Salmaneser V e Sargão Il, conquistaram Samaria e exilaram os israelitas restantes em terras longínquas do Império Assírio que, na época, ainda estava em expansão. A crueldade de Assurbanipal "Capturei vários soldados com vida. Cortei braços e mãos de alguns; de outros cortei o nariz, orelhas e extremidades. Arranguei os olhos de muitos soldados. Fiz uma pilha de vivos e outra de cabeças. Pendurei as cabeças nas árvores ao redor da cidade. Queimei os meninos e meninas adolescentes"
O que foi servido no banquete suntuoso de Assurbanipal:
1.000 bois 1:000 novilhos 14:000 ovelhas, 500 cervos.
1.000 patos, 500 gansos 10:000 pombos 10:000 peixes,
10.000 ovos 10:000 pães, 10.000 jarras de cerveja, 10.000 odes de vinho, 300 jarros de azeite...
"Durante dez dias, ofereci banquetes, vinho, banhos, óleos e honrarias a 69.574 pessoas, inclusive as que foram convocadas de todas as terras c o povo de Calah e depois os mandei de volta às suas terras em paz e alegria
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

NÍNIVE

Atualmente: IRAQUE
Foi capital da Assiria no tempo do rei Senaquerib (700 a.C.). O profeta Jonas foi enviado para esta cidade por volta do ano 780 a.C. Cerca de 70 anos antes da Assíria invadir Jerusalém no tempo do rei Senequaribe em 710 a.C. Foi totalmente destruída e não deixou vestígios a não ser uma colina que fica hoje no Iraque.– cidade da Mesopotâmia. O profeta Naum escreveu esta profecia por volta do ano 660 a.C. e a queda de Nínive nas mãos dos babilônicos, a quem a profecia se referia, ocorreu por volta de 612 a.C, 48 anos após.
Mapa Bíblico de NÍNIVE



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
C. A QUEDA DE NNIVE, Naum 2.1,3-13

1. A Destruição (2.1,3-9)

Na descrição da batalha iminente, a mensagem de Naum sobe a um crescendo trovejante como o som de uma grande orquestra. Ainda que seja um acontecimento espe-rado, a cena é pintada com cores assombrosas e detalhes sangrentos. Até que ponto isto é exato? É lógico que era o quadro típico de guerra daqueles tempos em que predomina-vam carros e soldados a pé. Quanto à descrição real da queda da cidade, há pouco registro na literatura contemporânea. O Tablete Babilônico, descoberto por C. J. Gadd, do Museu Britânico, é a fonte de informação de maior autoridade. Fixa a data da destruição de Nínive em 612 a.C., e relata a queda de outras fortalezas assírias.
Infelizmente, só duas linhas do texto no Tablete Babilônico são dedicadas à vitória em Nínive, e estas estão em grande parte mutiladas. O cerco durou do começo de junho até agosto, aproximadamente dois meses e meio. 6 Não há registro na crônica que comprove ou conteste as histórias relacionadas com a derrota da cidade, e Gadd sugere que nada há de improvável sobre estas narrativas.

A história relata que a captura da cidade foi possível, porque uma grande tempesta-de de chuva e trovão fez o rio inundar e devastar grande porção dos muros (cf. 1.8). A ocasião da invasão está em perfeita harmonia com tal ocorrência. As chuvas mais pesa-das no distrito do Tigre ocorrem geralmente em março e, junto com o degelo da neve armênia, fazem com que o rio atinja seu maior volume em abril e maio "A verdade indubitável é que Ciaxares se aproveitou da devastação causada pelo rio Tigre, anormal-mente alto na primavera precedente, para desencadear seu ataque no único lugar dos muros em que o desastre da natureza os tornara vulneráveis":
Veremos, contudo, que o rio Tigre não foi o instrumento de vitória e que a inundação não foi acidental (cf. mais adiante).

Naum não fez um relato cronológico do cerco, mas narra "impressões" pré-invasão, como sugere G. A. Smith.8 Existem três destas impressões: 2.5ss; 3.2ss e 3.12ss.

  1. Insultos aos sitiados (2.1). Às vezes, a palavra hebraica traduzida por destrui-dor é associada com o termo que significa "martelo". É óbvio que Naum tem em mente Ciaxares que liderara sem sucesso o cerco anterior contra Nínive (ver Introdução). Nesta ocasião antevista, os medos, sob o comando deste rei, uniram forças com os babilônios e sitiaram a cidade. O cerco durou três meses, o que resultou praticamente no fim do Império Assírio.' "O sitiador do mundo é, afinal, sitiado; toda crueldade que infligira nos homens agora se volta para ele"."

Com fé numa conquista bem-sucedida, Naum convoca com ironia os ninivitas, a fim de se prepararem para o ataque, ao usar uma forma do verbo que expressa sua força com ênfase máxima: "O destruidor sobe contra ti, ó Nínive! Guarda a fortaleza, vigia o cami-nho, fortalece os lombos, reúne todas as tuas forças!" (ARA).

Ver a análise de Naum 2.2 com relação a Naum 1.15.

  1. Descrição do invasor (2.3). A profecia descreve os invasores em ordem de batalha primorosa, trajados com roupas escarlates, como era a prática. Os escudos eram reves-tidos de peles tingidas de vermelho. Segundo descrição de Heródoto, parte do exército de Xerxes usava roupas laboriosamente coloridas; alguns soldados "pintavam o corpo, a metade com giz e a metade com cinabre". 11

Nesta subdivisão e na seguinte, o texto é um tanto quanto difícil, e gera inúmeras variações nas traduções. A referência a fogo de tochas é ambígua. A sugestão mais provável é que a descrição se refira a "as chapas de metal polido com que os carros eram montados ou encouraçados, e ao brilho das armas dependuradas neles". 12 Estas superfí-cies polidas cintilavam como tochas ao sol.

As lanças se sacudirão terrivelmente. A palavra lanças no original hebraico é, mais literalmente, traduzida por "ciprestes", numa alusão ao cabo das lanças que eram feitas de madeira de cipreste. Porém, "autores clássicos antigos se referem a lanças como `abetos [ou pinheiros; cf. NVI]' e `freixos"'.12

A interpretação que recebe maior apoio está baseada na Septuaginta, que traduz a palavra "cipreste" por "cavalos de guerra" ou "cavaleiros" (cf. NVI, nota). Neste caso, a referência seria ao sinal de ataque da cavalaria. De acordo com um radical árabe, a frase se sacudirão terrivelmente é traduzida por "reunirão as tropas em ordem de bata-lha", ou, se for deixada como está, refere-se aos cavalos que tremem de inquietação. Por conseguinte, "os escudos dos seus heróis são carmesins, os soldados estão vestidos de escarlata, seus carros armados cintilam como fogo e seus cavalos se empinam no ajunta-mento das tropas" (Moffatt).

c) O ataque pela periferia da cidade (2.4). Primeiro, examinemos a tradução pitores-ca e adequada desta cena feita por Moffatt:

Os carros de batalha cortam pelos campos abertos

E galopam pelos espaços amplos, Percorrendo velozmente como tochas, Correndo bruscamente como raios.

