Enciclopédia de Malaquias 3:13-13

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ml 3: 13

Versão Versículo
ARA As vossas palavras foram duras para mim, diz o Senhor; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti?
ARC As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o Senhor; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti?
TB As vossas palavras têm sido audazes contra mim, diz Jeová. Contudo, dizeis: Em que temos falado contra ti?
HSB חָזְק֥וּ עָלַ֛י דִּבְרֵיכֶ֖ם אָמַ֣ר יְהוָ֑ה וַאֲמַרְתֶּ֕ם מַה־ נִּדְבַּ֖רְנוּ עָלֶֽיךָ׃
BKJ As vossas palavras têm sido fortes contra mim, diz o -SENHOR; ainda vós dizeis: O que temos falado tanto contra ti?
LTT As vossas ① palavras foram agressivas contra Mim, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Que temos falado tão mal contra Ti?
BJ2 As vossas palavras a meu respeito são duras, disse Iahweh. Mas vós dizeis: Que falamos contra ti? -
VULG Invaluerunt super me verba vestra, dicit Dominus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Malaquias 3:13

Êxodo 5:2 Mas Faraó disse: Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir Israel.
II Crônicas 32:14 Qual é, de todos os deuses daquelas nações que meus pais destruíram, que pôde livrar o seu povo das minhas mãos, para que vosso Deus vos possa livrar das minhas mãos?
Jó 34:7 Que homem há como Jó, que bebe a zombaria como água?
Jó 40:8 Porventura, também farás tu vão o meu juízo ou me condenarás, para te justificares?
Salmos 10:11 Diz em seu coração: Deus esqueceu-se; cobriu o seu rosto e nunca verá isto.
Isaías 5:19 E dizem: Apresse-se e acabe a sua obra, para que a vejamos; e aproxime-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos.
Isaías 28:14 Ouvi, pois, a palavra do Senhor, homens escarnecedores que dominais este povo que está em Jerusalém.
Isaías 37:23 A quem afrontaste e de quem blasfemaste? E contra quem alçaste a voz e ergueste os olhos ao alto? Contra o Santo de Israel!
Jeremias 8:12 Porventura, envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem sabem que coisa é envergonhar-se; portanto, cairão entre os que caem e tropeçarão no tempo em que eu os visitar, diz o Senhor.
Malaquias 1:6 O filho honrará o pai, e o servo, ao seu senhor; e, se eu sou Pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor? ? diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome e dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome?
Malaquias 2:14 E dizeis: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto.
Malaquias 2:17 Enfadais ao Senhor com vossas palavras; e ainda dizeis: Em que o enfadamos? Nisto, que dizeis: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada; ou onde está o Deus do juízo?
Malaquias 3:8 Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.
Romanos 9:20 Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?
II Tessalonicenses 2:4 o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

particularmente dos sacerdotes de Ml 1:6.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
B. A RESPOSTA DO SENHOR, Ml 3:1-5

A última pergunta: "Onde está o Deus do juízo?", dá o impulso para um pronuncia-mento divino: Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o SENHOR dos Exércitos (1). "Por mais que a situação esteja ruim, em breve Deus virá para corrigir as injustiças". 2

Dois eventos são preditos aqui:
1) A vinda do mensageiro do Senhor que preparará o caminho para Deus;

2) A vinda do próprio Senhor, chamado particularmente o anjo (mensageiro) do concerto.

  • A Vinda do Precursor (3.
    - 1a)
  • O pensamento aqui é o exarado em Isaías 40:3-5; 52.7; 57.14. O segundo Evangelho cita a primeira destas profecias de Isaías junto com esta passagem sob estudo, para afirmar que João Batista as cumpriu (Mc 1:2-3).

    Douglas Rawlinson Jones deu a interpretação cristã desta profecia: "O ensino aqui é que, embora os sacerdotes contemporâneos sejam bajuladores, o Senhor enviará um ver-dadeiro mensageiro que preparará sua vinda para julgar. Logo entendemos que este personagem era um profeta, um autêntico Elias (4.5). Assim que verificamos que Jesus visitou punitivamente o Templo, então, sob todos os aspectos, reconhecemos que João Batista é aquele que cumpriu a promessa do arauto". 3

  • A Vinda do Senhor (3.1b-5)
  • De repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais. Esta profecia nos ensina que o julgamento começa na casa do Senhor (Ez 9:6-1 Pe 4.17). O Senhor não é o nome sagrado Yahweh, nem é Adonai, a palavra usada pelos judeus para substi-tuir Yahweh na leitura. 40 termo empregado aqui é raro: ha-Adon (o equivalente literal de "o Senhor"), que é anteposta ocasionalmente a Yahweh, como em Êxodo 23:17; Isaías 1:24. No dia de Pentecostes, Simão Pedro declarou: "A esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" (Atos 2:36). A confissão cristã mais primitiva era as palavras: "Jesus é o Senhor" (cf. 1 Co 12.3; Fp 2:11). A crença cristã afirma que Jesus é Deus, não Deus Pai, mas Deus Filho: "Deus estava em Cristo" (2 Co 5.19). Jesus Cristo não era mero homem entre os homens, nem era um anjo mascarado de homem, nem era uma divindade secundária criada na eternidade, mas era o Deus Todo-poderoso, o único Deus que é, que veio a nós como Jesus de Nazaré. "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer" (Jo 1:18). Este, em quem cremos, é a pessoa que Malaquias anuncia.

    O anjo ("mensageiro", ECA) do concerto.' J. M. Powis Smith observa: "Este 'anjo' dificilmente pode ser idêntico ao precursor, a saber, 'o meu anjo', mencionado no começo [do] versículo. Aqui, sua vinda é apresentada simultaneamente à manifestação de 'o Senhor', que só pode ser o próprio Yahweh, e a profecia anuncia explicitamente que a vinda de 'o meu anjo' precede a revelação de Yahweh". T. T. Perowne fez uma análise definitiva sobre este título de nosso Senhor.

    A idéia de o anjo que permeia esta profecia atinge o ponto culminante no Mes-sias (como ocorre com as idéias do profeta, do sacerdote e do rei no Antigo Testa-mento), pois, no mais alto sentido, ele é o Anjo de Deus para os homens. O Anjo, ou Mensageiro, cuja presença desde o início foi reconhecida na 1greja (Atos 7:38; Êx 23:20-21; Is 63:9), acabou com estes "prelúdios da encarnação" quando "se fez carne e habitou entre nós". Em cumprimento de promessa e profecia (Is 42:6-55.3), como Mensageiro e Mediador (11b 12,24) do concerto (feito antes da lei, Gl 3:17, embora fosse, em virtude de sua posterior instauração, "um concerto novo", Jr 3L31-34; Hb 8:7-13), o Senhor veio para inaugurá-lo e ratificá-lo com seu sangue (Mt 26:28; Hb 13:20). Ao mesmo tempo, defendeu sua afirmação de ser "o Deus do juízo", a quem desejavam, pela obra de justiça perspicaz que executa (2-5). 6

    a) O Senhor purificará (Ml 3:2-4). Há um objetivo duplo na vinda do Senhor:

    1) Purifi-car o sacerdócio e

    2) julgar os pecadores (3.5). Ao apresentar esta verdade, Malaquias dá a impressão de misturar a primeira e a segunda vindas de Cristo. A primeira, também foi ocasião de exame e separação, de acordo com a reação daqueles a quem o Senhor veio, ao recebê-lo ou rejeitá-lo. "Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam e os que vêem sejam cegos" (Jo 9:39). Lemos ainda no quarto Evangelho: "Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado" (Jo 3:18). Todo indivíduo está em estado de graça ou fora dela, sob o favor de Deus ou debaixo de sua ira, e "cada um será depurado com fogo" (Mac 9.49), de modo idêntico o fogo do batismo com o Espírito Santo ou a labareda da geena. Por isso, lemos aqui: Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros (2).

    João Batista reproduziu Malaquias quando declarou: "Ele vos batizará com o Espí-rito Santo e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará" (Mt 3:11-12). "O poder do fogo, sabemos, é duplo", comentou João Calvino, "pois queima e purifica; queima o que está corrupto, mas purifica o ouro e a prata, para retirar deles a escória. Não há que duvidar que o profeta queria incluir ambos os aspectos".7 É necessário considerar que "Deus é um fogo consumidor" (Hb 12:29) que tem de queimar a escória, ou, por sua graça, consome o pecado dentro de nós, ou nos destrói com o pecado no inferno.

