Enciclopédia de Hebreus 5:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hb 5: 8

Versão Versículo
ARA embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu
ARC Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.
TB embora fosse Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu,
BGB καίπερ ὢν υἱός, ἔμαθεν ἀφ’ ὧν ἔπαθεν τὴν ὑπακοήν,
BKJ embora ele fosse um Filho, aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu;
LTT Embora sendo o Filho, aprendeu a obediência, proveniente- de- junto- daquilo que padeceu;
BJ2 E embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento;
VULG Et quidem cum esset Filius Dei, didicit ex iis, quæ passus est, obedientiam :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 5:8

Isaías 50:5 O Senhor Jeová me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde; não me retiro para trás.
Mateus 3:15 Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.
João 4:34 Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.
João 6:38 Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
João 15:10 Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
Filipenses 2:8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
Hebreus 1:2 a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
Hebreus 1:5 Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
Hebreus 1:8 Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.
Hebreus 3:6 mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
Hebreus 10:5 Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste;

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

hb 5:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 18
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 10:1-9


1. "Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta do aprisco das ovelhas, mas sobe vindo de outro lugar, é ladrão e assaltante.

2. Mas o entra pelo porta, esse é pastor das ovelhas.

3. A este abre o porteiro e as ovelhas ouvem sua voz, e ele chama pelo nome suas ovelhas e as conduz para fora.

4. Cada vez que conduz para fora todas as suas, vai adiante delas e as ovelhas o seguem porque conhecem a voz dele.

5. Mas de modo algum seguirão o estranho, antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos".

6. Jesus disse esse provérbio, mas eles não compreenderam o que era que lhes falava.

7. Disse, então, Jesus de novo: "Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas.

8. Todos quantos vieram em meu lugar são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram.

9. Eu sou a porta: se alguém entrar por mim, será salvo, e entrará, sairá e achará pastagem".



O trecho que acabamos de ler, bem como o próximo, parecem ser a continuação da conversa de Jesus com o ex-cego e com seus discípulos. Após a simbologia dos cegos e videntes, vem o ensino que João resumiu, de como penetrar na Escola de Jesus, a "Assembleia do Caminho", e conseguir o ambicionado objetivo.


Inicia com uma parábola a que João chama um "provérbio" (paroimía) palavra que aparece aqui e mais duas vezes (JO 16:25 e JO 16:29). O termo "parábola" só é empregado nos três sinópticos (47 vezes) e na epístola aos hebreus (2 vezes), e nunca em João nem em Paulo.


Interessante observar que essa parábola é iniciada com a fórmula solene das grandes verdades: "amén, amén", o que levanta logo a suspeita de que se trata de profundíssimo ensino que João esquematizou em forma de parábola.


É uma comparação pastoril que opõe a situação do pastor num redil à do ladrão que vem roubar. Segundo o costume palestiniano da época, o rebanho era recolhido à noitinha num aprisco, cercado de muro baixo de pedras, enquanto os pastores iam dormir, só ficando de atalaia um porteiro. Pela manhãzinha vinham os pastores buscar suas ovelhas, o que faziam emitindo cada um seu grito gutural próprio. As ovelhas conheciam a voz de seu pastor e o seguiam para as pastagens frescas, grudadas a seus calcanhares. Era comum dar nomes aos principais animais do rebanho, as guias ou "madrinhas".


Já se qualquer estranho quisesse penetrar no cercado, tinha que pulá-lo, porque o porteiro não o deixaria entrar; e se o conseguisse, não adiantaria procurar imitar o grito do pastor, porque as ovelhas, não lhe reconhecendo a voz, não o seguiam e até fugiam, amedrontadas.


A palavra empregada, que acompanhando a tradição utilizamos na tradução como "ovelhas", é próbaton, que exprime qualquer animal de quatro patas (ou melhor, que caminhe para a frente), mas designa mais especialmente o gado lanígero (ovelhas, cordeiros, carneiros). Nada impede que se utilize a palavra "ovelhas".


Os discípulos não percebem a lição dessa parábola. Jesus a explica: "eu sou a porta das ovelhas"; só quem entrar por mim será salvo. A expressão "entrar e sair" é semítica, e manifesta a liberdade de ir e vir (cfr. NM 27:17; DT 31:2 e DT 31:1SM 17:15).


O vers. 8 é violento: pántes hósoi êlthon, "todos quantos vieram", prò einoú, "em meu lugar", kléptai eisin kaì lêptaí, (observemos a assonância, tanto mais que o kai era popularmente elidido na conversação) "são ladrões e assaltantes". A locução prò emoú pode ser interpretada como adjunto temporal, "antes de mim", ou como locativo, "em meu lugar", isto é, fazendo-se passar pelo Cristo. Talvez houvesse uma alusão aos que, havia pouco, se haviam dito "messias": JUDAS, o galileu (cfr. AT 5:37), natural de Gamala, que é chamado por Flávio Josefo ora Gaulonita (Ant. JD 18, 1, 1) ora o galileu (Ant. JD 18, 1, 6; 20, 5, 2; Bell. JD 2, 8, 1; 17, 8, 9; 7, 8, 1). Segundo esse historiador, foi ele o fundador da seita dos zelotes (designativo de Simão, um dos doze discípulos de Jesus, LC 6:15 e AT 1:13). Morreu em 6 A. D. em combate com os romanos; e TEUDAS (cfr. AT 5:36) só conhecido por essa citação, e que talvez seja o Simão citado por Flávio Josefo (Bell. JD 2, 4, 2; Ant. JD 17, 10, 6), assassinado pelas autoridades. Ambos combatiam o domínio romano, atribuindo-se as qualidades do messias.


Mas se a interpretação aceitar o "antes de mim", essa frase englobaria todos os profetas e avatares anteriores a Jesus o que não seria fácil de explicar. Donde talvez o melhor sentido seja "em meu lugar", o que seria confirmado por Mateus (24:24) e Marcos (Marcos 13:22), quando falam que outros pseudo-cristos aparecerão na Terra, os quais "enganariam até os escolhidos, se fosse possível".


Aqui se nos depara mais um ensinamento simbólico e iniciático.


Vejamos, primeiro, o simbolismo. Observemos que os elementos citados são: a porta, o aprisco, o pastor, o ladrão, as ovelhas, o porteiro, a voz e a pastagem.


Num plano restrito encontramos:

  • ovelhas - as células do corpo humano
  • aprisco - o corpo humano

  • ladrão - a matéria, as sensações, as emoções

  • porteiro - a intuição

  • pastor - o Pai

  • voz - a consciência

  • porta - o Cristo Interno

  • pastagens - a espiritualidade


A ação assim se desenrola: as ovelhas ou células do corpo humano, individuações conscientes que trabalham ativamente e sem descanso para ajudar a evolução do Espirito, vivem no aprisco do corpo das criaturas. Mas acontece que, por vezes, surgem os ladrões e assaltantes, que são as sensações, emoções e até o intelecto, que sobem vindo de outro lugar, isto é, do polo negativo do Antissistema, metaforicamente situado "em baixo". Daí ter sido usado o termo "sobem". Não podem entrar quando o porteiro, a intuição, lhes percebe as más intenções e proíbe o avanço. Às vezes, porém assaltam com violência atraindo-nos com desejos incontrolados (soberba, avareza, sensualidade, inveja, gula, ira e preguiça) que nos roubam a paz, turbam a visão e atrasam na caminhada evolutiva. Mas as ovelhas (células) ouvem a voz do Pastor, a voz silenciosa da consciência, o SOM do Pai que é o Bom Pastor, e que penetra em nós pela porta, que é o Cristo Interno. Essa porta não apenas serve de entrada para a orientação superior, como também é utilizada para a saída, a fim de que as células (e o homem) evoluam.


Só através do Cristo Interno, essa PORTA divina em nós, poderemos evoluir, alcançando as pastagens, a espiritualidade, e a liberdade de ir e vir, sem estar sujeitos ao ciclo fatal das reencarna ções compulsórias. Só por meio do Cristo Interno a criatura poderá elevar-se do astral ao mental e a outros planos superiores.


Num plano mais amplo, temos:

  • ovelhas - as criaturas humanas, células do corpo de Jesus;

  • aprisco - a humanidade do planeta Terra;

  • ladrão - elementos inferiores rebeldes, intelecto;

  • porteiro - intuição;

  • pastor - o Pai;

  • voz - Jesus;

  • porta - o Cristo;

  • pastagem - o planeta espiritualizado.


Já vimos que as células, individuações conscientes, evoluem gradativamente, passando pelo estágio animal até chegar, após milênios sem conta, ao estágio hominal. Firmemos bem o princípio de que as células são constituídas da parte física (corpo material), do etérico, do astral, do mental (concreto e abstrato), do psiquismo (ainda não é pneuma, Espírito, grau que o psiquismo atingirá somente quando chegar ao estágio hominal) e da Centelha Divina.


Aqui cabe mais um passo na explicação a respeito da Centelha Divina e da Mente, que dissemos estar.


no homem, "localizada" no coração. Como então, existe em cada célula? A Centelha divina, já o dissemos, (vol. 4) não se localiza, pois é infinita e não se destaca do Todo. O que existe no coração é o PONTO DE CONTATO, a "antena" que entra em sintonia com o Cristo. Na célula, como em tudo está toda a Divindade, a Centelha e a Mente, ou seja, cada célula tem seu PONTO DE CONTATO. Afirmamos que o homem é uma condensação da Centelha e da Mente: ora, "condensar" é reduzir, e não ampliar. A Centelha com sua Mente, infinitas ambas, se reduzem a um ponto material, mas permanecendo infinitas como a Divindade de que fazem parte e da qual não se destacam (nada se pode tirar nem acrescentar ao que é infinito). Portanto, a Centelha com sua Mente, no homem, permanecem infinitas, embora no "coração" haja um "ponto capaz de entrar em sintonia, de vibrar em uníssono, com a Divindade. Então, nossa Centelha e nossa Mente são infinitamente maiores que nosso próprio corpo, e o envolvem e se estendem ilimitadamente. Nós constituímos uma condensação material delas. Talvez um exemplo, dado por Sérgio Mondaíni, faça compreender bem a coisa. No Oceano Atlântico, formase, em determinado ponto, pequeno cristal de sal. É a condensação da água salgada, mas continua mergulhado no Oceano que o envolve e interpenetra. Nesse pequeno cristal de sal, existe um "ponto de contato" com o Oceano, e por isso dizemos que naquele ponto" se localiza, no cristal, o Oceano.


Assim acontece conosco. E tal como nesse pequeno cristal, endurecido, cristalizado, a água não pode movimentar-se à vontade, porque está "condensada em sólido", assim, em nós, a Centelha e a Mente não podem agir livremente, porque estão "condensadas" na matéria, e só podem agir através do cérebro físico material com seus neurônios. No entanto, nossa Mente continua infinita, UNA com o Cristo, apesar de nosso cérebro físico não ter conhecimento disso porque se "destacou" ou "se isolou" do conjunto, mesmo continuando mergulhado nele, tal como a cristalzinho de sal no Oceano Atlântico. O objetivo que procuramos é fazer que esse cristal novamente se desfaça e se perca no Oceano, ou seja, que aprendamos a superar nossa personagem física, para (através do ponto de contato do coração mas não nele) podermos novamente infinitizar-nos no Todo Infinito. Acreditamos que ficou tudo claro.


As células são, pois, seres verdadeiramente completos, a caminhar na escala evolutiva. As células físicas, que vemos em nosso corpo, são a materialização ou condensação (encarnação) de seres vivos, já animais, embora monocelulares, que se encontram nos primórdios da evolução.


Ora, desde que chegamos pelo menos, ao estágio hominal, as células que nos acompanham e ajudam na evolução, são AS MESMAS, até o final de nosso progresso. Não as mesmas fisicamente (a duração máxima da vida físico-material de uma célula é de sete anos, excetuadas as do sistema nervoso), mas mentalmente, pois quando perdem o corpo físico (desencarnam) adquirem outro (reencarnam) imedi ata e automaticamente, no mesmo local e com as mesmas funções. Poderão mudar de funções entre um desencarne nosso e outro (se largamos o corpo astral) a fim de irem treinando as diversas tarefas que lhes forem cometidas.


Daí termos aventado a hipótese (vol 1) de que a atual humanidade do planeta Terra é constituída das células já evoluídas ao estágio hominal, do corpo que serviu a Jesus em sua evolução há milhões de séculos ou milênios, e por isso foi ele o encarregado de construir este planeta como habitat de SUAS antigas células, para ajudar e dirigir a evolução dos que também O ajudaram a evoluir a seu tempo, e isso sob a orientação de Espíritos superiores a Ele (por exemplo, Melquisedec, cfr. HB 4:14; HB 5:6-10; 6:20 e cap. 7). Então, o planeta Terra é o aprisco em que se reúnem todas as suas ovelhas; mas os elementos inferiores, provenientes do Anti-sistema, com o intelecto ainda rebelde e não iluminado, procuram roubar essas ovelhas para outros caminhos tortuosos, apesar dos esforços do porteiro (intuição) que ouve a VOZ (SOM) do Pai, através dos avatares que nos mostram o caminho.


Ora, falando o Cristo Interno, diz-nos que é a PORT A. através da qual nos chega a Voz do Pastor (o Pai), e através da qual, pela união atingiremos a unificação e infinitização com o Pai, a perfeita SINTONIA com o SOM. Só com esse trabalho evolutivo, através do Cristo, conseguiremos a liberdade de ação espiritual e as pastagens, isto é, a vida liberta no planeta espiritualizado. Sem essa união através do Cristo, nada se conseguirá.


No campo da iniciação sabemos que há uma passagem estreita e difícil, que os Espíritos têm que atravessar para atingir o estágio superior. Há um ponto-chave, uma angustura, que é a passagem da personagem à individualidade, a perfeita metánoia ou mudança da mente ou pensamento, que deixa de agir através da mente concreta (intelecto) para fazê-lo diretamente por meio da mente abstrata (ou Mente), com o indispensável desapego total (ou o abandono, se necessário, na vida monacal) de todos os contatos inferiores (matéria, sensações, emoções, intelectualismo) que são definitivamente superados.


E só um meio existe de atravessar essa passagem estreita, conforme foi ensinado: "entrai pela porta estreita... poucos são os que a encontram" (MT 7:13-14) e "forcejai por entrar pela porta estreita, porque vos digo que muitos procurarão entrar e não serão capazes" (LC 13:24. cfr. vol. 2), Pois o Cristo é essa PORTA ESTREITA, mas segura e garantida. Se conseguirmos atravessá-la, teremos liberdade de entrar e sair e pastagens maravilhosas.


Realmente, a passagem através do Encontro com o Cristo Interno (que é também externo e infinito) é das mais difíceis de conseguir na senda evolutiva. Mas há que atravessar essa porta, para alcançar "o outro lado" das pastagens, para conseguirmos passar da matéria ao Espirito. E esse passo só o conseguiremos dar enquanto mergulhados na carne (o cuspo, misturado com a terra, é que possibilita a visão). Tentemos com todas as nossas forças e não desanimemos de tentá-lo, ainda que levemos nessa luta dez, vinte ou cinquenta encarnações.


hb 5:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 33
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 26:26-29


26. Estando eles a comer, tomando Jesus um pão e tendo abençoado, partiu e deu aos discípulos, dizendo: "Tomai, comei, isto é o meu corpo".

27. E, tomando uma taça e tendo dado graças, deu-lhes, dizendo: "Dela bebei todos,

28. pois isto é meu sangue do testamento, derramado em relação a muitos para abandono dos erros.

29. Digo-vos, porém, que não beberei desde agora deste produto da videira, até aquele dia quando o beberei convosco no reino de meu Pai".

MC 14:22-25


22. Estando eles a comer, tomando um pão e tendo abençoado, partiu e deu a eles, dizendo: "Tomai, isto é o meu corpo".

23. E tomando uma taça, tendo dado graças, deu a eles e todos beberam dela.

24. E disse-lhes: "Isto é o meu sangue do testamento derramado sobre muitos.

25. Em verdade digo-vos que não mais beberei do produto da videira até aquele dia quando o beberei convosco no reino de Deus".

LC 22:15-20


15. E disse a eles: "Desejei ardentemente comer esta páscoa convosco, antes de eu sofrer,

16. pois vos digo que de modo algum a comerei até que se plenifique no reino de Deus".

17. E tendo apanhado uma taça e tendo dado graças, disse: "Tomai isto e distribui a vós mesmos,

18. pois vos digo que, desde agora, não beberei do produto da videira até que venha o reino de Deus".

19. E tomando um pão, tendo dado graças, partiu e deu a eles, dizendo: "Isto é o meu corpo que é dado para vós: fazei isto para lembrar-vos de mim"

20. E do mesmo modo a taça, depois do jantar, dizendo: "Esta taça é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós".



Vejamos o texto literal, estudando-o quanto aos termos.


A expressão "desejei ardentemente" corresponde ao grego: epíthymía epethymêsa, literalmente: "desejei com grande desejo", tal como se lê em GN 31:30, versão dos LXX. " Até que se plenifique " (héôs hótou plêrôthêí) ou seja, até que atinja sua plenitude, sua amplitude total. " Tomando um pão" (labôn ártan) sem artigo, do mesmo modo que mais adiante "tomando uma taça" (labôn potêrion), onde Lucas (vs. 17) usa "tendo apanhado" (dexámenas, de déchomai). " Tendo abençoado " (em Mateus e Marcos, eulogêsas) ou "tendo dado graças" (eucharistêsas) nos três narradores. Na realidade são quase sinônimos, pois a bênção consistia num agradecimento a Deus pelo alimento que ia ser ingerido, suplicando-se que fosse purificado pela Bênção divina (cfr. EX 23:25). " Partiu o pão" (éklase tòn árton): era o hábito generalizado entre os judeus, quando à mesa o anfitrião tirava pedaços de pão e os distribuía aos convivas em sinal de amizade e deferência.


"Tomai, comei" (lábete, phágete) sem copulativa "e" (kaì). " Isto é o meu corpo" e "isto é o meu sangue" (toúto estin tò sômá mou e toúto estin tò haímá mou). O pronome toúto é neutro e significa "isto". No entanto, surge a dúvida: não será neutro apenas para concordar com os substantivo sôma e haíma que também são neutros? Pela construção, mais adiante (JO 22:38) onde se lê: "este é o grande mandamento" (autê estin ho megálê entolê), pode interpretarse que o pronome venha em concordância com os substantivos. Deveria então preferir-se a tradução: " este é meu corpo " e "este é meu sangue". Teologicamente, tanto "este" quanto "isto" exprimem a mesma ideia, embora "isto" seja mais explícito para exprimir a transubstanciação. " Sangue do testamento " (em Lucas: "do novo testamento") lembra Moisés (EX 24:8) quando esparziu o sangue dos bois sobre o povo, em que fala do "sangue do testamento" que muitos traduzem como" sangue da aliança " (cfr. Jean Rouffiac, "Recherches sur les Caracteres du Grec dans le Nouveau Testament d"après les Inscriptions de Priène", Paris, 1911, pág. 42). Lucas exprimiu a ideia de outra forma: " esta taça é o novo testamento em meu sangue" (toúto tò potêrion hê kainê diathêkê en tôi haímati mou). A palavra grega diathêkê exprime literalmente as "disposições testamentárias", tanto no linguajar clássico quanto no popular (koinê), como vemos nas inscrições funerárias e nos "grafitti" da época.


De qualquer forma, vemos, nessa frase, a abolição total dos sacrifícios sangrentos, pois as "disposições testamentárias" são feitas através do simbolismo do vinho transubstanciado no sangue.


O sangue "que é derramado" (tò ekchynnómenon), no particípio presente; portanto, simbolismo do vinho na taça, representando o que seria mais tarde derramado quando o sacrifício se realizasse no Cal vário. O sangue que é derramado "em relação a muitos" (perì pollôn, Mat.) ou "sobre muitos" (hypèr pollôn, Marc.) ou "sobre vós" (hypèr hymõn, Luc). Também o pão, em Lucas, é dito "que é dado sobre vós" (tò hypèr hymõn didómenon).


A taça (potêrion) utilizada era a comum destinada ao vinho, e o uso de agradecer a Deus e fazê-la passar por todos os convivas, já é assinalado quanto à "taça do Qiddoush" na Michna (Pesachim, 10).


A expressão "não mais beberei do produto da videira até o dia em que o beberei convosco no reino de Deus", se compreendêssemos como alguns fazem, o "reino de Deus" como sendo "o céu", nós teríamos irrespondivelmente um "céu" semelhante ao dos maometanos, com bons vinhos (lógico, os vinhos do céu não poderiam jamais ser ruins!) e talvez até com as célebres "huris".


No entanto, Loisy ("Les Evangiles Synoptiques, 1907/8, vol. 29, pág. 522) reconhece que o sentido literal das palavras desse trecho justificam plenamente o comportamento das igrejas cristãs desde os primeiros séculos.


Os teólogos muito se preocupam se Jesus também comeu e bebeu o pão e o vinho, que deu e fez passar entre os discípulos: querem saber se Ele comeu o próprio corpo e bebeu o próprio sangue... Vejamos.


Jerônimo (Patr. Lat. vol. 22 col 386) diz que sim: ipse conviva et convivium, ipse cómedens et qui coméditur, ou seja: "ele-mesmo conviva e alimento, ele mesmo que come e é comido". Agostinho (Patr. Lat. vol. 34 col. 37) é da mesma opinião: sacramento córporis et sánguinis sui praegustato, significavit quod voluit, isto é: "tendo saboreado o sacramento de seu corpo e de seu sangue, exprimiu o que quis". João Crisóstomo (Patr. Gr. vol. 58, cal. 739) diz que para evitar a repulsa dos discípulos em comer carne humana e beber sangue, ele mesmo comeu e bebeu primeiro.


Mas os imperativos são por demais categóricos e estão todos na segunda pessoa do plural, o que exclui a participação da primeira.


Mateus e Marcos colocam a transubstanciação depois da saída de Judas.


Lucas, que confessa (1:3) ter tido todo o cuidado com a cronologia histórica dos fatos, coloca a transubstanciação antes da saída de Judas, versão que é aceita por João Crisóstomo (Patr. Gr. vol. 58, col. 737).


Ainda estavam comendo (esthióntôn autôn) quando Jesus lhes anuncia que "desejou ardentemente" comer com Seu colégio iniciático aquela refeição pascal, antes de sofrer (páthein), ou seta, antes de submeter-se experimentalmente aos transes dolorosos daquele grau iniciático (cfr. vol. 4, nota).


Nesse "jantar pascal" Ele lhes deixará Suas "disposições testamentárias" (diathêkê), que consistem no ensino da transmutação da matéria ou transubstanciação; na ordem de realizar sempre as refeições em memória Dele; e nas últimas revelações e ensinos, promessas e profecias para o futuro da humanidade.


A razão é que, depois desse jantar, o Filho do Homem não terá outra oportunidade até que se plenifique o "reino de Deus", atingindo seu sentido pleno e total. Já vimos que essa expressão "reino de Deus" ou "reino divino" ou "reino dos céus" ou "reino celeste" é equivalente às outras que tanto empregamos: reino mineral (matéria inorgânica), reino vegetal (matéria orgânica), reino animal (psiquismo), reino hominal (racionalismo), reino divino (Espírito). Então, o sentido exato das palavras pode ser: até que o Espírito esteta plenamente vigorando nas criaturas, estando superadas definitivamente todos os outros reinos inferiores. Enquanto não tenha sido atingido esse objetivo na Terra, não mais provará o Filho do Homem nem o jantar pascal, nem o produto (genémata) da videira.


Após essas palavras, mais uma vez o Cristo passa a agir e a falar através de Jesus, utilizando Seu instrumento humano visível, mas diretamente proferindo as palavras. Não são as frases ditas pelo homem Jesus, mas são ditas pelo Cristo de Deus pela boca de Jesus.