Nínive situava-se ao longo da margem ori-ental do Tigre, no ponto em que este rio recebe as águas do Khoser, o qual atravessava a cida-de de um extremo ao outro (ver diagrama). Montes baixos descem desde o extremo norte da fortaleza, contornam os muros leste e sul e voltam-se para o rio ao sul da cidade. No leste, há uma planície grande e plana de uns quatro quilômetros por dois e meio. Os muros exter-nos da cidade tinham uma circunferência de 12 quilômetros e, segundo estimativas, poderi-am acomodar de 175.000 a 300.000 habitan-tes. Em torno dos muros, exceto no lado oci-dental, afastado uns 18 metros, existiam fos-sos de cerca de 45 metros de largura. As águas do Khoser enchiam os fossos que estavam ao sul do rio, ao passo que os canais que estavam ao norte do rio eram abastecidos de água por um duto que saía da cidade no lado norte.

A água dessas represas era controlada por diques e comportas. Depois do canal no lado oriental, havia dois baluartes: um ao norte e o outro ao sul do rio Khoser. O que ficava no sul tinha a forma de segmento de círculo e era composto de duas linhas de fortificação. Em frente existia uma terceira linha de fortificação, a qual era fechada no sul por uma grande fortaleza.

Os medos vieram do leste e do norte, a fim de evitar as fortalezas; capturaram ou-tras fortificações que Naum predissera que cairiam nas mãos deles como "figos madu-ros" (Naum 3:12, NVI). E a opinião de autoridades militares que atacaram a cidade pelo lado nordeste, onde a altura do chão os colocaria em nível com o muro. Neste ponto, poderiam controlar o sistema de abastecimento de água que alimentava a maioria dos fossos. Ade-mais, ao atacar no lado nordeste, o flanco dos sitiadores estaria protegido pelos desfila-deiros do rio Khoser.

O versículo 4 alude à batalha que houve nos bairros luxuosos da cidade. De acordo com Naum, este confronto ocorreria antes que os muros fossem atacados. Era na zona norte que ficavam as famosas residências de Nínive, ao longo do canal e da estrada para Corsabade. Derrotados ali, os assírios retiraram-se para trás dos pesados muros, e en-tregaram aos atacantes o sistema de abastecimento de água.

  1. O ataque aos muros (2.5). Depois que os bairros residenciais caíram, as riquezas (as melhores unidades militares; as "tropas de elite", NVI) foram convocadas para o ataque. É ponto de debate ente os estudiosos se este versículo se aplica aos atacantes ou aos defensores. Afigura-se mais provável aos atacantes, como optam certas traduções (cf. ECA; NTLH; RC). Entender que o versículo 5 é uma descrição dos defensores torna ambíguo seu significado.

"Ele reúne em massa homens escolhidos, que atacam à frente, correm a toda con-tra os muros e o mantelete é fixado" (5, Moffatt). Tratam-se dos soldados encarregados dos aríetes e, talvez por isso, tropeçam na sua marcha quando batem estes instru-mentos de guerra nas portas. Supõe-se que depois de terem tomado posse das compor-tas e do sistema de abastecimento de água, não os destruíram imediatamente. Por isso, tiveram de fazer fortes barragens para represar a água dos fossos. De fato, o canal oriental encontrado em escavações estava cheio de entulho bem em frente de uma grande brecha no muro. O "mantelete" (amparo; "barreiras", NTLH; "escudo protetor", ECA) era uma estrutura de madeira revestida de pele para proteger os guerreiros enquanto operavam os aríetes.

  1. A cidade cai (2:6-8). Nínive, que usou o cerco com grande sucesso em suas opera-ções militares, agora sente a força de sua própria arma. E Naum percebe a exultação do mundo que vivera em constante horror por causa dos ataques assírios. "Ele ouve os estalidos das rachaduras se abrirem sob os muros e o ruído causado pelos carros de guerra que saltam; o fim é a carnificina, tristeza e devastação total".14

As brechas do muro foram causadas pelos aríetes ou pelo direcionamento da água dos canais contra os muros, que eram feitos de tijolos de lama e terra. As portas do rio (6) talvez seja referência ao Khoser que inundava na primavera. Pode ser que os atacan-tes o tivessem represado e depois soltado o volume retido nos diques que canalizavam a passagem do rio debaixo do muro oriental, a fim de, desta forma, quebrá-lo. A inundação de água minaria a fundação dos edifícios e o palácio ruiria (se derreterá).

Há várias possibilidades de interpretação para o versículo 7 (a tradução da RC tor-na difícil de entender), e a mais importante é a que diz que Naum se refere à rainha. Se as interpretações sugeridas para Naum 1:8-11,14 estiverem corretas — que há um conflito espi-ritual por trás dos acontecimentos —, então a opinião que advoga que Huzabe é outro nome para aludir a Istar, a deusa da Assíria, tem muita crédito. Esta nação tinha o costume de levar cativos os deuses das nações vitimadas. Agora, sua própria deusa será descoberta e levada sem dignidade. Neste caso, as suas servas seriam as prostitutas "sacras" que gemem como pombas e batem no peito angustiadas.

As pessoas, mais particularmente os soldados, fogem (8) em confusão indisciplinada e esbaforida. A ordem dos oficiais: Parai, parai, não é atendida. Por conseguinte, a derrota é total.

O saque dos tesouros (2.9). Os grandes tesouros de Nínive, os espólios de suas conquistas, tornam-se despojo dos vencedores. O versículo foi parafraseado com dramaticidade: "Tomem posse da prata! Tomem posse do ouro! Há tesouros sem fim. A riqueza incalculável de Nínive será dividida entre muitas pessoas" (BV).

2. A Desolação (Naum 2:10-13)

Em linguagem poética, o versículo 10 (NVI) descreve a cidade saqueada.

Ah! Devastação! Destruição! Desolação!

Os corações se derretem, os joelhos vacilam, Todos os corpos tremem

E o rosto de todos empalidece!

Em sua descrição, Naum fala que a cidade é covil dos leões (11). O leão velho trouxera vítimas, mutiladas e sangrentas, em abundância para alimentar a família esfo-meada. Enchera de presas as suas cavernas e os seus covis, de rapina (12; carne esmigalhada, cf. BV). Agora estão desamparados, foram "apanhados como presa". Gran-de medo e convulsões de terror aparecem de todos os lados. É o Senhor que está por trás da cena — Eis que eu estou contra ti (13). Sua palavra é colocada em ação. Os leões serão liquidados e Nínive nunca mais existirá.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13

Descrição do Julgamento de Nfnive (Naum 2:1-13)

A coligação de medos e babilônios reduziría a nada a cidade de Ninive (e a Assíria). A vilania do império assírio tinha sido realmente grande. Agora chegara o tempo de sepultá-la (ver Na 1:14,Na 1:15). Eles não cairiam mediante uma única batalha, mas a queda seria rápida e dramática. Ver no Dicionário o artigo denominado Assíria, último parágrafo, quanto a uma descrição. “O assalto contra Ninive; os saques de seus tesouros e o terror de seus habitantes ocorreríam porque Yahweh, o Senhor dos Exércitos, estava contra a rapacidade da cidade (conforme Isa. 5.26-30; Jer. 5:15-17)” (Oxford Annotated Bible, na introdução a este capítulo).

