Enciclopédia de Deuteronômio 19:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dt 19: 21

Versão Versículo
ARA Não o olharás com piedade: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.
ARC O teu olho não poupará: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.
TB Não terá piedade dele o teu olho; dar-se-á vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão e pé por pé.
HSB וְלֹ֥א תָח֖וֹס עֵינֶ֑ךָ נֶ֣פֶשׁ בְּנֶ֗פֶשׁ עַ֤יִן בְּעַ֙יִן֙ שֵׁ֣ן בְּשֵׁ֔ן יָ֥ד בְּיָ֖ד רֶ֥גֶל בְּרָֽגֶל׃ ס
BKJ E o teu olho não se apiedará; mas será vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.
LTT O teu olho não poupará; vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.
BJ2 Que teu olho não tenha piedade. Vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.[q]
VULG Non misereberis ejus, sed animam pro anima, oculum pro oculo, dentem pro dente, manum pro manu, pedem pro pede exiges.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Deuteronômio 19:21

Êxodo 21:23 Mas, se houver morte, então, darás vida por vida,
Levítico 24:17 E quem matar a alguém certamente morrerá.
Deuteronômio 19:13 O teu olho o não poupará; antes, tirarás o sangue inocente de Israel, para que bem te suceda.
Mateus 5:38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


André Luiz

dt 19:21
Missionários da Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

A conselho de orientadores experimentados, o agrupamento a que Alexandre emprestava preciosa colaboração reunia-se, em noites previamente determinadas, para atender aos casos de obsessão. Era necessário reduzir, tanto quanto possível, a heterogeneidade vibratória do ambiente, o que compelia a direção da casa a limitar o número de encarnados nos serviços de benefício espiritual.

Semelhante capítulo de nossas atividades impressionava-me fortemente, razão por que, depois de obter a permissão de Alexandre para acompanhá-lo ao trabalho, interroguei-o com a curiosidade de sempre:

— Todo obsidiado é um médium, na acepção legítima do termo?

O instrutor sorriu e considerou:

— Médiuns, meu amigo, inclusive nós outros, os desencarnados, todos o somos, em vista de sermos intermediários do bem que procede de Mais Alto, quando nos elevamos, ou portadores do mal, colhido nas Zonas Inferiores, quando caímos em desequilíbrio. O obsidiado, porém, acima de médium de energias perturbadas, é quase sempre um enfermo, representando uma legião de doentes invisíveis ao olhar humano. Por isto mesmo, constitui, em todas as circunstâncias, um caso especial, exigindo muita atenção, prudência e carinho.

Lembrando as conversações ouvidas entre os companheiros encarnados, cooperadores assíduos do esforço de Alexandre e outros instrutores, acrescentei:

— Pelo que me diz, compreendo as dificuldades que envolvem os problemas alusivos à cura; entretanto, recordo-me do otimismo com que nossos amigos comentam a posição dos obsidiados que serão trazidos a tratamento…

O generoso mentor fixou um sorriso paternal e observou:

— Eles, por enquanto, não podem ver senão o ato presente do drama multissecular de cada um. Não ponderam que obsidiado e obsessor são duas almas a chegarem de muito longe, extremamente ligadas nas perturbações que lhes são peculiares. Nossos irmãos na carne procedem acertadamente entregando-se ao trabalho com alegria, porque de todo esforço nobre resulta um bem que fica indestrutível na Esfera espiritual; no entanto, deveriam ser comedidos nas promessas de melhoras imediatas, no campo físico, e, de modo algum, deveriam formular julgamento prematuro em cada caso, porquanto é muito difícil identificar a verdadeira vítima com a visão circunscrita do corpo terrestre.

Depois de pequena pausa, continuou:

— Também observei o exagerado otimismo dos companheiros, vendo que alguns deles, mais levianos, chegavam a fazer promessas formais de cura às famílias dos enfermos. Claro que serão enormes os benefícios a serem colhidos pelos doentes; todavia, se devemos estimar o bom ânimo, cumpre-nos desaprovar o entusiasmo desequilibrado e sem rumo.

— Já conhece todos os casos? — indaguei.

— Todos, — respondeu Alexandre, sem hesitar. — Dos cinco que constituirão o motivo da próxima reunião, apenas uma jovem revela possibilidades de melhoras mais ou menos rápidas. Os demais comparecerão simplesmente para socorro, evitando agravo nas provas necessárias.

Considerando muito interessante a menção especial que se fazia, perguntei:

— Gozará a jovem de proteção diferente?

O instrutor sorriu e esclareceu:

— Não se trata de proteção, mas de esforço próprio. O obsidiado, além de enfermo, representante de outros enfermos, quase sempre é também uma criatura repleta de torturantes problemas espirituais. Se lhe falta vontade firme para a autoeducação, para a disciplina de si mesma, é quase certo que prolongará sua condição dolorosa além da morte. Que acontece a um homem indiferente ao governo do próprio lar? Indubitavelmente será assediado por mil e uma questões, no curso de cada dia, e acabará vencido, convertendo-se em joguete das circunstâncias. Imagine agora que esse homem indiferente esteja cercado de inimigos que ele mesmo criou, adversários que lhe espreitam os menores gestos, tomados de sinistros propósitos, na maioria das vezes… Se não desperta para as realidades da situação, empunhando as armas da resistência e valendo-se do auxílio exterior que lhe é prestado pelos amigos, é razoável que permaneça esmagado. Esta, a definição da maior percentagem dos casos espirituais de que estamos tratando. Não representa, porém, a característica exclusiva das obsessões de ordem geral. Existem igualmente os processos laboriosos de resgate, em que, depois de afastados os elementos da perturbação e da sombra, perseveram as situações expiatórias. Em todos os acontecimentos dessa espécie, porém, não se pode prescindir da adesão dos interessados diretos na cura. Se o obsidiado está satisfeito na posição de desequilíbrio, há que esperar o término de sua cegueira; a redução da rebeldia que lhe é própria ou o afastamento da ignorância que lhe oculta a compreensão da verdade. Ante obstáculos dessa natureza, embora sejamos chamados com fervor por aqueles que amam particularmente os enfermos, nada podemos fazer, senão semear o bem para a colheita do futuro, sem qualquer expectativa de proveito imediato.

O instrutor imprimiu ligeiro intervalo à conversação, e, porque visse minha necessidade de esclarecimento, prosseguiu:

— A jovem a que me referi está procurando a restauração das forças psíquicas, por si mesma; tem lutado incessantemente contra as investidas de entidades malignas, mobilizando todos os recursos de que dispõe no campo da prece, do autodomínio, da meditação. Não está esperando o milagre da cura sem esforço e, não obstante terrivelmente perseguida por seres inferiores, vem aproveitando toda espécie de ajuda que os amigos de nosso Plano projetam em seu círculo pessoal. A diferença, pois, entre ela e os outros, é a de que, empregando as próprias energias, entrará, embora vagarosamente, em contato com a nossa corrente auxiliadora, ao passo que os demais continuarão, ao que tudo faz crer, na impassibilidade dos que abandonam voluntariamente a luta edificante.

Compreendi a elucidação e esperei a noite de socorro aos obsidiados, como Alexandre designava esse gênero de serviço.


Não decorreram muitos dias e, em companhia do instrutor, penetrei, sumamente interessado, o conhecido recinto.

O pessoal estava agora reduzido. Em derredor da mesa, reuniam-se tão somente dois médiuns, seis irmãos experimentados no conhecimento e prática de problemas espirituais e os obsidiados em tratamento.

Os enfermos, em número de cinco, apresentavam características especiais. Dois deles, uma senhora relativamente jovem e um cavalheiro maduro, demonstravam enorme agitação; dois outros, ambos moços e irmãos pelo sangue, pareciam completamente imbecilizados, e, por último, observamos a jovem a que Alexandre se referira, que se controlava com esforço, ante o assédio de que era vítima.

As entidades inferiores que rodeavam os doentes compareciam em grande número. Nenhuma delas nos registrava a presença, em virtude do baixo padrão vibratório em que se mantinham, mas se sentiam à vontade, no contato com os companheiros encarnados. Permutavam impressões, entre si, com grande interesse, e através das conversações deixavam perceber seus terríveis projetos de ataque e vingança.

Seguia-lhes atentamente a movimentação, quando fui surpreendido com a chegada de dois amigos de nosso Plano, para os quais olharam os obsessores, com certo receio.

— São nossos intérpretes junto das entidades perseguidoras, — exclamou Alexandre, elucidando-me. — Em virtude da condição em que se encontram, podem ser percebidos por elas e manter estreita ligação conosco, ao mesmo tempo.

Assinalando a serenidade com que sorriam para nós, sem partilharem de entendimento direto com os instrutores de nossa Esfera, ali presentes, ouvi o meu orientador explicar:

— Já se encontram de posse das instruções precisas aos trabalhos da noite.

As criaturas desencarnadas, que se congregavam ali em dolorosa perturbação, retificaram, de algum modo, a linguagem que lhes era própria, ao avistarem os dois missionários. Verifiquei, pela modificação havida, que ambos eram já conhecidos de todas.

Um dos obsessores, evidentemente cruel, falou em tom discreto a um dos companheiros.

— Estão chegando os pregadores. Oxalá não nos venham com maiores exigências.

— Não sei o que desejam estes ministros respondeu o interlocutor, algo irônico, — porque, afinal de contas, conselho e água dão-se a quem pede.

— Parece-me que convidaram os da mesa a cansar-nos até ao esquecimento de nossos propósitos de fazer justiça pelas próprias mãos.

— Palavras o vento leva, — aduziu o outro.