Pega então um pão, um dos que estavam sobre a mesa, e abençoa-o, como se deve fazer a qualquer alimento antes de ingeri-lo: agradecer ao Pai a graça de tê-lo obtido, e sobre ele suplicar as bênçãos divinas.


De acordo com o uso judaico, o chefe da casa parte pedaços do pão e dá a cada conviva um pedaço.


O essencial da lição, a novidade, portanto, é a frase: "ISTO É O MEU CORPO". Há um ensino magistral nesse gesto e nessas palavras: o pão é o corpo crístico que serve de alimento à parte espiritual do homem, pois lhe sustenta os veículos inferiores durante a romagem terrena. Representação perfeita, sem que se precise chegar ao exagero de dizer que o "pão eucarístico" é, de fato, "o corpo, o sangue, a alma e a divindade, e os ossos de Jesus".


Deu-se a confusão porque não houve suficiente compreensão da distinção entre Jesus, o ser humano excepcionalmente evoluído, e o Cristo divino que Lhe era a essência última, como o é de todas as coisas criadas, visíveis e invisíveis. Assim como podemos dizer que Jesus é "o corpo do Cristo", porque o Cristo está nele, assim também pode dizer-se do pão (como de qualquer outra substância) que se trata, em verdade do "corpo do Cristo". Não foi o fato de ser abençoado que assim o tornou (não é a" consagração" na missa que transubstancia o pão em alimento divino), mas qualquer pedaço de pão, qualquer alimento, tem como essência última a Essência Divina, já que a Divindade É, enquanto tudo o mais EXISTE, ou seja, é a manifestação dessa mesma essência divina: tudo é a expressão exteriorizada dessa Divindade que está em tudo, porque está em toda a parte sem exceção.


Por que terá o Cristo de Deus escolhido o pão? Mesmo não considerando que era (e é) o alimento mais difundido na humanidade, temos que procurar alcançar algo mais profundo.


Nas Escolas iniciáticas egípcias e gregas, o simbolismo é ensinado sob a forma da ESPIGA DE TRIGO; nas Escolas palestinenses dá-se um passo à frente, apresentando-se o PÃO, que constitui a transubstanciação do trigo, após ter sido moído e cozido, símbolo já definido quando Melquisedec oferece pão ao Deus Altíssimo (GN 14:18). Assim como o trigo, produto da natureza, criação do Verbo, é transmudado em pão pelo sofrimento de ser moído e cozido, assim o pão se transmuda em nosso corpo após o sofrimento de ser mastigado e digerido. Então o pão se torna, pelo metabolismo, corpo humano, da mesma maneira que o corpo humano, após ser açoitado e crucificado, se transmudará em Espírito.


Daí, pois, a expressão toúto estin tò sômá mou ter sido traduzida por nós em "ISTO é o meu corpo, no sentido de ser aquilo que estava em Suas mãos não ser mais "pão": não era mais" este pão", mas" ISTO", pois sua substância fora transmudada simbolicamente.


Logo a seguir temos que considerar o vinho. Apanhando de sobre a mesa uma taça de vinho (no original sem artigo) novamente agradece ao Pai a preciosa dádiva, e afirma igualmente: "ISTO é meu sangue do Novo testamento". Tal como Moisés utilizou o sangue de bois como símbolo das disposições testamentárias de YHWH com o povo israelita, assim o Cristo apresenta, por meio de Jesus; o vinho como símbolo das disposições testamentárias novas que são feitas pelo Pai à humanidade.


Assim como o pão, também o vinho está mais avançado que a uva, símbolo utilizado nas Escolas iniciáticas egípcias e gregas. Ao invés do produto da videira (tal como a espiga produto do trigo) representava a transubstanciação da terra-mãe, que se transmudava em alimento. Mas na Palestina, um passo à frente, empregava-se o vinho, símbolo da sabedoria (vol. 1 e vol. 4) obtido também, como o pão, através da dor: a uva é pisada no lagar e depois o líquido é decantado por meio da fermentação.


Quanto à oferenda do pão e do vinho, como substitutos dos holocaustos sangrentos de vítimas animais, já a vemos executada como sublime ensinamento por Melquisedec, conforme lemos na Torah (GN 14:18): vemalki-tsadec meleq salem hotsia lehem vaiiam vehu kohen leel hheleion; e nos LXX: Melchisedek, basileús salêm, exênegke ártous kaì oínon, hên dè hiereús toú theoú hypsístou, ou seja: Melquisedec, rei de Salém, ofereceu pão e vinho, pois era sacerdote do Deus altíssimo".


Aí, pois, encontramos a origem dos símbolos escolhidos pelo Cristo, por meio de Jesus, que era precisament "sacerdote da Ordem de Melquisedec" (HB 6:20) e que, com o passo iniciático que deu no Drama sacro do Calvário, se tornou "sumo sacerdote da mesma ordem" (HB 5:7-10; cfr. vol. 6). A indicação de uma Escola sacerdotal, portanto, é mais que evidenciada: o sacerdócio do Deus Altíssimo (não de YHWH) é exercido por Melquisedec, Hierofante máximo da ordem que tem seu nome, da qual fazem parte Jesus e outros grandes avatares. Essa Ordem de Melquisedec é conhecida atualmente como a Fraternidade Branca, continuando com o mesmo Hierofante, o "Ancião dos Dias", o Deus da Terra, o Pai místico de Jesus, o único que, na realidade, neste planeta, tem o direito de ser chamado "pai" (MT 23:9).


Então entendemos em grande parte qual a meta a que somos destinados: onde está o Pai, de onde Jesus proveio e para onde estava regressando (JO 13:1 e JO 13:3), pois o desejo maior de Jesus é que vamos para onde foi: "que onde eu estou, vós estejais também" (JO 17:24). Mas tudo isso será estudado com Suas próprias palavras nos próximos capítulos.


Essa interpretação explica a expressão: "não mais beberei o produto da videira" ou "comerei a páscoa", até quando convosco o faça no reino (na casa) do Pai: compreende-se, porque se trata da Terra, e não do "céu".


O sangue, foi dito em Mateus, é derramado em relação a muitos para "abandono dos erros" (eis áphesin tôn hamartiôn). Inaceitável a tradução "remissão dos pecados", pois até hoje, quase dois mil anos depois, continuam os "pecados" cada vez mais abundantes na humanidade. Que redenção é essa que nada redimiu?


Lucas tem uma frase de suma importância, que é repetição de Paulo (1CO 11:24 e 1CO 11:25), tanto em relação ao pão, quanto em relação ao vinho: "fazei isto em recordação de mim, todas as vezes que o beberdes" (toúto poieíte eis tên esmên anámnêsin hosákis ean pínete). Quem fala é O CRISTO. Daí podermos traduzir com pleno acerto: "fazei isto para lembrar-vos do EU" que, em última análise, é o CRISTO INTERNO.


Nem o grego nem o latim podiam admitir a construção permitida nas línguas novilatinas, que podem considerar o pronome pessoal como substantivo, antepondo-lhe o artigo: o eu, do eu, para o eu; em virtude das flexões da declinação, eram forçados a colocar o pronome nos casos gramaticais requeridos pela regência. Daí as traduções possíveis nas línguas mais flexíveis: "em minha memória", ou "em memória de mim" ou mesmo, em vista do conjunto do ensino crístico, "em memória DO EU". Confessamos preferir a última: "para lembrar-vos DO EU" que se refere ao Cristo Interno que individua o ser. Sendo porém o Cristo que falava, nada impede que se traduza: em minha memória, ou "para lembrarvos de mim".


Portanto, pão e vinho representam, simbolicamente, o corpo e o sangue do Eu profundo, do Cristo; a matéria de que Se reveste para a jornada evolutiva no planeta.


Pedimos encarecidamente que o leitor releia, antes de prosseguir, o que está escrito no vol. 39, páginas 143 a 155.


* * *

Há mais um ponto importante a focalizar: é quando diz: "fazei isto em memória de mim, TODAS AS VEZES QUE O BEBERDES".


Então não se trata apenas de uma cerimônia religiosa com dia e hora marcados: mas todas as vezes que nos sentarmos a uma mesa, para tomar qualquer alimento, todas as vezes que comermos pão ou que bebermos vinho, devemos fazê-lo com a certeza de que a essência divina (que constitui a essência desse alimento sob as formas visíveis e tangíveis transitórias) penetra em nós para sustentar-nos, transubstanciando-nos em Sua própria essência, transformando nosso pequeno "eu" personativo em Seu Eu profundo, no Cristo interno que nos sustenta a vida.


Por isso devemos tornar instintivo em nós o hábito de orar todas as vezes que nos sentarmos" à mesa: uma prece de agradecimento (eucharistía), de tal forma que qualquer bocado deglutido se torne uma comunhão nossa com a Essência Divina contida em todos os alimentos e em todas as bebidas, quaisquer que sejam, inclusive no ar que respiramos, pois "em Deus vivemos, nos movemos e existimos" (AT 17:28).

Temos que considerar (e já foi objeto de estudos desde a mais alta antiguidade) que havia duas partes totalmente destacadas e distintas na prática dessa "ação de graças" em relação à comida e à bebida: uma era ensinada aos fiéis comuns, para neles despertar o sentimento de fraternidade real; a outra era reservada aos componentes da Escola iniciática Assembleia do Caminho.


Tratemos inicialmente da primeira. Vejamos apenas alguns textos que confirmem o que afirmamos, para que o leitor forme um juízo. Quem desejar aprofundar-se, consulte a obra de Joseph Turmel Histoire des Dogmes", Paris, 1936, páginas 203 a 525 (são 322 páginas tratando deste assunto).


A cerimônia destinada aos fiéis em geral consistia num jantar (o termo grego deípnon designava a refeição principal do dia, realizada geralmente à noite, tanto que muitos traduzem como "banquete" e outros como "ceia"). Em diversos autores encontramos referências a esse jantar, que Paulo denomina deípnon kyríakon ("jantar do Senhor").


Esse tipo de refeição em comum, de periodicidade semanal, já se tornara habitual entre os judeus devotos.


Iniciava-se com a passagem por todos os presentes da "Taça do Qiddoush", que continha o vinho da amizade pura. Era uma cerimônia de sociedades reservadas, mantenedoras das tradições orais (parádôsis) dos ensinos ocultos, de origem secular, que com suas transformações e modificações resultou naquilo que hoje tem o nome de Maçonaria. Nessa refeição comia-se e bebia-se à vontade, só sendo rituais a taça de vinho inicial com sua fórmula secreta de bênção, o pão também abençoado e depois partido e distribuído pelo que presidia, e a taça final de vinho; cada um desses rituais era precedido e seguido de uma prece, de cujos termos exotéricos a Didachê conservou-nos um resquíci "cristianizado" posteriormente. Mas a base é totalmente judaica. A ordem desse cerimonial foi-nos conservada inclusive pelo evangelho de Lucas (ver acima vers. 17, 19 e 20).


PAULO DE TARSO (1CO 11:20-27) afirma que recebeu o ritual diretamente do Senhor. E neste ponto repete as palavras com a seguinte redação: "O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou um pão e, tendo dado graças (eucharistêsas) partiu e disse: Isto é o meu corpo em vosso favor (toúto moú estin tò sôma tò hypèr hymôn); fazei isto em memória de mim. Igualmente também a taça depois do jantar, dizendo: Esta taça é o novo testamento no meu sangue; fazei isto todas as vezes que beberdes, em memória de mim. "

Ora, esse texto da carta aos coríntios é anterior, de dez a vinte anos, à redação escrita de qualquer dos Evangelhos. E isso é de suma importância, pois foi Lucas quem escreveu essa epístola sob ditado de Paulo, que só grafou a saudação final (cfr. 1CO 16:21). Logo, aí se baseou ele na redação de seu Evangelho.


Nessa mesma carta Paulo avisa que, no jantar, devem esperar uns pelos outros, pois se trata de uma comemoração: quem tem fome, coma em casa (ib. 11:34) e não coma nem beba demais, como estava ocorrendo entre os destinatários da missiva, pois enquanto uns ficavam com fome, outros já estavam embriagados.


PEDRO (2PE 2:13) ataca fortemente o desregramento e a devassidão dos sensuais ao banquetear-se com os fiéis.


JUDAS, o irmão do Senhor (epist. 12), queixa-se dos que abusam dos jantares cristãos.


A DIDAQUÊ ("Doutrina dos Doze Apóstolos"), escrita no século I, fala no "jantar de ação de graças"; diz como deve ser realizado, quais as preces que precedem e quais as que devem ser recitada "depois de fartos" (metà de tò emplêsthênai oútôs eucharistêsete, 10,1). No final desse capítulo, em que se registra o texto da prece, há um acréscimo interessante: "aos profetas (médiuns) é permitido darem as graças como quiserem (toís de prophêtais epitrépete eucharístein hósa thélousin).


PLÍNIO O JOVEM, no ano 112, fala que os cristãos se reuniam ad capiendum cibum promiscuum tamen et innoxium, "para tomar alimento coletivo, mas frugal" (Carta a Trajano, 10,97).


TERTULIANO, no ano 197, escreve que os jantares cristãos têm o nome de agápê, que signific "amor" e jamais ferem a modéstia e a boa educação; e prossegue (Patr. Lat. vol. 1, col. 477): non prius discúmbitur quam oratio ad Deum praegustetur; éditur quantum esurientes capiunt, bíbitur quantum pudícis útilis est. Ita saturantur, ut qui memínerint etiam per noctem adorandum Deum sibi esse; ita fabulantur, ut qui sciant Dominum audire. Post aquam manualem et lúmina, ut quisque de Scripturis sanctis vel de proprio ingenio potest, provocatur in medium Deo cánere; hinc probatur quómodo bíberit. Aeque oratio convívium dírimit ("De Ágapis", 39,21); eis a tradução: "Ninguém se põe à mesa antes de saborear-se uma oração a Deus. Come-se quanto tomam os que têm fome; bebe-se quanto é útil a homens sóbrios. De tal forma se fartam, como quem se lembra de que deve adorar a Deus durante a noite; conversam como quem sabe que o Senhor ouve. Depois da água para as mãos e das lanternas, cada um é convidado a cantar a Deus no meio, ou tirando das Santas Escrituras ou de seu próprio engenho; por aí se julga como tenha bebido. Igualmente uma oração encerra a refeição".


Aí temos, pois, claramente exposto o ágape cristão dos primeiros tempos, destinado aos fiéis que amigável e amorosamente se reuniam uma vez por semana, no die solis, que passou a denominar-se dies domínica.


* * *

Outro sentido, entretanto, era dado à modesta ceia de pão e vinho, realizada pelos iniciados, que emprestavam significado todo especial ao rito que lhes era reservado. Vejamos alguns testemunhos.


JUSTINO MÁRTIR, no ano 160 (quarenta anos depois de Plínio e quarenta anos antes de Tertuliano) já escrevia ("De Conventu Eucharístico", 65, 2-5): allêlous philêmati, etc., ou seja: "Saudamo-nos mutuamente com um beijo, quando terminamos de orar. Depois é trazido pão e vasilhas com vinho e com água ao que preside aos irmãos. Recebendo-os dá louvor e glória ao Pai de todas as coisas em nome do Filho e do Espírito Santo, e ação de graças (eucharistía) pelas dádivas Dele recebidas em abundância... Depois que quem preside fez preces e todo o povo aclamou (com o Amén), aqueles que são chamados servidores (diáconoi) distribuem o pão e o vinho e a água sobre os quais foram dadas graças, a todos os presentes, e os levam aos ausentes".


E na 1. ª Apologia (66,1-4) escreve mais: kaì hê trophê hautê kaleítai par"hemín, etc. isto é: "E esse alimento é chamado entre nós ação de graças... Mas não tomamos essas coisas como um pão comum nem como bebida comum. Mas do mesmo modo que Jesus Cristo, nosso libertador, se fez carne (encarnou) pelo Lógos de Deus, e teve carne e sangue para nossa libertação, assim também, pela oração do ensino dele, aprendemos que o alimento sobre o qual foram dadas graças, do qual se alimentam nosso sangue e nossa carne pelo metabolismo (katà metabolên), são a carne e o sangue daquele Jesus que se fez carne (encarnou). Pois os apóstolos, nas Memórias que escreveram, chamadas Evangelhos, transmitiram que assim lhes foi ordenado, quando Jesus, tomando o pão e tendo dado graças, disse: Fazei isto em memória de mim, isto é o meu corpo. E tomando a taça, igualmente dando graças, disse: Isto é o meu sangue. E só a eles distribuiu. Certamente sabeis ou podeis informar-vos de que, tornando-se imitadores, os maus espíritos ensinaram (isso) nos mistérios de Mitra; pois são dados um pão e um copo de água aos iniciados do Forte (Mitra) com certas explicações complementares". (Não percamos de vista que os mistérios de Mitra antecederam de seis séculos a instituição dos mistérios cristãos.) No "Diálogo com Trifon o Judeu" (70,4) Justino escreveu: hóti mèn oún kaì légei, etc ., ou seja: "Ora, é evidente que também fala o profeta (IS 33:13-19) nessa profecia sobre o pão que nosso Cristo nos mandou comemorar, para lembrar sua encarnação por amor dos que lhe são fiéis, pelos quais também sofreu, e sobre a taça, que aparece em recordação de seu sangue, nos mandou render ação de graças".

Vemos, pois, a interpretação de algo mais profundo que o simples "jantar"; e isso é mais explicitamente comentado por IRINEU, no ano 180 ("De Sacrificio Eucharistiae", 4, 17, 5), onde escreve: Sed et suis discípulis dans consilium primitias Deo offerre ex suis creaturis, non quasi indigenti sed ut ipsi nec infructuosi nec ingrati sint, eum qui ex creatura panis est, accepit et gratias egit, dicens: Hoc est meum corpus. Et cálicem simíliter, qui est ex ea creatura, quae est secundum nos suum sánguinem confessus est, et novi testamenti novam docuit oblationem, quam ecclesia ab apóstolis accípiens, in universo mundo offert Deo, ei qui alimenta nobis praestat, primitias suorum múnerum in novo testamento, isto é: "Mas, danSABEDORIA DO EVANGELHO do também a seus discípulos o conselho de oferecer a Deus as primícias de suas criaturas, não como a um indigente, mas para que eles mesmos não fossem infrutíferos nem ingratos, tomou da criação aquele que é o pão, dizendo: Isto é o meu corpo. E igualmente a taça que é daquela criatura que, segundo nós, confessou ser seu sangue, e ensinou a nova oblação do novo testamento; recebendo-a dos apóstolos, a igreja oferece, no mundo inteiro, a Deus, àquele que nos fornece os alimentos, primícias de suas dádicas no novo testamento".


Aí, portanto, temos uma interpretação bastante ampla: o alimento ingerido com ação de graças é um atestado vivo de gratidão a Deus, pelo sustento que Dele recebemos; os quais alimentos, sendo criações Suas, representam Seu corpo, isto é, são a manifestação externa de Sua essência que subestá em tudo.


Mas outro autor vai mais longe: CLEMENTE DE ALEXANDRIA, no ano 200, escreve (Strommateis, 5,10; Patr. Gr. vol. 9, col. 100/101): "Segundo os apóstolos, o leite é a nutrição das crianças, e o alimento sólido é a nutrição dos perfeitos (teleisthai, "iniciados"). Entendamos que o leite é a catequese, a primeira nutrição da alma, que a nutrição sólida é a contemplação (epoptía) que vê os mistérios. A carne e o sangue do Verbo (sárkes autaì kaì haíma toú Lógou) é a compreensão do poder e da essência divina... Comer e beber (brôsis gàr kaì posis) o Verbo divino, é ter a gnose da essência divina (hê gnôsis estí tês theías ousías)".


Clemente de Alexandria compreendia bem os mistérios cristãos porque fora iniciado em Elêusis antes de ingressar na Igreja. Por isso explica melhor, com os termos típicos da Escola Eleusina.


Dele ainda temos (Pedagogia, 1, 6; Patr. Gr. vol. 8, col. 308): "O Cristo, que nos regenerou, nutrenos com Seu próprio leite, que é o Verbo... A um renascimento espiritual corresponde, para o homem, uma nutrição espiritual. Estamos unidos, em tudo, ao Cristo o Somos de sua família pelo sangue, por meio do qual nos libertou. Temos sua amizade pelo alimento derivado do Verbo (dià tên anatrôphên tên ek toù Lógou) ... O sangue e o leite do Senhor é o símbolo de sua paixão (páthein) e de seu ensino".


E mais adiante (Pedag. 2, 2; Patr. Gr. vol. 8 col. 409): "O sangue do Senhor é dúplice: há o sangue carnal com o qual nos libertou da corrupção; e há o sangue espiritual (tò dè pneumatikós) do qual recebemos a cristificação. Beber o sangue de Jesus significa participar da imortalidade do Senhor".


Aí temos o pensamento e a interpretação desse episódio, cujo símbolo já fora dado também no protótipo de Noé, citado pelo próprio Jesus (cfr. vol. 6), quando o patriarca se inebriou com o vinho da sabedoria. Na ingestão do vinho oferecido em ação de graças, nosso Espírito se inebria na união crística, participando da "imortalidade do Senhor".


Trata-se, pois, da instituição de um símbolo profundo e altíssimo, que aqueles que dizem REVIVER O CRISTIANISMO PRIMITIVO não podem omitir em suas reuniões, sob pena de falharem num dos pontos básicos do ensino prático do Mestre: não é possível "reviver o cristianismo primitivo" sem realizar essa comemoração. Evidentemente não se trata de descambar para os rituais de Mitra, como ocorreu outrora pela invigilância dos homens que "paganizaram" o cristianismo. Mas é fundamental que se realize aquilo que o Mestre Jesus ordenou fizéssemos: TODAS AS VEZES que comêssemos pão ou bebêssemos vinho, devemos fazê-lo em oração de ação de graças, para lembrar-nos Dele e do Eu, do Cristo Interno que está em nós, que está em todos, que está em todas as coisas visíveis e invisíveis; do Qual Cristo, o pão simboliza o corpo, e o vinho simboliza o sangue, por serem os alimentos básicos do homem: o pão plasmando seu corpo, o vinho plasmando seu sangue (1).


(1) Esdrúxulo deduzir daí que o corpo de Jesus não era de carne. Contra isso já se erguera a voz autorizada de João o evangelista em seu Evangelho (1:14) e em suas epístolas (l. ª JO 4:2 e JO 4:2. ª João,

7) e todas as autoridades cristãs desde os primeiros séculos (cfr. Tertuliano, De Pudicicia, 9 e Adversus Marcionem, 4:40, onde escreve: "Tendo (o Cristo) tomado o pão e distribuído a seus discípulos, Ele fez seu corpo (corpus suum illum fecit) dizendo: Isto é o meu corpo, isto é a figura de meu corpo (hoc est corpus meum dicendo, id est figura córporis mei). Ora, não haveria figura, se Cristo não tivesse um corpo verdadeiro. Um objeto vazio de realidade, como é um fantasma, não comportaria uma figura. Ou então, se Ele imaginasse fazer passar o pão como sendo seu corpo, porque não tinha corpo verdadeiro, teria devido entregar o pão para nos salvar: teria sido bom negócio, para a tese de Marcion, se tivessem crucificado um pão"!


hb 5:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 30
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 27:31-32


31. E quando o escarneceram, despiram-lhe a capa e vestiram-no com sua veste e levaramno para ser crucificado.

32. Tendo saído, encontraram um homem cireneu, de nome Simão, a quem obrigaram a tomar a cruz dele.

MC 15:20-21


20. E quando o escarneceram, despiram-lhe a púrpura e o vestiram com sua veste, e o levam para fora para que o crucifiquem.

21. E obrigam um passante, certo Simão cireneu, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, para que tomasse a cruz dele.

JO 19:16-17


16. Então o entregou a eles para que fosse crucificado.

17. a Apanharam então Jesus. E carregando sua cruz, saiu...