Na 2:1

O destruidor sobe contra ti, ó Nfnive. Começa aqui a descrição dos ataques. Tinha chegado o poder que esmagaria e dispersaria a cidade de Ninive. Ordens em favor da defesa foram expedidas: “Defesas tripuladas! Estradas vigiadas! Lombos cingidos! Força usada ao máximo!” (Charles L. Taylor, Jr., imitando o hebraico conciso do versículo. Ele terminou dizendo: “As idéias nuas são apresentadas com toda a força possível e com mordaz ironia”). “Naum retratou o cerco, reproduzindo seu horror e selvageria, suas crueldades e falta de misericórdia, em uma linguagem tão realista que a pessoa é capaz de vê-lo e senti-lo. Primeiramente houve a luta nos subúrbios, então o assédio contra as muraihas e, finalmente, a captura da cidade e sua destruição” (Raymond Calkins, in loc.). As ordens foram irônicas porque tudo era inútil e vão. Conforme os mandamentos irônicos aos sacerdotes de Baal, em 1Rs 18:27. Aquele que destruiría pode ser uma referência direta a Ciaxares.

Na 2:2

(Porque o Senhor restaura a glória de Jacó...) Uma das razões para a destruição de Nínive é que isso ajudaria a restauração de Judá e do seu bem-estar. “Destruidores destruíram o povo de Deus. Mas o Senhor fará grande, novamente, o povo de Jacó e o povo de Israel” (NCV). Note o leitor que tanto a nação do sul quanto a nação do norte (ou seja, toda a nação de Israel) seriam restauradas. Ou Jacó e Majestade de Israel são termos paralelos para indicar Judá, que se tornou Israel após o cativeiro da nação do norte pela Assíria, de onde os filhos de Israel nunca retornaram. O povo de Deus tinha sido reduzido a uma condição humilde e aviltada, principalmente por causa da ameaça assíria. Mas agora era o tempo de isso chegar ao fim. Naturalmente, a Babilônia seria uma ameaça ainda maior e mais destruidora, pelo que alguns intérpretes vêem neste versículo uma profecia a longo prazo concernente à restauração de Israel na era do reino de Deus. É provável que este versículo fale sobre o aniquilamento da nação do norte por parte da Assíria. Isso será revertido na restauração, através da nação de Judá daquele tempo, e/ou através da futura nação de Israel. A expressão “os saquearam” quase certamente aponta para o cativeiro assírio da nação do norte.

Na 2:3

Os escudos dos seus heróis são vermelhos. “Heródoto retratou parte do exército de Xerxes como quem usava fardas de tecido vermelho brilhante. Alguns pintavam o corpo, metade com giz e metade com vermelhão” (Hist. Vll.61,69). Portanto, o presente versículo fala dos guerreiros como homens poderosos vestidos de vermelho, e a idéia é reiterada pela descrição: “homens valorosos estão vermelhos”. Seus carros de combate eram como chamas, possivelmente por serem iluminados por meio de tochas. Alguns emendam o texto para fazer com que os esquadrões da cavalaria apareçam espalhados como as ondas do mar. Diz a tradução da NCV: “O metal dos carros de combate relampeja quando estão prontos para atacar. Seus cavalos estão excitados”. O aço relampejante poderia referir-se às espadas citas que eram postas dos lados dos carros de combate para cortar os guerreiros a pé com elas. Xenofonte diz-nos que Ciro foi o primeiro a introduzir o carro de combate armado com espadas citas. Porém, há evidências de que veículos assim armados começaram muito antes do tempo desse monarca.

Na 2:4

Os carros passam furiosamente pelas ruas. Os carros de combate são pintados como raios que se locomoviam em grande velocidade pelas ruas, correndo para um lado e para outro, como temidos agentes da morte; resplandecendo como tochas (o que comento no vs. Na 2:3) e coriscando ao redor como dardos. “Os carros de combate se precipitavam pelas ruas, correndo para a frente e para trás nos quarteirões. Eles se parecem com tochas flamejantes. Eles coriscam como relâmpagos” (NIV).
As ruas, nesta passagem, podem “incluir as avenidas e principais estradas suburbanas em redor de Nínive e levando ao centro da cidade, visto que o contexto descreve um ataque que gradualmente levava às muralhas da cidade" (Walter Maier, in loc). As descrições, naturalmente, são dos atacantes, e não dos defensores da cidade.

Na 2:5

Os nobres são chamados, mas tropeçam em seu caminho. Agora os atacantes aproximam-se das muralhas de Nínive. Os oficiais que ordenam o ataque são convocados para o cerco. Estabelece-se a confusão; alguns caem quando se aproximam; no entanto, ievantam-se e continuam o avanço. Mas alguns estudiosos pensam que essas palavras são dos defensores assírios que protegiam as muralhas da cidade. Nesse caso, a questão dos tropeços é mais apropriada. Aqueles pobres homens tinham de promover uma causa perdida, não nos devendo admirar o fato de que eles tropeçassem. Eles formavam uma espécie de escudo protetor, cuja natureza é impossível de ser descrita. Esse mecanismo protegia os defensores de flechas, lanças e pedras, quando tentavam defender uma muralha. Ou então, se a descrição é dos atacantes, a cobertura protetora ajudava-os a manter-se vivos, até que pudessem escalar as muralhas.

Na 2:6

O ataque foi bem-sucedido. Os portões são arrombados; homens obtêm sucesso escalando as muralhas; os guerreiros, sem dó, entram correndo na cidade para começar a matar qualquer um que fosse visto, homens, mulheres e crianças; eles tomariam grande despojo (os salários dos exércitos antigos). Have-ria poucos sobreviventes.

As comportas do rio. Esta referência tem deixado confusos os inférpretes. Considere o leitor estes cinco pontos: 1. Alguns intérpretes supõem que a palavra hebraica para “rio” é uma corrupção do vocábulo que significa “bronze”, que seria aqui mais apropriada. 2. Ou estão em pauta pontes fortificadas. 3. Ou então devemos pensar em portões próximos ao rio Eufrates. 4. Ou brechas foram feitas pela correnteza torrencial da água. 5. Ou então comportas do rio Khosr que atravessavam a cidade. Há boas evidências em favor desta quinta idéia nos restos arqueológicos. É possível que comportas tenham sido fechadas pelas tropas atacantes, no começo do cerco, e devessem ser abertas à força para dar acesso à cidade. Talvez as águas represadas tenham sido soltas e facilmente demoliram os portões. Seja como for, o acesso foi obtido e os atacantes invadiram a cidade, com o palácio real como primeira vítima. Talvez devamos pensar no palácio de Assurbanipal na parte norte de Nínive. Seja como for, a arqueologia demonstra que a nação tinha muitos palácios elaborados e adornados que os nobres e ricos usavam como residências.

Sabe-se que Senaqueribe tinha represado as águas do rio Khosr, e essas águas formavam um reservatório fora da cidade. Talvez as comportas desse reservatório tenham sido primeiramente fechadas pelas forças atacantes, para que houvesse acúmulo de água até níveis perigosos. Os atacantes, pois, primeiramente represaram as águas e então as liberaram. As águas, aos borbotões, atravessaram a cidade, criando toda a espécie de confusão, e isso ajudou os invasores em seus propósitos.