A essa altura, os novos amigos entravam em palestra com as entidades da sombra. Um deles dirigiu-se a uma senhora desencarnada, em tristes condições, que se ligava a um dos obsidiados em posição de idiotia, e falou-lhe, bondoso:

— Com que então, minha irmã parece melhorada, mais forte! Ainda bem!

Ela explodiu em crise de pranto. Todavia, prosseguiu o missionário, sem qualquer inquietude:

— Acalme-se! A vingança agrava os crimes cometidos. Para restabelecer a felicidade perdida, minha amiga, é necessário esquecer todo o mal. Enquanto abrigar pensamentos de ódio, não poderá atingir as melhoras que deseja. A cólera perseverante constitui estado permanente de destruição. Não conseguirá articular os elementos da paz íntima, até que perdoe de coração.

— É quase impossível, — respondeu a interpelada, — este homem afrontou meu ideal de mulher, lançou-me à corrupção, escarneceu de minha sorte, transformou-me o destino em corrente de males. Não será justo que pague agora? Não apregoam que o Pai é justo? Eu não vejo, porém, o Pai, e preciso fazer justiça, usando minhas próprias forças.

E, porque o doutrinador desencarnado a fitasse, compadecido, murmurou:

— E se fosse o senhor a mulher? ponha-se no meu caso e pense como procederia. Prontificar-se-ia a desculpar os malvados que lhe atiraram lama ao coração? Cerraria as portas da memória, a ponto de anestesiar os mais belos sentimentos do caráter? Não acredito. O senhor reagiria como estou reagindo. Há condições para perdoar. E as condições que eu imponho, na qualidade de vítima, são as de que o meu verdugo experimente também o sarcasmo da sorte. Ele infelicitou-me e voltou ao mundo. Preparou-se para uma vida regalada de considerações sociais. Titulou-se para conquistar a estima alheia. E o que me deve? Também eu, noutro tempo, não era digna de respeito geral? Não me candidatara a uma existência laboriosa e honesta, com o firme propósito de servir a Deus?

Acompanhava a discussão com forte interesse, admirando o individualismo que caracteriza cada criatura, ainda mesmo além da morte do corpo.

O intérprete de nossa Esfera, contemplando-a, sem irritação, observou:

— Todas as suas considerações, minha amiga, são aparentemente muito respeitáveis. Todavia, em todos os desastres que nos ocorram, devemos examinar serenamente a percentagem de nossa coparticipação. Apenas em situações raríssimas, poderíamos exibir, de fato, o título de vítimas. Na maioria dos acontecimentos dessa natureza, porém, temos a nossa parte de culpa. Não podemos evitar que a ave de rapina, cruze os ares, sobre a nossa fronte, mas podemos impedir que faça ninho em nossa cabeça.

Nesse ponto, a interlocutora, parecendo melindrada, acentuou asperamente:

— Suas palavras são filhas da pregação religiosa, mas eu estou à procura da justiça…

E com riso irônico, terminava:

— Aliás, da justiça apregoada por Jesus.

O missionário não se exaltou ante o sarcasmo do gesto que acompanhou a observação ingrata e disse-lhe, bondoso:

— A justiça! Quantos crimes se praticam no mundo em seu nome! Quantos homens e mulheres, que, em procurando fazer justiça sobre si mesmos, nada mais fazem que incentivar a tirania do “eu”? Refere-se a irmã ao Divino Mestre. Que espécie de justiça reclamou o Senhor para Ele, quando vergava sobre a cruz? Nesse sentido, minha amiga, o Cristo nos deixou normas de que não deveremos esquecer. O Mestre mantinha-se vigilante em todos os atos alusivos à justiça para os outros. Defendeu os interesses espirituais da coletividade, até a suprema renunciação; entretanto, quando surgiu a ocasião do seu julgamento, guardou silêncio e conformação até ao fim. Naturalmente não desejou o Mestre, com semelhante atitude, desconsiderar o serviço sagrado dos juízes retos, no mundo carnal, mas preferiu adotá-la, estabelecendo o padrão de prudência para todos os discípulos de seu Evangelho, nas mais diferentes situações. Ao se tratar de interesses alheios, minha irmã, devemos ser rápidos na justificação legítima; entretanto, quando os assuntos difíceis e dolorosos nos envolvem o “eu”, convém moderar todos os impulsos de reivindicação. Nem sempre a nossa visão incompleta nos deixa perceber a altura da dívida que nos é própria. E, na dúvida, é lícita a abstenção. Acredita que Jesus tivesse algum débito para merecer a sentença condenatória? Ele conhecia o crime que se praticava, possuía sólidas razões para reclamar o socorro das leis; no entanto, preferiu silenciar e passar, esperando-nos no campo da compreensão legítima. É que o Mestre, acima do “olho por olho” das antigas disposições da lei, (Dt 19:21) ensinou o “amai-vos uns aos outros”, (Jo 13:34) praticando-o invariavelmente. Confirmou a legalidade da justiça, mas proclamou a divindade do amor. Demonstrou que será sempre heroísmo o ato de defender os que merecem, mas se absteve de fazer justiça a si mesmo, para que os aprendizes da sua doutrina estimassem a prudência humana e a fidelidade divina, nos problemas graves da personalidade, fugindo aos desvarios que as paixões do “eu” podem desencadear nos caminhos do mundo.

A interlocutora, em face da argumentação veemente e bela, emudeceu, fortemente impressionada.

E Alexandre, que seguia, também comovido, as explicações do intérprete, observou-me:

— O trabalho de esclarecimento espiritual, depois da morte, entre as criaturas, exige de nós outros muita atenção e carinho. É preciso saber semear na “terra abandonada” dos corações desiludidos, que se afastam da Crosta sob tempestades de ódio e angústia desconhecida. Diz o Livro Sagrado que no princípio era o Verbo… (Jo 1:1) Também aqui, diante do caos desolado dos Espíritos infelizes, é necessário utilizar o verbo no princípio da verdadeira iluminação. Não podemos criar sem amor, e somente quando nos preparamos devidamente, edificaremos com êxito para a vida eterna.


Silenciando a entidade que fora criteriosamente advertida, passei a observar a senhora, ainda jovem, que se mostrava sob irritação forte, no recinto, preocupando os amigos encarnados. Diversos perseguidores, invisíveis à perquirição terrestre, mantinham-se ao lado dela, impondo-lhe terríveis perturbações, mas de todos eles sobressaia um obsessor infeliz, de maneiras cruéis. Colara-se-lhe ao corpo, em toda a sua extensão, dominando-lhe todos os centros de energia orgânica. Identificava a luta da vítima, que buscava resistir, quase inutilmente.

Meu bondoso orientador percebeu-me a estranheza e explicou:

— Este, André, representa um caso de possessão completa.

E, dirigindo-se ao intérprete que argumentava momentos antes, recomendou-lhe estabelecer ligeiro diálogo com o perseguidor temível, para que eu ajuizasse quanto ao assunto.

Sentindo-se tocado pela destra carinhosa do nosso companheiro, o infortunado gritou:

— Não! Não! Não me venha ensinar o caminho do Céu! Conheço minha situação e ninguém pode deter o meu braço vingador!…

— Não desejamos forçá-lo, meu irmão, — acentuou o amigo com serenidade evangélica, — tranquilize-se! Enquanto alimentar propósitos de vingança, será castigado por si mesmo. Ninguém o molesta, senão a própria consciência; as algemas que o prendem à inquietude e à dor foram fabricadas pelas suas próprias mãos!

— Nunca! — Bradou o desventurado, — nunca! E ela?

Fez acompanhar a pergunta de horrível expressão e continuou:

— O senhor que prega a virtude justifica a escravidão de homens livres? Acredita no direito de construir senzalas para humilhar os filhos do mesmo Deus? Esta mulher foi perversa para nós todos. Além de meu esforço vingador, vibram de ódio outros corações que não a deixam descansar. Perseguí-la-emos onde for.

Esboçou um gesto sinistro e prosseguiu:

— Por simples capricho, ela vendeu minha esposa e meus filhos! Não é justo que sofra até que mos restitua? Será crível que Jesus, o Salvador por excelência, aplaudisse o cativeiro?

O nosso intérprete, muito calmo, obtemperou:

— O Mestre não aprovaria a escravidão; contudo, meu amigo, recomendou-nos o perdão recíproco, sem o qual nunca nos desvencilharemos do cipoal de nossas faltas. Qual de nós, antigos hóspedes da carne, conseguirá exibir um passado sem crimes? Neste momento, seus olhos revelam a culpa de uma irmã infeliz. Sua alma, entretanto, meu irmão, permanece desvairada pelo furacão da revolta. Sua memória está consequentemente desequilibrada e ainda não pode reapossar-se das lembranças totais que lhe dizem respeito. Não lhe sendo possível recordar o pretérito, com exatidão, não seria mais razoável esperar, em seu caso, pelo Justo Juiz? como julgar e executar alguém, pelas próprias mãos, se ainda não pode avaliar a extensão dos seus próprios débitos?

O revoltado parecia chocar-se ante os argumentos ouvidos, mas, longe de capitular em sua posição de perseguidor, respondeu asperamente:

— Para os mais fracos, suas observações serão valiosas. Não para mim, porém, que conheço as sutilezas dos pregadores de sua esfera. Não abandonarei meus propósitos. Minha situação não se resolverá com simples palavras.