LC 23:26-32


26. E como o levassem, tendo pegado certo Simão cireneu que vinha do campo, impuseramlhe a cruz dele, para que a levasse por trás de Jesus.

27. Seguia-o grande multidão de povo e mulheres, que choravam e lamentavam.

28. Voltando-se para elas, Jesus disse: "Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, antes chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos,

29. porque eis que virão dias em que dirão: Felizes as estéreis e os ventres que não geraram e os seios que não amamentaram.

30. Então começarão a dizer aos montes: cai sobre nós; e às colinas: escondei-nos;

31. porque se fazem isto à madeira úmida, que se não fará à seca?"

32. Eram também levados outros dois malfeitores com ele, para serem mortos.



Quando os sacerdotes judeus se certificaram de que Jesus estava entregue a eles, tiveram ímpetos de alegria, lançaram ao ar gritos de vitória e levantaram um coro escarninho de impropérios e zombarias, qual em geral ocorre quando uma pessoa de destaque perde sua posição e cai, antipatizada e malquista, no desagrado do populacho.


Pelo costume romano, os condenados à crucificação seguiam nus até o lugar do suplício, pois a essa altura os soldados já haviam distribuído entre si seus pertences. No entanto, Mateus e Marcos concordam em afirmar que Jesus seguiu "com suas vestes", segundo o hábito israelita de condenar a nudez, embora não expliquem por que os soldados se comportaram dessa maneira.


O percurso do Pretório ao lugar da execução não era muito longo: de 500 a 600 metros. Todavia era bem doloroso carregar aquele peso durante meio quilômetro, com os ombros já feridos. A própria madeira era talhada a golpes de machado, irregular e cheia de arestas. No "Sudário de Turim" (cfr. Pierre Barbet, "A Paixão de Cristo segundo o cirurgião", Edições Loyola, S. Paulo, 1966) são vistos os coágulos formados no ombro esquerdo, das escaras produzidas pelo peso da madeira, embora não se tratasse da cruz inteira, mas apenas da trave superior.


Esse travessão, com 2,30 a 2,60 metros de comprimento, pesava em média 50 quilos. Como era arrastado pelo condenado, este suportava mais ou menos 30 a 40 quilos, o que não impedia, porém, que a carne ficasse macerada nos ombros e omoplatas. Os termos latinos portare e bajulare e as palavras gregas phérein e bastázein, no entanto, indicam mais "carregar" do que arrastar.


Ao observarem a fraqueza do condenado, os soldados temeram que não resistisse. E, como conquistadores, gozavam do direito de requisitar qualquer pessoa para ajudá-los. Chamaram, então, um homem que vinha do campo, talvez para o almoço e o repouso da sesta, e deram-lhe a incumbência de carregar o travessão por trás (ópisthen) de Jesus; ou seja, não se tratava de segurar a ponta de trás do travessão enquanto Jesus segurava a ponta da frente, mas de carregar sozinho, caminhando atrás de Jesus. Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26 col. 209) escreveu: sed hoc intellegendum est, quod egrediens de Pretorio, Jesus ipse portavit crucem suam; postea obvium habuerunt Simonem, cui portandam crucem impo suerint, isto é, "deve compreender-se que, ao sair do Pretório, o próprio Jesus tenha carregado sua cruz; depois encontraram Simão, a quem impuseram a cruz para ser carregada". Normalmente os condenados carregavam o patíbulo entre os sarcasmos da multidão (cfr. Plauto, Miles Gloriosus, 359;


Plutarco, De Sera num. vind., 9; Artemidoro Tarsense, Oneirocrit, 2,56).


Antes de impor a cruz a Jesus, tiraram a capa e provavelmente a coroa de acácia, pois os crucifixos, só a partir do séc. XIII representam Jesus com a coroa.


Nada sabemos de positivo quanto à forma da cruz de Jesus, se era em T ou se a haste vertical superava a trave horizontal. O mais provável era a forma em T. O argumento da "inscrição", que leva alguns a pensarem que possuía uma parte da haste acima da cabeça (crux immissa), não é suficiente a decidir a respeito da forma da cruz, pois ao ser suspenso, o corpo arriava e ficava espaço suficiente na parte superior para ser colocada a tabuleta.


A haste vertical permanecia fixa no local das execuções: era a stipes crucis (cfr. Cícero, Rabir. 11: in Campo Martio... crucem ad civium supplicium defigi et constitui jubes, "mandas levantar e plantar uma cruz no Campo de Marte para o suplício dos cidadãos"). O travessão horizontal, chamado patibulum, e em grego staurós ou skólops, era levado pelo condenado e colocado, depois que se pregava a vítima, no côncavo da haste vertical, ou stipis furca, próprio para receber o patíbulum. A cruz inteira era também denominada xylon dídymon, ou seja, "pau duplo".


Apesar de suplício tipicamente romano, já era conhecida a crucificação entre os judeus, como lemos em Josué (Josué 8:29): "suspendeu o rei deles no patíbulo até a tarde e o ocaso do sol. E Josué ordenou e depuseram o cadáver dele da cruz". A "invenção" desse suplício é atribuída aos persas.


Quanto a Simão, os três sinópticos coincidem nos dados: o nome Simão e a cidade de que era natural, Cirene, no norte da África, para onde Ptolomeu Sóter (306-285 A. C.) atraíra mais de 100. 000 judeus, outorgando-lhes numerosos privilégios. Os judeus de Cirene formavam colônia tão importante, que possuíam uma sinagoga própria em Jerusalém (cfr. AT 6:9) onde se reuniam os que de lá haviam regressado à pátria e os que se achavam de passagem.


Marcos anota que Simão era o pai de Alexandre e de Rufo, que deviam ser bem conhecidos na comunidade cristã de Roma, para quem foi escrito seu Evangelho, e também são citados por Paulo quando escreve aos romanos (cfr. RM 16:13).


As palavras de Jesus dirigidas às mulheres "filhas de Jerusalém" são privativas de Lucas, que tem o hábito de salientar o papel das mulheres na vida de Jesus (cfr. LC 1:39, LC 1:56; 2:36-38; 7:11-15 e 47-50; 8:1-3; 10:38-42). Essas mulheres não eram as galileias, mas moravam em Jerusalém.


Diz o Talmud (b. Sanhedrim, 43 a) que as mulheres da sociedade preparavam o vinho com incenso (ou mirra) e o levavam aos condenados. Jesus dirige-lhes palavras de bondade, relembrando sua previsão da destruição de Jerusalém (cfr. LC 21:20-24). E repete as palavras de Oseas (10:8). A comparação entre a madeira úmida e a seca (cfr. 1PE 4:17-18) refere-se a facilidade com que queima a seca, enquanto a úmida arde com dificuldade.


Lucas também fala dos outros dois condenados que foram levados junto com Jesus, para que a escolta fizesse de uma só vez as três execuções. Embora no Sanhedrim (6,4) esteja prescrito: "Não se executem dois homens no mesmo dia", os romanos não possuíam em ruas leis nenhuma limitação, e quase nunca realizavam uma só execução: as crucificações ascendiam, em alguns casos, a centenas.


Eis que prossegue o drama, a desenrolar-se paulatinamente.


O candidato tem que seguir para o altar do sacrifício. Durante o suplício da flagelação e o escárnio que precederam ao holocausto, haviam recoberto a vítima com uma capa púrpura: era o momento da catarse por meio da dor. Mas ao encaminhar-se para o ponto crucial da iniciação, a capa vermelha lhe é retirada, sendo-lhe imposta a túnica branca com que viera vestido: é a cor típica do iniciando, a candida vestis, que lhe dá o nome de candidato, manifestando a pureza de quem já superou a catarse e está pronto para galgar sua exaltação. Inconscientemente, ou por sugestão mental do próprio Jesus, os soldados lhe trocam as vestes, revestindo-o com a túnica branca inconsútil, isto é, sem costuras, tecida de alto a baixo (cfr. JO 19:23). E não devemos esquecer de que a vestimenta própria do Sumo-Sacerdote era exatamente a túnica inconsútil (ho chitô árraphos), como nos revela Flavio Josepho (Ant. JD 3, 7, 2).


Digno de meditação, ainda, o trabalho de Simão, o cireneu, que, por ser histórico, não perde seu significado simbólico. Não competia ao iniciando o transporte do instrumento de tortura, pois era mister lhe fossem poupadas as forças, a fim de poder resistir melhor às hemorragias que seriam produzidas durante o suplício, e isso com vistas ao posterior refazimento rápido e perfeito dos tecidos epiteliais e das energias vitais, quando o Espírito regressasse novamente e reassumisse o corpo físico, após a visita ao hades, que durava 36 horas, ou seta, um dia e duas noites, abrangendo, na contagem da época, três dias: sexta-feira, sábado e domingo. Para que no soerguimento (ressurreição) pudessem ser aproveitadas ao máximo as forças físicas do iniciando, numa cerimônia iniciática sangrenta, indispensável era poupar-lhe as energias.


Além disso, descobrimos outra lição prática: a da ajuda e do serviço, que qualquer ser humano deve prestar a seu semelhante, sobretudo nos momentos de maior necessidade e angústia. Não nos é lícito deixar que cada um suporte sozinho o peso de sua cruz, quando nos seja possível dar um auxílio efetivo, ainda que isso seja pesado para nós, - como o foi a Simão o ter de carregar, por meio quilômetro, a trave horizontal da cruz de Jesus.


Outro ensinamento: se podemos e devemos ajudar a carregar a cruz dos semelhantes, não nos cabe ser crucificados em seu lugar: nem os Mestres podem substituir-se a seus discípulos, embora os auxiliem na caminhada, aliviando-os do peso excessivo que os esmagaria.


Dignas de nota as palavras de Jesus às mulheres "filhas de Jerusalém", isto é, filiadas às religiões personalísticas, que nada percebiam dos ritos iniciáticos. Por que lamentar a sorte de Jesus e de seu corpo, se o que estava sofrendo serviria para sua elevação evolutiva, tornando-O Sumo-Sacerdote da Ordem de Melquisedec (cfr. HB 5:5-20)? Elas mesmas, sim, eram dignas de lamentação, bem como seus filhos, em vista não apenas - como salientam os exegetas da próxima destruição de Jerusalém (40 anos depois), como sobretudo pelas reencarnações posteriores de todas elas, ainda tão atrasadas evolutivamente e tão enoveladas nos meandros escuros do Antissistema.


A citação das palavras de Oseas caracteriza o sofrimento que atingiria muitas vezes as raias do desespero.


E se a dor e os maus tratos eram insólitos e violentos em relação à madeira úmida, isto é, um Homem permeado pelo Espírito divino, ungido (Christós) com o óleo sacerdotal, embebido com a "água viva" da graça sublime em cada célula sua - o que não ocorreria à madeira seca daqueles em que ainda não vibrava o Espírito (cfr. JO 7:39), aqueles que só conheciam a matéria densa de seus corpos, julgando-os a única realidade de seus seres? Para estes, perder o corpo era perder tudo, era acabar, era "finar-se". Então, para eles, as dores e torturas constituíam o último ato de suas existências, pois quando seus espíritos passassem a viver no plano astral, nenhuma consciência mais teriam de sua identidade, mas permaneceriam hebetados como que em estado de sonho. Só o contato com a matéria densa lhes poderia reviver a consciência atual. O que explica o Grande número de espíritos perturbados que frequentam as sessões espíritas, e o que nem sequer sabem quem são, nem se lembram do que foram quando encarnados. Madeira seca, simples palha, sujeita ao "fogo inextinguível" (cfr. MT 3:12 e LC 3:11) das múltiplas encarnações sucessivas e purificadoras, até que um dia cheguem a tomar-se madeiras umidificadas e vivificadas pelo Espírito.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 1 até o 14
SEÇÃO II

O SACERDÓCIO DE CRISTO É DEFINITIVO

Hebreus 5:1-7.28

A. UM SUMO SACERDOTE PERFEITO, 5:1-10

Embora o sacerdócio de Jesus já tenha sido confirmado, a ênfase maior tem sido na identidade da pessoa de Jesus. Agora, o peso da ênfase muda completamente, quase que abruptamente, para o seu papel de sumo sacerdote.

O ministério mediador de Jesus como sacerdote e sacrifício serve de base para a epístola aos Romanos e aparece também em I Timóteo 2:5-6, 1 Jo 2:1-2 e está implícito em I Pedro e em outros livros do NT. Mas em nenhum outro lugar o significado da obra do Senhor é tão cuidadosamente revelado como em Hebreus. A verdade seria especial-mente importante para os judeus, cuja vida, não apenas religiosa, mas (na ausência de um rei) cívica e nacional, girava em torno do seu sumo sacerdote. Ele era o símbolo da sua unidade nacional e da sua esperança.' Para Jesus ser tudo isso no pensar e sentir deles, uma mudança radical era necessária. Uma conversão a Jesus que substituiria tão completamente o sumo sacerdote em Jerusalém, no sentido de que o que acontecia lá já não era mais relevante ou importante, era, de fato, muito drástica e radical para eles. Mas o livro de Hebreus insiste em que nada menos do que isto é aceito por Deus ou coerente com os fatos atuais do caso. A não ser que estes cristãos hebreus enxerguem este sacerdócio divinamente conferido a Jesus na sua plenitude, com suas implicações revolucionárias, e se proponham a separar-se completamente dos laços araônicos, seu cristianismo será inadequado. No fim, acabarão sendo completamente recapturados pe-los longos tentáculos do judaísmo.

É compreensível que os cristãos hebreus fossem inicialmente atraídos pelo papel messiânico de Jesus como Profeta e Rei. Ele era o Filho de Davi, cujo retorno à terra em poder era esperado a todo momento. Também é necessário que entendam seu ofício como Sacerdote, e percebam que este aspecto provê a chave que destrancará o mistério da sua estranha morte — na verdade, tudo que estava envolvido com a sua primeira vinda. Sua vida e morte terrena não foram um fracasso, mas cumpriram exatamente a sua função predestinada.

Ao compreender a natureza sacerdotal do ministério de Cristo eles também acaba-rão vendo a natureza essencialmente espiritual da salvação. Jesus veio, não para ex-pulsar o exército romano da ocupação, mas "para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo" (9.26). Esta é a grande necessidade que precisa ser suprida antes de qual-quer outra.
Além do mais, este conceito de Jesus como Sacerdote provará ser a chave do AT. O significado e propósito do sistema sacrificial mosaico-araônico podem agora ser revela-dos. O enigma do "Santo dos Santos" pode agora ser esclarecido.

Mas nesta revelação o autor aos Hebreus mostra cuidadosamente que Jesus, como sumo sacerdote novo e final, inaugurou em sua própria pessoa e obra uma nova aliança (concerto). No seu âmago, isso incluía uma nova profundidade de redenção experimen-tal: um privilégio pessoal de santidade pessoal abordado simbolicamente debaixo do an-tigo regime, mas agora acessado por aqueles que vêem Jesus na cruz não como vítima romana, mas como o sacrifício pelo pecado do homem.

Tudo isto deve ser visto como constituindo o coração do cristianismo. Sem isto não há santidade de coração nem esperança do céu. Sem isto a visão de Jesus como Profeta e Rei está vazia do conteúdo eficaz. Como Profeta, Ele não se elevaria acima dos seus predecessores do AT nem escaparia do esquecimento venerável da história. Como Rei, ele desapareceria gradualmente em um simbolismo poético e etéreo. Portanto, a exposi-ção de Jesus como sumo sacerdote não é opcional; é imperativa.

1. Os Requisitos do Sacerdócio (5:1-4)

A função de um sumo sacerdote é clara. Aquele tomado dentre os homens na ordem araônica é constituído a favor dos homens; separado para este chamado divi-no, para ministrar coisas concernentes a Deus (1). O propósito principal desta orde-nação é que alguém esteja habilitado para oficialmente oferecer dons e sacrifícios pelos (em favor dos) pecados. Pecado é aquilo que separa as pessoas de Deus e torna um tipo de mediação sacerdotal necessária.'

Para ser devidamente qualificado para esta importante função de mediação e lide-rança religiosa, o sumo sacerdote precisa apresentar um caráter pessoal tal que possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados (2). Sowers diz que compa-decer-se (metriopathein) "era um termo filosófico referindo-se ao meio termo entre pai-xão excessiva e apatia.' O sacerdote não deve ser severo e impaciente, nem indiferente ou desinteressado. Deve haver uma preocupação moral profunda e atenta combinada com uma simpatia compreensível. Deste equilíbrio no verdadeiro juiz virá um discernimento mais claro dos diferentes graus de culpa, em distinguir entre ignorância responsável e involuntária, entre aqueles que estão errados ("enganados", Mueller) devido ao seu próprio descuido e aqueles que foram desencaminhados por causa da sua ingenuidade. A retidão desta moderação no julgamento sacerdotal encontra-se no fato óbvio de que ele mesmo está rodeado de fraqueza (cf. 4.15).

Por causa desta fraqueza moral em si mesmo, o sumo sacerdote araônico deve ele, tanto pelo povo como também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados (3). Ele próprio precisava da ajuda mediadora. Fica claro que a ordem tradicional dos sumos sacerdotes tinha uma superioridade oficial, mas não necessariamente uma superiorida-de moral significativa. Em função eles estavam acima do povo; no aspecto espiritual eles eram homens pecadores como todos os outros. Esta semelhança em relação à pecaminosidade do seu povo pode ter inspirado sua compaixão, mas também limitava seu poder em elevar o povo a quem ministravam.

Mais uma qualificação de um sacerdócio legítimo é agora expressa (v. 4). O sumo sacerdote não era um funcionário autodesignado. Deus havia especificado que so-mente Arão e seus descendentes deveriam servir neste ofício (Êx 28:1; Nm 16:39-40; 17:1-13 18:1), no que tange ao Tabernáculo terreno e à adoração de Israel. Mas neste versículo o autor cuidadosamente ignora a linhagem araônica; somente o que é cha-mado por Deus, como Arão, pode ter um sacerdócio reconhecido. Em outras pala-vras, Arão era um exemplo de uma ordem sacerdotal divinamente autorizada; mas, embora os israelitas estivessem amarrados a esta ordem araônica, Deus não estava. O autor está agora prestes a ratificar uma ordem nova e superior de sumo sacerdó-cio, igualmente ordenada por Deus.

2. As Qualificações de Cristo (5:5-10)

  1. Uma ordenação divina (5:5-6). Na única coisa que contava, o sacerdócio de Cristo era tão válido quanto o de Arão: também era verdadeiramente uma designação divina. Assim, também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacer-dote (5). O intento na explanação da cláusula seguinte no versículo 5 não está claro na KJV, mas o sentido é dado pelo NT Amplificado: Ele "foi designado e glorificado por Aquele que lhe disse: Tu és o meu Filho; hoje te gerei".

Mas filiação não significa necessariamente sacerdócio. Então mais um texto é apre-sentado: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque (6). Isto servirá de base para os próximos três capítulos, da mesma forma que o texto: "Hoje, se ouvirdes a sua voz" é o tema principal dos capítulos 3:4. O mesmo Deus que nas Escrituras, por meio do Espírito Santo, confirmou o Messias como Filho também apre-goou o seu sacerdócio.

  1. Uma aptidão pessoal (5:7-10). O propósito da encarnação foi expresso de maneira concisa em 2.9 e explicado de maneira mais detalhada nos versículos seguintes. Assim, a aptidão completa de Cristo como sumo sacerdote é resumida e, em seguida, desenvolvida em detalhes nos capítulos seguintes. A idéia predominante aqui é a importância que o sofrimento do nosso Senhor teve para qualificá-lo como Autor de nossa salvação. Os sacerdotes araônicos podiam compadecer-se porque também estavam propensos ao pe-cado. Os sofrimentos de Jesus serviram a um propósito semelhante, mas de maneira mais eficaz, porque o sofrimento evoca um sentimento de compaixão e construção de companheirismo muito mais eficiente do que a pecaminosidade, que é intrinsecamente debilitante, insensível e limitadora — de forma alguma redentora. No entanto, muito mais significativo do que uma simpatia simplesmente persuasiva, os sofrimentos de Cristo eram essenciais para a sua perfeição como sumo sacerdote. Esta perfeição o capacitou a tornar-se a causa de eterna salvação, alvo que os sacerdotes araônicos não podiam atingir. Veja os fatores da sua perfeição.
  2. As orações que Ele ofereceu (5.7). Os dias da sua carne foram os dias da sua humilhação, quando em sua humanidade sentiu fraqueza e dependência de uma manei-ra muito real, como é evidenciado pela sua vida costumeira de oração. Este hábito de oração alcançou seu clímax durante a luta no jardim do Getsêmani, quando ofereceu orações e súplicas. Visto que era o dever do sumo sacerdote oferecer "dons e sacrifíci-os" (v. 1), Jesus também fez uma oferta. Esta não era uma apresentação formal no Tem-plo, mas uma oferta de oração amarga no jardim quando suou gotas de sangue, e isto, com grande clamor e lágrimas. Ficamos perplexos diante desta angústia que reflete a intensidade da sua aflição. O conteúdo da sua petição se encontra na cláusula seguin-te: ao que o podia livrar da morte. Ele estava lutando com seu Pai por libertação pessoal. A natureza exata desta morte tem há muito tempo desconcertado os comenta-ristas, como também ocorre com a cláusula seguinte: foi ouvido quanto ao que temia. Claramente, uma compreensão apropriada desta última declaração vai nos ajudar a elucidar a anterior. Portanto, vamos primeiro esclarecer a anterior. De forma mais lite-ral, Jesus "foi ouvido por causa da sua devoção", i.e., reverência e submissão devota ("reverente submissão", NVI).4 Ouvido (eisakouo) geralmente implica uma resposta afir-mativa (Mt 6:7; Lc 1:13; At 10:34-1 Co 14.21). Mas este não é o significado aqui, exceto no sentido de que o Pai ouviu com compaixão e enviou anjos para ministrar a Ele. O cálice da morte não foi removido, pelo que podemos ser eternamente gratos.

O que era esta morte da qual buscou livramento com tanta angústia? Alguns têm encontrado um significado na preposição ek que poderia sugerir que Ele temia a morte permanente. Isto dificilmente é o caso devido às repetidas predições de Jesus acerca da sua ressurreição. Certamente, ele conhecia as Escrituras que prometiam: "nem permiti-rás que o teu Santo veja corrupção" (Si 16.10; At 2:25-31). Além do mais, temos dificulda-des em supor que o nosso Senhor, depois de encaminhar-se firmemente para Jerusalém e dar passos diários e decisivos rumo à sua paixão com equilíbrio e deliberação, deveria agora orar com tanta agonia para escapar da morte física na cruz.

É mais provável que a sua alma tenha se encolhido por causa dos aspectos dessa morte, sua identificação com o pecado e sua solidão, quando o Pai escondeu a sua face. Em um certo sentido profundamente misterioso, Jesus deve ter sofrido, embora que brevemente, a angústia da alma perdida. Aquele que nunca havia conhecido a mancha do pecado, ou a sombra do franzir das sobrancelhas do Pai, ou a menor alienação da comunhão com o Pai, estava agora, ao tornar-se pecado em nosso lugar, prestes a sofrer tudo isso como elementos integrais da sua morte. Seria impossível para uma alma san-ta enfrentar tamanha dificuldade com serenidade.'

  1. A obediência que aprendeu (5.8). Por aquilo que padeceu Ele aprendeu a obediência. No entanto, nosso Senhor nunca havia sido desobediente, nem teve ne-nhum tipo de inclinação para isso. Como então poderia aprender obediência? Somente no sentido de que a obediência que causa tremenda angústia assume uma nova dimen-são. Em relação a Jesus, o amor pelo Pai era tamanho que a obediência sempre tinha sido um prazer. Nunca houve qualquer hesitação ou o sentimento de um preço doloro-so. Mas aqui se exigia uma obediência num aspecto que tocava o próprio relacionamen-to do Pai com o Filho, uma exigência que na sua essência não podia ser um prazer, mas um castigo. Quando a obediência é fácil precisa estar sob suspeita. Talvez não passe de um egoísmo disfarçado ou simplesmente uma política de conveniência. Mas quando a obediência custa um coração quebrantado é porque a lição foi aprendida e a sua genuinidade autenticada.