    Deus também é como o sabão dos lavandeiros. O lavandeiro era a pessoa que alvejava tecidos. "Nos evangelhos anglo-saxões, João Batista é chamado 'o lavandeiro'". Esta idéia é paralela à do ourives.

    E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao SENHOR trarão ofertas em justiça (3). Depois do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, lemos em Atos que "grande parte dos sacerdotes obedecia à fé" (Atos 6:7). "Mas de modo mais amplo e básico", ressalta Pusey, "como Sião e Jerusalém são títulos para a Igreja, e o Israel que cria era o verdadeiro Israel, assim 'os filhos de Levi' são os verdadeiros levitas, os apóstolos e seus sucessores no sacerdócio cristão". 9 O propósito desta puri-ficação é tornar possível que os israelitas levem ao Senhor ofertas em justiça. Pedro declara acerca dos crentes: "Vós também [...] sois edificados [...] sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo" (1 Pe 2.5). O autor de Hebreus diz na mesma linha de pensamento: "Temos um altar. [...] Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" (Hb 13:10-15). O sacrifício mais valioso que podemos oferecer ao Senhor somos nós mesmos (Rm 12:1).

    Malaquias prossegue: E a oferta de Judá e de Jerusalém será suave ao SE-NHOR, como nos dias antigos e como nos primeiros anos (4). Estes dias antigos são os antes da decadência de Israel (cf. Is 1:25-27; Jr 7:21-26; Os 2:15-11.1).

    Nos versículos 1:3, temos "Como Malaquias viu o Messias":
    1) A profecia proclama-da, 1 (cumprida em João Batista, Mt 3:1-10; e em Jesus, o Messias, Mt 3:11-12; Jo 1:35-36) ;

    2) A pureza prometida, 2;

    3) A purificação feita, 3 (G. B. Williamson).

    b) O Senhor julgará (3.5). Lemos no versículo 5: "Chegar-me-ei a vós outros para juízo; serei testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o salário do jornaleiro, e oprimem a viúva e o órfão, e torcem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o SENHOR dos Exérci-tos" (ARA). Esta é a resposta à pergunta: "Onde está o Deus do juízo?" (2.17). Depois de o Templo estar limpo e a casa de Deus preparada para o Mestre, Deus virá e corrigirá as injustiças que fazem os homens duvidar da bondade divina. Os feiticeiros serão julga-dos por Deus. Este é o único "pecado religioso" condenado. Os outros são transgressões sociais — adultério, falso juramento, injustiça e desumanidade. Como os grandes profe-tas, Malaquias entende que os pecados contra a ordem social são os delitos com os quais Deus está particularmente preocupado. O profeta destaca especialmente a maldade das pessoas que exploram os fracos e os desamparados, que defraudam o jornaleiro, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro (5). Malaquias estava tão profundamente preocupado com a moralidade das pessoas como estava com a adora-ção que prestavam.

    SEÇÃO VI

    DÍZIMO, O CAMINHO DA BÊNÇÃO

    Malaquias 3:6-12

    Agora, o profeta passa a lidar com outro obstáculo no caminho do livre derra-mamento das bênçãos de Deus em Israel. A nação não estivera disposta a pagar o preço do favor divino. As "janelas do céu" se fecharam, porque o povo retivera "os dízimos e as ofertas". Assim que os levasse ao Templo, as "chuvas de bênçãos" cairi-am na terra.

    Antes de acusarmos Malaquias de espírito legalista, não nos esqueçamos de que a recusa de Israel em dizimar era "sinal externo de ter se afastado de Deus".' A negligên-cia neste ponto era sintoma de incredulidade e desobediência, e o arrependimento não podia ser mostrado de modo mais prático que pelo pagamento dos dízimos.

    A. A ACUSAÇÃO, 3:6-9

    Malaquias inicia o assunto e faz um contraste entre a constância do Senhor e a inconstância e facilidade do povo em errar: Eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos (6). Por um lado, Deus afirma: "Eu sou Yahweh, o 'EU SOU O QUE SOU' (Êx 3:14) ; vós ainda sois 'filhos de Jacó', enganadores e trapacei-ros". Por outro lado, afirma: "Eu sou o Deus de amor imutável, por isso, vós... não sois consumidos". Martinho Lutero exclamou: "Se eu fosse Deus, partiria o mundo em pe-daços!" É porque o Senhor é Deus, não somos destruídos. Pusey parafraseia belamente este versículo: "Deus podia ter rejeitado com justiça a eles e a nós; mas não muda. Ele é fiel ao concerto que fez com os pais deles; não os consumiu; mas com esse seu amor inalterável, esperava arrependimento da parte deles. Nossa esperança não está em nós mesmos, mas em Deus".

    No versículo 7, Deus insiste na acusação: Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes. Deus é fiel, mas o povo, como seus pais, é incrédulo. A queixa é que Deus os abandonou, mas o Senhor põe a culpa no lugar certo — neles. Pusey faz a ligação entre os versículos 7:6: "Eu não mudo; vós é que não vos converteis do mal. Eu sou de santidade inalterável; vós é que sois de perversida-de inalterável". 3 Por meus estatutos, Deus quer dizer toda expressão de sua vontade revelada na Torá (os primeiros cinco livros do Antigo Testamento, mas comumente am-pliada com o sentido de "a lei" — a revelação de Deus para Israel).

    Tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos. Os desobedientes e inconstantes têm de voltar ao caminho do qual se desviaram. "A idéia não é meramente tomar certa direção específica, mas voltar pelo mesmo caminho, re-troceder os passos dados".4 Esta é a idéia que o Antigo Testamento apresenta sobre arre-pendimento e conversão (cf. Is 55:7). Arrependimento é, basicamente, mudança de atitu-de e propósito (conceito incluso na palavra grega metanoia, utilizada no Novo Testamen-to), mas tal transformação tem de necessariamente manifestar-se em ação (cf. Mt 3:8: "Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento"). Mas que ação? Como nos exemplos anteriores (1.6; 2.17), as pessoas a quem o profeta se dirigia exigiram que Malaquias fosse mais específico: Em que havemos de tornar?

    O profeta responde com uma pergunta que já é a resposta: Roubará o homem a Deus? (8). O tom é de incredulidade. Será que o homem que é fraco e humano consegue roubar o Criador? Todavia, vós me roubais. O verbo hebraico traduzido por roubais ocorre somente aqui e em Provérbios 22:23. É possível que o texto original tivesse o verbo "trapacear", visto que há apenas uma pequena diferença entre os dois textos hebraicos. Em que te roubamos? O profeta responde: Nos dízimos e nas ofertas. Pela lei,

    1) o dízimo (décima parte) de todo o produto, bem como dos rebanhos e do gado, pertencia ao Senhor e devia ser-lhe oferecido (Lv 27:30-32) ; e

    2) esta porção era entregue aos levitas pelos serviços que prestavam (Nm 18:21-24). Neemias teve de lidar mais de uma vez com este erro reprovado aqui (cf. Ne 9:38-10:32-39; 13 10:14).

    Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação (9). A palavra hebraica traduzida por nação (goy) significa normalmente nação pagã. Não há meio de traduzir adequadamente a palavra, mas Barnes sugere: "Ó vós totalmente gentios". 5 Os sacerdotes e o povo estão sob acusação. O versículo seguinte mostra que a maldição é colheitas ruins e os conseqüentes sofrimentos.