Nosso companheiro, compreendendo o endurecimento do antagonista e apiedando-se-lhe da ignorância, continuou, em tom fraterno:

— Não se trata de sutileza e sim de bom senso. Aliás, não desejo retirar-lhe as razões de natureza individualista, mesmo porque vigorosos laços unem-lhe a influenciação à mente da vítima. Entretanto, apelo para os sentimentos nobres que ainda vibram em seu coração, fazendo-lhe reconhecer que, sem as desculpas recíprocas, não liquidaremos nossos débitos. Em geral, o credor exigente é cego para com os próprios compromissos. A sua reclamação, na essência, deve ser legítima; no entanto, é estranhável o seu processo de cobrança, no qual não descubro qualquer vantagem, visto que suas atividades de vingador, além de aprofundar suas chagas íntimas, tornam-no antipático aos olhos de todos os companheiros.

Ferido talvez, mais fundamente, em sua vaidade, o obsessor calou-se, enquanto o intérprete se voltava para nós outros, indagando de meu orientador quanto à conveniência de ajudar-se magneticamente ao infeliz, a fim de que as reminiscências dele pudessem abranger alguns quadros do passado distante.

Alexandre, todavia, considerou:

— Não seria oportuno dilatar-lhe as lembranças. Não conseguiria compreender. Antes de maior auxílio ao seu entendimento, é necessário que sofra.

Aproveitando a pausa mais longa que se fizera entre todos, observei detidamente a pobre obsidiada. Cercada de entidades agressivas, seu corpo tornara-se como que a habitação do perseguidor mais cruel. Ele ocupava-lhe o organismo desde o crânio até os pés, impondo-lhe tremendas reações em todos os centros de energia celular. Fios tenuíssimos, mas vigorosos, uniam-nos ambos, e, ao passo que o obsessor nos apresentava um quadro psicológico de satânica lucidez, a desventurada mulher mostrava aos colaboradores encarnados a imagem oposta, revelando angústia e inconsciência.

— “Salvem-me do demônio! Salvem-me do demônio! — Gritava sem cessar, comovendo os companheiros em torno da mesa humilde, — oh! Meu Deus, quando terminará meu suplício?”

Olhos desmesuradamente abertos, como a fixar os inimigos invisíveis à observação comum, bradava angustiosamente, após ligeiros instantes de silêncio:

— “Chegaram todos do inferno! Estão aqui! Estão aqui! Ai! Ai!”

Seus gemidos semelhavam-se a longos silvos estertorosos.

Atendendo-me à expectação, esclareceu o instrutor:

— Esta jovem senhora apresenta doloroso caso de possessão. Desde a infância, era perseguida pelos adversários tenazes de outro tempo. Na vida de solteira, porém, no ambiente de proteção dos pais, ela conseguiu, de algum modo, subtrair-se à integral influenciação dos inimigos persistentes, embora lhes sentisse a atuação de maneira menos perceptível. Sobrevindo, no entanto, as responsabilidades do matrimônio, em que, na maioria das vezes, a mulher recebe maior quinhão de sacrifícios, não pôde mais resistir. Logo após o nascimento do primeiro filhinho, caiu em prostração mais intensa, oferecendo oportunidade aos desalmados perseguidores e, desde então, experimenta penosas provas.


Ia expor novas questões que o assunto suscitava, mas o instrutor amigo fez-me ver que a reunião de auxílio, por parte dos encarnados, teria início naquele mesmo instante.

Precisávamos manter o concurso vigilante da fraternidade.

Observei, agradavelmente surpreendido, as emissões magnéticas dos que se reuniam ali, em tarefa de socorro, movidos pelo mais santo impulso de caridade redentora. Nossos técnicos em cooperação avançada valiam-se do fluxo abundante de forças benéficas, improvisando admiráveis recursos de assistência, não só aos obsidiados, mas também aos infelizes perseguidores.

De todos os enfermos psíquicos, somente a jovem resoluta a que nos referimos conseguia aproveitar nosso auxílio cem por cento. Identificava-lhe o valoroso esforço para reagir contra o assédio dos perigosos elementos que a cercavam. Envolvida na corrente de nossas vibrações fraternas, recuperara normalidade orgânica absoluta, embora em caráter temporário. Sentia-se tranquila, quase feliz.

Apesar de manter-se em trabalho ativo, Alexandre chamou-me a atenção, assinalando o fato.

— Esta irmã, — disse o orientador, — permanece, de fato, no caminho da cura. Percebeu a tempo que a medicação, qualquer que seja, não é tudo no problema da necessária restauração do equilíbrio físico. Já sabe que o socorro de nossa parte representa material que deve ser aproveitado pelo enfermo desejoso de restabelecer-se. Por isso mesmo, desenvolve toda a sua capacidade de resistência, colaborando conosco no interesse próprio. Observe.

Efetivamente, sentindo-se amparada pela nossa extensa rede de vibrações protetoras, a jovem emitia vigoroso fluxo de energias mentais, expelindo todas as ideias malsãs que os desventurados obsessores lhe haviam depositado na mente, absorvendo, em seguida, os pensamentos regeneradores e construtivos que a nossa influenciação lhe oferecia. Aprovando-me o minucioso exame com um gesto significativo, Alexandre tornou a dizer:

— Apenas o doente convertido voluntariamente em médico de si mesmo atinge a cura positiva. No doloroso quadro das obsessões, o princípio é análogo. Se a vítima capitula sem condições, ante o adversário, entrega-se-lhe totalmente e torna-se possessa, após transformar-se em autômato à mercê do perseguidor. Se possui vontade frágil e indecisa, habitua-se com a persistente atuação dos verdugos e vicia-se no círculo de irregularidades de muito difícil corrigenda, porquanto se converte, aos poucos, em pólos de vigorosa atração mental aos próprios algozes. Em tais casos, nossas atividades de assistência estão quase circunscritas a meros trabalhos de socorro, objetivando resultados longínquos. Quando encontramos, porém, o enfermo interessado na própria cura, valendo-se de nossos recursos para aplicá-los à edificação interna, então podemos prever triunfos imediatos.


Calando-se o instrutor, prossegui observando os serviços que se desenrolavam no recinto.

O doutrinador encarnado, companheiro de grande e bela sinceridade, era o centro dum quadro singular. Seu tórax convertera-se num foco irradiante, e cada palavra que lhe saía dos lábios semelhava-se a um jato de luz alcançando diretamente o alvo, fosse ele os ouvidos perturbados dos enfermos ou o coração dos perseguidores cruéis. Suas palavras eram, com efeito, de uma simplicidade encantadora, mas a substância sentimental de cada uma assombrava pela sublimidade, elevação e beleza.

Reparando-me a estupefação, Alexandre veio em meu socorro, esclarecendo:

— Estamos aqui numa escola espiritual. O doutrinador humano encarrega-se de transmitir as lições. Você pode registrar, porém, que, para ensinar com êxito, não basta conhecer as matérias do aprendizado e ministrá-las. Antes de tudo, é preciso senti-las e viver-lhes a substancialidade no coração. O homem que apregoa o bem deve praticá-lo, se não deseja que as suas palavras sejam carregadas pelo vento, como simples eco dum tambor vazio. O companheiro que ensina a virtude, vivendo-lhe as grandezas em si mesmo, tem o verbo carregado de magnetismo positivo, estabelecendo edificações espirituais nas almas que o ouvem. Sem essa característica, a doutrinação, quase sempre, é vã.

Vendo o quadro expressivo, analisado pelos esclarecimentos do instrutor, compreendi que o contágio pelo exemplo não constitui fenômeno puramente ideológico, mas, sim, que é um fato científico nas manifestações magnético-mentais.

Com exceção da pobre irmã, que se encontrava possessa, os demais obsidiados, naqueles momentos, ficavam livres da influência direta dos perseguidores; entretanto, menos a jovem que reagia valorosamente, os outros apresentavam singular inquietude, ansiosos de se reunirem de novo ao campo de atração dos algozes. Auxiliares nossos haviam arrebatado os verdugos, expulsando-os daqueles corpos enfermos e atormentados; todavia, os interessados nas melhoras fisicopsíquicas primavam pela ausência íntima, conservando-se a longa distância espiritual dos ensinamentos que o doutrinador encarnado, ao influxo dos mentores de Mais Alto, ministrava com admirável sentimento. A atitude deles era de insatisfação e ansiedade. Dir-se-ia que não suportavam a separação dos obsessores invisíveis. Habituado a enfermos que, pelo menos aparentemente, demonstravam desejo de cura, estranhei a posição mental daqueles que se reuniam em pequenino grupo, à nossa frente, tão lamentavelmente desinteressados do remédio que a Espiritualidade lhes oferecia, por amor.

Alexandre percebeu-me a surpresa e observou-me:

— Em geral, noventa por cento dos casos de obsessão que se verificam na Crosta, constituem problemas dolorosos e intricados. Quase sempre, o obsidiado padece de lastimável cegueira, com relação à própria enfermidade. E, porque não atende ao chamamento da verdade pela cristalização personalista, torna-se presa fácil e inconsciente, embora responsável, de perigosos inimigos das zonas de atividades grosseiras. Comumente, verificam-se casos dessa natureza, em vista de ligações vigorosas e profundas pela afetividade mal dirigida ou pelos detestáveis laços do ódio que, em todas as circunstâncias, é a confiança desequilibrada convertida em monstro.

O orientador amigo fez longa pausa, verificando os trabalhos em curso, mas como quem desejasse socorrer-me, com lições inesquecíveis na luta prática, prosseguiu, apesar das absorventes obrigações da hora:

— Por este motivo, André, ainda mesmo para o psiquiatra esclarecido à luz do Espiritismo cristão, a maioria dos casos desta ordem é francamente desconcertante. Em virtude dos ascendentes sentimentais, cada problema destes exige solução diferente. Além disso, importa notar que os nossos companheiros encarnados observam somente uma face da questão, quando cada processo desse teor se caracteriza por aspectos infinitos, com vistas ao passado dos protagonistas encarnados e desencarnados. Diante do obsidiado, fixam apenas um imperativo imediato — o afastamento do obsessor. Mas, como rebentar, de um instante para outro, algemas seculares, forjadas nos compromissos recíprocos da vida em comum? como separar seres que se agarram um ao outro, ansiosamente, por compreenderem que na dor de semelhante união permanece o preço do resgate indispensável? Efetivamente, não faltam os casos, raros embora, de libertação quase instantânea. Aí, porém, vemos o fim de laborioso processo redentor, ou então encontramos o doente que, de fato, faz violência a si mesmo, a fim de abreviar a cura necessária.