O nosso Senhor teve de aprender este aspecto pela experiência pessoal, bebendo o copo até a última gota, ainda que era Filho. Se o Filho quisesse tornar-se o sumo sacerdote salvador, adequado para todas as necessidades dos homens, precisava ir até o fim e ser aprovado em todos os sentidos. Somente um sumo sacerdote completamente submisso a Deus poderia representar Deus perante o homem e o homem perante Deus. A dignidade da pessoa de Cristo como Filho não poderia isentá-lo da humilhação do sofri-mento, se ele fosse cumprir seu chamado como servo sofredor de Deus (Is 53). A perfeição da obediência e a extremidade do sofrimento implicada neste versículo tenderia a apoiar a exposição do versículo 7 de que sua oração não foi "ouvida" no sentido de que ele não foi isentado de tomar o "copo".

Gramaticalmente, tudo até aqui nos versículos 7:8 está subordinado ao sujeito prin-cipal e ao predicado aprendeu a obediência. O sentido, portanto, é que, apesar do "grande clamor e lágrimas" do nosso Senhor, e apesar do fato de que o Pai os viu e ouviu, e apesar do fato de Jesus ser o Filho, era necessário que sofresse para aprender pela experiência a plena inteireza da obediência.'

(3) A perfeição que Ele alcançou (5.9,10). E, sendo ele consumado (ou "aperfeiçoa-do"; cf. nota da ARC), ou quando suas qualificações como sumo sacerdote foram plena-mente completadas (teleiotheis, particípio do aoristo passivo de teleioo, "executar plena-mente"), veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem. Esta é a segunda cláusula principal deste longo período (vv. 7-19). Embora gramaticamente coordenada, em essência ela é o ápice da passagem, na verdade, a tese de toda a epístola. O autor elaborará os detalhes mais tarde, mas em suas conexões aqui a proposição está clara. A condição para Cristo tornar-se o Salvador perfeito era que fosse perfeito por meio da obediência. Tornar-se Filho era a escolha coletiva do Deus Trino e Uno. Tornar-se Salvador era a realização do Filho, ao enfrentar corajosa e triunfantemente todas as exigências da sua humilhação.

É provavelmente seguro, com base no contexto, bem como no particípio aoristo (sendo ele consumado, "aperfeiçoado"), rejeitar a noção de que a perfeição de Cristo incluía sua morte. Isto significaria, de modo prático, que, tendo morrido na cruz, veio a ser a causa de eterna salvação. Antes, deveríamos dizer que a sua perfeição correspondia à consagração de Arão como uma qualificação prévia necessária para o cumprimento da sua função sacerdotal.' A perfeição de Cristo foi consumada no jardim quando disse: "Não se faça a minha vontade, mas a tua" (Lc 22:42). Este era o ato final da sua consa-gração, e cada consagração subseqüente dos crentes inclui uma submissão semelhante. Tendo, pois, sido qualificado livremente, Ele prosseguiu em direção à cruz, onde veio a ser (aoristo — pontiliar) a causa de eterna salvação. No sentido mais profundo, Cris-to não foi o Salvador até que morresse e ressuscitasse. Sua salvação, embora baseada na sua identidade como Filho, é inexistente à parte do Calvário e da ressurreição.

Como causa ("Autor", ARA), Jesus é Criador e Fonte de eterna salvação, o mesmo tipo que o sacerdócio araônico não podia mediar, muito menos criar. Enfraquecer o papel de Cristo com o artigo indefinido ("um autor" ou "uma causa"),8 só porque o artigo definido está faltando no grego, é imperdoável. Sua ausência indica neste caso uma força qualitativa (cf. 1.2), como poderia ser a intenção das palavras: "Ele tornou-se pai de toda vizinhança".

A ordem de palavras no grego é diferente da KJV, que com isso perde um aspecto enfático. Literalmente, Cristo "tornou-se para todos os que lhe obedecem, Autor de eter-na salvação". Para aqueles que deixam de crer ou se tornam desobedientes, Cristo torna-se, na cruz, não Salvador, mas Juiz. O elemento condicional de salvação e da expiação de Cristo é ressaltado ao longo desta epístola. Embora a iniciação e a provisão da salvação venham somente por meio de Deus, seu cumprimento pessoal certamente requer a coo-peração do homem.
É este Filho aperfeiçoado que tem sido chamado por Deus sumo sacerdote, se-gundo a ordem de Melquisedeque (10). O chamado profético de Deus é uma prova de que a ação poderosa de Cristo como sumo sacerdote foi válida, no sentido de que ocorreu em perfeito cumprimento com as Escrituras e de acordo com o plano preciso de Deus.

B. A NECESSIDADE DE PERFEIÇÃO, Hb 5:11-6.20

O autor deseja agora expor em maiores detalhes a natureza bíblica de uma ordem sacerdotal conhecida pelo nome de Melquisedeque, mas hesita, porque não tem certeza se seus leitores têm maturidade suficiente para compreender este assunto reconhecidamente difícil. Pela segunda vez, portanto, ele se afasta da sua linha principal de argumentação para devotar sua atenção ao perigoso estado espiritual deles. Nesta passagem exortativa, encontramos repreensão, exortação, advertência e encorajamento, nesta ordem.

1. A Negligência dos 1maturos (Hb 5:11-14)

O autor tem muitas coisas a dizer acerca deste pouco conhecido personagem do AT, Melquisedeque, porque é uma figura-chave na compreensão do sumo sacerdócio de Cris-to. No entanto, elas são de difícil interpretação, i.e., difíceis de explicar, porque estes cristãos são negligentes para ouvir (11). Eles não estão se tornando preguiçosos no seu apetite e compreensão espiritual; eles já se tornaram preguiçosos (tempo perfeito do verbo), e seu estado presente é o resultado de alguma falha no passado. Ele os envergo-nha: devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar (12). Provavelmente, muitos deles consideravam-se mestres, mas não estavam qualificados para tal (cf. 1 Tm 1:5-7). Eles tinham perdido o controle da realidade da fé cristã de tal forma que precisavam de uma atualização no ABC do evangelho, os primei-ros rudimentos das palavras de Deus.' Eles voltaram ao estado primitivo de infân-cia espiritual, em vez de tornarem-se pessoas maduras, a ponto de precisarem de leite e não de sólido mantimento ("alimento sólido", Mueller). Este estado vergonhoso não é devido à falta de tempo, porque evidentemente não eram recém-convertidos, mas por causa da falta de aplicação prática.

As marcas contrastantes da primeira infância e da fase adulta são resumidas de maneira precisa nos versículos 13:14. Aquele cuja dieta está confinada ao leite naturalmente não está experimentado na palavra da justiça, pela razão óbvia de ser um menino (13) ; e espera-se que meninos ("crianças") espirituais sejam alunos e não mes-tres. Apalavra da justiça pode significar o próprio evangelho ou o ensino do evangelho, provavelmente o que foi mencionado em segundo lugar, visto que o versículo 12 já deixa claro que deveriam ter alcançado o estágio de mestres. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos (14). As verdades cristãs — principalmente a perspectiva cristológica do AT, que não pode ser encontrada na superfície — podem ser compreendidas e ensina-das somente por cristãos maduros. Estas pessoas maduras são agora definidas como aquelas que em razão do costume, têm os sentidos exercitados (plenamente trei-nados) para discernir tanto o bem como o mal. Sentidos aqui refere-se à sua "per-cepção interior" (Mueller). A habilidade no discernimento é, portanto, a marca da matu-ridade. Bem e mal podem ser tanto éticos quanto doutrinários; provavelmente as duas idéias estejam incluídas, embora o contexto sugira uma ênfase imediata na verdade e erro em relação a Cristo e às Escrituras. Mas, duas coisas estão claras:

1) a perfeição neste texto pode ser definida como maturidade; e

2) a "maturidade" confessada em que não há percepção confiável entre o bem e o mal não é genuína."

A frase em razão do costume (dia ten hexin) implica que maturidade é um conhe-cimento gradual por meio da prática. Mas isto não está totalmente correto. Hexin como substantivo significa "hábito" ou uma condição do corpo ou da mente. O significado pode-ria ser: Os plenamente maduros são aqueles que, por causa do seu estado espiritual avançado têm suas faculdades espirituais plenamente treinadas. Em outras palavras, um nível mínimo de maturidade espiritual é um pré-requisito para a prática habitual. A prática por sua vez evidencia a maturidade e a aumenta.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 5 versículo 8
Fp 2:8; conforme Mt 26:39 e paralelos.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 1 até o 14
*

5.1-10. Como os sacerdotes do Antigo Testamento foram identificados com as pessoas fracas e errantes que eles representaram (vs. 1-3) e cumpriram o chamado de Deus (v. 4), assim também Cristo tornou-se sumo sacerdote por nomeação do Pai (vs. 5,6) e foi identificado com seu povo por meio de sofrimentos (vs. 7-10).

* 5.1 oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados. A frase "dons como sacrifícios" abrange tipos diferentes de ofertas que constituíram o trabalho dos sacerdotes do Antigo Testamento (8.3; Lv 1:7). Porém, o interesse principal aqui recai sobre as ofertas pelo pecado.

* 5.2 capaz de condoer-se. Por causa de suas próprias tentações e fraquezas, o sumo sacerdote do Antigo Testamento ficou constrangido a moderar a sua indignação contra os pecados de outros e, condoer-se deles. A compreensão de Jesus é também fortemente motivada, porque ele identifica-se inteiramente com as lutas de seu povo. Contudo, Jesus nunca se entregou à tentação (4.15).

ignorantes... que erram. A lei (Nm 15:27-31) faz distinção entre os pecados praticados por causa da fraqueza ou da ignorância, e os pecados praticados por rebelião contra a autoridade do Senhor (10.26,27).

* 5:3 O próprio sumo sacerdote do Antigo Testamento necessitava da expiação e do perdão (7.27; 9.7; Lv 16:11); porém, o nosso imaculado sumo sacerdote não tem tais necessidades (4.15; 7.26).

*

5.4 chamado por Deus, como aconteceu com Arão. A chamada inicial de Arão (Êx 28:1) foi confirmada como resposta à rebelião de Coré, Datã e Abirão (Nm 16), através do florescimento da sua vara (9.4; Nm 17:1-10). O privilégio sacerdotal de aproximar-se a Deus, é somente por convite — pela mediação de um descendente físico dos sacerdotes levíticos do Antigo Testamento, mas estabelecida definitivamente através do juramento divino feito a Jesus, o Filho (7.11-28).

* 5.5 Tu és meu Filho. Sl 2:7 é citado duas vezes em Hebreus (1.5), ambas as vezes em posição de destaque. Aqui, é a primeira parte de uma longa e detalhada consideração sobre Melquisedeque.

* 5.6 Melquisedeque. Esta pessoa misteriosa é mencionada apenas duas vezes no Antigo Testamento (Gn 14:18; Sl 110:4). Mas aqui, a associação do título, "sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque" com as palavras, "meu Filho" (v. 5) revela o caráter exaltado deste sacerdócio, e justifica a explanação maior oferecida pelo autor no Cap. 7.

* 5.7 forte clamor e lágrimas. A angústia que Jesus sentiu quando contemplou a cruz (Mc 14:33-36; Jo 12:27) mostra que ele não está alheio às fraquezas e terrores que nos ameaçam.

tendo sido ouvido. Os salmistas louvaram a Deus, porque ele ouvia seus gritos por socorro (Sl 22:24; 30.23; 116:1). Os clamores de Jesus, pedindo livramento da morte, foram respondidos, não através de um livramento do horror da cruz, antes, através de sua ressurreição dentre os mortos.

*

5.8 aprendeu a obediência. Embora fosse totalmente livre do pecado (4,15) a luta de Jesus contra a tentação foi verdadeira (2.18). Como aquele que veio para o mundo a fim de fazer a vontade do Pai (10.7), os desafios à integridade de Jesus, que ficaram cada vez mais difíceis, foram todos quebrados vitoriosamente, culminando na sua vergonhosa e penosa morte sobre a cruz (Fl 2.8). Esta vida de obediência que ele aprendeu, desfaz a desobediência de Adão (Rm 5:19) e qualifica Jesus para servir como o nosso eterno sumo sacerdote (2.17,18; 4.5).

* 5.9 tendo sido aperfeiçoado. Isto não significa que Jesus finalmente tornou-se sem pecados, porque ele já não os tinha (4.15). Significa que ele cumpriu a carreira de sofrimento que lhe foi confiada, inclusive a morte sacrificial. Tendo feito tudo isso, ele foi "aperfeiçoado" ou perfeitamente qualificado para servir como sumo sacerdote, singularmente eficaz. A linguagem aqui pode ser uma alusão ao conceito da consagração sacerdotal.

salvação eterna. Jesus vive para sempre a fim de interceder como o nosso sumo sacerdote (7.24,25).

* 5.10 Melquisedeque. Ver cap. 7.

* 5.11—6.12 O ministério sacerdotal de Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque, é "difícil de explicar" (5.11), por causa da imaturidade dos leitores. A exortação nesta seção focaliza-se sobre os perigos que surgem quando a pessoa não prossegue "para o que é perfeito" (6.1, referência lateral).

*

5.11 tardios em ouvir. A palavra grega traduzida "tardio" reaparece em 6.12 ("indolentes", referência lateral), sugerindo que o perigo de preguiça espiritual se destaca nesta seção toda.

* 5.12 princípios elementares dos oráculos de Deus. Tais verdades são enumeradas em 6.1,2.

* 5.13 leite. Embora leite seja nutriente para crianças (1Pe 2:2), o autor deseja que seus leitores se tornem cristãos maduros, capazes de receber alimento sólido (1Co 3:1,2).

*

5:14 A maturidade necessária para compreender o ministério sacerdotal de Cristo não é uma sofisticação intelectual, antes, é um discernimento espiritual que surge de uma prática consistente da vontade de Deus (Fp 1:9-11).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 1 até o 14
5.4-6 Este capítulo se ocupa tanto da eleição divina de Cristo como de sua humanidade. O escritor cita dois versículos do Antigo Testamento para provar a eleição divina de Cristo: Sl 2:7 e 110.4. Na época em que se escreveu este livro, os romanos escolhiam ao supremo sacerdote em Jerusalém. No Antigo Testamento, entretanto, Deus escolheu ao Arão, e só seus descendentes puderam ser supremos sacerdotes. Cristo, como Arão, foi eleito e chamado Por Deus.

5:6 Melquisedec foi um sacerdote de Salem (agora chamada Jerusalém). Lhe menciona em Gênese 16. A posição do Melquisedec se explica em Hebreus 7.

5:7 Jesus estava em grande agonia quando se preparava para enfrentar a morte (Lc 22:41-44). Embora Jesus clamou a Deus, pedindo ser liberado, O estava preparado para sofrer a humilhação, a separação de seu Pai e a morte a fim de fazer a vontade de Deus. Haverá momentos em que confrontaremos dificuldades, não por querer sofrer mas sim porque desejamos obedecer a Deus. Permita que a obediência ao Jesucristo o sustente e o anime nos momentos de prova. Você poderá enfrentar-se a algo quando está consciente de que Jesucristo o acompanha.

5:7 Há sentido alguma vez que Deus não escuta suas orações? Assegure-se de orar com um espírito dócil, desejando fazer o que Deus quer. Deus responde a seus filhos obedientes.

5:8 A vida do Jesus não foi um guia que O seguiu passivamente. Foi uma vida que escolheu livremente (Jo 10:17-18). Foi um processo contínuo de fazer sua a vontade do Pai. Jesucristo optou por obedecer apesar de que essa obediência o conduziu ao sofrimento e à morte. Por ter obedecido à perfeição, até em meio de grande prova, O nos pode ajudar a obedecer por muito difícil que pareça.

5:9 Cristo foi sempre moralmente perfeito. Mediante a obediência nos mostrou sua perfeição, não a Deus nem a si mesmo. Na Bíblia, pelo geral perfeição significa consumação ou maturidade. Ao manifestar nossa experiência de sofrimento, Cristo teve a mesma experiência humana que nós. O agora está em condições de oferecer salvação eterna a quem obedece. Veja-se Fp 2:5-11 para a atitude de Cristo quando tomou forma humana.

5:12, 13 Estes cristãos judeus eram imaturos. Alguns deles deviam ter ensinado a outros, mas ainda não tinham aplicado o fundamental a sua vida. resistiam a deixar suas antigas tradições, suas doutrinas estabelecidas e as discussões de aspectos fundamentais. Não seriam capazes de compreender a razão pela que o escritor ensinava a respeito da função de Cristo como Supremo Sacerdote, a menos que deixassem sua posição cômoda, abandonassem algumas de seus costumes judias e deixassem de fazer mesclas com sua cultura. A consagração a Cristo motiva às pessoas a deixar as tradições.

5.12-14 A fim de crescer até ser cristãos adultos, devemos aprender o que é o discernimento. Devemos adestrar nossa consciência, nossos sentidos, nossa mente e nosso corpo a fim de poder distinguir o bom do mau. É você capaz de reconhecer a tentação antes de cair em sua armadilha? Pode distinguir entre o correto uso das Escrituras e o errado?

5:14 Nossa capacidade de deleite nas coisas profundas de Deus ("alimento sólido") está determinada por nosso crescimento espiritual. Com freqüência desejamos o banquete de Deus antes de estar em condições espirituais para digeri-lo. À medida que você cresce no Senhor e põe em prática o que aprendeu, também aumentará sua capacidade de compreensão.

AS OPÇÕES DA MATURIDADE

Uma maneira de avaliar a maturidade espiritual se obtém ao observar as decisões que tomamos. O escritor de Hebreus nota muitas das formas em que essas decisões trocam com o crescimento pessoal.

Ensinar a outros: em lugar de... ser sozinho ensinado.

Desenvolvimento profundo do entendimento: em lugar de... lutar com o fundamental.

Autoevaluación: em lugar de... autocrítica.

Busca de unidade: em lugar de... fomentar desunião.

Desejo de provocações espirituais: em lugar de... desejos de entretenimento.

Estudo cuidadoso e observação: em lugar de... opiniões e esforços medíocres.

Fé ativa: em lugar de... apatia e dúvida cautelosa.

Confiança: em lugar de... temor.

Experiências e sentimentos avaliados à luz da Palavra de Deus: em lugar de... experiências avaliadas segundo os sentimentos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 1 até o 14
IX. CRISTO JESUS ​​SUPERIOR PARA ARÃO (He 5:1 ).

Tomé observa que existem duas qualificações essenciais para o sacerdócio, a saber: "comunhão com o homem" (vv. He 5:1-3 ), e "autoridade de Deus" (v. He 5:4 ). Em ambos os aspectos, Jesus qualificou-se para o seu escritório e trabalho como o Grande Sumo Sacerdote de Deus e do homem. Como o Filho de Deus, o Messias, Ele se classificou para a segunda; como o Filho do homem, Deus encarnado, Ele se classificou para a primeira.

A. JESUS ​​'SACERDÓCIO SUPERIOR PARA ARÃO NA ORIGEM E NATUREZA (5: 1-6)

1 Porque todo sumo sacerdote, tomado dentre os homens é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados: 2 que podem suportar delicadamente com os ignorantes e errados, porquanto também ele mesmo é rodeado de fraqueza; 3 e por esta razão deve ele, tanto pelo povo, como também por si mesmo, oferecer sacrifício pelos pecados. 4 Ora, ninguém toma para si esta honra, mas quando ele é chamado por Deus, como o foi Arão. 5 Assim também Cristo glorificado não a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe falou;

Tu és meu Filho,

Este dia te gerei:

6 Como também diz em outro lugar ,

Tu és sacerdote para sempre

Após a ordem de Melquisedeque.

Três fatores relativos ao sacerdócio em apresentar-se uma vez nesta declaração. O primeiro é que o sacerdote é essencialmente humano. Ele é tomado dentre os homens. Uma vez que ele é para representar a causa do homem diante de Deus, é essencial que ele entender completamente e identificar-se com a causa do homem. Ele deve ser capaz de dizer com alguém de um ex-dia ", eu morava onde eles moravam" (Ez. 03:15 , KJV). Um velho ministro muito eficaz que ministrou extensivamente para os agricultores, muitas vezes comentou: "Você nunca pode compreender a posição do outro homem até que você tenha hoed sua fila por um tempo." Talvez esta pode ser a razão por que Deus permitiu que alguns de seus maiores servos de sofrer tão intensamente. Bedford experiência prisão de João Bunyan pode tê-lo qualificado para ver com mais clareza e entender mais a fundo as experiências esgotante e bondage irritante do pecado humano, e para apreciar mais plenamente a libertação do homem com essas experiências, como descrita em seu O Peregrino , do que se ele não tivesse sofrido que Bedford calvário prisão. A cegueira física de George Matheson e Fanny Crosby pode muito bem ter sido nomeações de Deus, qualificando-os para uma maior compreensão humana e serviço sacerdotal mais rica e eficaz no ministério de música por Deus ao homem que teve que possuíam sua visão física. Experiência da prisão de Madame Guyon por sua fé em Cristo permitiu-lhe dar um exemplo de coragem humana e confiança no meio dos sofrimentos impostos injustamente que fez sua vida e experimentar um incentivo e coragem para muitos que sofreram o mesmo. Assim, ela era uma sacerdotisa espiritual designado por Deus para os homens.

Com vista à criação do sumo sacerdócio de Cristo em uma relação incomparável ao do Aarônico, o autor procede a delinear algumas das qualificações e funções de Arão como sacerdote em que ele era um tipo de sumo sacerdócio de Cristo. Seja por declaração ou implicitamente, a superioridade do sumo sacerdócio de Cristo de Arão do disposto em cada instância. A nomeação de Arão para o sacerdócio israelita era da tribo levítico. Assim, ele foi tomado dentre os homens (v. He 5:1 ). Ele era um homem que trazia a humanidade de seus companheiros. Ele sabia que os homens, porque ele era um homem. A nomeação de Arão foi um compromisso divino, um compromisso específico por Deus, para representar os interesses e necessidades dos homens diante de Deus, especialmente em assuntos espirituais.

A nomeação de Cristo ao seu escritório de Grande Sumo Sacerdote era de fato um compromisso divino, como era Arão, mas era maior que Arão em que Ele era o Filho de Deus e, portanto, muito a Deus. Cristo era Deus mesmo tendo a plena autoridade de Sua própria divindade em seu alto cargo Priestly (conforme Mc 1:22 ), enquanto Arão era apenas um homem escolhido por Deus para representá-Lo como um servo com a autoridade delegada e limitado. A nomeação de Arão era um entre muitos sumos sacerdotes, e foi temporária. A nomeação de Cristo foi único em que Sua alta nomeação Priestly era um de um tipo, para não ser repetida, e era perpétua.

Da mesma forma que Cristo veio ao seu grande sumo sacerdócio de entre os homens. No entanto, enquanto Arão era apenas um homem, Cristo foi engolido humanidade na divindade através de sua encarnação. Assim, Ele era Deus desceu à humanidade, e depois levado da humanidade através do nascimento virginal de se tornar o Grande Sumo Sacerdote de Deus para o homem.

Como Arão, Cristo sabia que os homens, porque Ele próprio era um homem, e Ele experimentou todas as fraquezas dos homens. Mas, na superioridade de seu sacerdócio para o sacerdócio de Cristo Arão combinado Sua onisciência divina com sua humanidade e, portanto, sabia perfeitamente todos os homens e tudo sobre os homens (conforme Jo 2:24 ), enquanto Arão nas limitações da sua humanidade sabia que o seu companheiros, mas imperfeitamente. Mais uma vez, enquanto Arão foi tentado e experimentado as fraquezas do homem em sua humanidade, mas não era sem pecado, Cristo em Sua natureza divino-humana experimentou todas as fraquezas e enfermidades da família humana, foi tentado em todos os pontos como o homem experimenta tentações, mas era sem pecado (conforme He 4:15 ). Assim, a este respeito Seu sumo sacerdócio é superior ao de Arão.