    B. O DESAFIO, 3.10

    O profeta lhes mostra como voltar ao Senhor: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro (10). Pelo visto, não tinham deixado de dizimar de todo, mas não entregavam tudo. É possível que o povo como um todo retivesse uma parte, porque julgavam que precisavam mais que os sacerdotes. Mais provavelmente, grande parte do povo deixa-ra de dizimar completamente, ao passo que os fiéis piedosos passavam necessidade para cumprirem com suas obrigações religiosas de modo total.' Talvez, este relaxamen-to fosse motivado e desculpado pela pobreza em que viviam. Mas Malaquias encara como símbolo de afastamento e de um profundo desprezo a Deus. Por isso, o profeta ordena que o povo leve todos os dízimos à casa do tesouro. Este lugar era indubitavelmente a grande câmara que rodeava três lados do Templo. Mais ou menos nessa época, Tobias a desviou de seu propósito original, que era servir de depósito dos dízimos e ofertas alçadas do povo, e designou-a ao sumo sacerdote. Mas Neemias a restabeleceu à sua finalidade apropriada (Ne 10:38-13:5-9,12,13). T. T. Perowne escre-veu com competência: "Não é improvável que as 'câmaras', que eram contíguas à altu-ra de três andares nas paredes do Templo de Salomão, tivessem sido projetadas para servir de depósito (1 Rs 6.5,6). Na grande reforma feita por Ezequias, foram 'prepara-das', ou construídas ou restauradas, em alguma parte da área do Templo para receber o enorme afluxo de dízimos e ofertas (2 Cron 31.11,12) ".7

    O desígnio de Deus em exigir que o povo levasse todos os dízimos ao depósito era para que houvesse mantimento na minha casa. Antes da reforma de Neemias, "os levitas e os cantores [...] tinham fugido cada um para a sua terra", porque "o quinhão dos levitas se lhes não dava". Com a insistência de Neemias, ajudado talvez pelas determi-nações de Malaquias, "os dízimos do grão, e do mosto, e do azeite" foram levados "aos celeiros" (Ne 13:10-12). "Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho [de Cristo], que vivam do evangelho" 1Co 9:14). Embora por razões particulares Paulo não tenha exercido este privilégio, considerou-o tão inteiramente justificado quanto a prática vigente no Antigo Testamento 1Co 9:9-14). Se o dízimo era a porcentagem de doação para os judeus sob o antigo concerto, os crentes do Novo Testamento darão me-nos? (cf. Hb 7:8). A Igreja de Jesus Cristo não achou melhor meio de prover suas necessi-dades senão pela reverberação do comando de Malaquias. A congregação que dizima é uma comunidade apta a enfrentar toda situação, boa ou ruim, que surgir. O cristão que não dizima tem grande dificuldade em defender sua mesquinhez. Será que consegue fugir da acusação de que seu relaxo também é sinal de seu desprezo a Deus?

    C. A PROMESSA, 3.10e-12

    Deus anexa uma promessa gloriosa à sua ordem de dizimar: E depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abas-tança (10). Esta é, literalmente, uma promessa de chuva (cf. Gn 7:11-8.2; 2 Rs 7.2,19). A frase sugere que os judeus passavam por seca e colheitas ruins. Mesmo assim, o sinal de chuva era símbolo de bênçãos (ver Zc 10:1-14.17). Que dela vos advenha a maior abastança é mais habilmente traduzido por "uma bênção mais do que suficiente" (VBB; cf. ARA). E repreenderei o devorador, ou seja, "o gafanhoto ou a seca ou o crestamento ou o mofo ou o granizo, o que quer que naquele tempo fosse o devorador". B A promessa continua: Para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos exércitos (11).

    "Como em Ageu e Zacarias e, na verdade, no Antigo Testamento em geral (Ag 2:19; Zc 8:9-13), a idéia de bênçãos não é um estado nobre e espiritual, mas uma perfeição e saúde da vida social total, cujo sinal é a fertilidade. Na terra que é abençoada, tudo e todos são férteis para cumprir a função pela qual foram criados".9 O profeta prevê que todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos exércitos (12). "Quando as nações circunvizinhas vi-rem a prosperidade que virá depois da liberalidade do povo para com Deus, elas conclui-rão acertadamente que foi a ação do Senhor que abençoou o povo".'

    É lógico que temos de acrescentar uma nota aos versículos 10:12. A prosperidade material e a saúde física não acompanham invariavelmente a fidelidade a Deus. Mas a saúde e a prosperidade espirituais sim. Quando chega a adversidade, o cristão cujos dízimos estão todos pagos acha-se em posição de orar e ser ouvido. No Novo Testamento temos uma fórmula superior à de Malaquias. O ancião João escreveu a um cristão cha-mado Gaio: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma" (3 Jo 2). As maiores riquezas da fé acham-se em passagens como Romanos 8:28-39, que nos asseguram que Deus trabalha em cada detalhe da vida daquele que o ama e que nada no universo criado pode separar tal indivíduo do amor do Pai que está em Cristo Jesus.

    Esta exposição dos versículos 6:12 segue o esboço desta seção que tem o título: "Dízimo, o caminho da bênção":

    1) A acusação, 6-9;

    2) O desafio, 10abcd;

    3) A promessa, 10e-12.
    Outra análise que sugerimos traz o título: "A chamada de Deus para dizimar":

    1) O reconhecimento da propriedade de Deus, 8;

    2) 0 critério da mordomia cristã total, 9;

    3) A expressão da adoração sincera, 10;

    4) A confissão de fé na promessa de Deus, 10b; e em sua providência, 11,12 (G. B. Williamson).

    SEÇÃO VII

    O TRIUNFO FINAL DOS JUSTOS
    Malaquias 3:13-4.3

    Anteriormente, o profeta fizera uma análise perspicaz sobre as pessoas que não fizeram distinção entre o bem e o mal (2.17). Nesta seção, Malaquias volta ao mesmo tema. Antes, disse: "Vocês têm cansado o SENHOR com as suas palavras. [...] Quando afirmam: 'Todos os que fazem o mal são bons aos olhos do SENHOR, e Deus se agrada deles" (NVI). Agora, repete o assunto e estabelece mais detalhes.

    A. O CETICISMO, Ml 3:13-15

    As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o SENHOR (13). A atitude dos judeus fora de ceticismo crescente. Agora, a crítica que fazem é vocal. Afirmam: Que temos falado contra ti? Esta não é uma pergunta de boa-fé. Implica em negação da acusação de Malaquias e desafia-o a apresentar mais provas (cf. 1.2,6; 2.14; 3.7,8). Fala-do significa falar em conjunto. "Quando foi que falamos assim entre nós?", é o sentido. Pelo visto, tinham o hábito de conversar e comparar as promessas de Deus com o estado miserável em que estavam. Mesmo assim, confessaram que não sabiam em que tinham criticado Deus.

    O profeta apresenta a acusação: Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? (14). Ao lembrar que os pagãos orgulhosos e prós-peros da Babilônia e reparar que as nações ao redor tinham abundância de todas as coisas, ao passo que sofriam na pobreza e na miséria, diziam: "Em que nos beneficia adorarmos o único Deus verdadeiro, detestarmos os ídolos e, atormentados pela consci-ência de pecados, andarmos penitentemente diante de Deus?"

    Quem são estes céticos e críticos? Na ótica de Perowne, essas palavras são "a blasfêmia franca de quem 'se assenta na roda dos escarnecedores'".1 Mas segundo J. M. Powis Smith, são palavras de "seguidores de Yahweh que perdem a fé e correm o risco de se desviar de Yahweh".2 Ao menos exteriormente serviam a Deus e guardavam os seus preceitos. A tendência a considerar a mera observância externa como a verdadeira reli-gião tem laivos do farisaísmo que vigorava nos dias do Novo Testamento. A frase andar de luto traz a mesma conotação. Ainda que não exclua uma dor interna genuína, a frase hebraica alude primariamente às roupas que estas pessoas usavam como sinal de humi-lhação e contrição. Isto recorda o aviso de Jesus registrado em Mateus 6:16-18.

    O versículo 15 resume o caso do povo contra Deus. Jones fez uma tradução livre das bem-aventuranças dessa gente:

    Bem-aventurados os arrogantes e irreligiosos; Bem-aventurados os malfeitores, porque prosperam; Bem-aventurados os que colocam Deus à prova, porque escapam de todo castigo.3

    Palavras audazes! Talvez seja este o significado da pergunta que fizeram anterior-mente: "Onde está o Deus do juízo?" (2.17). Com amargura, foram coagidos a colocar a maldade nas alturas, ao mesmo tempo em que o próprio Senhor permitia que ela ficasse impune.