Examinando a extensão dos obstáculos ao restabelecimento completo dos enfermos psíquicos, considerei:

— Depreende-se então que…

Alexandre, porém, não me deixou terminar. Cortando-me a frase inoportuna, respondeu:

— Já sei o que vai dizer. Verificando as dificuldades que relaciono para o seu aprendizado natural, você pergunta se não será infrutífero o nosso trabalho e se não será melhor entregar o obsidiado à própria sorte. Esta observação, contudo, é um contrassenso. Se você estivesse na Terra, ainda na carne, e visse um filho amado, em condições pré-agônicas, totalmente desenganado pela medicina humana, teria coragem de abandoná-lo ao sabor das circunstâncias? Não confiaria nalgum recurso inesperado da Providência Divina? não aguardaria, ansioso, a manifestação favorável da Natureza? Quem está firmemente no âmago do coração de um homem, nosso irmão, para dizer, com certeza matemática, se ele vai reagir contra o mal ou deixar de faze-lo, se pretende o repouso ou o trabalho ativo? Não podemos, desse modo, mobilizar qualquer argumento intelectual para fugir ao nosso dever de assistência fraterna ao ignorante e sofredor. Urge atender à nossa parte de obrigação imediata, compreendendo que a construção do amor é também uma obra de tempo. Nenhuma palavra, nenhum gesto ou pensamento, nos serviços do bem, permanece perdido.

Compreendi a nobreza da observação e mantive-me em silêncio. E porque o meu orientador voltasse a cooperar ativamente nos trabalhos em andamento, passei a examinar os doentes psíquicos, enquanto o doutrinador terreno prosseguia em sua luminosa tarefa de evangelização.


A jovem que reagia contra a perigosa atuação dos habitantes das sombras, demonstrava regular normalidade em seu aparelho fisiológico. Semelhava-se a alguém que movimentava todas as possibilidades da defensiva para conservar intacto o equilíbrio da própria casa; entretanto, os demais exibiam lamentáveis condições orgânicas. A desventurada possessa apresentava sérias perturbações, desde o cérebro até os nervos lombares e sacros, demonstrando completa desorganização do centro da sensibilidade, além de lastimável relaxamento das fibras motoras. Tais desequilíbrios não se caracterizavam apenas no sistema nervoso, mas igualmente nas glândulas em geral e nos mais diversos órgãos. Nos demais obsidiados, os fenômenos de degradação física não eram menores. Dois deles revelavam estranhas intoxicações no fígado e rins. Outro mostrava singular desequilíbrio do coração e pulmões, tendendo à insuficiência cardíaca em conúbio com a pré-tuberculose avançada.

Enquanto examinava, atento, aqueles inquietantes quadros clínicos, o orientador encarnado da assembleia, fazendo-se intérprete de grandes benfeitores do nosso Plano de ação, espalhava o amor cristão e a sabedoria evangélica, a longos jorros, efetuando, com extrema fidelidade ao Cristo, a semeadura da caridade, da luz, do perdão.

Desejando a minha elevação nas atividades construtivas, Alexandre aproximou-se de mim e observou:

— Repare no serviço de fraternidade legítima. Não temos o milagre das transformações repentinas, nem a promoção imediata, aos Planos mais elevados, dos que se demoram no campo inferior. A tarefa é de sementeira, de cuidado, persistência e vigilância. Não se quebram grilhões de muitos séculos num instante, nem se edifica uma cidade num dia. É indispensável desgastar as algemas do mal, com perseverança, e praticar o bem, com ânimo evangélico.

Os serviços iam a termo.

Percebendo que o meu instrutor voltava à nossa conversação mais fácil, expus-lhe as minhas observações, perguntando, em seguida:

— Ante os distúrbios fisiológicos que me foi dado verificar nos enfermos psíquicos, devo considerá-los como doentes do corpo também?

— Perfeitamente, — asseverou o instrutor, — o desequilíbrio da mente pode determinar a perturbação geral das células orgânicas. É por este motivo que as obsessões, quase sempre, se acompanham de característicos muito dolorosos. As intoxicações da alma determinam as moléstias do corpo.

Antes que eu pudesse voltar a perguntas, percebi que a reunião estava sendo definitivamente encerrada, por parte dos amigos da Crosta. Interrompera-se a cadeia magnética defensiva. Notei, surpreendido, que a jovem resoluta e firme na fé alcançara melhoras consideráveis, enquanto a possessa ia retirar-se com a situação inalterada. Reparei os três outros enfermos. Tão logo se quebrou a corrente de vibrações benéficas, ali estabelecida, voltaram a atrair intensamente os verdugos invisíveis, a cuja influenciação se haviam habituado, demonstrando escasso aproveitamento.

Valendo-me da hora, acerquei-me de Alexandre, para não perder as suas lições alusivas ao assunto, e indaguei:

— Como atingir as conclusões finais, no tratamento aos obsidiados?

Ele sorriu e respondeu:

— Em todas as nossas atividades de socorro há sempre imenso proveito, ainda mesmo quando a sua extensão não seja perceptível ao olhar comum. E qualquer doente dessa natureza que se disponha a cooperar conosco, em benefício próprio, colaborando decididamente na restauração de suas atividades mentais, regenerando-se à luz da vida renovada no Cristo, pode esperar o restabelecimento da saúde relativa do corpo terrestre. Quando a criatura, todavia, roga a assistência de Jesus com os lábios, sem abrir o coração à influência divina, não deve aguardar milagres de nossa colaboração. Podemos ajudar, socorrer, contribuir, esclarecer; não é, porém, possível improvisar recursos, cuja organização é trabalho exclusivo dos interessados.

— Penaliza-me, porém, o quadro clínico dos obsidiados infelizes, — considerei, sob forte impressão. — Quão dolorosa a condição física de cada um!

— Sim, sim! — Revidou o instrutor, — o problema da responsabilidade não se circunscreve a palavras. É questão vital no caminho da vida. Preservando os seus filhos contra os perigos do rebaixamento, criou Deus o aparelhamento das luzes religiosas, acordando as almas para a glorificação imortal. Raros homens, entretanto, se dispõem a respeitar os desígnios da Religião, olvidando, voluntariamente, que as menores quedas e mínimas viciações ficam impressas na alma, exigindo retificação. Você está observando aqui alguns pobres obsidiados em processo positivo de tratamento, mas esquece que inúmeras criaturas, ainda na carne, não obstante informadas pela Religião quanto às necessidades do espírito, se deixam empolgar pelo apego vicioso ao campo de sensações de vária ordem, contraindo débitos, assumindo compromissos pesados e arrastando companheiros outros em suas aventuras menos dignas, forjando laços fortes para os dolorosos dramas de obsessão do futuro.

E, depois de sorrir paternalmente, acrescentou:

— Que deseja você? É certo que devemos trabalhar tanto quanto esteja ao nosso alcance, pelo bem do próximo; todavia, não podemos exonerar os nossos semelhantes das obrigações contraídas. O servo fiel não é aquele que chora ao contemplar as desventuras alheias, nem o que as observa, de modo impassível, a pretexto de não interferir no labor da justiça. O sentimentalismo doentio e a frieza correta não edificam o bem. O bom trabalhador é o que ajuda, sem fugir ao equilíbrio necessário, construindo todo o trabalho benéfico que esteja ao seu alcance, consciente de que o seu esforço traduz a Vontade Divina.


Alexandre não podia ser mais claro. Compreendi-lhe o esclarecimento instrutivo, mas, notando a saída dos enfermos, sob o amparo vigilante dos familiares, que os aguardavam à porta, voltei a indagar:

— Meu amigo, e se conseguíssemos o afastamento definitivo dos perseguidores implacáveis? Na qualidade de antigo médico do mundo, reconheço que estes doentes psíquicos não trazem as enfermidades, de que são portadores, circunscritas à mente. Com exceção da jovem que reage valorosamente, os demais revelam estranhos desequilíbrios do sistema nervoso, com distúrbios no coração, fígado, rins e pulmões. Admitamos que fosse obtida a conversão dos verdugos que os atormentam. Voltariam depois disto à normalidade orgânica, alcançariam o retorno à saúde completa?

Alexandre meditou alguns momentos, antes de responder, e asseverou, em seguida:

— André, o corpo de carne é como se fora um violino entregue ao artista, que, nesse caso, é o Espírito reencarnado. Torna-se indispensável preservar o instrumento dos animálculos destruidores e defendê-los contra ladrões. Observou a jovem que tudo faz por guardar-se do mal? Tem estado a cair sob os golpes dos perseguidores que lhe assediam impiedosamente o coração. Entretanto, como alguém que atravessa longa e perigosa senda sobre o abismo, confiante em Deus, ela tem recorrido à prece, incessantemente, estudando a si mesma e mobilizando as possibilidades de que dispõe para não perturbar a ordem dentro dela própria. Na tentação de que é vítima, tem essa irmã a provação que a redime. Ela, porém, com o heroísmo silencioso de seu trabalho, tem esclarecido os próprios perseguidores, compelindo-os à meditação e à disciplina. Segundo vê, essa lutadora sabe preservar o instrumento que lhe foi confiado e, convertida em doutrinadora dos verdugos, pelo exemplo de resistência ao mal, transforma os inimigos, iluminando a si mesma. Ante colaboração dessa natureza, temos o problema da cura altamente facilitado. Não se verificará, porém, o mesmo com aqueles que não se acautelam com a defesa do instrumento corporal. Entregue aos malfeitores, o violino simbólico a que nos referimos pode permanecer semidestruído. E, ainda que seja restituído ao legítimo possuidor, não pode atender ao trabalho da harmonia, com a mesma exatidão de outro tempo. Um stradivarius pode ser autêntico, mas não se fará sentir com as cordas rebentadas. Como vemos, os casos de obsessão apresentam complexidades naturais e, na solução deles, não podemos prescindir do concurso direto dos interessados.