A função do sacerdócio de Arão era dupla em que ele foi projetado para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados (v. He 5:1 e Ef 5:2 , Jo 10:17 ). Isso foi possível em razão do fato de que Cristo era tanto o sacerdote humano fazer o sacrifício da sua própria pessoa para Deus e Deus a quem Ele estava fazendo o sacrifício de si mesmo. Aqui reside um dos maiores paradoxos de toda a revelação divina. De Cristo foi, em seguida, a verdadeira e adequada sacrifício a Deus, pelos pecados do homem, que satisfez a justiça divina (conforme Is 53:1-A ), e ao mesmo tempo obteve para si mesmo uma vida maior em Sua identidade com Seus remidos comunidade cristã (conforme Cl 1:27 ; He 2:10. ). Portanto, em dons e sacrifícios sumo sacerdócio de Cristo era incomparavelmente superior ao de Arão.

Quanto à função de sacerdote em relação ao pecado do homem, Barclay discute com provas convincentes de que os pecados pelos quais sacrifício poderia expiar, no sistema Israelita, foram os pecados de ignorância. Ele ressalta que os deliberados, pecados intencionais dos homens não estavam previstos nos sacrifícios israelitas. Assim, em seu ponto de vista, enquanto o pecado da ignorância é perdoável, o pecado da presunção não é perdoável (ver He 10:26. ; Lv 4:2 ; N1. 15: 22-31 ; Dt 17:12.) . Em seguida, no entanto, Barclay prossegue para definir essas duas classes de pecados e para distingui-las.

No entanto, devemos notar que os judeus significava pelo pecado de ignorância. Eles significava mais do que simplesmente a falta de conhecimento. Eles incluíram os pecados cometidos quando um homem foi arrastado em um momento de raiva ou paixão ou impulso, quando um homem foi dominado por alguns dominante tentação, quando um homem se arrependeu em tristeza por algo que ele tinha feito. Até o pecado da presunção que significavam o frio deliberada pecado, calculada para que o homem não tinha o menor Lamentamos, a desobediência de olhos abertos a Deus, o momento em que um homem, e não em um momento de paixão ou impulso, mas em distanciamento frio tomou o seu próprio caminho e desobedeceram a Deus. Assim, então, o sacerdote existia para abrir o caminho para o pecador de volta para Deus, desde que o pecador queria voltar.

Aqui, novamente, é necessário notar que os sacrifícios arônicos típicas para o pecado não poderia fazer mais do que apontar para o verdadeiro sacrifício que era para ser feito na Cruz para a expiação do pecado pela oferta de Si mesmo de Cristo (conforme He 9:11 ). Deve-se ainda que o padre Aarônico necessária para oferecer um sacrifício pelo seu próprio pecado antes que ele pudesse sacrifício pelos pecados do povo (v. He 5:3 ), enquanto que Cristo não necessitaram de tal sacrifício. Seu sacrifício é maior do que na de Arão, que Ele é o verdadeiro, enquanto Arão estava, mas o tipo de sacrifício.

A superioridade da capacidade de Cristo, como homem Sumo Sacerdote, para ter cuidado com os ignorantes e errante (v. He 5:2) sobre o do sacerdócio de Arão é interessante e instrutiva. Esta expressão, ter cuidado , parece implicar "moderação" do sentimento e da disposição em que não é nem "suavidade", nem "gravidade". Por causa de suas próprias fraquezas humanas, fraquezas e pecados, o sacerdote humano entendido aqueles que ele representava. Ele exerceu apenas tanta disciplina sobre eles como era para seu bem mais elevado moral, mas não tanto como seria de desencorajá-los de mais fé ou esforço por parte do estabelecimento de normas impossíveis de alcançar. O padre não seria nem um ditador espiritual e moral dura e cruel, nem um pai indulgente e mimos. Ou é tão ruinoso para a fé e de desenvolvimento dos membros da família de Deus, pois é para a criança humana. O sacerdote era para ser um verdadeiro representante de Deus, que é ao mesmo tempo o Deus da lei e do amor. Estes são os dois ingredientes essenciais da natureza de Deus e Sua revelação ao homem. Da mesma forma, devem sempre caracterizar o verdadeiro sacerdote de Deus, como também o sacerdócio dos fiéis. No entanto, Arão não tinha nem a onisciência de entender seus companheiros perfeitamente nem autoridade divina ilimitada para discipliná-los corretamente. Assim, ele não poderia fazer mais do que prenunciam o perfeitamente real sumo sacerdócio de Cristo, que possuía tanto onisciência de compreensão de seus companheiros e onipotência da autoridade divina para discipliná-los corretamente. Neste perfeição do equilíbrio entre a lei eo amor que ele poderia suportar delicadamente com os seus semelhantes no seu sacerdócio alta superior (conforme He 12:6 ).

No capítulo 1 a eterna filiação divina de Cristo estava estressado. Nos versículos 4:6 do presente capítulo, que a filiação é feita com base na superioridade de sua nomeação para o sumo sacerdócio sobre a nomeação de Arão para o seu escritório. Arão foi de fato escolhido de Deus, de entre os seus companheiros, e nomeado para o cargo de sumo sacerdote. No entanto, a nomeação de Arão, por causa da sua humanidade, foi limitado, tanto em duração e autoridade. Nomeação divina de Cristo à Sua sumo sacerdócio ultrapassado Arão está no fato de que Ele era a encarnação do Deus-homem, Filho de Deus e Filho do homem, e que, como tal, defronte pura humanidade de Arão, sumo sacerdócio de Cristo era ilimitado, tanto em sua duração e sua autoridade (conforme He 13:8)

7 O qual nos dias da sua carne, tendo oferecido, orações e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que tinha sido capaz de salvá-lo da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua reverência, 8 ainda que era Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu; 9 e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se a todos os que o autor da salvação eterna obedecer; 10 chamado de Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.

Qualificação de Cristo por seu ofício sacerdotal alta é atestada pelo fato de que Ele tinha comunhão com os homens durante os dias de sua carne (v. He 5:7-A ). Estas palavras evidenciar sua humanidade e sua vida terrena. Suas orações e súplicas, com forte clamor e lágrimas, (v. He 5:7) são uma clara evidência de Seu perturbado, humana, a natureza emocional em si expressar intensamente em medos, ansiedades, e uma sensação de impotência pessoal diante de Deus em petições por livramento na hora da morte. Essas emoções angustiantes não foram misturadas com a fé na experiência do Cristo petição, para, o autor acrescenta: Ele foi ouvido pela sua piedade (v. He 5:7 ). Pedro é um bom exemplo de "tristeza segundo Deus", que produz a salvação pela fé em Deus, como é evidenciado em seu choro amargo e posterior restauração. Judas é um exemplo igualmente apt da tristeza mortífero descrito por Paulo, como resultado de sua fé dissipada e morto. Sem tristeza é tão escuro ou sombrio como o que é permeado por uma total ausência de fé. Descrença total é o inferno começou na alma do homem. Enquanto há fé, há esperança. Quando toda a fé está morta, toda a esperança se foi.

Fé-misturado a tristeza e sofrimento de Cristo adquiridos Sua salvação na hora da morte. A frase salvá-lo da morte (v. He 5:7) é mais bem entendida como salvá-lo "da morte". Neste renderização há uma clara implicação da ressurreição de Cristo, como também uma promessa profética de acreditar libertação final do homem da morte. Isso dificilmente pode ser corretamente entendida como uma oração para a libertação da morte no Getsêmani. Alguns pensaram que o inimigo não atacou a fragilidade da sua natureza humana, com vista a impedir a sua missão redentora na cruz, como alguns supõem. Pelo contrário, ela olha através e além da morte, com todos os seus significados hediondos, para a emissão de uma ressurreição vitoriosa e gloriosa dos mortos, juntamente com o seu significado redentor para o homem perdido.

Em termos práticos, nenhum lugar Deus prometeu ao homem a libertação da morte, como ele também não prometeu a libertação de ensaios. Aqui deve ser claramente notado que provações e tentações não são uma ea mesma coisa. Um ensaio é o teste de fidelidade ou lealdade de um indivíduo a uma pessoa ou causa. Por outro lado, a tentação é uma tentação para fazer o mal. Deus é o autor de muitos dos ensaios do homem, como Ele sabe que eles fortalecer e desenvolver as fibras morais e espirituais da personalidade do homem quando resistiu com êxito. Deus nunca é o autor da tentação em que o homem é atraído para o exterior para fazer o mal. Nem Deus pode ser tentado pelo mal (conforme Jc 1:13 ). Que Deus faz autorização homem, para ser tentado mal, como também a ser julgado, parece perfeitamente óbvio a partir das Escrituras, experiência e observação. Mesmo Cristo foi "levado pelo Espírito [Espírito de Deus] ao deserto, para ser tentado pelo diabo" (Mt 4:1 ). Deus não livrá-los da fornalha, mas Ele o fez entregá-los dentro dela. O rei testemunhou a forma de um quarto "como um filho dos deuses" na fornalha com eles. Atravessaram as chamas da fornalha ardente e sair ilesa porque Deus os entregou nele pela Sua presença onipotente (Ez 3:24 ). Da mesma forma Daniel não foi entregue a partir da cova dos leões, mas ele foi entregue de danos nele (Ez 6:16 ). Davi não professam a fé em Deus para a libertação da experiência da morte, mas ele afirmar sua fé em Deus para acompanhar e sustentá-lo com a sua presença quando ele passou "pelo vale da sombra da morte" (Sl 23:4 ), a partir de toda a eternidade. Significa simplesmente que sua devoção para com a vontade do Pai tinha encontrado seu teste supremo e obediência ativa nestas experiências de sofrimento. Assim, Ele não estava aprendendo a obediência por meio de instrução, mas sim pela ação. Neste for encontrado, diz Tomé, "a diferença entre inocência e virtude. Inocência é a vida não foi testado, mas a virtude é inocência testado e triunfante ".

Em Sua conduta perfeita e conquista, nas experiências anteriores, Cristo cumpriu a dupla exigência de comunhão com o homem e autoridade de Deus que o qualificou para o seu alto cargo sacerdotal, que estava em todos os aspectos, superiores ao de Arão.Através de suas experiências de sofrimento Ele virou ensaio para a vitória, derrotou propósito e poder de Satanás, sondado a profundidade do sofrimento humano, aprendeu por experiência a obediência à vontade do Pai, conquistou a morte, e como homem grande sumo sacerdote, oferece-lhe a vitória sobre o pecado ea vida fora de morte. Então, muito superior ao sacerdócio de Arão é o sumo sacerdócio de Cristo!

O amadurecimento e com vencimento efeitos da perfeição de Cristo, conseguida através de Seu sofrimento, equipados e qualificou-o a tornar-se o criador e executor da salvação universal e eterna para a humanidade. Certamente não há nenhum indício de, ou disposição para, a doutrina da "expiação limitada" neste delimitação da função sacerdotal alta e função de Cristo, como dado pelo autor de Hebreus. No entanto, deve-se notar que Suas realizações para a salvação do homem são provisórios e não determinante. Ele é o autor [ou causa] da salvação eterna [apenas] para todos os que lhe obedecem (v. He 5:9 ). Cristo providenciou salvação universal, mas é deixado para o homem apropriar-se pela fé que a salvação para o bem-estar de sua alma. Que as disposições da salvação eterna são os claros ensinamentos da Palavra de Deus não pode ser negado. Que o homem deve se apropriar dessas disposições, mediante a fé para beneficiar espiritualmente a partir deles é igualmente claro. Mais uma vez, nesta passagem encontra-se a clara distinção entre condicional e segurança eterna incondicional . A primeira é claramente ensinado, e gira em torno de fé obediente do homem em Cristo. Este último não encontra uma dica nesta passagem para apoiá-lo.

Em Sua provisão de salvação eterna (v. He 5:9) por acreditar e os homens obedientes Cristo é superior a Arão, que poderia, mas o ponto de grande sumo sacerdócio de Cristo para vir. Em resumo, Cristo freqüentou a escola do sofrimento (v. He 5:7 ), aprendeu a lição da obediência e disciplina (v. He 5:8 ), e formou-se como o qualificado Grande Sumo Sacerdote da salvação eterna do homem, e Ele foi nomeado por Deus para a liderança sacerdotal da única ordem de Melquisedeque (v. He 5:10 ).

É de se observar aqui, como anteriormente nesta epístola, que a salvação da qual o autor escreve preocupações do crente, principalmente, ao invés de os não convertidos. Aqui é a salvação do crente através do sumo sacerdócio de Cristo , enquanto que os não convertidos encontra sua salvação no Saviorship de Cristo . Mais uma vez, enquanto a salvação do não convertido depende de sua fé na expiação meritória de Cristo, aqui Cristo no Seu sumo sacerdócio torna-se o autor [ou Capitão] da salvação eterna ... para todos os que lhe obedecem (v. He 5:9 ). Para o crente arrependido, Cristo como Salvador é a porta da salvação (conforme Jo 10:9 ). Ele está se movendo em direção a culminação e clímax desta grande tema a ser apresentado no capítulo He 7:1 . Na verdade, há explicações complicadas e argumentos envolvidos para elucidar em seu tratamento deste assunto. No entanto, os problemas de leigos em grande medida o embotamento espiritual de leitores e não apenas no sujeito em tratamento. Isso embotamento tinha resultado de sua falta de crescimento e desenvolvimento espiritual. À luz deste fato, o autor divaga de seu tratamento do sumo sacerdócio de Cristo para entregar uma de suas várias exortações graves e avisos, com vista à reactivação seus ouvintes espiritualmente em preparação para a retomada de seu tratamento da Grã sumo sacerdócio de Cristo .

Como é trágico que o homem é incapaz de audiência em que Deus iria falar com ele Sua maravilhosa mensagem de amor pela natureza, por meio de Suas providências, através de uma bela música, através de Sua Palavra, ou por meio de seus mensageiros vocais. De espiritualmente insensíveis 1srael, o profeta declarou: "Ouvi de fato, mas não entendo; e vedes, em verdade, mas não percebeis "( Is 6:9 ).

B. morte espiritual retarda o desenvolvimento espiritual NORMAL (5: 12-14)

12 Pois, quando em razão do tempo, devíeis ser mestres, tendes necessidade de novo que alguém lhe ensinar os rudimentos de os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de alimento sólido. 13 Porque todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça; pois ele é menino. 14 Mas o alimento sólido é para os homens fullgrown, mesmo aqueles que em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir o bem eo mal.

Severamente o autor repreende seus leitores dizendo-lhes que eles estão no jardim de infância da vida e da experiência cristã, quando deveriam ser professores maduros de outros. Eles são bebês no berço exigentes comida pré-digeridas quando eles devem ser capazes de comer e digerir o alimento sólido projetado para a vida adulta madura. Claramente ele envergonha-los, dizendo-lhes que eles são bebês espirituais, quando deveriam estar adultos espirituais maduros. O tempo desde a sua conversão tinha sido por muito tempo, e eles devem ser instrutores de outras pessoas em vez de exigir instrução para si próprios.

No entanto, a infância espiritual destes cristãos hebreus não é tanto o resultado de sua incapacidade de ter crescido e se desenvolvido, pois é uma condição resultante de crescimento espiritual preso em um estágio mais avançado, com atrofia e degeneração resultante. Entre certos povos primitivos, mesmo como em algumas culturas mais avançadas, não é incomum para alimentar os membros doentes e muito velho e doente de sua sociedade o mesmo tipo de comida preparada para bebês ou crianças muito pequenas. Este é considerado necessário por causa de seus sistemas digestivos defeituosos. Assim, degeneração pode fazer bebês imaturos das pessoas, bem como o nascimento recente pode fazer. Alguém disse: "Duas vezes uma criança, uma vez que um homem." A infância pode ser em ambas as extremidades da vida. Foi bem dito que "ninguém é velho (ou entra em sua segunda infância) até que ele pára de crescer."

Esses crentes eram moralmente repreensível porque sua decadência espiritual que os privaram de sua experiência de palavra da justiça (v. He 5:13 ), pois eram bebês. Infância espiritual, como a física, é natural e bonito em seu tempo e lugar adequado (conforme 1Pe 2:1 ). No entanto, além deste tempo de infância natural, ela perde a sua beleza e se torna natural e pouco atraente (conforme 1Co 2:6 ; 1Co 4:13 Ef. , 14 ).

A maturidade espiritual é sempre caracterizada pela percepção espiritual ou discernimento e compreensão. Condição dos leitores não era irremediável. Embora eles estavam em um estado degenerado, eles podem ainda ser revivido, restaurado, e reativadaem razão do uso de suas faculdades exercitadas para discernir o bem eo mal (v. He 5:14 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 1 até o 14
Nos dois primeiros capítulos, o autor mostrou que Cristo é maior que os profetas e os anjos; nos ca-pítulos 3—4, demonstrou que ele é maior até que Moisés. Agora ele aponta para Arão, o primeiro sumo sacerdote de Israel, e prova que Cris-to é um sacerdote melhor que ele foi. Se seus leitores abandonassem Cristo pelo judaísmo, estariam tro-cando um grande Sumo Sacerdote por um menor. O autor mostra que Cristo é maior que Arão de, pelo menos, três formas.

I. Cristo tem uma ordenação superior (5:1,4-6)

Arão foi tirado de entre os homens e elevado à posição de sumo sacerdo-te. Ele passou essa honra a seu filho mais velho, e, assim, sucedeu-se nas gerações seguintes. Arão pertencia à tribo de Levi. Essa linhagem foi se-parada para ser a tribo sacerdotal da nação de Israel.

No entanto, a ordenação de Cristo foi superior. Pois ele não é apenas um homem; ele é Deus em carne, o Filho de Deus e do Homem. Ele não tomou, de forma egoísta, essa honra do sacerdócio para si mesmo. Os filhos de Corá tentaram fazer isso pensando apenas em si mesmos (Nu 16:0, do ver-sículo 5, porque o ministério sacer-dotal de Cristo relaciona-se com sua ressurreição, e Sl 2:7 refere-se à ressurreição dele (At 13:33).

Em Hebreus 7—10, o tema prin-cipal é o sacerdócio de Melqui- sedeque, por isso não precisamos entrar em detalhes nesse momento. É interessante ler Gênesis 14:17-20 para conhecer o histórico. Todo o argumento de Hebreus 7—10 é que Cristo é um Sumo Sacerdote su-perior porque seu sacerdócio é de uma ordem superior — a de Mel- quisedeque, não a de Arão. O nome "Melquisedeque" significa "rei da justiça". Ele também foi sacerdote de Salém, que significa "paz". Arão nunca foi um sacerdote-rei, porém Jesus é tanto Sacerdote como Rei. Ele é um Sacerdote sentado em um trono! E seu ministério é de paz, o "descanso" discutido nos capítu-los 3—4.

Cristo descende de Judá, a tri-bo real, não da levítica, a sacerdo-tal. Em Gênesis 14, Melquisedeque aparece de repente e, a seguir, de-saparece da história; não há registro de seu início e de seu fim. Por isso, comparam-no à filiação eterna de Cristo, pois o Senhor também "não teve princípio de dias, nem fim de existência". Arão morreu e foi subs-tituído; Cristo nunca morrerá — o sacerdócio dele é eterno. Arão era sacerdote da família terrena; Cristo é Sacerdote do povo celestial.

II. Cristo tem mais complacência (5:2-3,7-8)

O sumo sacerdote tem de ser com-placente com o povo e capaz de ajudá-lo, além de ser escolhido por Deus. Sem dúvida, Arão era apenas um homem e conhecia pessoalmen-te as fraquezas de seu povo. Na ver-dade, ele teve de oferecer sacrifícios por si mesmo e por sua família.

Todavia, Cristo é mais capaz de penetrar nas necessidades e nos problemas do povo de Deus. Os ver-sículos 7:8 relatam o "treinamento" que Cristo recebeu enquanto esteve na terra com os sofrimentos que su-portou. Lembre-se que, conforme discutido em 2:10-11, Cristo, como Deus, não precisava de nada, mas como homem tinha de experimen-tar provações e sofrimentos, pois, um dia, se tornaria Sumo Sacerdote. Os judeus menosprezavam Cristo e questionavam sua divindade por causa dos sofrimentos por que pas-sou. Entretanto, esses sofrimentos são a marca de sua divindade. Deus preparava seu Filho para ser o soli-dário Sumo Sacerdote de seu povo. O versículo 7 refere-se à oração que ele fez no Getsêmani (Mt 26:36-40). Observe que Cristo não ora para ser salvo "da morte", mas "para ser ti-rado da morte". Não ora para que o Pai o salve da cruz, mas para que o ressuscite dos mortos; e essa oração foi respondida. Cristo desejava e es-tava pronto para enfrentar a cruz e beber o cálice que Deus preparara para ele Oo 12:23-24).

Alguém poderia perguntar: "Mas o Filho de Deus pode conhecer nossas provações melhor que ou-tro homem, como, por exemplo, Arão?". Sim, pode! Cristo era perfei-to e experimentou totalmente cada provação. Ele foi testado por inteiro e experimentou cada tentação que tanto o homem como Satanás têm a oferecer. Isso quer dizer que ele foi além do que qualquer mortal pode suportar, já que a maioria de nós desiste antes que a provação fi-que realmente difícil. A ponte que suportou 50 toneladas de peso foi mais testada que a que teve apenas duas toneladas em cima dela.

  1. Cristo ofereceu o sacrifício supremo (5:3,9-14)

O ministério principal de Arão era oferecer sacrifícios pela nação, prin-cipalmente no Dia da Expiação (Lv 16). Os sacerdotes e os levitas ministravam para o povo durante o ano, mas, no Dia da Expiação, todos os olhos se voltavam para o sumo sacerdote, porque era o único que podia entrar no Santo dos San-tos com o sangue. Entretanto, acima de tudo, ele tinha de oferecer sacri-fícios por si mesmo.

Isso não acontece com Jesus Cristo! Ele é o Cordeiro de Deus sem pecados e não precisava ofe-recer sacrifícios por pecado. Con-tudo, ele ofereceu a si mesmo, e não um animal, como sacrifício pelas pessoas. Além disso, ele não precisava repetir o sacrifício; ele precisou oferecer a si mesmo de uma vez por todas, e o assunto foi resolvido. Veja como ele é muito maior que Arão e seus sucessores! Ele é "Autor da salvação eterna" (v.

  1. . Arão nunca poderia fazer isso. O sangue de Cristo afastou os pe-cados de uma vez por todas; o "de touros e de bodes" apenas cobriam os pecados.

O autor viu-se em dificulda-des ao tentar aprofundar o estudo sobre o sacerdócio celestial de Cristo. O problema não era que ele fosse um pregador ou escritor embotado, mas que tinha ouvin-tes moucos. Ele quis ir do leite (as coisas básicas da vida cristã enu-meradas em 6:1-2) à carne (o sa-cerdócio celestial de Cristo), mas isso só seria possível se seus lei-tores acordassem e crescessem. Há muitos cristãos que vivem de leite — conhecem os rudimentos do evangelho e da missão de Cris-to na terra —, mas não se nutrem com carne, as coisas que Cristo faz agora no céu. Eles reconhecem

Cristo como Salvador, mas não sa-bem o que este pode fazer por eles como Sumo Sacerdote.

Essas pessoas foram salvas ha-via tempo suficiente para que esti-vessem ensinando outros, todavia voltaram a uma "segunda infância" espiritual. Alguém tinha de ensinar- lhes de novo o que tinham esqueci-do. Elas eram "inexperientes" na Pa-lavra (v. 13). Mais uma vez, vemos o papel crucial da Palavra do Senhor! Nosso relacionamento com a Pa-lavra determina nossa maturidade espiritual. Elas tinham se desviado (2:1-3) e duvidado da Palavra (caps. 3—4); assim, tornaram-se surdas em relação a ela. Elas não combinaram a Palavra com a fé (4:
2) e não prati-caram isso em sua vida diária (5:14). Elas se tornaram surdas e ineficien-tes em sua vida espiritual, porque não exercitaram suas faculdades es-pirituais (5:14). Elas regrediam, em vez de seguir em frente (6:1).