    B. As PESSOAS QUE CRÊEM EM DEUS, Ml 3:16-18

    Então, aqueles que temem ao SENHOR falam cada um com o seu compa-nheiro (16). Certos intérpretes, ao seguirem a Septuaginta, a Versão Siríaca e o Targum, optam por esta leitura: "Assim (ou tais coisas) falavam uns aos outros os que temiam ao Senhor".4 Mas a maioria dos intérpretes considera que as pessoas no versículo 16 são outro grupo de judeus. Jones escreve: "Em contraste com os céticos arrogantes estão aqueles que, apesar dos problemas, 'temem ao Senhor'. São estes os que detêm o espírito de reverência e respeito humildes. É possível que 'aqueles que [...] falam cada um com o seu companheiro' se refira à discussão levantada entre os fiéis em virtude da análise franca que o profeta fez da situação. Neste caso, Malaquias lhes dá a garantia divina de que precisam".5 Se esta for a interpretação correta, da mesma forma que os irreligiosos em Israel conversavam em conjunto (13,14), assim faziam os religiosos. Porém, as conversas de ambos os grupos diferiam grandemente. O texto profético não registra o que o remanescente piedoso dizia, embora a declaração os que se lembram do seu nome indique o tópico das conversas. Falavam entre si que o Senhor fora bom com eles mesmo em meio aos sofrimentos. Em todo caso, a profecia nos informa que o SENHOR atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao SENHOR. Aqueles que temem ao Senhor sabem que seus nomes estão registrados indelevelmente na escritura divina. "Trata-se de uma estabilidade que, associada com a fé do Antigo Testamento no Deus vivo, conduz à autêntica crença bíbli-ca na bênção da vida futura"'

    E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos, naquele dia que farei, serão para mim particular tesouro (17). A palavra hebraica traduzida por parti-cular tesouro (segullah) é a mesma usada em Êxodo 19:5 ("propriedade peculiar", e é traduzida melhor por "tesouro peculiar"). O segullah era a parte da propriedade que a pessoa reivindicava para si como seu tesouro especial e particular. "É isto que Israel representa para Deus em relação ao mundo; é o que aqueles que o temem são em relação a Israel": No Novo Testamento, a Igreja é um povo de propriedade exclu-siva de Deus (1 Pe 2.9,10). Poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. A palavra poupar é digna de nota. Ensina-nos que aqueles que para Deus são um tesouro peculiar, não o são por méritos próprios, mas pela grande misericór-dia divina. Pusey expressa este pensamento em uma paráfrase ampliada: "Eu os pouparei, embora sejam ex-pecadores; eu os pouparei, pois se arrependeram e me servem com um culto de confissão piedosa, 'como um homem poupa a seu filho que o serve'. Sobre o filho que se recusou a trabalhar no vinhedo do Pai, mas depois se arrependeu e foi, o Senhor disse que 'fez a vontade do pai".8 Esta é a doutrina de Malaquias da salvação pela graça.

    Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve (18). No dia do juízo, as pessoas poderão distinguir as ovelhas das cabras, o trigo do joio. A decisão concludente de Deus é a única solução cabal ao problema levantado nesta seção (cf. Dn 12:2; Mt 25:32-46).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 13 até o 18

    Que Utilidade Tem o Serviço a Yahweh? (13 39:4-3'>Ml 3:13 — 4.3)

    Ml 3:13-14

    Inútil é servir a Deus. Por que servir a Deus? O que o homem ganha? O povo iníquo pronunciou palavras duras contra Yahweh, declarando não ter ganho nada, servindo-O. Cinicos audaciosos até escarneceram da religião. O coração deles era duro como suas palavras. Eram “o povo do coração duro” (Dt 15:7; Pv 28:14) e da cerviz dura (Ex 32:9; Dt 9:6); eram arrogantes e perversos, como o demonstrou sua linguagem tola (Pv 4:24; Pv 6:12; Pv 8:13; Pv 21:23). Ver no Dicionário sobre Linguagem, Uso Apropriado da.

    Entre as coisas duras que eles falaram, estava o absurdo de que é inútil servir a Deus. Talvez eles retivessem a crença em Deus, mas agissem como ateus práticos, dirigindo sua vida segundo desejos iniquos. Conforme Sl 14:1; Sl 42:3; Sl 73:11.

    Eles conduziram sua vida como se Deus não existisse, tornando-se pequenos deuses mortais, procurando satisfação em coisas vãs. Sua adoração, caso a tivessem, era oca; seu serviço, vazio; sua espiritualidade, inútil, não produzindo resultado notável. Foram infiéis, mas quiseram a recompensa devida aos fiéis; foram pecadores, mas quiseram os benefícios próprios dos justos. O ateísmo prático e teorético quase sempre resulta do Problema do Mal, isto é, do sofrimento humano que não tem uma explicação muito boa. Ver este título no Dicionário, para uma discussão detalhada. Sofrimentos endurecem o coração, pervertem a mente, cansam o espírito e destroem a esperança. De fato, as provações frequentemente anulam a fé de muitos. O que vale a fé religiosa se não funciona, se não dá resultados positivos? Os místicos falam piedosamente do amor puro a Deus, sem exigir nada de volta, mas o homem em geral não entende nada desse tipo de expressão espiritual. O homem comum de Judá quis curas de doenças, segurança contra os ataques de exércitos estrangeiros, dinheiro suficiente para viver razoavelmente bem, uma medida decente de prazeres, crianças saudáveis, liberdade de opressões e vida longa, escapando da desgraça de uma morte prematura.

    Andar de luto diante do Senhor. Eles se queixaram que até o arrependimento não havia trazido nenhuma mudança de fortuna, como os profetas tinham prometido.

    Ml 3:15
    Nós reputamos por felizes os soberbos; também os que cometem impiedade prosperam, sim, eles tentam ao Senhor, e escapam. As pessoas que prosperavam eram justamente as maldosas, que rejeitaram o teismo dos profetas e fizeram de si mesmos pequenos deuses. Os homens que abusaram de seus vizinhos recolheram muitos benefícios; os que declararam que a religião é somente um refúgio para mentes fracas conseguiram tudo o que quiseram, deixando os religiosos na miséria. Os orgulhosos foram felizes, mas os humildes ficaram desolados.

    Assim, os humildes poderiam falar: “Onde está o Deus do juízo?” (Ml 2:17). As promessas dos profetas, de que “algum dia as coisas mudariam em favor dos justos”, ficaram vazias na presença de tanto sofrimento e injustiça.

    Os homens ímpios continuam seu deboche, ouvindo dizer que Deus os golpeará, mas nunca recebem golpe nenhum. Estavam arriscando-se com Deus e escapando de toda a consequência adversa. Eles desafiaram o próprio Deus e ganharam! Deus, para eles, era indiferente, não prestando atenção às atividades humanas (ver Sl 10:1; Sl 28:1 e Sl 59:4). Ou Deus é, de fato, o Deus do Deísmo{ver a respeito no Dicionário), que, depois de criar o universo, o abandonou aos cuidados das leis naturais.

    Ml 3:16

    Os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros; o Senhor atentava e ouvia. Em contraste com aqueles reprovados, alguns poucos genuinamente piedosos escaparam da armadilha do ateismo prático. Os ouvidos do Senhor estavam abertos aos pedidos dos justos que seriam enriquecidos espiritual e materialmente.

    Havia um memorial escrito diante dele. Este livro de lembranças provavelmente não se refere a uma recompensa além do sepulcro, mas era uma fonte de esperanças dos judeus e, num dia posterior, tornou-se uma expectativa de imortalidade. Os ímpios serão julgados e os justos serão recompensados, afinal. No cristianismo, o apelo à imortalidade, com seus julgamentos e glorificação, é fundamental para aliviar o desespero do Problema do Mal (ver no Dicionário). Mesmo assim, é difícil entender por que, aqui e agora, os sofrimentos são tão grandes e aparentemente irracionais. Ver o argumento moral de Kant, para comprovar a existência da alma humana e a sobrevivência à morte biológica, que tem aplicação no presente versículo, nas notas sobre o vs. Ml 3:1.

    O rolo de lembrança significa que há um registro permanente das ações dos justos, que nunca serão esquecidas. A promessa traz conforto aos oprimidos: haverá uma ocasião em que a luz do dia perfeito brilhará. Ver Alma, no Dicionário, e Imortalidade, na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, onde sãc apresentados diversos artigos. Ver também Livro da Vida, conceito semelhante a “um memorial escrito".