— Compreendo! — Exclamei.

E, em virtude da pausa mais longa que o mentor imprimiu à conversação, obtemperei:

— Convenhamos, porém, que os perseguidores se convertam, que se afastem definitivamente do mau caminho, depois de seviciarem o organismo das vítimas, durante longo tempo… Nesse caso, não terão elas o restabelecimento imediato? não recuperarão o equilíbrio fisiológico integral?

Com a bondade que lhe é peculiar, Alexandre respondeu:

— Já observei acontecimentos dessa ordem e, quando se verificam, os antigos verdugos se transformam em amigos, ansiosos de reparar o mal praticado. Por vezes, conseguem, recebendo a ajuda dos Planos superiores, a restauração da harmonia orgânica naqueles que lhes suportaram a desumana influência; no entanto, na maioria dos casos, as vítimas não mais restabelecem o equilíbrio do corpo.

— E permanecem de saúde incompleta até ao sepulcro? — Perguntei, fortemente impressionado.

— Sim, — elucidou Alexandre, tranquilamente.

Observando-me, porém, o espanto enorme, o orientador acrescentou:

— Seu assombro prende-se ainda à deficiente análise humana. O perseguidor, reconhecido como tal, entre os companheiros encarnados, pode revelar modificações, mas talvez a suposta vítima não esteja convertida. Na obsessão, as dificuldades não são unilaterais. O eventual afastamento do perseguidor nem sempre significa a extinção da dívida. E, em qualquer parte do Universo, André, receberemos sempre de acordo com as nossas próprias obras. (Mt 16:27)

O assunto sugeria grandes e belas interrogações, mas exigências outras requisitavam-nos mais além.

Alexandre dispôs-se a partir, despedindo-se, afetuoso, dos cooperadores, e acompanhei-o, em silêncio, meditando na grandeza das mínimas disposições da Justiça Divina.




Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Deuteronômio Capítulo 19 do versículo 1 até o 21

b) Leis para a nação e a família (19:1-21.23). Tendo tratado dos administradores da justiça, Moisés se volta à tarefa de demonstrar aplicabilidades detalhadas. Estas leis são uma mistura de "estatutos" e "juízos" (4.1). Nos estatutos, os verbos estão no futuro do presente, na forma positiva ou negativa. Os juízos, ou leis estabelecidas por precedente legal, têm o fraseado: "Quando um homem (ou alguém)..." Estes fraseados são comuns em concertos e leis que estão na forma de tratados que vigoravam no anti-go Oriente Próximo."

(1) Justiça para os indefesos (19:1-21). Os três exemplos não têm a mesma extensão no enunciado, mas são igualmente importantes. Refletem as necessidades e padrões de uma sociedade primitiva.

  1. Justiça para o assassino culposo, ou seja, para quem matou por negligência, im-prudência ou imperícia (1-13). No antigo Israel, como em outras sociedades nas quais a organização estatal encontrava-se em fase embrionária, o direito de vingar o sangue era da família do defunto. Longe de ser vingança, esta era proteção da santidade da vida. Nesta função, esta lei não estava preocupada em abolir o ato vingativo — o assassino doloso ou premeditado tinha de morrer às mãos do vingador do sangue (12). Esta legislação estava relacionada a restringir aplicações injustas da vingança de sangue. A principal delas era a possibilidade de o parente enfurecido exigir a desforra de um assas-sino culposo ou involuntário (4-6).

Para prevenir semelhante erro judicial, havia lugares de refúgio onde o assassino acharia santuário até que o caso fosse investigado. Nos tempos mais primitivos, o altar era esse lugar (Êx 21:14). Mas nas circunstâncias outras de Canaã, nas quais o indivíduo poderia estar há muitos quilômetros do altar central (ver o v. 6), faziam-se necessárias outras providências. Este Deus tinha prometido (Êx 21:13;' Nm 35:9-29) e, em parte, suprido o que prometera (Dt 4:41-43). São ordens para a separação de três cidades (2,3,7) de refúgio, com a possibilidade de acrescentar outras três cidades (9). Contudo, não haveria proteção para o assassino doloso, ou seja, para quem quis o resultado ilícito ou assumiu o risco de o produzir (11-13). Em tais casos, os anciãos da cidade do crimi-noso fariam justiça, entregando-o para ser executado (12).

  1. Justiça para o proprietário de terras (14). Numa sociedade em que a base da riqueza estava em propriedades de terra, era importante, sobretudo para os pobres, que a posse tivesse garantias. Isto era feito por meio de marcos de divisa nos quais se inscre-viam os limites da propriedade. Remover estes marcos divisórios era arruinar os direitos e meio de vida do proprietário. Por conseguinte, Deus ordenou: Não mudes o marco do teu próximo.
  2. Justiça para o acusado (15.21). O testemunho de, pelo menos, duas testemunhas para sustentar acusação de crime de pena capital, era regra já anteriormente estabelecida (17.6). Aqui, a lei é ampliada, abrangendo qualquer iniqüidade ou qualquer pecado (15). Além disso, é apresentado um meio de intimidação contra o perjúrio provocado com a intenção de prejudicar o acusado. Quando há suspeita disso, a evidência deve ser investigada cuidadosamente. Se condenado, o perjuro deve sofrer a pena que quis ocasi-onar em seu irmão (18). Bem inquirirão significa "examinarão o caso com todo o cui-dado" (NTLH; cf. NVI).

Estas três leis são uma janela muito interessante que mostra o espírito e tempera-mento da antiga sociedade israelita. Três fatores são especialmente dignos de nota.

  1. O contexto mental das leis e a base última da justiça é Deus. Esta verdade emerge claramente da Lei das Testemunhas, na qual um caso em disputa é julgado perante o SENHOR, diante dos sacerdotes e dos juízes (17). Mas não está ausente da Lei do Refúgio. Kline ressalta que as cidades de refúgio eram cidades levíticas (cf. Js 20:7-8 com 21.11,21,32) e o período de refúgio era permanente ao longo da vida do sumo sacerdote (Nm 35:25). "As cidades de refúgio eram extensões do altar como lugar de asilo. Tudo isso aumenta o destaque que esta seção legislativa dá à importância judicial do sacerdócio e do altar central."' Este ponto é excelente ilustração do tema contínuo de Deuteronômio: Todas as coisas da vida pertencem a Deus e a injustiça é um ataque contra Deus tanto quanto a quem sofre o ataque.
  2. Em comparação com leis semelhantes que vigoravam em outras nações, estas mostram elevado grau de perspicácia ética. Em outras nações, o assassino doloso podia comprar sua vida para não ser morto, mas em Israel, ele tinha de morrer. Diferente dos babilônios, os hebreus davam mais valor à vida que à propriedade."
  3. O repúdio ao dó (13,21) e a ordenação de vingança (19,21) não contradizem isso. É verdade que estas duas regras são contrárias ao padrão cristão (Mt 5:38-48). Mas neste cenário do Antigo Testamento, representam um avanço no padrão primitivo de vingança ilimitada. São exemplos de Deus tomar os homens no nível em que estão e apresentar-lhes um elemento mais alto, pelo qual só ele é responsável.'

Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Deuteronômio Capítulo 19 versículo 21
Sobre a lei de talião, ver Ex 21:23-25,; conforme Lv 24:19-20; Mt 5:38.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Deuteronômio Capítulo 19 do versículo 1 até o 21
*

19:2

três cidades. Essas cidades de refúgio deveriam ser separadas na terra de Canaã. As três cidades de refúgio na Transjordânia já tinham sido escolhidas e designadas. Ver Dt 4:41-43 quanto à seqüência do estabelecimento dessas cidades.

* 19:4

aquele que, sem o querer, ferir o seu próximo. A lei do homicídio não-intencional foi dada pela primeira vez em Êx 21:13, e então, mais plenamente, em Nm 35:6-28. Esta passagem reitera algumas questões levantadas em Números. Outros regulamentos foram acrescentados, como a disposição para a construção de estradas de acesso até às cidades de refúgio. Além disso, esta passagem especifica três cidades de refúgio adicionais na terra de Canaã, se o território da nação de Israel fosse muito ampliado. Mas tanto Números quanto Deuteronômio deixam claro que um homem culpado de assassinato premeditado deveria morrer. A pena de morte, pois, estava bem fundamentada, não como um desrespeito pela vida, mas como um intenso respeito pela vida da vítima inocente, feita à imagem de Deus (Gn 9:6).

* 19:9

amando... e andando nos seus caminhos. Ver 6.4.

* 19:14

Não mudes os marcos do teu próximo. Embora este versículo tenha sido, algumas vezes, mal interpretado, como se exortasse pelo respeito aos costumes e crenças dos antigos, o termo "marcos" na realidade refere-se a pedras que serviam como demarcação dos limites das terras. Essa lei era essencial para impedir invasões e furto de terras (27.17; Pv 22:28; 23:20).