Na 2:7

Está decretado: a cidade-rainha está despida e levada em cativeiro. Agora encontramos saques, estupros e exílio, A King James Version diz que foi levada em cativeiro Huzabe, presumivelmente a rainha. Mas nossa versão portuguesa provavelmente está certa ao dizer, em lugar de “Huzabe”, “decretado". “Tem sido anunciado que o povo de Nínive será capturado e levado cativo” (NCV), o que provavelmente é o texto correto. Pois nenhuma rainha chamada Huzabe jamais existiu. Ninive é que era a rainha humilhada e cativada. O decreto de Yahweh era o poder por trás de tudo quanto aconteceu, pois concordava com Seu julgamento contra aquela cidade sanguinária e miserável. A Revised Standard Version, utilizando uma leve emenda, diz: “sua dama está despida, e foi levada em cativeiro”. As criadas que atendiam a “rainha” choravam e se lamentavam, soando como se fossem pombas a arrulhar. Elas se lamentavam e gritavam, ao mesmo tempo em que batiam nos peitos. Conforme Is 38:14. Sabiam que teriam a mesma sorte da rainha; haveria estupros e assassinatos, e os poucos sobreviventes seriam exilados.

Na 2:8

Nínive desde que existe tem sido como um açude de águas. O presente versículo pode ser paralelo à idéia número cinco das interpretações sobre as “comportas dos rios” no vs. Na 2:6. As águas represadas do rio Khosr foram liberadas e demoliram os portões, concedendo acesso aos exércitos atacantes. O ruído da água, ao sair da cidade, tornou-se símbolo do derramamento da alma da cidade. Como as águas represadas agora eram soltas, assim também aconteceu a todos os habitantes da cidade. As pessoas, ou seja, os poucos sobreviventes abandonavam a cidade fazendo grande ruído. Foi-lhes ordenado que parassem, mas nenhum deles voltou. “O povo, como se fosse água ao escapar de um tanque, fugia rapidamente da cidade. E a deixou tomado de grande pânico, de tal forma que embora alguns gritassem para que estacassem em sua fuga, ninguém ouviu a ordem. Talvez os que fugiam fossem os líderes da cidade ou os comandantes militares” (Eiliott E. Johnson, in loc).

Na 2:9

Saqueai a prata, saqueai o ouro, porque não se acabam os tesouros. À matança e aos estupros, logo foi adicionado o saque. Os soldados atacantes começaram então a coletar o seu “salário”, e que grande dia de despojos foi aquele! Eles não viam o fim dos tesouros acumulados na cidade, os quais eram tamanhos que ficava difícil saber por onde começar o saque. Havia montes de objetos de prata e ouro, pedras preciosas, obras de arte, móveis belamente decorados e inúmeros ornamentos.
Os anais de Nebopolassar fornecem aqui uma vivida descrição: “Pelas margens do rio Tigre eles marchavam contra Nínive. Houve poderoso assalto contra a cidade, feito no mês de ab, Foi efetuada grande confusão. Caíram os homens principais. Os despojos da cidade, em quantidade que desafiava qualquer cálculo, foram tomados, transformando a cidade em um montão de ruínas”. Tal foi o labor da coligação dos medos e persas. Devemos lembrar que a Assíria tinha-se tomado um grande depósito de bens roubados de outros povos através do saque, pelo que estava em operação a Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura. Ver sobre esse título no Dicionário. Aquilo que os assírios tinham furtado de outros povos agora lhes era arrancado, em justa retribuição. Já que eles eram assassinos, foram assassinados.

Na 2:10

Ah! Vacuidade, desolação, ruína! Os assassinatos, saques e exílio deixaram trêmulos os habitantes de Nínive. A cidade estava vazia, solitária e desolada, tudo expresso vividamente pela Revised Standard Version: “Desolada! Desolação e ruína!”. A NCV diz: “Roubada, arruinada e destruída". Isso deve ser contrastado com a opulência que Nínive, tão pouco tempo atrás, desfrutava. Tudo quanto valia alguma coisa foi, de súbito, varrido pelo ataque dos invasores brutais e sem misericórdia. O coração deles se tinha dissolvido; os joelhos batiam um no outro; havia angústia em seus lombos; o rosto deles tinha empalidecido. Tudo isso era merecido, por ser exatamente aquilo que eles tinham forçado contra outros povos. Os assassinos eram agora assassinados; os estupradores eram agora estuprados; os saqueadores eram saqueados; os que exilavam a outros eram agora exilados. A Lex Talionis (retribuição conforme a gravidade do crime cometido) era a regra do dia. Ver sobre esse título no Dicionário. Conforme Jl 2:6.

As três palavras hebraicas traduzidas em nossa versão portuguesa por “vacuidade, desolação, ruína” têm som semelhante e sem dúvida foram escolhidas para emprestar um toque artístico: buqah; mebuqah; mebullaqah.

Na 2:11-12. Mas os assírios nunca blefavam. Se as suas exigências não fossem atendidas, eles guerreavam com prazer sádico. Mas agora essa época havia terminado. Eles deixaram de ser uma nação; não mais enviariam mensageiros que ameaçassem a outros povos; nem haveria mais guerras de retaliação.

“O leão foi arrancado de seu covil com a ação da fumaça. O Senhor assumiu o controle. Ele tinha sido ofendido e agora retaliava, Nínive não mais saquearia; não mais exercería domínio sobre os povos vizinhos, Sua população morrería nos incêndios e seria cortada à espada" (Charles L. Taylor, Jr., in loc.).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
*

2:1 Em nítido contraste com a convocação de Judá para celebrar está a exortação irônica de Nínive para se preparar para um ataque.

destruidor. Os assírios, que destruíram muitas nações, inclusive a Israel, espalhando-os por sobre a face da terra, irão agora passar por destino semelhante. Em agosto de 612 a.C., as forças combinadas dos medos e dos babilônios destruíram Nínive, e pouco tempo depois o Império Assírio desmoronou.

* 2.2 glória de Israel. Deus restaurará o povo oprimido à alegria implícita no nome “Israel.” Jacó recebeu esse novo nome como um sinal de sua maturidade espiritual e sua disposição em aceitar o destino que Deus escolhera para ele desde o princípio (Gn 32:27, 28).

* 2.3 dos seus heróis. Provavelmente uma referência ao exército do Senhor (v. 2). Os guerreiros e carros desses valentes cumprem os propósitos divinos. Os próprios exércitos da Assíria haviam sido anteriormente instrumentos para realizar os propósitos divinos de julgamento (Is 10:5-7).

vermelhos... escarlata. Esses termos enfatizam a aparência espantosa desse exército que se aproxima, quer a cor se refira às suas vestes ou às manchas de sangue sobre eles.

vibram as lanças. Ver referência lateral. A expressão em hebraico aqui é de difícil compreensão, mas nos leva à impressão geral de prontidão ávida para a guerra.

* 2:4 Nínive é uma colméia de furiosos soldados.

ruas. Possivelmente campos abertos ou planícies fora da cidade; se podemos entender desta maneira, o versículo fala do exército que se aproxima e seus carros de guerra.

*

2:5 Isto pode referir-se ao rei assírio e seus nobres, especialmente os comandantes militares. Por outro lado, este versículo também descreve os atacantes e seu frenético cerco de Nínive (a palavra hebraica aqui traduzida por “testudo” normalmente refere-se a uma estrutura móvel que protege aqueles que cercam a cidade).

* 2.6 comportas dos rios. A cidade de Nínive estava localizada às margens do Rio Tigre, e um rio menor fluía pelo meio da cidade. Relatos antigos conflitantes atribuem a queda de Nínive a uma inundação causada quando o inimigo redirecionou as represas e as comportas do sistema de água. Contudo, a descrição de Naum é manifestadamente poética. O termo “comportas” pode simplesmente referir-se à abertura das cinco comportas (conforme 3,13) em direção ao Rio Tigre com seus canais e afluentes. A localização do palácio excluía a possibilidade de colapso por inundação.

palácio. O local da organização política e militar.