    Características dos Justos. Eles retiveram as esperanças quando não havia muita razão para esperar. Conservaram a fé quando o raciocínio frio podia tê-la destruído.

    Mantiveram a espiritualidade, o “temor ao Senhor", quando outros abandonaram toda a lealdade a Yahweh. Ver sobre Temor, no Dicionário, e anotações adicionais, em Sl 119:38 e Pv 1:7. Eles agiram como uma comunidade para apoio mútuo, trocando idéias, confortando e aconselhando uns aos outros.

    Guardaram a visão da glória do Senhor ante seus olhos; respeitaram o Nome de Yahweh, não deslizando para o ateísmo prático. Ver sobre Nome, no Dicionário, e em Sl 31:3. Ver sobre Nome Santo, em Sl 30:4; Sl 33:21,

    Ml 3:17

    Eles serão para mim particular tesouro. Porque têm as suas obras escritas no livro de lembranças de Yahweh, os justos serão, afinal, a possessão especial do Senhor; serão o tesouro do Senhor, como fala a Atualizada. Isto acontecerá no dia escatológico, quando o Reino do Messias for estabelecido. Yahweh será o Pai, e eles, Seus filhos diletos. Como o pai mostra misericórdia para com seu filho, os justos receberão a misericórdia do Senhor e serão eternamente beneficiados. Para o conceito de possessão especial de Yahweh. ver Ex 19:5 e Sl 103:17,Sl 103:18. A resposta dada por Yahweh aos piedosos é praticamente a mesma vista em Mal. 2.17-3.6, É a resposta escatológica. que Deus dará afinal. Ela alivia, pelo menos em parte, o Problema do Mal. Os justos serão recebidos como filhos (Ml 1:6 e Ml 2:10). Ver sobre Paternidade de Deus, no Dicionário.

    Ml 3:18
    Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso.
    A indiferença aparente de Deus desaparecerá, e ficará claro que não é em vão que se serve ao Senhor (Ml 3:14). E ninguém poderá perguntar: "Onde está o Deus do juízo?" (Ml 2:17). Haverá aguda distinção entre os bons e os maus, os que desprezaram o sen/iço sagrado e os que não agiram assim. O mal será castigado decísivamente. e o bom receberá a devida recompensa. A Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura dará a última palavra. Ver este título no Dicionário. Com estas afirmações, o autor procura encorajar os piedosos a continuar no caminho de retidão, e adverte os ímpios que seus dias estão contados. Pense-se na distinção que Deus fez entre Israel e o Egito, na questão da escuridão miraculosa (Ex 10:23). Esse incidente ilustra bem o presente versículo.

    “Naquele dia, se não antes, será revelado quem foram os verdadeiros sábios e quem foram os tolos” (Adam Clarke, in loc.).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 14
    *

    3.1-5 Esta seção refuta as duas declarações cínicas de 2.17. A alegação de que Deus não diferencia entre o bem e o mal é respondido no v. 2 referindo-se ao ministério de purificação do Anjo da aliança. A segunda declaração, “Onde está o Deus do juízo?” (2.17), é respondido no v. 5. Os judeus estavam buscando ao Senhor para julgar as nações, mas ao invés disto, o Senhor virá a eles para juízo (v. 5).

    * 3.1 meu mensageiro. Ver 4.5; também Is 40:3 (onde “preparar o caminho” também ocorre). Era prática comum no Oriente Próximo enviar mensageiros à frente do rei visitante com o objetivo de anunciar sua vinda e para remover quaisquer embaraços ou obstáculos. Este mensageiro (Mt 11:10) será o último do seu tipo a aparecer antes da vinda do Senhor, que é “O Anjo da Aliança.”

    de repente. Esta expressão está quase sempre associada nas Escrituras com uma circunstância infeliz e desastrosa (Nm 12:4 (logo); Is 47:11; conforme 2Pe 3:10).

    Anjo da Aliança. Uma pessoa distinta de “meu mensageiro”, ele purificará os sacrifícios, os sacerdotes, e a nação (vs. 2-5). Este “Anjo da Aliança” é o Messias, e essa profecia é cumprida em Jesus que sozinho realizou o sacrifício perfeito em favor do seu povo.

    * 3.3 purificará os filhos de Levi. Os sacerdotes haviam sido instrumentos na condução do povo ao erro. O trabalho de purificação irá iniciar-se com eles, e a partir deles irá se espalhar para toda a nação. Os levitas eram o modelo para a nação, que deveria ser “reino de sacerdotes” (Êx 19:6).

    justas ofertas. Ver 1.11, “ofertas puras.” Por causa da obra do Mensageiro da Aliança, a adoração correta e apropriada será novamente oferecida, visto que os corações e vidas dos ofertantes estarão purificados (Sl 4:5; Sf 3:9).

    * 3.5 Chegar-me-ei a vós outros para juízo. Esta seção começou com os cínicos religiosos acusando o Senhor de injustiça. Ela termina com um processo segundo a aliança no qual o Senhor faz acusações ao seu povo. Os pecados específicos mencionados no v. 5 são claramente proibidos pela lei do Senhor. A causa fundamental desses pecados é que “não me temem.”

    *

    3.6-12 O povo não estava apenas trazendo ofertas defeituosas mas também estavam retendo o dízimo, aparentemente devido às colheitas fracas. Mas reter o dízimo é roubar do Senhor. Como conseqüência, o justo Senhor negou as bênçãos. O pecado do povo também evidenciava uma falta de confiança no Senhor em suprir as suas necessidades se eles cumprissem seus mandamentos. Desta maneira o Senhor os conclama a colocá-lo sob prova. Se eles agissem assim, a provisão resultante seria tão grande que as nações notariam a diferença e anunciariam a bem-aventurança de Israel.

    * 3.6 eu, o SENHOR, não mudo. A imutabilidade ou o caráter imutável de Deus pode ser visto em seu propósito de abençoar seu povo eleito. Deste modo eles não são destruídos (Êx 34:6, 7; Jr 30:11).

    * 3.7 tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros. O mandamento para se arrepender está ligado com uma promessa (cf. Zc 1:3; Tg 4:8). O pecado separa o homem de Deus e leva Deus a esconder a sua face (Is 59:2).

    * 3.8 dízimos. A palavra significa um décimo. A prática do dízimo é mencionada nos relatos da vida de Abraão (Gn 14:20) e Jacó (Gn 28:22) e foi codificada na lei de Moisés (Lv 27:30; Nm 18:26; Dt 14:22-29).

    ofertas. Porções de sacrifícios de animais destinados aos sacerdotes (Êx 29:27,28; Lv 9:22).

    *

    3.10 casa do Tesouro. Este termo refere-se à sala no templo designada para a armazenagem de ofertas consagradas (2Cr 31:11 ref. lat.; Ne 10:38, 39; 12:44; 13:12).

    provai-me. Este é o inverso do modelo bíblico normal, em que Deus prova tipicamente os seres humanos (Sl 11:5; 26:2; 66:10; Pv 17:3; Jr 11:20; 12:3; 17:10). Somente em algumas situações os homens são convidados a testarem a Deus (i.e., provar suas promessas e justificar seus mandamentos, Is 7:11,12; 1Rs 18:22-46).

    janelas do céu. Ver Gn 7:11.

    * 3.13 4:6 A última seção retorna à profecia de 3:1-5 acerca do mensageiro (Mt 11:10) e a vinda de Deus. De várias maneiras o começo da seção nos traz à mente um salmo de lamentação. As lamentações, entretanto, são interpretados como sendo duras palavras contra o Senhor. Havia, porém, aqueles que percebiam as mesmas injustiças, sem contudo concluir que era inútil servir ao Senhor. O primeiro grupo disse duras palavras e recebeu a resposta de Deus; o último temeu ao Senhor, o que o levou a escrever um memorial a respeito deles. Ele prometeu que eles seriam sua possessão especial no grande dia do Senhor.

    Uma referência ao “dia” (v. 17) novamente introduz o último dia de julgamento, um dia de destruição para os ímpios mas de salvação para os justos. Os versos finais retornam ao mensageiro prometido e exortam o povo a guardar a lei de Moisés.