* 19.15-21

O princípio geral era que uma convicção não podia se basear no testemunho de uma única testemunha (v. 15). Quando o falso testemunho era detectado, a testemunha falsa devia receber a mesma punição que a pessoa falsamente acusada receberia (vs. 19-21).

Na jurisprudência do antigo Oriente Próximo, era grande a responsabilidade do juiz. Ele não comparava simplesmente um delito com uma lei específica para então proferir seu veredito. Pelo contrário, ele comparava um caso com os princípios da lei, e com casos típicos e dava uma decisão em consonância com a justiça e a eqüidade (1.13 16:18-17.8).

* 19:15

Uma só testemunha. Ver 17.6.

* 19:20

temam. Ver "Os Três Propósitos da Lei", em 13.10.

* 19:21

olho por olho. Muita discussão tem girado em torno deste versículo. Alguns argumentam que este versículo é brutal e oposto às idéias do Novo Testamento, que falam em amor e misericórdia. A expressão "olho por olho" ocorre mais duas vezes no Pentateuco (Êx 21:24; Lv 24:20). Em cada caso, o versículo acha-se dentro de um contexto jurídico; trata-se de um princípio de justiça pública — a penalidade deve ser compatível com o crime. Existem indicações de que o termo não era entendido literalmente (Êx 21:18,26,27). A única pena física mencionada nessa lei é a pena de açoites, e isso limitado a quarenta vergastadas (Dt 25:3). Cristo opôs-se àqueles que usavam este versículo como uma desculpa para a vingança pessoal (Mt 5:38, nota). Ver as notas em Êx 21:24 e Lv 24:20.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Deuteronômio Capítulo 19 do versículo 1 até o 21
19:2, 3 As cidades de refúgio tivessem sido ineficazes se os caminhos que levavam a elas tivessem estado em mal estado. Por isso aos israelitas lhes ordenou que construíram bons caminhos. Muitos dos que vinham às cidades literalmente corriam para salvar suas vidas. Um caminho em bom estado fazia toda a diferença entre a vida e a morte. Requeria manutenção contínua, já que eram caminhos de terra que facilmente podiam ser arrastados pela água, talheres de areia, ou atravessados por sulcos profundos. Não só era importante iniciar este sistema de justiça, mas também também proporcionar os meios necessários para mantê-lo.

19.2-7 Cada sociedade deve lutar com o problema de homicídio. Mas como devesse tratar a sociedade a aqueles que inocente ou acidentalmente tenham matado a algum? Deus tinha uma resposta para os israelitas. Como a vingança era comum e rápida nos dias do Moisés, Deus fez que os israelitas apartassem várias "cidades de refúgio". Qualquer que declarasse ter dado morte acidental a alguma pessoa podia fugir a uma destas cidades até poder ter um julgamento justo. Se era achado inocente de morte intencional, podia permanecer em dita cidade e estar a salvo dos que procuravam vingança. Este é um belo exemplo de como Deus combinava sua justiça e misericórdia para com seu povo. (Para mais informação aproxima as cidades de refúgio veja-a nota a Nu 35:6.)

19:12 O "vingador do sangue" era o parente varão mais próximo da pessoa assassinada. Atuava como protetor da família (veja-se Nu 35:19).

19:21 Estes princípios eram para uso dos juizes, não para executar um plano de vingança pessoal. Esta atitude para o castigo pode parecer primitiva, mas realmente era um ponto de penetração para a justiça e a imparcialidade nestes tempos antigos quando a maioria das nações empregava métodos arbitrários para castigar aos criminosos. Estas guias refletem um interesse pela imparcialidade e a justiça, assegurando que aqueles que violavam a lei não fossem castigados com maior severidade do que merecia seu crime em particular. Do mesmo modo, uma testemunha falsa recebia o mesmo castigo que tivesse recebido o acusado. O princípio de que o castigo deve ser proporcional ao crime deve seguir observando-se na atualidade.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Deuteronômio Capítulo 19 do versículo 1 até o 21
J. cidades de refúgio (19: 1-14 ; ver também Nu 35:9 ). A terra era para ser dividido em três seções para que uma cidade de refúgio seria uma localização central em cada área. Henry dá a seguinte análise espiritual:

Cristo não é um refúgio a uma distância que temos de subir ou descer até o fundo para, mas a palavra está nos aproxima, e Cristo é a palavra, Rm 10:8 ).

A necessidade de manter toda a lei foi frequentemente reiterada (ver também Jc 2:10 ). Jeová exigiu compromisso, não apenas completa identificação. Em uma luz profética, três cidades adicionais eram para ser adicionado na condição de que os israelitas obedeceram a lei, conforme estabelecido. Kline diz:

Moisés olhou para além do futuro próximo e da secção das três cidades ocidentais para um futuro mais remoto, quando israelita de expansão, de acordo com o propósito divino (1: 7 ; 11:24 ; 00:
20) -seria exigem nove em vez de seis cidades de refúgio. Não há notícia histórica de conformidade com este comando.

As cidades de refúgio não se destinavam a ser conservas onde um assassino pode escapar de punições, mas eles foram instituídos para a protecção do homem inocente. Motive e circunstância foram fatores decisivos para saber se um homem era um assassino ou uma vítima das circunstâncias. Se condenado, o assassino era para ser retirado à força e entregue ao vingador do sangue (vv. Dt 19:11-13 ).

Antes de cercas entrou em uso linha de propriedade de um homem foi marcado por uma pilha de pedras em seus cantos. Assim, foi possível para roubar alguma terra, movendo a pilha de pedras. Propriedade de um homem representado o seu meio de vida, e movendo os marcadores foi considerado uma ofensa séria. É o projeto ea vontade de Deus que o homem deve ser absolutamente honesto em sua relação com o seu semelhante. Cada homem deve saber o que lhe pertence e que pertence a seu vizinho. Linhas de fronteira foram pesquisados ​​e apostou, bem como a legalidade dos marcos de pedra foi declarado por Jeová. Este conceito de propriedade é um direito moral e é vinculativo para nós, assim como os antigos. Esta é uma aplicação do mandamento: "Não furtarás" (Ex 20:15 ).

K. A LEI testemunhas sobre (19: 15-21)

15 Uma testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado, de qualquer pecado que pecar: na boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato. 16 Se um testemunha iníqua se levantar contra alguém, para testemunhar contra ele de delito, 17 , em seguida, ambos os homens, entre os quais a controvérsia se apresentarão perante o Senhor, diante dos sacerdotes e dos juízes que houver naqueles dias; 18 e os juízes diligente inquisição, e eis que, se a testemunha ser um falso testemunho, e testemunharam falsamente contra seu irmão; 19 depois fazei-lhe, como ele tinha pensado em fazer a seu irmão; assim tirarás o mal do meio de ti. 20 E aqueles que permanecem o ouvirá, e temerá, e daí em diante não mais cometer qualquer mal no meio de ti. 21 E os teus olhos não terá piedade dele; vida deve ir por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.

Acção judicial no tribunal foi de tal consequência grave que nenhum veredicto pode ser finalizado com apenas uma testemunha. Conviction necessário pelo menos duas testemunhas cujos depoimentos estavam de acordo. Dois ou mais testemunhas foram necessários para que nenhuma pessoa poderia ser punido por causa de um rancor pessoal ou alguma ambição egoísta. Perjúrio foi e ainda é um crime muito grave (ver 2Co 13:1 ). A disposição de tal caso era para ser um exemplo e uma advertência a cada israelita individual. Sem piedade era para ser mostrado o ofensor culpado, se ele era o acusador ou o acusado. A lei era exata e explicit- vida por vida, olho por olho, dente por dente ... (vv. Dt 19:20-21 ).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Deuteronômio Capítulo 19 do versículo 1 até o 21
Cap. 19 São dadas instruções acerca das cidades de refúgio (1-13), dos marcos de territórios (14) e das testemunhas (15-21).
19:1-13 Moisés já havia separado três cidades no lado oriental do rio Jordão (4:41-43). Agora separei mais três no lado ocidental. Caso o vingador de sangue agisse meramente movido pela paixão, podia ser frustrado em seus propósitos, por meio daquelas cidades.
19.4 Aborrecia. Nota-se que a chave do assassinato deliberado é o ódio; Jesus mostrou que o ódio é a quebra do mandamento "Não matarás", Mt 5:21-40. Os psicólogos modernos denominam os ressentimentos contra alguém de "desejos mortíferos", e os juízes dão o título de "crime premeditado" aos casas onde já existia ódio, não aceitando a desculpa de "acidente" ou "crime provocado".

19.9 Outras três cidades. Não há qualquer registro de que essas cidades adicionais tenham sido exigidas alguma vez.

19.12 Os anciãos. Eram os que desfrutavam de maiores regalias e prestígio, quer pela família a que pertenciam, quer pelas qualidades de que eram dotados, e constituíam a autoridade local em questões judiciais e até comerciais.

19.18 Indagarão bem. A investigação tinha de ser completa. Não podia haver julgamento por ordálio, como algumas vezes era praticado entre os vizinhos de Israel.