* 2.7 cidade-rainha. Nínive é personificada como uma mulher, uma rainha, indo para o exílio. Suas “servas,” as habitantes da cidade, lamentam a sorte de sua senhora.

* 2.8 açude de águas. Esta figura marcante é muitas vezes utilizada para retratar a grande população de Nínive e sua prosperidade. Agora ela está secando.

*

2.10 coração se derrete... rosto... empalidece. A impiedosa devastação lança terror e cria paralisia entre os até então poderosos ninivitas.

* 2.11-13 Esta seção de encerramento é uma canção de escárnio na qual temos um intenso quadro de um grupo de leões que encontrou a destruição e é empregado aqui para descrever a iminente reversão no destino de Nínive. Deus é o autor da humilhação e do desaparecimento de Nínive.

* 2.11 Onde. Esta pergunta retórica enfatiza como a famosa cidade será reduzida ao esquecimento.

o lugar do pasto dos leõezinhos. Uma figura adequada para Nínive como o lar dos agressivos e cruéis assírios.

*

2:13 O segredo real da queda total e final de Nínive é revelado. A confrontação com o poderoso Deus da Aliança de Israel é fatal para o Império Assírio.

eu estou contra ti. O inverso das boas novas de salvação, “Estou convosco” (Ex 3:12; Js 1:5; Is 43:2, 5).

embaixadores. As vozes dos emissários assírios ditando condições e cobrando tributo serão permanentemente silenciadas da face da terra.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
2:1 Este capítulo prediz os fatos de 612 a.C. quando a coalizão dos exércitos babilônico e meço saquearam a impenetrável Nínive.

2:2 Assíria saqueou e esmagou ao reino do norte e deportou a seu povo em 722 a.C. (2Rs 17:3-6; 2Rs 18:9-10). Assíria também atacou ao reino do sul (aqui chamado Jacó).

2:6 Esta referência sobre abrir as comportas do rio possivelmente se refira ao inimigo entrando no Nínive como uma inundação (1,8) ou a uma inundação real. Alguns eruditos sugerem que as portas da presa, encontradas em escavações arqueológicas, fecharam-se para empoçar o rio. Quando uma grande quantidade de água se acumulou, comporta-as se abriram para alagar ao Nínive.

2.12-3.1 A fonte principal da economia de Assíria era o bota de cano longo que obtinha de outras nações. Os assírios roubavam a comida dos inocentes para manter seu luxuoso nível de vida, privando a outros para suprir seus excessos. Este ato para satisfazer o luxo de uns poucos é um pecado que provoca a ira de Deus. Como cristãos devemos nos opor firmemente a esta prática malvada.

2:13 Deus lhe deu ao povo do Nínive uma oportunidade de arrependimento, o que aceitaram depois de escutar ao Jonás (veja o livro do Jonás). Mas agora voltaram para seu pecado e suas conseqüências os estavam destruindo. Existe um ponto em que tanto pessoas como cidades e nações não podem voltar atrás; Assíria transpassou esse ponto. Devemos advertir a outros para que se arrependam enquanto ainda há tempo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
B. AFLIÇÃO apreende povos exteriores e dentro das paredes (2: 1-7)

1 Aquele que destroça é subir contra ti: manter a fortaleza, vigia o caminho, fazer teus lombos forte, fortalecer tuas forças. 2 Pois o Senhor restaura a excelência de Jacó, qual a excelência de Israel; . porque os saqueadores os despojaram e destruíram as suas vinhas, ramos 3 Os escudos dos seus valentes estão vermelhos, os homens valorosos estão vestidos de escarlate; os carros resplandecem como o aço no dia da sua preparação, e os ciprestes lanças são brandidas. 4 Os carros andam furiosamente nas ruas; eles correm para lá e para cá nas formas amplas: a aparência deles é como tochas; eles correm como os relâmpagos. 5 Ele se lembra dos seus nobres: eles tropeçam na sua marcha; se apressam para o seu muro, e se a manta. 6 As portas dos rios abrem-se, eo palácio é dissolvido. 7 E está decretado: ela é descoberta, ela é levada para longe; e as suas servas gemem como com a voz de pombas, batendo em seus peitos.

Esta seção apresenta uma representação gráfica da captura de Nínive. A cidade ímpios é informado pelo profeta (v. Na 2:1 que um inimigo de esmagamento, conhecido como o Shatterer ou "machado de guerra") (conforme Jr 51:20 ), está avançando em direção a ela, e ele exorta-a a fazer seus lombos forte (ou seja, ser corajoso; lombos foram consideradas a sede da força como os intestinos a sede das emoções; conforme . Sl 69:23 ), e estar pronto para o conflito mortal. O objetivo de tudo isso é que o Senhor (v. Na 2:2) pode restaurar a antiga glória e prestígio de Jacó. A palavra excelência aqui mantém o seu significado primário de preeminência, surpassingness. Por isso, talvez a expressão: Jeová Refrigera a excelência de Jacó, qual a excelência de Israel, a excelência de Jacó sendo superada pela glória de Israel, como o nome Israel, um príncipe, destaca Jacó, o enganador (conforme Is 10:12)

8 Mas Nínive tem desde os tempos antigos como um tanque de águas, porém fogem. De pé, de pé, eles choram ; mas ninguém olhará para trás. 9 Tomai o despojo de prata, tomar o despojo de ouro; pois não há fim da loja, a glória de todo o mobiliário agradável. 10 Ela está vazia, e sem efeito, e de resíduos; e se derrete o coração, e os joelhos ferir juntos, e angústia em todos os lombos, e os rostos de todos eles empalidece. 11 Onde está a cova dos leões, e o local de alimentação dos filhos dos leões, onde o leão e a leoa andou, filhote de leão, sem haver ninguém que os espantasse? 12 O leão arrebatava o que bastava para os seus cachorros, e estrangulava para as suas leoas, e encheu suas cavernas com a presa, e os seus covis com Ravin. 13 Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos, e eu vou queimar seus carros na fumaça, e a espada devorará teus filhos dos leões; e eu vou cortar tua presa da terra, ea voz dos teus embaixadores não mais ser ouvido.

Aqui os habitantes de Nínive são comparados a uma grande piscina de água, mas as quebras verificadas nos bancos com que a água escoe para fora. O comando é dado, "Parem as pausas." Ninguém presta atenção. Eles fugir para salvar suas vidas, deixando toda sua fortuna para trás. Então o profeta exorta os conquistadores: "Pilhagem ye prata. Pilhar o ouro! Livremente ajudar-vos aos jóias fabulosas, roupas preciosas e móveis caros, recolhidas a partir de povos conquistados sobre o reino-a riqueza acumulada de séculos "O desespero dos poucos que permanecem na cidade é retratada em três adjetivos sombrias:" vazio " "branco", e "nua." Coragem se foi! Os joelhos estão enfraquecidos! Lombo são angustiado! Faces são pálidos de medo! Nínive, uma vez que um poderoso cova dos leões, tão bem descreve sua crueldade, ganância, e ferocidade, onde ninguém que os espantasse (porque Nínive reinou supremo sobre suas nações assunto) -Nineveh, Nínive os poderosos, está agora despossuídos e destruídos. ? E por que Eis que eu sou contra ti (v. Na 2:13 ; conforme Na 3:5. , Rm 1:26 , Rm 1:28 ). Archibald T. Robertson comentários incisivamente sobre estes três versos: "As palavras soam para nós como torrões sobre o caixão como Deus deixa os homens a trabalhar a sua própria vontade má." Como verdadeiro de Nínive!