    * 3.14 Inútil. A palavra significa “vazio” ou “em vão.”

    aproveitou. O termo hebraico normalmente refere-se ao ganho injusto. A cobiça é inconsistente com o desejo pela verdade divina (Sl 119:36)

    * 3.16 Então. A conversa e a conduta daqueles que temiam a Deus é causada pelas palavras anteriores de murmuração e é colocada aqui como um contraste a esses.

    memorial escrito. A expressão do modo como está aqui só pode ser encontrada nesta passagem, mas referências a um livro especial são achados em outros lugares (Êx 32:32; Sl 69:28; Dn 7:10).

    *

    3.17 Eles serão para mim. Esta expressão refere-se ao remanescente descrito no v. 16.

    particular tesouro. No estágio inicial da revelação do Antigo Testamento a nação de Israel é chamada de “propriedade peculiar” de Deus (Êx 19:5; Dt 7:6; 14:2).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
    3:1 Há dois mensageiros neste versículo. O primeiro pelo general se entende que é João o Batista (Mt 11:10; Lc 7:27). O segundo mensageiro é Jesus, o Messías, para quem tanto Malaquías como João o Batista prepararam o caminho.

    3.2, 3 No processo de refinar os metais, este é esquentado com fogo até que se funde. As impurezas se separam e sobem à superfície. Logo são retiradas, para deixar o metal puro. Sem aquecimento nem fundição, não haveria purificação. Quando as impurezas são retiradas da superfície, a imagem do metalúrgico aparece em uma superfície Lisa e pura. Quando somos desencardidos Por Deus, seu reflexo em nossa vida será cada vez mais claro para os que nos rodeiam. Deus diz que os líderes (aqui os levita) devem estar especialmente dispostos a passar pelo processo de purificação de suas vidas.

    3.6-12 Malaquías insistiu ao povo a que entregasse seus dízimos, e que deixasse de ficar com o que pertence a Deus. O sistema do dízimo começou durante o tempo do Moisés (Lv 27:30-34; Dt 14:22). Levita-os recebiam uma parte do dízimo devido a que não podiam ter posses de terra (Nu 18:20-21). Durante os dias do Malaquías, os dízimos não eram utilizados para manter aos operários de Deus, assim que os levita foram trabalhar para ganhar o sustento. Tudo o que temos provém de Deus; assim quando não queremos lhe retornar ao parte do que nos deu, roubamo-lhe. Quer ficar egoístamente com cento por cento do que lhe deu, ou está disposto a entregar a décima parte para o progresso do Reino de Deus?

    3:7 A paciência de Deus parece inesgotável! Ao longo da história, seu povo desobedeceu, e inclusive se burlou de suas leis; mas sempre O esteve disposto a aceitá-los, se se arrependerem. Entretanto, aqui ainda se atrevem a dizer que nunca o desobedeceram! (Em que temos que nos voltar?) Muitos lhe deram as costas ao perdão e à restauração porque não quiseram reconhecer que pecaram. Não siga o exemplo deles. Deus está preparado para perdoar a tudo o que volta para O.

    3.8-12 O povo nos dias do Malaquías desobedeceu o mandamento de Deus de dar o dízimo de seus ganhos ao templo. Possivelmente puderam ter tido medo de perder tudo pelo que tinham trabalhado tanto, mas julgaram mal a Deus nisto. "Dêem e lhes dará!", diz O (Lc 6:38). Quando damos, devemos recordar que as bênções que Deus promete não sempre são materiais e possivelmente não as experimentemos aqui na terra, mas com segurança as receberemos em nossa vida futura com O.

    3:10 O alfolí (celeiro) era um lugar no templo onde se guardavam grãos e outros mantimentos doados como dízimos. Os sacerdotes viviam destas doações.

    3.13-15 Estes versículos confrontam a atitude arrogante do povo para Deus. Quando dizemos: "O que aproveita que guardemos sua Lei?", estamos dizendo: "Que proveito obtenho eu?" Nosso enfoque é egoísta. Nossa pergunta devesse ser: "Que proveito obtém Deus?" Devemos adorar a Deus só pelo fato de que O é Deus e é digno de ser adorado.

    3:16 O ponto é que Deus recordará a todos aqueles que permanecem fiéis ao, amam-no, temem, honram e respeitam.

    3:17 Ao povo de Deus lhe chama "especial tesouro", jóia. Uma jóia é feita de matéria bruta que se expõe ao tempo, calor e pressão para convertê-la em uma pedra preciosa. A pedra então deve ser atalho para que sua beleza real possa ser vista. Um artesão toma a pedra e a talha com cinzel para retirar um extremo, reduz o enguiço, pole-a e a coloca no entorno adequado para que possa mostrar sua beleza. Esteja disposto a permitir que Deus faça de você uma jóia; lhe peça que o cinzele e o pule em onde o necessite; e seja paciente enquanto O trabalha. Assegure-se de estar preparado para a mudança, devido a que quando Deus começa a fazer uma jóia, não se detém até que é perfeita.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
    Os israelitas dos dias de Malaquias perguntou descaradamente, Onde está o Deus da justiça (Ml 2:17 )? A resposta é dada em Ml 3:1 ). Para o rebelde e cínico de Judá, sua mensagem era de julgamento. Como um refinador de ouro e prata Ele vai separar o genuíno da escória; e como uma mais ampla Ele irá limpar as manchas do pecado, os corações imundos dos filhos de Levi e dos outros habitantes da terra. O julgamento, declara o Deus da justiça, será rápido e repentino. O dia de Deus não vai trazer conforto e felicidade para aqueles que não têm medo de mim. Vai ser escuridão e desespero (conforme Jl 5:20 ; . Sf 1:15 ). O julgamento é especialmente pronunciada sobre feiticeiros, que praticam magia negra com a ajuda de espíritos do mal (conforme Ex 22:18. ); sobreos adúlteros, a classe mencionada em 2: 10-16 (conforme Lv 20:10. ; Dt 22:22. ; Ez 16:1. ; Lv 19:12. ; Jr 29:23. ; Pv 19:5. , Ex 22:23 ; Jl 2:6. ).

    Eu, o Senhor, não mudo. vingança eterna O Deus imutável jurou sobre o pecado. Por causa disso, a punição sobre o impenitente é certo. Da mesma forma, a Sua misericórdia sobre o arrependido é eterno. Por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos(v. Ml 3:6 ; conforme Lm 3:22. ). Esta seção inteira (3: 1-6) responde petulante Israel. Deus ainda ama a justiça (conforme Is 57:15 ), e "não tem por inocente o culpado" (N1. Is 14:18 ).

    "Eles perecerão, mas tu permanecerás;

    Sim, todos eles se envelhecerão como um vestido;

    Como roupa os mundarás mudá-los, e eles devem ser alterados:

    Mas tu és o mesmo,

    E os teus anos não terá fim "( Sl 102:26. ).

    VI. Retenção de dízimos e ofertas repreendeu (Ml 3:7)

    7 Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus juízos, e não os guardastes. Tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos exércitos. Mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? 8 Roubará o homem a Deus? mas vós me roubar.Mas vós dizeis: Em que te roubamos? . Nos dízimos e nas ofertas 9 Vós sois amaldiçoados com a maldição; para vos roubar-me, toda esta nação.

    O espírito de Israel tinha sido uma das contendas e insatisfação com Deus. Ela queria manter seus maus caminhos e ainda exercer plena afirmação de bênçãos de Deus. Jeová novamente traz sua cara a cara com o verdadeiro problema, o pecado; neste caso, o pecado de fraudar Ele. Vós me roubar, ou seja, "fraudar me", em dízimos e ofertas. A ênfase é sobre o pronome mim. O dízimo não é um presente do homem a Deus. É o pagamento de uma dívida. É devido de Deus (conforme Lv 27:30. ; Nu 18:20. ; Dt 14:22. ). As ofertas foram as ofertas alçadas, "ofertas levantado na apresentação ao Senhor para Si próprio" (conforme Ex 29:27 ). É tudo uma parte da aliança que o Senhor e Israel fizeram juntos. Aqui se vê a ligação definitiva entre sinceramente trazer os dízimos e ofertas, e as bênçãos de Deus sobre suas vidas. Não é o mesmo princípio, a base de discussão de Paulo da doação cristã em Fp 4:18 ? Se o homem cuida dos interesses materiais do ministério, Deus vai cuidar dele. Era verdade nos dias do antigo Israel, e nos dias de Paulo; e é verdade no nosso. Dai, e Deus vai ver que você receber. E como muitas vezes os presentes enviados do céu (conforme Lc 6:38 )! Este, contudo, é apenas um lado da moeda. O outro é o lado de Deus. Quando o dízimo é negado Deus, Ele é defraudado, tanto material como espiritualmente. Ele não tem amor cheio do adorador.