19.21 Vida por vida. A pena do talião era a punição contra o perjúrio. Longe de ser uma permissão para a vingança, era a garantia da justiça, que equiparava o castigo à ofensa. Esta punição era cobrada com uma avaliação monetária da parte lesada, Êx 21:32 e 23. • N. Hom. A justiça nas questões humanas é assegurada por:
1) Proteção aos inocentes (4-10);
2) Punição aos culpados (11 -13);
3) Insistência sobre evidência convincente (1518);
4) Equiparação do castigo ao crime (19-21).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Deuteronômio Capítulo 19 do versículo 1 até o 21

11) O código penal (19:1-21)

Os v. 1-13 tratam do homicídio; os v. 1521, das testemunhas; o v. 14 fala dos marcos de divisa, v. 1-13. Gomo em muitas sociedades descentralizadas, a responsabilidade por vingar a morte de alguém por meio da violência era do parente mais próximo, que poderia muito bem agir de forma precipitada, até mesmo num caso de morte acidental (v. 4-6). Por isso, três cidades são designadas como cidades de refúgio (v. 1-3), com a possibilidade de outras serem designadas mais tarde (v. 8,9). Esse sistema é descrito com mais detalhes em Nu 35:9-4 (conforme Êx 21:12

14). Js 20:7-6 é uma nota editorial, então não se planejava estabelecer mais cidades desse tipo). O fato de que essas cidades eram habitadas por levitas e que o direito de asilo era ligado à intervenção do sumo sacerdote (Js 20:6) pode indicar que elas eram consideradas uma extensão do altar (Êx 21:14b). Assassinos, por outro lado, não podiam usar uma cidade de refúgio para escapar da justiça (v. 11-13). Essas leis são claramente anteriores ao surgimento da monarquia e do governo centralizado, v. 10. Acerca dessa idéia tão importante, conforme v. 13 21:1-9; 22.8; Gn 4:10-12; 2Sm 21:1; Dn 4:2,Dn 4:3; Lc 11:50; He 12:24. v. 14. Os marcos de divisa eram de grande importância nas disputas legais e demarcavam terras que derivavam do presente de Deus prescrito na aliança, v. 15-21. Um bom exemplo de uma lei apodíctica (Uma só testemunha não é suficiente para condenar alguém\ v. 15) com interpretação legal e aplicação homilética (v. 19b,20). v. 15b. Conforme 2Co 13:1b, lTm 5.19. v. 16. A motivação incorreta e má da testemunha somente vai aparecer, evidentemente, após uma investigação. v. 17. Parece que um tribunal como o Dt 17:07ss.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Deuteronômio Capítulo 16 do versículo 18 até o 23


2) Justiça Judicial Governamental. 16:18 - 21:23.

Esta seção contém uma série de estipulações relativas ao governo teocrático, com ênfase destacada sobre o poder judiciário. Israel devia acrescentar à santidade de culto, a justiça político-judicial. Entre o governamental e o relativo ao culto havia uma unidade de autoridade máxima, desde que o Senhor era ambos, Deus e Rei, em Israel. Conseqüentemente, todas as instituições teocráticas, diferentemente daquelas no estado comum, eram declaradamente religiosas, e havia uma extensão de prática cultual, além do santuário, dentro da administração do governo. Além disso, por causa de todas as leis teocráticas, morais e civis, como também as relativas aos cultos, estarem incluídas nas estipulações da aliança do Senhor, registradas no documento da aliança, e porque o Livro da Lei era confiado aos sacerdotes no santuário central para ser guardado e explicado por eles, o sacerdócio possuía a dominante voz judicial (cons. Dt 21:5), pelo menos até o começo da monarquia (cons. Dt 17:9, Dt 17:10). Em aditamento ao seu conhecimento da lei escrita, os sacerdotes tinham acesso, por meio do Urim e Tumim, aos vereditos divinos diretos. Isto conferia aos sacerdotes um papel mais definitivo, mesmo embora os reis viessem a ser mais importantes no processo judicial. Por toda a terra a voz oracular do Rei divino entronizado no santuário era revelada progressivamente ao profeta e por meio dele. Mas, enquanto os profetas registravam os juízos divinos não solicitados pelos vassalos e pela liderança, o sacerdote no seu desempenho judicial relacionava-se com os litígios que surgiam entre um vassalo israelita e outro, ou com investigações legais iniciadas dentro da comunidade israelita.

a) Os Juízes e o Altar de Deus. 16:18 -17:13.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Deuteronômio Capítulo 19 do versículo 1 até o 21
Dt 19:1

17. CIDADES DE REFÚGIO (Dt 19:1-5). Cfr. 4.11 nota. Tendo já escolhido três cidades na Transjordânia, Moisés designa agora mais três na região ocidental, conforme era seu desejo (Nu 35:14), e para isso fornece as suas instruções. As leis relativas ao homicídio, tais como outras de Deuteronômio, vêm a dar a conhecer costumes antigos. Moisés agora vem confirmar umas e emendar outras. Quando comparadas com o código de Hamurábi ou com os antigos costumes semitas, notam-se de fato analogias sensíveis, mas não resta dúvida de que a Lei mosaica dignifica mais a vida humana (5.17 nota) e estimula ao amor de Deus e do próximo. Preparar-te-ás o caminho (3). O Talmude lembra que nas estradas se viam uns letreiros com a seguinte indicação: "Refúgio, refúgio". O vingador do sangue (6). O goel hebraico é "o vingador do sangue" ou O "parente" que tem direito de resgatar (Rt 4:0). Tal justiça retribuitiva destinava-se a impedir novo homicídio. Não há, portanto, qualquer violação do sexto mandamento (5.17 nota).

>Dt 19:9

Acrescentarás outras três cidades (9). A antiga promessa de Gn 15:18 não foi esquecida, mas a conquista atual não abrangeu o território da promessa, pelo que não se encontra noutro lugar, qualquer indicação da necessidade destas cidades e, portanto, mais uma prova de autenticidade. Nenhum escritor mais tarde teria inventado a necessidade de mais três cidades. Haja sangue sobre ti (10). Cfr. Gn 4:11 nota; Dt 21:6-5. Sendo "santa" a terra de Jeová, não pode admitir-se nela qualquer mancha de sangue. Os anciãos da sua cidade (12). Cfr. 16.18 nota. Eram os que desfrutavam de maiores regalias e prestígio, quer pela família a que pertenciam, quer pelas qualidades de que eram dotados, e formavam a autoridade local em questões judiciais e até comerciais. Cfr. Dt 21:20; Dt 27:1; Dt 29:10; Dt 31:28.

>Dt 19:14

18. AS DEMARCAÇÕES (Dt 19:14). Os marcos que limitavam os campos, quer fossem colocados pelos israelitas, quer não, não deviam ser removidos dos seus primitivos lugares por motivo nenhum. Cfr. 5.21 nota; Dt 27:17.

>Dt 19:15

19. AS TESTEMUNHAS (Dt 19:15-5). Cfr. 5.20 nota; 17.6 nota. Para que a justiça se faça imparcialmente, há que recorrer a provas, confirmadas por testemunhas sérias. É minuciosa a lei neste aspecto. Em Jo 5:32-43 cita Jesus três testemunhas em Sua defesa, e duas depõem também em Seu favor em Ap 11:0. Dos sacerdotes (17). Foram os sacerdotes, cuja missão era a de procurar a verdade, que subornaram falsas testemunhas contra Cristo (Mt 26:59-40). Olho por olho (21). A pena de talião, que exigia um castigo igual à ofensa, remonta a tempos antiquíssimos, e já a ela se refere o famoso código de Hamurábi. Tal pena, no caso presente, destina-se a castigar os falsos testemunhos. As palavras do Senhor em Mt 5:38-40 aplicam-se à conduta pessoal.


Dicionário

Dente

substantivo masculino Cada um dos órgãos duros que guarnecem as maxilas do homem e de outros animais, formados de marfim revestido de esmalte na coroa e que servem para dilacerar e triturar os alimentos.
Recorte saliente: os dentes de uma serra.
Dentes de leite, a primeira dentição dos mamíferos.
Dentes de siso, os quatro últimos molares do homem, que aparecem por volta dos 18 anos.
Dente por dente, vingança igual à ofensa.
Falar entre dentes, resmungar.
Armado até os dentes, estar muito bem armado.
Mostrar os dentes, ameaçar.
Dente de coelho, mistério, coisa intricada; negócio escuso, maroteira.

A palavra dente nasceu do verbo latino édere, comer. Dens, como se escreve em latim, refere-se a vários objetos semelhantes aos dentes humanos: dente do arado, do pente ou do garfo.

Mão

As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
(a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
(b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
(c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
(d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
(e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).

Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).

Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Olho

Olho Junto com o ouvido, designa a totalidade do ser humano em ação (Mt 13:14ss.; Mc 8:18) e o interior da pessoa (Mt 6:22ss.). Por isso, é tão empregado em expressões de conteúdo espiritual como abrir os olhos (Mt 9:30; Jo 9:10-14), ter os olhos abertos (Lc 24:31), levantar os olhos (Mt 17:8; Lc 16:23; Jo 4:35; 6,5), existir um olho bom (Lc 11:34) e um olho mau (Mt 20:15). E, finalmente: os olhos mais felizes são os que vêem — isto é, recebem e aceitam com fé — Jesus e sua pregação (Mt 13:16; Lc 10:23).

substantivo masculino Órgão externo da visão: o homem tem dois olhos.
Percepção operada pelo olho; olhar.
Figurado Excesso de atenção, cuidado, perspicácia: estou de olho!
Figurado Indício de qualidades, defeitos e sentimentos.
Figurado O que distingue, esclarece; luz, brilho: olhos do espírito.
locução adverbial A olho. Calcular pela visão, sem pesar nem medir.
A olho nu. Sem auxílio de instrumento óptico; apenas com os olhos.
A olhos vistos. Com toda a evidência; de modo que todos veem.
expressão Abrir o olho. Estar atento; observar.
Abrir os olhos. Cair em si; perceber.
Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
Abrir os olhos de alguém. Mostrar a verdade.
Ter olho em alguém. Vigiar alguém atentamente.
Ter bom olho. Ser perspicaz; descobrir no primeiro golpe de olhar.
Ter olhos de gato. Ver no escuro.
Ter olho de águia, de lince. Enxergar com acurácia.
Ver com bons olhos. Ver algo ou alguém com simpatia e afeição.
Ver com maus olhos. Ver com aversão, com desconfiança.
Ver com os olhos do coração. Desculpar os defeitos de alguém.
Não tirar os olhos de. Não desviar o olhar de algo ou alguém.
Não ver senão pelos olhos de. Não ter vontade própria.
Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
Falar com os olhos. Revelar no olhar seus sentimentos e pensamentos.
Comer com os olhos. Olhar com atenção e interesse; cobiçar.
Não pregar olho. Não dormir.
Dormir com um olho aberto e outro fechado. Fingir que dorme; desconfiar.
Fechar os olhos. Morrer.
(Provérbio) Em terra de cegos, quem tem um olho é rei. Pessoa medíocre que, entre pessoas ignorantes ou de posição inferior, pretende passar por grande homem ou muito esperto.
(Provérbio) Olho por olho, dente por dente. Vingança.
Etimologia (origem da palavra olho). Do latim oculus.i.