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
II. Deus é Juiz: a queda de Nínive é grande (2)

Na verdade,Na 1:15, no texto hebraico, é o início do capítulo 2. É o anúncio jubiloso da queda de Ní-nive. Leia tambémIs 52:7, veja como Pau-lo aplica isso aos nossos dias. A pes-soa que traz a notícia de esperança e de vitória tem pés bonitos. Nós, os cristãos, devemos ter pés bonitos ao levar a mensagem do evangelho ao perdido.

O capítulo 2 é um retrato vivi-do da invasão da cidade e de sua queda final. Em 721, a Assíria re-moveu Israel. Agora, o Senhor res-taurava seu povo ao punir o inimigo (vv. 1-2). Os medos usavam unifor-mes escarlates e escudos vermelhos (v. 3). O exército, com suas lanças, parecia uma floresta de abetos. Por favor, não considere 2:4 como uma profecia referente aos automóveis modernos. Ele retrata apenas os car-ros nas ruas da cidade. No versícu-lo 7, é provável que Huzabe (ARC) refira-se à rainha sendo levada em-bora em grande humilhação.

Nos versículos 11:13, observe as diversas referências a leões. O leão era o símbolo do Império As-sírio, como constatamos nas foto-grafias dos livros de história ou de arqueologia. Os assírios faziam es-tátuas imensas de leões com cabeça de homem. Naum pergunta: "Onde está, agora, o covil dos leões?". Ou seja, sua pergunta quer dizer: "Onde estão seus governantes, seus campeões?".

"Eis que eu estou contra ti" (v. 13). Deus levantou os medos e os babilônios contra Nínive e permitiu- lhes saquear a cidade e pegar suas riquezas. Durante 150 anos, ele es-perou que a Assíria se voltasse para ele, mas ela recusou-se a fazer isso. O Senhor é o Juiz entre as nações, e ele tem de agir.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
2:1-10 A conquista de Nínive é anunciada e descrita nestes versículos Este capítulo prediz os acontecimentos do ano 612 a.C., quando os exércitos da Babilônia e dos medos conquistaram a invencível Nínive.
2.1 As quatro ordens a Nínive são irônicas, como as instruções de Elias aos profetas de

Baal em 1Rs 18:27.

2.3 O vermelho era uma cor favorita dos guerreiros medos. Até suas espadas e escudos eram vermelhos.
2.4,5 Descreve-se, aqui, o estado da cidade durante o cerco. Os carros comam por toda parte tentando afastar os invasores.
2 6 Deodoro Século menciona uma velha profecia de que a cidade nunca seria conquistada, até que as comportas do rio se tornassem inimigas. Ele declara que, durante o ataque, o rio rompeu suas barrancas e destruiu os muros da cidade, quatro quilômetros e meio.
2.7 Alguns comentaristas acham que a cidade-rainha é um símbolo de Nínive. As servas que "gemem como pombos, e batem no peito” são, provavelmente, as cidades dependentes de Nínive, ou habitantes da cidade.
2.8 Relata a fuga da população.
2.9.10 O saque da cidade é previsto nestes dois versos. A grande e rica cidade é reduzida a nada. Com a queda do seu poder e riqueza, Nínive é pateticamente descrita no v. 10s.

2.11- 13 Nínive, a cidade que era tão orgulhosa, forte, rica e independente de Deus, é reduzida a nada pelo Senhor dos Exércitos e nunca mais reinará (conforme Mt 26:52). • N. Hom. "Deus julga a Nação Corrupta".
1) Arrependeu-se (conforme Jo 4:0; Is 60:12; Sl 33:12).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
II. NÍNIVE É CERCADA, ATACADA E SAQUEADA (2:1-13)

v. 2. Parece provável que os dois primeiros versículos tenham sido transpostos e devam ser lidos em ordem inversa (como na NEB). De fato, parece lógico que nesse ponto, com as notícias da queda do tirano cruzando as montanhas, a esperança que brilhou na época do avivamento de Josias tenha encontrado expressão — a da terra reunida. Supondo que Jacó significa o Reino do Norte e que Israel significa Judá, então surge esse significado (Is 9:8). Isaías (cap.
5) desenvolve a figura da videira e desse significado.

v. 1,3-13. Com esses versículos, diz C. V. Pilcher (Three Hebrew Prophets, p. 71), “chegamos ao centro flamejante do livro de Naum, à lírica poderosa e vívida que lhe conferiu a imortalidade como um mestre da linguagem”.

Os v. 10,11 do primeiro capítulo poderiam na verdade pertencer a essa seção, como o v. 1 parece pertencer de fato, e pressupor algum tipo de ruptura de forma nenhuma diminui a autoridade do livro.
O ataque a Nínive e sua captura se passam como um filme diante dos olhos nesse poema turbulento. O martelo é o aríete, armado contra os portões (v. 1). Os carros de guerra correm, com escudos reluzentes, em uma linha ampla na vanguarda do ataque (v.
3,4). O muro é atacado e conquistado rapidamente, e torres como as que aparecem nos relevos assírios são lançadas adiante, acima dos muros, e arrasam o parapeito dos arqueiros que defendiam suas posições (v. 5). Aí vem o estratagema supremo. O rio Tigre ou algum sistema interconectado de canais de irrigação é represado, depois as comportas são abertas e a água é solta sobre a cidade em uma torrente devastadora (v. 6), e “Nínive se tornou como um tanque de água, como as águas à volta dela, que estão escoando” (v. 8, NEB). A deplorável fila de cativos, incluindo tanto a rainha quanto a escrava, saem gemendo e batendo no peito. Muitos muros de Nínive retratavam essas cenas em que populações inteiras pereciam sob o ataque assírio, e agora, passando pelos seus compatriotas torturados até a morte, as filas de cativos são conduzidas, com os braços amarrados de forma agonizante sobre jugos nas costas, ou levados por cordas enganchadas nas suas narinas. Como Nínive havia feito com outros, assim se faz com ela.
Os vitoriosos saltam sobre os despojos, o tesouro saqueado das vítimas de Nínive (v. 9), enquanto o remanescente dos conquistados observa (v. 10). As figuras de linguagem então se tornam surpreendentes. Leões perambulavam pelos parques de diversão em Nínive, e muitas esculturas assírias mostram caças a leões em que reis com feições fortes e bem determinadas, com barba, sobre carros atingem as grandes feras com flechas atiradas com arcos potentes. Um afresco mostra uma leoa rugindo ferozmente enquanto arrasta a parte traseira do seu corpo, tendo a espinha esmagada por uma flecha. Outro relevo mostra Assurbanipal, com completa vestimenta real, derramando uma libação na cabeça de quatro enormes leões mortos estendidos lado a lado diante de um altar. E agora tudo isso passou. Os que ferem com a espada, com a espada são feridos. Com sua habitual eloqüência, George Adam Smith escreveu: “A Assíria foi o grande sitiador do homem. São cercos e mais cercos que Amós, Oséias e Isaías dizem que o seu povo terá de sofrer [...] E o cerco, irresistível e cheio de fúria, que a Assíria registra como sua própria glória. Muitos quilômetros de esculturas estão cobertos de massas de tropas marchando contra alguma fortaleza da Síria ou da Média. Escadas para escalar obstáculos ou outros enormes engenhos são empurrados até os muros com a cobertura de chuvas de flechas...”. Naum só descreve o que as terras do Oriente Médio tinham temido durante mais tempo do que qualquer homem vivo pudesse lembrar. E agora tudo tinha passado, e um grande poeta estava se debruçando sobre o tema.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Naum Capítulo 2 do versículo 7 até o 10
b) O saque (Na 2:7-10)