Crescer em graça depende do crescimento em conhecimento (2Pe 3:18). Sob o aspecto espiritual, somos mais capazes de ir adian-te quanto mais conhecemos a nós mesmos e a Cristo. Em que ponto você está em seu desenvolvimento espiritual? Você é um bebê que ain-da vive de leite e vagueia no deserto de incredulidade? Ou você está ma-duro e alimenta-se da carne da Pa-lavra, transformando a prática dela em hábito?


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 1 até o 14
5.1 As exigências do sacerdócio judaico incluíam:
1) humanidade;
2) ser escolhido por
Deus;
3) ser representante dos homens;
4) oferecer dons e sacrifícios. Cristo cumpriu plenamente todas elas.
5.2 Condoer-se (gr metriopathein). Era um termo usado na filosofia para indicar o meio termo entre apatia excessiva e a explosão de ira impaciente. Ignorantes. Deus tem compaixão com os que carecem de instrução (conforme Lc 12:46).

5.4 Tomar esta honra. As tristes conseqüências de apoderar-se da honra do sacerdócio ficaram patentes no caso de Corá (conforme Nu 16:0), submissão esta que garante a resposta à oração (1Jo 5:14).

5.8 Aprendeu a obediência. Não implica em que Cristo fosse pecador (conforme 4.15), mas que Sua submissão na fornalha da cruz foi íntegra e evidente. Sofrimento é o preço da obediência do Filho.

5.9 Aperfeiçoado. Pela ressurreição da morte é que Cristo aperfeiçoa a muitos (2.10; 12.2; conforme Rm 4:25). Salvação eterna. É concedida pela obediência que a fé em Cristo produz (Rm 10:9, Jc 2:14-59).

5.11 Aqui se inicia a terceira admonição (conforme 2.1ss e 3.7ss)
5.12 Leite significa as verdades básicas do evangelho; veja 6.1, 2. O alimento sólido que o autor quer apresentar é o sacerdócio de Cristo.

5.13 Inexperiente. Quem pratica a Palavra de Deus cresce.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 1 até o 14

2) As qualificações do sacerdote (5:1-10)

Agora o autor se propõe a discutir as qualificações do sumo sacerdote (v. 1-4). Ele acha que só duas são importantes para serem mencionadas: (a) que o sacerdote seja humano, escolhido dentre os homens (v. 1), e (b) que seja designado para seu posto por Deus (v. 4). Deus ordenou que o sacerdote seja um homem (não um anjo ou outro ser celestial) porque a função principal do sacerdote é representar os homens em questões relacionadas a Deus (v. 1) , isto é, ficar “do lado divino” dos homens (A. Nairne, The Epistle of Priesthood, 1913, p. 146). Somente o homem está sujeito à fraqueza (v. 2). Daí, somente o homem pode compreender a fraqueza humana de tal forma que saiba se compadecer dos que não têm conhecimento e se desviam (v. 2). Assim, somente quando o sacerdote é um homem pode o homem ter certeza de que ele é perfeitamente capacitado para se compadecer de sua fragilidade e assim representá-lo de forma adequada diante de Deus. [Observação: Nos dias do sacerdócio aaraônico, o sacerdote era constantemente lembrado de sua própria inade-quabilidade moral (não inadequabilidade física, pois não podia ter nenhum defeito físico) pela necessidade de constantemente oferecer sacrifício por seus próprios pecados, bem como pelos pecados do povo (v. 3). A atenção nunca é chamada para essa parte da analogia quando aplicada a Cristo, pois, como o autor já afirmou, ele era sem pecado.] O verbo “compadecer-se” (v. 2) traduz um verbo {metriopathein) que descreve o meio-termo entre a indiferença e a hipersensibilidade. Entendido dessa forma, o sacerdote é alguém que não pode ser apático aos problemas de quem ele representa nem afetado muito facilmente por eles. Em outros contextos, no entanto, o verbo estava associado a tais idéias como magnanimidade e clemência. Assim, também possui os significados de condescendência, indulgência e generosidade, tornando-o quase sinônimo de comiseração ou solidariedade (gr. sympathein). Nesse sentido, o sacerdote é descrito como compassivo, uma característica que pertence à sua natureza (Spicq, Comm., v. II, p. 108-9). Observe que os sacrifícios a serem oferecidos são para pecados de ignorância e instabilidade (v. 1,2) , e não para pecados intencionais (conforme Nu 15:22-4).

O sacerdote não deve ser somente humano, mas precisa ser ordenado por Deus (v. 4). Esse é um ofício tão importante que nenhum homem tem o direito de tomar a honra para si mesmo (v. 4) — somente Deus possui a prerrogativa da nomeação de sacerdotes. O precedente foi colocado quando Arão foi estabelecido no seu ofício.
Tendo chamado a atenção para as qualificações para o sacerdócio em geral, o autor agora as aplica especificamente a Cristo de maneira tal que mostra a natureza elaborada do seu estilo retórico. Ele trata essas qualificações sacerdotais em ordem invertida (v. 510). Em primeiro lugar, trata do chamado divino um tanto apressadamente. Há só a afirmação da nomeação divina como sumo sacerdote (v. 5), e a prova das Escrituras: Exatamente o mesmo que antes havia dito a Cristo “Tu és meu Filho” (Sf 2:7; conforme He 1:5) agora disse a ele “Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110:4).

Em segundo lugar, o autor discute a humanidade do sacerdote, mas em muito mais detalhes, pois no seu pensamento é um tópico que requer destaque especial. Ele deseja mostrar muito claramente que Cristo foi verdadeiramente humano, que ele verdadeiramente sabia o que era sofrer como ser humano, que ele verdadeiramente aprendeu por meio da experiência o que significava a submissão total a Deus, de modo que, como resultado, ele tem total consciência dos nossos problemas e é totalmente capaz de se compadecer de nós nos problemas. O autor faz isso com uma linguagem incomparável no NT em termos de intensidade (v. 7,8). Durante os seus dias de vida na terra, Jesus... (v. 7) “não deve ser forçado a sugerir que o autor pensou que Jesus já não estava encarnado depois de sua morte e exaltação” (F. F. Bruce, “Hebrews”, Peake's Commentary on the Bible, rev., 1962, ad loc.). Não nos é dito o que Cristo pediu nas orações e súplicas que fez em alta voz (lit. “gritos”) e com lágrimas (v. 7), mas a linguagem sugere uma alusão ao Get-sêmani, ou a momentos parecidos aos registrados em Jo 12:27: “Pai, salva-me desta (lit. “para fora desta”, ou “tira-me desta”) hora”. Pode-se deduzir, portanto, que era uma oração de libertação apresentada, não obstante, em submissão à vontade do Pai. E ele foi ouvido por causa da sua reverente submissão (v.

7). Aquele que poderia salvá-lo da (lit. “para fora da”) morte de fato livrou-o de dentro da morte por meio da ressurreição, embora não fosse o seu propósito impedi-lo de morrer.

Embora sendo Filho (v. 8): Conforme comentário Dt 1:2. Por meio da expressão ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu, o autor está dizendo que ele, agora na esfera da humanidade, precisa, assim como precisam todos os “filhos” (conforme 12.7ss), aprender o que significa obedecer a Deus quando cercado de sofrimentos e tentações humanos. Se os seus sofrimentos e tentações foram genuínos (conforme o comentário ao final do cap. 4), então sua obediência poderia ser obtida somente por meio de lutas. Assim, a perfeição (v. 9) que ele atingiu deve necessariamente ser uma perfeição moral, cujos benefícios se estendem muito além de si mesmo para abraçar de maneira redentora todos os que por sua vez lhe obedecem (v. 9).

Com base nas palavras que o autor escolheu nessa seção, parece claro que ele tem a intenção de descrever esse “Filho de Deus” em contraste forte com o primeiro “filho de Deus” (Adão; conforme Lc 3:38), que, quando posto à prova, escolheu desobedecer à ordem divina em vez de se submeter a ela, e que, por conseqüência, se tornou a causa universal da morte, e não da vida (conforme Rm 5:18,Rm 5:19; conforme tb. He 10:4-58). Jesus, por outro lado, tendo obedecido completamente, tornou-se a fonte da salvação eterna (v. 9) — uma salvação mediada pela sua função de sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque (v. 10).

V ADVERTÊNCIA ACERCA DAS CONSEQÜÊNCIAS FATAIS DA IMATURIDADE (5.11—6.20a)

1) A possibilidade de a imaturidade conduzir ao rompimento final com Cristo (5.11—6.8)

É o propósito do autor explorar profundamente agora o significado do sacerdócio de Cristo. Mas visto que essa parte do seu sermão (gr. logos, v. 11) é constituída de coisas difíceis de explicar àqueles que se tomaram lentos para aprender (v. 11) e infantis no seu entendimento do ensino da justiça (v. 13), ele se sente compelido a adiá-la até que primeiro os tenha tirado da sua letargia. Com base nisso, fica claro que o problema que Hebreus está tentando resolver é o da inatividade, da falta de perseverança, do embotamento e da imaturidade espiritual. E esse tipo de atitude, por insignificante que pareça, que se a pessoa insiste nela, lentamente, quase im-perceptivelmente, se afasta e é conduzida finalmente a romper com Cristo. Como precaução contra esse tipo de tragédia, o autor insta seus leitores a que se exercitem {pelo exercício constante) para que estejam aptos a discernir tanto o bem quanto o mal (v. 14), que se engajem em exercícios morais, no desenvolvimento dos hábitos mentais pelos quais possam se tornar maduros (gr. “perfeitos”), i.e., aptos para ingerir alimento sólido — o significado do papel de Cristo como sacerdote, por exemplo — e assim já não precisem de leite, ou seja, dos princípios elementares da palavra de Deus (v. 12), ou o á-bê-cê da salvação (conforme ICo 2.1—3.2).

Posto, então, que a maturidade espiritual (ou a imaturidade) é em grande parte uma questão da vontade, o autor os estimula a deixarem os ensinos elementares a respeito de Cristo e a avançarem para a maturidade (6.1). E possível que o verbo traduzido por “avancemos para” devesse receber um sentido passivo — “que sejamos levados para”, pois há uma ambigüidade de significado na forma do verbo grego {pherõmetha). Se o sentido passivo é o correto, “a idéia [não seria] primariamente de esforço pessoal, mas de entrega pessoal a uma influência ativa. O poder está em ação; nós só precisamos ceder a ele” (Westcott, Comm., p. 145; conforme 2Pe 1:21). Aidéia de maturidade está em concordância com o uso da palavra em 5.14. E uma referência aos que estão aptos a compreender, apreciar e ser afetados pela “exposição da verdade cristã com seu desenvolvimento mais elevado”.

O resumo que o autor faz dos ensinos elementares a partir dos quais os cristãos devem avançar, no sentido de construírem sobre um fundamento, pode ser dividido em três grupos de dois elementos cada. O primeiro é o arrependimento e a fé, e está relacionado ao “caráter pessoal” do cristão.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 5 até o 18

II. Os Argumentos Principais São Apresentados e Explicados. 1:5 - 10:18.

A. Cristo "Maior que"; O Argumento da Superioridade. 1:5 - 7:28.

O pensamento introduzido em He 1:4 estende-se agora através de uma sede de sete citações do V.T. Destas, cinco provam a superioridade de Cristo.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 1 até o 10

Hebreus 5

He 5:1-10. A seguir apresentam-se as qualificações para o ofício de sumo sacerdote. Arão serve de modelo, uma vez que ele foi o primeiro a servir no ofício de sumo sacerdote.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 7 até o 10

7-10. A experiência humana de Cristo é a que está descrita aqui. Foi uma experiência de aprendizado e imitações. Esta humilhação (Fp 2:7) foi a Sua hora de aprender a obedecer dentro da esfera do homem. Com isto Ele tornou-se completo. Foi a Sua hora de estar na carne. A referência específica em He 5:7,He 5:8 é às horas de agonia no Getsêmani. A passagem descreve angústia nas palavras forte clamor e lágrimas, orações e súplicas. O inimigo que Ele enfrentava era a morte - tanto a física como a espiritual, porque Ele foi o substituto que assumiu toda a ira de Deus reservada para os pecadores. Seu pedido de livramento foi plenamente garantido na ressurreição, com Sua proclamação de vitória sobre a morte. Por meio desta experiência Cristo aprendeu a obedecer, o que de outro modo não aprenderia. Literalmente, Ele aprendeu das coisas que sofreu (v. He 5:8), que é um jogo de palavras extraído do provérbio grego emathen – epathen.

Agora perfeitamente qualificado como sumo sacerdote, Cristo fornece a salvação eterna (soterias aioniou, v. He 5:9), cujo aspecto eterno relaciona-se com o sacerdócio de Melquisedeque. Contrastando com Arão, Melquisedeque é um sacerdote de Deus para sempre, assunto inteiramente desenvolvido no capítulo 7.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 1 até o 10
b) Qualificação e obra de nosso Senhor como o Sumo Sacerdote descrito (He 5:1-58). Porém, ainda que sua natureza humana tivesse procurado evitar tal possibilidade (Mt 26:38-40), Ele orou em espírito de reverente submissão e de obediência à vontade de Deus, como alguém preparado a aprender-tal era a sua piedade (7) -o fato que cada circunstância e experiência tinha seu próprio lugar no plano do Pai. E Sua oração foi ouvida; e, pela experiência de tal disciplina, Ele aprendeu pessoalmente o pleno significado da obediência humana, sendo assim aperfeiçoado em Seu caráter humano e em Sua idoneidade para ser a causa da salvação humana, uma salvação eterna em sua qualidade. Os homens podem desfrutar o total beneficio de Sua obra salvadora somente se eles igualmente, forem batizados no mesmo espírito, e se tornem tais que a obediência ativa a Cristo seja sua prática contínua.

John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 1 até o 14

11. Cristo o Sacerdote Perfeito (Hebreus 5:1-10)

Porque todo sumo sacerdote tomado dentre os homens está ordenado em favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados; ele pode lidar cuidadosamente com os ignorantes e equivocada, uma vez que também ele mesmo está cercado de fraqueza; e por causa disso ele é obrigado a oferecer sacrifícios pelos pecados, como para as pessoas, para que também por si mesmo. E ninguém tem a honra de si mesmo, mas ele recebe quando ele é chamado por Deus, assim como Aaron era. Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, de modo a tornar-se um sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: "Tu és meu Filho, hoje te gerei"; assim como também diz em outra passagem: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque." Nos dias de Sua carne, Ele ofereceu-se ambas as orações e súplicas, com forte clamor e lágrimas, Àquele capaz de salvá-lo da morte, e foi atendido por causa da sua piedade. Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu. E, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se a todos aqueles que Lhe obedecem fonte de salvação eterna, sendo designado por Deus como um sumo sacerdote, segundo a ordem de Melchizekek. (5: 1-10)

Entre as primeiras coisas que um judeu poderia ter pedido uma outra pessoa sobre a sua religião foram: "Quem é o seu sumo sacerdote? Quem faz a mediação entre você e Deus? Quem oferece os sacrifícios para expiar seus pecados?" Um judeu durante o tempo da igreja primitiva pode muito bem ter pedido um cristão, "Como são os seus pecados vai ser perdoado quando você não tem ninguém oferecendo sacrifícios e ninguém intercedendo por você? Como você pode afirmar que esse novo pacto substitui e é superior ao da Antiga Aliança feita por meio de Moisés, quando ele te deixa sem um sumo sacerdote? "
O cristão teria respondido: "Mas nós fazer temos um sumo sacerdote, um Sumo Sacerdote perfeito. Ele tem oferecido sacrifício pelos nossos pecados. Ele não limitar-se a um templo terreno, nem Ele tem que sacrificar por ano, muito menos diariamente. Ele fez um sacrifício que expia todos os pecados já cometidos, desde o início até o fim dos tempos. É como um grande sumo sacerdote Ele é e como é grande o Seu sacrifício foi. Não só isso, mas o nosso Sumo Sacerdote está sentado à direita mão de Deus e continuamente intercede por aqueles de nós que pertencemos a Ele. "

O coração do livro de Hebreus (caps. 5-9) concentra-se em sumo sacerdócio de Jesus. Seu sacerdócio superior, mais do que qualquer outra coisa, faz com que a Nova Aliança melhor do que o velho. Ele fez o que todos os sacerdotes junto da velha economia não fez e nunca poderia ter feito.
Os sacerdotes sob a Antiga Aliança eram construtores de pontes a Deus. Os homens não poderiam vir diretamente na presença de Deus, e, portanto, Deus designou certos homens para ser contínuos, por assim dizer, para trazer os homens à Sua presença. A maneira de Deus foi aberto somente como os sacerdotes ofereciam sacrifícios dia após dia, ano após ano, apresentando o sangue dos animais a Deus. Os sacerdotes eram mediadores de Deus.

A One, Perfect Grande Sumo Sacerdote

Mas, com o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, a necessidade de o Templo e para o sacerdócio levítico foi encerrada. Não havia mais uma exigência para um sumo sacerdote, como aqueles que conseguiram Aaron, ou por qualquer sacerdote humano em tudo. Jesus era tanto sumo sacerdote e sacrifício, e desde eternamente para o homem uma abertura na presença de Deus. Na sua crucificação, a cortina do templo se rasgou em dois, expondo o Santo dos Santos para quem quisesse vir a Deus através do Filho. Em um ato perfeito de sacrifício, Jesus Cristo realizou o que milhares e milhares de sacrifícios por uma multidão de sacerdotes nunca realizados. Ele abriu o caminho para Deus permanentemente, de modo que qualquer homem, em qualquer momento, pela fé em Cristo pode entrar na presença de Deus.

As qualificações para Sacerdocio

Porque todo sumo sacerdote tomado dentre os homens está ordenado em favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados; ele pode lidar cuidadosamente com os ignorantes e equivocada, uma vez que também ele mesmo está cercado de fraqueza; e por causa disso ele é obrigado a oferecer sacrifícios pelos pecados, como para as pessoas, para que também por si mesmo. E ninguém tem a honra de si mesmo, mas ele recebe quando ele é chamado por Deus, assim como Aaron era. (5: 1-4)

Estes quatro versículos afirmam os três qualificações básicas para um judeu sumo sacerdote . Ele foi nomeado por Deus, era simpático com aqueles a quem ele ministrava, e ofereciam sacrifícios em seu nome. Os seis versos a seguir mostram como Jesus Cristo cumpre essas qualificações.

Designado por Deus entre os homens

Ele tinha que ser um homem

Um padre tem que participar da natureza das pessoas para quem ele oficia. Um verdadeiro sumo sacerdote , portanto, teve de ser tomado dentre os homens ; ou seja, ele tinha que ser um homem. Deus não escolheu anjos para serem sacerdotes. Os anjos não têm a natureza dos homens. Eles não podem realmente entender os homens e eles não têm uma comunicação aberta com os homens. Apenas um homem poderia estar sujeito às tentações de homens, poderia experimentar o sofrimento como os homens, e, assim, ser capaz de ministrar aos homens em um entendimento e uma maneira misericordioso. Apenas um homem poderia, com razão, o ministro em favor dos homens.

Lembrando a quem esta carta foi escrita, podemos ver mais facilmente a importância do ponto que está sendo feito aqui sobre Jesus Cristo. Para ser o Sumo Sacerdote perfeito, na verdade, ser um sumo sacerdote em tudo, Ele tinha que ser um homem. Esta muito, é claro, estava completamente clara e aceitável para os judeus. Seu problema foi com o incarnation- Deus se tornar um homem. O Espírito Santo muito simplesmente responde ao problema da encarnação com um ponto básico: o Messias, que é Deus, não poderia ser um verdadeiro sumo sacerdote, a menos que ele fosse um homem. A menos que Deus podia sentir o que os homens sentem e passar por aquilo que os homens passam por, Ele não teria nenhum entendimento experiencial daqueles que Ele representava.

Sob a velha economia, mesmo depois que os convênios com Abraão e com Moisés, Deus era inacessível. Na queda, Deus expulsou Adão e Eva do jardim e do homem já não tinha acesso à presença do Senhor. No deserto, o povo foi avisado para não chegar muito perto de Sinai, onde Deus escolheu para manifestar-Se a Moisés ao dar o pacto da lei. No Tabernáculo e no Templo de Deus estava por trás de um véu e poderia ser abordado apenas por meio do sumo sacerdote.
Mas em enviar seu Filho, Jesus Cristo, Deus já não se manteve distante, transcendente, e separada de homens. Ele entrou no mundo humano e sentiu tudo o que os homens nunca vai se sentir, a fim de que ele seja um simpático, misericordioso e fiel sumo sacerdote. Se Deus nunca havia se tornado o homem, Ele nunca poderia ter sido um sumo sacerdote, um mediador, ou um intercessor. Ele nunca poderia ter oferecido o sacrifício perfeito e absoluto pelos pecados de Seu povo, que a justiça divina necessários. A encarnação não era uma opção; era uma necessidade absoluta. Era um imperativo se os homens fossem salvos.
João Calvin disse: "Era necessário que Cristo para se tornar um homem de verdade. Porque, como estamos muito longe de Deus, nós estamos de uma forma diante dele, na pessoa do nosso padre, que não poderia ser se não fosse um de nós. Assim, para que o Filho de Deus tem uma natureza em comum com a gente, não diminui sua dignidade, mas louva-lo a mais para nós porque ele é equipada para nos reconciliar com Deus, porque ele é o homem. " Deus teve que descer até onde estamos, a fim de nos pegar e nos trazer de volta a Ele.

Ele teve que ser homem de Deus

Mas um verdadeiro sacerdote não poderia ser um homem qualquer. Ele teve que ser nomeado por Deus. Não era um escritório que um homem poderia preencher simplesmente por causa de seus próprios planos ou ambição. Ele tinha que ser de Deus o homem-não apenas no sentido de ser fiel e obediente a Deus, mas no sentido de ser selecionado por Deus. Ele foi nomeado em favor dos homens , mas por Deus. "Ninguém tira a honra de si mesmo, mas o recebe quando é chamado por Deus, assim como Aaron era" (v 4; conforme 8: 3.).

Quando o sacerdócio foi estabelecida pela primeira vez, Moisés foi instruído ", Em seguida, trazer para si mesmo perto de Arão, teu irmão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para ministrar como sacerdote para Me-Arão, Nadabe e Abiú, Eleazar e Itamar , filhos de Aarão "(Ex 28:1.). O sacerdote ministrava apenas em nome daqueles que pecaram na ignorância e, assim, se extraviaram. Em toda a economia do Antigo Testamento, não há absolutamente nenhuma provisão feita para o transgressor impenitente, deliberada, e desafiador. Não há nenhum. "Mas a pessoa que fizer alguma coisa desafiadoramente, quer seja natural ou um alienígena, que um é blasfemar contra o Senhor, e essa pessoa será extirpada do seu povo" (. Nu 15:30).

Assim, a ênfase aqui é na simpatia. O sumo sacerdote era para ter simpatia para com aqueles que por ignorância se extraviaram. Desde o próprio sacerdote judeu era um pecador, ele teve a capacidade natural, e ele deveria ter tido a sensibilidade, a sentir-se um pouco mais do que os outros estavam sentindo.

Sacrificar por Homens

Em seu trabalho de mediação, o sumo sacerdote fez dois tipos básicos de ofertas: dons e sacrifícios (v 1; conforme 8:. 3; 9: 9).