-

Poupar

verbo transitivo direto Gastar com cautela, evitando desperdício: poupar o salário.
Não aplicar qualquer castigo: seus pais não o pouparam da punição.
verbo transitivo direto e intransitivo Guardar dinheiro por economia, geralmente para um investimento futuro: estava poupando dinheiro para comprar um carro; ele se esforça, mas não consegue poupar.
verbo bitransitivo e pronominal Não se esforçar em excesso ou evitar qualquer esforço físico ou emocional: poupar forças para o último jogo; poupou-se do passeio para evitar o cansaço.
verbo bitransitivo Figurado Empregar com cautela: a atriz não poupou elogios à colega.
verbo transitivo direto e bitransitivo Tratar com consideração: poupar a velhice; o chefe não poupou os funcionários de críticas.
Deixar subsistir; não ser alvo de algo que atinge os demais: o bombardeio poupou esse edifício.
verbo pronominal Evitar uma situação; esquivar-se: minha irmã poupou-se de ajudar no casamento.
Etimologia (origem da palavra poupar). Do latim palpare.

substantivo masculino Parte terminal do membro inferior que assenta no chão.
Designação da pata, falando-se de animais.
Parte inferior de algo sobre a qual descansa o seu peso; base: pé de mesa.
Figurado Circunstância em que se encontra algo: em que pé anda o trabalho?
Botânica Parte do tronco ou do caule de um vegetal que mais se aproxima do solo; o próprio vegetal: dez pés de roseiras.
Parte da cama oposta à cabeceira.
Cada uma das unidades que compõe um par de sapatos ou de meias.
Cada uma das unidades métricas do verso quantitativo: verso de seis pés.
Unidade de comprimento divisível em doze polegadas, de extensão variável conforme o país; no Brasil corresponde a 0,3248.
[Poética] Linha de texto poético na literatura oral dos cantadores brasileiros.
[Zoologia] Órgão rastejador musculoso e mole dos moluscos.
locução adverbial Pé ante pé. De modo lento, devagar; cautelosamente.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim pes, pedis.

substantivo masculino Parte terminal do membro inferior que assenta no chão.
Designação da pata, falando-se de animais.
Parte inferior de algo sobre a qual descansa o seu peso; base: pé de mesa.
Figurado Circunstância em que se encontra algo: em que pé anda o trabalho?
Botânica Parte do tronco ou do caule de um vegetal que mais se aproxima do solo; o próprio vegetal: dez pés de roseiras.
Parte da cama oposta à cabeceira.
Cada uma das unidades que compõe um par de sapatos ou de meias.
Cada uma das unidades métricas do verso quantitativo: verso de seis pés.
Unidade de comprimento divisível em doze polegadas, de extensão variável conforme o país; no Brasil corresponde a 0,3248.
[Poética] Linha de texto poético na literatura oral dos cantadores brasileiros.
[Zoologia] Órgão rastejador musculoso e mole dos moluscos.
locução adverbial Pé ante pé. De modo lento, devagar; cautelosamente.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim pes, pedis.

Regar com o pé (Dt 11:10) refere-sea um método de irrigação, que se praticava no Egito. os campos eram divididos em porções de terreno, com 4,5 metros de comprimento e 1.80 de largura, separados uns dos outros por pequenas elevações de terra. A água era levada dos fossos para os canais, formados nessas elevações. Bastava fazer uma depressão com o dedo do pé na terra amontoada, para que a água caísse no tabuleiro. E depois de ter corrido suficientemente, o aldeão empurrava outra vez a terra com o pé, abrindo caminho à água para outro lugar. E desta maneira ficava enfim todo o campo regado. Cp.com Pv 21:1. Descalçar as sandálias ou os sapatos era um sinal de respeito e de reverência (Êx 3:5), e além disso um sinal de luto (Ez 24:17). Era costume lavar os pés dos estrangeiros que chegavam de viagem, porque geralmente caminhavam descalços, ou usavam sandálias, estando por isso os pés quentes, doridos e empoeirados. Não se deve esquecer que em muitas ocasiões, principalmente nas estações secas, ou em sítios desertos do país, era a água cara por ser pouca – e concedê-la para fins de limpeza não era de forma alguma um meio barato de prestar um serviço. Nas casas abastadas eram as abluções efetuadas por escravos, como sendo serviço humilde. E por isso foi certamente grande a lição de humildade dada pelo nosso Salvador, quando lavou os pés aos Seus discípulos (Jo 13:5).

V. ALFABETO HEBRAICO 17.

Vida

substantivo feminino Conjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário.
Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida.
O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais.
Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida.
Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta.
Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro.
Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima.
Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida!
Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor.
O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida.
Figurado O que se realiza; prática: vida rural.
Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.

[...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266

A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [...
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17

[...] é um dom da bondade infinita [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16

[...] É o conjunto de princípios que resistem à morte.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

A vida é uma grande realização de solidariedade humana.
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] É a Criação... [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18

[...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade.
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6

[...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte.
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2

[...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

[...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap.
1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo.
Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa

Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

[...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46

[...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9

[...] é grande fortuna para quem deve progredir.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7

Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•

A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1

[...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta...
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais.
Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade

[...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...].
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1

[...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões...
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22

[...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição.
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173

[...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual.
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

[...] é amor e serviço, com Deus. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum

[...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...].
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação

A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós

[...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

[...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22

[...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68

A vida é sempre a iluminada escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

A vida é essência divina [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

A oportunidade sagrada é a vida. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26

[...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias

A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações

A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39

[...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados

A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

[...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial

V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio

[...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24

[...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60

[...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23

A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Deuteronômio 19: 21 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

O teu olho não poupará; vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.
Deuteronômio 19: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H2347
chûwç
חוּס
tribulação
(tribulation)
Substantivo - Feminino no Singular genitivo
H3027
yâd
יָד
a mão dele
(his hand)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H5315
nephesh
נֶפֶשׁ
alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
(that has)
Substantivo
H5869
ʻayin
עַיִן
seus olhos
(your eyes)
Substantivo
H7272
regel
רֶגֶל
(of her foot)
Substantivo
H8127
shên
שֵׁן
dente, marfim
(his teeth)
Substantivo


חוּס


(H2347)
chûwç (khoos)

02347 חוס chuwc

uma raiz primitiva; DITAT - 626; v

  1. (Qal) ter piedade, ter compaixão, poupar, olhar com compaixão

יָד


(H3027)
yâd (yawd)

03027 יד yad

uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

  1. mão
    1. mão (referindo-se ao homem)
    2. força, poder (fig.)
    3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
    4. (vários sentidos especiais e técnicos)
      1. sinal, monumento
      2. parte, fração, porção
      3. tempo, repetição
      4. eixo
      5. escora, apoio (para bacia)
      6. encaixes (no tabernáculo)
      7. um pênis, uma mão (significado incerto)
      8. pulsos

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

נֶפֶשׁ


(H5315)
nephesh (neh'-fesh)

05315 נפש nephesh

procedente de 5314; DITAT - 1395a; n f

  1. alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
    1. aquele que respira, a substância ou ser que respira, alma, o ser interior do homem
    2. ser vivo
    3. ser vivo (com vida no sangue)
    4. o próprio homem, ser, pessoa ou indivíduo
    5. lugar dos apetites
    6. lugar das emoções e paixões
    7. atividade da mente
      1. duvidoso
    8. atividade da vontade
      1. ambíguo
    9. atividade do caráter
      1. duvidoso

עַיִן


(H5869)
ʻayin (ah'-yin)

05869 עין ̀ayin

provavelmente uma palavra primitiva, grego 137 Αινων; DITAT - 1612a,1613; n f/m

  1. olho
    1. olho
      1. referindo-se ao olho físico
      2. órgão que mostra qualidades mentais
      3. referindo-se às faculdades mentais e espirituais (fig.)
  2. fonte, manancial

רֶגֶל


(H7272)
regel (reh'-gel)

07272 רגל regel

procedente de 7270; DITAT - 2113a; n. f.

    1. pé, perna
    2. referindo-se a Deus (antropomórfico)
    3. referindo-se a serafins, querubins, ídolos, animais, mesa
    4. conforme o ritmo de (com prep.)
    5. três vezes (pés, ritmos)

שֵׁן


(H8127)
shên (shane)

08127 שן shen

procedente de 8150; DITAT - 2422a; n. f.

  1. dente, marfim
    1. dente
      1. de homem, lei de Talião, de animal
    2. dente ou ponta (de garfo)
    3. marfim
      1. como material
      2. referindo-se ao comércio
    4. rocha pontiaguda