Huzabe (7); isto é, a rainha, ou, talvez, a representante feminina de uma deusa. Têm sido feitas tentativas para considerar essa palavra como verbo, mas é melhor considerá-la como substantivo próprio. Suas auxiliares femininas a seguem e ela será levada cativa. Os lamentos que soltam em sua tristeza são como os das pombas e batem nos peitos (7). Por muitos anos Nínive foi um reservatório de comércio e riquezes, que fluíam de todos os quadrantes, pois lhe traziam mercadorias e ouro. Nínive, desse modo, se tornou como um tanque de águas, alimentado por muitos riachos tributários (8). Conta com uma população heterogênea e essa população só se mantém unida devido às oportunidades de adquirir riquezas, que o poder de Nínive lhes possibilita. Quando o golpe se precipita, nada mais existe para manter coeso aquele povo. Precipitam-se em todas as direções, como as águas se derramam quando se rompe um dique. Alguns tentam organizar a defesa, gritando: Parai, parai, mas os habitantes da cidade fogem loucamente, sem ao menos olhar para trás (8). Começa o saque, de casa em casa. Prata, ouro, móveis apetecíveis (9). A cidade saqueada fica vazia. Os poucos aterrorizados sobreviventes contemplam tristemente as ruínas (10).


Dicionário

Abastança

Fartura; riqueza

abastança s. f. 1. Abundância, fartura. 2. Riqueza.

Abastança Fartura; vida boa (20:22).

Gênero

substantivo masculino Conceito generalista que agrega em si todas as particularidades e características que um grupo, classe, seres, coisas têm em comum.
[Biologia] Grupo da classificação dos seres vivos que reúne espécies vizinhas, aparentadas, afins, por apresentarem entre si semelhanças constantes; família, raça: o lobo é uma espécie do gênero canis.
Maneira de ser ou de fazer; estilo, tipo: é esse o seu gênero de se vestir?
Diferença entre homens e mulheres que, construída socialmente, pode variar segundo a cultura, determinando o papel social atribuído ao homem e à mulher e às suas identidades sexuais.
Gramática Categoria gramatical que se baseia na diferenciação entre masculino, feminino e neutro.
expressão Gênero literário. Variedade da obra literária, classificada de acordo o assunto, o modo de o tratar, o estilo, a estrutura e as características formais da composição: gênero lírico, gênero épico, gênero dramático.
Gênero humano. Designação da espécie humana, do homem.
Gênero de vida. Modo de viver, de proceder; tipo de vida.
Etimologia (origem da palavra gênero). Do latim generu, genere, "nascimento, origem".

Gênero
1) Conjunto de indivíduos semelhantes entre si e aos seus antepassados. “Gênero humano” quer dizer “humanidade” (RA: 12:10; Jc 3:7).


2) Tipo; espécie (Jo 12:33, RA).


Ha

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

hebraico: calor, queimado

Móveis

móvel | adj. 2 g. | s. m. | s. m. pl.
2ª pess. pl. pres. ind. de mover
Será que queria dizer móveis?

mó·vel
(latim mobilis, -e)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que se move ou pode ser movido. = MÓBIL, MOVÍVELFIXO, IMÓVEL

2. Figurado Instável, variável.CONSTANTE

nome masculino

3. Peça de uma divisão ou de um espaço, movível e que serve geralmente para alguém se sentar, deitar, comer, trabalhar, arrumar, sustentar ou exibir objectos de menores dimensões.

4. Aquilo que é a origem ou causa de alguma coisa. = FITO, INTENTO, MÓBIL, MOTIVO, MOTOR, RAZÃO

5. Qualquer corpo disparado por uma arma. = PROJÉCTIL


móveis
nome masculino plural

6. Conjunto das peças de mobiliário de uma divisão ou espaço. = MOBÍLIA

7. [Jurídico, Jurisprudência] Todos os objectos materiais que não são bens imóveis e todos os direitos a eles inerentes.


mo·ver |ê| |ê| -
(latim movo, -ere, pôr-se em movimento, agitar-se)
verbo transitivo e pronominal

1. Dar ou ganhar movimento. = AGITAR, BULIR

2. Mudar(-se) de lugar. = DESLOCAR, MUDAR, TRANSFERIR

3. Executar movimentos. = MENEAR, MEXER, MOVIMENTAR

4. Figurado Desencadear, promover, suscitar.

5. Figurado Provocar ou ter determinada emoção. = ABALAR, AFECTAR, COMOVER

verbo intransitivo

6. Pôr-se em movimento. = MENEAR, MEXER

7. Ir-se embora. = ABALAR, PARTIR

verbo pronominal

8. Andar em torno de um eixo. = GIRAR, RODAR

9. Decorrer, o tempo. = PASSAR

10. Determinar-se, agir.

verbo transitivo

11. Induzir, persuadir.

12. [Direito] Lançar acção judicial contra alguém. = PROCESSAR


Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Ouro

Ouro Metal precioso que Israel conhecia desde a Antigüidade. Mateus incluiu-o entre os presentes ofertados ao Menino pelos magos (Mt 2:11). Jesus ordena a seus discípulos que não o levem consigo (Mt 10:9) e censura os que o sobrepõem — por seu valor material — às coisas espirituais, pois só estas podem acompanhá-los (Mt 23:16ss.).

substantivo masculino [Química] Elemento químico, metálico e de muito valor, com número atômico 79; representado por Au.
Esse metal precioso, brilhante e de cor amarela: moeda de ouro.
Figurado Demonstração de riqueza: aquela família é puro ouro!
Figurado Cor amarela e brilhante: rio que reluz a ouro.
substantivo masculino plural Um dos naipes do baralho, com forma de losango e cor vermelha.
expressão Coração de ouro. Coração generoso.
Nadar em ouro. Ser muito rico, viver na opulência.
Ouro de lei. Ouro cujos quilates são determinados por lei.
Ouro fino. Ouro sem liga.
Ouro branco. Liga de ouro, paládio e cobre; no Brasil, o algodão, considerado como fonte de riqueza.
Ouro vermelho. Liga de ouro e cobre.
Pagar a peso de ouro. Pagar muito caro.
Figurado Mina de ouro. Fonte de riquezas, de grandes benefícios, de negócios consideráveis e seguros.
Valor ouro. Valor de um objeto expresso numa unidade monetária conversível em ouro.
Nem tudo que reluz é ouro (provérbio). As exterioridades, as riquezas aparentes nem sempre correspondem à realidade.
Etimologia (origem da palavra ouro). Do latim aurum.i.

o uso do ouro era comum entre os hebreus. Várias partes do templo, dos ornatos, e dos utensílios eram cobertos deste precioso metal (Êx 36:34-38 – 1 Rs 7.48 a
50) – e muitos vasos dos ricos, bem como os seus ornamentos pessoais e insígnias dos seus cargos, eram de ouro. ofir (28:16), Parvaim (2 Cr 3.6), Seba e Ramá (Ez 27:22-23), são mencionados como lugares que produziam ouro. Era abundante nos tempos antigos (1 Cr 22.14 – 2 Cr 1.15 – 9.9 – Dn 3:1 – Na 2.9), mas não era empregado na fabricação de moeda, nem usado como padrão de valor.