Presentes Oferecendo

No sentido mais amplo, presentes incluído todo o dinheiro, jóias ou outros objetos de valor essas pessoas deram ao Senhor por meio dos sacerdotes. Mas eu acredito que as referências em Hebreus para presentes se referem especificamente ao grão, ou refeição, oferecendo-a única oferta sem sangue prescrita sob a Antiga Aliança. Foi uma ação de graças e dedicação oferta (ver Lev. 2).

A oferta de cereais consistiu de farinha e óleo, misturado com incenso para dar um aroma agradável, e, por vezes, cozido ou frito em um bolo. Parte da oferta foi queimado sobre o altar, eo restante pertencia aos sacerdotes para comer. Nenhuma limão ou mel poderia ser utilizado, porque estes fermentado. A medida pequena de sal foi necessária, porque preservados. Restringindo o que iria estragar e exigindo que o que preservaria simbolizava uma dedicação que foi duradoura. A oferta representou a dedicação de uma pessoa e todos os seus bens a Deus em agradecimento completas para o que Deus tinha feito.

Oferecer sacrifícios

E por causa disso, ele é obrigado a oferecer sacrifícios pelos pecados, como para as pessoas, por isso, também por si mesmo. (5: 3)

Os sacrifícios , no entanto, foram para a expiação dos pecados. Eles não podiam tirar a tendência pecado ou a capacidade pecado, mas que foram feitos para o perdão dos pecados particulares. Consequentemente, eles tinham que ser continuamente repetido dia após dia, ano após ano.Oferecendo sacrifícios foi o principal trabalho do sacerdote. E uma vez que ele próprio pecado, ele teve que fazer sacrifícios para si mesmo , bem como para as pessoas .

O Sacerdote Perfeitamente Qualificado

Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, de modo a tornar-se um sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: "Tu és meu Filho, hoje te gerei"; assim como também diz em outra passagem: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque." (5: 5-6)

Os versículos 5:10 mostram como Jesus reuniu todas as qualificações para sumo sacerdote mencionadas nos versículos 1:4, e muito mais.

Designado por Deus

Em primeiro lugar, Jesus foi escolhido, enviado, e honrado por Deus Pai. Mais uma vez o escritor escolhe citações do Antigo Testament- Tu és meu Filho, hoje te gerei (Sl 2:7). Deus investiu Jesus com a autoridade e honra do sumo sacerdote , segundo a ordem de Melquisedeque.

Melquisedeque será discutido em algum detalhe sob Hebreus 7, mas uma breve palavra aqui é necessário. Ele era um rei-sacerdote que viveu na época de Abraão, e cuja ascendência é completamente desconhecido. Ele era o rei de Salém (antigo nome de Jerusalém) e era um sacerdote do verdadeiro Deus (Gn 14:18). Ele viveu muitos séculos antes do sacerdócio de Arão foi estabelecido e seu sacerdócio era interminável (He 7:3). A tradução mais precisa de He 5:7).

Jesus foi ouvido pelo Pai por causa de Sua piedade. A palavra grega eulabeia , traduzida por "piedade", pode significar temor reverencial ou temor, como refletido na Rei Tiago. Ele carrega a idéia de ser devotamente submissa. Jesus reconheceu Deus como soberano e cometeu-se ao Pai.

Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu. (5: 8)

Muitas vezes, o melhor, e às vezes a única, maneira de aprender a simpatia é pelo sofrimento a nós mesmos o que o outro está sofrendo. O sofrimento é um professor muito hábil. Podemos ler e ouvir sobre a dor de ser queimado. Nós podemos até mesmo ver as pessoas sendo queimadas. Mas até que foram queimados nós mesmos, não podemos completamente simpatizar com uma vítima de queimadura. Eu tinha lido sobre, e até mesmo visto, muitos acidentes automobilísticos; mas somente depois que eu estava envolvido em um que quase levou a minha vida me fez perceber o quão horrível que pode ser.
Jesus teve que aprender certas coisas pelo sofrimento. Ele recebeu nenhuma isenção de sofrimento e dor. Mesmo que Ele era o Filho de Deus, Deus em carne humana, Ele foi chamado para sofrer. Ele aprendeu o sentido pleno do custo de obediência , todo o caminho até a morte, a partir das coisas que sofreu e, portanto, Deus afirmou Lo como um perfeito Sumo Sacerdote.

Esse é o tipo de sumo sacerdote que precisamos e um que conhece e entende o que estamos passando. Quando vamos para o Senhor em oração e cair de joelhos diante dele e dizer: "Deus, esse problema, essa perda, essa dor está quebrando meu coração", como é maravilhoso sentir seus braços em torno de nós e sentir em nossos corações que Ele está dizendo: "Eu sei. Eu sei."

Sacrificar por Homens

E, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se a todos aqueles que Lhe obedecem fonte de salvação eterna ". (5: 9)

Em seu sofrimento e morte, Jesus cumpriu o terceiro requisito para sumo sacerdote. Ele ofereceu o sacrifício de si mesmo e, assim, tornou-se o perfeito Sumo Sacerdote e a fonte da salvação eterna. Jesus passou por tudo o que Ele tinha que passar, e realizou tudo o que precisava, para que pudesse ser um Sumo Sacerdote perfeito tal. Ele não estava, é claro, se aperfeiçoa , no sentido de ter a Sua natureza melhorada. Ele é eternamente perfeito em justiça, santidade, sabedoria, conhecimento, verdade, poder, e em todas as outras virtudes e capacidade. Nem sua natureza, nem Sua pessoa mudou. Ele tornou-se perfeito no sentido de que ele completou o seu curso de qualificação para se tornar o eterno Sumo Sacerdote.

Ao oferecer seu sacrifício, no entanto, Jesus diferia de duas maneiras muito importantes de outros sacerdotes. Primeiro, Ele não tinha que fazer um sacrifício para si mesmo antes que Ele pudesse oferecê-lo para os outros. Em segundo lugar, o Seu sacrifício foi uma vez e para todos.Ele não tem que ser repetido todos os dias, ou até mesmo a cada ano ou a cada século.
Pela Sua morte, Jesus abriu o caminho da salvação eterna. Todos os padres de todos os tempos não poderia fornecer a salvação eterna. Eles só podiam fornecer perdão momentâneo. Mas por um ato, uma oferenda, um sacrifício, Jesus Cristo aperfeiçoou para sempre os que são seus. O Sumo Sacerdote perfeito torna perfeito aqueles que aceitam o sacrifício perfeito, aqueles que lhe obedecem .

obediência mencionado aqui de os que lhe obedecem não é que em matéria de preceitos, regras e regulamentos. Não é a obediência à lei. É a "obediência da fé" (Rm 1:5). A confiança em Jesus Cristo é o trabalho da fé e da obediência da fé.

Infelizmente e tragicamente, todas as pessoas não acreditam. E quem não crê verdadeiramente não obedecer, não importa o quão moral, bem-intencionadas, religiosas, e sincero. Na Primeira e Segunda Tessalonicenses, Paulo fala das duas respostas ao evangelho-os apenas duas respostas possíveis. Na segunda carta, ele conta a história de vingança de Deus sobre aqueles que "não conhecem a Deus" e que "não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus" (1: 8). Na primeira carta, pelo contrário, ele elogia o trabalho missionário dos fiéis cristãos de Tessalônica na Macedônia e Acaia (1: 8). Sua obediência na fé os levou outros a obediência à fé e ao dom da salvação eterna .

12. A Tragédia de rejeitar a completa revelação — parte 1 (Hebreus 5:11-14)

No que diz respeito a ele que tenho muito a dizer, e é difícil de explicar, uma vez que você se tornou maçante da audição. Embora a esta altura já devessem ser mestres, você tem necessidade de novo por alguém para lhe ensinar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e que têm vindo a precisar de leite e não de alimento sólido. Para todos que se alimenta de leite não está habituado a palavra da justiça, porque ele é um bebê. Mas o alimento sólido é para os adultos, que por causa da prática, têm os sentidos treinados para discernir o bem eo mal. (5: 11-14)

Viemos para uma seção de Hebreus de que existem inúmeras e muitas vezes conflitantes interpretações, até mesmo entre os evangélicos. A passagem em geral é de 5: 11-6: 12, e lida com maturidade espiritual. As duas primeiras partes (5: 11-14 e 6: 1-8) são, creio, dirigida aos incrédulos, ao passo que o terceiro (6: 9-12) é para os crentes.

O contraste entre o cristianismo eo judaísmo

Ao longo do livro de Hebreus, as muitas comparações e contrastes são basicamente entre o cristianismo eo judaísmo. Esta verdade é essencial para uma interpretação correta da epístola.
A maioria dos livros da Bíblia tem um tema principal, ou um grupo de temas estreitamente relacionados. Uma das primeiras regras de hermenêutica bíblica de som (interpretação) é descobrir esse tema central e tornar todas as outras interpretações à luz do mesmo. O evangelho de João, por exemplo, contém muitas verdades profundas e maravilhosas sobre Deus e Seu plano para o homem. Mas a mensagem central, primordial desse evangelho é a divindade de Jesus Cristo. Uma pessoa que perde essa verdade não pode completa e adequada a entender as outras verdades que João apresenta no livro.
O tema central e mensagem do livro de Hebreus é a superioridade da Nova Aliança para o Velho, isto é, do cristianismo ao judaísmo. Dentro deste tema são os subtemas da superioridade do sacerdócio novo para o velho, o novo sacrifício para os antigos, o novo mediador para os antigos, e assim por diante. Esta é a chave que abre todas as seções de Hebreus, e de usar qualquer outra tecla é, creio eu, para fazer a entrada forçada.
No livro de Hebreus o Espírito Santo não está contrastando dois tipos de cristianismo. Ele não está contrastando imaturos cristãos e pessoas maduras. Ele está contrastando o judaísmo eo cristianismo, o judeu não salvo no judaísmo eo judeu resgatados no cristianismo. Ele está contrastando da substância e da sombra, o padrão ea realidade, o visível eo invisível, o fax e a coisa real, o tipo e o anti-tipo, a imagem eo real.
O Antigo Testamento, essencialmente, é a revelação de fotos e tipos, que são cumpridas em Cristo, no Novo Testamento de Deus. O livro de Hebreus, portanto, compara e contrasta as duas partes da revelação de Deus que a nossa divisão da Bíblia reflete.

A terceira advertência

No que diz respeito a ele que tenho muito a dizer, e é difícil de explicar, uma vez que você se tornou maçante da audição. (05:11)

Ele , é claro, refere-se a Melquisedeque, que acaba de ser mencionado (vv. 6, 10). Antes que ele explica a ordem de Melquisedeque (no cap. 7), no entanto, o escritor dá a sua terceira advertência parêntesis. Como já observamos, intercalados em todo Hebreus várias advertências aos judeus intelectualmente convencido que estavam na beira da decisão, mas ainda não havia chegado à fé em Cristo. Estes avisos também poderia funcionar no contexto de incentivo e conselhos aos judeus que haviam crido em Cristo, mas estavam sendo tentados a voltar ao judaísmo por causa de dúvidas, críticas, e, para alguns, até mesmo perseguição. Mas o impulso principal foi para os incrédulos. O primeiro aviso (2: 1-4) foi sobre a sua negligenciando o evangelho, ea segunda (3: 7-19) foi de cerca de endurecer o coração para ele.

A terceira advertência refere-maturidade espiritual perigo de ficar com as verdades elementares e promessas da Antiga Aliança, agora que ela foi substituída pela Nova. Este aviso é também, creio eu, para o mesmo grupo que são os outros dois para judeus incrédulos que sabiam muito sobre o evangelho, mas que não tinha ido todo o caminho para aceitá-la por si mesmos. Alguns podem ter feito uma profissão de fé superficial, mas na verdade não acreditava. Eles são informados sobre o perigo de não reivindicar a bênção da Nova Aliança, além de que eles não podem ter a vida eterna. Eles estão perto, mas tão longe.

Babes incrédulos

Há, é claro, muitas exortações no Novo Testamento para os cristãos imaturos para crescer. Ao longo da história da igreja tem havido necessidade de tal conselho, mas eu não acho que é o que é dado aqui. Ele está dizendo aos judeus hesitantes ainda paira sobre o Judaísmo, "Venha à integridade, à maturidade, na Nova Aliança." Esta interpretação não é o mais tradicional, mas eu acho que é coerente com o contexto de todo o livro e é defensável. O aviso eo apelo, como antes, são evangelística. O vencimento de ser chamado para não é a de um cristão cresce na fé, mas de um incrédulo entrando na fé nas verdades maduros adultas e bênçãos da Nova Aliança. É a mesma maturidade ou perfeição (a partir teleioō ) como em 10: 1 e 14, que só pode se referir à salvação, não o crescimento cristão.

A Antiga Aliança foi o alfabeto espiritual. A Antiga Aliança foi a conversa de bebê, as letras e os sons do primeiro vocabulário de uma criança. Você não usa uma enciclopédia para começar a ensinar uma criança a ler. Você pode usar imagens e outros objetos visuais. Você aponta para a imagem ou o objeto e dizer: "Esta é uma bola. Isso é um cavalo. Este é um peixe." Mais tarde você começar a explicar essas coisas. Diga-lhe que as bolas são redondas, cavalos comem feno, e que os peixes "respirar" água. A revelação de Deus para o homem evoluiu de uma forma similar. O Antigo Testamento era a Sua fundamental, ensino fundamental. Tudo começou com "imagens". Deus estava dizendo, com efeito, "Esta é uma festa que você é para comemorar. Este é um sacrifício que você deve fazer. Estas são as roupas de um sumo sacerdote deve usar, e esta é uma lavagem cerimonial que é necessário para certas ocasiões." Cada um tinha objetivos e benefícios para os tempos para o qual foi dado. Mas principalmente eles eram fotos de coisas que estão por vir, que as pessoas não eram, então, pronto para entender. Eles eram símbolos e sombras de realidades em Cristo e da Nova Aliança (Cl 2:17).

Agora que a Nova Aliança tinha chegado em Jesus Cristo, o autor de Hebreus está dizendo a seus companheiros judeus, "Deixe suas fotos, o leite e comida de bebê, do Antigo Testamento. Venha para as realidades cumpridas e os alimentos sólidos do Novo Testamento. Deixar o judaísmo e vir a Cristo ".

Apatia impede o Entendimento

Portanto, antes que eles poderiam entender o significado do sacerdócio de Jesus ser como Melquisedeque do, os leitores precisava chegar além de sua limitada compreensão, imaturo de Deus. A marca da tecla de que a imaturidade era simplesmente embotamento da audição, letargia espiritual. A relação de Melquisedeque e seu sacerdócio a Cristo é rico e significativo e importante para o fluxo do livro, mas não pode ser entendido pelos incrédulos, mesmo os que intelectualmente aceitar o evangelho. "O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus ... porque eles são avaliados espiritualmente" (1Co 2:14). Esses crentes fronteiriços foram sendo informados de que não houve utilização de ir para as coisas mais profundas da Nova Aliança, nesse momento, porque eles haviam se tornado tardios em ouvir.

Dull vem do grego nōthros , que é composta das palavras para "não" e "push". Literalmente, portanto, significa "não push" Slow, lento. Quando usado de uma pessoa que geralmente significava intelectualmente entorpecido ou grossa. No contexto desta passagem, no entanto, que indica principalmente embotamento espiritual.

Quando uma pessoa está espiritualmente maçante, ele é difícil de ensinar. Esses judeus tinham sido embalado em sono por causa da negligência e da dureza de coração, e eles teriam que acordar e ficar alerta se eles estavam a apreciar a verdade, a importância ea necessidade da Nova Aliança. Eles não podiam compreender verdadeiramente o evangelho, é claro, até que eles depositam sua confiança no portador do evangelho. Para ser capaz de ver a sua importância, eles tiveram que espiritualmente "acordar e prestar atenção."
Estes descrentes letárgicos têm muitas homólogos hoje. As pessoas ouvem o evangelho e são agitados e animado. A compreensão espiritual parece começar, mas quanto mais eles ouvi-lo sem aceitá-lo, o mais lento tornam-se espiritualmente. Eles negligenciam a agir sobre a verdade que conhecem e se tornam mais e mais endurecido a ele, muitas vezes, ao reivindicar a admirar e respeitar. Eles se tornam mais e mais isolado da verdade espiritual e compreensão, e da própria vida espiritual.

Embora, como já observamos, esta passagem não é dirigida aos crentes, o mesmo princípio se aplica. Quando não confiamos e agir em qualquer parte da verdade de Deus que sabemos, se tornam endurecidos a ele e cada vez menos provável de se beneficiar dele. Ou quando evitamos se aprofundar nas partes mais profundas da Palavra de Deus, estar satisfeito com o "básico", que isolar-nos do Espírito Santo a esse ponto. A partir de uma perspectiva um pouco diferente, um professor ou um pregador pode sofrer espiritualmente quando ele não se preocupa em ensinar e pregar a mais profunda, e às vezes mais difícil, verdades da Escritura, ou tem medo de fazê-lo. Quanto mais ele resiste ou negligenciar a ensiná-los, a menos que eles vão dizer a ele. Paulo foi capaz de dizer que ele não deixou de declarar todo o conselho, ou a Proposito, de Deus (At 20:27). Ele não iria ignorar ou negligenciar qualquer parte da Palavra de Deus. Nenhum servo fiel de Deus vai acomodar os seus ensinamentos para o maçante, Cristão preguiçoso.

Estupidez é gradual

A implicação Dt 5:11 é que aqueles que foram tardios em ouvir uma vez tinha sido atento e interessado, talvez mesmo ansioso, para aprender mais sobre o evangelho. Eles não começou maçante; tornaram-se dessa forma gradual. Estas foram, sem dúvida, entre os que tinham "uma vez foram iluminados" e "provaram o dom celestial" (6: 4). Houve uma época em que tinham sido agitada e se mudou e aberto. Eles foram uma vez à beira da salvação. Até agora, no entanto, tinham afundado em um estado bastante firme de estupor espiritual.

Estupidez é improdutivo

Embora a esta altura já devessem ser mestres, você tem necessidade de novo por alguém para lhe ensinar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e que têm vindo a precisar de leite e não de alimento sólido. (5:12)

Devido ao período de tempo que tinham estado sob instrução do Novo Testamento verdade, eles deveriam ter conhecido o suficiente para estar ensinando-lo eles mesmos. Mas porque nunca tinha realmente o aceitou, eles não tinham crescido nela e não podia crescer nele. Eles tinham sido expostos a uma grande dose de verdade de Deus, na maioria dos quais eles provavelmente poderia ter passado um exame. Eles tinham a verdade de uma certa maneira factual e superficial, mas a verdade não tê-los.

Paulo cobrado em Romanos: "Mas, se você levar o nome" judeu ", e contar com a lei, e te glorias em Deus, e conhece a Sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei, e estamos confiantes que você mesmo é um guia dos cegos, luz dos que estão em trevas, um dos néscios, mestre de o imaturo, tendo na lei a forma da ciência e da verdade, você, portanto, que ensinam outro, não te ensinas a ti mesmo? " (2: 17-21). Em outras palavras, eles se orgulhavam na idéia de que eram grandes mestres religiosos. Mas em Hebreus o Espírito Santo diz explicitamente o que está implícito na passagem de Romanos: esses judeus não só foram desqualificados para ensinar, mas precisava voltar ao jardim de infância. Eles não entendiam o ABC de sua própria fé. Isso ficou evidente por sua relutância em reconhecer a sua realização clara.
Tenho conhecido muitos cristãos professos como essa, alguns deles teólogos de renome. Eles sabem Escritura e as línguas bíblicas bem. Eles sabem o que a Bíblia diz. Mas eles não sabem, ou aceitar, o que significa. Para o tempo de estudo e que se colocou, eles devem ser mestres da Palavra de Deus. Mas eles nem sequer compreender seus fundamentos. Eles têm sido estudantes "avançados" da Escritura há décadas, e eles ainda não sabem mesmo Jesus Cristo. Eles podem ensinar, mas não é a pura Palavra de Cristo que eles ensinam.
Alguns anos atrás, em uma conferência de jovens cristãos que falei sobre como escolher o companheiro de vida certo. Depois de uma sessão uma jovem veio até mim e pediu para falar. Enquanto estávamos sentados nos degraus da capela, ela começou a dizer-me que o namorado dela disse que tudo o que uma pessoa faz, no sexo ou em qualquer outra coisa, está tudo bem, desde que ninguém mais está machucado. Depois de um pouco de questionamento que eu descobri que seu namorado tinha 21 anos e ela tinha apenas 14 anos quando me brevemente a fez lembrar de que Deus diz sobre o sexo fora do casamento, ela abaixou a cabeça e disse: "Eu sei disso. Você sabe o que eu preciso? Eu preciso ser salvo. " Ela explicou que não só tinha sido levantada em uma igreja, mas que seu pai era um pastor. Eu respondi: "Então você sabe como ser salvo." "Não", ela disse, "eu não. Eu ouvi meu pai pregar sobre isso, mas eu não entendo isso."
Aqui era uma ilustração perfeita da lentidão espiritual. Esta menina tinha ouvido o evangelho toda a sua vida, mas ela havia rejeitado Jesus Cristo por tanto tempo que o evangelho agora estava nebuloso para ela. Ela não conseguia entender isso. Ela pensou sermões de seu pai eram chatos e não fazia sentido. Ela tinha se tornado totalmente indiferente à Palavra de Deus. Depois que eu cuidadosamente delineado o evangelho a ela, oramos juntos e ela confessou a Cristo como seu Senhor e Salvador.

Apatia exige ser Ministrado Novamente

Porque eles tinham se tornado espiritualmente apático, o informado, mas judeus incrédulos tinha precisa novamente de alguém para ensiná -los. Como o jovem mencionado acima, eles precisavam para começar tudo de nos princípios elementares dos oráculos de Deus .

Os primeiros princípios do Oráculos de Deus

Quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus ? stoicheia ("princípios elementares") significa que o que vem primeiro. Em referência à língua, significava as letras do alfabeto como as partes básicas de palavras-o ABC. Na ciência foi utilizada dos elementos físicos básicos, e em matemática dos princípios básicos da prova.

Oráculos de Deus não se refere ao evangelho. Aqueles que estão sendo abordados eram judeus, e com eles os oráculos de Deus significava que o Antigo Testamento. As palavras de Deus foram as leis de Deus, a mente de Deus revelado no Antigo Testamento. Tendo sido confiada oráculos de Deus foi uma grande vantagem para os judeus (Rom. 3: 1-2). Era os rudimentos da revelação do Antigo Testamento, a lei, que precisavam ser ensinados novamente. Eles tinham tido exposição considerável para a Nova Aliança, mas eles nem sequer compreender o Velho, como evidenciado por sua falta de habilidade para lidar com a verdade mais profunda sobre Melquisedeque.

Esses judeus nem sequer compreender o significado de sua própria lei. Eles precisavam de alguém para voltar e mostrar-lhes as imagens novamente. Eles não estavam preparados para ler um livro; eles tinham que voltar para o ABC-os elementares de imagem-verdades de ordenanças, cerimônias, sacrifícios e dias santos, lavagens. Estes prenunciado Cristo, e eles não podiam reconhecê-lo, a menos que eles entenderam as imagens.

A necessidade de se tornar maduro

O Velho Testamento é o alfabeto; o Novo Testamento é a, maduro mensagem completa. "Antes que viesse a fé, estávamos guardados debaixo da lei, fazendo calar a boca para a fé, que mais tarde viria a ser revelado. Por isso, a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé" (Gal . 3: 23-24). A lei foi um tutor, um treinador de criança, que ensinou os primeiros e fundamentais verdades sobre Deus. Na Nova Aliança que não estão sob o tutor mais. Temos crescido. Esse é o ponto que está sendo feito aqui. Cristo chegou, as sombras são substituídos com a substância, o picturebook é substituído com grandes escritos que podemos ler. O alfabeto é substituída com a composição completa. Os tipos deram lugar à verdade.