    B. JEOVÁ PEDE o dízimo todo (3: 10-12)

    10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção, que não haja lugar suficiente para recebê-la . 11 ​​E eu vou repreender o devorador por amor de vós, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; nem a vossa vide lançará o seu fruto antes do tempo no campo, diz o Senhor dos exércitos. 12 E todas as nações vos chamarão feliz; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos.

    Para que a triste condição descrita pode ser sanada, Jeová faz um apelo e um desafio: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro ..., e prova de mim nisto. A força do verso Ml 3:10 é visto na palavra inteira (kol ), uma expressão da totalidade (conforme Sl 111:1 ). Eles também trouxeram algumas ofertas, mas reteve outros que pertenciam a Deus. A lealdade dividida desses israelitas é clara: parte de Deus, a parte restante para si próprios. O salmista exclama: "Eu odeio homens que são meio a meio, eu amo a tua lei" (Sl 119:1:. Sl 119:113 , Moffatt). A propositura em de todos os dízimos envolve um coração-profunda lealdade a Jeová. Aquele que não traz em seus dízimos e ofertas não ama o Senhor de todo o coração. Esta resposta de toda a alma de toda a apresentação dos dízimos é a resposta do homem ao amor de Deus expresso em Ml 1:2 e Ml 3:6)

    13 As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Que temos falado contra ti? 14 Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; e qual o lucro que é que temos mantido seu cargo, e que nós em andar de luto diante do Senhor dos exércitos?15 e agora nós chamamos os soberbos; sim, os que cometem impiedade são edificados; sim, eles tentam a Deus, e escapar.

    Não é apenas a retenção do dízimo uma queixa ao Senhor, mas o espírito contínuo de Israel de reclamação e murmuração é totalmente injusto. Jeová chama a reclamação, a atitude impertinente, stout (chazaq) palavras, ou seja, teimoso, obstinado, palavras endurecidos. Chazaq é a mesma palavra que foi usada de Faraó, quando foi dito que ele endureceu o seu coração (Ex 8:15 ). Jeremias disse a atitude judaica: "Eles têm as suas faces mais do que uma rocha" (Jr 5:3 ).

    Esse é o espírito que Jeová está condenando-o espírito que considera a adoração a Deus para ser vã e inútil. Isso faz com que seus possuidores para colocar tudo em uma base mercenário. O que há nela para mim? torna-se a pedra de toque de valor. "O, ímpio orgulhoso prospera", dizem eles; "E mesmo aqueles que dolorosamente tentar Deus são entregues por ele quando entrar em dificuldade (conforme : Sl 73:1. ;) Então, por que ir para todo o incômodo de manter as leis e ordenanças de Jeová? É inútil fazê-lo! "


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
  • Eles desobedeceram à sua Palavra (Ml 3:1-39)
  • Em Ml 2:17, o povo fala com zomba-ria: "Em que o enfadamos? Nisto, que pensais: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Se-nhor, e desses é que ele se agrada". Deus responde-lhe ao prometer que enviará seu mensageiro Ooão Batis-ta), aquele que anunciará o Anjo da Aliança (Jesus Cristo). Jesus vai ao templo, expõe os pecados e purifi-ca os pátios. Em seu ministério, ele revelou os pecados dos líderes re-ligiosos, tanto que eles, por fim, o crucificaram. Há uma aplicação fu-tura aqui, quando o Dia do Senhor purifica Israel e separa os verdadei-ros dos falsos. Por que o Senhor não se desfaz apenas desse povo rebel-de? O versículo 6 responde: ele não muda e tem de ser fiel à sua promes-sa (Lm 3:22).

    O povo desobedeceu ao Se-nhor ao roubar seus dízimos e ofer-tas. Na verdade, quando o povo de Deus não é fiel em seu doar, não apenas rouba ao Senhor, mas tam-bém a si mesmo. O Senhor adiou a chuva e estragou a colheita por cau-sa do egoísmo deles. E claro que dar o dízimo não é "barganhar" com o Senhor; todavia, Deus promete abençoar e cuidar dos que são fiéis em seu serviço cristão (Fp 4:10-50). Sem dúvida, o Senhor não é destituí-do; ele quer nosso dízimo e ofertas como uma expressão de nossa fé e amor. Quando o amor do crente por Cristo esfria, em geral nota-se isso na área do servir cristão. Se todo membro da igreja desse ao Senhor o que lhe é devido (10% de sua ren-da, o dízimo) e, a isso, acrescentas-se as ofertas (como uma expressão de gratidão), nossas igrejas locais te- riam mais que o suficiente para seus ministros. E eles poderíam compar-tilhar generosamente com todos os outros ministros bons que merecem receber ajuda.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
    3.1 Meu mensageiro. Este título e predição são aplicados a João Batista no NT (Mc 1:2 e paralelos). Anjo do Aliança. Só pode ser a Anjo de Jeová, que é o próprio Senhor Jesus Cristo antes da encarnação. Este versículo trata de sua primeira vinda. De repente, virá ao seu templo. Um dos motivos da vinda de Cristo foi a restauração de um culto verdadeiro e aceitável a Deus. O templo contaminado pela avareza (Jo 2:13-43) já não serve. Logo no ano 70 d.C. foi destruído (conforme Jo 2:19, Jo 2:20). No seu lugar, o Senhor Jesus oferece Seu próprio corpo como o sacrifício da nova aliança. Agora a Igreja universal é verdadeira é o seu templo; o santuário do Seu Espírito (conforme Co 6.19, 20; Ef 2:20-49).

    3:2-5 Estes versículos referem-se à segunda vinda de Cristo. Seria mais um caso em que a primeira e segunda vindas de Cristo encontram-se num mesmo trecho (conforme Is 61:1,Is 61:2).

    3.3 A purificação da prata e do ouro lembra-nos do julgamento dos crentes 1Co 3:1215). O processo começa quando se dá o novo nascimento e completa-se na vinda de Cristo (conforme Rm 5:1-45; 1Pe 1:3-60). As provas e tribulações na vida fazem parte da disciplina que produz no crente a maturidade e "o fruto da justiça" (conforme He 12:5-58).

    3.6 A pessoa e o plano de Deus são imutáveis. Mesmo que alguns pequem, o plano de Deus não se frustra. Israel tem parte nesse plano, embora mereça a destruição. Eleita pela graça, Israel é preservada pela graça (Rm 11:5, Rm 11:15).

    3.7 Tornai-vos para mim. Este é um dos elementos básicos na conversão. Deus sempre responde ao verdadeiro arrependimento pela salvação, restauração e bênção. Em que havemos de tornar? Não reconheceram a necessidade do arrependimento.

    • N. Hom. 3:10-12 Quatro bênçãos prometidas ao dizimista:
    1) Mantimento na casa do Senhor: não faltarão meios para dar prosseguimento a Seu trabalho (10a);
    2) Bênçãos imprevistas de natureza espiritual (10b);
    3) Produtividade nos campos e nos negócios (11);
    4) Reconhecimento das bênçãos divinas por parte do mundo. Torna-se, portanto, um bom testemunho (12). No NT, no entanto, somos chamados a renunciar a tudo por amor a Ele, que tudo entregou por nós (conforme Rm 12:1; Lc 14:33).