Do latim "aurum", ouro, radicado em "aur", palavra pré-romana que já designava o metal precioso. O gramático latino Sextus Pompeius Festus, que viveu no século I, já registra a forma popular "orum", praticada pelos funcionários do Império Romano em suas províncias, inclusive em Portugal e na Espanha. Isso explica que em português seja "ouro", em espanhol "oro", em francês "or", em italiano "oro". Apenas o latim clássico conservou a inicial "a". Todas as línguas-filhas apoiaram-se no latim coloquial.

Prata

substantivo feminino Elemento químico que se caracteriza por ser precioso e metálico.
Gramática Representado pelo símbolo: Ag.
Por Extensão Prataria; reunião dos objetos constituídos por prata.
Por Extensão A moeda feita em prata; moeda de prata.
Por Extensão Brasil. Informal. Uma quantia em dinheiro; o próprio dinheiro.
Etimologia (origem da palavra prata). Do latim platta.

Prata Metal precioso que era utilizado para trabalhos de joalheria e fabricação de moedas como o siclo (Mt 26:15; 27,3-9; 28,12.15). João Batista condenou a sua cobiça, que podia corromper a administração. Jesus considerou-a um bem inseguro e perecível (Mt 10:9; Lc 9:3) e contou entre seus adversários aqueles que a amavam (Lc 16:14).

Provimento

provimento s. .M 1. Provisão. 2. Despacho de petição ou requerimento. 3. Nomeação ou promoção de funcionário.

Saquear

verbo transitivo Pilhar, praticar saque: saquear uma cidade.
Roubar, devastar, assaltar: a igreja foi saqueada.

Saquear Roubar (2Rs 7:16); (Mt 12:29).

Tem

substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.

Termo

substantivo masculino Ponto de finalização ou de conclusão de; término: o termo da viagem.
Maneira ou estado em que alguma coisa se encontra, num momento determinado: nestes termos, não aceito a venda.
Conteúdo escrito: os termos do contrato; termo de responsabilidade.
Limite que se estabelece em relação a alguma coisa; marco: desejava por um termo ao casamento.
Representação de um vocábulo; palavra: não entendo, quando você fala nesses termos.
Expressão própria de uma área do conhecimento: termos médicos.
Gramática O que possui função numa oração.
[Jurídico] Tempo de abertura ou finalização de uma questão jurídica; aquilo que determina a formalização de um processo; prazo.
Limite geográfico ou circunvizinhança; espaço.
Etimologia (origem da palavra termo). Do latim terminus.
substantivo masculino Pronuncia-se: /térmo/. Garrafa térmica.
Etimologia (origem da palavra termo). Thermós.é.ón.

Limite; marco

Termo
1) Divisa; fronteira (Ez 47:13).


2) País (Jr 31:17).


3) Palavra (Lc 20:2, RA).


4) Fim (2Co 8:11, RA).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Naum 2: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Saqueai a prata, saqueai o ouro, porque não têm fim as provisões, riquezas há de todo o gênero de bens desejáveis.
Naum 2: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

697 a.C.
H2091
zâhâb
זָהָב
ouro
(gold)
Substantivo
H2532
chemdâh
חֶמְדָּה
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
H3519
kâbôwd
כָּבֹוד
glória, honra, glorioso, abundância
(wealth)
Substantivo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H3627
kᵉlîy
כְּלִי
artigo, vaso, implemento, utensílio
(jewels)
Substantivo
H369
ʼayin
אַיִן
nada, não n
([there was] not)
Partícula
H3701
keçeph
כֶּסֶף
prata, dinheiro
(in silver)
Substantivo
H7097
qâtseh
קָצֶה
fim, extremidade
(after the end)
Substantivo
H8498
tᵉkûwnâh
תְּכוּנָה
arranjo, preparação, lugar determinado
(and the fashion)
Substantivo
H962
bâzaz
בָּזַז
despojar, saquear, pilhar, apreender
(and spoiled)
Verbo


זָהָב


(H2091)
zâhâb (zaw-hawb')

02091 זהב zahab

procedente de uma raiz não utililizada significando tremular a luz; DITAT - 529a; n m

  1. ouro
    1. como metal precioso
    2. como uma medida de peso
    3. referindo-se a brilho, esplendor (fig.)

חֶמְדָּה


(H2532)
chemdâh (khem-daw')

02532 חמדה chemdah

procedente de 2531; DITAT - 673b n f

  1. desejo, aquilo que é desejável adj
  2. agradável, precioso

כָּבֹוד


(H3519)
kâbôwd (kaw-bode')

03519 כבוד kabowd raramente כבד kabod

procedente de 3513; DITAT - 943d,943e; n m

  1. glória, honra, glorioso, abundância
    1. abundância, riqueza
    2. honra, esplendor, glória
    3. honra, dignidade
    4. honra, reputação
    5. honra, reverência, glória
    6. glória

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

כְּלִי


(H3627)
kᵉlîy (kel-ee')

03627 כלי k eliŷ

procedente de 3615; DITAT - 982g; n m

  1. artigo, vaso, implemento, utensílio
    1. artigo, objeto (em geral)
    2. utensílio, implemento, aparato, vaso
      1. implemento (de caça ou guerra)
      2. implemento (de música)
      3. implemento, ferramenta (de trabalho)
      4. equipamento, canga (de bois)
      5. utensílios, móveis
    3. vaso, receptáculo (geral)
    4. navios (barcos) de junco

אַיִן


(H369)
ʼayin (ah'-yin)

0369 אין ’ayin

aparentemente procedente de uma raiz primitiva significando ser nada ou não existir; DITAT - 81; subst n neg adv c/prep

  1. nada, não n
    1. nada neg
    2. não
    3. não ter (referindo-se a posse) adv
    4. sem c/prep
    5. por falta de

כֶּסֶף


(H3701)
keçeph (keh'-sef)

03701 כסף keceph

procedente de 3700; DITAT - 1015a; n m

  1. prata, dinheiro
    1. prata
      1. como metal
      2. como ornamento
      3. como cor
    2. dinheiro, siclos, talentos

קָצֶה


(H7097)
qâtseh (kaw-tseh')

07097 קצה qatseh ou (somente negativo) קצה qetseh

procedente de 7096; DITAT - 2053a,2053c; n. m.

  1. fim, extremidade
    1. fim, boca, extremidade
    2. fronteira, arredores
    3. o todo (expressão abreviada para o que está incluído entre extremidades)
    4. no fim de (determinado tempo)

תְּכוּנָה


(H8498)
tᵉkûwnâh (tek-oo-naw')

08498 תכונה t ekuwnaĥ

part. pass. de 8505; DITAT - 964e; n. f.

  1. arranjo, preparação, lugar determinado
    1. arranjo, disposição
    2. preparação
    3. lugar determinado

בָּזַז


(H962)
bâzaz (baw-zaz')

0962 בזז bazaz

uma raiz primitiva; DITAT - 225; v

  1. despojar, saquear, pilhar, apreender
    1. (Qal) despojar, saquear, roubar
    2. (Nifal) ser despojado, saqueado
    3. (Pual) ser tomado como despojo