Progresso ou regresso

Mais uma vez eles dizem, você veio (conforme v. 11, " você se tornou "). Um bebê não vem a precisar de leite. Ele nasce com essa necessidade. A única pessoa que vem a precisar de leite, a precisar de comida para bebé, é aquele que tem ido de volta à infância. Em vez de se tornar mais maduro, esses judeus foram se tornando menos. Eles estavam voltando para a primeira infância espiritual.

Se você não progride você regredir. Por negligência e dureza eles tinham vindo para o lugar onde eles só poderia lidar com o leite de novo. É fácil para as pessoas a ouvir o evangelho, e, em seguida, ouvi-lo e ouvi-lo e ouvi-lo até que ele se torna banal e sem sentido para eles. Em vez de perseguir a verdade de Cristo e dando suas vidas a Ele, tornam-se espiritualmente lento e estagnado. Eles se tornar maçante de audição e de compreensão lenta, espiritualmente retardado. Eles devem ser alimentados novamente como bebês.

Estes judeus que tinham tanto tempo desprezados Cristo, alguns deles enquanto professando seu nome, não foram capazes de tirar a comida pesada de Melchizedek sacerdócio verdade. Eles teriam que começar de novo de baixo para cima, aumentando gradualmente a sua percepção e entendimento espiritual.

Para todos que se alimenta de leite não está habituado a palavra da justiça, porque ele é um bebê. (5:13)

Um infante espiritual é não acostumados ( apeiros ) às verdades mais profundas. Ele não pode digeri-los, mais do que uma criança física pode digerir um bife. A idéia é a de ser inexperiente, inábil, e, portanto, despreparados e incapazes. O sistema espiritual, como o físico, tem de crescer, a fim de lidar com o que é mais difícil. Uma criança pode tirar algo de olhar para um picturebook mas nada de olhar para um livro didático. Uma criança espiritual poderia obter algum significado para fora das fotos e tipos do Antigo Testamento, mas não fora da palavra da justiça do evangelho.

Mas o alimento sólido é para os adultos, que por causa da prática, têm os sentidos treinados para discernir o bem eo mal. (5:14)

O contraste aqui é simples. O único que continua a alimentar apenas em revelações elementares de Deus não vai crescer, não vai ter nenhum discernimento. Uma criança pequena vai ficar quase tudo em sua boca, tocar em qualquer coisa que ele pode chegar, ir a qualquer lugar que ele pode gerenciar a rastejar-sem noção do que é bom para ele e para o que é ruim, o que é útil eo que é perigoso. O adulto maduro, por outro lado, tem desenvolvido discernimento considerável. Ele é cuidadoso sobre o que ele come, o que ele faz, onde vai.

O mesmo princípio opera no reino espiritual. O maduro crente tem discernimento sobre o que é certo e errado, verdadeiro e falso, útil e prejudicial, justos e injustos.

Mas porque o escritor faz , no capítulo 7, vão explicar o significado da ordem de Melquisedeque, parece que ele espera que seus leitores a amadurecer espiritualmente antes de ler esta parte de sua mensagem. Isto é, ele parece acreditar que em breve será salvo, pois é a única salvação, o novo nascimento, que pode imediatamente colocá-los no nível de maturidade espiritual necessário compreender a palavra de justiça . Ele parece dizer: "Deixe o judaísmo e, no instante da salvação, crescer." O judaísmo é a infância devem sair, a fim de ir para a maturidade de masculinidade pela fé na Nova Aliança Messias.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Hebreus Capítulo 5 do versículo 1 até o 14

Hebreus 5

Em paz com o homem e com Deus — He 5:1-10

Recusar crescer - He 5:11-14

EM PAZ COM O HOMEM E COM DEUS

Hebreus 5:1-10

Agora o autor de Hebreus elabora a doutrina que constitui sua contribuição particular ao pensamento cristão: a doutrina do sumo

sacerdócio de Jesus Cristo. Nesta passagem há três pensamentos básicos de importância sobre o ofício de um sacerdote. Estas três qualidades fundamentais não têm o menor sabor local e temporário: são as

qualidades essenciais do sacerdote de qualquer tempo e geração.

  1. O sacerdote está destinado a tratar as coisas que correspondem a Deus em interesse do homem.

A. J. Gossip costumava contar a seus alunos o que havia sentido quando tinha sido ordenado pastor. É como se o povo lhe tivesse dito: "Nós estamos permanentemente envoltos no pó e no calor do dia; devemos investir nosso tempo ganhando e gastando; devemos servir no

mostrador, trabalhar no escritório, fazer girar as rodas da indústria. Queremos que você fique à parte a fim de que possa entrar no lugar secreto de Deus para voltar cada domingo com uma palavra divina para

nós".

O verdadeiro sacerdote é o elo entre Deus e o mundo. Agora, em Israel o sacerdote tinha uma função especial: era a pessoa que tinha a

tarefa de oferecer sacrifícios pelos pecados do povo. O pecado entorpece a relação que deve existir entre o homem e Deus; levanta uma barreira entre eles; produz o afastamento entre o homem e Deus. O sacrifício tem

a finalidade de restabelecer as relações que devem existir e eliminar as barreiras e o afastamento. Mas novamente devemos nos deter aqui para notar algo. Para o judeu estava sempre muito claro, quando pensava com

elevação, que os pecados que o sacrifício podia expiar eram os pecados de ignorância.

O pecado deliberado, com teimosia, não era expiado pelo sacrifício. O mesmo autor de Hebreus diz: “Porque, se vivermos deliberadamente

em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade,

já não resta sacrifício pelos pecados” (He 10:26). Esta é a crença e convicção que surge várias vezes nas leis sacrificiais do Antigo Testamento. O começo que continuamente se repete é o seguinte: “Quando alguém pecar por ignorância contra qualquer dos mandamentos do SENHOR...” (Lv 4:2, Lv 4:13). Números 15:22-31 é uma passagem chave. Ali se estabelecem os sacrifícios requeridos: "Se foi cometido erro com ignorância". Mas no final estabelece-se: “Mas a pessoa que fizer alguma coisa atrevidamente [RC: à mão levantada; Reina 5alera: com soberba] ... tal pessoa será eliminada do meio do seu povo, pois desprezou a palavra do SENHOR ... será eliminada essa pessoa”. Dt 17:12 estabelece o seguinte: “O homem, pois, que se houver soberbamente ... esse morrerá”. O pecado de ignorância é perdoável, não assim o pecado de soberba.

Entretanto, devemos advertir o que os judeus entendiam por pecado de ignorância. Pensavam em algo mais que na simples falta de

conhecimento. Incluíam os pecados cometidos quando o homem era miserável pela ira ou pela paixão num momento de arrebatamento,

quando era dominado por uma tentação que o subjugava, quando se arrependia pesaroso por algo que tinha feito. Pelo pecado de soberba deve-se entender o pecado frio, deliberado e calculado pelo qual a pessoa

não sentia a mais mínima aflição; a desobediência a Deus a olhos abertos; quando alguém, não num momento de paixão ou arrebatamento, mas com toda frieza, dispunha-se a desobedecer a Deus. O sacerdote estava ali para abrir ao pecador o caminho de volta a Deus, sempre que

se arrependesse.

  1. O sacerdote deve ser um com os homens. Deve ter passado pelas experiências do homem para colocar nele toda sua simpatia. A esta

altura o autor de Hebreus detém-se para advertir — mais adiante mostrará que esta é uma modalidade pela qual Cristo é superior a todo sacerdote terreno — que o sacerdote terreno é um com os homens a tal

ponto que está sob a necessidade de oferecer sacrifícios por seu próprio pecado antes de oferecê-lo pelos pecados do povo. O sacerdote deve ser

um homem; deve estar completamente comprometido com a situação humana; deve estar ligado com os homens pelo vínculo da vida; deve viver com eles e sentir com eles conhecendo suas alturas e seus abismos. Com relação a isto usa um termo maravilhoso: metriopathein. Traduzimo-lo que se mostre paciente (NVI: capaz de se compadecer) mas trata-se em realidade de um desses termos gregos intraduzíveis. O grego definia sempre a virtude como o meio termo entre dois extremos. O homem podia cair em qualquer dos dois extremos; no meio estava o justo e o caminho reto. A virtude para o grego era um equilíbrio, um ponto médio e eqüidistante entre dois extremos. Desta maneira os gregos definiam a metriopatheia (que é o substantivo correspondente) como o meio termo entre a tristeza extravagante e a indiferença absoluta; como a virtude pela que o homem sente da maneira devida.

W. M. Macgregor a definiu como "o curso médio entre as explosões de ira e a indolência condescendente".

Plutarco fala da paciência filha da metriopatheia e se refere a esta como o sentimento de simpatia que o capacita a alguém a tomar a

iniciativa de salvar, perdoar e ouvir. Outro grego reprova a alguém por não ter metriopatheia, e portanto, não querer reconciliar-se com alguém com quem teve uma diferença. Trata-se de uma palavra extraordinária.

Significa a capacidade de suportar a outros sem irritação nem chateio; de não deixar-se arrastar pelo temperamento quando outros procedem neciamente, não aprendem ou caem sempre de novo no mesmo ou parecem ser insensatamente cegos. Descreve a atitude para com outra

pessoa que não estala em cólera por suas falta nem o condena, mas sim no fim do dia responde com uma simpatia amável e ao mesmo tempo eficaz e consegue com sua paciência reconduzir o homem ao caminho

reto. É a atitude que jamais considera o homem néscio sem chance de resgate, mas com freqüência como um filho rebelde de Deus que de algum modo deve ser reconduzido com bondade ao caminho reto.

Ninguém pode tratar com seus semelhantes sem possuir esta

metriopatheia firme, paciente e concedida por Deus.

  1. A terceira qualidade essencial do sacerdote é a seguinte: ninguém se destina a si mesmo ao sacerdócio; sua nomeação provém de Deus. O sacerdócio não é um ofício que o homem assume, mas sim um privilégio e uma glória ao que é chamado. O ministério de Deus entre os homens não é um ofício ou uma carreira, mas sim uma vocação e um chamado. A pessoa deveria ser capaz de olhar para trás e dizer, não "eu escolho este trabalho", mas antes, "Deus me escolheu e me concedeu desempenhar este trabalho".

E agora o autor de Hebreus passa a demonstrar como cumpre Jesus Cristo as grandes condições do sacerdócio.

  1. Em primeiro termo considera que Jesus não escolheu sua

missão. Deus o escolheu para ela. No batismo, Jesus ouviu a voz que lhe dizia: “Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei.” (Sl 2:7).

  1. Jesus atravessou pelas experiências mais amargas dos homens e

entende a humanidade em toda sua fortaleza e sua fraqueza. O autor de Hebreus tem quatro grandes pensamentos sobre Jesus.

  1. Lembra a Jesus no Getsêmani. Pensa nisto quando fala de suas

preces e súplicas, de suas lágrimas e seu clamor. A palavra usada para clamor tem muito significado. O termo grego krauge designa esse clamor que o homem não tenta expressar, mas sim que arranca quase involuntariamente de seu ser pela angústia e agonia de alguma tremenda tensão ou alguma dor dilaceradora. De modo que, o autor de Hebreus diz que não existe agonia do espírito humano pela qual Jesus não tenha passado. Os rabinos tinham o dito: "Há três tipos de súplica uma mais elevada que a precedente: oração, clamor e lágrimas. A oração faz-se em silêncio; o clamor em alta voz; mas as lágrimas superam tudo". Não há porta através da qual as lágrimas não passem. Jesus Cristo conheceu até a oração desesperada das lágrimas.

  1. Jesus aprendeu de todas as experiências humanas pelas que aconteceu as enfrentou a todas com reverência. A frase grega traduzida

"por isso padeceu aprendeu..." é um trocadilho: emathen afjon epathen. Este é um pensamento corrente entre os escritores gregos: sempre ligam

mathein, aprender, e pathein, sofrer. Tosquio, o mais antigo dos grandes dramaturgos

gregos, tem incessantemente o texto: "a aprendizagem vem do sofrimento" (pathei mathos). Chama o sofrimento uma sorte de graça brutal dos deuses. Heródoto declarava que estes sofrimentos eram acarista mathemata, um modo desgraçado de aprender. Um poeta moderno diz dos poetas: "Aprendemos sofrendo o que ensinamos cantando."

Deus fala com homem nas múltiplas experiências da vida e não menos nas que põem à prova o íntimo do coração e da alma. Mas só

podemos escutar esta voz de Deus quando com reverência aceitamos o que nos ocorre. Se o aceitarmos com ressentimento, então os gritos

rebeldes de nosso próprio coração nos fazem surdos à voz de Deus.

  1. Através das experiências pelas quais passou (teleioun). O verbo

teleioun dá lugar ao adjetivo teleios que certamente pode traduzir-se por perfeito sempre que lembremos o que o grego pensava desta perfeição.

Para o grego algo era teleios se levava perfeitamente a cabo o propósito para o qual tinha sido feito e destinado. Quando usava o termo não

pensava numa perfeição abstrata ou metafísica, mas em termos de função. O que diz o autor de Hebreus é que as experiências e sofrimentos pelos que Jesus passou o capacitaram perfeitamente para chegar a ser o

Salvador e Redentor dos homens. Foi capaz de salvar os homens porque passou por todos os vales tenebrosos da vida pelos quais deve passar o espírito humano.

  1. Finalmente o autor de Hebreus diz que a salvação que Jesus

brinda é uma salvação eterna. É algo que salva o homem no tempo e na eternidade; algo que assegura ao homem na vida presente e em toda vida possível. Com Cristo o homem está salvo para sempre jamais. Não há circunstância concebível ou inconcebível que possa arrancar o homem da mão de Cristo.

RECUSAR CRESCER

Hebreus 5:11-14

Aqui o autor de Hebreus trata as dificuldades que o confrontam ao tentar

apresentar

a

seus

leitores

uma

concepção

adaptada

do

cristianismo.

Encontra-se frente a duas dificuldades. Em primeiro lugar não é fácil captar todo o âmbito da fé cristã, nem o pode aprender num só dia.

Requer-se tempo para ensinar e esforço para aprender. Em segundo lugar o ouvido de seus ouvintes é torpe. A palavra que usa aqui é muito expressiva: nothoros significa tardio de mente, torpe em entender, duro

de ouvido, néscia e insensatamente esquecido. Aplica-se ao membro entorpecido de um animal doente, a uma pessoa que tem a natureza de pedra, insensível e letárgica. Agora, aqui se encerra uma mensagem para todo aquele que tem algo a dizer porque sua ocupação e dever é pregar,

ensinar e pensar; para aquele que tem que transmitir algo a outra pessoa. Ocorre com freqüência que evitamos ensinar algo porque é difícil que jamais chegamos a encarar alguma explicação porque a exposição resulta

árdua. Com freqüência nos justificamos dizendo que nossos ouvintes ou nossa congregação ou nossos alunos jamais chegarão a entendê-lo ou captá-lo. De fato uma das tragédias da Igreja é que tente tão pouco

brindar ao povo novos conhecimentos, novos enfoques, novas concepções. É verdade que a tarefa de tal ensino resulta difícil. É verdade que freqüentemente tentar ensinar dessa maneira significa topar-

se com a letargia de mentes indolentes ou com preconceitos combatentes de mentes fechadas. Mas a tarefa permanece. O autor de Hebreus não evitava brindar sua mensagem aos homens mesmo quando a mensagem

fosse difícil e a mente de seus ouvintes lerda para a aprendizagem. Considerava sua responsabilidade suprema transmitir a verdade que conhecia.

Queixa-se de que seus ouvintes, que foram cristãos durante muitos

anos, sigam sendo meninos e estejam longe da maturidade. O contraste

entre o cristão imaturo e o menino, entre o leite e o alimento sólido, ocorre com freqüência no Novo Testamento (1Pe 2:21Pe 2:2; 1Co 2:61Co 2:6; 1Co 3:2; 1Co 14:20; Ef 4:13 ss.). Diz-lhes que no tempo eles deveriam ser mestres. Não é necessário que tomemos isto ao pé da letra. Dizer que um homem era capaz de ensinar significava em grego que possuía uma verdadeira e amadurecida compreensão de um assunto. Diz-lhes que ainda

necessitam ser ensinados nos primeiros rudimentos do cristianismo. A palavra usada para rudimentos é stoiqueia. O termo tem uma variedade de significados. Em gramática significa as letras do alfabeto, o A B C; em física os quatro elementos básicos dos quais se compõe o mundo; em geometria os elementos de prova como o ponto e a linha reta; em filosofia os primeiros princípios com os quais começam os estudantes. O autor lamenta que depois de muitos anos de cristianismo seus fiéis não tenham superado o elementar; são como os meninos que não conhecem a diferença entre o bem e o mal.

Aqui o autor se depara com um problema que acossa a Igreja de todas as gerações: o problema do cristão que recusa crescer.

  1. O cristão pode recusar crescer em conhecimento. Pode ser culpado do que alguém chamou "a incapacidade culpável resultante de descuidar a oportunidade". Há gente que insiste em dizer que o que era

suficientemente bom para seus pais é suficientemente bom para eles. Há cristãos cuja fé não cresceu durante trinta, quarenta, cinqüenta ou sessenta anos. Há cristãos que deliberadamente se negaram a tratar de compreender os progressos que têm feito as ciências bíblicas e

teológicas. São homens e mulheres amadurecidos que, entretanto, insistem em ficar satisfeitos com o progresso religioso de um menino. São semelhantes a um cirurgião que rejeitasse o uso das novas técnicas

de cirurgia, os novos e maravilhosos anestésicos, as novas equipes de instrumentação e que dissesse: "o que era suficientemente bom para Lister é suficientemente bom para mim". São semelhantes a médicos que

ao rechaçar o uso da penicilina, das sulfamidas ou alguma das novas drogas, dissessem: "O que aprendi como estudante faz cinqüenta anos é

suficientemente bom para mim." Em assuntos religiosos isto é ainda pior. Deus é infinito; as riquezas de Cristo são inescrutáveis; e deveríamos seguir progredindo até o final de nossa vida.

  1. Há gente que jamais experimentou um crescimento em sua conduta. Pode perdoar-se que um menino esteja de mau humor, que seja

propenso a acessos incontrolados de temperamento e recuse jogar a não ser seguindo seus próprios impulsos. E há muitos adultos — até na 1greja — que são tão pueris em sua conduta como qualquer menino.

Fisicamente são já homens e mulheres, mas em matéria de conduta não se desenvolveram.

Um caso de detenção no crescimento é sempre algo patético; e o

mundo está cheio de gente cujo desenvolvimento religioso se deteve. negam-se a crescer. Faz anos que se detiveram no crescimento; seus pensamentos são ainda os de um menino; sua conduta é ainda a de um menino. É verdade que Jesus disse que a maior coisa do mundo é fazer— se semelhante a um menino; mas há um mundo de diferença entre ser semelhante a um menino e ter um espírito pueril.

Peter Pan, o menino que não cresceu, é uma encantadora peça no cenário; mas na vida real Peter Pan, o homem e a mulher que não crescem, constituem uma tragédia. Tenhamos cuidado de não viver ainda na religião da infância quando deveríamos ter obtido a fé da maturidade. Tenhamos cuidado de não nos comportar ainda como meninos quando nossa conduta deveria corresponder à de homens e mulheres amadurecidos.


Dicionário

Ainda

advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

Era

substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

outro

Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

Erã

Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


Filho

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

6) Tratamento carinhoso (1

Obediência

substantivo feminino Ação de quem obedece, de quem é submisso, dócil.
Disposição para obedecer.
Ato pelo qual alguém se conforma com ordens recebidas.
Autoridade, mando, domínio.
Licença dada por escrito a um religioso para passar de um convento a outro.
Um dos três votos dos monges, que consiste em obedecer cegamente às ordens do superior eclesiástico.
Obediência passiva, submissão cega às ordens recebidas.

[...] é o consentimento da razão. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 9, it• 8


Obediência Nos evangelhos, a obediência não se identifica com o cumprimento exterior de alguns mandamentos, mas com a adesão de fé a Jesus (Mt 8:27; Mc 4:41). Em contraposição, a rejeição (Mt 18:7; Mc 5:36) e a resistência a ele (Lc 1:17) são desobediências.

Padecer

verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Sofrer de dores físicas ou morais; estar doente: padecia torturas; padecia com o castigo; com a dor, padecia.
Ser alvo de maus-tratos: padecer um cão; o cão padecia com donos maus; naquela casa violenta, a criança padecia.
Ter dificuldades ou estar infeliz: padecia torturas; padecia de uma aflição imensa; ela padeceu no hospital por meses.
verbo transitivo direto Ser resistente a; conseguir suportar situações adversas; aguentar um mal: o mendigo padece a frio das noites de inverno.
Dar consentimento a; tolerar: a lei não padece autorização.
verbo intransitivo Antigo Perder a vida por condenação à morte.
Etimologia (origem da palavra padecer). Do latim vulgar patiscere.

A palavra padecer vem do latim patior, que significa sofrer.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Hebreus 5: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

emboraG2539 καίπερG2539 sendoG5607 ὤνG5607 G5752 FilhoG5207 υἱόςG5207, aprendeuG3129 μανθάνωG3129 G5627 a obediênciaG5218 ὑπακοήG5218 pelasG575 ἀπόG575 coisas queG3739 ὅςG3739 sofreuG3958 πάσχωG3958 G5627
Hebreus 5: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

68 d.C.
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G2539
kaíper
καίπερ
no entanto
(Though)
Conjunção
G3129
manthánō
μανθάνω
Jônatas
(Jonathan)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3958
páschō
πάσχω
uma pedra preciosa
(a jacinth)
Substantivo
G5207
huiós
υἱός
filho
(son)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G5218
hypakoḗ
ὑπακοή
obediência, complacência, submissão
(obedience)
Substantivo - feminino acusativo singular
G575
apó
ἀπό
onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
(and where)
Advérbio


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

καίπερ


(G2539)
kaíper (kah'-ee-per)

2539 καιπερ kaiper

de 2532 e 4007; conj

  1. embora, apesar de que

μανθάνω


(G3129)
manthánō (man-than'-o)

3129 μανθανω manthano

prolongação de um verbo primário, outra forma do qual, matheo, é usado como uma alternativa em certos tempos; TDNT - 4:390,552; v

  1. aprender, ser avaliado
    1. aumentar o conhecimento próprio, cresçer em conhecimento
    2. ouvir, estar informado
    3. aprender pelo uso e prática
      1. ter o hábito de, acostumado a


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

πάσχω


(G3958)
páschō (pas'-kho)

3958 πασχω pascho

que inclue as formas παθω patho e πενθω pentho, usado somente em determinados tempos aparentemente uma palavra raiz; TDNT - 5:904,798; v

  1. ser afetado, ter sido afetado, sentir, ter uma experiência sensível, passar por
    1. num bom sentido, estar bem, em boa situação
    2. num mau sentido, sofrer lamentavelmente, estar em situação ruim
      1. de um pessoa doente

υἱός


(G5207)
huiós (hwee-os')

5207 υιος huios

aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

  1. filho
    1. raramente usado para filhote de animais
    2. generalmente usado de descendente humano
    3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
    4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
      1. os filhos de Israel
      2. filhos de Abraão
    5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
      1. aluno
  2. filho do homem
    1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
    2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
    3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
  3. filho de Deus
    1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
    2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
    3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
      1. no AT, usado dos judeus
      2. no NT, dos cristãos
      3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
    4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


ὑπακοή


(G5218)
hypakoḗ (hoop-ak-o-ay')

5218 υπακοη hupakoe

de 5219; TDNT - 1:224,34; n f

obediência, complacência, submissão

obediência em resposta aos conselhos de alguém, obediência demonstrada na observação dos princípios do cristianismo


ἀπό


(G575)
apó (apo')

575 απο apo apo’

partícula primária; preposição

  1. de separação
    1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
    2. de separação de uma parte do todo
      1. quando de um todo alguma parte é tomada
    3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
    4. de um estado de separação. Distância
      1. física, de distância de lugar
      2. tempo, de distância de tempo
  2. de origem
    1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
    2. de origem de uma causa