    3.14,15 Registra-se o queixume daqueles que só têm interesse e só dão valor às coisas terrestres. O espiritual é desprezado em preferência às coisas materiais.
    3:16-18 Estes versos respondem à reclamação acima, "Inútil é servir a Deus" (14):
    1) Existe uma maravilhosa comunhão entre os que servem o Senhor (16a);
    2) Deus está propondo um relatório acerca das vidas dos servos consagrados a Ele (16b);
    3) Quando o Senhor voltar, galardoará Seus servos fiéis (conforme Mt 25:21; v. 17);
    4) Os que seguem ao Senhor agora serão juízes do mundo (1Co 6:2; v. 18).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
    v. 2-4. como o fogo do ourives e como o sabão dos lavadores-, O propósito do juízo de Javé é a purificação do caráter (conforme Refinador, Refinação, NBD). Lit. ofertas com justiça-, Quando a transformação dos sacerdotes tiver acontecido, ofertas que agradam ao Senhor serão novamente apresentadas no templo, v. 5. Mas o que é um processo de depuração para alguns será castigo para outros. Os que são responsáveis pela injustiça social não pecam simplesmente contra o seu próximo, mas também contra o Senhor. Por meio do seu comportamento, mostram que não têm respeito por ele. O próprio Deus será a principal testemunha contra eles no dia do juízo (conforme Sf 1:14-36; Sf 3:1-36).

    V.    OS DÍZIMOS E A BÊNÇÃO DO SENHOR (3:6-12)

    O profeta chama o povo ao genuíno arrependimento, isto é, o arrependimento que demonstra a sua autenticidade por meio do comportamento que custe alguma coisa, v. 6,7a. Visto que Deus é imutável no seu caráter e fiel à sua promessa (conforme Nu 23:19He 13:8; Jc 1:17), os descendentes de Jacó não foram destruídos, apesar de sua infidelidade e rebeldia, v. 7b. O chamado para o arrependimento não é atendido pelo povo porque evidentemente não há consciência de pecado, v. 8,9. Os dízimos e ofertas exigidos pela Lei (Lv 27:30; Nu 18:21-4) estão sendo retidos; daí a maldição da colheita escassa (conforme 3.11). v. 10. Conforme Dt 28:2-5; Ez 34:25

    31. Ponham-me à prova-, Que os que duvidam da bondade e justiça de Deus descubram, por meio da busca sincera da honra dele, o desejo que ele tem de derramar [...] tantas bênçãos. O depósito do templo era o local em que eram guardados os dízimos destinados ao templo e administrados pelos levitas (1Cr

    9.26,29). v. 11. Uma volta autêntica a Deus terá conseqüências ecológicas para a terra: o ATOS reconhece uma relação íntima entre bênção física e bênção espiritual, v. 12. Então todas as nações os chamarão felizes-, conforme Gn 12:2,318:18; Sl 72:16,Sl 72:17; Is 61:6-23; Jr 4:1,Jr 4:2; Jr 33:7-24.

    VI.    A VINDICAÇÃO DOS JUSTOS NO DIA DO SENHOR (3.13—4.3)
    O profeta retoma o tema do juízo. v. 13. Vocês têm dito palavras duras contra mim\ Novamente, a ação fala mais alto que as palavras. v. 14. Parafraseando, ficaria assim: “Não vale a pena o sacrifício exigido para servir a Deus em épocas como esta” (conforme 21:15). Os levitas seriam os mais prejudicados pela falta dos dízimos do povo. v. 15. Conforme o Sl 73:0; Sl 87:6; Is 4:3Is 65:6; Ez 7:10; Ez 12:1; Ap 20:12; o “livro das crônicas” na corte persa (Et 6:1) pode fornecer uma alegoria aqui. v. 17. O remanescente fiel é muito precioso para Javé: o meu tesouro pessoal (conforme Êx 19:5,6; Dt 7:6; Dt 14:2,Dt 14:21; Dt 26:18Sl 135:4; Tt 2:14; 1Pe 2:9). v. 18. O dia do juízo tornará clara a diferença entre o justo (os que servem a Deus) e o ímpio (os que não o servem). Por isso, de fato faz sentido servir a Deus mesmo numa época em que parece que a maioria o abandonou!


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 13 até o 18
    VII. A FUTURA VINDICAÇÃO AOS PIEDOSOS Ml 3:13-4.3

    Agressivas (13), isto é, obstinadas e insistentes. A atitude do povo para com Deus tinha sido desafiadora. Falado (13); a forma do verbo, em hebraico, é o nifal, que é usado para ação recíproca. O significado disso é que haviam falado um com o outro, talvez em pequenos grupos. Entre si mesmos haviam discutido qual o proveito de servir a Deus lealmente e haviam imaginado que os praticantes da iniqüidade é que eram prósperos. Andar de luto (14); isto é, fazer penitência por qualquer falha na obediência aos mandamentos do Senhor. Os que cometem impiedade se edificam (15), isto é, alcançam prosperidade.

    >Ml 3:16

    Quanto ao versículo 16, alguns, seguindo a Septuaginta, preferem ler: "Tais coisas falaram aqueles que temiam ao Senhor, um para o outro". Porém, é melhor seguir o hebraico: "Então aqueles que temiam ao Senhor falavam freqüentemente um para o outro". As palavras do versículo 14 são as queixas dos céticos. Os fiéis se recusavam a aceitar esses argumentos e procuravam aprofundar sua comunhão uns com os outros e se assegurarem entre si da justiça de Deus. Seus nomes e seus feitos haviam sido inscritos no Seu memorial. Naquele dia... (17). Algumas versões traduzem, mais corretamente: "naquele dia que farei, ou seja, um tesouro peculiar". G. A. Smith traduz: "no dia quando eu me levantar para agir". Na qualidade de tesouro especial de Deus, os fiéis serão poupados do julgamento que se despenhará contra os ímpios. Vereis outra vez (18); isto é, "discernireis novamente".


    Dicionário

    Diz

    3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
    2ª pess. sing. imp. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Falado

    adjetivo Que é exprimido pela palavra: o inglês falado difere muito do inglês escrito.
    Jornal falado, informações difundidas em horas certas pelo rádio, ou pela televisão.

    Palavras

    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Malaquias 3: 13 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    As vossas ① palavras foram agressivas contra Mim, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Que temos falado tão mal contra Ti?
    Malaquias 3: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    430 a.C.
    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H2388
    châzaq
    חָזַק
    fortalecer, prevalecer, endurecer, ser forte, tornar-se forte, ser corajoso, ser firme, ficar
    (laid hold)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H4100
    mâh
    מָה
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos


    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    חָזַק


    (H2388)
    châzaq (khaw-zak')

    02388 חזק chazaq

    uma raiz primitiva; DITAT - 636; v

    1. fortalecer, prevalecer, endurecer, ser forte, tornar-se forte, ser corajoso, ser firme, ficar firme, ser resoluto, ser persistente
      1. (Qal)
        1. ser forte, ficar forte
          1. prevalecer, prevalecer sobre
          2. ser firme, ser apanhado rapidamente, ficar seguro
          3. pressionar, ser urgente
          4. crescer robusto, tornar-se rígido, tornar-se duro (mau sentido)
          5. ser severo, ser aflitivo
        2. fortalecer
      2. (Piel)
        1. tornar forte
        2. restaurar a força, dar força
        3. fortalecer, sustentar, encorajar
        4. tornar forte, tornar arrojado, encorajar
        5. tornar firme
        6. tornar rígido, ficar duro
      3. (Hifil)
        1. tornar forte, fortalecer
        2. tornar firme
        3. exibir força
        4. tornar severo
        5. apoiar
        6. reparar
        7. prevalecer, prevalecer sobre
        8. pegar ou apoderar-se de, reter, deter, sustentar, suportar
        9. pegar, conter
      4. (Hitpael)
        1. fortalecer-se
        2. apresentar força, usar a força de alguém
        3. resistir
        4. pegar forte com

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    מָה


    (H4100)
    mâh (maw)

    04100 מה mah ou מה mah ou ם ma ou ם ma também מה meh

    uma partícula primitiva, grego 2982 λαμα; DITAT - 1149 pron interr

    1. o que, como, de que tipo
      1. (interrogativa)
        1. o que?
        2. de que tipo
        3. que? (retórico)
        4. qualquer um, tudo que, que
      2. (advérbio)
        1. como, como assim
        2. por que
        3. como! (exclamação)
      3. (com prep)
        1. em que?, pelo que?, com que?, de que maneira?
        2. por causa de que?
        3. semelhante a que?
          1. quanto?, quantos?, com qual freqüência?
          2. por quanto tempo?
        4. por qual razão?, por que?, para qual propósito?
        5. até quando?, quanto tempo?, sobre que?, por que? pron indef
    2. nada, o que, aquilo que

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora